Sermão 0101 110 A Criação

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1 SERMÃO-0101-110-A CRIAÇÃO

A CRIAÇÃO

1 NASCIDO PARA RESTAURAR Gênesis 1.1-2

2 DEUS DFEZ E TUDO SE FEZ Gênesis 1.1

3 O DEUS DA CRIAÇÃO Salmo 100.1-3

4 O QUE SÓ DEUS PODE FAZER Gênesis 1.4

5 O QUE O SÁBADO SIGNIFICA Gênesis 2.1-3

6 O QUE É A HUMANIDADE? Gênesis 1.26-29

7 QUIAS OS DEVERES DA HUMANIDADE? Gênesis 2.15

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Pr. Marcelo Augusto de Carvalho
2 SERMÃO-0101-110-A CRIAÇÃO

1
NASCIDO PARA RESTAURAR
Pr. Wilian S. Cardoso
TOPO
GÊNESIS 1.1-2

O livro de Gênesis narra a criação do mundo – o Universo, a Terra,


a humanidade e todas as outras formas de vida.
Como o livro dos primórdios, ele revela o plano eterno dentro do
coração de Deus de ter um povo próprio, separado para adorá-Lo.
Gênesis é o livro de abertura da Bíblia e o primeiro dos cinco livros
do Pentateuco. Na Bíblia Hebraica, Gênesis pertence à Torá, um
termo hebraico que significa “lei”, ou, literalmente, “ensinamento”.
Gênesis é chamado de livro dos começos ou livro das origens, pois
a palavra grega génesis significa “origem” ou “nascimento”.
Os antigos hebreus, no entanto, nomeavam seus documentos a partir
da(s) palavra(s) mais significativa(s) na abertura do texto, por isso
Gênesis é chamado de b’reshit, cuja tradução é “no princípio”, que é
a expressão de abertura desse livro.

1. OS TEMAS DE GÊNESIS QUE SÃO ESTRUTURAIS PARA TODA


A BÍBLIA

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- A criação é o tópico pelo qual a Bíblia inicia e termina ao falar sobre


a revelação de Deus. Sem o fundamento descritos nesse livro, o
restante da Bíblia não teria sentido. Portanto, o tema principal em
Gênesis é, obviamente, o começo – a criação.
- A obra relata as origens dos Céus e da Terra, de todas as coisas
criadas, da família humana, do relacionamento de aliança de Deus
com os humanos, do pecado, da redenção, das nações, das línguas
e do povo escolhido de Deus.
- Em especial, Gênesis nos ensina sobre o problema do pecado e o
plano da salvação de Deus. Revela o caráter de Deus e Sua busca
incansável para restaurar a comunhão interrompida entre os seres
humanos e Ele mesmo.

2. AS HISTÓRIAS EM GÊNESIS REVELAM TEMAS


INDISPENSÁVEIS

- A natureza de Deus como Criador, mas também como Redentor;


- O valor da vida do ser humano (criado à imagem de Deus);
- As terríveis consequências da desobediência e do pecado
(separando o homem de Deus);
- E a maravilhosa promessa da salvação e do perdão através do
Messias vindouro.

3. A CRIAÇÃO – MORTE - RESTAURAÇÃO

O tema da criação é tão significativo que está revelado não somente


nas histórias de Gênesis como também na própria estrutura literária
do livro. Gênesis é estruturado por 10 usos da palavra hebraica
toldot, uma expressão que pode ter diferentes significados
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dependendo do contexto, mas que essencialmente se refere aos


eventos que aconteceram a partir do advento do céu e da Terra – ou
seja, toda a história humana, daí ela é traduzida como “gerações” ou
“histórias”. E precisamente esse termo foi usado para abrir as várias
seções dentro de todo o livro.
Então, quando Gênesis 2:4 declara: “esta é a gênese [toldot] dos
céus e da Terra”, e daí passa a contar a criação de Adão e Eva,
devemos entender que o primeiro casal humano é uma geração fruto
da história do céu e da Terra. Do mesmo modo, as toldot de Terá
contêm as histórias de Abraão (11:27–25:11), e as toldot de Isaque
é a longa história de Jacó (25:18–35:29).
Nessa perspectiva, a história de vida de alguém é vista como algo
“gerado” por um pai. Terá, por exemplo, não foi apenas pai de um
filho chamado Abrão, mas gerou uma história que é representada na
vida dele – um peregrino de fé, que deixou Ur e Harã, foi para o Egito,
libertou Ló, gerou Ismael, intercedeu por Sodoma etc. Ou seja, Terá
“gerou” Abraão com sua história de vida.
Da mesma forma, Deus gera os céus e a Terra para serem criadores
de vida, os quais, por sua vez “geram” os seres humanos que
interrompem essa história de vida pela inserção de um elemento
novo – a morte, que surge pela geração do pecado. E, como
consequência disso, uma nova geração de restauração é formada.

4. O PADRÃO ESTUTURADO DE GÊNESIS COMPROVA QUE


TUDO É GERADO!

É interessante perceber o padrão bem estruturado de composição do


livro que segue uma sequência entre narrativa e genealogia. Isso

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porque algumas dessas toldot são genealogias, enquanto outras


introduzem longas seções narrativas (histórias).
É curioso observar também que nas primeiras cinco gerações, o
padrão genealogia e narrativa estão combinados, ou seja, a
genealogia provê os atores da história que é narrada a seguir; porém,
a partir de Terá essa inter-relação desaparece, pois enquanto Isaque
e Jacó geram histórias sem genealogias explícitas, Ismael e Esaú,
gerações de Abraão e Isaque, geram somente genealogias, sem
histórias.

Introdução / 1:1 – 2:3


narrativa

Toldot dos céus e da terra / 2:3 – 4:26


narrativa

Toldot de Adão e Eva / 5:1 – 6:8


genealogia

Toldot de Noé / 6:9 – 9:29


narrativa

Toldot dos filhos de Noé / 10:1-31


genealogia

Toldot de Sem / 11:10 – 11:26


genealogia

Toldot de Terá / 11:27 – 25:11


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narrativa

Toldot de Ismael / 25:12-18


genealogia

Toldot de Isaque / 25:19 – 35:29


narrativa

Toldot de Esaú / 36:1 – 37:1


genealogia

Toldot de Jacó / 37:2 – 50:26


narrativa

5. GENEALOGIAS BÍBLICAS: PERSONAGEM-QUEDA-


REDENÇÃO

Além disso, as narrativas se mantêm em um ciclo de personagem-


queda-redenção, exceto, obviamente, a primeira, por ser a história-
mor da criação, anterior a qualquer falha.
Porém, assim como a história da criação termina com descanso,
representado pelo sábado, os relatos pós-queda seguem o mesmo
ciclo findando com uma perspectiva redentiva.
De Adão surge Noé, o redentor do dilúvio; no fim do dilúvio, a aliança
de Deus; a torre de Babel termina com Abraão, o fiel de Deus, e
assim por diante. Em outras palavras, o sábado como final da
primeira narrativa, o relato da criação em si, é um símbolo e vislumbre
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do que é a realidade criada por Deus. E essa realidade deve não


apenas ser gerada na história de vida de Seus filhos como deve ser
o objetivo dela.

6. A IMPORTÂNCIA DO POVO DE DEUS EM CADA ÉPOCA DA


HISTÓRIA HUMANA

Não é por acaso que cada genealogia com narrativa traça um


crescendo no propósito da história: Noé é um novo Adão; Abraão, um
novo Noé; Jacó, um Abraão etc. E cada uma das seções narrativas
remonta à narrativa original do céu e da Terra. São novos Adãos e
Evas, iniciando o projeto de desfazer a maldição e trazer de volta a
história original da Terra. Porém, o retorno dessa história depende do
povo de Deus. Ou seja, todo o mundo gera algo, mas é o povo de
Deus que gera a história que pode recriar a realidade da primeira
história. Porque história é aquilo que Deus gera e a criação é o
princípio de toda a história.

7. OS NOMES DE DEUS: UM CRIADOR SUPREMO, UM


SALVADOR PESSOAL

Essa observação por si só nos ajuda a entender muito sobre o livro.


