SPHS
SPHS
SPHS
TUCURUÍ-PA
2022
ADSON DE SOUSA GARCIA - 201733640039
ARTHUR COSTA LOBATO - 201733640033
BARBARA CRISTINA SOARES SILVA - 201733640006
ELIZETE MORAES GOMES - 201733640004
LUIZ CARLOS DE ALMEIDA JUNIOR - 201733640046
LUIS FARUK ENTRINGER DE CAMARGO - 201733640036
PAULO HENRIQUE MACIEL ARRAES ALBUQUERQUE - 201733640008
TUCURUÍ-PA
2022
SUMÁRIO
As instalações prediais são subsistemas que devem ser integrados ao sistema construtivo
proposto pela arquitetura, de forma harmônica, racional e tecnicamente correta. O sistema de
abastecimento é responsável por levar água potável até a fonte consumidora, sendo que,
dependendo da finalidade, essa água pode ser fria ou quente.
Para a execução deste projeto foi adotado a alimentação a partir da rede pública de
abastecimento. Em que o abastecimento ocorreu de forma indireto com bombeamento, no qual
o sistema é composto de reservatório inferior, CMB (Conjunto Motor Bomba) e reservatório
superior.
As diretrizes propostas pelo cliente, trata-se de um prédio residencial de 4 pavimentos
tipo, sendo que, os pavimentos são compostos por apartamentos, sendo quatro apartamentos
por andar, totalizando 16 apartamentos.
O dimensionamento de água fria é normatizado pela ABNT NBR 5626:2020, que foi a
referência principal para dimensionamento apresentado a seguir. O primeiro dado calculado foi
o de consumo diário dos apartamentos.
Para calcular o consumo diário de água dentro de uma edificação, é necessária uma boa
coleta de informações: pressão e vazão nos pontos de utilização; quantidade e frequência de
utilização dos aparelhos; população; condições socioeconômicas; clima, entre outros. A tabela
1 apresenta a taxa de ocupação por natureza de local, que será um valor muito útil para
determinar o cálculo final de consumo. No projeto foi utilizado a taxa de residências e
apartamentos, considerando duas pessoas por dormitório e uma pessoa no quarto da empregada.
Tabela 1 - Taxa de ocupação de acordo com a natureza do local.
𝐶𝑑 = 𝑃 ∗ 𝑞
Onde:
Sendo assim, para aferir o consumo diário para projeto, considerou-se dois quartos sociais
e um de empregada, sendo duas pessoas por quarto social e uma no da empregada, logo, o total
de pessoas para um apartamento é de 5 habitantes. Todavia, como são quatro
apartamentos/pavimento a população total é de 80 habitantes.
Prosseguindo, observou-se que para a edificação deste projeto o consumo diário por
pessoa a ser considerado deve ser de 200 litros/dia, portanto:
𝐶𝑑 = 5 ∗ 200 ∴ 𝐶𝑑 = 16000𝐿/𝑑𝑖𝑎.
● Reservatório Superior.
● Reservatório Inferior.
a) Área do reservatório
b) Altura do reservatório
a) Vazão de bombeamento
𝑉𝑑 = 16.000 𝐿/𝑑𝑖𝑎
𝑉𝑑 16000
𝑄𝑚𝑖𝑛 = 3 ∗ 1,5 ∴ = 3 ∗ 1,5 ∴
𝑄𝑚í𝑛 = 3.555,55 𝐿/ℎ ∴ 𝑄𝑚í𝑛 = 3,55 𝑚³/ℎ
b) Diâmetro de recalque
𝑋 = 6/ 24 = 0,25
Ou
𝐷𝑟 = 50 𝑚𝑚 𝐷𝑠 = 60𝑚𝑚
Foi feito a soma dos valores dos pesos de cada peça, os pesos unitários são valores
tabelados que auxiliam a dimensionar alguns itens como a vazão e o diâmetro do tubo. Já que
os pesos são acumulativos é necessário fazê-lo, o ideal é começar pelo último trecho e seguir
até o início. Para o peso unitário de cada aparelho utilizou-se os dados da tabela 4
Tabela 4- Pesos relativos nos pontos de utilização, identificados em função do aparelho
Sendo que, a quarta coluna apresenta os valores dos pesos correspondentes para cada
peça, o que será imprescindível para a utilização do Método de Hunter. Logo, com base nas
diretrizes dos projetos, apresentamos na tabela 5 os pesos relativos usados no dimensionamento
de apenas um apartamento.
