SAO PAULO Manuais de Sinalização Urbana 05

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Companhia de Engenharia de Tráfego

MANUAL DE SINALIZAÇÃO URBANA

Semafórica
Critérios de projeto
Revisão 02

Volume 6
Parte II
Agosto - 2021
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

APRESENTAÇÃO

O Manual de Sinalização Urbana – Volume VI – Sinalização semafórica é composto de


3 Partes:
 Parte I – Critérios de implantação;
 Parte II – Critérios projeto;
 Parte III – Programação semafórica

A parte I contém as considerações gerais e critérios gerais para implantação dessa


sinalização; características gerais para o controle semafórico e critérios para remoção da
sinalização implantada.

Esta norma, Parte II, contém os critérios para elaboração de projetos de sinalização
semafórica e atende às disposições legais contidas no Anexo II do Código de Trânsito
Brasileiro, CTB e Resolução CONTRAN n.º 483/2014.

A Parte III – Programação, trata da programação de sinalização semafórica isolada de


tempo fixo, de sinalização semafórica isolada atuada e de sinalização semafórica em
rede em tempo fixo ou real.

Esta norma tem validade a partir de sua publicação sendo que as disposições que não
atendem a presente norma devem ser revistas, ou devidamente justificadas por estudos
de engenharia.

Rev.02 Apresentação - 1
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

SUMÁRIO

CAPÍTULO 1 – DISPOSIÇÕES GERAIS


1.1. Sinalização Semafórica
1.1.1. Prevalência da sinalização semafórica
1.1.2. Padronização
1.1.3. Uso de sinalização não prevista na legislação
1.1.4. Uso de sinalização não prevista neste Manual
1.1.5. Publicidade
1.2. Normas gerais de circulação e conduta e infrações
1.2.1. Relativa ao veículo automotor
1.2.2. Relativas à bicicleta
1.2.3. Relativas a pedestres
1.3. Classificação e tipos
1.3.1. Regulamentação
1.3.2. Advertência
1.4. Sinalização semafórica de regulamentação veicular: características e significado
1.4.1. Sinalização semafórica veicular
1.4.2. Sinalização semafórica veicular de direção controlada
1.4.3. Sinalização semafórica veicular de direção livre
1.4.4. Sinalização semafórica veicular de controle de acesso específico
1.4.5. Sinalização semafórica veicular de controle ou faixa reversível
1.5. Sinalização semafórica de regulamentação ciclista: características e significado
1.6. Sinalização semafórica de regulamentação pedestres: características e significado
1.7. Sinalização semafórica de advertência: características e significado
1.8. Botoeira sonora

Rev.02 Sumário - 1
MSU – Sinalização Semafórica

1.9. Calçadas
1.10. Fiação subterrânea
1.11. Considerações finais
1.11.1. O artigo 44-A do CTB dispõe:
1.11.2. Aprovação de projetos
1.11.3. Interação com outros aspectos da gestão de trânsito

CAPÍTULO 2 – CONCEITOS BÁSICOS


2.1. Semáforo
2.2. Interseção
2.3. Interseção semaforizada
2.4. Aproximação
2.5. Foco e grupo focal
2.5.1. Foco
2.5.2. Grupo focal (GF)
2.6. Elementos de sustentação
2.7. Linha de focos
2.8. Movimentos
2.8.1. Veicular, ciclistas e de pedestres
2.8.1.1. Movimentos veiculares (MV)
2.8.1.2. Movimentos de ciclistas (MC)
2.8.1.3. Movimentos de pedestres (MP)
2.8.2. Movimentos convergentes e divergentes
2.8.2.1. Movimentos convergentes
2.8.2.2. Movimentos divergentes
2.8.3. Movimentos interceptantes e não interceptantes
2.8.3.1. Movimentos interceptantes
2.8.3.2. Movimentos não interceptantes
2.8.4. Movimentos conflitantes e compatíveis
2.8.4.1. Movimentos conflitantes

Sumário - 2 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

2.8.4.2. Movimentos compatíveis


2.8.5. Análise de movimentos
2.9. Grupo de movimentos
2.10. Grupo semafórico
2.11. Tempo de vermelho de limpeza
2.12. Entreverdes
2.13. Intervalo luminoso
2.14. Estágio
2.15. Ciclo semafórico
2.16. Sequência de estágios
2.17. Diagrama de estágios
2.18. Diagrama de intervalos luminosos
2.19. Estágio veicular
2.20. Estágio de pedestres
2.21. Estágio dispensável
2.22. Estágio indispensável
2.23. Travessia de pedestres em paralelo – “em carona”
2.24. Travessia de pedestres não paralela – “não carona”
2.25. Controlador semafórico (controlador)
2.26. Anel
2.27. Conjugado ou interseção conjugada
2.28. Detector

CAPÍTULO 3 – CARACTERÍSTICAS
3.1. Componentes do Grupo focal (GF)
3.1.1. Foco
3.1.2. Cobre-foco (pestana)
3.1.3. Anteparo
3.2. Grupo focal de regulamentação
3.2.1. Formato e dimensões
3.2.2. Tipo e composição dos grupos focais

Rev.02 Sumário - 3
MSU – Sinalização Semafórica

3.2.2.1. Para veículos


3.2.2.2. De controle de pedestres
3.2.2.3. De controle de ciclistas
3.3. Grupo focal de advertência
3.3.1. Formato e dimensões das lentes
3.3.2. Tipo e composição das luzes
3.4. Elementos de sustentação – coluna e braço projetado
3.4.1. Tipos de colunas
3.4.1.1. Critérios de uso de coluna engastada com fiação aérea
3.4.1.2. Critérios de uso de coluna simples ou composta
3.4.2. Braço projetado
3.4.3. Fixação dos grupos focais
3.4.4. Altura livre dos grupos focais
3.4.5. Fundação das colunas
3.4.5.1. Colunas engastadas
3.4.5.2. Colunas em base
3.4.6. Afastamento lateral dos elementos à pista
3.5. Controlador
3.5.1. Características
3.5.2. Tipos de fixação
3.6. Detector veicular
3.6.1. Detecção por sistema intrusivo
3.6.1.1. Laços indutivos
3.6.1.1.1. Componentes
3.6.1.1.2. Identificação visual
3.6.1.2. Detector magnético
3.6.2. Detecção veicular – Overhead
3.6.3. De pedestres
3.6.3.1. Botoeira simples
3.6.3.2. Botoeira sonora

Sumário - 4 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

CAPÍTULO 4 – VISIBILIDADE DOS GRUPOS FOCAIS


4.1. Critérios de visibilidade para grupo focal veicular
4.1.1. Distância de visibilidade de parada
4.1.2. Visibilidade a partir da linha de retenção
4.1.2.1. Visibilidade no plano horizontal
4.1.2.2. Visibilidade no plano vertical
4.1.3. Distância mínima de visibilidade
4.1.4. Quantidade de grupos focais por grupo de movimentos veiculares
4.1.4.1. Movimentos veiculares em geral
4.1.4.2. Movimentos veiculares controlados com mensagem seta à
esquerda, à direita e direção em frente
4.1.4.3. Movimentos veiculares de direção livre
4.1.4.4. Movimentos veiculares de controle de faixa ou faixa reversível
4.2. Critérios de visibilidade para grupo focal de ciclistas
4.2.1. Distância de visibilidade de parada – X
4.2.2. Visibilidade a partir de linha de retenção
4.2.2.1. Visibilidade no plano horizontal
4.2.2.2. Visibilidade no plano vertical
4.2.3. Quantidade de grupos focais de ciclista por movimento
4.3. Critérios de visibilidade para grupo focal de pedestres
4.3.1. Quantidade de grupos focais por movimentos de pedestres
4.3.2. Visibilidade do grupo focal com LED

CAPÍTULO 5 – CRITÉRIOS DE LOCAÇÃO – GRUPO FOCAL VEICULAR DE


REGULAMENTAÇÃO
5.1. Critérios gerais de locação de grupos focais veiculares
5.1.1. Relação entre linha de retenção com a linha de focos
5.1.2. Posicionamento dos grupos focais
5.1.3. Regra de uso de grupo focal com mensagem seta
5.2. Padrão de locação dos grupos focais
5.3. Aplicação dos padrões de locação

Rev.02 Sumário - 5
MSU – Sinalização Semafórica

5.3.1. Pista com sentido único de circulação


5.3.2. Pista com sentido duplo de circulação
5.4. Padrão de locação em interseção sem continuidade física
5.5. Padrão de locação para movimentos de conversão à esquerda
5.5.1. Padrão de locação 1
5.5.2. Padrão de locação 2
5.5.3. Padrão de locação para interseção com corredor de ônibus à esquerda
5.6. Padrão de locação para movimento em frente, em interseção com movimento à
esquerda
5.7. Padrão de locação para movimentos de conversão à direita
5.8. Padrão de locação para movimentos de conversão à esquerda em interseção sem
continuidade física
5.9. Padrão de locação para movimentos de retorno à esquerda
5.10. Movimentos de direção livre
5.11. Casos particulares
5.11.1. Canteiro central com largura Lc > 6,00 m e
Distância entre duas linhas de focos: D < 30,00 m
5.11.2. Interferência
5.11.3. Interseções complexas
5.11.4. Distância da linha de retenção à linha de focos – D > 30,00 m
5.11.5. Curva vertical
5.11.6. Curva horizontal
5.11.7. Faixa reversível operacional
5.11.8. Local com registrador de imagem de infração de avanço de sinal vermelho

CAPÍTULO 6 – CRITÉRIOS DE LOCAÇÃO – GRUPO FOCAL DE CICLISTAS


6.1. Considerações gerais
6.2. Critérios
6.2.1. Interseção semaforizada com ciclovia ou ciclofaixa
6.2.2. Distância de visibilidade
6.2.3. Estágio específico para ciclista
6.2.4. Ciclofaixa – grupo focal veicular com visibilidade inadequada

Sumário - 6 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

6.2.5. Ciclista no contrafluxo veicular


6.2.6. Ciclovia sobre canteiro central, sem movimento longitudinal de pedestres
6.2.6.1. Cruzamento de ciclovia com movimento transversal de pedestres
6.2.6.2. Cruzamento de ciclovia com movimento de conversão e/ou
retorno, sem movimento transversal de pedestres
6.2.6.3. Cruzamento de ciclovia sem movimento de conversão e sem
movimento transversal de pedestres
6.2.7. Ciclovia sobre canteiro central ou junto a calçada onde ciclista se desloca
acompanhando o movimento de pedestres
6.2.8. Ciclofaixa partilhada com pedestre em canteiro central
6.2.9. Ciclofaixa partilhada com pedestre em calçada
6.2.10. Espaço compartilhado de pedestres e ciclistas em calçada ou canteiro
6.2.11. Travessia de ciclista transversal ao fluxo veicular
6.3. Botoeira
6.3.1. Ciclista utiliza botoeira do pedestre
6.3.2. Ciclista utiliza botoeira específica

CAPÍTULO 7 – CRITÉRIOS DE LOCAÇÃO – GRUPO FOCAL DE PEDESTRES


7.1. Critérios gerai de locação dos grupos focais
7.2. Critérios de locação de grupos focais de pedestres
7.2.1. Travessia dependente de estágio de pedestres
7.2.1.1. Via com duplo sentido de circulação sem canteiro central
7.2.1.2. Travessia em via com sentido duplo de circulação e canteiro
central – Lc < 1,30
7.2.1.3. Travessia em via com sentido duplo de circulação e canteiro
central – Lc  1,30 m
7.2.2. Travessia em carona, junto à linha de retenção em via com sentido único
de circulação, com ou sem canteiro central
7.2.3. Via com canteiro central e sentido duplo de circulação – Travessia sem
estágio de pedestres
7.2.4. Travessia em paralelo (carona) afastada da linha de retenção, em via com
sentido duplo de circulação com canteiro central ou ilha de canalização

Rev.02 Sumário - 7
MSU – Sinalização Semafórica

7.2.5. Travessia recuada em interseções


7.2.6. Travessia em diagonal
7.3. Botoeira de pedestres
7.3.1. Critérios de uso
7.3.2. Critérios de locação
7.3.3. Relacionamento com outra sinalização
7.3.3.1. Sinalização vertical indicativa:
7.3.3.2. Sinalização tátil
7.3.3.3. Iluminação da faixa
7.4. Botoeira de pedestres sonora
7.4.1. Critérios de uso
7.4.2. Critérios de locação
7.4.3. Relacionamento com outra sinalização e outras medidas
7.4.3.1. Sinalização vertical indicativa
7.4.3.2. Sinalização tátil e rebaixamento
7.4.3.3. Iluminação da faixa

CAPÍTULO 8 – CRITÉRIOS DE LOCAÇÃO – GRUPO FOCAL DE ADVERTÊNCIA


8.1. Aspectos gerais
8.2. Uso em grupo focal veicular de regulamentação
8.3. Uso como alerta de obstáculos
8.4. Outros usos

CAPÍTULO 9 – CRITÉRIOS DE LOCAÇÃO – CONTROLADOR


9.1. Critérios de locação
9.2. Recomendações de projeto

CAPÍTULO 10 – CRITÉRIOS DE LOCAÇÃO – DETECTOR VEICULAR


10.1. Tipos de uso
10.2. Recomendações gerais para locação
10.3. Detecção veicular – Sistema intrusivo
10.3.1. Laço indutivo

Sumário - 8 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

10.3.2. Detecção veicular – Detector magnético


10.4. Detecção veicular – Overhead
10.4.1. Videodetecção
10.4.2. Outras tecnologias de detecção veicular – Overhead

CAPÍTULO 11 – RELACIONAMENTO COM OUTRA SINALIZAÇÃO E


MEDIDAS COMPLEMENTARES
11.1. Sinalização horizontal
11.1.1. Linha de retenção
11.1.2. Linha de divisão de fluxos de sentidos opostos dupla contínua amarela
11.1.3. Linha de divisão de fluxos de mesmo sentido contínua branca – linha de
aproximação
11.1.4. Marcação de área de conflito
11.1.5. Setas direcionais e legenda “SÓ”
11.1.6. Legenda “SINAL A    m”
11.1.7. Faixa de travessia de pedestres
11.2. Sinalização vertical de advertência
11.2.1. Sinal – A-14 – “Semáforo à frente”
11.2.2. Sinal OA-14-1 - “Semáforo à frente” - Semáforo em implantação”
11.3. Sinalização vertical indicativa
11.3.1. Sinal ED-1c3 – “Nunca feche o cruzamento”
11.3.2. Sinal ED-4 – “Aguarde o verde – Semáforo de 3 fases
11.3.3. Sinal ED-3 – “Esquerda livre”
11.3.4. Sinal ED-4 – “Direita livre”
11.3.5. Sinal ED- 60 – Faixa livre”
11.3.6. Sinal ED-83 – “Semáforo ligado – Domingo   –   h”
11.3.7. Sinal ED-69 e ED-69h – “Na conversão prioridade sempre do pedestre –
Pictograma de pedestre na faixa”
11.3.8. Sinal ED-72 e ED-72h – “Prioridade na conversão – Pictograma de
pedestre e ciclista”
11.3.9. Sinal ED-77 – “Não atravesse – Inicie travessia – Termine a travessia”

Rev.02 Sumário - 9
MSU – Sinalização Semafórica

11.3.10. Sinal-ISA-3 – “Para atravessar aperte o botão”


11.3.11. Sinal ISA-3a – “Pictogramas pedestre e ciclista”
11.3.12. Sinal ED - 82 – “Pictogramas pedestre e ciclista”
11.4. Dispositivo de proteção contínua – Gradil
11.5. Rebaixamento de calçada e sinalização tátil
11.6. Canalização e ajuste geométrico

CAPÍTULO 12 – IDENTIFICAÇÃO DA SINALIZAÇÃO DEMAFÓRICA – ID


12.1. Sistema de manutenção de equipamentos Eletroeletrônicos – SMEE
12.2. Identificação Sinalização semafórica – ID
12.3. Procedimento para gerar a numeração ID
12.4. Relação do ID com a interseção semafórica

CAPÍTULO 13 – APRESENTAÇÃO DE PROJETOS


13.1. Projeto de sinalização semafórica
13.2. Procedimentos
13.3. Projeto funcional semafórico
13.4. Projeto funcional unifilar de subárea
13.5. Projeto funcional de Rede de Transmissão de Dados – RTD e Rede de
Transmissão de Dados e Imagem – RTDI
13.6. Projeto funcional de detector veicular
13.6.1. Elaboração de projeto
13.6.2. Projeto de laço detector indutivo
13.6.3. Projeto de outros tipos de detectores

Anexo I – Diagramação dos Pictogramas


Apêndice I – Representação gráfica
Equipe Técnica

Sumário - 10 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

CAPÍTULO 1
DISPOSIÇÕES GERAIS

Este capítulo trata dos principais aspectos legais que envolvem a sinalização semafórica.

1.1 Sinalização Semafórica


A sinalização semafórica está inclusa na classificação apresentada no artigo 87, inciso
IV do Código de Trânsito Brasileiro - CTB, e sua definição e características de cor, forma
e dimensões estão previstas no capítulo 4 do seu Anexo II.

Conforme disposições contidas no Anexo II do CTB e Resolução CONTRAN 483/2014,


esta sinalização está assim definida:

“A Sinalização semafórica é um subsistema da sinalização viária que se compõe de


indicações luminosas acionadas alternada ou intermitentemente, por meio de sistema
elétrico/eletrônico, cuja função é controlar os deslocamentos.

Tem a finalidade de transmitir diferentes mensagens aos usuários da via pública,


regulamentando o direito de passagem ou advertindo sobre situações especiais nas vias.”

Destacamos os principais aspectos gerais referentes a esta sinalização:

1.1.1. Prevalência da sinalização semafórica


As indicações do semáforo prevalecem sobre os demais sinais e regras de trânsito, só
deixando de prevalecer frente às das ordens dos agentes de trânsito, conforme
estabelece o artigo 89 do CTB.

Rev.02 Capítulo 1 - 1
MSU – Sinalização Semafórica

1.1.2. Padronização
A uniformização e padronização da “Sinalização semafórica” está disciplinada no Manual
Brasileiro de Sinalização de Trânsito - MBST –Volume V - Sinalização semafórica,
aprovado pela Resolução CONTRAN n. º 483/2014.

Neste Manual são apresentadas, para a sinalização semafórica, considerações gerais e


critérios gerais para implantação e remoção dessa sinalização; características gerais
para o controle semafórico e os elementos da programação semafórica.

1.1.3. Uso de sinalização não prevista na legislação


Temos pelo CTB, as seguintes disposições:

“Art. 80. Sempre que necessário, será colocada ao longo da via, sinalização prevista
neste Código e em legislação complementar, destinada a condutores e pedestres,
vedada a utilização de qualquer outra.

§ 1º A sinalização será colocada em posição e condições que a tornem perfeitamente


visível e legível durante o dia e a noite, em distância compatível com a segurança do
trânsito, conforme normas e especificações do CONTRAN.

§ 2º O CONTRAN poderá autorizar, em caráter experimental e por período prefixado, a


utilização de sinalização não prevista neste Código. ”

A Resolução CONTRAN n. º 483/2014, detalha que a utilização de focos com formas


e/ou sinais diferentes dos previstos nas suas Tabelas 3.1 e 3.2, em caráter experimental,
só será admitida mediante autorização expressa do CONTRAN.

O uso de sinais não previstos, em caráter definitivo, somente pode ocorrer após a devida
regulamentação pelo CONTRAN.

Capítulo 1 - 2 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

1.1.4. Uso de sinalização não prevista neste Manual


Para eventual uso de sinalização não prevista neste Manual, em projetos de Sinalização
Semafórica devem ser realizados estudos de engenharia específicos e aprovados pela
área competente e responsável.

1.1.5. Publicidade
É proibido afixar qualquer tipo de publicidade que possa concorrer, diminuir ou dificultar
sua visibilidade, conforme os artigos do CTB abaixo transcritos:

“Art. 81. Nas vias públicas e nos imóveis é proibido colocar luzes, publicidade, inscrições,
vegetação e mobiliário que possam gerar confusão, interferir na visibilidade da
sinalização e comprometer a segurança do trânsito.

“Art. 82. É proibido afixar sobre a sinalização de trânsito e respectivos suportes, ou


junto a ambos, qualquer tipo de publicidade, inscrições, legendas e símbolos que não
se relacionem com a mensagem da sinalização. ”

“Art. 84. O órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a via poderá retirar ou
determinar a imediata retirada de qualquer elemento que prejudique a visibilidade da
sinalização viária e a segurança do trânsito, com ônus para quem o tenha colocado. ”

1.2 Normas gerais de circulação e conduta e infrações


As principais normas e respectivas infrações previstas no CTB, relacionadas à
sinalização semafórica, são:

1.2.1. Relativas ao veículo automotor

a) O desrespeito à indicação luminosa vermelha do semáforo constitui infração de


natureza gravíssima, prevista no artigo 208 do CTB.
b) Também é obrigação do condutor evitar entrar na área de cruzamento mesmo que a

Rev.02 Capítulo 1 - 3
MSU – Sinalização Semafórica

indicação luminosa lhe seja favorável, quando não tiver condições de completar o
percurso, obstruindo ou impedindo a passagem do trânsito transversal, artigo 45,
sendo o desrespeito a esta regra, infração de natureza média, prevista no artigo 182,
inciso VI, ambos do CTB.

c) É proibido ao condutor parar o veículo sobre a faixa de pedestres na mudança do sinal


luminoso, constituindo infração de natureza média, prevista no artigo 183 do CTB.

d) O condutor do veículo deve conceder direito de preferência de passagem ao pedestre


e ao veículo não motorizado, o que inclui a bicicleta conforme artigo 214 do CTB:

“Art. 214. Deixar de dar preferência de passagem a pedestre e a veículo não


motorizado:
I - que se encontre na faixa a ele destinada;
II - que não haja concluído a travessia mesmo que ocorra sinal verde para o veículo;
(...)
IV - quando houver iniciado a travessia mesmo que não haja sinalização a ele
destinada;
V - que esteja atravessando a via transversal para onde se dirige o veículo. ”

1.2.2. Relativas à bicicleta


Com relação a circulação de bicicleta na via pública temos:

a) A bicicleta é um veículo, conforme disposto no artigo 96 do CTB, que a estabelece


como veículo de propulsão humana da espécie passageiros, definida no seu Anexo
I, como sendo:
“BICICLETA - veículo de propulsão humana, dotado de duas rodas, não sendo, para
efeito deste Código, similar à motocicleta, motoneta e ciclomotor. ”

b) O ciclista desmontado empurrando a bicicleta equipara-se ao pedestre, nos termos


do artigo 68, § 1º do CTB, sendo que nas situações em que o ciclista se movimenta
como um pedestre, ele deve realizar seu movimento desmontado.

Capítulo 1 - 4 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

c) A circulação de bicicleta sobre passeio com o ciclista montado é permitida desde que
no local ou trecho de via seja regulamentado com sinalização específica conforme
artigo 59 do CTB.

d) O ciclista quando se desloca em ciclofaixas partilhadas ou compartilhadas com


pedestre, em passeio ou canteiro deve se deslocar sem colocar em risco a segurança
dos pedestres, conforme disposições contidas no artigo 29, § 2º combinado com o
artigo 68 do CTB.

e) Em interseção semaforizada, quando o ciclista se movimenta orientado pelo grupo


focal de pedestres, com sinalização educativa, contendo os pictogramas de pedestre
e ciclista, que informa se tratar de um grupo focal destinado a ambos, conforme item
2 do MBST- Volume III – Sinalização Vertical de Indicação, e no sentido do que
estabelece o artigo 80 do CTB, o ciclista deve obedecer às indicações luminosas
conjuntamente com o pedestre.

f) Nas demais interseções semaforizadas de ciclovia ou ciclofaixa, o ciclista deve


respeitar o grupo focal veicular normal ou foco específico quando existir.

