Guia Acompanhamento Condicionalidades Auxilio Brasil
Guia Acompanhamento Condicionalidades Auxilio Brasil
Guia Acompanhamento Condicionalidades Auxilio Brasil
Brasília – DF
2022
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria de Atenção Primária à Saúde
Departamento de Promoção da Saúde
Brasília – DF
2022
2022 Ministério da Saúde.
Esta obra é disponibilizada nos termos da Licença Creative Commons – Atribuição – Não Comercial
– Compartilhamento pela mesma licença 4.0 Internacional. É permitida a reprodução parcial ou total
desta obra, desde que citada a fonte.
A coleção institucional do Ministério da Saúde pode ser acessada, na íntegra, na Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da
Saúde: http://bvsms.saude.gov.br.
Ficha Catalográfica
14 Integração do
Sistema Auxílio Brasil na Saúde com o e-SUS.............................................. 73
15 Repercussão no descumprimento das condicionalidades no
acompanhamento das famílias...................................................................... 76
16 Incentivo à gestão do Programa Auxílio Brasil Índice de Gestão
Descentralizada (IGD). . ..................................................................................... 79
17 Documentos....................................................................................................... 82
18 Suporte – Gestão do Programa Auxílio Brasil na saúde............................ 84
Referências................................................................................................................ 86
Bibliografia................................................................................................................ 87
5
Apresentação
O Auxílio Brasil é um Programa de Transferência Condicionada de Renda (PTCR) criado pelo governo federal
– em substituição ao Programa Bolsa Família – que integra as políticas públicas de Assistência Social, Saúde,
Educação, Emprego e Renda.
Os PTCR partem do princípio que o alívio da pobreza não se dá apenas pela concessão de recursos finan-
ceiros, mas a compreende como fenômeno multicausal; isto é, entende que a situação de pobreza envolve
outros determinantes, como o local de moradia do indivíduo, o acesso à saúde e educação de qualidade,
entre outros.
As condicionalidades previstas pelo Programa Auxílio Brasil envolvem diretamente as áreas da saúde e da
educação; tendo a assistência social como parte fundamental na identificação e no acompanhamento das
famílias que se encontram em contexto de maior vulnerabilidade social.
Nesse sentido, para apoiar os estados, os municípios e o Distrito Federal no acompanhamento das condi-
cionalidades de saúde do Programa Auxílio Brasil (PAB), o Departamento de Promoção da Saúde (Depros),
da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps), do Ministério da Saúde (MS) elaborou este Guia para
Acompanhamento das Condicionalidades de Saúde. O documento aborda assuntos importantes que vão desde
a criação do programa, passando pela importância da equidade e da intersetorialidade na sua gestão.
Além disso, aborda a importância do acompanhamento e dos registros das informações para o planejamen-
to das suas ações.
Desejamos que este Guia contribua para o fortalecimento da gestão do Programa Auxílio Brasil.
Boa leitura!
Foi uma política de proteção social não contributiva, com o propósito de atuar para a melhoria das condi-
ções de vida das famílias em situação de pobreza e extrema pobreza. O PBF foi estruturado em três eixos
principais: transferência direta de renda às famílias (alívio imediato da situação de pobreza); ampliação do
acesso aos serviços públicos que representam direitos básicos nas áreas de saúde, educação e assistência
social, por meio das condicionalidades; e coordenação com outras ações e outros programas do governo,
nas três esferas de modo a apoiar as famílias na superação da situação de vulnerabilidade e pobreza.
Durante a existência do Programa Bolsa Família, o acompanhamento das condicionalidades de saúde repre-
sentou importante estratégia de focalização das ações universais de saúde para a parcela mais vulnerável
da população, estimulou o acesso aos direitos sociais básicos e contribuiu para reafirmar a importância das
ações de saúde na vida das famílias beneficiárias
Ao longo dos anos, diversas pesquisas evidenciaram contribuições positivas nas condições de saúde das
famílias beneficiárias. O PBF foi uma importante política social, reconhecida internacionalmente, e que a
longo da sua existência buscou aprimorar seu funcionamento, promovendo a inclusão de novos participan-
tes, além de aperfeiçoar o atendimento ao público beneficiário.
Posteriormente, a Lei n.º 14.284, de 29 de dezembro de 2021, instituiu o Programa Auxílio Brasil e o
Programa Alimenta Brasil, em substituição ao Programa Bolsa Família e ao Programa de Aquisição de
Alimentos, respectivamente. As normativas publicadas orientam acerca da gestão do programa e das atri-
buições para a oferta e o monitoramento das ações relativas ao cumprimento das condicionalidades das
famílias beneficiadas.
rabilidade social. Dessa forma, o Programa Auxílio Brasil contempla benefícios financeiros destinados às
ações de transferência de renda com condicionalidades relacionadas à realização do pré-natal, ao cum-
primento do calendário nacional de vacinação, ao acompanhamento do estado nutricional e à frequência
escolar mínima.
A Lei n.º 14.284/2021 prevê regras de emancipação e, em seu artigo n.º 20 (caput), parágrafos 1º ao 5º, re-
gulamenta que:
L Art. 20. As famílias beneficiárias do Programa Auxílio Brasil que tiverem aumento da renda familiar
per capita mensal que ultrapasse o limite de renda para concessão dos benefícios previstos nos inci-
sos I, II e III do caput do art. 4º desta Lei serão beneficiadas pela regra de emancipação.
L § 1º As famílias de que trata o caput deste artigo serão mantidas no programa pelo período de até 24
(vinte e quatro) meses, desde que a renda familiar per capita mensal permaneça inferior aos limites
estabelecidos neste artigo, nos termos do regulamento.
L § 2º O limite de renda familiar per capita mensal da regra de emancipação será igual a duas vezes e
meia o limite superior disposto para a situação de pobreza previsto no inciso I do § 1º do art. 4º desta
Lei.
L § 3º Nas hipóteses em que a renda da família beneficiária em situação de regra de emancipação pro-
venha exclusivamente de pensão, de aposentadoria, de benefícios previdenciários pagos pelo setor
público ou do BPC, o tempo máximo de permanência na regra de emancipação será de metade do
estabelecido no § 1º deste artigo.
L § 4º As famílias beneficiárias em situação de regra de emancipação terão prioridade para receber
informações, qualificação e serviços gratuitos para promoção de sua emancipação produtiva, indica-
dos em função do perfil de cada beneficiário, nos termos do regulamento.
L § 5º A família beneficiária que for desligada do Programa Auxílio Brasil, de acordo com manifestação
de vontade ou em decorrência do encerramento do prazo estabelecido pela regra de emancipação,
poderá retornar ao programa com prioridade, desde que atenda aos requisitos estabelecidos para
recebimento dos benefícios financeiros previstos nos incisos I, II e III do caput do art. 4º desta Lei, nos
termos do regulamento.
O Benefício Composição Gestante (BCG) objetiva aumentar a proteção à mãe e ao bebê durante a gestação,
promovendo maior atenção a uma fase essencial para o desenvolvimento da criança. Ele está contido no
rol de benefícios financeiros do Programa Auxílio Brasil (PAB), destinados a ações de transferência de renda
com condicionalidades
Nesse sentido, o Ministério da Saúde (MS) e o Ministério da Cidadania (MC), conjuntamente, operacionali-
zam os procedimentos para identificação de gestantes elegíveis ao BCG e para a concessão desse benefício,
10 Ministério da Saúde
utilizando os registros de gestação localizados nos Serviços de Atenção à Saúde do Sistema Único de Saúde
(SUS), assim como a rotina já estabelecida de acompanhamento de condicionalidades de saúde que prevê,
entre suas ações, a identificação e o acompanhamento das gestantes.
A Instrução Normativa Conjunta n.º 1/Seds/Senarc/MC, de 4 de março de 2022, trata sobre os procedi-
mentos para a identificação de gestantes elegíveis ao Benefício Composição Gestante (BCG), do Programa
Auxílio Brasil (PAB) e das regras relacionadas à concessão desse benefício.
O MS é responsável pelo repasse da relação de gestantes localizadas nos Serviços de Atenção à Saúde do
SUS para o MC. A identificação de gestantes ocorrerá de duas maneiras: a) por meio de registro no Sistema
de Informação em Saúde para a Atenção Básica (Sisab); e b) por meio da rotina já estabelecida dos serviços
de saúde para o acompanhamento das condicionalidades de saúde.
Os registros das ações relacionadas ao cuidado à gestante devem ser inseridos por meio do Prontuário
Eletrônico do Cidadão (PEC) e da Coleta de Dados Simplificada (CDS).
É importante a qualidade nos registros durante os eventos de cuidado do pré-natal, a partir dos instru-
mentos disponíveis, de modo a garantir a fidedignidade dos marcadores que serão monitorados. Para isso,
deve-se realizar o registro das informações, considerando:
L Informação do Cartão Nacional de Saúde (CNS) ou do Cadastro de Pessoa Física (CPF) de todas as
gestantes atendidas.
L Atendimento individual com o campo “Está gestante” assinalado com “Sim”.
L Atendimento individual com registro da Data da Última Menstruação (DUM) ou Idade Gestacional
(IG).
L Envio de informações para a base nacional do Sisab dentro da competência de envio em que foi rea-
lizado o atendimento da gestante, conforme as regras de envio de dados do Sisab.
Não será possível o registro da gestação caso o atendimento tenha sido realizado após a data provável do
parto.
Além da utilização do Sisab, que permite a identificação de gestantes não beneficiárias e beneficiárias para
possível elegibilidade e concessão do BCG, também serão utilizados dados advindos do acompanhamento
das condicionalidades de saúde, processo que só permite a identificação de gestantes entre as beneficiárias
do PAB enviadas ao MS pelo MC.
O acompanhamento das condicionalidades de saúde é realizado em duas vigências por ano: 1ª vigência,
de janeiro a junho; e 2ª vigência de julho a dezembro. O público a ser acompanhado é selecionado a cada
vigência pelo MC com base na folha de pagamento do PAB e no CadÚnico. Para compor o público de acom-
panhamento do pré-natal, são selecionadas todas as mulheres beneficiárias para possível identificação e
Guia para acompanhamento das condicionalidades de saúde: Programa Auxílio Brasil 11
acompanhamento de gestantes. A base com a relação das mulheres beneficiárias que deverão ser acom-
panhadas é repassada à Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps/MS), que a disponibiliza no Sistema
de Gestão do PAB na Saúde/MS. No meio de cada vigência – em geral, abril (primeira vigência), e outubro
(segunda vigência) –, o MC gera um arquivo chamado de complementar, que tem como objetivo atualizar
a relação das mulheres beneficiárias, que será disponibilizada no Sistema de Gestão do PAB na Saúde/MS.
Essa ação visa atualizar a relação de beneficiárias do programa, que podem ser identificadas na condição de
gestantes e, portanto, elegíveis ao BCG.
Tendo por base a relação do público para acompanhamento, as Secretarias Municipais de Saúde realizam o
acompanhamento das beneficiárias do PAB. No Sistema de Gestão do PAB na Saúde/MS são disponibilizadas
informações dos beneficiários oriundas do CadÚnico, como as seguintes: nome, Número de Identificação
Social (NIS), data de nascimento, endereço, dentre outras informações. Para realizar o acompanhamento de
saúde de mulheres beneficiárias do PAB, deverão ser coletados e registrados, no referido Sistema, os dados
descritos no Quadro 1.
MULHERES GESTANTES
Quadro 2 – Benefícios básicos concedidos às famílias do Programa Auxílio Brasil (“cesta raiz”)
Benefício Primeira Infância Pago a famílias que tem em sua composição crianças de 0 a 36 meses
R$ 130,00*/mensal incompletos. Valor pago por mês e por integrante.