Na criação dos céus e da Terra (Gn 1) e na criação dos seres
humanos (Gn 2), Gênesis usa dois nomes distintos para se referir a
Deus a fim de descrever Suas diferentes características. A razão
para as diferenças de nomes tem a ver com a ênfase que o autor está
dando.
Elohim (Gn 1) é o nome geral para “Deus” e é usado no contexto de
Deus como Criador. Enfatiza que Deus é distante e poderoso, e é
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usado para descrever Deus como Criador impressionante e


majestoso.
YHWH (“SENHOR”) é o nome pessoal de Deus e é usado no
contexto de Deus em relacionamento com Seu povo, quando o
Senhor está pessoalmente envolvido com a humanidade.
Assim, embora Gênesis 1 apresente os céus e a Terra como
geradores dos seres humanos, é Elohim o princípio de tudo. Ele não
tem geração nem história, pois é o Gerador delas por meio daquilo
que Ele cria. Os céus-Terra só têm existência por Sua vontade, e a
partir deles Ele gerou a humanidade de forma pessoal e íntima, pois
mesmo gerados da Terra, os seres humanos têm um Pai real, cuja
história deveria ser representada pela existência de Seus filhos.

APELO

Enfim, entre muitas lições de Gênesis, ele nos lembra que somos
histórias vivas de Deus. E que esse mundo é criação Dele, que,
embora contaminado pelo pecado, somos gerados para, em nossa
vida, restaurar a história original dos céus e da Terra, para finalmente
descansar na geração original de Deus, o princípio da criação... a
história final.

FONTE

Lição da Escola Sabatina, 2° Trimestre de 2022. Autor: Jacques B.


Doukhan. Casa publicadora Brasileira. Tatuí, SP, Brasil

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 2022 Artur Nogueira SP Brasil


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2
DEUS FEZ, E TUDO FEZ
Marcelo Augusto de Carvalho
TOPO
GÊNESIS 1.1

INTRODUÇÃO

O livro de Gênesis e, portanto, toda a Bíblia começa com os atos


divinos da criação. Esse fato é muito importante, pois significa que
nossa criação marca o início da história humana e bíblica. Isso
também indica que o relato da criação contido em Gênesis tem a
mesma veracidade histórica de outros eventos da história humana e
bíblica.
Os dois textos sobre a criação, em Gênesis 1 e 2, contêm lições
sobre Deus e a humanidade. Nesta semana, entenderemos melhor
o profundo significado do sábado e refletiremos sobre o ato divino de
criar o ser humano à Sua imagem a partir do pó da terra. Ficaremos
fascinados com o propósito da árvore do conhecimento do bem e do
mal e entenderemos sua conexão com a árvore da vida.
A lição mais importante das histórias bíblicas sobre as origens é
acerca da graça. Nossa existência é puramente um ato da graça.
Deus criou os céus e a Terra enquanto os seres humanos ainda não
existiam. Assim como nossa criação, nossa redenção também é um

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presente divino. E o fato de ambos os conceitos, criação e redenção,


coexistirem no mandamento do sábado do sétimo dia é algo muito
profundo.

CONFIRMAÇÕES POSTERIORES DA ESCRITA E AUTORIA DO


LIVRO DE GÊNESIS

É significativo que a Bíblia comece com a criação. Muitos livros


bíblicos começam com uma evocação a esse evento.

O livro de Crônicas inicia com a criação a fim de testemunhar que


todos pertencemos à mesma raça humana, vinda do mesmo Pai (1Cr
1:1).

Isaías começa com Gênesis 1:1, que é a primeira linha do relato da


criação, para nos lembrar de que Deus é nosso Provedor e que
devemos ouvi-Lo (Is 1:2).

O primeiro testemunho de Daniel ao gentio chefe dos eunucos foi


uma citação do relato da criação. As palavras de Daniel testificaram
ao eunuco que Deus é o Criador, que lhes dava o alimento (Dn 1:12).

Salomão introduziu sua reflexão meditando sobre a criação (Ec 1:1-


11). Ele lamentou a vaidade da vida, entendendo que “não há nada
de novo debaixo do sol” (Ec 1:9).

O Evangelho de João inicia com um poema sobre a criação (Jo 1:1-


14) para enfatizar a maravilha da encarnação: Jesus Cristo, que era
Deus “no princípio”, criou o mundo e depois Se fez carne para salvá-
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lo. Seguindo o modelo desses autores bíblicos, estudaremos o texto


bíblico da criação para aprender lições vitais sobre Deus, sobre nós
mesmos como seres humanos e sobre a natureza e relevância da
própria criação.

A BELEZA TERTEMUNHA A PERFEIÇÃO DA CRIAÇÃO DIVINA

A primeira lição que aprendemos do texto bíblico sobre a criação é


uma mensagem de beleza. Jogos de palavras, jogos de sons,
paralelismos e estruturas bem equilibradas contribuem para produzir
uma expressão poética poderosa. O ritmo de sete domina a
passagem. A narrativa da criação não apenas cobre um período
literal de sete dias, mas também vemos vários casos de repetição de
sons, palavras ou mesmo frases específicas sete vezes. Esse ritmo
de sete não é motivado apenas esteticamente. Essa característica
estilística tem um significado profundo; ela testemunha a perfeição
da criação divina.

O RELATO É UMA NARRAÇÃO, JAMAIS LITERATURA


IMAGINATIVA

É importante observar que a beleza literária do texto não sugere que


o relato da criação deva ser entendido meramente como uma
representação poética da imaginação. As formas verbais, que são as
mesmas usadas em textos narrativos, o estilo de genealogia, que
caracteriza a forma desse texto, e sua estrutura literária, que conecta
os dois primeiros capítulos de Gênesis, todos são testamentos
gramaticais e literários da intenção histórica do texto.

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O texto do primeiro relato da criação é explicitamente identificado,


por seu Autor, como uma genealogia (Gn 2:4). Além disso, também
mostra de fato todas as características literárias do formato de
genealogia. A razão de o texto bíblico da criação ter sido escrito
dessa forma é a intenção de conectar o leitor com as outras
genealogias do livro do Gênesis e alertá-lo de que esse relato sobre
o evento da criação pertence à história humana da mesma forma que
a vida dos patriarcas.

Ademais, as correspondências linguísticas e temáticas entre o


primeiro relato da criação (Gn 1:1–2:4) e o segundo que se segue
(Gn 2:4-25) indicam um paralelismo entre os dois textos: a mesma
estrutura em sete etapas no primeiro relato da criação (Gn 1:1–2:4)
também se encontra no segundo (Gn 2:4-25). O relato da criação em
Gênesis 1:1-2:4 está conectado à narrativa histórica em Gênesis 2:4-
25. Isso sugere a intenção do autor de comunicar seu relato sobre a
criação dos céus e da Terra como um evento pertencente à mesma
narrativa histórica da formação do ser humano.

Ao conectar os dois relatos da criação, o autor também sugere que o


mesmo fator “tempo”, que atuou na criação do ser humano, também
atuou na criação dos céus e da Terra. O mundo e tudo que nele existe
não levaram milhões de anos para atingir um estágio de maturidade
que permitisse que tudo funcionasse corretamente. Por outro lado, o
relato da criação de Gênesis não se apresenta como uma análise
científica do evento da criação. Fosse esse o caso, o relato da criação
teria sido escrito como uma fórmula muito complicada e infinitamente
longa, que seria inacessível aos humanos. O autor bíblico escreveu,
sob inspiração, o relato da criação como um evento histórico. Tudo o
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que ele disse sobre o evento da criação é verdade e não deveria


conflitar com a ciência.

No entanto, sugeriu-se muitas vezes que a intenção do relato da


criação não era histórica, mas essencialmente teológica ou filosófica.
Além disso, argumentou-se que o texto de Gênesis 1 pretendia
apenas edificar espiritualmente, não informar historicamente. Na
verdade, esse método de leitura das Escrituras deriva de uma
pressuposição crítica fundamentada no estudo da literatura grega
clássica. De fato, nessa tradição, a mensagem espiritual tem
primazia, e o evento histórico é secundário e irrelevante para o
pensamento filosófico. Ao ser aplicado às Escrituras, esse método de
leitura tem levado muitos estudiosos da Bíblia a rejeitar a intenção
histórica do texto bíblico. Assim, no caso da ressurreição de Jesus,
por exemplo, sua historicidade foi ignorada, e até questionada,
enquanto os estudiosos se concentravam somente na mensagem
espiritual de Sua vida. Mas a verdadeira visão bíblica opera
inversamente a isso. A mensagem teológica procede do evento
histórico. Visto que a ressurreição de Jesus é um evento histórico,
podemos crer em Deus e pensar nossa teologia. Como o relato da
criação em Gênesis é histórico, ele contém importantes lições
espirituais e teológicas sobre Deus e os seres humanos.