1.2.3. Relativas a pedestres


As regras de aplicação da sinalização semafórica de regulamentação destinada a
pedestres são:

a) O pedestre para cruzar a pista de rolamento, conforme artigo 69 do CTB, “tomará


precauções de segurança, levando em conta, principalmente, a visibilidade, a
distância e a velocidade dos veículos, utilizando sempre as faixas ou passagens a
ele destinadas sempre que estas existirem numa distância de até cinquenta metros
dele, observadas as seguintes disposições:
I - onde não houver faixa ou passagem, o cruzamento da via deverá ser feito em
sentido perpendicular ao de seu eixo;
II - para atravessar uma passagem sinalizada para pedestres ou delimitada por
marcas sobre a pista:

Rev.02 Capítulo 1 - 5
MSU – Sinalização Semafórica

a) onde houver foco de pedestres, obedecer às indicações das luzes;


b) onde não houver foco de pedestres, aguardar que o semáforo ou o agente de
trânsito interrompa o fluxo de veículos;

b) Ainda no que se refere a travessia de pedestres, o artigo 70 do CTB estabelece:


“Os pedestres que estiverem atravessando a via sobre as faixas delimitadas para
esse fim, terão prioridade de passagem, exceto nos locais com sinalização
semafórica, onde deverão ser respeitadas as disposições deste Código.
Parágrafo único. Nos locais em que houver sinalização semafórica de controle de
passagem será dada preferência aos pedestres que não tenham concluído a
travessia, mesmo em caso de mudança do semáforo liberando a passagem dos
veículos. ”

1.3 Classificação e tipos

De acordo com o Anexo II do CTB e MBST – Volume V - Sinalização semafórica,


Resolução CONTRAN n. º 483/2014, a sinalização semafórica pode ser de:

1.3.1. Regulamentação
“Tem a função de efetuar o controle do trânsito numa interseção ou seção de via, através
de indicações luminosas, alternando o direito de passagem dos vários fluxos de veículos
e/ou pedestres. ”

A sinalização semafórica de regulamentação pode ser destinada para:


● Veículo;
● Ciclista;
● Pedestres.

1.3.2. Advertência
“Tem a função de advertir sobre a existência de obstáculo ou situação perigosa, devendo
o condutor reduzir a velocidade e adotar as medidas de precaução compatíveis com a
segurança para seguir adiante. ”

Capítulo 1 - 6 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

1.4 Sinalização semafórica de regulamentação veicular: características e


significado
De acordo com o Anexo II do CTB e MBST – Volume V - Sinalização semafórica,
Resolução CONTRAN n. º 483/2014 temos:

A sinalização semafórica de regulamentação pode ser dos seguintes tipos:


● Veicular;
● Veicular de direcional;
● Veicular de direção livre;
● Veicular de controle de acesso;
● Veicular de faixa reversível.

1.4.1. Sinalização semafórica veicular


O grupo focal veicular possui três indicações luminosas: vermelha, amarela e verde,
dispostas nesta ordem, de cima para baixo quando vertical, e da esquerda para a direita
quando horizontal. Pode-se, também, utilizar grupo focal composto de dois focos
vermelhos, um amarelo e um verde, dispostos verticalmente.

Tabela 1.1

COR SINAL SIGNIFICADO AÇÃO DO USUÁRIO DA VIA

Indica a proibição do Obrigatoriedade do condutor em parar o


Vermelha
direito de passagem. veículo.

O condutor deve parar o veículo salvo se


Indica o término do direito
Amarela não for possível imobilizá-lo em condições
de passagem.
de segurança.

O condutor tem a permissão de iniciar ou


prosseguir em marcha, podendo efetuar os
Indica a permissão do
Verde movimentos de acordo com a indicação
direito de passagem.
luminosa e observar as normas de
circulação e conduta.

Rev.02 Capítulo 1 - 7
MSU – Sinalização Semafórica

1.4.2. Sinalização semafórica veicular de direção controlada


O grupo focal veicular direcional possui três indicações luminosas: vermelha com seta,
amarela com ou sem seta e verde com seta, dispostas nesta ordem, de cima para baixo
quando vertical, e da esquerda para a direita quando horizontal.

Pode-se, também, utilizar grupo focal composto de dois focos vermelhos com seta, um
amarelo com ou sem seta e um verde com seta, dispostos verticalmente. Deve ser
utilizado, apenas, nas aproximações em que há períodos de verde distintos para
diferentes movimentos. As setas devem ser orientadas ou para cima, ou para a direita ou
para a esquerda.

Tabela 1.2

COR SINAL SIGNIFICADO AÇÃO DO USUÁRIO DA VIA

Indica a proibição do direito


de passagem de acordo Obrigatoriedade do condutor em parar
Vermelha com a direção e sentido da o veículo de acordo com a indicação
seta apresentada na luminosa.
indicação luminosa.

Indica término do direito de O condutor deve parar o veículo salvo


Amarela passagem em semáforo se não for possível imobilizá-lo em
direcional. condições de segurança.

Indica a permissão do
O condutor tem a permissão de iniciar
direito de passagem, de
ou prosseguir em marcha, podendo
acordo com a direção e
Verde efetuar os movimentos de acordo com
sentido da seta
a indicação luminosa e observar as
apresentada na indicação
normas de circulação e conduta.
luminosa.

Capítulo 1 - 8 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

1.4.3. Sinalização semafórica veicular de direção livre


O grupo focal veicular direção livre é constituído somente pelo foco verde com seta. A seta
deve ser orientada ou para cima, ou para a direita ou para a esquerda.

A indicação luminosa tem o mesmo significado e ação do usuário prevista para o verde seta
da Tabela 1.2.

Figura 1.1.

1.4.4. Sinalização semafórica veicular de controle de acesso específico


O grupo focal veicular “controle de acesso específico”, possui focos vermelho e verde,
dispostos nesta ordem, de cima para baixo quando vertical, e da esquerda para a direita
quando horizontal, para uso exclusivo em controles do tipo praças de pedágio e balsa.

As indicações luminosas têm o mesmo significado e ação do usuário previstos na Tabela 1.1.

Figura 1.2.

1.4.5. Sinalização semafórica veicular controle ou faixa reversível


O grupo focal veicular controle ou faixa reversível é formado por um foco vermelho com
símbolo “X” e por um foco verde com seta orientada para baixo, dispostos nesta ordem,
da esquerda para a direita, na posição horizontal. No caso de semáforos de LED pode
ser utilizado um foco único para mostrar as duas indicações.

Rev.02 Capítulo 1 - 9
MSU – Sinalização Semafórica

Tabela 1.3

COR SINAL SIGNIFICADO AÇÃO DO USUÁRIO DA VIA

Indica, por meio do símbolo


O condutor não deve circular pela
Vermelha “X”, a proibição de circular na
faixa sinalizada.
faixa sinalizada.

Permite a circulação na faixa O condutor tem a permissão de


Verde
indicada pela seta. circular pela faixa sinalizada.

1.5 Sinalização semafórica de regulamentação ciclista: características e


significado

Os grupos focais de ciclistas são compostos por focos vermelho, amarelo e verde, com
os pictogramas respectivos, dispostos nesta ordem, de cima para baixo, na posição
vertical conforme dispõe o Anexo II do CTB e MBST – Volume V - Sinalização semafórica,
Resolução CONTRAN n. º 483/2014.

Tabela 1.4

COR SINAL SIGNIFICADO AÇÃO DO USUÁRIO DA VIA

Indica para o ciclista a


Obrigatoriedade do ciclista em
Vermelha proibição do direito de
parar o veículo.
passagem.

O condutor deve parar o veículo


Indica o término do direito de salvo se não for possível
Amarela
passagem. imobilizá-lo em condições de
segurança.

Indica para o ciclista a


O ciclista tem a permissão de
Verde permissão do direito de
iniciar ou prosseguir em marcha.
passagem.

Capítulo 1 - 10 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

1.6 Sinalização semafórica de regulamentação pedestre: características e


significado
Os grupos focais de pedestres são compostos por focos vermelho e verde, com os
pictogramas respectivos, dispostos nesta ordem, de cima para baixo, na posição vertical,
de acordo com o MBST – Vol. V - Sinalização semafórica, Res. CONTRAN n. º 483/2014.

Tabela 1.5

COR SINAL SIGNIFICADO AÇÃO DO USUÁRIO DA VIA

Indica para o pedestre a O pedestre não deve iniciar a


Vermelha
proibição da travessia. travessia.

O pedestre não deve iniciar a


Indica para o pedestre o
travessia. O pedestre que já
término do direito de iniciar a
iniciou a travessia no tempo de
travessia. Sua duração deve
Vermelha verde deve conclui-la, atentando
(intermitente) permitir a conclusão das
para o fato de que os veículos
travessias iniciadas no
estão prestes a receber indicação
tempo de verde.
luminosa verde.

Indica para o pedestre a


O pedestre tem a permissão de
Verde permissão do direito de
iniciar a travessia.
travessia.

1.7 Sinalização semafórica de advertência: características e significado


Conforme Anexo II do CTB e MBST – Vol V - Sinalização semafórica, Res CONTRAN n.º
483/2014, temos que:

“Os grupos focais utilizados na sinalização semafórica de advertência devem ser


formados por um ou dois focos amarelos em funcionamento intermitente. O foco deve
piscar de um em um segundo (frequência de 1Hz) e na proporção aceso/apagado na
faixa de 30 a 50% (lâmpada acesa).”

“No caso de grupo focal de regulamentação, admite-se o uso isolado da indicação luminosa
em amarelo intermitente, em determinados horários e situações específicas. Fica o condutor
do veículo obrigado a reduzir a velocidade e respeitar o disposto no art. 29, inc. III, alínea C.”

Rev.02 Capítulo 1 - 11
MSU – Sinalização Semafórica

Tabela 1.6

COR SINAL SIGNIFICADO AÇÃO DO USUÁRIO DA VIA

Adverte da existência de O condutor deve reduzir a


Amarela
situação perigosa ou velocidade e observar as normas
(intermitente)
obstáculo. de circulação e conduta.

1.8 Botoeira sonora


A Lei 10.098 de19 de dezembro de 2000 na sua atual redação prevê:
“Art. 9o Os semáforos para pedestres instalados nas vias públicas deverão estar
equipados com mecanismo que emita sinal sonoro suave, intermitente e sem estridência,
ou com mecanismo alternativo, que sirva de guia ou orientação para a travessia de
pessoas portadoras de deficiência visual, se a intensidade do fluxo de veículos e a
periculosidade da via assim determinarem.

Parágrafo único. Os semáforos para pedestres instalados em vias públicas de grande


circulação, ou que deem acesso aos serviços de reabilitação, devem obrigatoriamente
estar equipados com mecanismo que emita sinal sonoro suave para orientação do
pedestre.

A Resolução n. º 704/2017 estabelece os padrões e critérios para sinalização semafórica


com sinal sonoro para travessia de pedestres com deficiência visual.

1.9 Calçadas
A configuração e uso das calçadas é determinada por um conjunto de legislação e
normas técnicas.

A NBR 9050 que trata da acessibilidade é incorporada na legislação da cidade de São


Paulo, especialmente no Decreto Nº 59.671, de 2020 que consolida os critérios para a
padronização das calçadas, regulamentando e incorporando conteúdos e princípios de
estatutos, leis específicas e gerais que contém disposições sobre elas.

Capítulo 1 - 12 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

Neste decreto a calçada é subdivida em 3 faixas longitudinais, a faixa de serviço, a faixa


livre e a faixa de acesso, formatadas em função da calçada em questão, Figura 1.3.

A faixa livre é exclusiva para circulação de pedestres e tem largura – L - mínima de 1,20m.

A faixa de acesso, junto ao imóvel lindeiro ou no limite da via pode não existir e não deve
ser utilizada para colocação de sinalização.

Figura 1.3

A faixa de serviço destinada a acomodar o mobiliário urbano, a vegetação, os postes de


iluminação e a sinalização. A sinalização semafórica deve, incluídas as colunas, projeção
dos grupos focais e o controlador ser instalada somente nesta faixa.

Mesmo na faixa de acesso, a sinalização semafórica não pode ser instalada onde a guia
é rebaixada, seja para automóveis, seja para acessibilidade nas travessias, ou junto a
vagas de estacionamentos especiais.

Devem ser observados na colocação da sinalização semafórica, quando for o caso, os


critérios de “adaptabilidade” e “adaptabilidade razoável” previstos na NBR 9050 e
descritos na norma de Rebaixamento de calçada.

Rev.02 Capítulo 1 - 13
MSU – Sinalização Semafórica

A execução de calçadas novas ou reconstruídas devem obedecer a legislação vigente


em especial o Decreto nº 59.671, de 2020 e demais procedimentos administrativos
obrigatórios.

A colocação de piso tátil na faixa livre da calçada deve obedecer às normas específicas.
No caso de elementos suspensos de sinalização semafórica que tenham altura livre entre
0,60 e 2,10m, implantados em locais onde a faixa livre não consegue ser claramente
caracterizada, o piso tátil de alerta deve ser implantado conforme normas ABNT e
decretos supracitados. Os referidos elementos quando implantados na faixa de serviço
da calçada onde não ocorre sobreposição com a faixa livre ou de acesso, o piso tátil de
alerta pode ser dispensado.

1.10 Fiação subterrânea


A fiação e cabeamento dos semáforos deve ser subterrânea, conforme a diretriz da Lei
n. º 14.023 de 2005 que trata da obrigatoriedade de tornar subterrâneo todo cabeamento
do Município de São Paulo, no sentido da proposta do Programa de Enterramento da
Rede Aérea - PERA definido nos termos do Decreto nº 47.817 de 2006.

As instalações aéreas, além de serem mais vulneráveis por estarem expostas, trazem
uma série de problemas. Acidentes com veículos, descargas elétricas, interferência com
a vegetação, manutenção arriscada, facilidade nas ligações clandestinas e interferência
de campos elétricos entre outros, especialmente os aspectos estéticos que degradam o
espaço urbano.

A fiação e cabeamento dos semáforos deve seguir a diretriz de conversão de todas as


redes aéreas existentes em subterrâneas e a instalação de todas as novas redes no
subsolo.

Em caráter excepcional, o cabeamento e rede dos semáforos pode ser aérea, desde que
comprovada a absoluta impraticabilidade da execução de rede subterrânea.

Capítulo 1 - 14 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

1.11 Considerações finais

1.11.1 O artigo 44-A do CTB dispõe:


“É livre o movimento de conversão à direita diante de sinal vermelho do semáforo onde
houver sinalização indicativa que permita essa conversão, observados os artigos 44, 45
e 70 deste Código. ”

Tal dispositivo deve ser regulamentado pelo CONTRAN e em seguida verificada a


necessidade de sua utilização no Município de São Paulo.

1.11.2 Aprovação de projetos


Todo projeto que envolva sinalização semafórica, antes de ser finalizado, deve ser
previamente analisado pelas áreas específicas da SSI e SET.

1.11.3 Interação com outros aspectos da gestão de trânsito.


A implantação de sinalização semafórica bem como de outras medidas de engenharia
por si só, nem sempre resultam na mudança pretendida no comportamento dos usuários
da via.

A sinalização semafórica deve compor o conjunto de ações da gestão de trânsito,


integrando-se as demais ferramentas de promoção de comportamentos adequados,
como as ações de educação quanto ao correto uso do espaço viário, fiscalização, e
demais sinalizações, considerando todos os seus usuários: pedestres, ciclistas e
condutores dos demais veículos.

Rev.02 Capítulo 1 - 15
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

CAPÍTULO 2
CONCEITOS BÁSICOS

2.1. Semáforo
Semáforo é o conjunto de elementos físicos e funcionais que determina, através de
indicações luminosas, de forma alternada ou intermitente, o direito de passagem de
veículos e pedestres num determinado local onde há conflito de movimentos, ou advertir
sobre a presença de situações na via que possam comprometer a segurança dos
usuários.

2.2. Interseção
“É todo cruzamento em nível, entroncamento ou bifurcação, incluindo as áreas formadas
por tais cruzamentos, entroncamentos ou bifurcações. ” (Anexo I do CTB).

2.3. Interseção semaforizada


Interseção semaforizada é aquela que se utiliza de semáforo como sinalização para
alternar o direito de passagem dos vários movimentos de veículos e/ou pedestres e
advertir da existência de obstáculo ou situação perigosa.

2.4 Aproximação
Aproximação é um trecho de via onde os veículos se aproximam de uma interseção em
nível, Figura 2.1, ou seção de pista, Figura 2.2.

Rev.02
Capítulo 2 - 1
MSU – Sinalização Semafórica

Figura 2.1

Figura 2.2

Capítulo 2 - 2 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

2.5. Foco e grupo focal

2.5.1. Foco
Elemento que emite a indicação luminosa colorida, responsável pelas funções de
regulamentação ou advertência da sinalização semafórica, Figura 2.3.

Figura 2.3

2.5.2. Grupo focal (GF)


Conjunto de focos, com uma determinada composição de cores, que são acionadas
alternada ou intermitentemente.

a) Grupo focal de regulamentação

Emite as indicações luminosas que, de forma alternada, controla o direito de passagem


de veículos e pedestres num determinado local, conforme Figura 2.4.

Veicular Pedestre Ciclista


Figura 2.4

Rev.02
Capítulo 2 - 3
MSU – Sinalização Semafórica

b) Grupo focal de advertência

É o grupo focal que emite a indicação luminosa que adverte sobre a presença de
situações perigosa ou obstáculo na via que possam comprometer a segurança dos
usuários, Figura 2.5.

Figura 2.5

2.6. Elementos de sustentação


Elementos de sustentação têm a função de sustentar os grupos focais e demais
equipamentos semafóricos. Como exemplo temos: as colunas, braços projetados,
cordoalhas e pórticos. A Figura 2.6, apresenta uma coluna com braço projetado.

Figura 2.6

Capítulo 2 - 4 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

2.7. Linha de focos


Linha imaginária definida pelo alinhamento dos grupos focais de um determinado grupo,
movimentos veiculares e ciclistas, perpendicular ao movimento de aproximação, Figura 2.7.

Em intersecções esconsas uma mesma linha de foco pode estar deslocada, Figura 2.8,
podendo ser ajustada as características do local, Figura 2.9. Esta definição não se aplica aos
grupos focais de pedestres.

Figura 2.7

Rev.02
Capítulo 2 - 5
MSU – Sinalização Semafórica

Figura 2.8

Figura 2.9

Capítulo 2 - 6 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

2.8. Movimentos

2.8.1. Veicular, ciclistas e de pedestres

2.8.1.1. Movimentos veiculares (MV):

Movimentos veiculares são fluxos veiculares que possuem a mesma origem e destino.

O movimento veicular é representado graficamente por uma linha cheia com uma seta,
indicando a direção e o sentido do movimento. No exemplo da Figura 2.10, estes
movimentos são MV1, MV2, MV3 e MV4.

Figura 2.10

Rev.02
Capítulo 2 - 7
MSU – Sinalização Semafórica

2.8.1.2. Movimentos de ciclistas (MC):

Para efeitos deste Manual, movimentos de ciclistas são fluxos de bicicletas em ciclovia
ou ciclofaixa que possuem a mesma origem e mesmo destino.

O movimento de ciclista é representado graficamente por linha pontilhada com uma seta,
indicando a direção e o sentido do movimento. No exemplo da Figura 2.11, estes
movimentos são MC1 e MC2.

Figura 2.11

Capítulo 2 - 8 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

2.8.1.3. Movimentos de pedestres (MP)

São fluxos de pedestres que possuem a mesma direção, independentemente do sentido,


em travessias de pedestres sinalizadas.

São representados graficamente por uma linha tracejada, com dupla seta, indicando a
direção e os dois sentidos. No exemplo da Figura 2.12, estes movimentos são MP1, MP2,
MP3 e MP4.

Figura 2.12

Rev.02
Capítulo 2 - 9
MSU – Sinalização Semafórica

2.8.2. Movimentos convergentes e divergentes

2.8.2.1. Movimentos convergentes:

Movimentos veiculares que possuem origens diferentes e mesmo destino, numa


aproximação. No exemplo da Figura 2.13, estes movimentos estão indicados por: MV1-
MV3; MV2-MV4-MV5; MV6-MV7.

Figura 2.13

2.8.2.2. Movimentos divergentes:

São movimentos veiculares que têm a mesma origem e destinos diferentes, numa
aproximação. No exemplo da Figura 2.14, estes movimentos estão indicados por: MV1-
MV4; MV2-MV3-MV7; MV5-MV6.

Figura 2.14

Capítulo 2 - 10 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

2.8.3. Movimentos interceptantes e não interceptantes

2.8.3.1. Movimentos interceptantes:

São movimentos que têm origem em aproximações diferentes e que se cruzam em algum
ponto da área de conflito.

A Figura 2.15 apresenta um exemplo de aplicação.

Figura 2.15

Rev.02
Capítulo 2 - 11
MSU – Sinalização Semafórica

2.8.3.2. Movimentos não interceptantes:

Movimentos não interceptantes são aqueles cujas trajetórias não se cruzam em nenhum
ponto da área de conflito.

A Figura 2.16 apresenta um exemplo onde o movimento MV2 não intercepta o movimento
MC1.

Figura 2.16

Capítulo 2 - 12 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

2.8.4. Movimentos conflitantes e compatíveis

2.8.4.1. Movimentos conflitantes:

Dois ou mais movimentos são considerados conflitantes ou incompatíveis quando eles


não podem transitar simultaneamente pela interseção ou seção de pista de forma segura.

A Figura 2.17 apresenta um exemplo onde o movimento MV1 conflita com os movimentos
MV2 e MC1.

Figura 2.17

Rev.02
Capítulo 2 - 13
MSU – Sinalização Semafórica

2.8.4.2. Movimentos compatíveis:

Dois ou mais movimentos são considerados compatíveis quando podem circular pela
interseção, simultaneamente, de forma segura, conforme exemplos da Figura 2.18.

Figura 2.18

Movimentos interceptantes podem ser compatíveis quando eles podem circular pela
interseção, simultaneamente, de forma segura, em função de fatores que dependem das
características de cada local, tais como: condições de visibilidade entre veículos e
veículos-pedestres, composição e volume de fluxos, existência de brechas, e outras. A
Figura 2.19 apresenta um exemplo de movimentos interceptantes que podem ser
compatíveis, MV4 e MV1.

Figura 2.19

Capítulo 2 - 14 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

2.8.5. Análise de Movimentos


A análise é realizada em duas etapas:

 A primeira analisa todos os movimentos com o objetivo de identificar aqueles que


são interceptantes, conforme exemplos das Figuras 2.20 e 2.21.

 A segunda analisa as características de cada local, tais como: condições de


visibilidade entre veículos e veículos-pedestres, composição e volume de fluxos,
existência de brechas, largura de via, caixa de acomodação, geometria, topografia e
outras, com o objetivo de agrupar o maior número possível de movimentos
interceptantes que podem ter direito de passagem simultâneo de forma segura.

Exemplo 1 - Cruzamento da Rua A x Rua B

Figura 2.20

Rev.02
Capítulo 2 - 15
MSU – Sinalização Semafórica

Exemplo 2 - Cruzamento da Rua A x Rua B

Figura 2.21

Capítulo 2 - 16 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

2.9. Grupo de movimentos


Grupo de movimentos é um conjunto de movimentos de uma mesma aproximação
semaforizada que possuem direitos de passagem simultâneos.

Na Figura 2.22 temos:


Grupo de Movimento 1 – conjunto formado pelos movimentos MV1 e MV2;
Grupo de Movimento 2 – conjunto formado pelos movimentos MV3 e MV4.

Figura 2.22

Rev.02
Capítulo 2 - 17
MSU – Sinalização Semafórica

2.10. Grupo semafórico


Grupo Semafórico é um conjunto de grupos focais (GF), destinados a um ou mais
movimentos que têm direito de passagem simultâneo e que emitem indicações luminosas
idênticas, ou seja, grupo semafórico é um conjunto de grupos de movimentos que sempre
têm direito de passagem concomitante.

O Grupo Semafórico é representado pela letra G, seguido de um número, Figura 2.23.


Usualmente, a denominação do Grupo Semafórico ao qual pertence o movimento
principal é denominado G1.

Figura 2.23

Capítulo 2 - 18 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

A Figura 2.24 mostra um exemplo em que um grupo de movimento que determina um


grupo semafórico onde temos:

Grupo de Movimento 1 – conjunto formado pelos movimentos MV1 e MV2;


Grupo de Movimento 2 – conjunto formado pelos movimentos MV3 e MV4;
Grupo de Movimento 3 – conjunto formado pelo movimento MP1;
Grupo de Movimento 4 – conjunto formado pelo movimento MP2.

Grupo Semafórico G1 – conjunto formado pelo Grupo de movimento 1;


Grupo Semafórico G2 – conjunto formado pelo Grupo de movimento 2;
Grupo Semafórico G3 – conjunto formado pelo Grupo de movimento 3;
Grupo Semafórico G4 – conjunto formado pelo Grupo de movimento 4.

Figura 2.24

Rev.02
Capítulo 2 - 19
MSU – Sinalização Semafórica

A Figura 2.25 ilustra um exemplo em que um Grupo Semafórico é formado por 2 grupos
de movimento, assim um grupo de movimentos é atendido por um único grupo
semafórico, mas a recíproca não é verdadeira, um grupo semafórico pode atender a mais
de um grupo de movimentos onde temos:

Grupo de Movimento 1 – conjunto formado pelos movimentos MV1 e MV2;


Grupo de Movimento 2 – conjunto formado pelos movimentos MV3 e MV4;
Grupo Semafórico G1 – conjunto formado pelos Grupos de movimentos 1 e 2.