Benefício de Superação da
Pago às famílias em situação de extrema pobreza (renda familiar de até R$
Extrema Pobreza
105,00* por mês). Não há limite no número de benefícios pagos.
Valor analisado caso a caso
Fonte: Lei n.º 14.284, de 29 de dezembro de 2021, Portaria MC n.º 746, de 3 de fevereiro de 2022.
*valores definidos por meio da Lei n.º 14.284, de 29 de dezembro de 2021, e sujeitos à alteração.
Auxílio Criança Cidadã Responsável de família beneficiária com criança de 0 a 48 meses incompletos,
R$ 200,00*/mensal/turno parcial que tiveram ampliação de renda por atividade remunerada ou comprovação
R$ 300,00*/mensal/turno de vínculo em emprego formal e não conseguiram vagas nas creches da rede
integral educacional pública ou privada conveniada com o Poder Público.
As famílias beneficiárias que possuem crianças menores de 7 anos e mulheres em idade entre 14 e 44 anos
deverão ser assistidas por uma Equipe de Saúde da Família (ESF) ou Equipe de Atenção Primária (EAP) de
uma Unidade Básica de Saúde (UBS), por meio da Atenção Primária à Saúde (APS). É fundamental que a
equipe de saúde esclareça à família sobre a sua participação no cumprimento das ações que compõem as
condicionalidades do Programa Auxílio Brasil, deixando-a ciente de suas responsabilidades na melhoria de
suas condições de saúde.
O acompanhamento das ações de saúde e nutrição dessas famílias na APS do SUS foi assumido pelos esta-
dos e municípios por meio do Pacto pela Vida, conforme descrito em Portaria Ministerial GM n.º 325, de 21
de fevereiro de 2008, e reforçada na Portaria n.º 2.669, de 3 de novembro de 2009, ao considerar o indicador
sobre o “Percentual de famílias com perfil saúde beneficiárias do Programa Bolsa Família acompanhadas
pela Atenção Primária à Saúde”. Adicionalmente, a Política Nacional de Atenção Básica (Pnab), publicada
pela Portaria n.º 2.346, de 21 de setembro de 2021, traz como atribuição comum a todos os membros das
equipes que atuam na APS: “Acompanhar e registrar no Sistema de Informação da Atenção Básica (Sisab)
e no Mapa de Acompanhamento do Programa Bolsa Família (PBF), e/ou outros programas sociais equi-
valentes, as condicionalidades de saúde das famílias beneficiárias”. Portanto, cada vez mais destaca-se o
importante papel que o SUS tem na melhoria da qualidade de vida de todos, especialmente desses cidadãos
que se encontram em maior situação de vulnerabilidade, como os beneficiários do Programa Auxílio Brasil.
Ademais às normas citadas anteriormente, o Ministério da Saúde, por meio da Política Nacional de
Alimentação e Nutrição (Pnan), parte integrante da Política Nacional de Saúde, reafirmou que a alimenta-
ção adequada é um direito humano. A garantia desse direito é fundamental, pois a alimentação e a nutrição
adequadas são ingredientes básicos para o desenvolvimento do ser humano, garantindo a ele a realização
de sua capacidade de produção, de sua cidadania e do seu bem-estar.
A equipe de saúde deve identificar se uma família tem garantido todas as condições de acesso aos alimentos
básicos seguros e de qualidade, em quantidade suficiente, atendendo aos requisitos nutricionais, de modo
permanente e sem comprometer outras necessidades essenciais, com base em práticas alimentares sau-
dáveis, contribuindo, assim, para uma existência digna, colaborando para o desenvolvimento integral dos
indivíduos, que são os princípios de Segurança Alimentar e Nutricional.
2
Contexto epidemiológico
alimentar e nutricional no
Brasil e o papel do PAB
Guia para acompanhamento das condicionalidades de saúde: Programa Auxílio Brasil 15
Paralelamente, estima-se que a pandemia por covid-19 tenha aumentado drasticamente o número de pes-
soas em situação de insegurança alimentar a partir de 2020. Dados da pesquisa do Fundo das Nações
Unidas para a Infância (Unicef) mostraram que, em relação à insegurança alimentar, 13% dos brasileiros de-
clararam que, desde o início da pandemia, alguém do domicílio havia deixado de comer por falta de dinhei-
ro para aquisição de alimentos – proporção que representa aproximadamente 21 milhões de brasileiros.
Dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan), em 2019, mostraram que, entre os bene-
ficiários do antigo PBF, 8,2% das crianças menores de 5 anos apresentam desnutrição e 7,6%, obesidade.
Entre as crianças de 5 a 7 anos, 7,1% apresentam desnutrição e 12,8%, obesidade. No tocante às gestantes,
17,1% apresentam baixo peso e 19,3%, obesidade para a idade gestacional. Em números absolutos, esses
percentuais indicam que há mais de 1 milhão (1.430.562) de crianças menores de 7 anos e mais de 200 mil
(211.022) gestantes beneficiárias com classificações do estado nutricional que sugerem Insan.
O acompanhamento nutricional das crianças e gestantes do Programa Auxílio Brasil é uma condicionali-
dade de saúde, sendo uma condição imprescindível para a Vigilância Alimentar e Nutricional (VAN) desses
beneficiários, especialmente por se tratar de um grupo com maior risco para a dupla carga da má nutrição.
Qualquer desvio ou risco nutricional verificado no acompanhamento das condicionalidades de saúde re-
quer a ação da APS para garantir o cuidado e a atenção nutricional.
Cabe à Secretaria Municipal de Saúde ofertar as ações de pré-natal, vacinação, acompanhamento do estado
nutricional da criança, além das atividades educativas em saúde, alimentação e nutrição. Essas ações fazem
parte da APS e já devem ser rotineiramente ofertadas pelo município a toda a população.
As atividades educativas são de extrema importância, podendo-se abordar vários assuntos sobre saúde
e nutrição, como orientar as famílias a adquirirem alimentos mais saudáveis. A Coordenação-Geral de
Alimentação e Nutrição do Departamento de Promoção da Saúde (Cgan/Depros), disponibiliza publicações
aos profissionais que trabalham junto às famílias cadastradas no Programa Auxílio Brasil por meio site
https://aps.saude.gov.br, como a Política Nacional de Alimentação e Nutrição (Pnan).
Portanto, é dessa maneira que a Pnan dialoga com o Programa Auxílio Brasil, ao articular os diversos se-
tores (saúde, educação e assistência social), com o objetivo de assegurar o direito humano à alimentação,
promovendo a Segurança Alimentar e Nutricional e contribuindo para a conquista da cidadania pela parcela
da população mais vulnerável, em situação de pobreza ou extrema pobreza. Na saúde, a responsabilidade
para com o Programa Auxílio Brasil pressupõe a organização da APS para garantir a oferta de serviços às
famílias beneficiárias do programa, visando ao acompanhamento das condicionalidades na saúde.
Com isso, a Política Nacional de Alimentação e Nutrição possui a responsabilidade de expressar as diretrizes
e os princípios com os quais o SUS deve trabalhar no campo do cuidado nutricional da população brasileira
em todos os seus níveis de complexidade e de gestão, compondo o conjunto de políticas públicas que obje-
tivam a Segurança Alimentar e Nutricional e o direito humano à alimentação adequada.
Seguem, no Quadro 4, alguns materiais publicados pelo Ministério da Saúde, elaborados pela Cgan, que po-
dem contribuir com o trabalho dos profissionais da saúde no território, voltado para as famílias cadastradas
no Programa Auxílio Brasil e que estão disponíveis em: https://aps.saude.gov.br/biblioteca/index.
18 Ministério da Saúde
PUBLICAÇÃO OBJETIVO
Guia Prático de Preparo de Contém orientações de como alimentar adequadamente a criança, no que se
Alimentos para Crianças refere ao preparo do leite de acordo com a idade (até 12 meses), quanto à
Menores de 12 meses introdução de novos alimentos a partir do segundo mês de vida e quanto aos
que não podem ser cuidados de higiene pessoal e dos utensílios utilizados durante o preparo e
amamentadas administração do alimento à criança.
Continua
Guia para acompanhamento das condicionalidades de saúde: Programa Auxílio Brasil 19
Conclusão
PUBLICAÇÃO OBJETIVO
Marco de Referência da
Esta publicação objetiva apoiar profissionais e gestores para a organização da
Vigilância Alimentar e
VAN na atenção primária e refere-se às equipes de APS como um leque maior
Nutricional na Atenção
de modelagens para as diferentes populações e realidades do Brasil.
Básica
Manual de Condutas
Gerais do Programa Manual com o objetivo de orientar os gestores e profissionais de saúde
Nacional de de estados e municípios para a implementação do Programa Nacional de
Suplementação de Suplementação de Vitamina A (PNSA).
Vitamina A
Além dessas ações, o município pode incluir outras atividades relevantes, principalmente as de âmbito
intersetorial, que tenham como objetivo a geração de emprego e renda, com ênfase no desenvolvimento
sustentável, tais como: hortas comunitárias, cursos profissionalizantes, entre outras.
O estabelecimento de parcerias no âmbito municipal é primordial para que essas ações tenham maior im-
pacto. Nesse sentido, a articulação com outras instituições que atuam na melhoria das condições de vida da
população pode potencializar a qualidade do acompanhamento das famílias do programa.
4
A importância da
promoção da saúde no
Programa Auxílio Brasil
Guia para acompanhamento das condicionalidades de saúde: Programa Auxílio Brasil 21
A Política Nacional de Promoção da Saúde, aprovada por meio da Portaria n.º 687 GM/MS, de 30 de março
de 2006, foi criada com o objetivo de promover qualidade de vida e reduzir vulnerabilidade e riscos à saúde.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define saúde como “o bem-estar físico, mental e social, mais do que
a mera ausência de doença
“; e esse conceito vai de encontro ao pensamento enraizado na nossa sociedade
de que estar saudável significa não apresentar doença.
Promover saúde é partir do princípio que o indivíduo só desfrutará de qualidade de vida se todos os aspec-
tos que o cercam forem observados. Significa, portanto, compreender que existem outros determinantes
que influenciam diretamente na sua saúde.
O conceito de promoção da saúde está relacionado ao conceito de determinantes sociais de saúde; isto é,
admite que as condições sociais, econômicas, étnicos/raciais, educacionais, comportamentais, influenciam
diretamente na qualidade de vida da população.
Nesse sentido, o Programa Auxílio Brasil, ao prever que o recebimento do auxílio financeiro está diretamen-
te ligado ao cumprimento de condicionalidades, como as da saúde, abre um campo rico de oportunidades
para que os profissionais de saúde possam debater com o público temas relevantes como o enfrentamento
ao uso do tabaco, o enfrentamento ao uso abusivo de álcool e outras drogas, a promoção da atividade física,
entre outros.
5
Competências e responsabilidades
dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios na execução e
na gestão do Programa Auxílio
Brasil, conforme o Decreto n.º
10.852, de 8 de novembro de 2021
Guia para acompanhamento das condicionalidades de saúde: Programa Auxílio Brasil 23
VI. Garantir apoio técnico-institucional para a gestão local do Programa Auxílio Brasil.
VII. Firmar parcerias com órgãos e instituições federais e distritais, governamentais e não gover-
namentais, para oferta de ações complementares para os beneficiários do Programa Auxílio
Brasil. Promover, em articulação com a União, o acompanhamento e o registro das condicio-
nalidades e a inclusão das famílias em descumprimento de condicionalidades nos serviços
socioassistenciais.
VIII. Promover ações, em articulação com a União, a partir das situações identificadas no acompa-
nhamento de que trata o inciso VIII, para garantir o acesso das famílias beneficiárias aos servi-
ços que constituem condicionalidades do Programa Auxílio Brasil e apoiá-las na superação de
vulnerabilidades identificadas.