DISSECANDO GÊNESIS 1.1

NO PRINCÍPIO

A expressão hebraica bere´shit, “no princípio”, é enfatizada. Ela está


no início da frase de abertura em Gênesis. Além disso, recebeu um
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acento enfático, o qual a destaca e a separa do restante da frase. De


acordo com essa acentuação, a frase deve ser pontuada e lida assim:
“No princípio; Deus criou os céus e a Terra.” A frase bere’shit é, na
verdade, uma expressão técnica especificamente associada ao
relato da criação. É de fato significativo que essa expressão seja
muito raramente usada na Bíblia hebraica. Fora de Gênesis
1:1, bere’shit ocorre apenas quatro vezes, e apenas em Jeremias.
Nesse livro, bere’shit pertence a uma fórmula estilística regular,
aludindo às palavras introdutórias do relato da criação (Jr 26:1; 27:1;
28:1; 49:34, 35), embora as mensagens em si não tenham referência
direta a esse relato.

DEUS

A ênfase nesse “princípio” é reforçada pela ênfase no nome


hebraico ‘Elohim (“Deus”) para designar Deus no relato da criação
(Gn 1:1–2:4). Esse nome é derivado da raiz ‘alah, que transmite a
ideia de força e preeminência. A forma plural confirma essa ênfase,
uma vez que é uma expressão literária de intensidade e majestade,
em vez de uma indicação de um plural numérico “deuses”. Tal forma
plural implicaria em uma crença politeísta não israelita em vários
deuses. ‘Elohim se refere ao grande Deus, que transcende o
Universo. O ritmo de Gênesis 1:1 ecoa a mensagem da preeminência
de ‘Elohim. Essa palavra aparece no meio do verso. Além disso, no
texto hebraico, o acento (. disjuntivo [^]) que separa o verso em duas
partes iguais é anexado à palavra ‘Elohim, “Deus”, que, no canto
tradicional na sinagoga, marca a pausa e o clímax do verso. “Deus”
é a palavra mais importante do verso, não apenas porque Ele é o
sujeito da frase, mas também por causa do ritmo dela.
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CRIOU

A palavra bara’, “criar”, ocorre sete vezes no relato da criação (Gn


1:1, 21, 27 [três vezes nesse verso]; 2:3, 4), indicando assim seu
pertencimento inerente a esse evento particular. Além disso, na
Bíblia hebraica, esse verbo é sempre e exclusivamente usado em
conexão com Deus como seu sujeito.

OS CÉUS E A TERRA

A primeira frase da Bíblia, “Deus criou os céus e a Terra”, estabelece


desde o início que Deus e a criação Dele são duas coisas distintas
que não derivam uma da outra. A frase “os céus e a Terra” é um
merisma (duas partes contrastantes que se referem ao todo) em que
a combinação dos dois elementos contrastantes da frase se refere à
totalidade do Universo, implicando que tudo foi criado por Deus. O
uso da mesma frase no fim do relato da criação, referindo-se à
semana da criação (Gn 2:1, 4), sugere que a formação dos céus e da
Terra se refere especificamente ao mundo humano que foi gerado
durante aquela semana. Ao mesmo tempo, essa frase não exclui a
possibilidade de outras criações fora da semana da criação.

APLICAÇÃO PARA A VIDA

No princípio, Deus.

O evento da criação é o fundamento principal para a fé humana em


Deus. Acreditar na criação, acreditar que devo minha existência e a
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realidade do mundo a Alguém que não vejo e que era antes de eu


ser é o primeiro ato de fé.
É digno de nota que a única definição bíblica de fé está relacionada
à criação, de acordo com o que Paulo, o autor da Epístola aos
Hebreus, descreveu: “Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam,
a convicção de fatos que não se veem” (Hb 11:1).
A criação é um evento na história que ocorreu quando os seres
humanos ainda não estavam presentes para vê-lo e atestá-lo. Trata-
se, portanto, de um evento por excelência que requer fé e, por
implicação, é uma revelação de cima. Também é significativo que
Paulo tenha começado sua lista de atos de fé com a criação: “Pela
fé, entendemos que o universo foi formado pela palavra de Deus, de
maneira que o visível veio a existir das coisas que não são visíveis”
(Hb 11:3). O pensamento teológico, como a fé, deve primeiro
começar com o reconhecimento da criação.

Perguntas para reflexão:

1. Como o fato de que a fé começa com a crença na criação afeta


minha vida e minhas escolhas?

2. Que lição aprendemos com o fato de que não estivemos presentes


para testemunhar a criação realizada pelas mãos divinas? O que
aprendemos com a observância do descanso no sábado para
celebrar o trabalho de Deus por nós?

ILUSTRAÇÃO

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17 SERMÃO-0101-110-A CRIAÇÃO

Que formosos são sobre os montes os pés do que anuncia as boas-


novas, que faz ouvir a paz, que anuncia coisas boas, que faz ouvir a
salvação, que diz a Sião: O teu Deus reina!" Isaías 52:7.

Vocês sabem por que Isaías chamava formosos os pés humanos?


Olhem para seus próprios pés e vejam se sua escolha de adjetivo
está correta. Que seria da vida de vocês, se não possuíssem esses
pés, feitos a capricho? Cada um contém 26 ossos. Vocês podem
movê-los em todas as direções, pois que Deus planejou 36
articulações. Resistentes tendões unem esses 26 ossos, fazendo
deles um complicado conjunto de cerca de cinquenta músculos, que
atuam numa coordenação de fração de segundo. Os ossos dos seus
pés formam três arcos - dois no sentido longitudinal e um através do
dorso do pé. Esses arcos provêm o natural molejo elástico dos pés
quando vocês andam, correm ou saltam. Deus fez os pés elásticos
de modo que, apesar de estar constantemente golpeando o chão,
absorvem cada golpe e evitam trepidação da espinha e do cérebro.
A maioria das pessoas adultas caminha cerca de doze a quinze
quilômetros por dia. Se você pesa 60 quilos, seus pés absorvem um
impacto total de cerca de mil quilos por dia. Poderia alguém, a não
ser um maravilhoso Deus, planejar tão admirável meio de transporte?
Nenhuma outra criatura tem pés semelhantes aos nossos. Os
irracionais de quatro pés (quadrúpedes) precisam das patas
anteriores e posteriores cara conseguir a arte de equilibrar-se que
você consegue com um só pé. Quando você anda, tem as mãos
livres, e o pensamento não precisa concentrar-se no andar. A
evolução quer dizer que o pé humano se transformou gradualmente,
capacitando a pessoa a caminhar sobre dois pés, em vez de quatro.
Mas nenhum resto de fóssil comprova essa cadeia de
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acontecimentos. Não, Deus planejou que a própria pegada de Seus


pés seja semelhante à do Criador. A questão importante é: São
formosos os seus pés, e levam as felizes novas de que a paz e a
salvação pertencem a todos os que permitem que Deus reine em seu
coração?

Inspiração Juvenil 1977, 198. Casa Publicadora Brasileira, Tatuí, SP,


Brasil.

APELO

Creia cada vez mais nesse Deus criador. Faça dEle seu Senhor e
Salvador!

FONTE

Lição da Escola Sabatina, 2° Trimestre de 2022. Autor: Jacques B.


Doukhan. Casa publicadora Brasileira. Tatuí, SP, Brasil

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3
ELOHIM - O DEUS DA CRIAÇÃO
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TOPO

SALMO 100.1-3

Este verso aponta a reação humana ao Deus da criação. Mas Por


quê?

“Deus” está na primeira frase do relato da criação em Gênesis 1. Na


tradução, lemos: “No princípio, Deus” (Gn 1:1). Na primeira linha, a
palavra “Deus” está no meio do verso, e no canto litúrgico tradicional
é pronunciada com maior entonação para enfatizar Sua importância.
Sendo assim, o texto da criação começa dando ênfase a Deus, seu
Autor.

ELOHIM

TRANSCENDÊNCIA – GÊNESIS 1

O livro de Gênesis inicia com duas apresentações diferentes de


Deus. O primeiro relato da criação (Gn 1:1–2:4) O apresenta como
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infinitamente distante do ser humano, o Deus transcendente, Elohim,


cujo nome traduz a supremacia divina. O nome Elohim denota
preeminência e força, e o uso da forma plural expressa a ideia de
majestade e transcendência.

MOMENTOS DA HISTÓRIA EM QUE DEUS MOSTROU SUA


TRANSCENDÊNCIA

A TRANSCENDÊNCIA

SEU PODER E GLÓRIA

Na criação do planeta Terra, em 6 dias, descansando Ele mesmo no


sétimo dia. Genesis 1.
No envio das 10 pragas sobre o Egito. Êxodo 7-12.
No abrir o Mar Vermelho para Israel passar a seco. Êxodo 14.
No ato de atrasar o sol para que Israel vencesse seus inimigos. Josué
10.
Na destruição da fortificada e indestrutível cidade de Jericó. Josué 6.
Nos milagres de Jesus. E o maior deles, a ressurreição de Lázaro.
João 11.

