Uso e Parcelamento Do Solo Município de Petrópolis - Cópia
Uso e Parcelamento Do Solo Município de Petrópolis - Cópia
Uso e Parcelamento Do Solo Município de Petrópolis - Cópia
LEI 5393/98
TÍTULO I
Art.
Art. 1. Como instrumento de política sustentável a presente lei deve assegurar a plena
realização das funções sociais, econômicas e ambientais garantindo cidadania e o bem
estar de seus habitantes, mediante:
I - Rural (ZRL);
II - Rururbana (ZRB);
III - Urbana (ZRU);
IV - Proteção Especial (ZPE).
Art. 4. As Zonas são subdivididas em Setores, aos quais são atribuídos índices e
parâmetros urbanísticos segundo os usos e atividades econômicas, sociais e culturais.
Art. 5. A divisão do território municipal em Zonas e Setores, harmoniza-se com a divisão
administrativa em bairros, quarteirões e distritos.
Art. 8/9. A Zona Rururbana compreende áreas com características mistas de ocupação,
mesclando atividades da agropecuária e da agroindústria com atividades urbanas. A Zona
Rururbana é subdividida em:
Art. 10/11. A Zona Urbana compreende áreas já comprometidas com a ocupação urbana e
com a sua expansão. A Zona Urbana é subdividida em:
Art. 12/13 A Zona de Proteção Especial: locais do Município sujeitos à proteção ambiental,
observadas as legislações pertinentes. A Zona de Proteção Especial é subdividida em:
Art. 17. aquelas para as quais se estabelecem regras específicas em função de suas
peculiaridades e relevância para o desenvolvimento do Município, proteção do meio
ambiente e do patrimônio e para o bem estar da população.
Art. 18. Poderão se sobrepor às Zonas e Setores, com, regras específicas, definidas por Lei
específica, cujas regras prevalecerão sobre as vigentes para cada Zona e/ou Setor
I - Social (AEIS);
II - Urbanístico (AEIU);
III - À Proteção (AEIP);
IV - Econômico (AEIE).
Art. 20 As Áreas de Especial Interesse Social compreendem os terrenos não utilizados, sub-
utilizados e não edificados, considerados necessários à implantação de programas
habitacionais para a população de baixa renda, ou, regiões de ocupação e loteamentos
irregulares de baixa renda, que serão objeto de programas específicos de urbanização,
regularização fundiária e recuperação ambiental.
Art. 21. Regiões de ocupação e loteamentos irregulares de baixa renda, serão identificadas
como Setores de Uso Especial de Interesse Social (SUEIS), contemplando somente as
famílias instaladas até 1994.
Art. 22. Além do (SUEIS), poderão ser estabelecidas Áreas de Especial Interesse (AEIS) em
áreas já comprometidas com a ocupação e/ou para novos assentamentos de famílias
carentes respeitadas as seguintes limitações:
II - A Prefeitura no prazo de 360 dias, após a promulgação dessa Lei, irá proceder
levantamento das ocupações posteriores ao ano de 1994, com proposição de AEIS.
III - O Poder Executivo deverá propor a criação de Áreas de Especial Interesse Social.
Art. 23. Áreas de Especial Interesse Social para assentamento e/ou reassentamento de
população de baixa renda deverá considerar as seguintes condições:
II – As áreas não poderão ser destinadas a famílias com renda igual ou superior à 12
salários mínimos;
III – Será realizado através da Secretaria de Habitação do Município. Mínimo de 70% dos
imóveis para famílias de até 3 salários mínimos;
V - a escolha dos terrenos para a delimitação das Áreas de Especial Interesse Social,
deverá contemplar todos os Distritos, podendo situar-se nas Zonas Urbana e Rururbana;
VI - cada família poderá ser contemplada com 1 (uma) unidade e uma só vez.
Art. 25. A urbanização, existente ou a ser criada, contará com espaços para equipamentos
comunitários, bem como arborização e o aproveitamento dos recursos naturais
Art. 26. As áreas cuja ocupação não é recomendável, não poderão ser de Especial
Interesse Social. Aos ocupantes de áreas de risco, de domínio Federal e Estadual, serão
garantidos os direitos de preferência em projetos de reassentamento.
Art. 27 O Municipio, através de Lei específica e ouvida a Comissão Permanente de Análise
de Projetos Especiais, Casos Omissos e Avaliação da LUPOS (COPERLUPOS), poderá
estabelecer Áreas de Especial Interesse (AEIU (AEIP)(AEIE).
Art. 28 As Áreas de Especial Interesse Urbanístico (AEIU) abrangem áreas para as quais se
objetivam projetos específicos de estruturação, renovação e revitalização urbana.
Art. 29 As Áreas de Especial Interesse à Proteção (AEIP) são aquelas onde estão
localizados os bens históricos, culturais e naturais, públicos ou privados, e aqueles que
ensejam proteção futura ou aproveitamento turístico.