O diâmetro nominal é calculado através do uso do ábaco. O ábaco é uma tabela que relaciona
a soma dos pesos de cada trecho e o diâmetro mínimo a ser utilizado. No ábaco os números em
destaque são o resultado da soma dos pesos, ao lado estão os diâmetros mínimos a serem adotados
em milímetros. Cada faixa de valores da soma dos pesos corresponde à adoção de um diâmetro
específico da tubulação. Um exemplo prático é que se a soma dos pesos resultar no valor de 4, então
o diâmetro mínimo é o de 25 mm.
Figura 2: Ábaco das vazões e diâmetros em função dos pesos.
2.1.4 Coluna
Foi feito cálculo tanto para a coluna AF1 quanto para AF2, pois elas correspondem às
colunas que irão alimentar o banheiro e a cozinha. Optou-se por fazer o cálculo apenas das duas
colunas devido as outras colunas serem iguais às colunas AF-1 e AF-2.
a) Determinação dos trechos
Caso haja mudança de vazão ou do diâmetro da tubulação deve ser adotado um novo
trecho conforme os aparelhos utilizados.
b) Soma dos trechos em cada trecho
Nessa etapa é necessário somar os valores dos pesos de cada peça, que por sua vez são
valores tabelados e que auxiliam a dimensionar alguns itens como a vazão e o diâmetro do tubo.
Além disso, os pesos são acumulativos, então deve começar pelo último trecho e seguir até o
início.
c) Estimativa das vazões
A vazão é determinada por fórmula, basta saber a soma dos pesos acumulados dos aparelhos
no trecho.
𝑄 = 0,3 ∗ √ΣP
Q → Vazão (L/s)
P → Peso dos aparelhos
A perda de carga unitária representa a perda de pressão a cada metro da tubulação. Ela
pode ser calculada usando a seguinte equação:
𝐽 = 8,69 ∗ 106 ∗ 𝑄1,75 ∗ 𝐷−4,75
A perda de carga total refere-se a soma das perdas de cargas e é representada pela seguinte
equação:
𝐴𝐻 = 𝐽 ∗ (𝐿𝑟 + 𝐿𝑎)
Onde:
ΔH → perda de carga total (Kpa);
Lr → comprimento real das tubulações (m);
La → comprimento equivalente dos acessórios (m).
O comprimento equivalente (La) são valores dados a conexões das tubulações para
auxiliar e facilitar no momento do cálculo, a ideia básica é que cada conexão proporciona uma
perda de carga igual a um comprimento de tubulação.
Esses comprimentos são dados por tabela e de forma simplificada são valores em metros
correspondentes a cada tipo de conexão. Para ter o valor do comprimento equivalente
das conexões de cada trecho basta somar os valores correspondentes a cada conexão de
acordo com o diâmetro usado no trecho. A figura 3 foi retirada da NBR 5626 e relaciona esses
valores.
Dessa forma, foi realizado o cálculo de seções equivalentes que é necessário saber os
trechos, peso unitário, peso acumulado e diâmetro referente a cada trecho. Para descobrir a
vazão é necessário utilizar essa fórmula:
𝑄 = 𝐶 ∗ √ΣP
𝑄 → Vazão, em L/s.
Para o projeto de sistema predial de esgoto sanitário, primeiro será executado os cálculos
do banheiro, cozinha e área de serviço. Primeiramente será calculado os diâmetros do tubo de
queda, ramal de ventilação e coluna de ventilação do banheiro e posteriormente será calculado
os tubos de gordura e de água servida da cozinha e da área de serviço, respectivamente. O
método utilizado para o tubo de queda correto para cada uma dessas áreas é o do UHC. As
tabelas utilizadas para esse dimensionamento podem ser encontradas na NBR 8160.