Cada responsável técnico municipal da Secretaria de Saúde deve identificar a relação das famílias do seu
município que recebem o benefício, as quais precisam ser acompanhadas na saúde, por meio do acesso ao
Sistema de Gestão do Programa Auxílio Brasil na Saúde na Plataforma e-Gestor AB, disponível em https://
egestorab.saude.gov.br/.
Para isso é preciso, primeiramente, que o gestor municipal da APS possua acesso (login e senha) ao e-Gestor
AB. Posteriormente, esse gestor municipal deve realizar o cadastro e/ou a vinculação de usuários ao Sistema
de Gestão do Programa Auxílio Brasil no perfil Gestor Municipal do Programa. Os passos para a obtenção
da senha de acesso estão detalhados no item 13. Os gestores municipais do Programa Auxílio Brasil podem,
também, consultar informações referentes ao acompanhamento da saúde.
O SUS é responsável pelo acompanhamento da saúde das famílias beneficiárias de maneira individualizada.
As famílias em situação de pobreza e extrema pobreza, por estarem em situação de maior vulnerabilidade
social, têm maior dificuldade no acesso e na frequência aos serviços de Saúde. Por esse motivo, o objetivo
das condicionalidades do programa é garantir a oferta das ações básicas (saúde, educação e assistência so-
cial), potencializando a melhoria da qualidade de vida das famílias e contribuindo para a sua inclusão social.
No que se refere às condicionalidades, deve-se ofertar a todas as gestantes e crianças menores de 7 anos de
idade beneficiárias do Programa Auxílio Brasil as seguintes ações descritas na Tabela 1:
Tabela 1 – Ações de saúde ofertadas às gestantes e crianças menores de 7 anos de idade beneficiárias do
Programa Auxílio Brasil
Destacamos que as ações de saúde que fazem parte das condicionalidades descritas anteriormente são
universais e, portanto, devem ser ofertadas a toda a população coberta pelo SUS por meio das ações bási-
cas de saúde. A diferença em relação ao público do Programa Auxílio Brasil é que fazem parte desse grupo
pessoas com um alto grau de vulnerabilidade social, que têm no acompanhamento das condicionalidades
uma oportunidade para o acesso aos serviços de saúde do SUS, promovendo assim inclusão social.
7
A equidade no
Programa Auxílio Brasil
28 Ministério da Saúde
De antemão, deve-se ter claro que o conceito de equidade nada tem a ver com o conceito de igualdade.
Enquanto o primeiro compreende o tratamento igualitário para todas as pessoas, o segundo compreende o
tratamento diferenciado. Não à toa, um dos princípios do SUS é a equidade; isto é, compreende que apesar
de todas as pessoas possuírem o mesmo direito de acesso aos serviços, elas não são iguais e, portanto, têm
necessidades distintas, específicas. Nesse sentido, tratar igualmente os desiguais é sinônimo de igualdade
e tratar desigualmente os desiguais é sinônimo de equidade.
O acesso aos serviços de saúde é um bom exemplo para falar de equidade. É impossível afirmar que popula-
ção ribeirinha, povo cigano, povo quilombola, população em situação de rua, acessam os serviços de saúde
da mesma maneira. São povos que vivenciam realidades diferentes, seja no nível social, seja no cultural.
Esses grupos, além de sofrer maior dificuldade no acesso às ações e serviços de saúde, sofrem mais precon-
ceito. Assim, “não basta um padrão universal se este não comportar o direito à diferença. Não se trata mais
de um padrão homogêneo, mas de um padrão equânime”.
Nesse sentido, é imprescindível que as equipes de saúde se apropriem da realidade de vida do público
beneficiário do Programa Auxílio Brasil, pois o acompanhamento das condicionalidades deverá considerar
suas especificidades, e isso é garantir equidade na saúde.
8
O preconceito nos
Programas de Transferência
Condicionada de Renda
30 Ministério da Saúde
Preconceito nada mais é que um julgamento feito a partir de crenças individuais acerca de determinado
grupo – étnico, cultural, religioso, entre outros.
A Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 1988, afirma no art. 5º que “Todos são
iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, ...”. A saúde é, portanto, um direito social que de-
ver ser garantido a todas as pessoas.
É necessário compreender, contudo, que o tratamento adequado para um indivíduo não necessariamente
será adequado para outro; e quando um profissional de saúde não compreende, por exemplo, a importân-
cia dos Programas de Transferência Condicionada de Renda para um determinado grupo, possivelmente
sua ação esteja pautada por valores pessoais que os impedem de compreender que o nosso País é compos-
to por grupos historicamente discriminados e que, portanto, vivenciam alto grau de vulnerabilidade.
Em programas como o Auxílio Brasil, percepções preconceituosas devem ser banidas, pois contribuem para
a formação de ideias generalizantes, criando-se estigmas acerca do público beneficiário, além de gerar an-
tipatias e crenças distorcidas sobre o programa.
Nesse sentido, emitir pré-julgamentos – ignorar que vivemos num país desigual, cuja população possui
modo de vida, raças, religiões diferentes – é não reconhecer que Programas de Transferência Condicionada
de Renda é de suma importância para o público beneficiário, não somente pela transferência de renda, mas
por todas as outras ações envolvidas.
9
Pobreza e exclusão
social: iniquidades
sociais e de saúde do
público beneficiário do
Programa Auxílio Brasil
32 Ministério da Saúde
Quando falta ao indivíduo, por exemplo, acesso à saúde ou à educação seu futuro possivelmente estará
comprometido, já que para desfrutar de uma vida digna é necessário ter boa saúde, dispor de aprendizado
e conhecimento que o capacitam a disputar uma vaga no mercado de trabalho. Além disso, é fundamental
ter acesso a alimentação adequada, vestuário adequado, praticar atividades físicas, entre tantos outros.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) analisa a pobreza monetária e a complementar, que
avaliam acesso à educação, à proteção social, à moradia adequada, aos serviços de saneamento básico e à
comunicação (internet). Este escopo complementar permite observar a quantidade de pessoas sem acesso
a essas dimensões (direitos).
A análise complementar do ano de 2016, realizada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
Contínua do IBGE, apontou que alguns grupos se destacaram, mostrando-se mais vulneráveis (com direitos
violados), como: crianças, homens e mulheres pretos e pardos, além de pessoas que vivem em arranjos
domiciliares compostos por mulheres sem cônjuges e com filhos pequenos. Essa análise só foi possível por
enxergar a pobreza e a extrema pobreza a partir da sua multidimensionalidade.
Nesse cenário, a capacidade da população em situação de pobreza de atuar em favor de sua saúde é bas-
tante reduzida. Além da maior dificuldade no acesso a serviços de saúde, as pessoas vulneráveis estão mais
propensas de apresentar insegurança alimentar (condição que está relacionada à falta de acesso à alimen-
tação adequada). Além disso as chances de acesso à terra, ao saneamento básico, a bens e serviços públicos
são bastantes reduzidas, fatores que estão diretamente associados à situação de pobreza.
É nesse cenário de busca de redução das iniquidades que surgem Programas de Transferência Condicionada
de Renda (PTCR) como o Programa Auxílio Brasil. Atuar para garantir a Segurança Alimentar e Nutricional,
ampliar a participação das famílias na rede de comércio local, promover o acesso a bens de consumo, à
saúde e à educação são alternativas que contribuem para a melhoria das condições de vida da população.
No SUS, a agenda das iniquidades e estratégias promotoras de saúde, por meio dos Programas de Transferência
Condicionada de Renda, necessitam cada vez mais de interfaces com outras ações e serviços da Rede de
Atenção à Saúde, como aquelas que visam à redução de carências nutricionais, à redução da mortalidade
infantil e materna, à redução de doenças imunopreviníveis e negligenciadas (exemplo, sarampo, poliomielite),
ao acesso a saúde bucal, à assistência integral à saúde da mulher, criança e adolescente, entre outras. Para a
potencialização dessas ações e serviços é preciso também a articulação intersetorial entre a saúde e os demais
setores governamentais, como a educação, a assistência social, a cultura, os esportes, a inclusão produtiva etc.
Nesse sentido, o Programa ao promover o alívio imediato da pobreza por meio da transferência de renda e a
melhoria das condições de vida, por meio do cumprimento das condicionalidades, busca garantir benefícios
de médio e longo prazos ao público beneficiário.
10
A importância da
intersetorialidade
na condução do
Programa Auxílio Brasil
34 Ministério da Saúde
O art. 3º, do Decreto Presidencial n.º 10.852, de 8 de novembro de 2021, que regulamenta o Programa
Auxílio Brasil afirma que “A execução e a gestão do Programa Auxílio Brasil ocorrerá de forma descentra-
lizada, por meio da conjugação de esforços entre os entes federativos, observados: a Intersetorialidade; a
participação comunitária; o controle social; e a articulação em rede”.
Intersetorialidade significa articulação de saberes com um objetivo comum. Grupos e setores de diferentes
políticas se unem para construir intervenções necessárias às respostas às demandas apresentadas pela
população.
Nesse sentido, atuar intersetorialmente permite aos grupos identificarem a existência de possíveis entraves
na dinâmica de um programa, além criar possibilidades de ação. A troca de saberes possibilita visualizar
os problemas em nível macro, evitando assim ações desarticuladas as quais dificultam a compreensão das
demandas apresentadas.
Programas de Transferência Condicionada de Renda, como o Programa Auxílio Brasil, demandam articula-
ção constante com outras políticas a fim de compor o maior número possível de ações e serviços resolutivos
para a população que deles necessitam.
11
Redução das iniquidades
em saúde: acesso do
público beneficiário do
Programa Auxílio Brasil aos
serviços odontológicos
36 Ministério da Saúde
A renda e o nível de escolaridade também contribuem na condição de saúde. Além desses fatores, o suporte
por parte dos familiares, amigos e da própria comunidade interferem na saúde de cada pessoa (no que diz
respeito à cultura, tradições e crenças).
Nos últimos anos, diversos estudos têm relatado a importância dos fatores socioeconômicos e demográfi-
cos no entendimento dos determinantes de saúde bucal.
A doença cárie, que é a doença mais prevalente no mundo, é a causa mais comum de perda dentária e está
muito conectada com os DSS. A lesão de cárie ocorre quando os tecidos dentários sofrem a ação biológica
de micro-organismos presentes na cavidade bucal, o chamado biofilme dental. Esse biofilme, por sua vez,
é formado quando há disponibilização de alimentos açucarados e/ou ultraprocessados, como balas, chicle-
tes, pirulitos, sucos artificiais, refrigerantes, leites adoçados, achocolatados, entre outros.
A doença cárie possui um componente social relevante, pois a população mais vulnerável pode ter mais
dificuldade de acesso à compra de escovas de dente, pastas de dente com flúor e fio dental; à água de
abastecimento fluoretada; às informações de instrução em higiene bucal; aos serviços odontológicos e às
informações de hábitos alimentares saudáveis.
As equipes de saúde, em especial as equipes de Saúde Bucal (eSB), devem atentar-se para a presença de
cárie em toda a população, especialmente na população mais vulnerável, encaminhando ao atendimento
odontológico aqueles que necessitarem de alguma intervenção.
Os beneficiários do Programa Auxílio Brasil devem ser orientados sobre a importância do autocuidado com
a cavidade bucal, pontuando que a cárie dentária está associada ao aparecimento de dor e outros prejuí-
zos, de cunho estético e funcional, como dificuldade na mastigação. Esta, por sua vez, pode culminar em
problemas na alimentação.
A seguir serão descritas as principais atividades que as equipes de saúde e as eSB podem desenvolver junto
aos beneficiários do Programa Auxílio Brasil, visando à melhoria da saúde bucal: Busca ativa; Diagnóstico
do perfil sociodemográfico; Diagnóstico das condições de saúde bucal; Educação em saúde (prevenção de
agravos bucais e promoção da saúde bucal); Assistência à Saúde Bucal; e Monitoramento da saúde bucal da
população do Programa Auxílio Brasil.
