Lei Complementar 2 2007 Jequie BA
Lei Complementar 2 2007 Jequie BA
Lei Complementar 2 2007 Jequie BA
INSTITUI O CÓDIGO DE
ORDENAMENTO DO USO
E OCUPAÇÃO DO SOLO
E DE OBRAS E EDIFICAÇÕES DO
MUNICÍPIO DE JEQUIÉ.
TÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
II - Anexo 2 - Quadros;
TÍTULO II
DO ORDENAMENTO DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
Capítulo I
DAS CATEGORIAS E ORGANIZAÇÃO DO USO DO SOLO
III - Uso de Serviços, configurado pelo exercício de atividades econômicas que têm como
função específica a prestação de serviços de qualquer natureza à população;
SEÇÃO I
DOS GRUPOS DE USO DO SOLO
Art. 4º
§ 1º Os usos de que trata o inciso IV deste artigo, estão sujeitos ao licenciamento ambiental
pelo Município, previstos no Código Municipal do Meio Ambiente e Posturas;
§ 3º Os usos de que trata o inciso V deste artigo terão, ainda, sua aprovação sujeita à
anuência do órgão executivo de trânsito municipal, se houver, ou estadual conveniado, de
acordo com o art. 93 do Código de Trânsito Brasileiro - CTB.
III - Grupo 3 (G3): usos não residenciais, típicos concentrações e de serviço de porte de
bairro;
V - Grupos 5 (G5): usos não residenciais de grande impacto na circulação viária vinculada
aos grandes corredores de tráfego;
VI - Grupo 6 (G6), formado por equipamentos urbanos de grande porte e/ou de natureza
complexa que se distribuem de forma dispersa pelo espaço urbano;
SEÇÃO II
DOS PÓLOS GERADORES DE TRÁFEGO
I - acumulação pessoas;
II - estacionamento de veículos;
I - usos educacionais que comportem mais de 500 (quinhentos) alunos ou que tenham mais
de 500,00m² (quinhentos metros quadrados) de área construída;
III - complexos comerciais e de serviços, tais como centro de compras, shopping center,
centro empresarial e comércio atacadista, tipo depósito, mercado e supermercado com
área construída superior a 2.000,00 m² (dois mil metros quadrados);
VII - usos industriais com mais de 10.000m² (dez mil metros quadrados) de área construída;
X - zoológicos e similares;
XII - outros usos similares não classificados, definidos pelo Conselho de Desenvolvimento
do Município.
Art. 8ºPara os Pólos Geradores de Tráfego (PGT) de grande impacto o Poder Executivo
exigirá que o responsável arque com todas as despesas provenientes das melhorias e da
execução de obras ou serviços públicos relacionados à operação do sistema viário,
necessários à qualificação da estrutura urbana para sua implantação, abrangendo os
seguintes aspectos:
SEÇÃO III
DOS USOS GERADORES DE IMPACTO DE VIZINHANÇA
Art. 10 O Estudo de Impacto de Vizinhança poderá ser realizado pelo Poder Executivo ou
pelo interessado, e será apreciado pelo Conselho de Desenvolvimento do Município de
Jequié, que deliberará sobre o assunto e o encaminhará, quando considerar pertinente,
para parecer opinativo do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente.
§ 2º O EIV deverá ser elaborado por uma equipe técnica multidisciplinar, formada por
profissionais habilitados nas áreas de interesse da análise, isentos de suspeição.
a) os imóveis da quadra em questão, bem como da quadra oposta em relação à via pública;
b) as vias utilizadas para estacionamento de veículos e as que lhe dão acesso, a partir do
sistema viário principal, considerando os imóveis lindeiros a este;
c) localização e porte da vegetação;
d) localização dos monumentos tombados ou de valor histórico e cultural.
VIII - anuência das associações locais, que representem os moradores da área sob
impacto, legalmente reconhecidas há pelo menos 1 (um) ano.
Art. 14A elaboração do EIV não substitui a elaboração e aprovação do Estudo Prévio de
Impacto Ambiental (EIA), requerida nos termos da legislação ambiental.
Capítulo II
DO ZONEAMENTO DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
Art. 15 Para os efeitos desta Lei, com base no macrozoneamento instituído no Plano
Diretor Municipal de Jequié, a área urbana da Sede municipal divide-se em:
III:
Para os efeitos desta Lei, nos demais distritos, são considerados como Núcleos
Art. 16
Urbanos:
I - Vilas:
a) Barra Avenida;
a) Florestal;
b) Itajuru;
c) Baixão;
d) Monte Branco;
e) Oriente Novo
f) Boaçu;
g) Itaibó
II - Povoados:
a) Volta do Rio;
b) Barragem da Pedra;
c) Fazenda Santa Helena;
d) Nova Esperança;
e) Brejo Novo.
SEÇÃO ÚNICA
DOS CRITÉRIOS E RESTRIÇÕES ZONAIS DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
Nos Núcleos Urbanos, fora da Sede Municipal, de que trata o art. 16 desta Lei,
Art. 20
deverão ser obedecidos as restrições de uso e ocupação contidas no Quadro 2.4 do Anexo
II.
Art. 22A mudança de uso, solicitada pelo interessado mediante requerimento prévio,
somente será autorizada se o empreendimento atender aos requisitos exigidos para a
edificação e para o novo uso.
Capítulo III
DO PARCELAMENTO DO SOLO PARA FINS URBANOS
SEÇÃO I
DOS REQUISITOS URBANÍSTICOS E AMBIENTAIS GERAIS
Art. 24O parcelamento do solo para fins urbanos no Município observará os requisitos
ambientais dispostos neste capítulo, além das normas previstas na legislação ambiental
quando for necessário o licenciamento ambiental.
Art. 25 O parcelamento do solo para fins urbanos será admitido apenas no perímetro
urbano, definido pelo Plano Diretor Municipal.
IV - em locais onde a poluição ambiental impeça condições sanitárias adequadas, sem que
sejam previamente saneados;
VII - onde houver proibição legal para parcelamento em razão da proteção ambiental, do
patrimônio paisagístico, ecológico, turístico, artístico, histórico, cultural, religioso,
arqueológico, etnográfico ou espeleológico, especialmente nas áreas de preservação
permanente e de mananciais;
SEÇÃO II
DO ESTUDO DE IMPACTO
Art. 29 Para o parcelamento do solo urbano, sempre que necessário, se reservará faixa
não edificável de proteção a rodovias, dutovias e linhas de transmissão, observados
critérios e parâmetros que garantam a segurança da população e a proteção do meio
ambiente, mediante parecer técnico do órgão ambiental municipal, conforme estabelecido
nas normas técnicas pertinentes.