Art. 30 As Áreas de Especial Interesse Econômico (AEIE) são aquelas onde poderão ser
localizados empreendimentos produtivos que atendam ao interesse do Município.
h) cota do terreno por unidade - área resultante da divisão da área total de terras ou lote
pelo número de unidades habitacionais implantadas no mesmo.
I – terreno com testada para mais de um setor do zoneamento, o proprietário poderá optar
por um dos setores.
III - O nível de implantação da construção é o mais baixo no perfil do terreno sobre o qual
incide a projeção horizontal da edificação;
VI - para edificações de até 15m de empena, implantada em terrenos com inclinação acima
de 30%, fica estabelecido um plano limitador do gabarito, paralelo ao plano médio natural
do terreno, que parte da fachada principal ao nível de 15,00 de altura;
a) para os Setores SUD l, SUD 2, SAU, e SRE 6: altura máxima de 5,50 acima da empena
ou do teto do último para casa de máquina do elevador e caixa d`água superior, sendo
somente permitido o uso do vazio do telhado se vinculado ao último pavimento tipo sem
comunicação independente ou para área comum de lazer, limitados tais usos em 50% da
área total do pavimento de cobertura.
b) Para o Setor SRE 3: altura máxima de 5,50 acima do teto do último pavimento tipo para
casa de máquina do elevador e caixa d`água superior, sendo somente permitido o uso do
vazio do telhado se vinculado ao último pavimento tipo sem comunicação independente ou
para área comum de lazer, limitados tais usos em 50% da área total do pavimento de
cobertura.
VIII - para edificações unifamiliares em SRU 3, SRU 4 e SPR cujo, áreas de terras ou lotes
existentes, possuam superfície inferior ao lote mínimo prevista no Quadro de Parcelamento,
anexo VI ficam liberados taxa de ocupação (TO) e índice de aproveitamento (IA) mantida a
Taxa de Permeabilidade.
Art. 37. Área máxima do terreno para implantação das vilas será 5.000m²
Art. 38. As vias de circulação de veículos para vilas residenciais deverão obedecer aos
seguintes requisitos:
III - a declividade máxima das vias deve obedecer ao estipulado para ruas de loteamento
V - as vias de circulação sem saída, devem ser providas de viradouro em sua extremidade,
em forma de "tê" ou círculo, de largura ou raio igual a rua de acesso, mais calçada de no
mínimo 1,00m dispensada somente caso não existam edificações com acesso direto pelo
viradouro.
Art. 39. As vilas residenciais deverão obedecer aos seguintes requisitos urbanísticos:
III - a cota de terreno por unidade habitacional é correspondente a 1/3 do lote mínimo do
Setor, não podendo ser inferior a 150m2
IV - as unidades podem ter área privativa, para quintal ou jardim, não podendo ser coberta
nem ter sua destinação alterada;
V - vilas residenciais com mais de 4 unidades, devem possuir área verde de 15% da
superfície do lote, podendo incluir as faixas de afastamento para ruas internas ou
logradouro público, desde que, ocupem no máximo 5% da superfície total e não sejam
para estacionamento de veículos;
X - são toleradas fachadas com elementos vazados em paredes com afastamento nulo.
Parágrafo único - A área privativa determinada no inciso IV pode ser delimitada por muro
frontal com altura máxima de 1,00m ou de fundos com altura máxima de 2,50m
Art. 41. Vila comercial: o conjunto de unidades comerciais, em um mesmo lote, dispostas
de modo a formarem ruas ou praças internas, que constituirão espaços de uso comum
geridos como condomínio.
Art. 43. As vilas comerciais podem ser implantadas em superfície máxima igual ao lote
mínimo do Setor em que se localizarem devendo o eventual excesso ser computado como
área de reserva, lazer ou estacionamento complementar.
Art. 44. As vilas comerciais devem obedecer aos seguintes requisitos urbanísticos:
II - vias de circulação são somente de pedestre com criação de praça interna de lazer (raio
mínimo de 3,00m), sendo tolerado via de veículos, para acesso ao estacionamento;
IV - Uma vaga para cada duas unidades comerciais, área mínima de 10,00m2 com largura
mínima de 2,30m desde que demarcada em projeto;
VII - são dispensados os banheiros privativos nas unidades comerciais, desde que existam
banheiros de uso público, masculino e feminino, na proporção de 1/3 e 2/3,
respectivamente, sempre arredondados para unidade superior, partindo-se da quantidade
mínima de 3 aparelhos sanitários para cada 6 unidades comerciais;
IX - as unidades podem compreender uma loja com jirau, acrescida de um pavimento, para
uso na prestação de serviços.