SUA GRANDEZA E TAMANHO

Na TEOFANIA (demonstração de Seu poder) sob o monte Horebe ao


anunciar os 10 mandamentos ao povo de Israel. Êxodo 20.
Na visão de Isaías, onde Deus estava em seu sublime trono, rodeado
de anjos que o serviam. Isaías 6.

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21 SERMÃO-0101-110-A CRIAÇÃO

Na descrição da Volta de Cristo à Terra – glorioso, vencedor, rodeado


de Seus santos anjos, vindo para reinar sobre todos! Marcos 13.26-
27

IMANÊNCIA – GÊNESIS 2

O segundo relato da criação (Gn 2:4-25) apresenta Deus como


próximo e pessoal, o Deus imanente YHWH, cujo nome para muitos
indica proximidade e relacionamento.
Portanto, o texto da criação como um todo é um apelo implícito para
adorarmos a Deus, estarmos cientes de Sua grandeza e de Seu
poder infinitos em primeiro lugar e, ao mesmo tempo, reconhecermos
nossa dependência Dele, pois Ele nos criou, “e não nós” (Sl 100:3,
ARC). Por isso, com frequência, muitos salmos associam a adoração
com a criação (Salmo 95:1-6; 139:13, 14 [compare com Apocalipse
14:7]).

MOMENTOS DA HISTÓRIA EM QUE DEUS MOSTROU SUA


IMANÊNCIA

Quando Deus foi ao jardim do Éden, atrás de Adão, oferecendo-lhe


a promessa de redenção eterna. Gênesis 3.
Quando Deus foi à casa de Abraão, almoçou com ele, e depois lhe
disse sobre a destruição de Sodoma e Gomorra. Gênesis 18.
Quando Jesus foi à estrada de Damasco converter a Saulo, de
perseguidor dos cristãos a pregador do Evangelho eterno. Atos 9.
Quando Jesus foi à rochosa e deserta ilha de Patmos revelar o futuro
da Igreja Cristã ao apóstolo São João. Apocalipse 1.

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22 SERMÃO-0101-110-A CRIAÇÃO

Quando Jesus veio à Terra, encarnou-se, fazendo-se homem, para


nos revelar o Pai, cumprir a justiça da Lei de Deus em nosso lugar, e
morrer na cruz para pagar a pena eterna de nossos pecados. João
1.

HÁ MOMENTOS E AÇÕES DIFERENTES NA RELAÇÃO COM


DEUS

Esse conceito duplo de um Deus que é majestoso, poderoso e que


ao mesmo tempo é próximo, amoroso e Se relaciona conosco,
contém um ponto importante sobre como devemos nos aproximar do
Criador na adoração. Temor e reverência devem acompanhar a
alegria e a certeza da familiaridade com Deus, bem como do perdão
e do amor divinos (ver Sl 2:11). A sequência das duas apresentações
sobre Deus contém uma mensagem: a experiência da proximidade
divina e da intimidade de Sua presença segue a experiência de Seu
distanciamento.

MOISÉS DIANTE DA SARÇA QUE ARDIA MAS NÃO SE


CONSUMIA
E disse: Não te chegues para cá; tira os sapatos de teus pés; porque
o lugar em que tu estás é terra santa. Êxodo 3.5.

MOISÉS NO MONTE HOREBE


O SENHOR Deus falava com Moisés face a face, como alguém que
conversa com um amigo. Êxodo 33.11.

O POVO DE ISRAEL DIANTE DA TEOFANIA NO MONTE SINAI

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23 SERMÃO-0101-110-A CRIAÇÃO

E todo o monte Sinai fumegava, porque o Senhor descera sobre ele


em fogo; e a sua fumaça subia como fumaça de um forno, e todo o
monte tremia grandemente. Êxodo 19.18.

JACÓ QUANDO RECEBEU O SONHO DA ESCADA


E sonhou: e eis era posta na terra uma escada cujo topo tocava nos
céus; e eis que os anjos de Deus subiam e desciam por ela. 13 E eis
que o Senhor estava em cima dela e disse: Eu sou o Senhor, o Deus
de Abraão, teu pai, e o Deus de Isaque. Esta terra em
que estás deitado ta darei a ti e à tua semente. Gênesis 28.12-13.

EXEMPLO – O FILHO PRÓDIGO – LUCAS 15

Somente quando percebemos que Ele é grande, somos capazes de


apreciar Sua graça e desfrutar, com reverência, de Sua presença
maravilhosa e amorosa em nossa vida.

ILUSTRAÇÃO

"Como um pai se compadece de seus filhos, assim o Senhor Se


compadece dos que O temem." Salmo 103:13.

Há uma grande disparidade entre animais e aves quanto ao que os


machos de várias espécies podem fazer, mas há muitas espécies em
que o "papai" passa mais tempo com as "crianças" do que a mamãe.
O tarambola macho arrisca a vida quando uma raposa se aproxima.
Esvoaça pelo chão, fingindo estar ferido a fim de atrair a raposa para
longe do ninho.

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24 SERMÃO-0101-110-A CRIAÇÃO

Os pequenos papais cavalos-marinhos conduzem os ovos postos


pela fêmea até que o filhote tenha nascido.
Os machos da barata d'agua gigante podem ter até 150 ovos
"colados" às suas costas com uma cola à prova d'água produzida
pela fêmea. Carregam-nos até que eles chocam.
O avestruz macho passa até dois anos com sua Prole, ensinando-lhe
a respeito da vida.
Entre mais de 90 por cento de todas as aves, os pais estão
envolvidos na criação dos filhotes.
Somente cerca de 10 por cento dos mamíferos, mas um número
surpreendente de peixes e anfíbios tem papais envolvidos em
"pajear". Alguns desses pais preparam o "lar" para a família,
enquanto outros estão ativamente envolvidos na criação dos filhos.
O peixe-cachimbo tem uma bolsa perto da cauda. Os ovos são
postos dentro dessa bolsa, onde um suprimento de sangue provê
oxigênio fresco e alimento para o filhote. Depois de duas semanas
os embriões deixam a bolsa e se tornam independentes.
No caso do peixe-gato marinho, o papai carrega os ovos na boca.
Depois de chocos, o pai ainda os reúne em sua boca por questão de
segurança.
Os mangustos machos protegem a família das cobras e de outros
predadores, enquanto a fêmea sai à procura de alimento.
O comportamento dos machos entre as criaturas de Deus pode ou
não demonstrar o papel do pai humano, mas uma coisa é certa, há
um Pai celestial que protege, alimenta e ajuda Seus filhos a
amadurecerem com Seu amor. Deus amou tanto ao mundo que deu
o Seu Filho para salvá-lo. Anseia ter Seus filhos no lar celestial.
Agradeça hoje a Deus por Seu cuidado paternal e amor, e diga-Lhe
o quanto este amor significa para você.
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25 SERMÃO-0101-110-A CRIAÇÃO

Inspiração Juvenil 1986, 054. Casa Publicadora Brasileira, Tatuí SP


Brasil.

APELO

Ame cada vez mais esse Deus Criador. Faça dEle seu Senhor e
Salvador!

FONTE

Lição da Escola Sabatina, 2° Trimestre de 2022. Autor: Jacques B.


Doukhan. Casa publicadora Brasileira. Tatuí, SP, Brasil

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 2022 Artur Nogueira SP Brasil

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26 SERMÃO-0101-110-A CRIAÇÃO

4
O QUE SÓ DEUS PODE FAZER?
Pr. Marcelo Augusto de Carvalho
TOPO

GÊNESIS 1.4, 10,12,18,21,25,31; 2.1-3.

Há 4 coisas que só Deus pode fazer Esses atos são tão grandiosos
e específicos que demonstram claramente porque Ele é o Criador e
nós somos suas criaturas.

1. AVALIAR – DIZER O QUE É BOM, E O QUE É RUIM


Em cada etapa do relato da criação, Deus avaliou Seu trabalho como
tov, “bom”. Em geral, por meio desse adjetivo entende-se que a obra
divina da criação foi bem-sucedida e que a observação de que “era
bom” indica que deu certo. A luz iluminava (Gênesis 1:4), as plantas
davam frutos (Gênesis 1:12) e assim por diante.
A frase “era muito bom” significa que a criação funcionava bem, era
linda e perfeita. O mundo “ainda não” era como o nosso mundo,
afetado pelo pecado e pela morte, como vemos na introdução ao
segundo relato da criação (Gênesis 2:5).

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27 SERMÃO-0101-110-A CRIAÇÃO

Por ser o CRIADOR DE TUDO, por toda a Escritura é Deus quem


avalia as ações dos seres humanos e as classifica em boas ou ruins.