Parágrafo Único - Aplicar-se-á também o disposto no caput deste artigo aos parcelamentos
implantados na zona de amortecimento de Unidade de Conservação, em qualquer das
modalidades previstas pela Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000.
SEÇÃO III
DO LOTEAMENTO E LOTEAMENTO INTEGRADO À EDIFICAÇÃO
Art. 33 Deverão ser reservados espaços para usos complementares como áreas
escolares, áreas verdes e de lazer, outros usos, bem como área destinada ao sistema de
circulação especificados e dimensionados no Quadro 2.5 do Anexo II desta lei.
§ 1º As áreas de que trata o este artigo não poderão ser atravessadas por cursos d`água,
valas, córregos ou riachos, e serão, obrigatoriamente, cercadas pelo loteador.
II - situadas, na razão de 1/3 (um terço), em locais de declividade máxima de 10% (dez por
cento), não devendo o restante ultrapassar a declividade de 20% (vinte por cento).
§ 5º O órgão municipal competente definirá diretrizes para a localização das áreas de que
trata este artigo, com a anuência do Conselho de Desenvolvimento Municipal, e, do
Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente - COMDEMA, quando exigir
licenciamento ambiental.
Art. 34 As áreas de que trata o caput serão transferidas para o Município por ocasião do
registro do loteamento no Cartório de Registro de Imóveis, mediante escritura pública, sem
qualquer ônus para o Município.
Art. 36 As áreas verdes e espaços livres de lazer e convívio social deverão ser localizados
na razão de 1/3 (um terço) de seu total por indicação do órgão municipal competente, do
qual dependerá a aprovação das demais áreas.
Parágrafo Único - Só poderão ser computadas como áreas verdes e espaços livres de lazer
e convívio social aquelas que, em qualquer ponto, permitam a inscrição de um círculo com
raio mínimo de 5,00m (cinco metros).
Art. 38O parcelamento com área inferior a 5.000m² (cinco mil metros quadrados), será
dispensado a reserva de percentual de áreas destinas a uso público.
Art. 40 O dimensionamento dos lotes atenderá ao mínimo fixado no Quadro 2.2, do Anexo
II.
SEÇÃO IV
DO LOTEAMENTO DE INTERESSE SOCIAL E LOTEAMENTO DE INTERESSE SOCIAL
INTEGRADO À EDIFICAÇÃO
§ 4º Os lotes poderão ter área igual ou inferior a 125,00m² (cento e vinte e cinco metros
quadrados) e frente igual ou inferior a 5,00m (cinco metros) nos empreendimentos
realizados com financiamento do governo, respeitados os limites mínimos de 90,00m²
(noventa metros quadrados) de área e 5,00m (cinco metros) de testada.
§ 6º Nenhum lote poderá distar mais de 140,00m (cento e quarenta metros) de uma via de
circulação de veículos.
§ 7º As Vias de Pedestres (VP) terão largura mínima de 4,00m (quatro metros) e máxima
de 6,00m (seis metros).
SEÇÃO V
DO DESMEMBRAMENTO E DESMEMBRAMENTO INTEGRADOS À EDIFICAÇÃO
SEÇÃO VI
DOS CONDOMÍNIOS URBANÍSTICOS E CONDOMÍNIOS URBANÍSTICOS INTEGRADOS
À EDIFICAÇÃO
§ 1º Para fins desta Lei, entende-se por áreas destinadas a uso comum dos condôminos
I - estar situadas:
III - ser transferidas para o Município por ocasião do registro do parcelamento no Cartório
de Registro de Imóveis, mediante escritura pública, sem qualquer ônus para o Município.
II - a incidência dos parâmetros urbanísticos terá como referência a cota de terreno por
edificação, obedecendo às dimensões do lote mínimo estabelecido por esta Lei para a
Zona em que se situa;
III - As edificações estarão sujeitas aos critérios e restrições de uso e ocupação do solo,
bem como às condições estabelecidas para as obras e edificações constantes desta Lei.
Capítulo IV
DA APLICAÇÃO DOS CRITÉRIOS E RESTRIÇÕES NÃO ZONAIS
SEÇÃO I
DOS USOS ESPECÍFICOS
SUBSEÇÃO I
DA ABERTURA E MODIFICAÇÃO DE VIAS
IV - nas calçadas será incluído o mobiliário urbano necessário, tendo entre seus
componentes:
Art. 52Nos projetos promovidos por particulares será firmado Termo de Acordo e
Compromisso (TAC) entre o empreendedor e o Município, no qual o primeiro se
compromete a realizar, à sua custa, sem qualquer ônus para a administração pública, toda
e qualquer obra que venham a ser exigidas, tudo de acordo com os respectivos projetos
aprovados, entre as quais as obras de:
II - pontes, pontilhões;
IV - muralhas.
I - largura mínima de 4,00 m (quatro metros), com declividade máxima de até 15% (quinze
por centro) ou escadaria;
Art. 55O raio mínimo de concordância dos alinhamentos das Vias Locais será de 5,00m
(cinco metros) e o do alinhamento destas com as vias de hierarquia imediatamente
superior, será de 6,00m (seis metros).
I - no retorno, possa ser inscrito um círculo de raio igual ou superior à largura da via;
Parágrafo Único - Os proprietários dos lotes a que se refere o caput deste artigo poderão
utilizá-los para fins de interesse público, tais como áreas verdes e de lazer ou implantação
de equipamentos comunitários, a critério do órgão municipal competente desde que sejam
SUBSEÇÃO II
DOS ESTACIONAMENTOS DE VEÍCULOS
I - nos estacionamentos e garagens coletivas a largura mínima das vagas será de 3m (três
metros) de largura por 5,00m (cinco metros) de comprimento;
II - nas garagens individuais a largura mínima das vagas será de 2,80m (dois metros e
oitenta centímetros) de largura por 5,00m (cinco metros) de comprimento;
SUBSEÇÃO III
DOS EQUIPAMENTOS URBANOS ESPECIAIS
II - terão um cinturão verde, arborizado, em todo seu perímetro, com largura mínima de
5,00m (cinco metros);
III - serão setorizados por quadras, devidamente identificadas por vias calçadas e com
arborização;
V - quando particulares, serão doados gratuitamente ao Poder Público 30% (trinta por
cento) dos túmulos em quadras de covas rasas, destinados à população de baixa renda;
SEÇÃO II
DOS PARÂMETROS URBANÍSTICOS
Art. 68 Não serão computadas para efeito da aplicação do Coeficiente de Ocupação (Co),
estabelecidos no Quadro 2.2. do Anexo II, as seguintes áreas:
III - acessos à edificação ou passagens externas cuja largura ou soma das larguras não
ultrapasse 1/6 da testada, observando a largura máxima de 3,30 m;
IV - bilheterias, portarias, guaritas e similares, desde que o somatório de suas áreas úteis
cobertas seja menor que 0,5% (meio por cento) da área ocupada pela edificação,
respeitando o limite máximo de 10,00m² (dez metros quadrados) e respeitada a condição
estabelecida no inciso III deste artigo;
I - garagens;
V - terraços e varandas em edificações residenciais, até o limite de 10% (dez por cento) da
área útil da unidade imobiliária (UI).