Art. 45. Na vila Residencial e na Comercial, deverão ter área de 2,00m² junto a testada,
para deposito de lixo, essa não será computado para TO e IA
Art. 46. Nos projetos de vila residencial e comercial, são aprovados concomitantemente os
projetos das edificações e de infra-estrutura. A licença para construção de edificações será
expedida, desde que, as obras de infra-estrutura estejam concluídas, e os prazos
estabelecidos respeitados.
Art. 47. O habite-se somente é concedido após a vistoria final das obras de infra-estrutura.
Art. 49. Parágrafo único – Área mínima para implantação: 2 vezes a área de lote mínimo;
Área máxima de 20 vezes o lote mínimo.
§ 2º As unidades habitacionais podem ter área privativa reservada para quintal ou jardim,
de no máximo 25% do lote mínimo, delimitadas por cercas vivas e descobertas.
Art. 52. Em grupamento as vias devem atender especificações para as vias de loteamento
Art. 53. Todos os grupamentos de edificação devem possuir área de uso comum, a saber:
(dispensados para grupamentos de até 4 unidades residenciais)
II - Industrial:
b) Cinturão verde, no perímetro do grupamento com largura mínima de 3,00m, poderá ser
computada no total da área de reserva florestal.
§ 1º - mínimo 25% da área total do terreno, para reserva florestal.
Art. 56. A vistoria final das construções fica condicionada à aceitação das obras
das vias internas onde se localizem.
Art. 57. Não são permitidos parcelamentos terras ou lote onde tiver sido implantado o
grupamento de edificações.
Art.60.
Art. 61. Pode ser liberado para uso comercial, de serviço, ou institucional, imóveis de
residenciais, desde:
II - atenda esta Lei e o Código de Obras, e ao número de vagas, exceto os imóveis da Rua
do Imperador, desde que exista estacionamento de uso público num raio de 500 m a partir
do prédio em que se instalar a atividade.
Art. 62. Para firma ou pessoa física prestadora de serviços, os imóveis de uso residencial
podem ser usados para Alvará de Localização, sem atendimento ao público.
Art. 63. A alteração de novas atividades objeto de Alvará de Localização, são sujeitas à
autorização da Prefeitura através da substituição do Alvará de Localização inicial.
Art. 64. No Setor Histórico (SEH) não é obrigatório vagas de estacionamento para imóveis
de uso comercial e/ou misto, caso exista estacionamento de uso público em raio de 500m
Art. 67. Os logradouros que possuam caixa de rua inferior a 4,50m, ou que se constituam
como logradouro em escadaria, não é permitida a localização de atividades industriais e
comerciais, excluindo-se industrias de classe A e as atividades de serviço PS 5.
Art. 69. A tramitação dos pedidos de funcionamento de atividade econômica pode ser
concomitante ou distinta do processo de licenciamento do prédio
Art. 70. Para os efeitos desta Lei, ficam definidas as seguintes classes de industrias:
TÍTULO VI - DO PARCELAMENTO
II - em terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde pública,
III - em terrenos com declividade igual ou superior a 30% devem ser atendidas as
disposições constantes do Quadro de Incremento em Função da Declividade, anexo VII;
CAPÍTULO I - DO DESMEMBRAMENTO
Art. 78 Toda a área resultante de desmembramento deve ter testada para via pública
a) Ruas abertas, demarcadas e pavimentadas
b) Iluminação pública
c) Abastecimento de agua potável
d) Esgotamento sanitário
CAPÍTULO II - DO LOTEAMENTO
Art. 80 Todo projeto de loteamento é precedido de consulta prévia, que definirá o tipo de
contribuição para equipamento comunitário e/ou para o Fundo de Habitação e
Equipamentos Urbanos e Comunitário.
VI - nos terrenos com declividade média entre 30%e 60%, é permitido lotes com
profundidade máxima de 70m, passeios com
largura máxima de 2,50, extensão
máxima de 60,00m e desnível máximo de 18,00m, desde que haja previsão de área de
estacionamento, com no mínimo 1vaga para cada 2lotes, em área situada no terreno do
empreendimento.
VIII - as vias locais caixa de rolamento mínima de 4,50m e extensão máxima de 250m
X – Vias sem saída serão permitidas: Principais viradouro com diâmetro min. 12m e Locais
diâmetro min. 9m, prevendo passeio para pedestres em seu perímetro.
2º Quando for utilizada área para construção de equipamentos comunitários deverão ser
atendidos os seguintes requisitos:
I - Respeitar os parâmetros do Setor em que se localizar;
II - localizada junto a logradouro público e contida em um único perímetro;
III - Não possuir declividade superior à média geral do terreno em que estiver situada.
Art. 89. As licenças para construção nos lotes pertencentes a loteamento aprovado
somente são concedidas após a vistoria final das obras de urbanização.