Saiba mais
Reconhecer a escola como lócus de diversas práticas de saúde vivifica a discussão de promoção da saúde,
pois entende o conceito de saúde na perspectiva intersetorial, uma característica importante e essencial
dos Programa Auxílio Brasil e do Programa Saúde na Escola (PSE), ambos vinculados ao Departamento de
Promoção da Saúde.
O PSE, instituído pelo Decreto Presidencial n.º 6.286, de 5 dezembro de 2007, é um programa desenvolvido
pelos Ministérios da Saúde e da Educação que realiza ações de saúde voltadas para o estudante na perspec-
tiva de atenção integral à saúde. Ou seja, desenvolve ações tanto de promoção da saúde quanto de preven-
ção de agravos com as crianças, os adolescentes e os jovens da rede pública de ensino básico.
As 13 ações desenvolvidas no PSE são as seguintes: verificação da situação vacinal; alimentação saudável
e prevenção da obesidade; promoção da atividade física; promoção da cultura de paz e direitos humanos;
saúde sexual e reprodutiva e prevenção de HIV/IST; saúde ambiental; saúde bucal; saúde auditiva; saúde
ocular; prevenção de violências e acidentes; prevenção de doenças negligenciadas; prevenção ao uso de
álcool, tabaco e outras drogas; e prevenção à covid-19 nas escolas.
Por meio da realização dessas ações, o PSE visa contribuir para o fortalecimento de ações na perspectiva do
desenvolvimento integral, para o enfrentamento das vulnerabilidades que comprometem o pleno desen-
volvimento de crianças, adolescentes e jovens brasileiros, especialmente aquelas condições de saúde mais
recorrentes no território.
A adesão ao PSE ocorre a cada dois anos e o programa se direciona para a universalidade, sendo atualmente
presente em 5.422 municípios, 97% do território nacional. Destaca-se que, a cada adesão, ocorre um au-
mento gradual do número de municípios, escolas e estudantes participantes.
Possuem prioridade na adesão ao PSE as escolas que possuem mais de 50% dos alunos integrantes de
famílias beneficiárias do Programa Auxílio Brasil (escolas maioria Auxílio Brasil). Essa informação advém
do cruzamento de dados do Censo Escolar do Ministério da Educação, principal instrumento de coleta de
informações dos estudantes e das escolas de educação básica. A principal motivação para a priorização das
escolas maioria Programa Auxílio Brasil se dá pelo reconhecimento de que as ações do PSE potencializam
as discussões e as atividades relacionadas à proteção social, à permanência na escola e à redução de baixa
frequência por motivo de saúde.
Dessa forma, as ações de integração entre saúde e educação têm impactado positivamente na qualidade
de vida dos educandos, uma vez que permite construir espaços de superação das vulnerabilidades sociais,
contribuindo diretamente para a interrupção do ciclo intergeracional da pobreza.
Saiba mais
Para saber mais sobre o PSE e
a participação do seu estado ou
município no Programa, acesse:
https://aps.saude.gov.br/ape/pse.
13
Acompanhamento das
famílias beneficiárias
no sistema de gestão do
Programa Auxílio Brasil
na saúde
40 Ministério da Saúde
O registro das condicionalidades de saúde das famílias beneficiárias do Programa Auxílio Brasil é feito no
Sistema de Gestão do Programa Auxílio Brasil, na plataforma e-Gestor AB (https://egestorab.saude.gov.br/).
Uma vez por semestre, no período de cada vigência do programa, os profissionais de saúde devem realizar
o acompanhamento das condicionalidades dos beneficiários (Tabela 2).
VIGÊNCIA PERÍODO
Após o município realizar o acompanhamento e o registro dos dados na Plataforma do e-Gestor, esses da-
dos são consolidados pelo Ministério da Saúde e encaminhados ao final de cada vigência ao Ministério da
Cidadania, Gestor Federal do Programa, conforme ilustrado no Fluxograma a seguir, Figura 1:
repercussão
Ministério
Transferência de
Ministério
informações no
sistema do PAB na de acompanhamento
Consolidação ao Ministério da Saúde
saúde, plataforma
dos dados
e-Gestor AB
Recurso para os
descumprimentos
no Sicon
Acompanhamento
Geração de Individual
mapas de
Municípios
acompanhamento
Registro dos
acompanhamentos no Meses para
Anotação dos sistema do PAB na saúde
Gestão das Informações recurso
dados de na platatorma e-Gestor AB
(gerenciadores) (abril e outubro)
acompanhamento
Tabela 3 – Período para geração do público para acompanhamento e transferência das informações das
famílias para o sistema de gestão do Auxílio Brasil na saúde
Início do período
Folha de Informações do
Vigência Arquivo de carga de registro de
pagamento Cadastro Único
acompanhamento
O Arquivo Complementar contempla a relação das mulheres beneficiárias do Programa Auxílio Brasil,
com idade acima de 7 anos, que não estavam no arquivo de carga do início da vigência. Esse arquivo, dis-
ponibilizado no meio da vigência, visa contribuir para o registro do acompanhamento das gestantes benefi-
ciárias do Programa Auxílio Brasil.
Esse registro do acompanhamento das mulheres e identificação da mulher como gestante deve ser reali-
zado o quanto antes para que a concessão do Benefício Composição Familiar referente às gestantes seja
possível, uma vez que o trâmite até a possibilidade de recebimento do benefício pode demandar cerca de
três meses, conforme o fluxograma a seguir na Figura 2:
42 Ministério da Saúde
monitoramento
dos acompanhamentos
Transferência
do consolidado de
gestantes identificadas
Integração com Sisprenatal
(mensal)
da Cidadania
Ministério
O Benefício Composição Gestante, para o caso de mulheres gestantes, objetiva aumentar a proteção à mãe
e ao bebê durante a gestação, elevando a renda familiar e promovendo maior atenção à fase essencial para
o desenvolvimento da criança. Para receber o benefício, as mulheres beneficiárias devem ser identificadas
como gestantes independente do estágio da gravidez, e seu acompanhamento registrado no Sistema Auxílio
Brasil na Saúde no e-Gestor.
L Garantir a distribuição do mapa, com a relação dos beneficiários para cada unidade de saúde ou por
bairro.
L Orientar a equipe de saúde para que anote, no Mapa de Acompanhamento, os todos os dados solici-
tados para todas as crianças menores de 7 anos e todas as mulheres entre 14 e 44 anos, informando
se estas estão gestantes ou não.
L Solicitar que, ao final do dia ou do mês ou no prazo estipulado como rotina, as equipes de saúde
insiram os dados de acompanhamento das condicionalidades no Sistema Auxílio Brasil na Saúde ou
encaminhem os dados para que a coordenação municipal no Programa Auxílio Brasil na Saúde faça
essa inserção. Recomendamos que os registros sejam feitos ao longo da vigência, para que não haja
sobrecarga de registros no sistema, que poda gerar instabilidade e prejudicar os registros.
44 Ministério da Saúde
1 1.1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
– Não acompanhamento
Ocorrência Identificada
Ocorrência identificada
Ocorrência identificada
Ocorrência identificada
Se gestante – Realizou
Vacinação em dia? (B)
acompanhamento (A)
CNS (Cartão Nacional
Identificação Social)
Data de nascimento
Estatura em cm (B)
– Não Informação
– Não Vacinação
o Pré-Natal? (D)
– Não Pré-Natal
Gestacional (C)
Peso em kg (B)
(Número de
Informação
Nutricional
de Saúde)
DUM (D)
Data de
Nome
NIS
15 – Código
16 – Endereço: 17 – EAS: 18 – Profissional:
Familiar:
1- 1.1 - 2- 3- 4- 5- 6- 7- 8- 9- 10 - 11 - 12 - 13 - 14 -
1- 1.1 - 2- 3- 4- 5- 6- 7- 8- 9- 10 - 11 - 12 - 13 - 14 -
1- 1.1 - 2- 3- 4- 5- 6- 7- 8- 9- 10 - 11 - 12 - 13 - 14 -
1- 1.1 - 2- 3- 4- 5- 6- 7- 8- 9- 10 - 11 - 12 - 13 - 14 -
15 – Código
16 – Endereço: 17 – EAS: 18 – Profissional:
Familiar:
1- 1.1 - 2- 3- 4- 5- 6- 7- 8- 9- 10 - 11 - 12 - 13 - 14 -
1- 1.1 - 2- 3- 4- 5- 6- 7- 8- 9- 10 - 11 - 12 - 13 - 14 -
1- 1.1 - 2- 3- 4- 5- 6- 7- 8- 9- 10 - 11 - 12 - 13 - 14 -
1- 1.1 - 2- 3- 4- 5- 6- 7- 8- 9- 10 - 11 - 12 - 13 - 14 -
15 – Código
16 – Endereço: 17 – EAS: 18 – Profissional:
Familiar:
1- 1.1 - 2- 3- 4- 5- 6- 7- 8- 9- 10 - 11 - 12 - 13 - 14 -
1- 1.1 - 2- 3- 4- 5- 6- 7- 8- 9- 10 - 11 - 12 - 13 - 14 -
1- 1.1 - 2- 3- 4- 5- 6- 7- 8- 9- 10 - 11 - 12 - 13 - 14 -
1- 1.1 - 2- 3- 4- 5- 6- 7- 8- 9- 10 - 11 - 12 - 13 - 14 -
15 – Código
16 – Endereço: 17 – EAS: 18 – Profissional:
Familiar:
1- 1.1 - 2- 3- 4- 5- 6- 7- 8- 9- 10 - 11 - 12 - 13 - 14 -
1- 1.1 - 2- 3- 4- 5- 6- 7- 8- 9- 10 - 11 - 12 - 13 - 14 -
1- 1.1 - 2- 3- 4- 5- 6- 7- 8- 9- 10 - 11 - 12 - 13 - 14 -
1- 1.1 - 2- 3- 4- 5- 6- 7- 8- 9- 10 - 11 - 12 - 13 - 14 -
É necessário que a Secretaria Municipal de Saúde respeite o cumprimento dos prazos de envio dos dados
de acompanhamento para que não haja acúmulo de registro de informações para o final da vigência, como
também não haja prejuízo no repasse financeiro previsto pelo Índice de Gestão Descentralizada (IGD), me-
lhor detalhado no item 16.
Para a correta aferição do peso e da estatura, o Ministério da Saúde desenvolveu o documento intitulado
“Orientações para a coleta e análise de dados antropométricos em serviços de saúde: Norma Técnica do
Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional – Sisvan”, um material de apoio para a coleta das medidas
antropométricas. Nessas orientações podem ser verificadas ilustrações com o procedimento adequado de
aferição das medidas antropométricas. Acesse o conteúdo completo em https://aps.saude.gov.br/.
Ressalta-se que os dados antropométricos dos beneficiários do Programa Auxílio Brasil, inseridos no Sistema
Auxílio Brasil na Saúde, serão enviados ao Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan), após o en-
cerramento de cada vigência, auxiliando na avaliação do estado nutricional da população brasileira. Logo,
uma coleta e um registro adequados beneficiarão tanto a Vigilância Alimentar e Nutricional do Brasil quanto
à gestão do Programa Auxílio Brasil na Saúde.
Nesse sistema, o gestor ou técnico da Atenção Primária à Saúde (APS) dos municípios registram as informa-
ções referentes ao peso, altura e vacinação das crianças, bem como o pré-natal realizado, peso e altura das
gestantes identificadas durante a vigência.
L Receber o registro dos dados de acompanhamento das condicionalidades de saúde de todos os inte-
grantes da família que precisam ser acompanhados pelas equipes de saúde nos municípios.