Art. 70Nas edificações onde se exerçam atividades que causem impacto na via, ou na
área de entorno, poderão ser exigidos recuos superiores aos estabelecidos no Quadro 2.2
do Anexo II desta Lei, desde que baseados em estudo específico aprovado pelo Conselho
de Desenvolvimento do Município de Jequié.
Art. 71São isentos da aplicação do recuo frontal os trechos de logradouros que não
apresentarem recuo em pelo menos 50% (cinqüenta por cento) das edificações da quadra,
até que seja institucionalizado o Alinhamento de Gradil.
Art. 72Os recuos laterais, de frente e de fundo, exigidos quando da implantação das
edificações, atenderão aos seguintes critérios e restrições:
a) será exigido em relação a apenas uma das laterais, quando o lote apresentar testada
igual ou superior a 10,00m (dez metros), e inferior a 12,00m (doze metros);
b) será dispensado quando o lote apresentar testada inferior a 10,00m (dez metros), onde
será exigido o recuo de apenas 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) em relação a
uma das laterais;
II - nas Vias Arteriais, os recuos frontais não poderão ser inferiores a 10,00m (dez metros);
III - nos empreendimentos com mais de dois pavimentos, os recuos mínimos frontais (RF)
variarão de acordo com as vias que dão acesso ao terreno, com o recuo mínimo da zona
(RZ), fixado no Quadro 2.2 do Anexo II desta Lei, e com o número de pavimentos (N),
atendendo às fórmulas:
IV - nos empreendimentos com mais quatro pavimentos, os recuos mínimos laterais (RL)
dependem do número de pavimentos (N) e atenderão à fórmula: RL= 1,5+0,2 (N-4).
§ 2º Os recuos exigidos nesta Lei são considerados áreas não edificáveis, salvo para as
seguintes utilizações:
III - acessos à edificação ou passagens externas, com pérgulas vazadas, com o mínimo de
50% (cinqüenta por cento) da área, ou cobertas, sendo a largura dos acessos ou soma
destes, igual ou menor que 1/6 (um sexto) da testada do terreno e a largura de cada
passagem entre 1,00m (um metro) e 3,00m (três metros);
IV - bilheterias, portarias, guaritas, desde que o somatório de suas áreas úteis cobertas
seja menor que 0,5% (meio por cento) da área ocupada pela edificação, respeitando o
limite máximo de 10,00m² (dez metros quadrados);
VII - estacionamentos, desde que seja mantido livre acesso para pedestres com largura
mínima de 2,00m (dois metros).
Capítulo V
DOS TERRENOS A SEREM EDIFICADOS
Será admitida mais de uma edificação num mesmo terreno desde que sejam
Art. 76
obedecidos os critérios e restrições de uso e ocupação zonais estabelecidos por esta Lei.
Capítulo VI
DA REGULARIZAÇÃO SUSTENTÁVEL DE ÁREAS URBANAS
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
I - ao Poder Público;
§ 4º Para os efeitos deste artigo, considera-se situação irreversível aquela em que o prazo
e a natureza da ocupação, bem como as edificações, o sistema viário, a infra-estrutura
urbana e os equipamentos comunitários existentes, indiquem a irreversibilidade da posse
titulada que conduza ao domínio, atestada pelo Poder Público municipal.
SEÇÃO II
DA REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA DE INTERESSE SOCIAL
Art. 82 Observadas as normas previstas nesta Lei e na Lei do Plano Diretor, bem como as
demais normas municipais pertinentes, o plano de regularização fundiária pode definir
parâmetros urbanísticos e ambientais específicos para as regularizações regidas por esta
Seção, incluindo, entre outros pontos:
Art. 83
I - do sistema viário;
II - da infra-estrutura básica;
Art. 84É facultada ao Poder Público a regularização fundiária de interesse social em área
de uso comum do povo ocupada por assentamentos informais há mais de 5 (cinco) anos
conforme estabelecido na Medida Provisória Nº 2.220 de 4 de setembro de 2001.
TÍTULO III
DAS OBRAS E EDIFICAÇÕES
Capítulo I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
II - assegurar o padrão de qualidade das obras de modo a garantir sua higiene, conforto e
segurança principalmente com fiscalização semestral das pontes, viadutos, passarelas, etc.
III - adotar e executar normas que garantam a funcionalidade das edificações e vias
públicas, que evitem ou removam as dificuldades às pessoas com deficiência física, e que
permitam o acesso destas aos edifícios e aos logradouros públicos.
normas técnicas fixadas pela legislação pertinente e pela Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT), observadas ainda as disposições constantes dos Quadros 2.10 e 2.11 do
Anexo II deste Código.
Art. 88 Os prédios com instalações classificadas como especiais, definidas no art. 138
deste Código, deverão atender, também, às normas técnicas e disposições legais
específicas.
Capítulo II
DO DIMENSIONAMENTO DAS EDIFICAÇÕES
Art. 91A área útil mínima da Unidade Imobiliária (UI) Residencial é de 20,00m² (vinte
metros quadrados).
Art. 93Nas Unidades Imobiliárias não-residenciais, que terão área mínima de 9,00m²
(nove metros quadrados).
SEÇÃO I
DOS COMPARTIMENTOS DAS EDIFICAÇÕES
permanência transitória.
SEÇÃO II
DAS ESTRUTURAS, PAREDES E PISOS
I - resistência ao fogo;
II - impermeabilidade;
V - acessibilidade.
SEÇÃO III
DAS FACHADAS
Art. 99 É livre a composição das fachadas, desde que sejam garantidas condições
térmicas, luminosas e acústicas internas, e respeitadas as disposições pertinentes ao uso e
ocupação do solo, de que trata o Titulo II deste Código.