Figura 2.25

Capítulo 2 - 20 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

2.11. Tempo de vermelho de limpeza


É o intervalo de tempo entre o final do amarelo ou do vermelho intermitente de um grupo
semafórico que perdeu o direito de passagem e o início do verde do último grupo
semafórico a ganhar o direito de passagem no estágio subsequente.

O vermelho de limpeza, aqui definido, é equivalente à expressão “vermelho geral”,


definida no Volume V do Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito – Sinalização
Semafórica, aprovado pela Resolução 483 de 09/04/2014.

2.12. Entreverdes
É o período de transição entre os grupos semafóricos que perdem o direito de passagem
para os grupos semafóricos que ganham o direito de passagem.

No caso de grupos semafóricos veiculares, o entreverdes compõe-se do tempo de


amarelo seguido do tempo de vermelho de limpeza.

No caso de grupos semafóricos de pedestres, o entreverdes consiste no tempo de


vermelho intermitente seguido do tempo de vermelho de limpeza.

2.13. Intervalo luminoso


Intervalo de tempo em que a configuração luminosa dos grupos semafóricos de uma
interseção permanece inalterada.

2.14. Estágio
É a parte do ciclo em que um ou mais grupos de movimentos recebem simultaneamente
o direito de passagem.

A duração do estágio (tempo do estágio), é a soma do tempo de verde acrescido aos


tempos dos intervalos luminosos correspondentes aos entreverdes dos grupos
semafóricos que têm direito de passagem no estágio.

Rev.02
Capítulo 2 - 21
MSU – Sinalização Semafórica

No exemplo da Figura 2.26, estão representados os movimentos com direito de


passagem no estágio 1, no estágio 2 e no estágio 3.

Figura 2.26

Capítulo 2 - 22 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

2.15. Ciclo semafórico


Sequência completa dos estágios de uma programação semafórica, na qual cada um
dos estágios indispensáveis ocorre, pelo menos, uma vez.

A duração do ciclo (tempo de ciclo), é definida pela soma dos tempos de todos os
estágios programados na sequência de estágios.

2.16. Sequência de estágios


Sequência em que os estágios de um semáforo entram em vigência no decorrer de um
ciclo semafórico.

2.17. Diagrama de estágios


Diagrama de estágios, Figura 2.27 é a representação gráfica da sequência de estágios
do ciclo semafórico, que mostra, para cada estágio, quais movimentos são liberados e
quais são retidos.

A Figura 2.27 apresenta o diagrama de movimentos desta situação e o diagrama de


estágio correspondente.

Rev.02
Capítulo 2 - 23
MSU – Sinalização Semafórica

Figura 2.27

Capítulo 2 - 24 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

2.18. Diagrama de intervalos luminosos


Consiste na representação por barras de duração e sequência dos intervalos luminosos
e estágios e sua correspondência com os grupos semafóricos, Figuras 2.28 a 2.30.

Figura 2.28

Figura 2.29

Figura 2.30

Rev.02
Capítulo 2 - 25
MSU – Sinalização Semafórica

2.19. Estágio veicular


É um estágio em que pelo menos um movimento veicular tem direito de passagem.

2.20. Estágio de pedestres


Estágio em que todos os movimentos de pedestres têm o direito de passagem.

2.21. Estágio dispensável


Estágio que só ocorre quando demandado, assim não ocorre obrigatoriamente em todo
ciclo. Pode ser programado para estágios veiculares ou de pedestres.

2.22. Estágio indispensável


Estágio que, quando programado, obrigatoriamente deve ocorrer em todos os ciclos.

Capítulo 2 - 26 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

2.23. Travessia de pedestres em paralelo – “em carona”


É a travessia de pedestres que ocorre paralela e concomitante a um movimento veicular
não conflitante, Figura 2.31.

Figura 2.31

2.24. Travessia de pedestres não paralela – “não carona”


É a travessia de pedestres que conflita com os movimentos veiculares, podendo ser
semaforizada ou não, Figura 2.32.

Rev.02
Capítulo 2 - 27
MSU – Sinalização Semafórica

Figura 2.32

2.25. Controlador Semafórico (controlador)


Equipamento instalado junto ao semáforo e responsável, diretamente, pela sua
operação.

2.26. Anel
É um subconjunto de grupos semafóricos organizados em estágios e comandados por
um mesmo controlador semafórico.

Para efeito de programação e operação, os grupos semafóricos de determinado anel são


independentes dos demais anéis do controlador. Cada anel opera como um subcontrolador
independente.

2.27. Conjugado ou interseção conjugada


É uma interseção onde a sinalização semafórica é comandada por um controlador
instalado em outra interseção semafórica. Uma interseção conjugada não é
necessariamente um anel, sendo que isso é definido na programação semafórica.

Capítulo 2 - 28 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

2.28. Detector
Sistema destinado a registrar a presença ou passagem de veículos ou pedestres.

Os detectores mais comuns são: laços indutivos, no caso de veículos e botoeiras para
os pedestres, podendo ser utilizadas outras tecnologias de detecção.

A Figura 2.33 apresenta um exemplo de detecção física de pedestres com botoeiras.

Figura 2.33

Rev.02
Capítulo 2 - 29
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

CAPÍTULO 3
CARACTERÍSTICAS

3.1. Componentes do Grupo focal (GF)


É composto de um a três focos, sendo que cada foco indica uma mensagem luminosa e
colorida e contém o cobre foco (pestana). No caso de grupo focal locado em braço
projetado é obrigatório o uso de anteparo. A Figura 3.1 mostra a montagem dos focos do
grupo focal veicular.

Figura 3.1

Rev.02 Capítulo 3 - 1
MSU – Sinalização Semafórica

Os grupos focais, inclusive as cores dos focos e pictogramas devem atender as


especificações contidas nas normas da ABNT- NBR – 7.995 – Sinalização semafórica –
Grupo focal semafórico de alumínio e NBR – 15.889 – Sinalização Semafórica Viária –
Módulo Semafórico com base em diodos emissores de luz (LED) – Requisitos e métodos
de ensaio e/ou especificações da CET.

3.1.1. Foco
Cada foco contém módulo LED, lente e cobre foco (pestana), conforme Figura 3.2. O
módulo LED deve atender a norma da ABNT- NBR 15.889 – Sinalização Semafórica
Viária – Módulo Semafórico com base em diodos emissores de luz (LED) – Requisitos e
métodos de ensaio e/ou especificações da CET.

Neste tipo de foco, o elemento luminoso é o conjunto formado pelos circuitos LEDs e
seus componentes eletrônicos. O foco a LED é composto por uma lente e um cobre foco,
montados em uma caixa preta, como os exemplos das Figuras 3.2 e 3.3. A cor da
indicação luminosa é fornecida pelo próprio elemento LED.

Figura 3.2

Os pictogramas para grupo focal a LED de pedestres, seta e ciclista devem ser obtidos
por meio da disposição dos LEDs sobre a placa de circuito impresso.

Capítulo 3 - 2 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

Os pictogramas devem estar em conformidade com os desenhos específicos para cada


tipo de foco semafórico, constante nas normas da ABNT NBR 7.995 e NBR 15.889 –
Sinalização Semafórica Viária – Módulo Semafórico com base em diodos emissores de
luz (LED) – Requisitos e métodos de ensaio e especificações da CET, detalhados no
Anexo I.

Para a correta visualização do pictograma, não deve ser iluminada a área do foco
semafórico externa ao pictograma.

3.1.2. Cobre-foco (pestana)


É um elemento constituído por uma chapa metálica ou de policarbonato, cuja função é
evitar a incidência direta dos raios solares sobre a lente e evitar a dispersão de
luminosidade do foco aceso, prejudicando a sua visualização.

Existem dois tipos de cobre-foco: normal, Figura 3.3. e longo Figura 3.4.

Figura 3.3

O cobre foco longo deve ser utilizado somente onde é necessário direcionar a
indicação luminosa para um movimento veicular específico, ou para evitar que
motoristas de movimentos incompatíveis recebam informação conflitante por meio
de visualização do referido foco.

Rev.02 Capítulo 3 - 3
MSU – Sinalização Semafórica

Figura 3.4

3.1.3. Anteparo
Anteparo é um dispositivo de chapa metálica, de forma retangular, pintado na cor preta,
com tarja e orla externa branca que envolve os grupos focais, com a finalidade de
possibilitar uma melhor conspicuidade, Figura 3.5.

A tarja deve ser em película retrorrefletiva alta intensidade tipo II ou III, conforme norma
ABNT NBR 14.644, e serve como referência para os motoristas daltônicos, auxiliando na
identificação do foco aceso, Figura 3.5. Todo grupo focal de regulamentação em braço
projetado deve ser instalado com anteparo.

O espaço destinado ao grupo focal deve acompanhar o formato da caixa dos focos.

Figura 3.5

Capítulo 3 - 4 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

3.2. Grupo focal de regulamentação


Os aspectos legais estão dispostos nos itens 1.4, 1.5 e 1.6 do Capítulo 1, deste Manual.

3.2.1. Formato e dimensões


A Tabela 3.1 apresenta os formatos e dimensões das lentes adotados no município.

Tabela 3.1

DIMENSÕES DA LENTE
TIPO DE GRUPO FOCAL FORMATO
(mm)

Veicular Circular Diâmetro 200

Pedestres Quadrado Lado 200

Faixa reversível Quadrado Lado 500

Ciclista Circular Diâmetro 200

3.2.2. Tipo e composição dos grupos focais

3.2.2.1. Para veículos

a) de controle de movimentos em geral


O grupo focal deve ser composto de 3 focos dispostos verticalmente, de cima para baixo,
nas cores vermelha, amarela e verde, Figura 3.6. A sequência luminosa deve ser verde,
amarela e vermelha.

Figura 3.6

Rev.02 Capítulo 3 - 5
MSU – Sinalização Semafórica

b) de controle de movimentos
O grupo focal deve ser composto por 3 focos, dispostos verticalmente de cima para baixo,
nas cores vermelha com mensagem seta, amarela e verde com mensagem seta, Figura 3.7.
A sequência luminosa deve ser verde, amarela e vermelha.

Figura 3.7

c) de controle de movimentos veiculares de direção livre


O grupo focal é formado por 1 foco único, com mensagem seta verde, Figura 3.8.

Figura 3.8

d) de controle de faixa ou faixa reversível


O grupo focal deve ser composto por 2 focos, dispostos horizontalmente, da esquerda
para a direita, com mensagem “x”, vermelha e com mensagem seta voltada para baixo,
verde, Figura 3.9, locado sobre a faixa de tráfego controlada. Admite-se também o uso
de um foco único para mostrar as duas indicações.

Figura 3.9

Capítulo 3 - 6 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

3.2.2.2. De controle de pedestres


O grupo focal deve ser composto por 2 focos dispostos verticalmente, de cima para baixo,
nas cores vermelha, com símbolo “boneco parado” e verde, com símbolo “boneco
andando”, Figura 3.10.

A sequência luminosa deve ser verde, vermelho intermitente e vermelho.

Figura 3.10

3.2.2.3. De controle de ciclistas


Os grupos focais de ciclistas são compostos por focos vermelho, amarelo e verde, com
os pictogramas nos focos vermelho e verde, dispostos nesta ordem, de cima para baixo,
na posição vertical, Figura 3.11.

Figura 3.11

Rev.02 Capítulo 3 - 7
MSU – Sinalização Semafórica

3.3. Grupo focal de advertência


Os aspectos legais estão dispostos no item 1.7 do Capítulo 1, deste Manual.

3.3.1. Formato e dimensões das lentes


O formato das lentes para os grupos focais de advertência é circular e seu diâmetro é de
200 mm.

3.3.2. Tipo e composição das luzes


O grupo focal deve ser composto por 2 focos amarelos, Figura 3.12, que enviam
indicação luminosa amarelo intermitente de forma alternada.

Figura 3.12

3.4. Elementos de sustentação – coluna e braço projetado


Os grupos focais do semáforo podem ser implantados em coluna, braço projetado, e
eventualmente em totem, semipórtico ou pórtico.

Não deve ser utilizada cordoalha para sustentação de grupo focal.

Capítulo 3 - 8 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

A Tabela 3.2, apresenta as principais características dos elementos de sustentação,


utilizados na sinalização semafórica.

Tabela 3.2

ELEMENTOS DE SUSTENTAÇÃO

Dimensões
Tipos Fundação Altura em Observação
Diâmetro Ø
relação a calçada
(mm)
H (m)
engastada 5,00 Ø 101
Coluna
simples Perfil cônico
em base de concreto 3,50 Ø 115 base - não aceita extensor
Ø 76 -topo
4,80 Ø 127 - braço projetado de 4,0m
engastada Perfil cônico - braço projetado de 6,0m;
5,60 Ø 250 base
- não aceita extensor
Ø 180 topo
Coluna
Perfil cônico
composta - braço projetado de 4,0m
4,20 Ø 170 base
Ø 123 -topo
em base de concreto
Perfil cônico - braço projetado de 6,0m;
5,60 Ø 250 base
- não aceita extensor
Ø 180 topo
Perfil cônico
Coluna - braço projetado de 4,0m
engastada 3,31 Ø 137 base
composta Ø 104 topo para locais de trajeto de
para braço carretas com cargas
projetado Perfil cônico especiais;
giratório em base de concreto 3,31 Ø 137 base - não aceita extensor
Ø 104 topo

Coluna 4,80 +
extensora engastada 2,10(extensor) = Ø 101
simples 6,90

4,80 + Suporte para aumentar a


engastada 3,00(extensor) = Ø 127
Coluna altura da fiação aérea.
7,80
extensora
composta 4,20 + Perfil cônico
em base de concreto 2,10(extensor) = Ø 170 base
6,30 Ø 123 -topo

Rev.02 Capítulo 3 - 9
MSU – Sinalização Semafórica

3.4.1. Tipos de colunas

Características
As colunas podem ser dos tipos, simples Figura 3.13, ou composta Figura 3.14, quando
servem de suporte a braço projetado.

Com relação ao tipo de fundação, as colunas podem ser em base de concreto ou


engastada, Figuras 3.13 e 3.14. Ver item 3.4.5, deste capítulo.

As características principais das colunas estão apresentadas nas Tabelas 3.3 e 3.4 e as
Figuras 3.13 e 3.14, contém as alturas – H mais usuais.

A fixação de coluna em base de concreto é adequada para instalação de fiação


subterrânea, enquanto a coluna engastada, normalmente é utilizada para a fiação aérea.

Conforme disposições legais previstas no Decreto n.º 47.817/06, a fiação utilizada deve
ser subterrânea, admitindo-se o uso em caráter temporário, de fiação aérea, ver item
1.10 do Capítulo 1.

Em casos específicos, a coluna engastada pode ser adaptada para uso de fiação
subterrânea, onde não é possível a implantação da base de concreto devido a
interferências ou outras restrições técnicas ou físicas, principalmente em locais com
muitas interferências no subsolo, onde há dificuldade de implantação de rede de dutos
para instalação elétrica subterrânea.

A coluna pode ser adaptada para sustentar a fiação aérea e garantir o gabarito mínimo
de altura para transposição de pista com uso de um extensor, sendo este conjunto
denominado de “coluna extensora”. Consiste na fixação de tubo de aço no topo de uma
coluna.

Quando necessário, para evitar o emprego excessivo de colunas, pode-se fixar grupo
focal na coluna extensora.

Capítulo 3 - 10 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

3.4.1.1. Critérios de uso de coluna engastada com fiação aérea


Recomenda-se o uso em:

● local de implantação temporária, devido a rapidez da instalação e retirada; ver MSU


Volume 8 – Sinalização Temporária;

● cruzamento que já possui coluna engastada, a fim de se garantir a padronização das


colunas na interseção com sinalização semafórica existente, exceto em laje de obra
de arte onde deve ser utilizada a coluna em base de concreto.

3.4.1.2. Critérios de uso de coluna simples ou composta:


Os critérios estão estabelecidos e detalhados nos Capítulos 5; 6 e 7, deste Manual,
devendo ser observadas as seguintes exceções:

● Em local onde há rede de trólebus, recomenda-se o uso de coluna simples, a fim de


se evitar eventuais choques entre a haste dos trólebus e o grupo focal. A fixação de
grupo focal em braço projetado próximo à rede de trólebus, dificulta o trabalho de
manutenção.

● Em rota de cargas superdimensionadas, a coluna composta deve permitir o giro do


braço projetado, devendo o projetista consultar as áreas envolvidas.

Rev.02 Capítulo 3 - 11
MSU – Sinalização Semafórica

Figura 3.13

Figura 3.14

Capítulo 3 - 12 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

3.4.2. Braço projetado


O braço projetado da coluna semafórica é utilizado para sustentação dos grupos focais
e pode eventualmente, de forma complementar, ser utilizado para suporte da sinalização
vertical, conforme estabelecido em normas específicas, em especial, o disposto no MSU-
Volume 1 – Introdução.

O braço deve ter 4,00 m de comprimento, Figura 3.15, admitindo-se que pode ser
utilizado em situações específicas, de 6,00 m para coluna em base de concreto, onde o
braço projetado de 4,00 m não atende às condições de visibilidade à distância.

As suas principais características estão descritas na Tabela 3.3.

Tabela 3.3

N.º máx.
Tipos de N.º máx.
Tipo de Comprimento Altura-Hb de grupos
colunas de de braços
braço (m) (m) focais por
fixação por coluna
braço

convencional engastada (*) 4,00 1,50 01 03

em base de
braço cônico
concreto
4,00 1,60 04 02

braço cônico em base de


especial concreto
6,00 1,50 01 03

Recomenda-se a utilização de no máximo 03 grupos focais por braço projetado em


colunas engastadas, admitindo-se, em casos excepcionais, o uso de um número maior
desde que justificado tecnicamente e com a anuência da área responsável pela
implantação.

Rev.02 Capítulo 3 - 13
MSU – Sinalização Semafórica

Figura 3.15

a) Braço projetado fixado em colunas engastadas


A fixação do braço na coluna engastada é feita através de um sistema de travamento por
parafusos, possibilitando o movimento de rotação do braço projetado em torno do eixo
central da coluna e garantindo o posicionamento adequado da linha de foco, Figura 3.15.

Cada coluna permite a instalação de apenas um braço projetado, Tabela 3.3.

Capítulo 3 - 14 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

b) Braço projetado fixado em colunas em base de concreto


A fixação do braço na coluna em base de concreto é feita através de um sistema de
travamento por parafusos, sem possibilidade de movimento de rotação do braço
projetado em torno do eixo central da coluna. O posicionamento adequado da linha de
focos é determinado pela locação da base de concreto.

O braço do tipo cônico tem comprimento de 4,0 m e o cônico especial 6,0 m, cujas
dimensões são indicadas na Tabela 3.3 e Figura 3.15.

Cada coluna permite a instalação de até quatro braços projetados, dispostos a 90 graus
um do outro, Figura 3.16.

Figura 3.16

O sistema de travamento não permite a rotação do braço projetado em torno da coluna.


Uma pequena regulagem no direcionamento do braço é possível, através de uma rotação
de até 12° da coluna sobre a base.

Rev.02 Capítulo 3 - 15
MSU – Sinalização Semafórica

3.4.3. Fixação dos grupos focais


A fixação dos grupos focais pode ser na coluna ou no braço projetado.

a) Em coluna
O módulo de suporte de fixação do grupo focal é pivotante para qualquer um dos modelos de
coluna engastada ou em base, permitindo o melhor direcionamento dos focos para o campo
visual do condutor. O direcionamento desejado deve ser definido no projeto.

● engastada
Os grupos focais são fixados por meio de braçadeiras.

Este tipo de suporte permite o deslocamento ao longo da coluna, possibilitando a fixação


de até duas seções de braçadeiras em alturas diferentes, sendo dois grupos focais por
altura, podendo ser grupos focais veiculares, de pedestre ou ciclista, conforme Tabela 3.4.

Entretanto, o deslocamento ao longo da coluna está limitado ao furo pré-existente na


coluna para a passagem da fiação elétrica.

● em base de concreto:
Os suportes dos grupos focais são fixados na coluna em furos pré-existentes, não sendo
possível o deslocamento dos grupos focais ao longo da coluna.

É possível a fixação de até 4 grupos focais: veiculares, de pedestres e de ciclistas,


conforme disposto na Tabela 3.4 e Figura 3.17.

Capítulo 3 - 16 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

Figura 3.17

b) Em braço projetado:
Os grupos focais são fixados com braçadeiras permitindo o giro vertical e quando fixado
mais de 01 grupo focal, deve-se manter o afastamento lateral de no mínimo de 0,10 m
entre os seus anteparos, Figura 3.18.

Figura 3.18

Rev.02 Capítulo 3 - 17
MSU – Sinalização Semafórica

3.4.4. Altura livre dos grupos focais


A altura livre dos grupos focais em relação ao solo, varia conforme o tipo de coluna,
admitindo-se uma tolerância de ±0,05 m, e está apresentada na Tabela 3.4 e Figuras
3.19 e 3.20.

Tabela 3.4

Altura livre do grupo focal(m)


Fixação Tipo de coluna Tipo de braço
Veicular (1) Pedestre (2) Ciclista

engastada 2,10 ± 0,05


Em coluna 2,39 2,39
em base de
1,90 ± 0,05
concreto

engastada 5,20

Em braço
braço normal 5,25
projetado em base de
concreto
braço alto 5,95

(¹) Em rota de cargas superdimensionadas, conforme legislação vigente e em vias com


tráfego intenso de veículos de carga, a altura dos grupos focais em braço projetado
deve ser determinada conforme projeto específico.

(²) Para faixas de pedestres, onde ocorre constante formação de “pelotão”, com obstrução
visual dos focos pelos pedestres que estão à frente, a altura de fixação do grupo focal
deve ser de 2,10 m em coluna engastada.

Capítulo 3 - 18 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

Figura 3.19

Figura 3.20

Rev.02 Capítulo 3 - 19
MSU – Sinalização Semafórica

Figura 3.21

3.4.5. Fundação das colunas


O posicionamento adequado da linha de focos é determinado pela locação da base de
concreto.

3.4.5.1. Colunas engastadas


Devem ser fixadas diretamente em fundação de concreto de cimento Portland, de base
circular moldada “in loco”. As dimensões das fundações variam de acordo com o tipo de
coluna a ser utilizada, conforme recomendações da Tabela 3.5.

Tabela 3.5.

TIPO DE COLUNA DIÂMETRO PROFUNDIDADE VOLUME


(m) MÍNIMA (m) (m³)

Simples: Ø 101mm x 6,00m de comprimento 0,40 1,00 0,11

Composta - braço 4,00m: Ø 127mm x 6,00m de


comprimento
0,50 1,20 0,24

Composta - braço 6,00m: perfil cônico x 6,60m de


comprimento
0,70 1,00 0,40

Capítulo 3 - 20 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

3.4.5.2. Colunas em base


Devem ser fixadas por parafusos em fundações de concreto de cimento Portland,
moldadas “in loco”, de base quadrada, conforme a Tabela 3.6.

Tabela 3.6

LADO PROFUNDIDADE VOLUME


TIPO DE COLUNA
(m) (m) (m3)

Simples
0,70 1,00 0,49
Composta - braço de 4,00m

Composta – braço de 6,00 1,00 1,00 1,00

3.4.6. Afastamento lateral dos elementos à pista


A colocação do conjunto coluna e grupo focal deve ser feita na faixa de serviço, de forma
a não interferir na circulação de pedestres, mantendo a faixa livre de, no mínimo 1,20 m,
conforme o especificado no Manual de Desenho Urbano e Obras Viárias; ver aspectos
legais dispostos no Capítulo 1, deste Manual.

O grupo focal fixado em coluna deve garantir afastamento lateral mínimo de 0,30 m do
meio fio, Figuras 3.22 e 3.23.

Figura 3.22

Rev.02 Capítulo 3 - 21
MSU – Sinalização Semafórica

Figura 3.23

Onde não é possível garantir este afastamento, pode-se girar o espaçador do grupo focal,
de forma a posicioná-lo paralelo ao meio fio, conforme mostra a Figura 3.24.

Figura 3.24

Capítulo 3 - 22 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

3.5. Controlador

3.5.1. Características
É o equipamento responsável pela execução da programação semafórica, bem como,
pelo acionamento das lâmpadas dos grupos focais.

O controlador pode vir acompanhado de um nobreak, ou UPS - Uninterruptable Power Supply,


que tem a função de manter o semáforo em pleno funcionamento quando é interrompido o
fornecimento de energia elétrica.