46 Ministério da Saúde
L Possibilitar consulta de informações, por integrante, sobre o cumprimento ou não das condicionali-
dades de saúde: realização do pré-natal das gestantes; cumprimento do calendário de vacinação e
registro de peso e altura das crianças menores de 7 anos.
L Gerar relatórios com os resultados de acompanhamento da saúde, que servem como instrumentos
de diagnóstico, avaliação e monitoramento para a atuação do poder público.
L Enviar ao Ministério da Cidadania os resultados do acompanhamento das condicionalidades de saú-
de dos beneficiários do Programa Auxílio Brasil.
Os relatórios com resultados consolidados são disponibilizados por vigência e possuem acesso público,
não sendo necessário possuir senha de acesso ao ambiente restrito. Adicionalmente, os gestores e técnicos
municipais do Programa Auxílio Brasil podem realizar consultas aos dados individualizados do acompanha-
mento das condicionalidades de saúde no Sistema de Gestão do Auxílio Brasil na Saúde, mediante acesso
restrito na plataforma e-Gestor, conforme instrutivo disponível em https://bfa.saude.gov.br/documentos.
Destaca-se que o Sistema de Gestão do Auxílio Brasil na Saúde é integrado com os demais sistemas de
informação utilizados pelas equipes da APS, como o e-SUS, o Sisvan Web, o Sisprenatal e a atualização da
base no Cartão Nacional de Saúde.
Conforme demonstração da Figura 4, a tela inicial apresenta o acesso ao ambiente restrito, aos relatórios
públicos e ao suporte.
Fonte: https://egestorab.saude.gov.br/.
Guia para acompanhamento das condicionalidades de saúde: Programa Auxílio Brasil 47
Fonte: https://egestorab.saude.gov.br/.
Para ter acesso ao ambiente restrito, é necessário que o gestor da Atenção Primária à Saúde do município
ou os gestores municipais do programa cadastrem novos usuários. O gestor da Atenção Primária à Saúde
faz o cadastro e/ou a vinculação de usuários no perfil Gestor do Programa Municipal ou Técnico Municipal
do Sistema Auxílio Brasil na Saúde. Já os gestores municipais do Programa podem cadastrar as pessoas com
perfil de Técnico Municipal no Sistema Auxílio Brasil na Saúde, conforme ilustrado na Figura 6.
48 Ministério da Saúde
Pode
CADASTRAR
Perfis!
Não Pode
CADASTRAR
Perfis!
Pode
ACESSAR
Sistemas!
Não Pode
Fundo Nacional Gestor(es) Gestor(es) Perfis relacionados ACESSAR
1 de Saúde 2 Atenção Básica 3 Atenção Básica 4 ao estado e município Sistemas!
(Estadual/Municipal)
Caso peu município ainda não exista nenhuma pessoa cadastrada com o perfil Gestor da Atenção Primária
à Saúde, é necessário que o gestor do município (prefeito, secretário municipal de saúde ou pessoa desig-
nada por ele), o qual possui o usuário (CNPJ) e senha do Fundo Municipal de Saúde, realize o cadastro do
Gestor da Atenção Primária à Saúde. As informações de CNPJ e senha do Fundo Municipal de Saúde são
fornecidas pela Divisão de Convênios (Dicon) do seu estado (o contato de cada Dicon pode ser encontrado
no seguinte link: http://www.fns2.saude.gov.br/unidadesestaduais.asp).
É importante saber que o gestor da Atenção Primária à Saúde poderá cadastrar mais de um gestor muni-
cipal do Programa no Sistema Auxílio Brasil na Saúde, que também poderá cadastrar mais de um técnico
municipal.
Todas as informações específicas do manejo do Sistema Auxílio Brasil na Saúde estão presentes na aba
“Documentos” do Sistema Auxílio Brasil na Saúde, na plataforma e-Gestor, por meio do Manual Passo a
Passo de Cadastro de Gestores e Técnicos do Sistema Auxílio Brasil na Saúde e o Passo a Passo de Como Inserir os
Dados de Acompanhamento no Sistema Auxílio Brasil na Saúde. Caso permaneçam dúvidas após conferir esses
materiais, ainda é possível receber orientações por meio do e-mail bfasaude@saude.gov.br.
13.6 Gerenciadores
O Sistema Auxílio Brasil na Saúde possui funcionalidades – Gerenciadores – que têm como objetivo aper-
feiçoar o processo de trabalho dos municípios e melhorar a navegação pelo sistema. Estes Gerenciadores,
Guia para acompanhamento das condicionalidades de saúde: Programa Auxílio Brasil 49
Figura 7, podem ser acessados por meio do Acesso rápido ou pela barra lateral esquerda da página do
Sistema Auxílio Brasil na Saúde.
Fonte: https://auxiliobrasil.saude.gov.br//.
Conforme destacado acima, os Gerenciadores são: Agrupar bairros, Gerenciar EAS e Vincular famílias. Estão
disponíveis apenas para os profissionais cadastrados com o Perfil de Gestor Municipal do Sistema Auxílio
Brasil na Saúde.
Importante!
O Sistema Auxílio Brasil na Saúde permite somente o registro das condicionalidades de
saúde, a partir das informações provenientes do Cadastro Único. Portanto, se o endereço
do beneficiário estiver desatualizado oriente-o a procurar o Centro de Referência de Assistência Social
(Cras) mais próximo de sua casa.
As informações corrigidas no Cadastro único somente serão alteradas no Sistema Auxílio Brasil na Saúde na
Saúde de acordo com o calendário de geração do público para acompanhamento. Para mais informações,
acesse o Item 13.1.
50 Ministério da Saúde
Fonte: https://auxiliobrasil.saude.gov.br//.
A caixa de seleção da opção “Defina um nome para os Grupos de Bairros”, permite escrever o nome do
grupo de bairros ou selecionar um grupo já existente. Após escrever o novo grupo de bairros ou após sele-
cionar um grupo de bairros já existente, o sistema abrirá a lista dos bairros que poderão ser selecionados e
incluídos no novo grupo de bairros ou no grupo de bairros já existente e selecionado anteriormente.
Um bairro pode ser inserido somente em um único grupo de bairros. Porém, para grupo de bairros já for-
mado, é possível inserir outros bairros no grupo, desde que não estejam em nenhum grupo.
A lista dos grupos de bairro pode ser impressa e/ou exportada para Excel.
Fonte: https://auxiliobrasil.saude.gov.br//.
A relação de EAS apresentada é extraída do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (Cnes), que
é atualizado mensalmente pelos estados e municípios. Portanto, caso um EAS do seu município não
esteja disponível na lista do Sistema Auxílio Brasil na Saúde, possivelmente ele está como EAS não
visível ou ainda não está no Cnes. Por exemplo: uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) deve estar
localizada na “Lista de EAS não visíveis”, tendo em vista que esse EAS geralmente não realiza o acompanha-
mento da condicionalidade de saúde do Programa Auxílio Brasil, pois não faz parte da APS.
Após realizar o gerenciamento das EAS e selecionando os que ficarão visíveis. O gestor municipal do progra-
ma poderá fazer a vinculação de família/indivíduos do município aos EAS visíveis. Com isso, essa funciona-
lidade visa facilitar o trabalho do município no momento de imprimir os Mapas de Acompanhamento e de
inserir os dados de acompanhamento das condicionalidades de saúde.
Vinculando as famílias aos EAS, por meio da opção “Vinculação de Famílias” ou da opção “Acompanhamento”,
as EAS visíveis migrarão da tabela verde – “EAS visíveis sem famílias vinculadas” – para a tabela laranja –
“EAS visíveis com famílias vinculadas”, conforme apresenta a imagem a seguir (Figura 10):
Fonte: https://auxiliobrasil.saude.gov.br//.
52 Ministério da Saúde
Ressalta-se que as “EAS visíveis com famílias vinculadas” não podem ser desmarcadas como visíveis por te-
rem famílias vinculadas. Caso o município necessite retirar alguma EAS da tabela laranja – “EAS visíveis com
famílias vinculadas”, deve primeiramente desvincular as famílias a essa EAS e depois migrá-lo para a tabela
verde – “EAS visíveis sem famílias vinculadas”.
Fonte: https://auxiliobrasil.saude.gov.br//.
Para o tipo de pesquisa “Bairro”, selecione o bairro e verifique as outras opções de seleção complementares
(Logradouro, EAS, profissional). Após a solicitação será apresentada a relação das famílias por seus códigos
familiares. Para acessar a relação dos indivíduos pertencentes a cada família, clique sobre o código familiar.
Para vincular a família ou mais famílias a um EAS, selecione primeiramente o EAS de destino (obrigatório),
depois o Profissional (optativo) e em seguida as famílias que serão vinculadas. É possível selecionar todas
as famílias, por meio da opção “Vincular todos” ou selecionar uma família de cada vez, por meio da opção
“Vincular”. Segue na Figura 12 a tela que descreve o procedimento mencionado:
Guia para acompanhamento das condicionalidades de saúde: Programa Auxílio Brasil 53
Fonte: https://auxiliobrasil.saude.gov.br//.
Após ser feita a vinculação, a coluna “EAS” mostrará o estabelecimento selecionado para cada registro e a
coluna “Profissional” mostrará o profissional selecionado, caso tenha sido selecionado. Além disso, as caixas
“Vincular” se modificarão para “Desvincular”, bastando um clique nesta caixa para retornar à possibilidade
de vinculação (Figura 13):
Fonte: https://auxiliobrasil.saude.gov.br//.
Para fazer a pesquisa pela opção “Número de Identificação Social (NIS)”, basta inserir os 11 dígitos de um
NIS válido de um dos integrantes da família. O Sistema Auxílio Brasil na Saúde mostrará o registro familiar,
conforme Figura 14:
54 Ministério da Saúde
Figura 14 – T ela Vinculação de Famílias: como pesquisar pela opção Número de Identificação
Social (NIS)
Fonte: https://auxiliobrasil.saude.gov.br//.
Por meio da pesquisa pela opção “Famílias sem vínculo”, o sistema mostrará as famílias não vinculadas a
nenhum EAS. Essa opção é utilizada para as famílias que não foram vinculadas ou acompanhadas na vigên-
cia anterior. Orienta-se que, no início de cada vigência e após a disponibilização do arquivo complementar,
o gestor municipal utilize essa pesquisa para identificar as famílias não vinculadas ao EAS, verificando a
necessidade de vinculação e facilitando a geração de Mapas de Acompanhamentos e relatórios por EAS.
Destaca-se que as vinculações a EAS e/ou profissionais podem ainda ser realizadas por meio do acompa-
nhamento do indivíduo. Ademais, a vinculação permanece tendo efeito sobre toda a família. Ou seja, se a
vinculação a um beneficiário for alterada durante o acompanhamento do indivíduo, toda a família terá a
sua vinculação alterada. Assim, a família permanecerá vinculada ao último EAS ao qual quaisquer de seus
integrantes foi vinculado.
Importante!
A família e/ou indivíduo somente perde o vínculo ao EAS quando ocorrer alteração, no Ca-
dastro Único, do código do IBGE do seu município de residência; ou seja, somente quando
a família muda de município e o atualiza seu endereço no Cadastro Único.
Os filtros existentes para esta funcionalidade são os seguintes: “Mapa de Famílias por Bairro”, “Mapa por
Estabelecimento de Atenção à Saúde”, “Mapa por Unidade Familiar”, “Mapa de Famílias com o campo
Bairro em branco (acompanhamento não obrigatório)”, “Mapa de Famílias não vinculadas ao EAS”, “Mapa
de Famílias com mulheres vindas no arquivo complementar (acompanhamento não obrigatório)”, “Mapa de
Famílias Quilombolas”, “Mapa de Famílias Indígenas” e “Código familiar”.
Fonte: https://auxiliobrasil.saude.gov.br//.