Art. 100 O tratamento das fachadas dos imóveis tombados ou situados em áreas tombadas
ou de interesse histórico, arquitetônico e de atrativo turístico, ficará sujeito à legislação
específica do órgão competente federal, estadual ou municipal, com a anuência do
Conselho de Desenvolvimento do Município de Jequié.
I - as águas pluviais coletadas sobre as marquises forem conduzidas por calhas e dutos ao
sistema público de drenagem;
II - os beirais forem construídos de maneira a não permitir o lançamento das águas pluviais
sobre o terreno adjacente ou o logradouro público.
SEÇÃO IV
DA ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO
Art. 102 Para os efeitos desta Lei as áreas livres de iluminação e ventilação das
edificações classificam-se em principais e secundárias, podendo ser abertas ou fechadas.
I - quando abertas, deverão ter largura mínima de 1,50m (um metro e cinqüenta
centímetros) e, a partir de 2 (dois) pavimentos, obedecerem às dimensões definidas pela
seguinte fórmula: L = 1,50 + 0,40 (N-2), onde L = largura mínima e N = número de
pavimentos;
I - quando abertas, deverão ter largura mínima de 1,50m (um metro e cinqüenta
centímetros) e, a partir de 2 (dois) pavimentos, obedecerem a seguinte formula: L = 1,50 +
0,20 (N-2), onde L = largura mínima e N = número de pavimentos;
I - os vãos de iluminação e ventilação terão área mínima igual a 1/6 (um sexto) da área de
piso, atendendo ao mínimo de 1,00 m² (um metro quadrado);
I - os vãos de iluminação e ventilação terão área mínima igual a 1/10 da área de piso;
II - a circulação horizontal com extensão superior a 20,0m (vinte metros) deverá dispor de
abertura para o exterior;
Art. 105Não poderá haver aberturas para iluminação e ventilação em paredes levantadas
sobre a divisa do terreno ou a menos de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) de
distância da mesma, salvo no caso de testada do lote.
SEÇÃO V
DOS VÃOS DE PASSAGEM E PORTAS
Art. 108Os vãos de passagem e portas de uso público, à exceção dos banheiros e lavabos
que não se destinem às pessoas com deficiência física, deverão ter vão livre útil mínimo de
0,80m (oitenta centímetros).
Parágrafo Único - As portas dos banheiros e lavabos que não se destinem às pessoas com
deficiência física, de trata o caput deste artigo, poderão ter largura mínima de 0,60m
(sessenta centímetros).
Art. 109As portas dos compartimentos que tiverem aquecedores a gás deverão ser
dotadas de elementos em sua parte interior, que garantam a renovação de ar e impeçam a
acumulação de gás em caso de eventual escapamento.
Art. 112As portas de acesso para o público nos recintos destinados à reuniões deverão se
comunicar, de preferência, diretamente com a via pública, mas não poderão abrir-se
diretamente sobre o passeio do logradouro público.
I - serão, no mínimo, uma de entrada e outra de saída do recinto, situadas de modo a não
haver sobreposição de fluxo;
II - terão largura mínima de 2,00m (dois metros), sendo que a soma das larguras de todas
as portas equivalerá à largura total, na proporção de 1,00m (um metro) para cada 50
(cinqüenta) pessoas.
SEÇÃO VI
DAS CIRCULAÇÕES
SUBSEÇÃO I
DOS CORREDORES E GALERIAS
II - quando de uso comum e coletivo terão largura mínima de 1,50m (um metro e cinqüenta
centímetros);
III - quando servirem à salas de aula nas edificações destinadas a atividades de educação
terão largura mínima de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) e acréscimo de 0,20m
(vinte centímetros) por cada sala;
mínimas:
SUBSEÇÃO II
DAS ESCADAS E RAMPAS
Art. 117 Na construção de escadas e rampas de uso coletivo a largura mínima permitida
será de:
I - degraus com altura mínima de 0,15m (quinze centímetros) e máxima de 0,18m (dezoito
centímetros);
II - piso com dimensão mínima de 0,28m (vinte e oito centímetros) e máxima de 0,32m
(trinta e dois centímetros);
III - corrimão contínuo, sem interrupção nos patamares, quando se elevarem a mais de
1,00m (um metro) sobre o nível de piso;
II - não poderão ser dotadas de lixeira ou qualquer outro tipo de equipamento, bem como de
tubulações que possibilitem a expansão de gases.
Art. 121 As edificações não poderão ter nenhum ponto com distância superior a 35,00m
(trinta e cinco metros) da escada ou rampa mais próxima.
I - largura mínima de 2,00m (dois metros), para a lotação de até 200 (duzentas) pessoas,
sendo obrigatório acréscimo de 1,00m (um metro) para cada 100 (cem) pessoas ou fração
excedente;
III - exigência de rampas para escoamento do público, quando a lotação exceder de 5.000
(cinco mil) lugares.
III - ter corrimão contínuo, sem interrupção nos patamares, quando se elevar a mais de
1,00m (um metro) sobre o nível de piso;
VI - ter passagem com altura livre igual ou superior a 2,10 m (dois metros e dez
centímetros);
VII - ser envolvida por paredes de 0,25m (vinte e cinco centímetros) de alvenaria ou 0,15m
(quinze centímetros) de concreto, ou outro material comprovadamente resistente ao fogo
durante um período de quatro horas;
VIII - comunicar-se com área de uso comum do pavimento através de porta corta-fogo leve,
com largura mínima de 0,90m (noventa centímetros), abrindo no sentido do movimento da
saída;
§ 2º Não serão admitidas, nas caixas de escada quaisquer bocas coletoras de lixo, caixas
de incêndio, porta de compartimento ou de elevadores, chaves elétricas e outras
instalações estranhas à sua finalidade, exceto os pontos de iluminação.
I - abertura para ventilação permanente por duto ou por janela, abrindo diretamente para o
exterior da edificação, situada junto ao teto, com área efetiva mínima de 0,70m2 (setenta
decímetros quadrados);
antecâmara;
h) área máxima de 0,50 m2 (cinqüenta decímetros quadrados), quando a parede fizer limite
com o exterior.
§ 5º As escadas protegidas deverão dispor de porta resistente ao fogo por período mínimo
de uma hora no nível de cada pavimento, e ter as paredes construídas com material
resistente ao fogo por pelo menos duas horas, sem prejuízo da observância das normas
técnicas da ABNT.
SUBSEÇÃO III
DOS ELEVADORES, DAS ESCADAS ROLANTES E DOS HALLS
Art. 124 Será obrigatório o uso de elevadores ou escadas rolantes, atendendo a todos os
pavimentos, desde que estes tenham mais de 15,00m (quinze metros) de desnível,
contados da soleira principal de entrada da edificação até o nível do piso do pavimento mais
elevado, ou que a edificação tenha mais de 04 (quatro) pavimentos.