O nobreak tem gabinete próprio e vem com um banco de baterias que deve ter autonomia
mínima de 2 (duas) horas. Devem ser projetados para fixação em postes metálicos,
respeitando as disposições do item 9.2.5 do Capítulo 9, deste Manual.

3.5.2. Tipos de fixação


São três os tipos de sustentação de controladores, como ilustrado na Figura 3.25.

● Braçadeira: o gabinete do controlador é fixado na coluna por meio de braçadeira.

● Base de concreto: o gabinete do controlador é fixado sobre uma base de concreto.

● Coluna com bandeja: o gabinete do controlador é fixado sobre uma bandeja soldado
no topo da coluna.

A escolha de cada tipo de fixação depende do fabricante e modelo de controlador, da


quantidade de fiação (semafórica e de detectores), da flexibilidade e bitola dos cabos
conectados, das dimensões do gabinete e do peso total.

O projetista deve buscar informação sobre as características do controlador utilizado.

Na coluna do controlador não deve ser fixada botoeira.

Rev.02 Capítulo 3 - 23
MSU – Sinalização Semafórica

Figura 3.25

3.6. Detector veicular


Dispositivo destinado a captar a presença de veículos. O sistema de detecção permite
alterar os parâmetros da programação semafórica. Alguns sistemas podem também
fornecer dados de ocupação ou contagem de veículos. Ver recomendações de locação
dispostas no item 10.2 do Capítulo 10, deste Manual.

O sistema de detecção pode ser intrusivo, quando embutido no pavimento e virtual –


Overhead, quando é feito por sensor fixado em coluna ou braço projetado, Tabela 3.7.

Tabela 3. 7
Fixado em coluna
Embutido no
Sistema Tipo de detecção ou braço
pavimento
projetado
Laços indutivos X
Intrusivo
Magnético X

Videodetecção X

Micro-ondas X
Virtual
Overhead Radiação
X
infravermelha
Ultrassônica X

Capítulo 3 - 24 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

3.6.1. Detecção por sistema intrusivo


A detecção é feita por sensor instalado no pavimento que pode ser por laço indutivo ou sensor
magnético, sendo que neste último, a conexão com o controlador é feita sem fio.

3.6.1.1. Laços indutivos


Para a detecção de veículos, o sistema mais utilizado é o de laços indutivos, instalados
no pavimento, que podem ter dimensões e formatos variáveis, de acordo com o tipo de
aplicação a que se destinam.

3.6.1.1.1. Componentes
O detector veicular, Figura 3.26, compõe-se basicamente de:

a) laço detector: constitui-se de uma instalação com voltas de fio de cobre (espiras),
embutida no pavimento, em que circula uma corrente elétrica, cuja intensidade varia
em função da alteração de seu campo magnético quando um veículo passa sobre
ele, Figuras 3.26 e 3.27. Os laços detectores podem ter dimensões e formatos
variáveis, dependendo da aplicação específica a que se destinam.

b) caixa de passagem: utilizada para abrigar as emendas de cabo, junto a colunas,


seções de detecção e controladores, sendo utilizada, também, como caixa
intermediária em trechos de rede maiores que 40,0 m.

c) duto de espera (dedo duro): trecho de duto que interliga a caixa de passagem à
pista, para conduzir os pares de conexão, onde é efetuada a emenda/mufla.

d) emenda/mufla: situada internamente na caixa de passagem na calçada próxima ao


laço detector, efetua a ligação do par de conexão com o cabo alimentador.

e) par de conexão: continuidade do cabo do laço detector que se estende até a caixa
de passagem (com sobra mínima de 1 metro), para se conectar com o cabo
alimentador.

Rev.02 Capítulo 3 - 25
MSU – Sinalização Semafórica

f) cabo alimentador: interliga a emenda na caixa de passagem até a placa detectora.


Devem ser instalados em eletroduto não metálico, sendo possível sua instalação
aérea.

g) placa detectora: módulo eletrônico localizado no controlador de tráfego, que capta


as variações de corrente quando da passagem de veículo sobre o laço detector e as
transforma num sinal/pulso de detecção. Pode identificar a passagem (contagem) ou
presença dos veículos (ocupação).

Figura 3.26

Figura 3.27

Capítulo 3 - 26 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

Figura 3.28

3.6.1.1.2. Identificação visual


A área, onde estão instalados os laços detectores, deve estar identificada entre linhas de
0,10 m de largura, em película adesiva de cor azul retrorrefletiva, aplicada sobre o
pavimento, Figuras 3.29 a 3.32. A colocação da legenda “CET”, é opcional.

Detector em pista de mão única

Figura 3.29

Rev.02 Capítulo 3 - 27
MSU – Sinalização Semafórica

Detector em pista de mão dupla


com linha de divisão de fluxos opostos

Figura 3.30

Detector em pista de mão dupla


sem demarcação de faixa de divisão de fluxos opostos

Figura 3.31

Capítulo 3 - 28 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

Detector em pista de mão dupla


com encaminhamento oposto

Figura 3.32

3.6.1.2. Detector magnético


O Sistema de Detecção Magnético compreende qualquer sistema de detecção veicular
que, instalado sob o pavimento, tem autonomia no funcionamento. Neste sistema, o
sensor magnético não deve ter nenhum tipo de ligação física com fontes de alimentação
elétrica, controladores, ou qualquer outro equipamento externo.

O detector magnético é constituído por magnetômetros implantados no pavimento que


podem se comunicar sem fio com o controlador.

A alimentação do detector magnético é feita por meio de bateria interna de alta


durabilidade, sendo que algumas permitem até 10 anos de funcionamento, porém alguns
modelos de detectores podem ser alimentados por meio de um cabo instalado no
pavimento.

Rev.02 Capítulo 3 - 29
MSU – Sinalização Semafórica

O magnetômetro detecta as alterações do campo magnético da terra, causadas pela


presença de objetos ferrosos (veículos), em sua área de atuação. Seu funcionamento é
similar ao do laço indutivo. Ver critérios de locação dispostos no Capítulo 10.

3.6.2. Detecção veicular – Overhead


Refere-se a qualquer sistema de detecção veicular que não depende de instalação de
sensores no pavimento. A detecção pode ser feita por meio de videodetecção (laços
virtuais) ou qualquer outra tecnologia de detecção não intrusiva tais como:
● Detecção por micro-ondas;
● Detecção por radiação infravermelha;
● Detecção ultrassônica.

O sistema deve prever uma interface instalada no controlador semafórico, que permite a
visualização das detecções veiculares por meio de indicadores luminosos, tipo LED.
Essas indicações devem ser visíveis em condições diurna e noturna.

A detecção veicular utilizada usualmente é a de videodetecção, onde os laços virtuais


são configurados na imagem do vídeo como substitutos dos laços físicos (de fios
metálicos), construídos sob o pavimento. Para que não ocorra oclusão de um veículo
sobre outro, a câmera é posicionada perpendicularmente sobre a via. Por isso, esta
instalação é chamada de Overhead. 1

O sistema atual é composto por uma câmera de videodetecção e uma interface que
permite o monitoramento de no mínimo 4 faixas de trânsito. Ver critérios de locação
dispostos no Capítulo 10, deste Manual.

1 CET- Boletim técnico 62

Capítulo 3 - 30 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

3.6.3. De pedestres
A detecção de pedestres por demanda atualmente utilizada é feita por dispositivo
denominado “botoeira de pedestres”, que pode ser simples ou sonora.

A botoeira pode ser fixada em coluna:

● em base: o botão deve estar a uma altura de 1,15 m ± 0,05 m, do seu centro ao solo,
pois este tipo de coluna já apresenta furação para fixação do dispositivo;

● engastada: o botão deve estar a uma altura entre 1,0 e 1,15 m.

Figura 3.33

As alturas de colocação da botoeira disposta anteriormente são as adotadas pela CET,


sendo que a legislação federal prevê que esta altura pode variar de 0,80 m a 1,20 m e
excepcionalmente até 1,35 m, conforme Figura 15 da NBR 9050/2020.

Existem dois modelos básicos de botoeira de pedestres, Figura 3.34:


● botão embutido para colunas em base;

● botão alojado em caixa, fixada para coluna engastada.

Rev.02 Capítulo 3 - 31
MSU – Sinalização Semafórica

3.6.3.1. Botoeira simples


Pode ser de botão alojado ou embutido. O botão deve ter cor contrastante com o corpo
da botoeira, respeitadas as condições definidas na norma ABNT NBR 9050, para
sinalização e textos informativos.

Figura 3.34

3.6.3.2. Botoeira sonora


A botoeira de pedestres alojada em caixa quando complementada com dispositivo sonoro
é denominada “botoeira sonora”.

A botoeira sonora é um dispositivo que emite sinais sonoros, visuais e vibratórios


(localização, advertência e instrução), ao longo do ciclo semafórico, para auxiliar a
travessia de pedestres, em especial as pessoas com deficiência visual, conforme
Resolução CONTRAN n.º 704/2017, ver aspectos legais dispostos no item 1.8 do
Capítulo 1. A Figura 3.35 apresenta uma ilustração de botoeira.

Figura 3.35

Capítulo 3 - 32 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

A botoeira sonora deve atender a especificação técnica CET, tendo as seguintes


características principais:

a) Sinal sonoro
Consiste num conjunto de sons que permitem a compreensão da informação pela
audição, sendo composto de:
● Sinal sonoro de localização: indica a localização física da botoeira na via;
● Sinal sonoro de travessia: compreende os seguintes sons:
- sinal sonoro de início do tempo de travessia (silvo inicial do tempo de verde do
foco do pedestre);
- sinal sonoro de travessia (tempo de verde do foco de pedestre);
- sinal sonoro de advertência de encerramento de travessia (tempo de vermelho
intermitente do foco de pedestre).

A ativação do modo sonoro, ocorre mediante o pressionamento contínuo do botão de


acionamento da botoeira por, no mínimo, 3 segundos.

Ativado o modo sonoro no período de verde ou de vermelho intermitente do foco


semafórico de pedestres, o seu acionamento ocorre somente no próximo período de
verde do foco semafórico de pedestres.

Uma vez ativado, o modo sonoro permanece em operação até o final do estágio de
pedestres que está sendo sinalizado.

b) Sinal visual composto de 2 sinais:


● de localização: luz intermitente que indica a localização física da botoeira sonora na via;
● de demanda: luz contínua que indica que a solicitação de travessia foi acionada.

c) Sinal vibratório
Vibração ou conjunto de vibrações que permite a compreensão da informação pelo tato;
ativo enquanto o botão estiver sendo pressionado.

Rev.02 Capítulo 3 - 33
MSU – Sinalização Semafórica

O sinal de advertência (visual e vibratório) deve ser ativado sempre que ocorrer o
acionamento da botoeira no modo sonoro, devendo provocar o uso de dois sentidos
(visão e tato), com o emprego simultâneo e coincidente de um sinal visual e de um sinal
ao tato (vibratório).

d) Sinal de instrução:
Composto de mensagem verbal que deve conter uma sentença completa, na forma ativa
e imperativa, que transmite instrução ou advertência, podendo ser digitalizada ou
sintetizada.

Para o deficiente visual deve ser transmitida a mensagem – “Pressione por três segundos
para modo sonoro” – “Travessia solicitada. – Aguarde”.

O sinal de demanda solicitada deve ser ativado após o acionamento da botoeira por
tempo inferior a 3 segundos, durante os períodos de vermelho intermitente ou de
vermelho fixo do foco semafórico de pedestres.

A mensagem verbal pode ser complementada, sempre que necessário, para alertar o
pedestre acerca de situações específicas de travessia, tais como a travessia em duas ou
mais etapas, presença de ciclofaixa ou ciclovia, faixa exclusiva de ônibus, entre outras.
Para viabilidade de inclusão de novas mensagens deve ser consultada de Área de
Normas e SSI.

e) Sinalização complementar
Consiste numa placa escrita em braile com a mensagem “Pressione o botão por 3
segundos”, posicionada no topo da botoeira, tendo-se o cuidado de observar a sua
correta locação.

Capítulo 3 - 34 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

CAPÍTULO 4
VISIBILIDADE DOS GRUPOS FOCAIS

Este Capítulo trata dos critérios de visibilidade adotados neste manual destinados a
veículos, bicicletas e pedestres.

4.1. Critérios de visibilidade para grupo focal veicular


Os grupos focais de uma aproximação devem ser perceptíveis ao condutor de veículo
sob duas condições de visibilidade:

a) à distância de parada: quando o veículo está em movimento na aproximação de


local semaforizado até parar junto a linha de retenção – X;

b) a partir da linha de retenção: quando o veículo está parado na linha de retenção – D.

A distância mínima de visibilidade, tanto do grupo focal fixado em braço projetado como
em coluna, deve considerar o campo visual do condutor com o veículo em movimento de
aproximação, compreendendo a distância do veículo até a parada junto a linha de retenção
– X, acrescida da distância da linha de retenção até o grupo focal - D, Figura 4.1, atendendo
ao padrão de locação do grupo focal na esquina, após a via transversal.

No caso de locação antecipada do grupo focal deve-se adequar a expressão a estas


condições.

Rev.02 Capítulo 4 - 1
MSU – Sinalização Semafórica

Figura 4.1

4.1.1. Distância de visibilidade de parada


A distância mínima de visibilidade de parada – X deve garantir o tempo necessário para o
condutor perceber, reagir e parar o seu veículo na linha de retenção, de forma segura, obtida
pela fórmula:
𝑉2
𝑋 = 𝑉𝑇𝑝𝑟 +
2(𝑎𝑎𝑑 ± 𝑖𝑔)

X = distância de visibilidade de parada, em metros;


V = velocidade regulamentada da via, em m/s;
Tpr = tempo de percepção e reação, em s;
a ad = desaceleração, em m/s²;
i = inclinação da via na aproximação (m/m), sendo “+” em aclives e “-“ em declives;
g = aceleração da gravidade, em m/ s²

Usualmente, adotam-se os seguintes valores para as grandezas envolvidas:


Tpr = 1,0 s;
aad = 3,0 m/s²; 1
g = 9,8 m/ s².

1
Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito – Volume V – Sinalização semafórica DENATRAN Ministério das Cidades – 2014
(página 224) https://infraestrutura.gov.br/images/Educacao/Publicacoes/Manual_VOL_V_(2).pdf (site visitado em 06/07/2020

Capítulo 4 - 2 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

Figura 4.2

A Tabela 4.1 fornece os valores da distância mínima de visibilidade em função da


velocidade. Os valores de “aad” e “Tpr” adotados para o cálculo das distâncias, são para
as seguintes condições de projeto: via plana, livre de poluição visual e pavimento com
boa aderência. Em outras condições, recomenda-se a pesquisa de valores mais
representativos.
Tabela 4.1

Velocidade
Distância de visibilidade de
(km/h)
parada - X (m)

30 20
40 32
50 46
60 63
70 82
80 105

4.1.2. Visibilidade a partir da linha de retenção


Todo grupo focal deve estar posicionado dentro de um angulo horizontal e vertical
máximo de 20º da linha de visada do condutor, dentro dos limites estabelecidos na Norma
ABNT NBR 9050.

Rev.02 Capítulo 4 - 3
MSU – Sinalização Semafórica

4.1.2.1. Visibilidade no plano horizontal


Todo grupo focal deve estar posicionado dentro de um ângulo horizontal máximo de 20º
para ambos os lados da linha normal de visada do condutor de veículo (linha do horizonte
visual – LH) e numa distância máxima de 30,0 m a partir da linha de retenção. Em
condições em que a visibilidade a partir da linha de retenção é garantida por grupo focal
em coluna simples, admite-se que esse ângulo seja de até 30 graus.2

Este conceito é utilizado para definir os padrões de colocação dos grupos focais no
Capítulo 6 e os critérios dispostos no item 4.1.3.

Figura 4.3

Figura 4.4

2 Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito – Volume V – Sinalização semafórica DENATRAN Ministério das Cidades – 2014
(página 224), https://infraestrutura.gov.br/images/Educacao/Publicacoes/Manual_VOL_V_(2).pdf (site visitado em 06/07/2020)

Capítulo 4 - 4 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

4.1.2.2. Visibilidade no plano vertical


Todo grupo focal deve estar posicionado dentro de um ângulo vertical máximo de 20º
com relação à linha normal de visada do condutor de veículo (linha do horizonte visual –
LH), a uma distância mínima de 4,50 m, admitindo-se um valor mínimo de 3,90 m em
situações limítrofes, para grupo focal em coluna simples e máxima de 30,00 m, com
relação à linha de retenção à qual se refere.

A visibilidade do grupo focal no plano vertical com relação à linha normal de visada do
condutor, é obtida pela relação:

(𝐻 − 𝐵 + 𝐴)
𝐷= −𝐶
tg 20º

onde:
𝐷 = distância mínima da linha de retenção até a coluna onde está instalado o grupo focal,
em metros;
𝐻 = altura da base inferior do grupo focal até o solo, em metros;
𝐵 = altura da vista do condutor sentado no veículo, em metros;
𝐴 = dimensão média da altura do grupo focal, em metros;
𝐶 = distância adotada entre os olhos do condutor e a frente do veículo, em metros;
𝑡𝑔 20º = 0,36, sendo 20º, o cone de visão do condutor.

Figura 4.5

Rev.02 Capítulo 4 - 5
MSU – Sinalização Semafórica

A Tabela 4.2 fornece as distâncias de visibilidade dos grupos focais a partir da linha de
retenção:

● mínimas, considerando as alturas de fixação dos grupos focais, estabelecidas na


Tabela 3.5, do Capítulo 3;

● máximas, estabelecidas empiricamente em função do comprometimento da


visibilidade e da legibilidade.

Tabela 4.2

Distância de visibilidade da linha


Fixação do
Tipo de Tipo de Altura livre de retenção – D (m)
grupo
coluna braço -H (m)
focal Mínima Máxima

engastada
Em coluna 2,39* 3,90 ~ 4,50 30,00
em base de
concreto

engastada 5,20 11,70 30,00

Em braço
projetado
braço normal 5,25 11,70 30,00
em base de
concreto
braço alto 5,95 13,80 30,00

4.1.3. Distância mínima de visibilidade


A distância mínima de visibilidade que contém a distância de parada e a distância de
visibilidade a partir da linha de retenção, está disposta na Tabela 4. 3.

Capítulo 4 - 6 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

Tabela 4.3

Distância de
Distância
Fixação Tipo de braço visibilidade Distância
Velocidade Tipo de mínima de
do grupo e Altura livre da linha de de parada
(km/h) coluna visibilidade
focal -H (m) retenção – D (m)
(m)
(m)

engastada
Em coluna 2,39* 3,90~4,50 20,00 23,90~24,50
em base de
concreto

30 engastada 5,20 11,70 20,00 31,70

Em braço braço normal


11,70 20,00 31,70
projetado em base de 5,25
concreto
braço alto 5,95 13,80 20,00 33.80

engastada
Em coluna 2,39* 3,90~4,50 32,00 35,90~36,50
em base de
concreto

40 engastada 5,20 11,70 32,00 43,70

Em braço braço normal


11,70 32,00 43,70
projetado em base de 5,25
concreto
braço alto 5,95 13,80 32,00 45,80

engastada 46,00
Em coluna 2,39* 3,90~4,50 49,90~50,50
em base de
concreto

50 engastada 5,20 11,70 46,00 57,70

Em braço braço normal


11,70 46,00 57,70
projetado em base de 5,25
concreto
braço alto 5,95 13,80 46,00 59,80

Rev.02 Capítulo 4 - 7
MSU – Sinalização Semafórica

4.1.4. Quantidade de grupos focais por grupo de movimentos veiculares

4.1.4.1. Movimentos veiculares em geral


Os grupos focais veiculares devem ser utilizados para sinalizar aproximações onde os
condutores têm direito de movimento em uma ou mais direções, simultaneamente, no
mesmo estágio.

Para cada grupo de movimento deve ser garantida a visibilidade de pelo menos:
● um grupo focal, para o condutor parado junto à linha de retenção;
● dois grupos focais para o condutor em movimento, para manter a informação da indicação
luminosa no caso de falha do foco semafórico, exceto nos casos previstos no Capítulo 6.

A aplicação das regras acima resulta na colocação de 2 grupos focais para cada grupo
de movimento.

Admite-se a colocação de grupo focal adicional:


● quando os grupos focais existentes não atendem às necessidades de
posicionamento para instalação do dispositivo registrador fotográfico de infração à
indicação luminosa vermelha do semáforo;
● nos casos previstos no item 6.6, do Capítulo 6.

4.1.4.2. Movimentos veiculares controlados com mensagem seta à esquerda, à


direita e direção em frente
Os grupos focais veiculares com mensagem seta para controle de movimentos à
esquerda e à direita, são utilizados para sinalizar aproximações com estágio de
conversão e/ou retorno.

O condutor que se utiliza do movimento de conversão semaforizada deve receber indicações


luminosas correspondentes de no mínimo, um grupo focal com seta, para garantir a
visibilidade a distância.

Capítulo 4 - 8 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

Figura 4.6

A aplicação destas regras resulta na colocação de no máximo, 2 grupos focais por grupo
de movimento, sendo que devem conter mensagem seta.

Admite-se a colocação de um grupo focal adicional para atender:

● às necessidades do dispositivo de registrador fotográfico de infração à indicação


vermelha do semáforo;
● aos casos previstos no item 6.7, do Capítulo 6.

4.1.4.3. Movimentos veiculares de direção livre


Algumas situações requerem o uso de grupo focal veicular para indicar os movimentos
livres, devendo -se colocar pelo menos um foco na direção indicada.

4.1.4.4. Movimentos veiculares de controle de faixa ou faixa reversível


Deve ser utilizado um grupo focal por faixa onde se deseja controlar alteração da
circulação. No caso de faixa reversível operacional semaforizada deve ser utilizado o
critério disposto no item 4.1.4.1, deste Capítulo.

Rev.02 Capítulo 4 - 9
MSU – Sinalização Semafórica

4.2. Critérios de visibilidade para grupo focal de ciclistas


O direito de passagem dos ciclistas, em interseção ou seção de via regulamentada com
sinalização semafórica, pode ser dado por indicações luminosas destinadas ao fluxo
veicular geral, ou por meio de indicações luminosas destinadas especificamente a
ciclistas.

No caso de grupo focal de ciclista, este deve estar visível sob duas condições de
visibilidade:

a) à distância de parada: quando a bicicleta está em movimento na aproximação de


local semaforizado até parar junto a linha de retenção - X;

b) a partir da linha de retenção: quando a bicicleta está parada na linha de retenção - D.

A distância mínima de visibilidade, do grupo focal fixado em coluna simples, deve


considerar o campo visual do ciclista, com a bicicleta em movimento de aproximação,
compreendendo a distância da bicicleta até a parada junto a linha de retenção – X,
acrescida da distância da linha de retenção até o grupo focal -D, Figura 4.7.

Figura 4.7

Capítulo 4 - 10 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

4.2.1. Distância de visibilidade de parada – X


A distância mínima de visibilidade do foco em coluna deve garantir o tempo necessário para
o ciclista perceber, reagir e parar a bicicleta na linha de retenção, de forma segura, obtida pela
fórmula a seguir3 , considerando um tempo de percepção e reação para frenagem de 2,5 s.

𝑉2 𝑉
𝑋= +
254(𝑓±𝑖) 1,4

Sendo:
𝑋 = distância de visibilidade de parada, em m;
𝑉 = velocidade do ciclista, em km/h;
𝑓 = coeficiente de atrito, sendo 0,32 para pavimento seco e 0,16 para molhado;
𝑖 = inclinação da via na aproximação, em m/m, sendo “+” em aclives e “-” em declives.

Figura 4.8

3 Manual da AASHTO (2012), ver Nota técnica CET nº268

Rev.02 Capítulo 4 - 11
MSU – Sinalização Semafórica

A velocidade do ciclista deve ser estimada por estudos de engenharia que levem em
consideração as características do local. A Figura 4.9 apresenta os valores em função
do tipo de viagem sugeridos no Guia Global de Desenhos de Ruas. 4, Outros fatores
relevantes da ciclovia/ciclofaixa devem ser considerados para estabelecer a velocidade
do ciclista tais como: traçado, condições do pavimento, largura, volume de ciclistas e
outros.

Desenho adaptado 4
Figura 4.9

A Tabela 4.4 apresenta a distância mínima de visibilidade de parada para uma


aproximação plana, em função da velocidade do ciclista e situação do pavimento. Para
aproximações em declive, os valores devem ser reavaliados.