Destaca-se que todos os mapas gerados possuem um código, gerado automaticamente e presente no canto
superior direito do Mapa de Acompanhamento. Por meio do filtro “Código do Mapa” é possível informar ou
selecionar o código de um mapa já impresso e reimprimi-lo.
Todos os Mapas de Acompanhamento estão disponíveis em Excel ou HTML. Ademais, no arquivo gerado, os
beneficiários são ordenados pela ordem alfabética do logradouro.
Ao final da tela indicada anteriormente, estão disponíveis duas instruções: “Orientações para Preenchimento
do Mapa de Acompanhamento” e “Como Imprimir o Mapa de Acompanhamento?”, que devem ser analisa-
das pelos municípios antes da geração dos mapas.
No filtro “Mapa de Famílias por Bairro”, é possível identificar as pessoas a serem acompanhadas nas condi-
cionalidades de saúde por bairro de residência informado no Cadastro Único, por meio da seleção do bair-
ro, logradouro e situação de acompanhamento – “Indivíduos a Serem Acompanhados” (Sem informação),
56 Ministério da Saúde
“Indivíduos Não Acompanhados” (Com Motivo de Não Acompanhamento) e “Todos os Indivíduos”. O “Mapa
de Famílias por Bairro” gerado poderá ser impresso semelhante à Figura 16:
1 1.1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14
Ocorrência identificada
Ocorrência identificada
Informação Nutricional
Não acompanhamento
Se gestante – Realizou
CNS (Cartão Nacional
Vacinação em dia?(B)
Identificação Social)
Data de nascimento
Estatura em cm(B)
– Não Vacinação
o Pré-Natal? (D)
NIS (Número de
– Não Pré-Natal
Gestacional (C)
Peso em kg(B)
Informação
de Saúde)
DUM (D)
Nome
15 – Código
16 – Endereço: AREA ADE CJ 03 LT 30 KIT 11 SN BAIRRO: AGUAS
Familiar: 17 – EAS: 0010626 UBS 05 TAGUATINGA 18 – Profissional:
CLARAS CEP: 71985600 ZONA URBANA TELEFONE:
3333333333
15 – Código
16 – Endereço: AREA ADE CJ 04 LT 07 AP 102 SN BAIRRO: AGUAS
Familiar: 17 – EAS: 0010626 UBS 05 TAGUATINGA 18 – Profissional:
CLARAS CEP: 71986000 ZONA URBANA TELEFONE:
4444444444
15 – Código
16 – Endereço: AREA ADE CJ 12 LT 15 SN 0 BAIRRO: AGUAS CLARAS
Familiar: 17 – EAS: 0010626 UBS 05 TAGUATINGA 18 – Profissional:
CEP: 71987540 ZONA URBANA TELEFONE:
5555555555
Fonte: https://auxiliobrasil.saude.gov.br//.
Guia para acompanhamento das condicionalidades de saúde: Programa Auxílio Brasil 57
Caso alguma informação cadastral dos beneficiários esteja desatualizada, deve-se orientá-los a procederem
à atualização das informações junto ao Cadastro Único. As informações serão atualizadas no Sistema Auxílio
Brasil na Saúde na vigência seguinte.
No filtro “Mapa de Famílias por Estabelecimento de Atenção à Saúde” é possível identificar as pessoas a
serem acompanhadas nas condicionalidades de saúde por EAS ao qual estas foram vinculadas pela saúde e
por situação de acompanhamento.
No filtro “Mapa por Unidade Familiar” é possível identificar as pessoas a serem acompanhadas nas condi-
cionalidades de saúde de apenas uma família, que foi pesquisada pelo NIS de um dos membros da família.
No filtro “Mapa de Famílias com o campo Bairro em branco (acompanhamento não obrigatório)” é possível
identificar as pessoas a serem acompanhadas nas condicionalidades de saúde que, no endereço informado
por meio do Cadastro Único, possuem o campo “Bairro” em branco. Esse tipo de mapa também permite a
filtragem pela situação de acompanhamento. Ressalta-se que o acompanhamento das condicionalidades da
saúde para este conjunto de beneficiários não é obrigatório, mas, se este for realizado, será computado no
resultado do acompanhamento do município.
No filtro “Mapa de Famílias não vinculadas ao EAS” é possível identificar as famílias a serem acompanhadas
nas condicionalidades de saúde que ainda não foram vinculadas ao EAS pelo município, sendo possível
atribuir bairro, logradouro e a situação de acompanhamento.
No filtro “Mapa de Famílias com mulheres vindas no arquivo complementar (acompanhamento não obriga-
tório)” é possível identificar as mulheres a serem acompanhadas nas condicionalidades de saúde que não
estavam no arquivo inicial da vigência ou que tiveram correção, no Cadastro Único, da data de nascimento
ou da informação do sexo. O objetivo desse filtro é oferecer aos municípios a lista mais atualizada das
mulheres do Programa Auxílio Brasil, possibilitando o registro do acompanhamento realizado na APS, prin-
cipalmente de gestantes, tornando-as elegíveis ao Benefício Composição Gestante (BCG). Destaca-se que
o acompanhamento de condicionalidades da saúde para esse conjunto de beneficiárias não é obrigatório,
mas, se este for realizado, será computado no resultado do acompanhamento do município.
Considerando as peculiaridades no acompanhamento das famílias indígenas aldeadas e das famílias qui-
lombolas, estão disponíveis filtros para geração dos “Mapa de Famílias Quilombolas” e “Mapa de Famílias
Indígenas”, respectivamente, visando contribuir com a organização do processo de trabalho nos municípios
com famílias indígenas aldeadas e/ou famílias quilombolas do Programa Auxílio Brasil, por meio das articu-
lações da APS. Ressalta-se que essas opções só aparecerão para os municípios com famílias indígenas e/ou
quilombolas identificadas e registradas no Cadastro Único.
Confira a seguir, na Figura 17, o fluxograma Mara o acompanhamento de famílias indígenas aldeadas:
58 Ministério da Saúde
Acompanhamento do
Especial Indígena (DSEI)
Multidisciplinar
de Saúde Indígena de atendimento
indígena
Registro do
acompanhamento Encaminhamento dos
Autoidentificação acompanhamentos
no Mapa de Encaminhamento
Acompanhamento realizados
dos Mapas ao gestor
e técnico municipal
Registro das
informações
Transferência
Identificação dos indígenas no
Consolidação do consolidado
Sistema Auxílio Brasil na Saúde
das informações de indígenas
(plataforma e-Gestor AB)
identificados
Nos Mapas de Acompanhamento gerados por qualquer um desses filtros descritos é fundamental preen-
cher as seguintes informações:
L Para as gestantes: peso, estatura, situação gestacional (para a concessão do BCG), se está frequen-
tando as consultas do pré-natal e a DUM.
L Para as mulheres não gestantes: peso, estatura e situação gestacional (não gestante).
L Para as crianças: peso, estatura e vacinação em dia.
Para facilitar o preenchimento dos Mapas de Acompanhamento essas informações fundamentais são
legendadas, conforme as informações presentes nas “Orientações para Preenchimento do Mapa de
Acompanhamento”. Ademais, ao lado do nome do beneficiário são apresentadas as seguintes legendas: (O)
Guia para acompanhamento das condicionalidades de saúde: Programa Auxílio Brasil 59
– Acompanhamento Obrigatório, (G) – Identificada como Gestante na vigência anterior e (F) – Identificado(a)
como falecido na vigência anterior.
A localização dos beneficiários, para registro, é realizada pelas buscas por dois tipos de filtros: “Pesquisa Por
Beneficiário” ou “Pesquisa Por Mapa”, conforme tela a seguir (Figura 18):
Fonte: https://auxiliobrasil.saude.gov.br//.
Ao selecionar o filtro “Pesquisa por Mapa” é necessário inserir o código do Mapa de Acompanhamento e
clicar em “Pesquisar”. Em seguida, uma tela semelhante à figura a seguir se abrirá (Figura 19):
60 Ministério da Saúde
Fonte: https://auxiliobrasil.saude.gov.br//.
Esse tipo de filtro – “Pesquisa por Mapa” – possibilita o preenchimento dos dados de acompanhamento de
acordo com a ordem dos beneficiários apresentadas no Mapa de Acompanhamento com aquele código.
Com isso, após cada registro, o sistema conduzirá o digitador de volta à ordem dos beneficiários apresen-
tadas no mapa.
Utilizando o filtro “Pesquisa Por Mapa”, é possível identificar o beneficiário por meio do “NIS”, “Nome” ou
“Data de Nascimento”. A busca por NIS localiza beneficiários de qualquer município. Já a busca por “Nome”
ou “Data de Nascimento” somente localiza os beneficiários cadastrados no mesmo município do usuário
(Figura 20):
Guia para acompanhamento das condicionalidades de saúde: Programa Auxílio Brasil 61
Figura 20 – Tela de identificação do beneficiário por meio do “NIS”, “Nome” ou “Data de Nascimento”
Fonte: https://auxiliobrasil.saude.gov.br//.
Ao acompanhar uma pessoa pesquisada pelo filtro “Pesquisar por Beneficiário” é possível acompanhar toda
as pessoas da mesma família, clicando em “Acompanhamento Familiar” – conforme legenda disponível na
tela anterior. Ao clicar nessa opção, o sistema mostrará a seguinte tela (Figura 21):
Fonte: https://auxiliobrasil.saude.gov.br//.
Os acompanhamentos dos beneficiários são realizados por meio da inserção das informações sequenciais
apresentadas pelo Sistema Auxílio Brasil na Saúde, conforme retratado a seguir. Destaca-se que essas infor-
mações são diferentes para cada faixa etária (Figura 22):
62 Ministério da Saúde
Fonte: https://auxiliobrasil.saude.gov.br//.
y Beneficiário(a) ausente.
y Endereço incorreto/inexistente.
y Responsável/Beneficiário(a) foi informado(a) pessoalmente de que deveria comparecer à UBS para realizar o
acompanhamento das condicionalidades de saúde, mas não o fez.
Atenção!
Os indivíduos identificados como falecidos na vigência anterior
virão tarjados como Falecido na tela de Acompanhamento.
Esses beneficiários somente serão retirados do público de
acompanhamento das condicionalidades de saúde após a família atualizar a situação de falecimento no
Cadastro Único.
Ao acompanhar um indivíduo, seja pelo filtro “Pesquisa por Mapa” ou pela opção “Acompanhamento
Familiar”, o Sistema sinalizará que o beneficiário foi acompanhado. Na opção “Acompanhamento
Familiar”, o sistema identificará os beneficiários que foram acompanhados por meio da alteração do status
“Acompanhar” para “Editar”, conforme tela a seguir (Figura 23):
Fonte: https://auxiliobrasil.saude.gov.br//.
64 Ministério da Saúde
Ao se localizar um indivíduo para acompanhamento por meio da opção “Pesquisa Por Mapa” é possível
identificar a situação do acompanhamento por meio do campo “Acompanhado”, conforme a tela a seguir
(Figura 24):
Fonte: https://auxiliobrasil.saude.gov.br//.
Fonte: https://auxiliobrasil.saude.gov.br//.
Importante!
Para os beneficiários indígenas, não há a vinculação à EAS, mas sim ao Dsei, o qual pertence
à família indígena.
No registro do acompanhamento de mulheres e crianças é possível informar peso e altura, porém essas in-
formações são condicionalidade apenas para crianças. Todavia, reforça-se que, ao final de cada vigência, os
dados nutricionais registrados no Sistema Auxílio Brasil na Saúde são migrados para o Sistema de Vigilância
Alimentar e Nutricional (Sisvan). Sendo assim, esses dados são de grande importância, pois subsidiam o
planejamento da atenção nutricional e das ações de promoção da saúde e da alimentação adequada e sau-
dável no SUS, contribuindo para a qualificação do cuidado na APS.