Parágrafo Único - Nas edificações com mais de 25,00m (vinte e cinco metros) de desnível
da soleira principal de entrada até o nível do piso do pavimento mais elevado, ou com mais
de sete pavimentos, haverá, pelo menos, dois elevadores de passageiros.
Art. 125 Os poços de elevadores das edificações deverão ser isolados por paredes de
alvenaria de 0,25m (vinte e cinco centímetros) de espessura ou de concreto com 0,15m
(quinze centímetros) de espessura.
I - ter largura mínima de 2,00m (dois metros) no pavimento térreo e de 1,50m (um metro e
cinqüenta centímetros) nos demais pavimentos;
SEÇÃO VII
DAS CALÇADAS, PASSEIOS E VEDAÇÕES
Art. 127 São obrigatórias, competindo aos seus proprietários, a construção, reconstrução e
conservação das vedações, sejam elas muros ou cercas, em toda a extensão das testadas
dos terrenos edificados ou não, de acordo com os padrões estabelecidos pelo Poder
Executivo.
Art. 128 O piso das calçadas e passeios deverá ser de material resistente, antiderrapante e
não interrompido por degraus ou mudanças abruptas de nível e garantir 20% (vinte por
cento) de permeabilidade.
Art. 130Nos casos de acidentes e obras que afetem a integridade das calçadas e
passeios, o agente causador será responsável pela sua recomposição, a fim de garantir as
condições originais dos equipamentos danificados.
Art. 131 O Poder Público poderá exigir dos proprietários, a construção de muros de arrimo
e de proteção, sempre que o nível do terreno for superior ao do logradouro público, ou
quando houver desnível entre os lotes que possam ameaçar a segurança pública.
Art. 132Poderá o Poder Público exigir e definir prazo para construção, reconstrução ou
reparo das vedações dos terrenos situados em logradouros públicos pavimentados ou
dotados de meio-fio, ou efetuar o serviço cobrando os custos de execução do particular,
sem prejuízo das eventuais penalidades impostas pela lei.
SEÇÃO VIII
DAS INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS, ELÉTRICAS E DE GÁS
Art. 133 Todas as edificações localizadas em áreas onde houver sistema de esgotamento
sanitário com rede coletora e sem tratamento final, deverão ter seus esgotos conduzidos a
sistemas individuais ou coletivos, para somente depois serem conduzidos à rede de
esgotamento sanitário existente.
Art. 134 Todas as edificações localizadas em áreas onde houver sistema de esgotamento
sanitário com rede coletora e com tratamento final deverão ter seus esgotos conduzidos
diretamente à rede de esgotamento sanitário existente.
Art. 135 Toda edificação deverá dispor de reservatório elevado de água potável com tampa
e bóia, em local de fácil acesso e que permita visita.
Art. 136 É proibida a construção de fossas em logradouro público, exceto quando se tratar
de projetos especiais de saneamento desenvolvidos ou devidamente aprovados pelo Poder
Art. 137A quantidade de equipamentos sanitários das edificações não residenciais será
proporcional ao número de usuários, conforme discriminação abaixo, cuja população é
calculada com base no Quadro 2.11 do Anexo II:
I - acima de 150 (cento e cinqüenta) pessoas, para cada grupo de 40 (quarenta) pessoas,
será acrescentado um equipamento a mais, de cada tipo;
SEÇÃO IX
DAS INSTALAÇÕES ESPECIAIS
Capítulo III
DAS RESPONSABILIDADES
SEÇÃO I
DO MUNICÍPIO
II - fornecer "habite-se";
SEÇÃO II
DO PROPRIETÁRIO OU USUÁRIO
Art. 143 O proprietário ou usuário do imóvel responderá, desde o início das obras:
Art. 144 O proprietário do imóvel, ou seu usuário a qualquer título, é responsável pela
manutenção preventiva das condições de estabilidade de segurança e salubridade do
imóvel, devendo fazê-la periodicamente.
SEÇÃO III
DO AUTOR DO PROJETO
SEÇÃO IV
DOS RESPONSÁVEIS TÉCNICOS
§ 1º Somente serão considerados como responsáveis técnicos por projeto ou obra, de que
trata este artigo, os profissionais legalmente habilitados pelo Conselho Regional de
Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CREA.
Art. 149 A mudança do responsável técnico pela execução de uma obra, por desistência ou
substituição, deve ser comunicada imediatamente por escrito à Prefeitura pelo próprio
responsável ou pelo proprietário da obra.
Parágrafo Único - Verificada a mudança sem que tenha sido feita a comunicação prevista
no caput deste artigo, o proprietário ou responsável pelo empreendimento será notificado
para indicar o novo responsável técnico pela execução da obra, no prazo de dez dias, sob
pena de sua paralisação, até a solução da pendência.
II - zelar pela proteção e segurança dos que trabalham na obra, dos pedestres, das
propriedades vizinhas e dos logradouros e vias públicas;
III - colocar placa de identificação da obra, com o número do Alvará de Licença e data de
sua emissão, prazo de validade, nome do responsável e número de inscrição no Conselho
ou órgão competente, em local visível;
VI - responsabilizar-se:
Art. 151 As pequenas reformas executadas por pessoas físicas são dispensadas de
responsabilidade técnica por profissional legalmente habilitado, caracterizando-se como
reparos gerais nos casos em que:
Parágrafo Único - Em nenhum dos casos previstos neste Código para dispensa de projetos
elaborados por profissionais habilitados isenta-se a necessidade de responsáveis pela
execução das obras, a menos que assumida a responsabilidade técnica pelo Poder
Executivo nos casos de obras de interesse social.
Capítulo IV
DA EXECUÇÃO E SEGURANÇA DAS OBRAS
SEÇÃO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 152 A execução de obras somente poderá ser iniciada depois de concedidas as
respectivas Licenças de Localização e Implantação.
Art. 153 São atividades que caracterizam o inicio de uma construção, isoladamente ou em
conjunto:
I - o nivelamento do terreno;
Art. 154É vedada qualquer alteração no projeto após a sua aprovação, sem o prévio e
expresso consentimento do Poder Público, especialmente dos elementos geométricos
essenciais da construção.
SEÇÃO II
DOS CANTEIROS DE OBRAS
Art. 155A implantação do canteiro de obras fora do lote em que se realiza a edificação
somente terá sua licença concedida:
III - desde que, após o término da obra, seja restituída a cobertura vegetal preexistente à
instalação do canteiro.