EXEMPLOS
Ele avalia o comportamento dos antediluvianos, determinando a
destruição de toda a raça humana, mas aprova o comportamento de
Noé – Gênesis 6.5-8.
Ele avalia oferta de Caim e o reprova, mas ele aprova a oferta de Noé
logo após o Dilúvio, e por isto faz uma aliança com toda a
humanidade – Gênesis 8.20-22.
Ele desce para avaliar a construção da torre de Babel e a condena –
Gênesis 11.5-7.
Ele avalia as ações de cada um dos reis de Israel, elogiando ou
condenando – 2 Reis 21.1-3.

MODERNIDADE
Esse movimento que já dura dois séculos quer nos ensinar que o
SER HUMANO É A MEDIDA DE TODAS AS COISAS. Que cada um
de nós é que determinamos o que é bom, certo, verdadeiro e real.
Mas como pode um ser, feito de barro, que nasceu ontem, vive hoje
e morre amanhã pode determinar, com sua visão e percepção tão
limitada, determinar o que é certo no Universo? Parece uma piada, e
de mau gosto!

2. AVALIAR – DIZER O QUE É BELO


Contudo, essa palavra indica mais do que eficiência. A palavra
hebraica tov também é usada na Bíblia para expressar uma
apreciação estética de algo belo (Gênesis 24:16).

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28 SERMÃO-0101-110-A CRIAÇÃO

Também é usada em contraste com o mal (Gênesis 2:9), que está


associado à morte (Gênesis 2:17).
Só Deus pode dizer o que é BELO e o que é FEIO! Pois só Ele
conhece tudo o que existe, todas as poções de combinações
possíveis, e sabe com exatidão aquilo que combina, enaltece e
inspira.

EXEMPLO
A mulher virtuosa de Provérbios 31.28-31
É o Senhor quem avalia o seu procedimento, seu caráter e suas
intenções, a diz que ela é bela e abençoada.

3. CRIAR
Essa descrição da criação contradiz radicalmente as teorias da
evolução, que declaram de forma dogmática que o mundo se formou
progressivamente por acontecimentos acidentais, partindo de uma
condição inferior para uma superior.
Em contraste, o autor bíblico afirma que Deus intencional e
repentinamente criou o mundo (Gênesis 1:1). Não houve casualidade
nem incerteza. O mundo não surgiu por si mesmo, mas apenas como
resultado da vontade e da palavra divinas (Gênesis 1:3). Em Gênesis
1 está escrito: “No princípio, Deus criou os céus e a Terra”. O verbo
bara’ foi traduzido como “criou” e ocorre apenas com Deus como
sujeito, denotando algo repentino: Deus falou e aconteceu.

INSPIRAÇÃO JUVENIL 1977-233 - COMO AS FORMIGAS


APRENDERAM A COSER?
Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito
se fez. S. João 1:3.
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29 SERMÃO-0101-110-A CRIAÇÃO

A teoria da evolução enche revistas, jornais, livros científicos, sim,


boa parte do pensamento moderno. Será seguro confiar em outros,
mesmo que sejam eruditos cientistas, para receber conhecimento da
origem da vida? Terão as herdadas habilidades instintivas dos
animais e insetos evoluídos através de longos séculos? Voltemo-nos
para uma formiga dos trópicos, pouco conhecida, em busca da
resposta. O explorador Dofleen observou um ninho incomum,
construído na folhagem, pouco acima do chão. As folhas achavam-
se costuradas, unidas por finos fios sedosos. Intrigado, pôs-se em
procura de aranhas. Não havia. Seria aquilo obra das formigas que
vira correndo por ali? Sabendo que as formigas não têm a habilidade
de tecer teias, como fazem as aranhas, ficou pensando qual seria o
misterioso método por elas empregado para realizar esse feito
aparentemente impossível. Cortou com cuidado os fios de seda que
juntavam as folhas, e pôs-se a observar. Imediatamente as formigas
se puseram em ação, para reparar o dano. Primeiro removeram os
restos dos fios cortados. Feito isto, uma longa correição de formigas,
uma dependurada na outra, formaram uma ponte da beira de uma
folha para a outra. Cuidadosamente a primeira formiga puxou a folha
para a próxima. Esta, por sua vez, a passou para a vizinha, e assim
por diante, até que as beiradas das folhas se tocassem. Nesse
momento, do interior do ninho vieram formigas operárias, cada qual
conduzindo um filhote de formiga. Essas larvas tecem em volta de si
casulos, antes de se tornarem adultas. Segurando a larva junto à
beirada da folha, ela lhe bateu atrás, de onde emerge o fio de seda.
Com muito jeito moveu a larva para cima e para baixo, para cá e para
lá, como uma máquina a costurar em ziguezague. Logo as folhas
estavam bem unidas, e a desajudada máquina de seda foi devolvida
ao ninho. Porventura essa cooperação, essa fantástica habilidade,
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30 SERMÃO-0101-110-A CRIAÇÃO

evoluiu lenta e casualmente? Ou não será que um grande Deus


planeou esse feito notável, de modo que essas formigas da floresta
pudessem viver em seu ambiente? A resposta é clara: Coisa alguma
existe que Ele não tenha feito!

CRIAÇÃO OU EVOLUÇÃO?

Textos de Ellen G. White: Educação, p. 89, 90 [128, 129] (“A Ciência


e a Bíblia”); História da Redenção, p. 15, 16 [21, 22] (“A Criação”).

“Uma vez que o livro da natureza e o da revelação apresentam


indícios da mesma mente superior, eles não podem deixar de estar
em harmonia. Com diferentes métodos e linguagens, dão
testemunho das mesmas grandes verdades. A ciência está sempre
descobrindo novas maravilhas, mas nada traz de suas pesquisas
que, corretamente compreendido, esteja em conflito com a revelação
divina. O livro da natureza e a palavra escrita lançam luz um sobre o
outro. Servem para nos familiarizar com Deus, ensinando- nos algo
das leis por meio das quais Ele opera.

“Entretanto, conclusões equivocadas, tiradas dos fenômenos


observados na natureza, têm dado lugar a supostas divergências
entre a ciência e a revelação; e, nos esforços para restabelecer a
harmonia, tem-se adotado interpretações das Escrituras que abalam
e destroem a força da Palavra de Deus. Tem-se pensado que a
geologia contradiz a interpretação literal do relato da criação feito por
Moisés. Alega-se que milhões de anos tenham sido necessários para
que a Terra evoluísse do caos; e, a fim de acomodar a Bíblia a essa
suposta revelação da ciência, admite-se que os dias da criação
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31 SERMÃO-0101-110-A CRIAÇÃO

tenham sido períodos longos, indefinidos, abrangendo milhares ou


mesmo milhões de anos.

“Essa conclusão é absolutamente infundada. O relato bíblico está em


harmonia consigo mesmo e com o ensino da natureza” (Ellen G.
White, Educação, p. 89, 90 [128, 129]).

4. ENCERRAR O QUE É CRIADO


O texto da criação nos informa que “tudo” já havia sido feito e,
segundo o próprio Criador, tudo que foi criado era “muito bom”
(Gênesis 1:31). Gênesis 1:1 declara o evento, a criação do céu e da
Terra; e Gênesis 2:1 declara que o evento foi encerrado. Toda a obra,
incluindo o sábado, foi concluída em sete dias.
Só Aquele que cria pode encerrar o processo criativo!

EXEMPLO
Em cada um de Seus milagres ao estar na Terra, Jesus os realizava
e os encerrava em si mesmos. Nada ficava para trás. Nenhuma
consequência ou sequela ficava que poderia levar à possibilidades
de reparo, ou de desenvolvimento de processos futuros!

INSPIRAÇÃO JUVENIL 2004-371 - CHARLES DARWIN E O OLHO


Foi o Senhor quem fez os nossos olhos, será que Ele não pode ver?
O Senhor repreende as nações, será que Ele não vai castigá-Ias? O
Senhor ensina todos os seres humanos, será que Ele não tem
sabedoria? O Senhor conhece os pensamentos das pessoas e sabe
que eles não valem nada. Salmo 94:9-11.
Provavelmente não há nada na Terra que desafie tanto a lógica
evolucionista quanto o olho. Isso mesmo, o olho que você está
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32 SERMÃO-0101-110-A CRIAÇÃO

usando neste momento para ler estas palavras é um dos mais


eficientes sermões a favor da criação por Deus como é contada no
livro do Gênesis. Mesmo Charles Darwin, o pioneiro mais famoso da
teoria da evolução, teve um problema imenso tentando explicar como
o olho poderia ter evoluído. Numa carta datada de 3 de abril de 1860,
Darwin escreveu: "Para supor que o olho - com todos os seus
dispositivos inigualáveis de ajustamento para focalizar a diferentes
distâncias, admitir quantidades diferentes de luz, e corrigir
aberrações esféricas e cromáticas - tenha surgido pela seleção
natural, parece ser, confesso sinceramente, um absurdo do mais alto
grau." Um dos maiores problemas que os evolucionistas têm com o
olho é que em todos os estágios do desenvolvimento no que chamam
de árvore evolucionista, existem criaturas com olhos perfeitamente
desenvolvidos. Não há olhos desenvolvidos parcial e
intermediariamente, para explicar como evoluíram. Os olhos estão aí,
em centenas de milhares de criaturas diferentes, e todos os olhos
são perfeitos. Algumas criaturas, como as que vivem nas
profundezas do mar ou em cavernas, aparentam ter perdido o uso da
visão, mas em nenhum lugar encontramos seres com olhos
completamente desenvolvidos ao lado de outros da mesma espécie
que não possuam nem mesmo sua forma. Somente no olho humano
há mais de um milhão de células sensíveis à luz formando a retina,
que é a porção do seu olho que recebe a luz através das pupilas e a
transforma em impulsos nervosos que alcançam o cérebro onde
novamente se transformam em figuras coloridas e tridimensionais,
que podem até ser memorizadas para o futuro.