O registro dos dados nutricionais no Sistema Auxílio Brasil na Saúde respeita os limites máximos e mínimos
de peso e altura para cada idade dos beneficiários determinados de acordo com as regras do Sisvan e des-
crito a seguir (figuras 26 e 27):
66 Ministério da Saúde
Figura 26 – Limites máximos e mínimos de peso e altura para cada idade dos beneficiários
determinados de acordo com as regras do Sisvan, sexo feminino
Limites mínimos e máximos – dados antropométricos
Escore-z Escore-z Escore-z Escore-z
Idade Cálculo
Sexo Cálculo em meses -6 +6 -6 +5 Obsevações
(meses/ano) em dias
Estatura Estatura Peso Peso
F 0 mês 0 até 29 dias 38,0 65,4 0,9 7,8
F 1 mês 1 30 a 59 dias 42,0 69,2 1,4 9,3
F 2 meses 2 60 a 89 dias 44,8 72,4 1,9 10,5
F 3 meses 3 90 a 119 dias 47,2 75,1 2,3 11,5
F 4 meses 4 120 a 149 dias 49,1 77,4 2,6 12,4
F 5 meses 5 150 a 179 dias 50,7 79,3 2,9 13,1
F 6 meses 6 180 a 209 dias 52,1 81,2 3,1 13,8
F 7 meses 7 210 a 239 dias 53,4 82,9 3,3 14,3
F 8 meses 8 240 a 269 dias 54,5 84,6 3,4 14,9
Para esta fase da vida, foi
F 9 meses 9 270 a 299 dias 55,6 86,3 3,6 15,4 considerado o índice Peso x Idade
F 10 meses 10 300 a 329 dias 56,7 87,9 3,7 15,9 (escore-z -6 e +5) para estimar os
valores limítrofes de peso e o índice
F 11 meses 11 330 a 359 dias 57,6 89,5 3,8 16,4 Altura x Idade (escore-z -6 e +6)
F 12 meses 12 360 a 388 dias 58,6 89,5 3,9 16,4 para estimar os valores limítrofes
de altura.
F 1 ano 12 meses e 1 dia a 23 meses 389 a 719 dias 58,6 105,8 3,9 21,4
F 2 anos 24 a 35 meses 720 a ... 67,0 118,6 5,1 26,6
F 3 anos 36 a 47 meses 72,9 129,3 6,0 32,5
F 4 anos 48 a 59 meses 77,6 138,7 6,5 38,8
F 5 anos 60 a 71 meses 80,9 145,9 6,9 44,7
F 6 anos 72 a 83 meses 84,4 153,6 8,0 51,9
F 7 anos 84 a 95 meses 88,0 161,3 8,6 60,8
F 8 anos 96 a 107 meses 91,7 169,2 9,4 71,5
F 9 anos 108 a 119 meses 95,8 177,0 10,3 83,7
F 10 anos 120 a 131 meses 100,2 184,9 10,2 147,4
F 11 anos 132 a 143 meses 105,1 192,3 11,5 169,3
F 12 anos 144 a 155 meses 110,2 198,0 12,9 187,7
Para esta fase da vida, foi
F 13 anos 156 a 167 meses 114,7 201,5 14,4 200,2 considerado o índice Altura x Idade
F 14 anos 168 a 179 meses 118,1 203,0 15,6 206,8 (escore-z -6 e +5) para estimar os
valores limítrofes de alturao e o
F 15 anos 180 a 191 meses 120,4 203,3 16,4 208,4 índice IMC x Idade (escore-z -6 e +6)
F 16 anos 192 a 203 meses 121,8 203,3 16,9 208,4 para estimar os valores limítrofes
de peso.
F 17 anos 204 a 215 meses 122,7 203,3 17,1 208,4
F 18 anos 216 a 227 meses 123,4 203,3 17,2 208,4
F 19 anos 228 a 239 meses 123,9 203,3 17,1 208,4
Figura 27 – Limites máximos e mínimos de peso e altura para cada idade dos beneficiários
determinados de acordo com as regras do Sisvan, sexo masculino
Limites mínimos e máximos – dados antropométricos
Escore-z Escore-z Escore-z Escore-z
Idade Cálculo
Sexo Cálculo em meses -6 +6 -6 +5 Obsevações
(meses/ano) em dias
Estatura Estatura Peso Peso
M 0 mês 0 até 29 dias 38,5 66,4 0,9 8,1
M 1 mês 1 30 a 59 dias 43,1 70,4 1,5 9,7
M 2 meses 2 60 a 89 dias 46,4 73,7 2,1 10,9
M 3 meses 3 90 a 119 dias 49,2 76,4 2,6 11,8
M 4 meses 4 120 a 149 dias 51,4 78,6 3,0 12,5
M 5 meses 5 150 a 179 dias 53,2 80,5 3,3 13,2
M 6 meses 6 180 a 209 dias 54,8 82,2 3,6 13,8
M 7 meses 7 210 a 239 dias 56,1 83,8 3,8 14,3
M 8 meses 8 240 a 269 dias 57,3 85,4 3,9 14,8
Para esta fase da vida, foi
M 9 meses 9 270 a 299 dias 58,5 87,0 4,1 15,2 considerado o índice Peso x Idade
M 10 meses 10 300 a 329 dias 59,6 88,5 4,2 15,7 (escore-z -6 e +5) para estimar os
valores limítrofes de peso e o índice
M 11 meses 11 330 a 359 dias 60,5 90,0 4,3 16,1 Altura x Idade (escore-z -6 e +6)
M 12 meses 12 360 a 388 dias 61,5 90,0 4,4 16,1 para estimar os valores limítrofes
de altura.
M 1 ano 12 meses e 1 dia a 23 meses 389 a 719 dias 61,5 106,2 4,4 20,9
M 2 anos 24 a 35 meses 720 a ... 69,5 119,0 5,5 25,6
M 3 anos 36 a 47 meses 74,5 129,2 6,2 30,2
M 4 anos 48 a 59 meses 78,8 138,5 6,7 35,3
M 5 anos 60 a 71 meses 82,1 145,5 7,2 40,3
M 6 anos 72 a 83 meses 86,4 153,5 8,6 46,9
M 7 anos 84 a 95 meses 90,0 161,2 9,7 55,1
M 8 anos 96 a 107 meses 93,4 168,7 10,6 65,8
M 9 anos 108 a 119 meses 96,5 176,0 11,4 79,2
M 10 anos 120 a 131 meses 99,5 183,5 10,7 131,9
M 11 anos 132 a 143 meses 102,7 191,6 11,6 156,8
M 12 anos 144 a 155 meses 106,6 200,6 12,8 183,4
Para esta fase da vida, foi
M 13 anos 156 a 167 meses 111,5 209,3 12,9 207,6 considerado o índice Altura x Idade
M 14 anos 168 a 179 meses 117,0 215,8 14,5 224,8 (escore-z -6 e +5) para estimar os
valores limítrofes de alturao e o
M 15 anos 180 a 191 meses 122,1 219,5 18,0 233,6 índice IMC x Idade (escore-z -6 e +6)
M 16 anos 192 a 203 meses 126,3 221,0 19,6 235,8 para estimar os valores limítrofes
de peso.
M 17 anos 204 a 215 meses 129,3 221,0 20,8 235,8
M 18 anos 216 a 227 meses 131,3 221,0 21,5 235,8
M 19 anos 228 a 239 meses 132,7 221,0 21,9 235,8
Caso o município não registre os dados antropométricos da criança, deve-se selecionar um dos “Motivos de
Descumprimento da Condicionalidade” listados no Quadro 6:
Fatos que impedem o deslocamento/acesso à UBS (enchente, falta de transporte, violência no território etc.).
Responsável/Beneficiário(a) não cumpriu as condicionalidades por questões sociais, culturais, étnicas ou religiosas.
Condições de saúde que dificultam a coleta dos dados nutricionais (edema, amputação, acamado(a),
cadeirante etc.).
Houve recusa em realizar o acompanhamento das condicionalidades dentro da rotina de Atenção Básica de Saúde.
Indícios de situação de risco social tal como negligência, abuso sexual, violência intrafamiliar ou outras.
O acompanhamento das condicionalidades de saúde das crianças também exige a informação da situação
vacinal. Caso o município informe a situação vacinal da criança como “Não”, deve-se selecionar um dos
“Motivos de Descumprimento da Condicionalidade” listados no Quadro 7:
Fatos que impedem o deslocamento/acesso à UBS (enchente, falta de transporte, violência no território etc.).
crianças (menores de 7 anos)
Responsável/Beneficiário(a) não cumpriu as condicionalidades por questões sociais, culturais, étnicas ou religiosas.
Houve recusa em realizar o acompanhamento das condicionalidades dentro da rotina de Atenção Básica de Saúde.
Indícios de situação de risco social tal como negligência, abuso sexual, violência intrafamiliar ou outras.
Criança com condição específica de saúde que necessita de vacina especial (Crie).
Falta de oferta de vacina ou de insumos necessários para vacinação (seringas, luvas, algodão etc.).
A tela a seguir mostra como é o registro de um “Motivo de Descumprimento das Informações Nutricionais”
(Figura 28):
Fonte: https://auxiliobrasil.saude.gov.br//.
Para as mulheres informadas como “Gestante” na opção “Situação Gestacional”, o município deve informar
se ela teve acesso ao pré-natal. Caso o município informe “Não” teve na opção “Teve acesso ao Pré-Natal?”,
deve-se selecionar um dos “Motivos de Descumprimento da Condicionalidade” listados a seguir (Quadro 8):
70 Ministério da Saúde
Fatos que impedem o deslocamento/acesso à UBS (enchente, falta de transporte, violência no território etc.).
beneficiárias gestantes
Houve recusa em realizar o acompanhamento das condicionalidades dentro da rotina de Atenção Básica de
Saúde.
Indícios de situação de risco social tal como negligência, abuso sexual, violência intrafamiliar ou outras.
A tela a seguir mostra como é o registro de um “Motivo de Descumprimento do Pré-Natal” (Figura 29):
Fonte: https://auxiliobrasil.saude.gov.br//.
No acompanhamento das mulheres, ao informar que a beneficiária está gestante na atual vigência, o Sistema
mostrará uma caixa de diálogo para confirmação da informação, conforme ilustrado a seguir (Figura 30):
Guia para acompanhamento das condicionalidades de saúde: Programa Auxílio Brasil 71
Fonte: https://auxiliobrasil.saude.gov.br//.
Confira o documento “Passo a Passo de Como Inserir os Dados de Acompanhamento no Sistema Auxílio
Brasil na Saúde” presente na aba Documentos do Sistema Auxílio Brasil na Saúde. Caso permaneçam dú-
vidas após conferir o material, é possível receber orientações por meio do e-mail bfasaude@saude.gov.br.
Os Relatórios Consolidados podem ser gerados no ambiente público ou por meio do ambiente restrito da
plataforma e-Gestor. Destaca-se que, no acesso restrito, é possível a estratificação do relatório por “Bairro”
ou por “EAS”.
Os relatórios individualizados somente podem ser acessados por gestores ou técnicos municipais por meio
do ambiente restrito do e-Gestor.
Segue a tela dos “Relatórios Gerenciais” gerada por meio do acesso ao ambiente restrito (Figura 31):
72 Ministério da Saúde
Fonte: https://auxiliobrasil.saude.gov.br//.
Esses relatórios são estatísticos, não apresentam relações nominais dos beneficiários, públicos e podem ser
gerados em Excel e em HTML. A atualização dos dados é semanal, permitindo que todo e qualquer cidadão
monitore o desempenho dos municípios brasileiros no acompanhamento das condicionalidades de saúde.
Esses relatórios são individualizados, com informações nominais dos beneficiários, de acesso restrito ao
município, e podem ser gerados em Excel e em HTML.