Art. 156 É proibida a permanência de qualquer tipo de material de construção nas vias ou
logradouros públicos, bem como a utilização destes espaços como canteiro de obras ou
depósito de entulhos.
SEÇÃO III
DA PREPARAÇÃO DOS TERRENOS E FUNDAÇÕES
solo.
Art. 158As fundações deverão ser executadas dentro dos limites do terreno, de modo a
não prejudicar os imóveis vizinhos e não invadirem o leito da via pública.
SEÇÃO IV
DOS TAPUMES E EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA
Art. 161Os tapumes e andaimes não poderão ocupar mais do que a metade da largura do
passeio, devendo ser garantidos, no mínimo, 0,80m (oitenta centímetros) para o fluxo de
pedestres.
Parágrafo Único - O Poder Executivo poderá autorizar, por prazo determinado, ocupação
superior àquela fixada no caput deste artigo, desde que tecnicamente comprovada a
necessidade e adotadas medidas de segurança e proteção para a circulação de pedestres.
TÍTULO IV
DAS LICENÇAS
Capítulo I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
III - Licença de Operação, correspondente ao "Habite-se", que tem por objetivo verificar a
fiel execução do projeto, em relação aos condicionamentos urbanísticos, ambientais e de
habitabilidade estabelecidos pela Licença de Implantação, consignados no respectivo
procedimento administrativo, destinando-se a liberar a construção ou o empreendimento
para o respectivo uso.
Art. 164 As Licenças serão expedidas mediante recolhimento das taxas municipais
pertinentes, acrescidas, quando for o caso, do ressarcimento dos custos de transporte
necessários para sua expedição e pagamento, quando for o caso, de assessoria técnica
especializada quando o Poder Público não dispuser, em seus quadros, de profissional
habilitado para avaliar o processo.
SEÇÃO I
DA LICENÇA DE LOCALIZAÇÃO
Art. 166A Licença de Localização será concedida pelo prazo de 1 (um) ano, desde que
obedecidas às normas deste Código e, quando necessário, da legislação ambiental.
III - plantas baixas de locais para estacionamento ou guarda de veículos, com indicações
dos elementos construtivos existentes.
§ 1º A escala métrica indicada no inciso II do caput deste artigo poderá ser substituída por
outra mais compatível com as dimensões da edificação, objetivando maior clareza para a
perfeita compreensão de seus detalhes.
§ 3º A planta de situação deverá ser separada das demais peças, em prancha medindo
21,00cm (vinte e um centímetros) x 29,70cm (vinte e nove centímetros e setenta
milímetros), correspondente ao formato A4, ou em dimensão maior, de acordo com o porte
do empreendimento.
SEÇÃO II
DA LICENÇA DE IMPLANTAÇÃO
Art. 168A Licença de Implantação será concedida para permitir a execução de obras de
urbanização e de edificação e ao alvará de construção.
§ 2º Decorrido o prazo de validade da licença, mencionado no caput deste artigo, sem que
a construção ou demolição tenha sido iniciada, considerar-se-á a licença automaticamente
revogada.
§ 3º Tendo sido iniciada a obra, nos termos deste Código, e considerando as suas
características, o órgão municipal competente poderá renovar ou prorrogar o prazo
estabelecido no § 1º deste artigo, mediante recolhimento de nova taxa de licença.
§ 4º A obra paralisada, cujo prazo de licença para construção tenha expirado sem que esta
tenha sido reiniciada por negligência do interessado, dependerá de nova aprovação de
projeto, observando-se o zoneamento vigente no local.
Art. 169 Para a obtenção da Licença de Implantação, deverá ser apresentado o projeto
executivo, contendo a elevação das fachadas voltadas para as áreas públicas, o esquema
geral indicando as ligações de infra-estrutura e demais elementos estabelecidos neste
Código.
IV - planta de cobertura.
Art. 171A aprovação dos projetos de condomínios urbanísticos e sua variante ficará
condicionada à:
SEÇÃO III
DA LICENÇA DE OPERAÇÃO OU "HABITE-SE"
Art. 174 Uma obra será considerada em condições de habitabilidade e receberá o "Habite-
se" se estiver concluída e:
III - for capaz de garantir aos seus usuários padrões mínimos de conforto térmico, luminoso,
acústico e de qualidade do ar, conforme projeto aprovado;
§ 3º O "Habite-se" parcial não substitui o "Habite-se" que deve ser concedido ao final da
obra.
SEÇÃO IV
DA COMPATIBILIZAÇÃO DOS LICENCIAMENTOS URBANÍSTICO E AMBIENTAL
§ 1º Deferidas as licenças ambientais de que trata o caput deste artigo, o órgão municipal
competente emitirá a Licença urbanística de Implantação.
SEÇÃO V
DA EXTINÇÃO DAS LICENÇAS
Art. 178 As licenças urbanísticas poderão ser extintas nos seguintes casos:
II - cassada, quando for comprovado que a obra está sendo construída em desacordo com
o projeto aprovado, até que a construção seja regularizada;
III - anulada, quando for comprovado que o projeto foi aprovado ilegalmente ou contra as
normas da construção.
§ 2º O interesse público de que trata o inciso I do caput deste artigo será comprovado
através de despacho da autoridade administrativa competente, devendo o proprietário ser
notificado pessoalmente da decisão, à qual também será dada devida publicidade.
Capítulo II
DOS DOCUMENTOS REQUERIDOS
Art. 179 O interessado deverá apresentar, com o respectivo requerimento assinado pelo
proprietário do imóvel, os seguintes documentos:
§ 3º Para loteamento de interesse social a pavimentação das vias poderá ser substituída
por encascalhamento ou cobertura anti-pó.
Capítulo III
DOS ELEMENTOS DO PROJETO
SEÇÃO I
DOS EMPREENDIMENTOS EM GERAL
§ 1º A escala métrica utilizada no inciso IV do caput deste artigo poderá ser substituída por
outra mais compatível com as dimensões do empreendimento projetado, sem prejuízo da
clareza das peças gráficas, para perfeito entendimento do projeto.
cento).
§ 3º A planta de situação deverá ser apresentada em separado das demais peças gráficas,
em prancha medindo 21,5cm (vinte e um centímetros e cinco milímetros) x 29,7cm (vinte e
nove centímetros e sete milímetros), correspondente ao formato A4, ou em dimensão maior
caso o porte do empreendimento assim justifique.
Art. 182Para a representação gráfica dos projetos, deverá ser utilizado material e técnica
adequados, observadas as normas da ABNT para desenho e as cópias deverão ter a
clareza necessária ao perfeito entendimento do projeto.