APELO
Creia em Deus como seu Criador, Senhor e Redentor!
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33 SERMÃO-0101-110-A CRIAÇÃO

FONTE

Lição da Escola Sabatina, 2° Trimestre de 2022. Autor: Jacques B.


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34 SERMÃO-0101-110-A CRIAÇÃO

5
O QUE O SÁBADO SIGNIFICA?
Pr. Marcelo Augusto de Carvalho
TOPO

GÊNESIS 2.1-3

1. GUARDÁ-LO É A EXPRESSÃO DE NOSSA FÉ.


Foi precisamente por ter concluído a criação que Deus instituiu o
sábado, que é, portanto, a expressão de nossa fé, pois cremos que
o Criador concluiu Sua obra e considerou tudo “muito bom”. Observar
esse dia é unir-se ao Criador no reconhecimento do valor e da beleza
de Sua criação.

2. GUARDÁ-LO SIGNIFICA QUE CONFIAMOS NELE PARA


CUIDAR DE CADA UMA DE NOSSAS NECESSIDADES
MATERIAIS.
Ao nos ordenar a observância do sábado Deus está dizendo:
“Descanse porque Eu cuido e mantenho o Universo, e tenho poder
para cuidar de voc~e em cada uma de suas necessidades!”

INSPIRAÇÃO JUVENIL 1977-062 - FÉRIAS PARA CAVALOS

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35 SERMÃO-0101-110-A CRIAÇÃO

Vinde repousar um pouco, à parte, num lugar deserto. S. Marcos


6:31.
Mimoso havia puxado a carroça do Sr. Pedro, através das ruas da
cidade, por mais de 12 anos. Agora o bem tratado cavalo e seu dono
estavam cansados. Falando ao cavalo, o Sr. Pedro tomou uma
decisão: — Mimoso, preciso descansar. Vamos nós dois tirar umas
férias na praia. Embora Mimoso o ignorasse, a carroça foi carregada
de alimentos, para ele e seu dono, enquanto partiam, uma semana
depois, dentro da rotina costumeira. Logo deixaram as ruas
pavimentadas, dobrando para baixo uma vereda arborizada. Mimoso
parou tranquilo e olhou para trás, para o Sr. Pedro. Alguma coisa
estava errada. — Está tudo certo, Mimoso. Siga em frente. Você vai
ter umas férias. O cavalo, sempre pronto a obedecer, levantou a
cabeça e seguiu. À noitinha, pararam. O Sr. Pedro armou sua tenda
num campo gramado. Depois de anos e anos andando nas ruas
pavimentadas, a grama macia parecia esquisita ao cavalo. Ele corria
em círculos, esperneava as patas traseiras, parava para comer, e
corria mais. Tudo lhe parecia novo e estranho. Cheirava cada flor,
parava para ver vacas, carneiros e porcos. Seguiu um frango nas
imediações de um quintal. Os gansos se amedrontaram quando
Mimoso os cheirou, e voaram grasnando. O cavalo ficava intrigado
com todas estas coisas. No dia seguinte, chegaram à praia. Mimoso
não sabia andar sobre a areia seca, que deslizava sob seus pés. A
areia molhada era muito fria. Ele estava com tanto medo da água,
que não se aproximava dela. Voltando-se ele observava o Sr. Pedro
na água. Ficou temeroso. Vendo seu dono estender e flutuar na água,
não pôde suportar, e lançou-se ao mar para salvar-lhe a vida. Então
o Sr. Pedro ficou de pé. Confiante, o animal começou a espadanar.
Estava correndo pelo mar, espirrando água em todos os lados.
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36 SERMÃO-0101-110-A CRIAÇÃO

Ambos desfrutaram muito a variação e o repouso. Tome diariamente


alguns minutos de férias. Faça um relax. Aprecie a beleza que há ao
seu redor. Jesus quer que você tenha tempo para descansar e
também um tempo para Ele. Por que correr doidamente através da
vida?

ISRAEL E SEUS EXEMPLOS DE DESCANSO


Diário – dormir as 8 horas dentro de 24 horas.
Semanal – descansar 1 dia dentro o ciclo semanal.
Anual – descansar no Yom Kippur – Levítico 23.27
O 7° ano – descansar o plantio da terra por 1 ano dentro de 7 anos.
O 50° ano – perdoar todas as dívidas a cada 50 anos!

3. GUARDÁ-LO SIGINICA QUE CONCORDAMOS COM O “MUITO


BOM” DE DEUS.
Podemos descansar de nossas obras, assim como Deus descansou
das Dele. A guarda do sábado significa concordar com o “muito bom”,
o que inclui nosso corpo físico. Ao contrário de algumas crenças
antigas (e modernas), nada nas Escrituras, Antigo Testamento (AT)
ou Novo Testamento (NT), sugere que o corpo seja mau. Esse é um
conceito pagão, não bíblico. Os observadores do sábado são gratos
pela criação, que inclui seu próprio corpo. Por isso, desfrutam da
criação e cuidam dela.

4. GUARDÁ-LO SIGNIFICA QUE CREMOS NA IDEIA DE “OBRA


ACABADA”.
O sábado, que marca o primeiro “fim” da história humana, é também
um sinal de esperança para a humanidade sofredora e para os
lamentos do mundo.
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37 SERMÃO-0101-110-A CRIAÇÃO

EXEMPLOS
É interessante que a ideia de obra acabada reaparece no fim da
construção do santuário (Êxodo 40:33) e no fim da construção do
templo de Salomão (1Reis 7:40, 51) – ambos os lugares em que a
lição do evangelho e da salvação foi ensinada.

5. GUARDÁ-LO SIGNIFICA QUE ACREDITAMOS NO MILAGRE DA


SALVAÇÃO, HOJE E ETERNA.
Após a queda, o sábado apontou para o milagre da salvação, que
acontecerá somente por meio do milagre de uma nova criação (Isaías
65:17; Apocalipse 21:1). Esse dia é um sinal no fim da semana
humana de que o sofrimento e as provações deste mundo também
terão fim.
Por causa da esperança simbolizada no sábado, Jesus escolheu
esse dia como o mais apropriado para curar os enfermos (Lucas
13:13-16). Ao contrário das tradições às quais os líderes estavam
presos, por meio das curas aos sábados Jesus indicava o tempo em
que toda dor, sofrimento e morte acabariam, que é a conclusão do
processo da salvação.
Portanto, cada sábado nos aponta para a esperança da redenção.