2.2.1 Banheiro
Por meio dos dados iniciais será possível calcular os diâmetros e os tubos de queda. Como
podemos observar na tabela o banheiro terá um chuveiro, um vaso e um lavatório, com 2, 6 e 2
UHC respectivamente, somando-se no total 9 UHC. O chuveiro com diâmetro nominal de
40mm, o vaso com 100mm e o lavatório com 40 mm, todos esses dados foram encontrados na
tabela 8 (UHC dos aparelhos sanitários e diâmetro nominal mínimo dos ramais de descarga).
Tabela 8- Unidades de Hunter de contribuição dos aparelhos sanitários e diâmetro nominal mínimo dos
ramais de descarga.
Tabela 9 – Diâmetros
2.2.2 Cozinha
Dessa forma, utilizando a figura 5 da norma 8160, o diâmetro do tubo de gordura será de 75
mm.
Dessa forma, utilizando a tabela 6 da norma 8160, o diâmetro do tubo de água servida
será de 100 mm.
Serve para verificar qualquer problema ou entupimento no caminho do esgoto antes que
ele seja jogado na rede pública. É a partir dela que se faz qualquer manutenção da rede.
No dimensionamento das caixas de inspeção, foram primeiramente, identificados e
enumerados os tubos de queda e suas respectivas Unidades de Hunter de Contribuição (UHC),
conforme a Tabela 18.
Tabela 18 - Tubo de queda da área de serviço
UHC POR TUBO DE QUEDA
TQ1 32
TQ2 96
TQ3 32
TQ4 96
TQ5 32
TQ6 96
TQ7 32
TQ8 96
TQ9 32
TQ10 144
TQ11 144
TQ12 144
Fonte: Autores (2022)
Em seguida, foram determinados as contribuições, os UHC’s, os diâmetros, os
comprimentos, as cotas do terreno, as cotas dos coletores e as profundidades de cada coletor de
cada caixa de inspeção, conforme a tabela 19 foram determinadas 10 caixas de inspeção, com
declividade de 1%.
a) Determinação do volume
Primeiramente, foi determinada a contribuição de esgoto (C) de 130 e lodo fresco (Lf) de
1, de acordo com o padrão médio do prédio, observado na tabela 1 da NBR 7229, indicado na
figura 6.
Figura 6 - Comprimentos equivalentes em metros de canalização de PVC rígido
b) Contribuição diária
𝐶𝑑 = 𝐶 ∗ 𝑁 ∴ 𝐶𝑑 = 160 ∗ 64 ∴ 𝐶𝑑 = 10240𝑙/𝑑𝑖𝑎
c) Tempo de detenção
De acordo com a tabela 3 da NBR 7229, adotando-se o tempo de limpeza de 2 anos, a taxa de
acumulação será de 65, seguindo a faixa de temperatura entre 10 e 20°C, correspondente ao mês mais
frio.
Adotando-se:
ℎ = 0,75𝑚
𝐻𝑡 = 6 𝑚
𝑍 = 1,5𝑚
ℎ𝑢 = 6 − 1,5 − 0,75
ℎ𝑢 = 3,75𝑚
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
OLIVEIRA, A.L. Instalações hidráulicas prediais – Água fria – Aula 01 da disciplina GCI044 (Sistemas
Hidráulicos Prediais). 2018.
OLIVEIRA, A.L. Instalações hidráulicas prediais – Água fria – Aula 02 da disciplina GCI044 (Sistemas
Hidráulicos Prediais). 2018.
ABNT NBR 5626. Instalação predial de água fria. Rio de Janeiro, 1998
Carvalho Júnior, Roberto de Instalações hidráulicas e o projeto de arquitetura / Roberto de Carvalho Júnior
- 7.ª ed. - São Paulo: Blucher, 2013