Art. 183 Nenhuma peça gráfica poderá apresentar emendas ou rasuras que alterem o
projeto, admitindo-se correções de cotas em tinta vermelha, descritas, datadas e assinadas
pelo autor do projeto e visadas pelo técnico responsável pela análise.
Art. 185Em qualquer fase, durante a execução da obra, poderá a Administração Municipal
determinar a anexação ao processo das plantas relativas ao projeto estrutural ou de
instalações.
Art. 186 Sempre que, para implantação da edificação, resulte aterro ou corte no terreno
superior a 4,00m (quatro metros), será obrigatória a apresentação de justificativa,
acompanhada de peças gráficas indicativas do movimento de terra e do projeto estrutural
do sistema de contenção que deve assegurar a estabilização dos terrenos lindeiros, os
dispositivos de drenagem e o tratamento de recomposição e recobrimento vegetal.
SEÇÃO II
DOS LOTEAMENTOS, DESMEMBRAMENTOS, CONDOMÍNIOS URBANÍSTICOS E
SUAS VARIANTES
II - indicação e descrição das áreas livres de uso público e das áreas ou edificações que
passarão ao domínio do Município no ato de registro do empreendimento;
Art. 189A aprovação do projeto de loteamentos com área inferior a 5.000m² (cinco mil
metros quadrados) e para loteamentos de interesse social ficará condicionada ao
atendimento:
SEÇÃO III
DAS INFRA-ESTRUTURAS BÁSICA E COMPLEMENTAR
Art. 190 São elementos do projeto, a serem fornecidos pelo interessado, especificamente
para a implantação das infra-estruturas básica e complementar, os seguintes documentos,
em número de vias a ser fixado pelo Poder Executivo:
VII - projetos arquitetônicos completos das edificações previstas, conforme requisitado por
esta Lei;
SEÇÃO IV
DOS DESMEMBRAMENTOS
II - Planta de Localização na escala de 1:10.000 (um por dez mil), com indicação dos
loteamentos próximos e vias de circulação existentes.
SEÇÃO V
DO REMEMBRAMENTO E DO DESDOBRO
I - plantas em escala de 1:200 (um por duzentos), contendo no mínimo a subdivisão do lote,
de parte ou de toda a quadra em lotes, com as respectivas dimensões, numeração e áreas;
SEÇÃO VI
DOS PÓLOS GERADORES DE TRÁFEGO (PGT)
Art. 193 São elementos complementares do projeto, a serem fornecidos pelo interessado,
especificamente para empreendimentos classificados como Pólos Geradores de Tráfego
(PGT) os seguintes documentos, em número de vias a ser fixado pelo Poder Executivo:
a) localização do empreendimento;
b) implantação do empreendimento relacionando os acessos, a circulação viária da área de
impacto, as vias de acesso, a segurança do pedestre e de veículos;
c) o fluxo de veículos e pedestres nas vias de acesso;
d) medidas internas e externas ao empreendimento visando mitigar os impactos
identificados e compromisso com a sua implementação.
Parágrafo Único - Caso seja comprovada, a qualquer tempo, a falsidade das informações
fornecidas pelo requerente, o Poder Executivo cassará as Licenças de Localização,
Implantação e de Operação do empreendimento ou atividade.
SEÇÃO VII
DAS EDIFICAÇÕES
Art. 194 São elementos complementares do projeto, a serem fornecidos pelo interessado,
especificamente para edificações os seguintes documentos, em número de vias a ser
fixado pelo Poder Executivo:
II - planta baixa dos diversos pavimentos, na escala 1:50 (um por cinqüenta);
III - seções ou cortes longitudinais e transversais, na escala de 1:50 (um por cinqüenta),
com indicação obrigatória do perfil do terreno, do meio-fio e quando exigido, da referência
de nível - RN;
SEÇÃO VIII
DAS ATIVIDADES
Art. 195 São elementos complementares do projeto, a serem fornecidos pelo interessado,
especificamente para o licenciamento do exercício de atividades, os seguintes documentos,
em número de vias a ser fixado pelo Poder Executivo:
IV - endereço completo do imóvel (avenida, rua ou travessa, numeração, bairro, lado da rua
em que fica situado, em acordo com a numeração).
Capítulo IV
DA ANÁLISE DE ORIENTAÇÃO PRÉVIA
Art. 196 Qualquer Licença poderá ser precedida, a critério do interessado, de uma Análise
de Orientação Prévia, sendo obrigatória quando se tratar de:
I - parcelamentos do solo;
II - usos com alto nível de poluição ambiental, previstos no Código Municipal do Meio
Ambiente e de Posturas;
Art. 197 Para solicitação da Análise de Orientação Prévia o interessado deverá apresentar,
além dos documentos requeridos no art. 179, em número de vias a ser fixado pelo Poder
Executivo, a Planta gráfica na escala de 1:1.000 (um por um mil), que permita perfeito
reconhecimento e localização da área objeto do pedido, contendo informações sobre a
localização do imóvel, usos vizinhos, sistema viário da área de influência, indicação das
articulações com o sistema viário oficial de acordo com os incisos I, IV e V do art. 181 deste
Código.
Para solicitação de AOP para os Pólos Geradores de Tráfego (PGT), além dos
Art. 199
elementos de que tratam os art. 7, 8, 179 e 181 deverão ser apresentados os seguintes
documentos, em número de vias a ser fixado pelo Poder Executivo:
II - Planta de Situação com definição dos acessos de veículos e pedestres, áreas e vagas
para estacionamento, embarque e desembarque de passageiros, carga e descarga.
Art. 200A Análise de Orientação Prévia (AOP) fornecerá informações sobre a viabilidade
de licenciamento do projeto e condições a serem atendidas.
Art. 201
I - diretriz de traçado do sistema viário indicando a articulação das vias do loteamento com
o sistema viário urbano existente ou projetado;
III - definição das áreas passíveis de ocupação bem como das áreas de preservação;
Parágrafo Único - Quando a área exigida como área pública ou de preservação for superior
ao exigido neste Código, o órgão competente deverá apresentar, ao proprietário,
alternativas com base nos instrumentos de política urbana instituídos pelo Plano Diretor
Municipal de Jequié.
I - definição:
II - análise quanto:
Art. 204 O prazo para a expedição da Análise de Orientação Prévia é de 30 (trinta) dias,
contados a partir da data registrada no protocolo, desde que apresentados todos os
documentos exigíveis para parcelamentos e usos especiais ou de impacto, e de 15 (quinze)
dias para os demais, interrompidos quando a análise depender de informações
complementares por parte do requerente.