Tabela 4.4

V Distância de visibilidade de
𝒇 Pavimento
(km/h) parada - X (m)

0,32 Seco 8
10
0,16 Molhado 10
0,32 Seco 19
20
0,16 Molhado 24
0,32 Seco 33
30
0,16 Molhado 44

4 * Guia Global de Desenho de Ruas (Global Street Design Guide). Initiative, National Association of City Transportation Officials.
Tradução de Daniela Tiemi Nishimi de Oliveira. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2018. Nota Técnica CET - 268

Capítulo 4 - 12 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

4.2.2. Visibilidade a partir de linha de retenção


Todo grupo focal deve estar posicionado dentro de um angulo horizontal máximo de 20º
e vertical de 25º da linha de visada do ciclista, dentro dos limites estabelecidos na Norma
ABNT NBR 9050.

4.2.2.1. Visibilidade no plano horizontal


Todo grupo focal deve estar posicionado dentro de um ângulo horizontal máximo de 20º
para ambos os lados da linha normal de visada do condutor de bicicleta na posição
sentado (linha do horizonte visual – LH) e numa distância máxima de 30,0 m a partir da
linha de retenção. Em condições em que a visibilidade a partir da linha de retenção é
garantida por grupo focal locado em coluna simples, admite-se que esse ângulo seja de
até 30º.5

Este conceito é utilizado para definir os padrões de colocação dos grupos focais no
Capítulo 6 e os critérios dispostos no item 4.2.3.

Figura 4.10

5 Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito – Volume V – Sinalização semafórica DENATRAN Ministério das Cidades – 2014
(página 224), https://infraestrutura.gov.br/images/Educacao/Publicacoes/Manual_VOL_V_(2).pdf (site visitado em 06/07/2020)

Rev.02 Capítulo 4 - 13
MSU – Sinalização Semafórica

Observe que, quando o ciclista compartilhar o grupo focal veicular sem interferências
visuais, essa visibilidade está normalmente assegurada, pois os grupos focais veiculares
geralmente estão instalados após a interseção.

Da mesma forma, se houver um grupo focal específico para ciclistas instalado após a
interseção, na esquina posterior, a distância de visibilidade a partir da linha de retenção
também está assegurada, considerando-se que não ocorre interferências visuais.

A visibilidade a partir da linha de retenção deve ser considerada quando houver apenas
um grupo focal específico para ciclistas, instalado na esquina anterior (GF antecipado),
Figura 4.8.

4.2.2.2. Visibilidade no plano vertical


Todo grupo focal específico para ciclista em coluna simples deve estar posicionado
dentro de um ângulo vertical máximo de 25º, com relação à linha normal de visada do
ciclista em relação à linha de retenção à qual se refere.

O ângulo vertical de 25º, com relação à linha normal de visada do ciclista foi determinado
considerando o ciclista em pé parado junto a retenção Figura 4.116.

Figura 4.11

6 Norma ABNT NBR 9050:2020.

Capítulo 4 - 14 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

A visibilidade do grupo focal no plano vertical com relação à linha normal de visada do
ciclista, é obtida pela relação:

𝐻−𝐵+𝐴
𝐷= −𝐶
𝑡𝑔25°

𝐷 = distância mínima da linha de retenção até a coluna onde está instalado o grupo
focal de ciclista, em metros;
𝐻 = altura da base inferior do grupo focal até o solo, em metros;
𝐵 = altura da vista do ciclista, em metros;
𝐴 = comprimento do grupo focal, em metros;
𝐶 = distância da frente da bicicleta até a vista do ciclista, assumida como sendo
aproximadamente igual ao diâmetro de uma roda de aro 26” (𝐸 = 0,665 m);
𝑡𝑔 25º = 0,47, sendo 25º o cone de visão do ciclista.

Figura 4.12

Para determinação da altura B foram feitas as seguintes considerações:


● na posição de parada junto a linha de retenção, a altura do ciclista pode ser
considerada aproximadamente igual à sua estatura;
● devido a fatores de segurança foi considerada a estatura média de um brasileiro
urbano, do gênero feminino, de 1,656 m (Fonte: IBGE POF 2008-2009);
● a distância entre o topo da cabeça até a vista do ciclista seja de 0,10 m.

Rev.02 Capítulo 4 - 15
MSU – Sinalização Semafórica

Com estes dados, obtém-se que a altura da vista do ciclista parado na linha de retenção
seja aproximadamente igual a 𝐵 = 1,66 – 0,10 = 1,56 m.7

Nestas condições, recomendamos que para o grupo focal de ciclistas, instalado na


esquina anterior (antecipado), a linha de retenção seja posicionada a 2,80 m distante da
coluna onde está fixado o grupo focal, conforme Figura 4.13.

Casos excepcionais devem ser reavaliados pelo projetista, considerando as formulações


aqui propostas.

Figura 4.13

4.2.3. Quantidade de grupos focais de ciclista por movimento


Para cada grupo de movimento de ciclista deve ser garantida a visibilidade de um grupo
focal, tanto para o ciclista parado junto à linha de retenção quanto à visibilidade a
distância.

7 Nota técnica CET n.° 268 de 2020

Capítulo 4 - 16 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

4.3. Critérios de visibilidade para grupo focal de pedestres


Para que o grupo focal seja visível pelos pedestres em toda a área de abrangência da
faixa de travessia, as colunas com os grupos focais devem ser locadas em pontos sem
interferências visuais como: árvore, poste próprio, poste de iluminação, controlador,
outras como coluna semafórica e sinalização vertical.

Para possibilitar a visibilidade pelo pedestre, em toda a área de domínio da faixa de


travessia e minimizar a sua visibilidade por condutores, o grupo focal deve ser
direcionado preferencialmente perpendicular à faixa de travessia e não ao alinhamento
do meio fio, ver item 7.1, do Capítulo 7.

4.3.1. Quantidade de grupos focais por movimentos de pedestres


Deve ser utilizado um grupo focal para cada sentido de movimento de pedestres. Admite-
se um grupo focal adicional nos casos previstos no item 7.1, do Capítulo 7.

4.3.2. Visibilidade do grupo focal com LED


Conforme a NBR 15.889 e a especificação técnica CET - ET-SE-23, são definidas
intensidades luminosas mínimas para o grupo focal de pedestres com diodos emissores
de luz - Módulos LED.

Com base nestas especificações, os grupos focais de pedestres devem


preferencialmente ser locados perpendiculares à faixa de travessia de pedestres e no
centro da largura da faixa - Lf, Figura 4.14.

Rev.02 Capítulo 4 - 17
MSU – Sinalização Semafórica

Figura 4.14

No caso em que ocorre a necessidade de locar o grupo focal decentralizado na faixa,


este deve ter o seu eixo central direcionado para o centro da faixa, no lado oposto da
travessia, a fim de garantir a melhor visibilidade, Figura 4.15.

Figura 4.15

Capítulo 4 - 18 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

CAPÍTULO 5
CRITÉRIOS DE LOCAÇÃO
GRUPO FOCAL VEICULAR DE REGULAMENTAÇÃO

Este capítulo apresenta os padrões e critérios de locação destinados a grupos focais


veiculares.

5.1. Critérios gerais de locação de grupos focais veiculares


Para locação devem ser respeitados os seguintes princípios:

5.1.1. Relação entre linha de retenção com a linha de focos

a) Para cada linha de focos deve ter uma linha de retenção correspondente, Figura 5.1.

Figura 5.1

Rev.02 Capítulo 5 - 1
MSU – Sinalização Semafórica

Admite-se a colocação de mais de uma linha de retenção para uma mesma linha de focos
no caso de área de espera para motocicletas, prevista no MSU – Volume 5 – Sinalização
Horizontal – Capítulo 3, Figuras 5.2 e 5.3

Figura 5.2

Figura 5.3

Capítulo 5 - 2 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

b) Via com canteiro central e largura - Lc > 6,0 m


Distância entre duas linhas de focos: D > 30,00m
Neste caso configura-se uma situação de caixa intermediária, devendo ser adotada duas
linhas focais, e as respectivas linhas de retenção, Figura 5.4.

No caso da composição do fluxo veicular conter veículos de grande porte (caminhão e


ônibus), deve ser feito um estudo específico, para evitar que eles fiquem retidos na
segunda linha de retenção, recomendando-se utilizar uma única linha.

Figura 5.4

Rev.02 Capítulo 5 - 3
MSU – Sinalização Semafórica

c) Interseções oblíquas com movimento de conversão à direita


Para evitar que o grupo focal seja visível ao condutor proveniente de movimento de
conversão à direita, como a linha de focos veicular 1, da Figura 5.5, recomenda-se que
a colocação da linha de focos seja paralela ao meio fio da via transversal.

Figura 5.5

5.1.2. Posicionamento dos grupos focais


A implantação dos grupos focais deve obedecer aos seguintes critérios:

● Em interseções, os grupos focais devem ser locados na esquina posterior, após a via
transversal, exceto nos casos previstos no item 5.11, deste Capítulo, respeitados os
critérios de afastamento lateral descrito no item 3.4.6, deste Manual.

● A distância mínima de visibilidade (parada e distância da retenção), estabelecida na


Tabela 4.3 do Capítulo 4, garantindo a visualização de dois grupos focais pelo
condutor em movimento, exceto para movimentos de conversão.

Capítulo 5 - 4 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

Onde não for atendida a distância mínima de visibilidade estabelecida na Tabela 4.3,
deve-se sinalizar com o sinal A-14 - “Semáforo à frente”, conforme item 11.2.1, do
Capítulo 11.

● A distância mínima de visibilidade junto a retenção estabelecida na Tabela 4.2 do


Capítulo 4, deste Manual, garantindo que o condutor parado junto à marca visualize
pelo menos um grupo focal locado à direita em coluna simples ou composta.

No caso de antecipação dos focos, a linha de retenção deve ser recuada para
garantir a distância mínima de visibilidade, estabelecida na Tabela 4.2.

5.1.3. Regra de uso de grupo focal com mensagem seta


O grupo focal veicular com mensagem seta, somente pode ser utilizado em aproximação
onde ocorre tempo de verde distinto para seus movimentos, conforme disposições
contidas no item 3.2.2 do MBST – Volume 5 – Sinalização semafórica. Não deve ser
adotado como reforço de sinalização.

Em aproximação sem continuidade física, o grupo focal veicular com mensagem seta,
somente deve ser utilizado quando um dos movimentos ocorre com tempo de verde
distinto dos demais movimentos, ver item 5.8 deste Capítulo.

O grupo focal com mensagem seta “em frente”, também somente pode ser utilizado em
aproximação com faixa ou pista com circulação exclusiva de ônibus com tempo de verde
específico, ver item 5.5.3 deste Capítulo.

O movimento conversão controlado com grupo focal com mensagem seta, deve ser
complementado com marcas no pavimento tipo seta e linha de divisão de fluxos e
conforme o caso, com a legenda “SÓ”, “ÔNIBUS” e com sinalização vertical, ver item
11.1.5 do Capítulo 11.

Rev.02 Capítulo 5 - 5
MSU – Sinalização Semafórica

A Figura 5.6 apresenta um exemplo de aplicação com grupo focal sem mensagem seta,
pois não ocorre estágio específico de conversão.

Figura 5.6

5.2. Padrão de locação dos grupos focais


Os padrões são definidos conforme a disposição dos grupos focais nos respectivos
elementos de sustentação, coluna ou braço projetado e variam em função da largura e
do sentido de circulação da pista, considerando uma via plana, sem curva e sem tráfego
intenso de veículos pesados, e estão dispostos na Tabela 5.1.

A colocação em totem depende de projeto específico devendo ser observados os critérios


de visibilidade dispostos no Capítulo 4.

Capítulo 5 - 6 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

Tabela 5.1

Rev.02 Capítulo 5 - 7
MSU – Sinalização Semafórica

Os padrões estabelecidos na Tabela 5.1 podem ser alterados:

a) em locais onde ocorrem interferências na visibilidade do grupo focal, tais como:


árvore, presença significativa de veículo de grande porte, geometria e outras;

b) para manter o padrão adotado nos cruzamentos semaforizados adjacentes;

c) para movimentos de conversão à esquerda, com estágio exclusivo, ver alterações de


padrão previstos no item 5.6, deste Capítulo;

d) em via com canteiro central com faixa de circulação exclusiva de ônibus à esquerda,
deve ser colocado 1 grupo focal adicional em braço projetado à direita, para largura
de pista – 8,0 < L ≤ 12,0 m, Figura 5.7.

Figura 5.7

Capítulo 5 - 8 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

5.3. Aplicação dos padrões de locação


A locação dos grupos focais, além de levar em consideração os padrões descritos, deve
observar as características do local tais como: a geometria da via, composição veicular,
interferências físicas e visuais, presença de guia rebaixada de acesso a imóveis e outras.

A aplicação dos padrões, em função de situações mais comuns, que ocorrem na via
pública é apresentada a seguir:

5.3.1. Pista com sentido único de circulação


As Figuras 5.8 a 5.13, apresentam os padrões em função do tipo de via/pista, sem ou
com alteração de circulação após a interseção.

a) sem alteração de circulação após cruzamento – Padrão A, B e C

Padrão A
Figura 5.8

Rev.02 Capítulo 5 - 9
MSU – Sinalização Semafórica

Padrão A
Figura 5.9

Padrão B
Figura 5.10

Capítulo 5 - 10 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

Padrão C
Figura 5.11

b) com alteração de sentido de circulação após cruzamento


No caso de pista com sentido duplo de circulação deve ser utilizado o Padrão D, que independe
da largura da pista, Figura. 5.12.

Padrão D
Figura 5.12

Rev.02 Capítulo 5 - 11
MSU – Sinalização Semafórica

Padrão B
Figura 5.13

5.3.2. Pista com sentido duplo de circulação


Nos casos de pista com duplo sentido de circulação deve ser utilizado o padrão D. As
Figuras 5.14 e 5.15 apresentam a aplicação deste padrão, sem ou com alteração de
circulação após o cruzamento.

Capítulo 5 - 12 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

a) Sem alteração de sentido de circulação após o cruzamento - Padrão D

Figura 5.14

b) Com alteração de sentido de circulação após o cruzamento - Padrão D

Figura 5.15

Rev.02 Capítulo 5 - 13
MSU – Sinalização Semafórica

Figura 5.16

5.4. Padrão de locação em interseção sem continuidade física


Os dois grupos focais devem ser locados:
● após a interseção, próximo ao eixo da aproximação de forma a obter a melhor visibilidade;
● em uma coluna simples com altura de instalação maior ou igual a 4,0 m, Figura 5.17.

Figura 5.17

Capítulo 5 - 14 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

Em situações, onde não é possível a locação, pode-se utilizar grupo focal em braço
projetado, devendo ser levado em consideração se esta locação não conflita com a fiação
aérea, marquise, e outras interferências. Neste caso deve ser locado pelo menos um
grupo focal posicionado na linha de eixo, Figura 5.18.

Figura 5.18

No caso de interferência na visibilidade dos focos, devido à presença de veículos de grande


porte, deve-se, quando possível, locar um grupo focal na esquina anterior direita, Figura 5.19.

Figura 5.19

Rev.02 Capítulo 5 - 15
MSU – Sinalização Semafórica

Nos casos em que a largura da aproximação for maior que 8,00 m, podem ser utilizadas
duas colunas simples, afastadas no mínimo 3,00 m uma da outra e equidistantes do eixo
da aproximação, Figuras 5.20 e 5.21.

Figura 5.20

Figura 5.21

Capítulo 5 - 16 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

Em aproximação de via com canteiro central, os grupos focais devem ser locados no
canteiro, obedecendo os padrões de largura de pista dispostos no item 5.3.1 e 5.3.2,
deste Capítulo. A Figura 5.22 apresenta um exemplo de aplicação.

Figura 5.22

5.5. Padrão de locação para movimentos de conversão à esquerda


A Faixa de conversão pode ser em baia física ou canalizada com sinalização horizontal,
devendo ser complementada com marca no pavimento tipo seta e linha de divisão de
fluxos e conforme o caso, com a legenda “SÓ” e com sinalização vertical, ver item 11.1.5
do Capítulo 11.

O grupo focal com mensagem seta somente deve ser utilizado quando ocorrer tempo de
verde específico para o movimento de conversão, conforme item 5.1.3.

Os casos não previstos devem ser justificados por estudos de engenharia.

Podemos identificar dois padrões para locação dos grupos focais com mensagem seta:

Rev.02 Capítulo 5 - 17
MSU – Sinalização Semafórica

a) Padrão 1
O veículo que deseja fazer a conversão à esquerda fica detido na interseção, com linha
de retenção específica. Neste caso a interseção não apresenta movimento transversal.

Deve ser locado 2 grupos focais, sendo:

● um grupo focal com mensagem seta, para visibilidade à distância;

● outro grupo focal sem seta para os veículos retidos na linha de retenção e conforme
a largura da via transversal, com sentido único de circulação, deve-se adotar um
grupo focal adicional.

b) Padrão 2
O veículo que deseja fazer a conversão à esquerda fica detido antes de entrar na
interseção, na mesma linha de retenção destinada aos outros movimentos da
aproximação, devido ao movimento que ocorre na via transversal.

Deve ser locado 2 grupos focais com mensagem seta, sendo:

● um grupo focal para visibilidade a distância;

● outro grupo focal confirmando para o condutor o movimento de conversão.

5.5.1. Padrão de locação 1


A seguir é apresentado a aplicação do Padrão 1, que ocorre em vias com canteiro central
ou somente com canteiro central ou ilha após a intercessão.

Capítulo 5 - 18 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

a) Via com canteiro central e Via com canteiro central ou ilha após a interseção
Via transversal com sentido único de circulação e largura – L ≤ 8,0 m
Deve ser locado conforme Padrão 1, sendo:

● um grupo focal com seta de conversão à esquerda, em coluna simples no canteiro


central posterior, direcionado para o campo visual do condutor que deseja fazer a
conversão;

● outro grupo focal sem mensagem seta, em coluna simples, na esquina posterior
direita da via transversal, frontal aos veículos parados junto à linha de retenção.

A Figura 5.23 apresenta exemplos de via com canteiro central.

Figura 5.23

Rev.02 Capítulo 5 - 19
MSU – Sinalização Semafórica

A Figura 5.24 apresenta um exemplo de via com canteiro central após a interseção.

Figura 5.24

Capítulo 5 - 20 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

b) Vias com canteiro central – Via com canteiro central ou ilha após a interseção
Via transversal com sentido único de circulação e largura – 8,00 < L≤ 12,00
Deve ser locado conforme Padrão 1 sendo:

● um grupo focal com seta de conversão à esquerda em coluna simples no canteiro


central posterior, direcionado para o campo visual do condutor que deseja fazer a
conversão;

● um grupo focal sem mensagem seta à direita, na esquina posterior da via transversal,
frontal aos veículos parados junto à linha de retenção;

● outro grupo focal adicional sem mensagem seta à esquerda, na esquina posterior
esquerda da via transversal, frontal aos veículos parados junto à linha de retenção.

A Figura 5.25 apresenta exemplos de aplicação de vias com canteiro central.

Figura 5.25

Rev.02 Capítulo 5 - 21
MSU – Sinalização Semafórica

A Figura 5.26 apresenta um exemplo de aplicação de via com canteiro central após a
interseção.

Figura 5.26

Capítulo 5 - 22 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

c) Vias com canteiro central – Via com canteiro central ou ilha após a interseção
Via transversal com sentido duplo de circulação
Deve ser locado conforme Padrão 1, sendo:

● um grupo focal com seta de conversão à esquerda, em coluna simples no canteiro


central posterior, direcionado para o campo visual do condutor que deseja fazer a
conversão;

● outro grupo focal sem mensagem seta, em coluna simples, na esquina posterior
direita da via transversal, frontal aos veículos parados junto à linha de retenção.

A Figura 5.27 apresenta exemplos de via com canteiro central.

Figura 5.27

Rev.02 Capítulo 5 - 23
MSU – Sinalização Semafórica

5.5.2. Padrão de locação 2


A seguir é apresentado a aplicação do Padrão 2, que ocorre onde existe o movimento
da via transversal:

a) Via com canteiro central


Deve ser locado conforme Padrão 2, sendo 2 grupos focais em coluna simples,
direcionados para a faixa de conversão, locados sobre o canteiro central, sendo:

● um grupo focal com mensagem seta no canteiro central posterior;

● outro grupo focal com mensagem seta no canteiro central anterior.

Neste caso, o projetista deve alterar o padrão da disposição dos grupos focais para o
movimento em frente, conforme disposto no item 5.6, deste Capítulo.

A Figura 5.28 apresenta exemplos com via transversal regulamentada sentido único de
circulação.

Figura 5.28

Capítulo 5 - 24 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

A Figura 5.29 apresenta exemplos com via transversal regulamentada com sentido duplo
de circulação.

Figura 5.29

Rev.02 Capítulo 5 - 25
MSU – Sinalização Semafórica

b) Via com canteiro central ou ilha antes da interseção


Deve ser locado conforme Padrão 2, sendo 2 grupos focais em coluna simples,
direcionados para o movimento de conversão, sendo:

● um grupo focal com mensagem seta no canteiro central anterior;

● outro grupo focal com mensagem seta na esquina posterior da via transversal.

A Figura 5.30 apresenta exemplos com via transversal com sentido único e sentido duplo
de circulação.

Figura 5.30

Capítulo 5 - 26 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

c) Via com canteiro central após a intercessão


Deve ser locado conforme Padrão 2, com 2 grupos focais direcionados para o movimento
de conversão, sendo:

● um grupo focal com mensagem seta no canteiro central posterior;

● outro grupo focal com mensagem seta na esquina posterior da via transversal.

A Figura 5.31 apresenta um exemplo com via transversal regulamentada com sentido
duplo de circulação.

Figura 5.31

Rev.02 Capítulo 5 - 27
MSU – Sinalização Semafórica

d) Via sem canteiro central, com sentido duplo de circulação


Deve ser locado conforme Padrão 2, com 2 grupos focais direcionados para o movimento
de conversão, sendo:

● um grupo focal com mensagem seta em braço projetado de 6,00 m, com anteparo,
conforme item 3.1.3, após a intercessão à direita; locado o mais próximo possível do
eixo da faixa de conversão;

● outro grupo focal com mensagem seta na esquina posterior da via transversal, à
direita.

A Figura 5.32 apresenta um exemplo sem movimento transversal.

Figura 5.32

Capítulo 5 - 28 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

A Figura 5.33 apresenta um exemplo onde a via transversal também apresenta duplo
sentido de circulação.

Figura 5.33

Rev.02 Capítulo 5 - 29
MSU – Sinalização Semafórica

5.5.3. Padrão de locação para interseção com corredor de ônibus à esquerda


No caso de pista ou faixa com circulação exclusiva de ônibus à esquerda, em
aproximação com movimento de conversão à esquerda, deve ser locado os grupos
focais, no Padrão 1, com um foco adicional com mensagem seta, sendo:

● dois grupos focais com mensagem seta, para visibilidade à distância;

● outro grupo focal sem seta para os veículos retidos na linha de retenção e conforme
a largura da via transversal com sentido único de circulação, deve-se adotar um
grupo focal adicional.

Para o movimento em frente, destinado a circulação exclusiva de ônibus, deve ser locado
2 grupos focais antecipados à esquerda, sendo:

● um grupo focal com mensagem seta em frente em braço projetado;

● um grupo focal com mensagem seta em frente na coluna.

Neste caso a sinalização semafórica deve ser complementada com marca no pavimento
tipo seta e linha de divisão de fluxos e conforme o caso, com marca de canalização, com
a legenda “SÓ” e “ÔNIBUS” e com sinalização vertical, ver Capítulo 11.

Recomenda-se o uso de sinalização de área de conflito para indicar aos motoristas a


área em que não devem parar os veículos, de forma a não prejudicar a circulação e
alertá-lo quanto a área de conflito.

As Figuras 5.34 a 5.36 apresentam exemplos de aplicação com a existência de canteiro


ou ilha após a interseção.

Capítulo 5 - 30 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

Figura 5.34

Rev.02 Capítulo 5 - 31
MSU – Sinalização Semafórica

Figura 5.35

Capítulo 5 - 32 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

Figura 5.36

Rev.02 Capítulo 5 - 33
MSU – Sinalização Semafórica

5.6. Padrão de locação para movimento em frente, em interseção com


movimento à esquerda
Em via com canteiro central ou com canteiro central após a interseção, onde os veículos
que desejam fazer a conversão à esquerda são detidos antes de entrar na interseção, na
mesma linha de retenção destinada aos outros movimentos da aproximação, a fim de se
eliminar um possível conflito entre estas indicações, deve-se alterar o padrão da
disposição dos grupos focais dos movimentos em frente, conforme a largura da
aproximação das faixas em frente.