Art. 90. A aprovação dos loteamentos obedecem a uma das duas sistemáticas:
f) após a vistoria final, o Município aprova o loteamento, e emite a certidão de aceite das
obras executadas, que, junto com o projeto aprovado do loteamento, deve ser submetido a
registro no Registro Geral de Imóveis num prazo de 180 dias.
g) o prazo de 2 anos pode ser prorrogado por 1 ano desde que, executadas 40% das
obras. Ao término do qual pode ser novamente prorrogado por igual período, respeitada a
condição de terem sido executadas 30%.
c) para garantia da execução das obras, o loteador deve vincular à Prefeitura 25% da
superfície total dos lotes, definidos de comum acordo.
f) concluídas as obras, o loteador solicita vistoria final das mesmas, apresentando o aceite
de outros órgãos municipais
g) após a vistoria final, a Prefeitura emite certidão de aceite das obras executadas,
liberando junto ao Registro Geral de Imóveis, os lotes vinculados à Prefeitura;
h) após o decurso do prazo a que se refere a alínea b), caso as obras não estejam
concluídas, não é concedido novo prazo e o loteador perde o direito à devolução dos lotes
vinculados, sendo as obras assumidas pela Prefeitura
art. 93. A aprovação e licenciamento do loteamento pelo Município não eximem o loteador
da obtenção de parecer junto aos órgãos Federais e Estaduais competentes.
Art. 94 Classificação dos Loteamentos:
Art. 96. Nos loteamentos do tipo LR 1, admite-se a declividade média dos lotes até
80%, atendidas as disposições constantes do Quadro de Incremento em Função da
Declividade, e o discriminado no Quadro de Usos e Atividades.
Art. 99. O loteamento do tipo LR 2, caracteriza-se pela outorga da concessão de direito real
de uso para as vias de circulação, praças, jardins, parques e reservas florestais observadas
as seguintes condições:
Art. 101 Do instrumento de concessão de direito real de uso devem constar todos os
encargos relativos à manutenção e conservação dos bens públicos objeto da concessão.
Art. 102. A concessão de que trata o artigo 99 desta Lei, pode ser outorgada a uma
sociedade civil constituída pelos proprietários dos lotes e/ou ao incorporador.
Art. 104 A extinção ou dissolução da entidade concessionária, a alteração das áreas sob
outorga, o descumprimento da Lei, o não cumprimento de prazos fixados, implicam na
automática rescisão da concessão, revertendo a área à disponibilidade do Município e
incorporando-se a seu patrimônio todas as benfeitorias nela construídas.
Art. 106 Os loteamentos do tipo LR 3, devem ser implantados em terras ou lote com
declividade média até 60%, inclusive e superfície máxima de 10.000m2
Art. 111 O Loteamento Industrial (LI): declividade média dos lotes até 45%
Art. 112 Comissão Permanente de Análise de Projetos Especiais, Casos Omissos e Avaliação
da LUPOS (COPERLUPOS) de caráter CONSULTIVO, atribuições são a análise dos projetos
especiais, dos casos omissos ou de características inovadoras e a adequação do texto desta
Lei, bem como a definição e propostas das AEIS, AEIU, AEIE e AEIP.
Art. 115 Será obrigatório a apresentação do projeto, que será analisado pela
"COPERLUPOS", para os shopping centers, clubes, agremiações, associações,
indústrias, hotéis, hotéis-residências e motéis, casas de diversões e afins que
queiram se estabelecer nas ruas do centro.
Art. 118 As revisões do texto da presente Lei deverão ser elaboradas com a
participação popular organizada nos Conselhos a serem definidos em Lei.
Art. 119. Na Estrada União e Indústria no trecho que se inicia no Pic-Nic até a ponte sobre
o Rio da Cidade, exclusive, que dá acesso ao trevo de Bonsucesso, fica estabelecida a faixa
de domínio de 10,00m (dez metros), contada para ambos os lados, a partir do eixo da
Estrada. Da Ponte sobre o Rio da Cidade até a divisa do Município de Petrópolis com o
Município de Areal, fica estabelecida a faixa de domínio de 15,00m (quinze metros),
contada para ambos os lados de cada pista da Estrada onde houver duplicação.
II - Para imóveis comerciais e/ou serviços e afins, será tolerada a dispensa de áreas de
estacionamento para divisão em unidades autônomas, desde que não estejam no
pavimento térreo e não sejam definidos como loja;
III - Para a Rua Teresa e Rua Aureliano Coutinho, os imóveis comerciais, industriais e/ou
afins poderão ser divididos em unidades autônomas desde que não haja acréscimos de
área, atendam aos demais parâmetros previstos em Lei e, no caso de já haver áreas de
estacionamento, as mesmas deverão ser mantidas como área de estacionamento comum,
mesmo que não atendam ao estabelecido em Lei.