INSPIRAÇÃO JUVENIL 1983-258 - CIDADE SEM POLICIAIS


"As suas portas nunca jamais se fecharão de dia, porque nela não
haverá noite." Apocalipse 21:25
Há muito, muito tempo as cidades da Europa eram cercadas por altas
muralhas de pedra. Os fortes portões eram fechados durante a noite
ou em tempo de perigo. Vigias permaneciam junto aos portões e
sentinelas montavam guarda sobre as muralhas. Em 1983 poucas
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38 SERMÃO-0101-110-A CRIAÇÃO

são as cidades muradas ou protegidas por portões, guardas ou


sentinelas. Em vez disso, patrulhas policiam as ruas em carros ou
motocicletas. Você pode imaginar Nova Iorque, Tóquio, Londres, ou
São Paulo sem policiamento? Que seriam tais cidades hoje sem
algum modo de conter o crime? No dia 9 de setembro de 1919, a
cidade de Boston, EUA, passou por tal experiência. Seus 1.117
policiais entraram em greve. Durante três dias não houve polícia
patrulhando as ruas. Nenhum criminoso foi preso e nenhuma
investigação levada a efeito. Ladrões e assaltantes tiveram uma boa
folga e cidadãos honestos temiam sair de suas casas durante a noite.
Neste mundo de pecado e de lutas ninguém quer morar numa cidade
sem uma força policial. Pessoas obedientes à lei querem proteção
contra assassinos e ladrões. Por causa do pecado, muros, portões,
e policiais são necessários. - Quando Jesus vier pela terceira vez, o
pecado será exterminado. Satanás e todos os seus anjos maus serão
consumidos pelo fogo. Todo ímpio perecerá. As únicas pessoas que
permanecerão vivas serão aquelas que se mostraram bondosas,
fiéis, honestas, amoráveis, prestativas. Para estas pessoas não
haverá necessidade de polícia. As portas ficarão abertas porque não
haverá inimigos a serem mantidos do lado de fora. Não haverá uma
força policial celeste, nem serviço de segurança, nem departamentos
de investigação, nem arquivo de impressões digitais de criminosos
porque todos ali serão santos. Não haverá cadeias nem campos de
prisioneiros. Não haverá tristezas nessa cidade. Não haverá ali nada
que seja repulsivo, cruel ou de baixo teor. Não haverá crianças
feridas, abandonadas, negligenciadas. Não haverá quem se
embriague, ou use drogas, ou tenha qualquer vício. Não haverá
medo, desapontamento ou morte. Tudo que você possuir estará a
salvo. Ninguém roubará sua coroa de ouro. Agora é o tempo de
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39 SERMÃO-0101-110-A CRIAÇÃO

preparo para viver nessa cidade. Deixe que Jesus venha ao seu
coração e lhe dê amor, alegria, paz, longanimidade, bondade,
mansidão. Somente tais pessoas estarão ali.

APELO
Guarde o sábado a cada semana. Ele te lembrará cada uma das
preciosas promessas de cuidado, salvação e redenção eterna feitas
por Cristo nosso Senhor. Sua fé será revitalizada. Assim você será
fiel até que Ele venha!

FONTE

Lição da Escola Sabatina, 2° Trimestre de 2022. Autor: Jacques B.


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6
O QUE É A HUMANIDADE?
Pr. Marcelo Augusto de Carvalho
TOPO

GÊNESIS 1.26-29

1. OS SERES HUMANOS SÃO O CLÍMAX DA CRIAÇÃO


Os seres humanos são o clímax da criação, o propósito para o qual
a Terra foi feita.

2. SOMENTE O SER HUMANO FOI CRIADO Á IMAGEM DE DEUS


Somente o ser humano foi criado à imagem divina (Gênesis 1:25, 27).
Com frequência, essa fórmula tem sido limitada à natureza espiritual
dos humanos, ou seja, à ideia de que a “imagem de Deus” significa
apenas a função administrativa de representá-Lo, ou a função
espiritual de relacionamento com Ele ou com os outros.

INSPIRAÇÃO JUVENIL 1992-059 - CABEÇAS GRANDES


E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, ... e domine ...
sobre toda a Terra. Gênesis 1:26.
Alguns têm a idéia de que o tamanho da cabeça tenha muito que ver
com a inteligência. Entretanto sabe-se hoje que o tamanho pouco ou
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41 SERMÃO-0101-110-A CRIAÇÃO

nada representa. Também aqui se verifica que "tamanho não é


documento". Se o tamanho do cérebro fosse responsável pela
inteligência, a baleia seria o animal mais inteligente do mundo! Há
uma espécie delas cujo cérebro pesa dez quilos! O cérebro do ser
humano plenamente desenvolvido pesa cerca de quilo e meio. O
cérebro do elefante pesa cerca de cinco quilos, o que não quer dizer
que o elefante seja três vezes mais inteligente que o homem! Todos
sabemos que as pessoas são mais inteligentes que a baleia e o
elefante - e isto não se dá pelo simples fato de sermos gente. Existe
a opinião de que o peso total do cérebro, em comparação com o total
do peso do animal, é o que determina a inteligência. Comparando o
cérebro do elefante, da baleia e do homem, chegamos à conclusão
de que talvez essa opinião tenha razão de ser. O cérebro do homem
perfaz cerca de 2 por cento do peso total do corpo, ao passo que os
10 quilos do cérebro da baleia representam apenas os três décimos-
milésimos do peso total do corpo. O homem é muito mais inteligente
que a baleia, de modo que desde logo essa teoria parece mais
acertada. Mas, continuando a comparação, tampouco essa teoria
resiste a um exame, pois existe um macaco cujo cérebro perfaz
quase 6 por cento do total do peso do corpo. Fosse verdadeira a
teoria, e o macaco seria três vezes mais inteligente que o homem. As
teorias aventadas tornam-se cada vez mais complicadas, mas uma
autoridade resume o assunto dizendo que não existe maneira de
dizer o motivo por que a mente humana é tão superior a de todas as
outras formas de vida, pelo simples considerar o cérebro. Em uma
palavra: não existe resposta física a essa questão. Fato é que o
homem foi criado por Deus, feito a Sua imagem, e dEle recebendo
domínio "sobre todo o animal que se move sobre a terra" (Gênesis
1:28). A fim de que o homem pudesse exercer essa função, dentre
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outras coisas, Deus lhe deu inteligência à altura da tarefa que lhe foi
confiada.

3. O QUE É IMAGEM E SEMELHANÇA?


Embora essas interpretações sejam corretas, não abrangem a
importante realidade física da criação. Ambas as dimensões estão,
de fato, incluídas nas duas palavras, “imagem” e “semelhança”, que
descrevem esse processo em Gênesis 1:26. Enquanto a palavra
hebraica tselem, “imagem”, se refere à forma concreta do corpo
físico, a palavra demut, “semelhança”, se refere às qualidades
abstratas que são comparáveis à Pessoa divina.
A noção hebraica da “imagem de Deus” deve ser entendida no
sentido integral da visão bíblica da natureza humana. O texto afirma
que homens e mulheres foram criados à imagem de Deus física e
espiritualmente.
Ellen G. White escreveu: “Quando Adão saiu das mãos do Criador,
trazia em sua natureza física, intelectual e espiritual, a semelhança
de seu Criador” (Ellen G. White, Educação, p. 8 [15]).

4. O SER HUMANO É UM SER INTEGRAL


Essa compreensão integral da imagem de Deus, incluindo o corpo
físico, é reafirmada no outro relato da criação, o qual diz que “o
homem se tornou um ser vivente” (Gênesis 2:7), literalmente, “uma
alma vivente” (nefesh), como resultado de duas operações divinas:
Deus “formou” e Deus “soprou”. Observe que o “fôlego” muitas vezes
se refere à dimensão espiritual, mas também está ligado
estreitamente à capacidade biológica de respirar, a parte do homem
formada “do pó da terra”. É o “fôlego de vida”, isto é fôlego (espiritual)
e vida (física).
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5. O SER HUMANO É UM SER UNIDO – FEITO EM DOIS!


Deus fez mais tarde uma terceira operação, dessa vez para criar a
mulher a partir do corpo do homem (Gênesis 2:21, 22), uma forma de
enfatizar que ela é da mesma natureza do homem.
A mulher foi feita assim para que fosse UMA COM O HOMEM, coisa
que nenhuma das outras criaturas do paraíso poderiam ser.
Portanto, essa noção pagã da Modernidade de que o homem é um e
a mulher outro, distinto e que cada um deve procurar seus interesses
próprios, é abominável a nós cristãos.
O homem e a mulher existem JUNTOS! Um sem o outro “NÃO É
BOM!” aos olhos de Deus! Gênesis 2.18.

INSPIRAÇÃO JUVENIL 2005-127 - QUEM INVENTOU O BOLO DE


CASAMENTO?
O homem deixa o seu pai e a sua mãe para se unir com a sua mulher,
e os dois se tornam uma só pessoa. Gênesis 2:24.
Sua presença é quase tão importante quanto à da noiva. Pode até
não haver uma grande festa. Mas ele estará lá para aumentar o clima
de comemoração e alegria. Há duas coisas que ninguém deixa de
fazer numa festa de casamento: cumprimentar os noivos e comer um
pedaço do bolo! A forma do bolo de casamento que conhecemos hoje
- com glacê, andares, enfeites e tudo o mais - saiu da cabeça dos
franceses. Entretanto, a história do bolo de casamento é mais antiga
que a própria França. Os romanos tinham o costume de partir uma
fina fatia de pão doce na cabeça da noiva, para garantir que ela
tivesse muitos filhos. Eles acreditavam que o trigo, o principal
ingrediente do pão, era um talismã que trazia prosperidade. Já na
Inglaterra medieval, os convidados para o casamento levavam
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pequenos bolos e colocavam sobre uma única mesa. Os noivos


tinham que se beijar por cima da pilha de doces. Assim, trariam sorte,
vida longa e muitos filhos. O costume mais dolorido, porém, era dos
escoceses, que fabricavam um bolo de madeira e... quebravam na
cabeça da noiva! E depois, enquanto a coitada via estrelinhas de
tanta dor, os convidados recolhiam os pedacinhos de madeira e
engoliam com um copo de uísque. Quando esta curiosa história foi
enviada por uma amiga do IAP, meu esposo, que divide comigo o
"delicioso bolo" de preparar estas inspirações, preferiu que eu
escrevesse sobre o bolo de casamento. Quando li esta história,
percebi que existia nela uma grande lição sobre a felicidade a dois.
Para que um casamento seja feliz, é preciso dividir o bolo da vida.
Partilhar os momentos bons e ruins, sem perder o respeito e o brilho
do amor. Mas essa divisão não é em duas partes, e sim em três: uma
para ele, uma para ela e outra para Jesus.