Os grupos focais com mensagem seta à esquerda, devem ser direcionados para o
movimento de conversão, locados conforme Padrão 2, disposto no item 5.5.2, letras a e
c, deste Capítulo.

a) Largura da aproximação das faixas do movimento em frente – L≤ 8,00 m


Deve-se utilizar o padrão D, para sustentação dos grupos focais destinados aos demais
movimentos.

A Figura 5.37 apresenta exemplos com via transversal regulamentada com sentido único
de circulação.

Capítulo 5 - 34 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

Figura 5.37

As Figuras 5.38 e 5.39 apresentam exemplos com via transversal regulamentada com
sentido duplo de circulação.

Rev.02 Capítulo 5 - 35
MSU – Sinalização Semafórica

Figura 5.38

Figura 5.39

Capítulo 5 - 36 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

b) Largura da aproximação das faixas do movimento em frente – 8,00 < L≤ 12,00 m


Deve-se utilizar o Padrão C, para sustentação dos grupos focais destinados aos demais
movimentos.

A Figura 5.40 apresenta exemplos de via transversal com sentido único de circulação.

Figura 5.40

Rev.02 Capítulo 5 - 37
MSU – Sinalização Semafórica

A Figura 5.41 apresenta exemplos de via transversal com sentido duplo de circulação.

Figura 5.41

Capítulo 5 - 38 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

5.7. Padrão de locação para movimentos de conversão à direita


A faixa de conversão deve ser complementada com a inscrição no pavimento tipo seta e
linha divisão de fluxos e conforme o caso, com a legenda “SÓ” e com sinalização vertical,
ver item 11.1.5 do Capítulo 11.

O grupo focal com mensagem seta somente deve ser utilizado quando ocorrer tempo de
verde específico para o movimento de conversão, conforme item 5.1.3.

Neste caso, deve-se avaliar a necessidade de colocação de estágio próprio para a


travessia de pedestres.

Deve ser utilizado dois grupos focais locados na esquina posterior, sendo:

● um grupo focal com mensagem seta à direita da aproximação, fixado na coluna;

● um grupo focal com mensagem seta à direita fixado no braço projetado.

Rev.02 Capítulo 5 - 39
MSU – Sinalização Semafórica

A Figura 5.42 apresenta um exemplo de aplicação.

Figura 5.42

Capítulo 5 - 40 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

5.8. Padrão de locação para movimentos de conversão à esquerda em interseção


sem continuidade física
O grupo focal com mensagem seta somente deve ser utilizado quando ocorrer tempo de
verde específico para o movimento de conversão, conforme item 5.1.3.

Cada par de grupo focal, em coluna simples, deve estar locado no alinhamento central
das faixas a que se destina, Figura 5.43.

 os movimentos que ocuparem até duas faixas de tráfego devem ter os dois grupos
focais com mensagem seta fixados na mesma coluna;

 os movimentos que ocuparem mais de duas faixas de tráfego podem ter dois grupos
focais com mensagem seta fixados em colunas distintas e afastadas no mínimo 3,00 m
uma da outra.

Figura 5.43

Rev.02 Capítulo 5 - 41
MSU – Sinalização Semafórica

No caso de via transversal com canteiro central, deve ser colocado um par de grupo focal
com mensagem seta para o movimento à esquerda e outro par para o movimento à
direita.

Para largura da aproximação L  12,00 m deve-se locar:

 um grupo focal com mensagem seta à esquerda fixado em coluna à esquerda e outro
em braço projetado à direita;

 um grupo focal com mensagem seta à direita fixado em braço projetado à direita e
outro em coluna à direita, Figura 5.44.

Figura 5.44

Para largura da aproximação L > 12,00 m deve-se locar:

● um grupo focal com mensagem seta à esquerda fixado em coluna à esquerda e outro
em braço projetado à esquerda;

● um grupo focal com mensagem seta à direita fixado em braço projetado à direita e
outro em coluna à direita.

Capítulo 5 - 42 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

5.9. Padrão de locação para movimentos de retorno à esquerda


A faixa de conversão deve ser complementada com a inscrição no pavimento tipo seta e
linha divisão de fluxos e conforme o caso, com a legenda “SÓ” e sinalização vertical, ver
Capítulo 11.

Deve-se utilizar o Padrão 1 com dois grupos focais fixados em coluna simples, Figura
5.45, sendo:

● um grupo focal com mensagem seta no canteiro central posterior;

● um grupo focal sem mensagem seta na calçada, voltado para o movimento de


retorno, em frente à abertura do canteiro, próximo ao eixo da aproximação.

Figura 5.45

Rev.02 Capítulo 5 - 43
MSU – Sinalização Semafórica

5.10. Movimentos de direção livre


O uso de foco, com mensagem seta à direita, à esquerda e em frente é composto de um
foco único, ver item 3.2.2.1, letra c, do Capítulo 3. Deve ser utilizado em local
semaforizado onde este movimento veicular não possui conflito com outros veículos, nem
com a travessia de pedestres, devendo ser baseado em estudo específico.

Neste caso, o condutor tem a permissão de prosseguir em marcha, podendo efetuar os


movimentos de acordo com a indicação luminosa, respeitando as normas gerais de
circulação e conduta previstas no CTB, ver Capítulo 1.

A locação do foco com mensagem seta de direção livre é determinada em função das
características do local, devendo ser complementado com sinalização horizontal, tais
como: marcas longitudinais, marca de canalização, seta e legendas e sinalização vertical
indicativa, ver Capítulo 11.

O projeto que envolva o uso de seta com movimento de direção livre deve ser aprovado
em conjunto com a área de segurança, operacional e normas.

Capítulo 5 - 44 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

5.11. Casos particulares


Este item trata de casos particulares que não seguem os padrões de locação previstos
no item 5.2.

5.11.1. Canteiro central com largura Lc > 6,00 m e


Distância entre duas linhas de focos: D < 30,00 m
Para dificultar a visualização pelos condutores da Aproximação 1, recomenda-se a
alteração do Padrão B para o Padrão A, utilizando-se de duas colunas simples, para a
Aproximação 2, Figura 5.46.

Figura 5.46

Rev.02 Capítulo 5 - 45
MSU – Sinalização Semafórica

5.11.2. Interferência
A alteração de locação que ocorre devido a interferências físicas ou visuais que
impossibilitam a aplicação dos padrões pré-estabelecidos neste Capítulo, deve ser
justificada no projeto por meio de informações e/ou notas, ver Capítulo 13.

No caso de interferências devido a curva vertical e horizontal, ver itens 5.11.5 e 5.11.6.

a) Via com canteiro central e Largura de canteiro - Lc < 6,0 m


No caso de interferência que impossibilite a locação de um dos grupos focais, deve-se
antecipar toda a linha focal para o canteiro central, Figura 5.47.

Figura 5.47

Capítulo 5 - 46 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

b) Via sem canteiro central


Quando a interferência atinge um dos grupos focais, deve-se buscar a melhor solução
para garantir a visualização de dois grupos focais pelo condutor em movimento,
respeitadas as condições de visibilidade dispostas no item 4.1, do Capítulo 4.

As Figuras 5.48 a 5.50 apresentam alguns exemplos de soluções.

Figura 5.48

Figura 5.49

Rev.02 Capítulo 5 - 47
MSU – Sinalização Semafórica

Figura 5.50

Capítulo 5 - 48 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

Esgotadas as possibilidades, onde não é possível a locação dos 2 grupos focais na


esquina posterior devido a interferências, os grupos focais podem ser antecipados,
parcialmente, desde que a linha focal não fique descaracterizada, Figura 5.51, ou em sua
totalidade, Figura 5.52, respeitadas as distâncias de visibilidade dispostas na Tabela 4.3,
do Capítulo 4.

Figura 5.51

Figura 5.52

Rev.02 Capítulo 5 - 49
MSU – Sinalização Semafórica

A Figura 5.53 apresenta um exemplo onde o foco com mensagem seta é antecipado.

Figura 5.53

Capítulo 5 - 50 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

5.11.3. Interseções complexas


Em vias que proporcionam conflito visual entre duas indicações luminosas distintas, os
grupos focais devem ser antecipados, Figura 5.54.

Figura 5.54

Rev.02 Capítulo 5 - 51
MSU – Sinalização Semafórica

5.11.4. Distância da linha de retenção à linha de focos – D > 30,00 m


Quando a via transversal com canteiro central apresenta distância da linha de retenção
à linha de focos maior que 30,00 m, os grupos focais devem ser antecipados e locados
sobre o canteiro, Figura 5.55.

Figura 5.55

Capítulo 5 - 52 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

5.11.5. Curva vertical


Em aproximação em aclive, que se torna plana junto à interseção, onde não atende a
distância mínima de visibilidade estabelecida Tabela 4.3, deve ser colocado um grupo
focal adicional antecipado, Figura 5.56.

Figura 5.56

5.11.6. Curva horizontal


Em aproximação de pista de sentido único de circulação, em curva à esquerda, ou à
direita, em que um dos grupos focais se encontra fora de ângulo de visão do motorista,
onde não é atendida a distância mínima de visibilidade estabelecida Tabela 4.3, deve ser
colocado um grupo focal antecipado à direita, Figura 5.57, ou à esquerda, Figura 5.58,
respectivamente.

Rev.02 Capítulo 5 - 53
MSU – Sinalização Semafórica

Figura 5.57

Figura 5.58

Capítulo 5 - 54 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

Em aproximação de pista de duplo sentido de circulação, em curva à direita, em que um


dos grupos focais se encontra fora de ângulo de visão do motorista, onde não é atendida
a distância mínima de visibilidade estabelecida Tabela 4.3:

● recomenda-se o uso de braço com comprimento de 6,00 m, com os grupos focais


locados no braço projetado, Figura 5.59;

● não sendo possível, pode ser colocado um grupo focal adicional antecipado à
esquerda, Figura 5.60.

Figura 5.59

Rev.02 Capítulo 5 - 55
MSU – Sinalização Semafórica

Figura 5.60

Capítulo 5 - 56 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

5.11.7. Faixa reversível operacional


É uma medida de engenharia de tráfego utilizada na cidade de São Paulo para aumentar
a capacidade de fluxo das vias. Consiste na inversão do sentido de circulação de parte
das faixas de trânsito para atender o sentido de maior demanda de tráfego, em horários
específicos.

O projeto deve ser precedido de estudo específico de segurança, em especial a de


pedestres e, quando necessário, a implantação de gradil e de dispositivos auxiliares
como cones.

Neste caso, os grupos focais que controlam a circulação das faixas no contrafluxo devem
ser instalados, respeitando as regras de locação prevista nos itens 5.1.1, 5.1.2. e 5.2,
devendo ser adotado o Padrão D, para as faixas de trânsito que tem o sentido de
circulação alterado, Figura 5.61. O grupo focal pode ser antecipado quando ocorrer
interferências que impeçam a locação após o cruzamento ou quando ocorre a
necessidade de utilizar os suportes existentes.

Figura 5.61

Rev.02 Capítulo 5 - 57
MSU – Sinalização Semafórica

5.11.8. Local com registrador de imagem de infração de avanço de sinal vermelho


Em local semaforizado com equipamento de fiscalização de avanço de sinal vermelho,
conforme Portaria DENATRAN 16/2004, pode ser necessária a instalação de um grupo
focal adicional, para que, na imagem detectada seja registrada, no mínimo:

a) o foco vermelho do semáforo veicular de referência;

b) o veículo sobre a faixa de travessia de pedestres da aproximação fiscalizada.

Capítulo 5 - 58 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica - Parte II – Projeto

CAPÍTULO 6
CRITÉRIOS DE LOCAÇÂO
GRUPO FOCAL DE CICLISTAS

6.1. Considerações gerais


Para utilização dos critérios devemos levar em consideração os seguintes aspectos:

a) A bicicleta é um veículo, ver item 1.2.2, letra a do Capítulo 1.

b) O ciclista desmontado empurrando a bicicleta equipara-se ao pedestre, ver item 1.2.2


letra b do Capítulo 1.

c) Em interseção semaforizada de ciclovia ou ciclofaixa, onde não existe grupo focal


específico para o ciclista, este deve respeitar o grupo focal veicular. No caso em que
o ciclista se movimenta orientado pelo grupo focal de pedestres, deve ser colocado
acima deste grupo focal a placa educativa ED-82, com os pictogramas de pedestre e
ciclista, para melhor compreensão da sinalização semafórica. Ver aspectos legais
dispostos no item 1.2.2, letra e do Capítulo 1.

d) Em uma interseção semaforizada de ciclovia ou ciclofaixa, a programação semafórica


deve ser revista, com o recálculo dos entreverdes e eventuais adaptações
complementares, considerando as necessidades dos ciclistas.

e) Na implantação de ciclovia ou ciclofaixa, na passagem por uma intersecção


semaforizada, recomenda-se não criar estágio específico para o ciclista. Caso
positivo verificar a possibilidade de eliminar um estágio existente.

Rev.02 Capítulo 6 - 1
MSU – Sinalização Semafórica

f) A colocação do grupo focal de ciclista deve ser feita na faixa de serviço ou canteiro,
respeitando a altura dos grupos focais previstas no item 3.4.4, do Capítulo 3,
mantendo-se a faixa livre de circulação, ver item 1.9 do Capítulo 1 e aproveitando
sempre que possível as colunas existentes, ver item 3.4.3 do Capítulo 3;

g) Deve respeitar o afastamento lateral previsto no item 3.4.6 do Capítulo 3, de forma a


não interferir na circulação de pedestres;

h) Deve ser colocada uma linha de retenção para cada linha focal, respeitando as
distâncias de visibilidade do grupo focal de ciclista, dispostas no item 4.2 do Capítulo 4.

i) Sempre que o ciclista se movimenta, utilizando o grupo focal de pedestre deve ser
colocado acima deste, uma placa educativa ED-82, com os pictogramas de pedestre
e ciclista, para melhor compreensão da sinalização semafórica, Figura 6.1.

Figura 6.1

6.2. Critérios
A colocação de grupo focal de ciclista deve respeitar os critérios a seguir, sendo que o
gradativo incremento de ciclovia e ciclofaixa geram situações não previstas, que exigem
estudo específico devidamente justificado, ver item 1.1.4. do Capítulo 1.

Capítulo 6 - 2 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica - Parte II – Projeto

A seguir são apresentados os critérios de locação de sinalização semafórica destinada


ao ciclista, conforme as características geométricas e operacionais:

6.2.1. Interseção semaforizada com ciclovia ou ciclofaixa


O grupo focal de ciclista somente deve ser utilizado em aproximação semaforizada
regulamentada com circulação exclusiva de bicicletas, ciclovia ou ciclofaixa.

6.2.2. Distância de visibilidade


A colocação do grupo focal de ciclista deve atender os critérios de visibilidade dispostos
no item 4.2, do Capítulo 4. Em ciclovia ou ciclofaixa longitudinais ao fluxo veicular, deve
ser colocado apenas um grupo focal de ciclista por aproximação.

6.2.3. Estágio específico para ciclista


O grupo focal de ciclista deve ser colocado sempre que ocorre estágio semafórico
específico para o movimento de ciclista.

Figura 6.2

Rev.02 Capítulo 6 - 3
MSU – Sinalização Semafórica

6.2.4. Ciclofaixa – grupo focal veicular com visibilidade inadequada


Em ciclofaixa, no caso em que a visibilidade do grupo focal veicular – GF, não é adequada
para o ciclista, deve-se colocar um grupo focal veicular adicional.

Figura 6.3

Figura 6.4

Capítulo 6 - 4 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica - Parte II – Projeto

6.2.5. Ciclista no contrafluxo veicular


Deve ser colocado grupo focal específico para o ciclista quando este circula em sentido
oposto ao estabelecido para os demais veículos – contrafluxo, Figuras 6.5 a 6.8.

Figura 6.5

Figura 6.6

Rev.02 Capítulo 6 - 5
MSU – Sinalização Semafórica

Figura 6.7

Figura 6.8

Capítulo 6 - 6 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica - Parte II – Projeto

Em local com estágio de pedestres, a colocação de grupo de focal de ciclista depende


da adoção de soluções alternativas de sinalização, de forma a evitar o conflito entres os
veículos provenientes da conversão com os ciclistas e dos ciclistas com os pedestres,
evitando-se o 4º estágio. As Figuras 6.9 e 6.10 apresentam alguns exemplos de aplicação
devendo ser consultado o MSU – Volume XIII – Espaço Cicloviário.

Figura 6.9

Figura 6.10

Rev.02 Capítulo 6 - 7
MSU – Sinalização Semafórica

6.2.6. Ciclovia sobre canteiro central, sem movimento longitudinal de pedestres


Em ciclovia sobre canteiro central, onde o ciclista utiliza o grupo focal veicular para
executar a travessia, porém este não é visível, deve ser colocado grupo focal de ciclista.
Neste caso podemos identificar 3 situações:

6.2.6.1. Cruzamento de ciclovia com movimento transversal de pedestres


Deve ser colocado grupo focal de ciclista antecipado, para cada movimento, Figura 6.11.

Figura 6.11

No caso em que a existência de ciclovia em canteiro central inviabiliza uma caixa


intermediária, para acúmulo dos veículos provenientes da via transversal, o projeto
semafórico deve contemplar a realocação das colunas e grupos focais, de modo a
permanecer uma única linha de focos. Para formar essa linha focal, as colunas
semafóricas, voltadas para a via transversal, devem ser posicionadas no canteiro central,
Figura 6.12.

Capítulo 6 - 8 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica - Parte II – Projeto

Figura 6.12

6.2.6.2. Cruzamento de ciclovia com movimento de conversão e/ou retorno, sem


movimento transversal de pedestres
Em interseção onde ocorre o movimento de conversão e/ou retorno sinalizado com grupo
focal com mensagem seta, sem conflito com movimento de pedestres, deve ser colocado
um grupo focal de ciclista antecipado para cada movimento, Figura 6.13.

Recomenda-se, neste caso, a colocação de sinalização vertical de advertência alertando


o ciclista sobre os movimentos de conversão e retorno e aos demais veículos a existência
de travessia de ciclistas, ver MSU – Volume XIII – Espaço cicloviário.

Rev.02 Capítulo 6 - 9
MSU – Sinalização Semafórica

Figura 6.13

6.2.6.3. Cruzamento de ciclovia sem movimento de conversão e sem movimento


transversal de pedestres
Deve ser colocado um grupo focal de ciclista voltado para cada sentido de movimento de
travessia de ciclistas, no canteiro oposto ao sentido do movimento, de forma a não
interferir na sua circulação, Figura 6.14.

Recomenda-se, que na aproximação, a colocação de gradil ou outros elementos para


apoio do pé do ciclista, de forma a estimular a sua parada junto a linha de retenção
provendo melhores condições de conforto e segurança, ver item 11.4 do Capítulo 11
deste Manual.

Figura 6.14

Capítulo 6 - 10 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica - Parte II – Projeto

6.2.7. Ciclovia sobre canteiro central ou junto a calçada onde ciclista se desloca
acompanhando o movimento de pedestres
Em ciclovia sobre canteiro central ou junto a calçada em que o ciclista se movimenta
orientado pelo grupo focal de pedestres, ver MSU – Volume 13 – Espaço cicloviário, este
deve ser locado entre a faixa de pedestres e a marcação de cruzamento rodocicloviário.

Nesta condição, acima do grupo focal de pedestre deve ser colocado uma placa
educativa ED-82, com os pictogramas de pedestre e ciclista, para melhor compreensão
da sinalização semafórica, Figura 6.15.

A locação do grupo focal deve atender a visibilidade tanto do pedestre como do ciclista
e, principalmente, para o ciclista que se desloca no contrafluxo.

Figura 6.15

Rev.02 Capítulo 6 - 11
MSU – Sinalização Semafórica

6.2.8. Ciclofaixa partilhada com pedestre em canteiro central


Em ciclofaixa partilhada com pedestre, onde ocorre intersecção com cruzamento
semaforizado e o ciclista se movimenta orientado pelo grupo focal de pedestres, ver MSU
– Volume 13 – Espaço cicloviário, este deve ser locado entre a faixa de pedestres e a
marcação de cruzamento rodocicloviário. Nesta condição, acima do grupo focal de
pedestre deve ser colocada uma placa com o sinal educativo – código ED-82, com os
pictogramas de pedestre e ciclista, para melhor compreensão da sinalização semafórica,
Figura 6.16.

A locação do grupo focal deve atender a visibilidade tanto do pedestre como do ciclista e
principalmente para o ciclista que se desloca no contrafluxo.

Figura 6.16

Capítulo 6 - 12 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica - Parte II – Projeto

No caso de cruzamento semaforizado, sem a marcação de cruzamento rodocicloviário,


sinalizado somente com faixa de travessia de pedestres, onde área de aproximação da
interseção é regulamentada.com sinal R-36c – “Trânsito compartilhado pedestres e
ciclistas”, permitindo o uso compartilhado por pedestres e ciclistas, acima do grupo focal
de pedestres, também deve ser colocada uma placa com o sinal educativo – código ED-
82, com os pictogramas de pedestre e ciclista, Figura 6.17.

Figura 6.17

Rev.02 Capítulo 6 - 13
MSU – Sinalização Semafórica

A Figura 6.18 apresenta um exemplo de locação com os grupos focais veiculares e o de


pedestres.

Figura 6.18

Capítulo 6 - 14 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica - Parte II – Projeto

6.2.9. Ciclofaixa partilhada com pedestre em calçada


Em ciclofaixa na calçada partilhada com pedestre, onde ocorre intersecção com
cruzamento semaforizado e o ciclista se movimenta orientado pelo grupo focal de
pedestres, ver MSU – Volume 13 – Espaço cicloviário, este deve ser locado entre a faixa
de pedestres e a marcação de cruzamento rodocicloviário.

Nesta condição, acima do grupo focal de pedestre deve ser colocada uma placa com o
sinal educativo – código ED-82, com os pictogramas de pedestre e ciclista, para melhor
compreensão da sinalização semafórica, Figura 6.19.

A locação do grupo focal deve atender a visibilidade tanto do pedestre como do ciclista e
principalmente para o ciclista que se desloca no contrafluxo.

Figura 6.19

Rev.02 Capítulo 6 - 15
MSU – Sinalização Semafórica

6.2.10. Espaço compartilhado de pedestres e ciclistas em calçada ou canteiro


Neste caso, a travessia deve ser sinalizada com grupo focal de pedestres, devendo ser
colocado acima deste, uma placa com o sinal educativo – código ED-82, com os
pictogramas de pedestre e ciclista, para melhor compreensão da sinalização semafórica,
Figura 6.20.

Figura 6.20

6.2.11. Travessia de ciclista transversal ao fluxo veicular

a) Travessia de ciclista acompanhada de travessia de pedestres


Em travessia de ciclista que ocorre transversalmente ao fluxo veicular posicionada ao lado
de uma faixa de travessia de pedestres, em que o ciclista se movimenta orientado pelo grupo
focal de pedestres, este deve ser locado entre a faixa de pedestres e a marcação de
cruzamento rodocicloviário.

Nesta condição, acima do grupo focal de pedestre deve ser colocada uma placa com o sinal
educativo – código ED-82, com os pictogramas de pedestre e ciclista, para melhor
compreensão da sinalização semafórica, Figuras 6.21 e 6.22.

Capítulo 6 - 16 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica - Parte II – Projeto

botoeira
Figura 6.21

colocar foco veicular

Figura 6.22

Rev.02 Capítulo 6 - 17
MSU – Sinalização Semafórica

b) Travessia de ciclista isolada


Em travessia de ciclista semaforizada, transversal ao fluxo veicular, onde o movimento
do ciclista ocorre de forma isolada, sem estar acompanhada de demarcação de faixa de
pedestre, deve ser colocado um grupo focal de ciclista voltado para cada sentido de
movimento de travessia de ciclistas, na calçada/canteiro oposto ao sentido do movimento,
de forma a não interferir na sua circulação, Figura 6.23.

Figura 6.23

6.3. Botoeira
O uso de botoeira pelo ciclista ocorre em duas situações:

6.3.1. Ciclista utiliza botoeira do pedestre


Em travessia onde ciclista se movimenta orientado pelo grupo focal de pedestres e o uso
da botoeira é compartilhado, a sua locação deve atender tanto ao pedestre como o
ciclista.

Capítulo 6 - 18 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica - Parte II – Projeto

A botoeira deve ser acompanhada do sinal indicativo de serviço auxiliar com o pictograma
da mão e da bicicleta – código ISA-3a, adesivado na coluna, Figura 6.24.

Figura 6.24

A Figura 6.25 apresenta um exemplo de aplicação.