Parágrafo Único - Nos casos de projetos que necessitem análise ambiental, o prazo poderá
ser dilatado até que efetuados os estudos necessários para a apresentação do Parecer
Técnico pelo órgão ambiental municipal ou de Resolução pelo Conselho Municipal de
Defesa do Meio Ambiente.
Art. 205 O pedido de Análise de Orientação Prévia (AOP) não confere ao interessado
direito de construir.
Art. 206 A validade da Análise de Orientação Prévia é de 180 (cento e oitenta) dias.
TÍTULO V
DA FISCALIZAÇÃO, INFRAÇÕES E PENALIDADES
Capítulo I
DA FISCALIZAÇÃO
Art. 207 A fiscalização do ordenamento do uso e ocupação do solo e das obras será
exercida pelo Poder Executivo, através de servidores legalmente autorizados e
devidamente identificados, com fundamento no Plano Diretor Municipal de Jequié, neste
Código, na Lei federal 6.766/79, em leis e normas administrativas de proteção ao
patrimônio histórico, artístico, cultural e paisagístico.
prepostos.
Art. 208 O Poder Executivo fiscalizará a obra durante a construção, quanto à execução do
projeto aprovado e, quando verificada qualquer inobservância, emitirá a notificação para
que o proprietário efetue as correções devidas.
Capítulo II
DAS INFRAÇÕES
Art. 209 Constitui infração toda ação ou omissão que contrarie as disposições deste
Código.
§ 1º Dará motivo à lavratura do Auto de Infração qualquer violação das normas deste
Código levada ao conhecimento de qualquer autoridade municipal, por qualquer servidor ou
pessoa física que a presenciar, devendo ser acompanhada de prova ou devidamente
testemunhada.
§ 3º O responsável por comunicação apurada como inverídica, que tenha agido com dolo,
responderá por seus atos na forma da lei.
SEÇÃO I
DO AUTO DE INFRAÇÃO
Art. 211 Auto de Infração é o instrumento no qual é lavrada a descrição de ocorrência que,
por sua natureza, características e demais aspectos peculiares, demonstre, com precisão e
clareza, sem entrelinhas, emendas ou rasuras, a infração de norma deste Código, dele
devendo constar:
VI - penalidade aplicada;
§ 1º Frustrada a notificação pessoal por duas vezes seguidas, será feita por via postal com
Aviso de Recebimento - AR.
§ 2º Novamente frustrada, uma única vez, a notificação de que trata o parágrafo anterior,
fica autorizada a notificação do infrator por edital, a ser fixado, no mínimo, na sede de três
órgãos públicos municipais, contendo todas as informações necessárias.
SEÇÃO II
DA DEFESA DO AUTUADO E DO RECURSO
Art. 214Na ausência de defesa ou sendo esta julgada improcedente, serão homologadas
as penalidades previstas neste Código, sem prejuízo das penalidades cabíveis previstas no
Código Ambiental e de Posturas.
§ 2º A decisão que julgar a defesa tempestiva do autuado deverá ser motivada de forma
explícita, clara e congruente.
Art. 215Homologada a penalidade que trata o artigo anterior, caberá recurso hierárquico,
sem efeito suspensivo, escrito e fundamentado ao Conselho de Desenvolvimento do
Município de Jequié, no prazo de 20 (vinte) dias do recebimento da notificação.
Capítulo III
DAS PENALIDADES
II - multa;
IV - interdição de atividades;
V - demolição.
§ 2º A aplicação de uma das penalidades previstas neste artigo não prejudica a aplicação
de outra, se cabível.
SEÇÃO I
DAS ADVERTÊNCIAS
Parágrafo Único - Considera-se, para efeitos deste Código, infração de natureza leve todo
ato ou omissão incapaz de provocar danos ao Município.
SEÇÃO II
DAS MULTAS
Art. 218Imposta a multa, calculadas com base nos Quadros 2.14 do Anexo II, deste
Código, em função da infração cometida, o infrator será notificado para que proceda ao
respectivo pagamento no prazo de 10 (dez) dias.
II - em até 30 (dez) dias, contados da data de ciência, pelo órgão competente, do ilícito
praticado.
§ 2º A multa não paga no prazo legal e cuja defesa seja julgada improcedente será inscrita
na dívida ativa.
II - os antecedentes do infrator;
IV - o porte do empreendimento;
SEÇÃO III
DO EMBARGO DAS OBRAS
Parágrafo Único - O embargo só será suspenso quando forem eliminadas as causas que o
determinaram.
SEÇÃO IV
DA INTERDIÇÃO DE ATIVIDADES
Art. 221O órgão municipal competente poderá interditar atividades que estejam sendo
realizadas em desacordo com o uso para o qual foi aprovada.
SEÇÃO V
DA DEMOLIÇÃO
§ 1º Entende-se como obra clandestina toda aquela que não possui licença para
construção.
§ 2º Entende-se por obra perigosa topa aquela que se apresentar ruinosa ou insegura para
sua normal destinação, oferecendo risco aos seus ocupantes, à vizinhança, à coletividade
ou ao patrimônio público, à qual será demolida imediatamente, nos termos do art. 235.
§ 2º A demolição poderá não ser imposta para situação descrita no caput, desde que a
obra, embora clandestina, atenda às exigências deste Código e que se providencie a
imediata regularização formal da documentação, com o pagamento das devidas multas.
Art. 224
Art. 224 É passível de demolição imediata toda obra ou edificação que, pela deterioração
natural do tempo, se apresentar ruinosa ou insegura para sua normal destinação,
oferecendo risco aos seus ocupantes, à vizinhança, à coletividade ou ao patrimônio público.
Parágrafo Único - O Poder Executivo poderá emitir notificação ao responsável pela obra ou
aos ocupantes da edificação, e fixar prazo para início e conclusão das reparações
necessárias, sob pena de demolição.
TÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 225 Na contagem dos prazos estabelecidos neste Código, excluir-se-á o dia do inicio e
incluir-se-á o do vencimento, prorrogando este, automaticamente, para o primeiro dia útil,
se recair em dia sem expediente municipal, observada a legislação vigente.
Parágrafo Único - Os prazos a que se refere este Código serão contados em dias corridos.
Art. 227 O Poder Executivo expedirá os atos administrativos que se fizerem necessários à
fiel observância dos dispositivos deste Código.
I - tramitação de processos;
Art. 229Esta Lei entrará em vigor 30 (trinta) dias após a data de sua publicação,
revogando-se as disposições em contrário.