APELO
Viva a plenitude da IMAGEM e SEMELHANÇA com Deus dentro das
relações que Ele te deixou, seja consigo mesmo, com sua família,
com seus amigos, na Igreja e principalmente dentro do seu
CASAMENTO!

FONTE

Lição da Escola Sabatina, 2° Trimestre de 2022. Autor: Jacques B.


Doukhan. Casa publicadora Brasileira. Tatuí, SP, Brasil

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QUAIS OS DEVERES DA HUMANIDADE?
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TOPO

GÊNESIS 2.15

1. DEUS NOS DEU 3 PRESENTES


Assim que Deus criou o primeiro homem, ofereceu-lhe três
presentes:

ONDE VIVER
O jardim do Éden (Gênesis 2:8),

COMO VIVER
O alimento (Gênesis 2:16)

COM QUEM VIVER


E a mulher (Gênesis 2:22).

2. O QUE DEVEMOS FAZER COM ESTES 3 PRESENTES?

CULTIVAR E GUARDAR
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O primeiro dever do homem diz respeito ao ambiente natural em que


Deus o colocou: cultivar e guardar (Gênesis 2:15).
Cultivar e guardar: o local onde moramos, os alimentos que usamos,
e o cônjuge e o casamento no qual devemos viver pela vida toda.

FAZER PROSPERAR
O verbo ‘avad, “cultivar”, refere-se a trabalhar. Não basta receber um
dom, deve-se trabalhar nele e torná-lo frutífero, lição que Jesus
repetiu na parábola dos talentos (Mateus 25:14-30).
Prosperar o local onde estamos (seja a cidade, o país, o local de
trabalho, nossa Igreja local), os alimentos (prosperar para nós e para
nossos contemporâneos), e ajudar a prosperar nosso cônjuge em
sua carreira profissional, sonhos e desejos.

PRESERVAR
O verbo shamar, “guardar”, implica a responsabilidade de preservar
o que se recebeu.
Como o mundo seria melhor se preservássemos a todo preço nosso
casamento!

COMO VOCÊ TEM USADO OS TALENTOS QUE DEUS TE DEU?

INSPIRAÇÃO JUVENIL 1988-353 - Maria Slessor


E, a outro, no mesmo Espírito, dons de curar. 1 Coríntios 12:9.
Cem anos atrás, uma intrépida escocesa, Maria Slessor, ficou
famosa por todo o rio Calabar, na Nigéria, por seus dons de cura.
Com conhecimento adquirido pela leitura de livros de medicina, com
coragem e fé no Grande Médico, ela fazia milagres e salvava
centenas de vidas. Um dia o chefe de uma poderosa tribo em Okuri
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ficou gravemente doente. Seus escravos e esposas já estavam


acorrentados antes de sua morte, prontos para serem massacrados
no momento que ele parasse de respirar.
- Mande buscar a enfermeira branca - solicitou uma das esposas ao
chefe. - Ela tem um poderoso remédio.
- Irei com você amanhã de manhã - prometeu Maria ao mensageiro,
quando ele explicou a situação.
- Não - advertiu o mensageiro. - É uma jornada de oito horas. Os rios
estão em cheia, e muita lama cobre todo o caminho. Se ele morrer,
você morrerá.
- Apesar disso, devo ir - disse Maria fazendo seus preparativos. Uma
forte chuva caía quando Maria partiu. Seus sapatos logo estavam aos
pedaços e ela caminhava descalça pela água e pela lama. Ensopada
e suja de lama, ela chegou ao final da tarde em Okuri, para examinar
o chefe.
- Sinto como se meus ossos estivessem no fogo e um demônio
martelasse a minha cabeça - murmurou ele. Sua temperatura estava
altíssima e sua face escura estava com uma cor amarelada. Maria
não sabia o que havia de errado com ele. Então, fez uma rápida
oração pedindo ajuda, enquanto examinava sua bolsa de remédios.
Ela o tratou com uma mistura de aspirina e quinina, seguida de uma
dose de brometo. Então aguardou com ele toda aquela noite e o dia
seguinte. Ao final da tarde sua febre baixou.
- Deus ouviu nossas orações - contou Maria aos nativos. - Seu chefe
viverá.
Depois de três dias ela voltou para casa, feliz porque uma vez mais
tinha sido capaz de trazer cura e a mensagem do amor de Deus para
alguém necessitado.

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3. PARA PRESERVAR, COMO DEVEMOS LIDAR? – Com


moderação.
O segundo dever diz respeito ao alimento. Deus o deu aos seres
humanos (Gênesis 1:29) e disse: “você pode comer livremente”
(Gênesis 2:16). Os seres humanos não criaram as árvores, nem seus
frutos. Esses são dádivas, presentes da graça.
Mas há um mandamento aqui também: eles deveriam receber a
oferta divina e desfrutar “de toda árvore”, porém Deus adicionou uma
restrição: não deveriam comer de uma árvore em particular. Desfrutar
sem qualquer restrição levaria à morte. Esse princípio estava correto
no contexto do jardim do Éden e, em muitos aspectos, esse mesmo
princípio existe no presente.

4. QUAL SERÁ O RESULTADO DE TAL ATITUDE? – Tornar-me


alguém melhor!
O terceiro dever do homem diz respeito à mulher, o terceiro dom de
Deus: “o homem deixa pai e mãe e se une à sua mulher” (Gênesis
2:24). Essa declaração extraordinária destaca a responsabilidade
humana para com a aliança conjugal e o propósito de ser “uma só
carne”, ou seja, uma só pessoa (compare com Mateus 19:7-9).
A razão pela qual é o homem (e não a mulher) que deve deixar seus
pais pode ter a ver com o uso genérico do masculino na Bíblia;
portanto, talvez o mandamento se aplique também à mulher. Seja
como for, embora o vínculo do matrimônio seja um presente de Deus,
uma vez que tenha sido recebido, envolve a responsabilidade que
deve ser cumprida fielmente pelo homem e pela mulher.

INSPIRAÇÃO JUVENIL 1996-075 - Sobrevivência Mútua

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As plantas e animais se adaptam às pressões mútuas. Um biólogo


estava caminhando por uma estrada em Veracruz, México, quando
viu um besouro descer sobre um arbusto. Tão logo o besouro
pousava sobre o arbusto, era expulso pelas formigas. O biólogo
descobriu que o arbusto era uma moita de acácia cheia de formigas.
As formigas estavam protegendo seu domínio. Elas vivem do néctar
da acácia. Parece que as formigas também protegem essas acácias.
Fazem um buraco nos espinhos da acácia, escavam o interior do
espinho e ali constroem seu lar. A formiga rainha comanda sua
colônia de dentro desses espinhos ocos. As formigas conservam à
distância quaisquer insetos e predadores que poderiam se alimentar
de partes da acácia. Defendem a acácia e como resultado a planta
continua a viver e sobreviver. A escavação dos espinhos da acácia
não a prejudica. Assim as formigas e a acácia têm utilidade mútua. O
biólogo afastou uma colônia de formigas de algumas acácias no
México. Descobriu que as formigas não gostavam de nenhuma outra
vegetação e mornam. Gostavam somente do osso néctar xaroposo
que colhiam das extremidades da folha da acácia. As acácias
também morriam porque eram destruídas por outros insetos e
animais.
O casamento é uma benção porque ambos, homem e mulher, foram
feitos um para o outro, e um não deve existir sem o outro!

APELO
O melhor jeito de cumprir cada objetivo do Criador para cada um de
nós é sermos UM com Ele.
"A fim de que todos sejam um; e como és Tu, ó Pai, em Mim e Eu em
Ti, também sejam eles em nós para que o mundo creia que Tu Me
enviaste." S. João 17:21.
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FONTE

Lição da Escola Sabatina, 2° Trimestre de 2022. Autor: Jacques B.


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