Figura 6.25

Rev.02 Capítulo 6 - 19
MSU – Sinalização Semafórica

6.3.2. Ciclista utiliza botoeira específica


A locação da botoeira deve atender o ciclista parado junto a linha de retenção. Deve ser
acompanhado do sinal indicativo de serviço auxiliar com o pictograma da mão e da
bicicleta – código ISA-3a, adesivado na coluna, Figura 6.26.

Figura 6.26

Recomenda-se, que na aproximação, a colocação de gradil ou outros elementos para


apoio do pé do ciclista, de forma a estimular a sua parada junto a linha de retenção,
provendo melhores condições de conforto e segurança, ver Capítulo 11, deste Manual. A
Figura 6.27 apresenta um exemplo de aplicação.

Figura 6.27

Capítulo 6 - 20 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

CAPÍTULO 7
CRITÉRIOS DE LOCAÇÃO
GRUPO FOCAL DE PEDESTRES

Este capítulo trata da locação dos grupos focais destinados a pedestres e inclui alguns
critérios de uso destes.

As travessias devem ser sinalizadas obedecendo as disposições contidas no MSU –


Volume 5 – Sinalização Horizontal – Capítulo 3 e conter rebaixamento de calçada e
sinalização tátil, conforme norma específica.

7.1. Critérios gerais de locação dos grupos focais


A colocação do conjunto coluna e grupo focal deve respeitar os seguintes critérios:

a) Deve ser feita na faixa de serviço, respeitando a altura dos grupos focais previstas no
item 3.4.4, do Capítulo 3, mantendo -se a faixa livre de circulação, ver item 1.9 do
Capítulo 1 e aproveitando sempre que possível as colunas existentes, ver item 3.4.3
do Capítulo 3.

b) Deve respeitar o afastamento lateral previsto no item 3.4.6 do Capítulo 3, de forma a


não interferir na circulação de pedestres.

c) Não deve ser locado no acesso principal (rampa ou plataforma) do rebaixamento de


calçada, devendo ser respeitadas as disposições contidas na Norma de rebaixamento
de calçada – CET; exceto quando toda a extensão da faixa de travessia de pedestres
seja rebaixada, desde que se mantenha uma faixa livre de 1,20 m.

Rev.02 Capítulo 7 - 1
MSU – Sinalização Semafórica

A locação do grupo focal com botoeira sonora ou não, deve ser compatibilizada com
a sinalização tátil, conforme norma CET – Rebaixamento de calçada.

d) Não deve ser locado em rebaixamento de calçada utilizado para entrada e saída
veículos.

e) Deve ser locado ao longo da largura da faixa de travessia de pedestres, Figura 7.1.

f) Deve estar voltado para cada sentido de movimento de travessia de pedestres, na


calçada oposta ao sentido do movimento; preferencialmente alinhados, e sempre que
possível o mais próximo da linha de retenção, Figura 7.1.

Figura 7.1

g) Quando locado centrado na faixa de travessia de pedestres deve estar perpendicular a


esta, e no caso de estar decentralizado atender ao disposto no item 4.3 do Capítulo 4.

No caso de travessia de pedestre com largura de faixa superior a 16,00 m, deve ser
feito estudo específico do ângulo de visão dos pedestres e das características do
local. A Figura 7.2 apresenta um exemplo de uma faixa de travessia com 28,00 m de
largura com a colocação de 2 grupos focais por movimento.

Capítulo 7 - 2 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

Figura 7.2

h) deve ser feita, sempre que possível, de forma que os condutores em movimento, não
tenham visão do grupo focal de pedestres, evitando o conflito com as indicações
luminosas veiculares; Figura 7.3.

Figura 7.3

Rev.02 Capítulo 7 - 3
MSU – Sinalização Semafórica

i) Deve ser feita, sempre que possível de forma a minimizar o efeito “largada”, que
ocorre quando o condutor parado junto a linha de retenção tem visibilidade do grupo
focal de pedestre.

A visibilidade do vermelho intermitente sinalizando o fim do direito de travessia de


passagem do pedestre pode provocar no condutor a expectativa do início do seu
direito de passagem.

7.2. Critérios de locação de grupos focais de pedestres


A necessidade de implantação de grupos focais e estágio de pedestres, deve ser avaliada
conforme disposto no Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito – MBST – Volume 5 –
Sinalização Semafórica, item 4.

A implantação de grupos focais para situações específicas não tratadas no MBST, Volume
5, também deve ser avaliada, tais como:

 Rota de pedestres envolvendo escolar, deficiente visual e entorno de polo gerador;


 Travessia em interseções complexas que envolvem percursos onde o pedestre ao
longo do seu caminhar, tem dificuldade de visualizar e/ou identificar os focos
veiculares;
 Via com “mão inglesa”;
 Via com canteiro central e sentido único de circulação;
 Via com circulação exclusiva de ônibus e bicicletas;
 Extensão da travessia;
 Conversão de veículos de grande porte.

Essas situações específicas são tratadas neste Manual – Parte I – Critérios de implantação
(em revisão).

A seguir são apresentados os critérios de locação de grupo focais, conforme as


características geométricas e operacionais e os critérios para locação de grupos focais
nas travessias que ocorrem em paralelo (em carona), que não estão tratados no MBST.

Capítulo 7 - 4 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

7.2.1. Travessia dependente de estágio de pedestres


A travessia que ocorre apenas no estágio de pedestres, deve ser sinalizada com grupos
focais, respeitadas as demais disposições deste Capítulo.

No caso de travessia de via com canteiro central e estágio de pedestres, para garantir a
continuidade das travessias alinhadas, deve ser colocado grupo focal de pedestres para
a travessia em paralelo (em carona), Figura 7.4.

Figura 7.4

Toda travessia semaforizada em meio de quadra, deve ter estágio específico com
colocação de grupos focais e de botoeira.

A seguir são apresentados os critérios de locação em função das características do local.

Rev.02 Capítulo 7 - 5
MSU – Sinalização Semafórica

7.2.1.1. Via com duplo sentido de circulação sem canteiro central


Deve ser colocado um grupo focal voltado para cada sentido de movimento de travessia
de pedestres, na calçada oposta ao sentido do movimento.

A Figura 7.5 apresenta um exemplo de aplicação em interseção e a Figura 7.6 em meio


de quadra.

Figura 7.5

Figura 7.6

Capítulo 7 - 6 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

7.2.1.2. Travessia em via com sentido duplo de circulação e canteiro central –


Lc < 1,30 m
A travessia das pistas deve ser tratada como numa via sem canteiro central, com grupos
focais locados somente nas extremidades, Figura 7.7.

Figura 7.7

No caso de detectada a necessidade de colocação de grupo focal em canteiro central


com largura menor que 1,30 m, deve-se adotar medidas de engenharia de tráfego que
garantam a segurança do pedestre, Figura 7.8.

Figura 7.8

Rev.02 Capítulo 7 - 7
MSU – Sinalização Semafórica

No caso de travessia de pedestres demandada com botoeira, deve ser colocado,


também, botoeira no canteiro central, Figura 7.9.

Figura 7.9

Figura 7.10

Capítulo 7 - 8 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

7.2.1.3. Travessia em via com sentido duplo de circulação e canteiro central –


Lc  1,30 m
Deve ser locado grupo focal de pedestres nas extremidades da travessia e no canteiro
central para travessia em:

 Etapa única
Os grupos focais devem estar sustentados em uma única coluna, Figura 7.11 e 7.12

Figura 7.11

Figura 7.12

Rev.02 Capítulo 7 - 9
MSU – Sinalização Semafórica

 Duas etapas
Os grupos focais devem estar locados em colunas próprias, Figura 7.13, admitidas
as exceções devidamente justificadas por estudos de engenharia.

Figura 7.13

A travessia com estágio específico, pode ser demandada como mostra a Figura 7.15.

Figura 7.14

Capítulo 7 - 10 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

Figura 7.15

Na travessia em meio de quadra, para largura Lc  1,50 m a travessia pode ser


desalinhada por motivos de segurança:
 para permitir ao pedestre a percepção da travessia em etapas distintas;
 alertar o pedestre quanto a circulação exclusiva de ônibus ou de bicicleta no fluxo ou
contrafluxo em determinada faixa;
 alertar o pedestre quanto a faixa reversível.

Neste caso, a travessia desalinhada deve ser acompanhada de colocação de dispositivos


de obstrução física tipo gradil, cerca viva, jardineira, de forma a impedir que o pedestre
atravesse fora da faixa, Figura 7.16. No caso de uso de gradil, deve-se respeitar as
disposições contidas no MSU – Volume 7 – Dispositivos Auxiliares de Sinalização –
Gradil.

Figura 7.16

Rev.02 Capítulo 7 - 11
MSU – Sinalização Semafórica

7.2.2. Travessia em carona, junto à linha de retenção em via com sentido único
de circulação, com ou sem canteiro central
Deve ser colocado grupo focal para pedestres respeitado o disposto no item 7.2 e em
qualquer uma das seguintes situações:

a) No caso em que a indicação luminosa do grupo focal veicular não é visível para os
pedestres. A Figura 7.17 apresenta um exemplo de aplicação em que o foco veicular
está antecipado, dificultando a visibilidade do grupo focal veicular pelos pedestres;

Figura 7.17

b) Extensão da travessia
Em travessias extensas, onde a indicação do grupo focal veicular é visível para o
pedestre, porém a informação não é suficiente para tomada de decisão sobre o momento
de iniciar ou não seu movimento de travessia.

A Tabela 7.1 apresenta uma referência para utilização de grupos focais em função da
extensão da travessia e fluxo de pedestres, devendo ser avaliados outros fatores
dispostos no item 7.2.

Capítulo 7 - 12 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

Tabela 7.1

Extensão total da Fluxo de pedestres Uso de grupo focal


travessia – L (m) (pedestres/hora pico) de pedestres

L 10,00 independe Análise dos demais parâmetros


de segurança
 1.000
10,00  L  14,00
 1.000 obrigatório*

L 14,00 independe obrigatório*

A Figura 7.18 apresenta um exemplo de aplicação.

Figura 7.18

Rev.02 Capítulo 7 - 13
MSU – Sinalização Semafórica

Figura 7.19

Figura 7.20

Capítulo 7 - 14 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

c) Aproximação com mais de um estágio


Em aproximação, onde ocorrem diferentes indicações luminosas veiculares e o pedestre
tem dificuldade de identificar o momento adequado de travessia devido aos movimentos
veiculares que ocorrem em estágios distintos.

A Figura 7.21. apresenta um exemplo de aplicação.

Figura 7.21

Rev.02 Capítulo 7 - 15
MSU – Sinalização Semafórica

d) No caso em que devido as condições de tráfego, durante a indicação luminosa


veicular verde, as faixas de trânsito da aproximação não apresentam
homogeneidade no escoamento do fluxo, acarretando faixas com veículos parados
e outras com escoamento livre, induzindo o pedestre a travessia indevidas.

Esta situação pode ocorrer, por exemplo, em faixas com circulação exclusiva para
determinados veículos, Figura 7.22, assim como em faixas com movimentos
divergentes, Figura 7.23.

Figura 7.22

Capítulo 7 - 16 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

Figura 7.23

e) Em via com volume significativo de motocicletas circulando entre faixas de trânsito,


onde as condições de tráfego, durante a indicação luminosa veicular verde, as faixas
de trânsito da aproximação não apresentam homogeneidade no escoamento do fluxo
acarretando faixas com veículos parados e escoamento livre de motocicletas nas
entre faixas, induzindo o pedestre a travessia em situação de risco, Figura 7.24.

Figura 7.24

Rev.02 Capítulo 7 - 17
MSU – Sinalização Semafórica

7.2.3. Via com canteiro central e sentido duplo de circulação


Travessia sem estágio de pedestres
No caso da travessia não carona não ter estágio para pedestre, não deve ser colocado grupo
focal, a fim de se evitar que o pedestre interprete erroneamente a permissão de pedestres,
nas travessias alinhadas que compõem a mesma linha de movimento, Figura 7.25.

Figura 7.25

Capítulo 7 - 18 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

7.2.4. Travessia em paralelo (carona) afastada da linha de retenção, em via com


sentido duplo de circulação com canteiro central ou ilha de canalização
Em via com duplo sentido de circulação em que a travessia de pedestres ocorre
totalmente em paralelo (carona), a travessia deve ser sinalizada com grupos focais de
pedestres.

Para largura de canteiro central – Lc < 1,30 m, deve ser considerada travessia em uma
única etapa, devendo-se colocar grupo focal somente nas extremidades da travessia.,
Figura 7.26

Figura 7.26

Rev.02 Capítulo 7 - 19
MSU – Sinalização Semafórica

Para largura de canteiro Lc  1.30 m com travessia etapa única, deve ser colocado os
grupos focais de pedestres no canteiro central, Figuras 7.27.

Figura 7.27

Para canteiro Lc  1.30 m com travessia em duas etapas, deve ser colocado os grupos
focais de pedestres no canteiro central, Figuras 7.28.

Figura 7.28

Capítulo 7 - 20 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

7.2.5. Travessia recuada em interseções


Deve ser acompanhada de colocação de dispositivos de obstrução física tipo gradil, cerca
viva, jardineira, de forma a impedir que o pedestre atravesse fora da faixa, Figuras 7.29
e 7.30.

No caso de uso de gradil, deve-se respeitar as disposições contidas no MSU – Volume


7 – Dispositivos Auxiliares de Sinalização – Gradil.

Esta travessia não deve ficar muito afastada da linha de percurso natural dos pedestres,
e deve garantir para os veículos provenientes da conversão, a visibilidade do grupo focal
a distância, conforme Capítulo 4, Figuras 7.29 e 7.30.

Esta configuração de travessia deve ser evitada buscando-se outras alternativas que
garantam maior proximidade da linha de desejo do pedestre.

Figura 7.29

Rev.02 Capítulo 7 - 21
MSU – Sinalização Semafórica

No caso de via de com canteiro central e sentido duplo de circulação, toda a travessia
deve estar sinalizada com grupo focal de pedestres, Figura 7.30.

Figura 7.30

Capítulo 7 - 22 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

7.2.6. Travessia em diagonal (*)


Consiste na demarcação de faixa de travessia de pedestres na diagonal em interseções
semaforizadas, sinalizadas com a faixa na ortogonal, conforme Figura 7.31.

O seu uso está disciplinado no MSU – Volume 5 – Sinalização Horizontal – Capítulo 3.

A interseção deve estar contemplada com estágio específico para travessia de pedestres,
onde for tecnicamente justificável a adoção deste tipo travessia.

Deve ser acompanhada de grupo focal de pedestres voltado para a travessia em


diagonal. Para minimizar as interferências na circulação de pedestres, sempre que
possível, devem-se utilizar as colunas semafóricas existentes.

Quando necessário, os grupos focais de pedestres ou veiculares existentes devem ser


reposicionados para evitar o conflito de indicações luminosas.

Figura 7.31

Rev.02 Capítulo 7 - 23
MSU – Sinalização Semafórica

7.3. Botoeira de pedestres


Suas características estão descritas no item 3.6.3 do Capítulo 3 deste Manual.

7.3.1. Critérios de uso


A seguir estão apresentados os critérios para uso de botoeira:

a) Estágio de pedestres
Deve ser colocada botoeira sempre que o estágio de pedestres for demandado em
pelo menos um período do dia. Os critérios para demandar ou não o estágio de
pedestres, estão estabelecidos neste Manual – Parte III – Programação, (em
revisão).

b) Travessia em meio de quadra


Toda travessia em meio de quadra deve ser demandada com acionamento de
botoeira.

c) Movimento de pedestres na travessia


Na travessia deve ser colocada uma botoeira para cada sentido de movimento de
pedestres, Figura 7.32.

Figura 7.32

Capítulo 7 - 24 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

Excepcionalmente, pode-se utilizar uma única botoeira para atender a duas travessias
demandadas no mesmo estágio, quando locada na área de ambas as travessias, Figura
7.33 e 7.34, exceto no caso de botoeira sonora.

Figura 7.33

Figura 7.34

d) Travessia em etapa única, em via com canteiro central com largura – Lc < 1,30 m.
No caso de travessia demandada, deve também ser colocada botoeira no canteiro
central, sendo que a botoeira deve ser disposta de forma a ser visível para os pedestres
que eventualmente estão retidos no canteiro, Figura 7.35.

Rev.02 Capítulo 7 - 25
MSU – Sinalização Semafórica

Figura 7.35

e) Travessia em etapa única, em via com canteiro central com largura – Lc  1,30 m.
Toda coluna com grupo focal de pedestres deve conter botoeira, sendo que a botoeira
no canteiro central deve ser disposta de forma a ser visível para os pedestres que
eventualmente não tenham completado a travessia, Figura 7.36.

Figura 7.36

Capítulo 7 - 26 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

f) Travessia em duas etapas em via com canteiro central Lc  1,30 m


Deve ser colocada botoeira somente nas travessias com estágio de pedestres, não devendo
ser colocada botoeira na travessia que ocorre em paralelo (em carona), Figura 7.37.

Figura 7.37

7.3.2. Critérios de locação


Para locação da botoeira deve-se respeitar os seguintes critérios:

a) Deve ser posicionada de modo a permitir ao pedestre associar o dispositivo com a


travessia correspondente, Figura 7.38 e garantir a acessibilidade a todos,
principalmente ao deficiente visual e os com mobilidade reduzida;

b) A colocação do conjunto coluna, grupo focal e botoeira deve ser feita na faixa de
serviço, respeitando os limites da largura da faixa de pedestres, de forma a não
interferir na sua circulação, mantendo a faixa livre de, no mínimo, 1,20 m;

c) A projeção dos seus elementos deve respeitar um afastamento mínimo de 0,30 m do


meio fio e máximo de 1,20 m, Figura 7.38 e a altura de locação atender ao disposto
no item 3.6.3. do Capítulo 3, Figura 7.39.

Rev.02 Capítulo 7 - 27
MSU – Sinalização Semafórica

A coluna pode ser implantada na aba do rebaixamento devendo ser avaliada as


condições de acessibilidade.

Figura 7.38

Figura 7.39

Capítulo 7 - 28 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

7.3.3. Relacionamento com outra sinalização


A botoeira deve vir acompanhada de:

7.3.3.1. Sinalização vertical indicativa:


Estes sinais estão disponíveis no Sistema GP/CET, em Sinalização Semafórica.

a) Sinal indicativo de serviço auxiliar com a mensagem “Para atravessar aperte o botão”
código ISA-3, adesivada na coluna semafórica;

Figura 7.40

b) Sinal educativo com as mensagens “Não atravesse – Inicie travessia – Termine


travessia iniciada” – código ED-77, adesivada na coluna semafórica.

Figura 7.41

O conjunto botoeira e os sinais indicativos ISA-3 e ED-77 deve estar visível e acessível
ao pedestre, devendo-se avaliar, para a sua locação, a direção dos fluxos de pedestres,
o alinhamento de construção e eventuais obstruções visuais, Figura 7.41.

Quando as condições de visibilidade não podem ser atendidas pelo posicionamento


padrão, pode-se locar o conjunto em ângulo diferente do usual ou utilizar dois conjuntos
de sinais ISA-3 e ED-77, Figuras 7.42 e 7.43.

Rev.02 Capítulo 7 - 29
MSU – Sinalização Semafórica

Figura 7.42

Figura 7.43

Capítulo 7 - 30 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

Figura 7.44

7.3.3.2. Sinalização tátil


A botoeira deve ter sua localização sempre identificada por piso tátil direcional e de alerta
e de rebaixamento conforme disposições contidas na norma de projeto – CET –
Rebaixamento de calçada.

O posicionamento da botoeira e demais medidas de acessibilidade devem garantir o


deslocamento de todos os deficientes, entre eles: o visual, cadeirante, pessoa com
nanismo.

Em via com canteiro central e travessia em etapa única, o uso de piso tátil direcional pode
ser dispensado em função da largura do canteiro.

Rev.02 Capítulo 7 - 31
MSU – Sinalização Semafórica

A Figura 7.45 apresenta um exemplo em que a linha guia é o alinhamento da construção.

Figura 7.45

A Figura 7.46 traz um exemplo em que a linha guia é um piso tátil direcional.

Figura 7.46

7.3.3.3. Iluminação da faixa


Recomenda-se iluminação da travessia de pedestres, visando melhorar a condição de
visibilidade dos motoristas.

Capítulo 7 - 32 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

7.4. Botoeira de pedestres sonora


As suas características estão dispostas no item 3.6.3.2 do Capítulo 3, deste Manual.

7.4.1. Critérios de uso


Nos semáforos de pedestres deve ser utilizada botoeira sonora em rotas de pessoas com
deficiência visual, em vias públicas de grande circulação, ou que deem acesso aos
serviços de reabilitação, conforme art. 9º da Lei nº 10.098, ver item 1.8 do Capítulo1,
deste Manual.

Não deve ser utilizada botoeira sonora:

a) de forma isolada, mas ser conectada a um percurso de interesse ou rota para criação
de uma futura rede de acessibilidade;

b) em local onde estudos de engenharia determinarem que a sua utilização torna a


travessia perigosa para o deficiente visual.

7.4.2. Critérios de locação


De locação A implantação de botoeira sonora deve respeitar os critérios dispostos no
item 7.3.2. deste Capítulo e os critérios a seguir:

a) Numa interseção, todas as travessias associadas a rota do deficiente visual devem


ser contempladas com grupo focal de pedestres e botoeira sonora, Figura 7.47,
inclusive as travessias em paralelo (carona).

Rev.02 Capítulo 7 - 33
MSU – Sinalização Semafórica

Figura 7.47

De acordo com as características do local, esgotadas as possibilidades, quando não é


possível garantir que todas as travessias possuam botoeira sonora, por razões técnicas
ou por não apresentar condições seguras para o deficiente visual, o projeto deve ser
adequado e justificado de forma a manter a continuidade e conexão da rota.

A Figura 7.48 apresenta um exemplo de aplicação, onde não foi possível garantir a
travessia sonora na faixa de pedestre junto ao terminal de ônibus, porém foi garantida a
continuidade da rota e o acesso ao terminal.

Capítulo 7 - 34 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

Figura 7.48

b) Deve-se garantir um afastamento mínimo de 3,0 m entre botoeiras sonoras para


identificação da origem da fonte sonora e o caminho a seguir pelo deficiente visual 1
e a conexão com os respectivos pisos direcionais, Figura 7.49.

1 Adaptado do Manual on Uniform Traffic Control Devices - MUTCD – 2012

Rev.02 Capítulo 7 - 35
MSU – Sinalização Semafórica

Em local onde não é possível garantir a distância mínima de 3,0 m, deve-se buscar
outras soluções tais como: remanejar os grupos focais existentes e/ou desalinhar a
faixa de travessia, aumentar a largura da faixa, adequa a programação em etapa única;

c) Quando a travessia ocorre em duas etapas, a botoeira sonora deve ser separada
mantendo-se uma distância entre elas de 3,0 m, fazendo-se a sua conexão com piso
tátil direcional e alerta.

Figura 7.49

d) O comprimento da travessia executada com botoeiras sonoras, não pode ser superior
42,0 m, para garantir ao deficiente visual o caminho a seguir, com a identificação da
origem da fonte sonora uma vez que o alcance sonoro de cada botoeira é de no
máximo 21,0 m,2 Figura 7.50.

2 Manual on Uniform Traffic Control Devices - MUTCD – 2012

Capítulo 7 - 36 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

Figura 7.50

e) Em via com canteiro central e travessia em etapa única não deve ser colocada
botoeira sonora no canteiro central, Figuras 7.51 e 7.52, respeitando-se o disposto
no item b.

Figura 7.51

Rev.02 Capítulo 7 - 37
MSU – Sinalização Semafórica

Figura 7.52

7.4.3. Relacionamento com outra sinalização e outras medidas

7.4.3.1. Sinalização vertical indicativa


Estes sinais estão disponíveis no Sistema GP/CET em Sinalização semafórica.

a) Sinal indicativo de serviço auxiliar com a mensagem “Para atravessar aperte o botão”
código ISA-3, adesivada na coluna.

Figura 7.53

Capítulo 7 - 38 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

b) Sinal educativo com as mensagens “Não atravesse – Inicie travessia – Termine


travessia iniciada” – código ED-77, adesivada na coluna – no GP de sinalização
semafórica.

Figura 7.54

Os critérios de locação estão no item 7.3.3.1 deste capítulo.

Figura 7.55

Rev.02 Capítulo 7 - 39
MSU – Sinalização Semafórica

7.4.3.2. Sinalização tátil e rebaixamento


A botoeira sonora deve ter sua localização sempre identificada por piso tátil direcional e
de alerta e de rebaixamento, conforme disposições contidas na norma de projeto – CET
– Rebaixamento de calçada.