14 Integração do
Sistema Auxílio Brasil
na Saúde com o e-SUS
74 Ministério da Saúde
Como o Sistema Auxílio Brasil na Saúde está inserido na plataforma e-Gestor, é possível incorporar os dados
informados por meio do e-SUS ao Sistema Auxílio Brasil na Saúde.
Infelizmente não é possível garantir que todas as informações registradas no e-SUS migrem para o Sistema
Auxílio Brasil na Saúde. Atualmente, para que as informações migrem, é de extrema importância que os be-
neficiários do Programa Auxílio Brasil com perfil saúde tenham o Cartão Nacional de Saúde (CNS) informado
na base do Sistema Auxílio Brasil na Saúde. Entretanto, a quantidade de crianças com CNS informado na
base do Sistema Auxílio Brasil na Saúde é bem menor do que a quantidade de CNS de mulheres, por isso a
migração ocorre muito mais facilmente para as mulheres do que para as crianças.
Tentando diminuir o prejuízo pela falta de informação do CNS na base do Sistema Auxílio Brasil na Saúde e
potencializar a migração dos dados do e-SUS, é possível que os municípios registrem o CNS do beneficiário
no campo para registro do CNS, disponível na página de acompanhamento dos beneficiários no Sistema
Auxílio Brasil na Saúde. De posse dessa informação, nas vigências futuras, a migração de dados do e-SUS
tende a aumentar.
Os dados que migram da “Ficha de Atendimento Individual” para o Sistema Auxílio Brasil na Saúde, confor-
me o perfil do beneficiário, são os seguintes: data, CNS do profissional, código CNES unidade, Código equipe
(INE), n.º cartão SUS, data de nascimento, peso, altura, vacinação em dia, DUM, idade gestacional, pré-natal.
Os dados que migram dos “Ficha de Visita Domiciliar e Territorial” para o Sistema Auxílio Brasil na Saúde são
os seguintes: data, CNS do profissional, código Cnes unidade, Código equipe (INE), n.º cartão SUS, data de
nascimento, peso, altura e condição gestacional.
Em resumo, para que a migração dos dados do e-SUS ocorra é necessário observar os seguintes critérios:
L Para gestantes: que ela esteja marcada como gestante no e-SUS e seu acompanhamento esteja
preenchido com os campos obrigatórios para o Sistema Auxílio Brasil na Saúde: DUM e a situação de
pré-natal marcada como “Sim”.
L Para crianças: que todos os dados obrigatórios para o Sistema Auxílio Brasil na Saúde devidamente
preenchidos no mesmo acompanhamento: peso, altura e situação vacinal em dia.
Outro sistema que é integrado ao Sistema Auxílio Brasil na Saúde é o Sisprenatal Web, que permite cadas-
trar a gestante, monitorar e avaliar a atenção ao pré-natal e ao puerpério prestadas pelos serviços de saúde
de média e alta complexidade a cada gestante e recém-nascido. As informações da assistência ao pré-natal
de gestantes beneficiárias do Programa Auxílio Brasil advindas do Sisprenatal Web são: DUM, pré-natal em
dia e dados nutricionais.
Importante!
Destaca-se que os dados migrados do e-SUS e do Sisprenatal Web não poderão ser alterados
no Sistema Auxílio Brasil na Saúde.
Somente para as mulheres não gestantes migradas do e-SUS será possível registrar novo acompanhamento
por meio do Sistema Auxílio Brasil na Saúde. Para isso, será necessário clicar em “Visualizar” e proceder
a alteração de informação de “É gestante? “: “Não” para “É gestante? “: “Sim”. Em seguida, é preciso con-
firmar que a beneficiária esteve gestante na atual vigência e registrar todas as informações novamente.
A possibilidade de alteração de informação de mulheres identificadas como gestantes por meio de acompa-
nhamento realizado no Sistema Auxílio Brasil na Saúde para não gestante somente pode ser realizada até
o momento que o Ministério da Saúde repassa para o Ministério da Cidadania a lista mensal de gestantes
para concessão do Benefício Composição Familiar. Após tal envio, não será permitida a edição no Sistema
Auxílio Brasil na Saúde da informação gestacional de “É gestante?”: “Sim” para de “É gestante?”: “Não”.
15
Repercussão no
descumprimento das
condicionalidades no
acompanhamento das famílias
Guia para acompanhamento das condicionalidades de saúde: Programa Auxílio Brasil 77
As famílias beneficiadas que não cumprirem as condicionalidades ficam sujeitas a efeitos gradativos sobre
seu benefício estabelecido pela Portaria GM/MDS n.º 251, de 12 de dezembro de 2012, que se refere ao
Programa Bolsa Família, mas está vigente até ser reeditada, conforme a Lei n.º 14.284/2021. Confira os
efeitos gradativos na Figura 32:
Todos os efeitos no benefício da família são acompanhados por uma notificação por escrito ao responsável
pela unidade familiar e por mensagem no extrato de pagamento bancário.
O objetivo dos efeitos no benefício não é punir a família, mas identificar os motivos do descumprimento
e direcioná-la a ações sociais que contribuam para reduzir o grau de vulnerabilidade social identificado e
estimulá-la a superar essas dificuldades por meio de estratégias de acompanhamento familiar realizadas
pelos municípios. Essas ações são fundamentais para a inclusão social dessas famílias. No entanto, poderá
78 Ministério da Saúde
haver situações que somente isso não é suficiente. Nesses casos o acompanhamento familiar poderá ser
respaldado pela manutenção do benefício financeiro.
Destaca-se que essas medidas devem ser realizadas de forma intersetorial buscando a superação das vul-
nerabilidades sociais que impedem ou dificultam o cumprimento dos compromissos previstos no Programa
Auxílio Brasil.
Se o beneficiário cumpriu as condicionalidades, mas mesmo assim sofreu algum efeito por descumprimen-
to no benefício, o Responsável Familiar pode entrar com recurso junto ao gestor municipal do Programa
Auxílio Brasil para solicitar a revisão das medidas aplicadas. O prazo limite para cadastrar e avaliar o recurso
on-line, pelo Sicon, é o último dia útil dos meses de abril e outubro. O recurso apresentado será avaliado
pelo gestor municipal do Programa Auxílio Brasil e pode ser aceito (deferido) ou não ser aceito (indeferido).
O Índice de Gestão Descentralizada (IGD) é um indicador sintético, objetivo e transparente que associa a
fórmula de repasse com monitoramento e incentivo às boas práticas da gestão. O índice foi criado para
apoiar os estados (IGD-E) e municípios (IGD-M) na gestão intersetorial do Programa Bolsa Família, e foi
mantido para o Programa Auxílio Brasil, por meio da Lei n.º 14.284/2021. É um mecanismo de apoio técnico
e financeiro aos entes federados que reflete mensalmente seu desempenho na gestão do Auxílio Brasil e
do Cadastro Único (nas ações de cadastramento, atualização cadastral e acompanhamento das condiciona-
lidades de saúde e educação)
Os recursos financeiros a serem repassados aos municípios e ao Distrito Federal são calculados com base
nesse índice, calculado com base em quatro indicadores: atualização do Cadastro Único, qualidade do
Cadastro Único, condicionalidades da saúde e condicionalidades da educação.
Estados e municípios têm autonomia de gestão dos recursos e estes podem ser utilizados em situações
como: aquisição de equipamentos de informática; materiais de expediente; mobiliários e infraestrutura de
atendimento; veículos (aquisição e manutenção). Pode ser usado também na realização de cursos/instru-
tória; contratação por tempo determinado de entrevistadores, digitadores (por exemplo). Tudo isso para
qualificação da gestão do Programa Auxílio Brasil e do CadÚnico. O planejamento intersetorial é funda-
mental e melhora a gestão dos gastos, garantindo agilidade na aquisição de bens e contratação de serviços,
assegurando mais recursos para a gestão local do PAB e do Cadastro Único.
O recurso do IGD deve ser canalizado para a gestão do Programa Auxílio Brasil por meio do planejamento e
da participação intersetorial dos responsáveis pelo programa no município (assistência social, educação e
saúde), podendo ser utilizado nas seguintes ações:
Como o Auxílio Brasil é um programa intersetorial, o planejamento precisa ser feito com a participação das
áreas de educação, saúde e assistência social. É de extrema importância que as decisões sejam tomadas
em conjunto para que se identifiquem, com clareza, as prioridades da gestão do PAB e do Cadastro Único.
Dessa forma, previnem-se disputas por recursos entre as áreas, evitando a redução da efetividade na aplica-
ção dos repasses. Algum tipo de deficiência em qualquer uma das áreas responsáveis pelo Programa Auxílio
Brasil pode comprometer todo o resultado da gestão, afetando o recebimento futuro de recursos do IGD.
O Comitê Intersetorial é quem decide em quais áreas os recursos deverão ser utilizados. Cabe ressaltar aos
gestores e técnicos estaduais e municipais sobre a importância de realizar consulta às legislações estaduais
e municipais vigentes acerca da utilização de recurso para aquisição de bens e contratação de serviços.
O Conselho Municipal de Assistência Social é o órgão responsável pela análise da prestação de contas da
utilização dos recursos do IGD, como parte integrante da prestação de contas anual do Fundo Municipal de
Assistência Social, conforme estabelecido na Resolução n.º 130/2005 do Conselho Nacional de Assistência
Social.
Os valores dos repasses do IGD aos municípios podem ser acessados no endereço:
y https://www.gov.br/cidadania/pt-br/auxilio-brasil/auxilio-brasil.
17
Documentos
Guia para acompanhamento das condicionalidades de saúde: Programa Auxílio Brasil 83
A opção “Documentos" do site do Sistema Auxílio Brasil na Saúde, acessível pelo link https://auxiliobrasil.
saude.gov.br//, disponibiliza arquivos e informações importantes para a gestão municipal do Programa
Auxílio Brasil na Saúde, apresentando marcos legais, políticas, manuais, fluxogramas, orientações e o FAQ
(Perguntas frequentes do Programa Auxílio Brasil na Saúde), Figura 33.
Fonte: https://auxiliobrasil.saude.gov.br//.
18
Suporte – Gestão do
Programa Auxílio
Brasil na saúde
Guia para acompanhamento das condicionalidades de saúde: Programa Auxílio Brasil 85
Na tela inicial do Sistema Auxílio Brasil na Saúde é possível identificar canais de acesso disponíveis para
suporte técnico aos municípios, como os contatos dos Ministérios da Saúde e da Cidadania para esclareci-
mentos acerca do Programa Auxílio Brasil. Ainda são disponibilizados acessos rápidos ao site do Ministério
da Cidadania e do EAD do Programa Auxílio Brasil na Saúde – curso gratuito voltado para capacitar gestores
e profissionais a prestarem assistência integral à saúde do beneficiário, disponível no site http://universus-
brasil.saude.gov.br/.
Em caso de dúvida, você pode entrar em contato com a Coordenação Estadual do Programa Auxílio Brasil na
Saúde da Secretaria Estadual de Saúde ou Regional do seu estado ou com o suporte técnico do Departamento
de Promoção da Saúde do Ministério da Saúde (Depros/Saps/MS) por meio do bfasaude@saude.gov.br ou
dos telefones (61) 3315-9033/9024. Seguem links e telefones importantes:
Referências
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cria o Programa Bolsa Família, e dá outras providências. Brasília: Presidência da República, 2004. Disponível em:
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procedimentos para a gestão dos benefícios previstos nos incisos I a IV do caput do art. 4º da Lei nº 14.284,
de 2021, os procedimentos operacionais necessários ao ingresso de famílias, e a revisão cadastral dos
beneficiários. Brasília: Ministério da Cidadania, 2022. Disponível em: https://bit.ly/37Vur7s. Acesso em: 9 mar.
2022.
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Auxílio Brasil, instituído pela Medida Provisória n.º 1.061, de 9 de agosto de 2021. 2021. Brasília: Presidência da
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