O posicionamento da botoeira e demais medidas de acessibilidade devem garantir o


deslocamento de todos os deficientes, entre eles: o visual, cadeirante, pessoa com
nanismo.

Em via com canteiro central e travessia em etapa única, o uso de piso tátil direcional pode
ser dispensado em função da largura do canteiro.

7.4.3.3. Iluminação da faixa


Recomenda-se iluminação da travessia de pedestres, visando melhorar a condição de
visibilidade dos motoristas.

Capítulo 7 - 40 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

CAPÍTULO 8
CRITÉRIOS DE LOCAÇÃO
GRUPO FOCAL DE ADVERTÊNCIA

8.1. Aspectos gerais


A sinalização semafórica de advertência tem a função de advertir sobre a existência de
obstáculo ou situação perigosa, devendo o condutor reduzir a velocidade e adotar as
medidas de precaução compatíveis com a segurança para seguir adiante. Ver item 1.7 do
Capítulo 1 deste Manual.

Admite-se o uso isolado da indicação luminosa em amarelo intermitente, do grupo focal


de regulamentação, em determinados horários e situações específicas. Fica o condutor
do veículo obrigado a reduzir a velocidade e respeitar o disposto no Artigo 29, inciso III,
alínea C.

As características desta sinalização estão estabelecidas no item 3.3. do Capítulo 3, deste


Manual.

8.2. Uso em grupo focal veicular de regulamentação


Em situações especiais, o semáforo de regulamentação pode ser utilizado para efeito de
sinalização semafórica de advertência.

No período noturno e em ocasiões operacionais especiais, conforme programação ou em


situações de falhas, o foco amarelo do grupo focal de regulamentação emite indicação
luminosa intermitente para todas as aproximações, permanecendo apagados todos os
demais focos veiculares, verde e vermelho, incluindo todos os de pedestres.

Rev.02 Capítulo 8 - 1
MSU – Sinalização Semafórica

Os critérios para utilização da sinalização semafórica operando em amarelo intermitente


estão dispostos no MSU – Volume VI – Sinalização semafórica – Parte III – Programação
e no item 4.3 do MBST – Volume V – Sinalização semafórica.

8.3. Uso como alerta de obstáculos


A sinalização semafórica de advertência pode ser utilizada para alertar obstáculos
permanentes não removíveis, tais como pilares e estruturas de obras de arte, ilhas
circundantes de elementos tais como árvores. Neste caso deve ser utilizado um grupo
focal composto por 2 focos amarelos na posição vertical. A Figura 8.1 apresenta um
exemplo de aplicação.

Figura 8.1

Capítulo 8 - 2 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

8.4. Outros usos


Caracteriza-se pelo uso da sinalização semafórica de advertência em complemento as
mensagens da sinalização vertical de advertência. Nestes casos, o conjunto de
sinalização deve ter aprovação da área de normas técnicas. A seguir apresentamos
alguns exemplos desta sinalização:

● Via ou trecho de via com detector de altura em complemento a sinalização vertical de


advertência especial. A Figura 8.2 apresenta um exemplo de aplicação;

Figura 8.2

● Situações operacionais em complemento a sinalização vertical de advertência


especial. A Figura 8.3 apresenta alguns exemplos de alguns usos tais como; faixa
reversível em operação e interdições operacionais;

Figura 8.3

Rev.02 Capítulo 8 - 3
MSU – Sinalização Semafórica

● Complementando no ponto de travessia, a sinalização de advertência sinal A-32b –


“Passagem sinalizada de pedestres” ou sinal A-33b – “Passagem sinalizada de
escolares” colocada antecipadamente, conforme Capítulo 3 do MSU – Volume V –
Sinalização Horizontal, item 3.4 – Faixa de travessia de pedestres em meio de
quadra, sem controle semafórico de regulamentação. A Figura 8.4 apresenta um
exemplo de aplicação.

Figura 8.4

Capítulo 8 - 4 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

CAPÍTULO 9
CRITÉRIOS DE LOCAÇÃO
CONTROLADOR

Este capítulo apresenta os critérios de locação para controlador semafórico. As


características dos controladores e seus tipos de fixação, estão descritas no item 3.5.2, do
Capítulo 3.

9.1. Critérios de locação


A locação do controlador deve respeitar os seguintes critérios:

a) Deve ser feita na calçada, preferencialmente na faixa de serviço, mantendo -se a


faixa livre de circulação de pedestres, ver item 1.9 do Capítulo 1 deste Manual.

b) O controlador fixado em coluna deve garantir uma altura livre (h) de 2,10 m, Figura 9.1.
No caso em que a altura livre de implantação é superior a 0,60 m e inferior a 2,10 m,
deve ser acompanhado de sinalização tátil de alerta, conforme ABNT – NBR 16.537.

c) Deve garantir um afastamento lateral mínimo de 0,30 m do meio fio, Figura 9.1.

d) Não deve ser locado junto a faixa de travessia de pedestres, guia rebaixada de entrada
e saída de veículos.

Rev.02 Capítulo 9 - 1
MSU – Sinalização Semafórica

Figura 9.1

e) A instalação do nobreak em via pública, quando necessária, deve ser feita em postes
metálicos próximo ao controlador. Para implantação, em cada cruzamento, a análise
da necessidade do equipamento e seu posicionamento na via são definidos pela área
técnica da SSI.

9.2. Recomendações de projeto


A seguir são apresentadas algumas recomendações para elaboração de projetos de
implantação de controladores.

9.2.1. Deve-se evitar a sua locação em áreas com probabilidade de choques com
veículos, tais como na tangente de curvas.

Capítulo 9 - 2 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

9.2.2. No caso de controladores interligados fisicamente em rede, estes devem estar


posicionados preferencialmente do mesmo lado da via, de forma a otimizar cabos
e dutos subterrâneos da rede de comunicação.

9.2.3. Deve ser locado de forma a otimizar as redes de dutos e fiação elétrica.

9.2.4. Deve ser locado, garantindo espaço suficiente para execução de serviços de
operação e manutenção sobre calçada, de forma segura.

9.2.5. Deve ser instalado próximo à rede elétrica para alimentação, considerando
também a possibilidade de locação de um nobreak, Figuras 9.2 e 9.3.

Figura 9.2

Rev.02 Capítulo 9 - 3
MSU – Sinalização Semafórica

Figura 9.3

9.2.6. Deve ser posicionado em locais com boa visibilidade da área de interseção, a fim
de facilitar a operação manual do semáforo.

9.2.7. Deve-se evitar a locação do controlador:

a) em calçadas com aglomeração ou intensa movimentação de pedestres, tais como:


pontos de ônibus, estações do metrô, pontos comerciais e de eventos;

b) próximo a cabos de alta tensão e linhas de trólebus;

c) junto ao alinhamento da construção, próximo ao acesso de janelas e portões, muro


divisor de edificação lindeira para que o controlador não seja usado como “escada”;

Capítulo 9 - 4 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

d) em locais ermos que propiciem atos de vandalismo; próximo a terrenos baldios ou


em fase de construção;

e) em locais sujeitos a enchentes e alagamentos, devendo-se nestes casos adotar


bases mais altas para proteger o controlador da linha d’água.

Rev.02 Capítulo 9 - 5
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

CAPÍTULO 10
CRITÉRIOS DE LOCAÇÃO
DETECTOR VEICULAR

Este capítulo apresenta os critérios de locação para detector veicular. As características


do detector estão descritas no item 3.6, do Capítulo 3 deste Manual.

10.1. Tipos de uso


O uso de detectores implantados numa seção transversal da via depende do tipo de
controle semafórico, que são de:

● Controle centralizado em tempo real


Neste tipo de controle, com base nas informações dos detectores de tráfego, são
definidos a partir dos dados coletados em uma determinada rede: a partição dos tempos
de verde, o ciclo e as defasagens, processados por um sistema central.

A locação dos detetores deve atender especificações técnicas de cada sistema. No caso
do sistema SCOOT deve ser observado o manual específico - Scoot Traffic Handbook,
as Notas Técnicas CET n.ºs 236 e 243 e o Boletim Técnico CET n.º 38.

● Controle por atuação veicular


Neste tipo de controle, com base nas informações dos detectores de tráfego em um
determinado local, a duração de um determinado estágio é variável, partindo de um valor
mínimo de tempo de verde podendo receber ou não extensões neste tempo, limitado a
um valor máximo, processados no próprio controlador. Ver item 8.2 do MBST – Volume
V – Sinalização Semafórica.

Rev.02 Capítulo 10 - 1
MSU – Sinalização Semafórica

● Controle em tempo fixo com demanda veicular


Neste tipo de controle, a ocorrência de um determinado estágio depende da presença ou
não de veículos detectados e processados no sistema local.

10.2. Recomendações gerais para locação


A escolha da seção de via para implantação de detector, depende da tecnologia utilizada
(indutivo, magnético ou virtual), do tipo de controle semafórico e do sistema utilizado,
devendo ser consultado o manual específico para cada caso.

10.2.1. Em via com duplo sentido de circulação deve-se locar os detectores de forma
que o fluxo oposto não interfira na detecção, exceto no caso de laço indutivo
unidirecional, em que o sistema de detecção tem a funcionalidade de
desconsiderar a invasão do fluxo oposto, conforme Figura 10.1.

Figura 10.1

Capítulo 10 - 2 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

10.2.2. Para a detecção de movimentos em faixa exclusiva de conversão, à direita ou à


esquerda, deve-se locar o detector de forma que os movimentos veiculares em
frente, não sejam detectados. A Figura 10.2 apresenta um exemplo de aplicação para
laço indutivo.

Figura 10.2

10.2.3. Deve-se evitar o posicionamento do detector em locais:


a) que apresentem estacionamento com alta rotatividade;
b) próximos a pontos de parada de ônibus;
c) próximos a guias rebaixadas com alto movimento de entrada e saída de veículos.

10.3. Detecção veicular – Sistema intrusivo


Neste sistema, a detecção é feita por sensor instalado no pavimento tipo laço indutivo ou
sensor magnético.

10.3.1. Laço indutivo


O laço indutivo constitui-se de uma instalação com voltas de fio de cobre (espiras),
embutida no pavimento, em que circula uma corrente elétrica, cuja intensidade varia em
função da alteração de seu campo magnético quando um veículo passa sobre ela, ver
item 3.6.1.1, do Capítulo 3 deste Manual.

Rev.02 Capítulo 10 - 3
MSU – Sinalização Semafórica

Essa variação é interpretada pelos circuitos eletrônicos como uma informação de veículo
detectado. Um ou mais laços indutivos locados paralelamente em uma aproximação
formam uma seção de detecção, Figura 10.3.

Figura 10.3

Para elaboração de projeto de detecção por laço indutivo devem ser observados os
seguintes itens:

a) Deve respeitar a identificação visual disposta no item 3.6.1.1.2, do Capítulo 3.

b) Deve ser instalado em pavimento rígido, preferencialmente no centro da placa ou


em pavimento com capa asfáltica em bom estado de conservação e com espessura
que garanta a implantação do laço detector.

c) Deve ser mantido um afastamento mínimo de 3,0 m de poços de visita, bueiros ou


quaisquer outros equipamentos urbanos (exemplo: lombadas), cuja operação e
manutenção possam vir a prejudicar o desempenho dos laços detectores.

Capítulo 10 - 4 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

d) Em local onde há ocorrência de veículos estacionados, para que a massa metálica


não interfira na detecção, deve-se manter uma distância mínima de 2,30 m do meio
fio do laço detector no caso de veículos de pequeno porte e de 3,00 m, para os
demais veículos, exceto nos casos onde o sistema de detecção tenha a função de
auto configuração da área de detecção.

Figura 10.4

e) Deve-se manter uma distância mínima entre laços de 0,50 m e uma distância máxima
entre laços que não permita a passagem de um automóvel sem ser detectado. A
Figura 10.5 apresenta um exemplo de projeto funcional de uma seção de detecção
com três laços.

f) O laço não deve ser instalado próximo a materiais metálicos enterrados, tais como
trilhos de bonde e estruturas de obras de arte.

Rev.02 Capítulo 10 - 5
MSU – Sinalização Semafórica

Figura 10.5

10.3.2. Detecção veicular – Detector magnético


O detector magnético é constituído por magnetômetros implantados no pavimento que
podem se comunicar sem fio com o controlador. Ver características no item 3.6.1.2, do
Capítulo 3 deste Manual.

Para elaboração de projeto devem ser observados os seguintes itens:

a) No caso de receptor com antena, esta deve ser instalada na área de alcance do
sensor, conforme orientações do manual do fabricante.

b) Somente pode ser instalado em pavimentos em bom estado de conservação e com


espessura que garanta a implantação do sensor, seguindo orientações do fabricante.

c) Deve-se evitar posicionar o sensor em local onde há ocorrência de veículos


estacionados.

Capítulo 10 - 6 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

10.4. Detecção veicular – Overhead


Detecção veicular overhead são sistemas de detecção que não dependem de instalação
de sensores no pavimento. Ver item 3.6.2, do Capítulo 3.

10.4.1. Videodetecção
O sistema de videodetecção permite o desenho de zonas de detecção sobre a imagem
da via visualizada no monitor de vídeo. Neste caso, os veículos cruzam zonas de
detecção configuradas, que são ativadas pela mudança do padrão da imagem do vídeo,
resultando na detecção dos veículos.

Para elaboração de projeto, devem ser observados os seguintes itens:

a) A câmera deve ser instalada em coluna, pórtico ou braço projetado, Figura 10.6.

Figura 10.6

b) A câmera deve ser posicionada de modo que detecte tanto veículo parado quanto
em movimento e de qualquer tipo (ônibus, caminhão, automóvel, motocicleta).

Rev.02 Capítulo 10 - 7
MSU – Sinalização Semafórica

c) A câmera deve ser posicionada de forma que a área de detecção, tenha um alcance
mínimo de 20,0 m e uma extensão de até quatro faixas de trânsito na seção de via,
permitindo que as seções de detecção estejam delineadas na imagem, Figura 10.6.

Figura 10.7

10.4.2. Outras tecnologias de detecção veicular – Overhead


A detecção veicular pode ser feita utilizando outras tecnologias como:
● Detecção por micro-ondas;
● Detecção por radiação infravermelha;
● Detecção ultrassônica.

Para elaboração de projeto, o sensor de detecção deve:

a) ser instalado em coluna, pórtico ou braço projetado;

b) ser posicionado de modo que execute a detecção desejada, dependendo do tipo de


controle semafórico.

Capítulo 10 - 8 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

CAPÍTULO 11
RELACIONAMENTO COM OUTRA SINALIZAÇÃO E
MEDIDAS COMPLEMENTARES

Neste capítulo são apresentadas a sinalização mais utilizada que complementa a


sinalização semafórica e medidas complementares, devendo ser respeitados os critérios
estabelecidos nos manuais específicos.

11.1. Sinalização horizontal

11.1.1. Linha de retenção


Toda sinalização semafórica de regulamentação veicular e ciclista, deve ser
acompanhada da respectiva linha de retenção. No caso de grupo focal veicular, deve ser
respeitado o disposto no item 4.1, do Capítulo 4 e item 5.1.1, do Capítulo 5, deste Manual
e o disposto no Capítulo 3 do MSU – Volume V – Sinalização horizontal e para grupo
focal de bicicleta, o disposto no item 4.2 do Capítulo 4, deste Manual e o disposto MSU
– Volume 13 – Espaço cicloviário.

11.1.2. Linha de divisão de fluxos de sentidos opostos dupla contínua amarela


Deve ser utilizada para proibir os movimentos de transposição e ultrapassagem junto à
aproximação, ordenando os fluxos opostos, Figura 11.1. Tem comprimento de 15,0 m ou
30,0 m, contados a partir da linha de retenção, exceto quando estudos de engenharia indiquem
maior ou menor dimensão, ver MSU – Volume 5 – Sinalização Horizontal, Capítulo 2.

Rev.02 Capítulo 11 - 1
MSU – Sinalização Semafórica

Figura 11.1

11.1.3. Linha de divisão de fluxos de mesmo sentido contínua branca – linha de


aproximação
Deve ser utilizada para ordenar o fluxo de veículos na aproximação, permitindo melhor
aproveitamento do tempo de verde. Tem comprimento de 15,0 m ou 30,0 m, contados a
partir da linha de retenção, exceto quando estudos de engenharia indiquem maior ou
menor dimensão, ver MSU – Volume 5 – Sinalização Horizontal, Capítulo 2.

Figura 11.2

Capítulo 11 - 2 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

11.1.4. Marcação de área de conflito


Recomenda-se seu uso em interseção semaforizada onde frequentemente os veículos
obstruem a circulação de vias, Figura 11.3, e onde a locação da linha de retenção cria
uma área em que a parada dos veículos prejudica a circulação, Figura 11.4, ver item 3.5
do Capítulo 3 do MSU – Volume V – Sinalização horizontal.

Figura 11.3

Figura 11.4

Rev.02 Capítulo 11 - 3
MSU – Sinalização Semafórica

11.1.5. Setas direcionais e legenda “SÓ”


Deve ser utilizada seta para orientar o condutor, o correto posicionamento dos veículos
nas faixas de trânsito, em especial em aproximação controlada por grupo focal com seta.
Devem ser utilizadas conforme MSU – Volume 5 – Sinalização horizontal, Capítulo 6.

Figura 11.5

Pode ser complementada com sinalização vertical educativa contendo mensagem “Só
conversão”, 1 topônimo e 1 seta de posicionamento – sinal ED-46 e “com 2 setas de
posicionamento – sinal ED-47 e com 1 seta de posicionamento e uma de direcionamento
– sinal ED-47a; ou contendo a mensagem “Só retorno”, 1 topônimo e 1 seta de
posicionamento sinal ED-50, devendo sempre estar acompanhada de seta e legenda
“SÓ” demarcadas no solo, conforme norma “Faixa Só”.

Capítulo 11 - 4 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

ED-46 ED 47

ED- 47a ED-50

Figura 11.6

A Figura 11.7 apresenta um exemplo de aplicação.

Figura 11.7

Rev.02 Capítulo 11 - 5
MSU – Sinalização Semafórica

11.1.6. Legenda “SINAL A – m”


Recomenda-se sua utilização em local onde o semáforo representa uma situação
inesperada para o condutor e nas seguintes situações:
● local onde as regras de visibilidade à distância descritas no item 4.1.1 do Capítulo 4,
deste Manual não são atendidas;
● em término de rodovia, na chegada do perímetro urbano;
● saída de via de trânsito rápido;
● saída de túnel.

Deve sempre estar associada ao sinal A-14 “Semáforo à frente”, com a informação
complementar “A    m”, conforme o item 11.2.1 deste Capítulo. Para seu uso deve ser
consultado o item 6.3 do Capítulo 6 - MSU – Volume V – Sinalização Horizontal.

Figura 11.8

11.1.7. Faixa de travessia de pedestres


Seu uso é obrigatório em locais sinalizados com grupo focal de pedestres, conforme
critérios dispostos no Capítulo 3 do MSU – Volume 5 - Sinalização horizontal.

Capítulo 11 - 6 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

11.2. Sinalização vertical de advertência


A sinalização vertical de advertência deve ser fixada de forma a não comprometer a
segurança e a visibilidade dos grupos focais. Os sinais mais utilizados são:

11.2.1. Sinal – A-14 – “Semáforo à frente”


Deve ser utilizada em situações, onde o semáforo é uma situação inesperada para o
condutor:
● local onde as regras de visibilidade à distância, necessárias para a percepção,
reação e manobra do condutor e/ou ciclista descritos no Capítulo 4, deste Manual
não são atendidas;
● em término de rodovia, na chegada do perímetro urbano;
● saída de via de trânsito rápido;
● saída de túnel;
● quando da implantação de semáforo novo, em via sem cruzamentos semaforizados
próximos, o sinal A-14, deve ser colocado em caráter temporário devendo
permanecer no local pelo prazo mínimo de 6 meses.

O sinal A-14 pode ser complementado com informações tais como: de distância - “A  
 m”, sendo que o número deve ser múltiplo de 50 e “Próxima quadra”.

Em término de rodovia e saída de via de trânsito rápido, por constituir uma condição
inesperada, o sinal A-14 – “Semáforo à Frente”, deve ser acompanhado de informações
complementares indicando a distância do semáforo, no mínimo a 300 m e repetido a 150 m.
Pode ser acompanhado de sinalização horizontal conforme item 11.1.6, deste Capítulo.

A-14 AC-1
Figura 11.9

Rev.02 Capítulo 11 - 7
MSU – Sinalização Semafórica

11.2.2. Sinal OA-14-1 - “Semáforo à frente” - Semáforo em implantação”


Este sinal deve ser utilizado junto à sinalização semafórica durante a fase de sua
implantação, devendo ser retirado após sua conclusão.

OA-14-1 OA-14-1h

Figura 11.10

11.3. Sinalização vertical indicativa


A sinalização vertical deve ser fixada de forma a não comprometer a segurança e a
visibilidade dos grupos focais. Os sinais mais utilizados são:

11.3.1. Sinal ED-1c3 – “Nunca feche o cruzamento”


Pode ser utilizada em interseção semaforizada onde frequentemente os veículos
obstruem a circulação de vias sendo recomendado o uso conjunto com a marcação de
área de conflito, ver item 11.1.4, deste Capítulo. Deve ser fixada no braço projetado da
coluna de sustentação do grupo focal ou local próximo, conforme critérios dispostos no
item 3.5, do Capítulo 3 do MSU – Volume V – Sinalização horizontal.

ED-1c3

Figura 11.11

Capítulo 11 - 8 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

11.3.2. Sinal ED-4 – “Aguarde o verde – Semáforo de 3 fases


Pode ser utilizada em interseções semaforizadas com 3 ou mais estágios, onde o início
do direito de passagem, estabelecido pela indicação luminosa verde, é de difícil
percepção pelo condutor.

ED-4

Figura 11.12

11.3.3. Sinal ED-13 – “Esquerda livre”


Deve ser utilizado em local sinalizado com foco único, “seta à esquerda” de direção livre,
e fixado na coluna de sustentação deste foco, ver item 5.10, do Capítulo 5 deste Manual.

ED-13
Figura 11.13

11.3.4. Sinal ED-14 – “DIREITA LIVRE”


Deve ser utilizado em locais sinalizados com foco único “seta à direita” de direção livre,
e fixada na coluna de sustentação deste foco, ver item 5.10, do Capítulo 5 deste Manual.

ED-14
Figura 11.14

Rev.02 Capítulo 11 - 9
MSU – Sinalização Semafórica

11.3.5. Sinal ED- 60 – FAIXA LIVRE”


Este sinal educativo pode ser utilizado em local sinalizado com foco único “seta em
frente” de direção livre, e fixado em braço projetado, podendo ser utilizados outros sinais
conforme projeto, ver item 5.10, do Capítulo 5 deste Manual.

ED- 60
Figura 11.15

11.3.6. Sinal ED-83 – “Semáforo ligado – Domingo   –   h”


Recomenda-se o uso desta sinalização educativa junto ao semáforo que entra em
funcionamento somente num determinado horário, como ocorre em geral no caso de
ciclofaixa operacional de lazer.

ED-83

Figura 11.16

Capítulo 11 - 10 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

11.3.7. Sinal ED-69 e ED-69h – “NA CONVERSÃO PRIORIDADE SEMPRE DO


PEDESTRE – Pictograma de pedestre na faixa”
Deve ser utilizado em interseção onde ocorre movimento de conversão significativo de
veículos, semaforizados ou não, sem grupo focal de pedestres, sinalizado com faixa de
pedestres, conforme dispõe artigo 70 combinado com o artigo 214, inciso V do CTB, ver
item 1.2.3 do Capítulo 1 deste Manual.

ED-69 ED-69h

Figura 11.17

11.3.8. Sinal ED-72 e ED-72h – “PRIORIDADE NA CONVERSÃO – pictograma de


pedestre e ciclista”
Deve ser utilizado em interseção onde ocorre movimento de conversão de veículos
significativo, semaforizados ou não, sem grupo focal de pedestres ou de ciclistas,
sinalizado com faixa de pedestres e marcação de cruzamento rodocicloviário, ver item
1.2.1 do Capítulo 1 deste Manual.

ED-72 ED-72h
Figura 11.18

Rev.02 Capítulo 11 - 11
MSU – Sinalização Semafórica

11.3.9. Sinal ED-77 – “Não atravesse – Inicie travessia – Termine a travessia”


Toda travessia de pedestre sinalizada com grupo focal de pedestre deve vir
acompanhada do sinal ED-77 e deve estar posicionado na coluna acima da botoeira,
quando existir e de forma paralela à correspondente faixa de pedestres, Figura 11.19.
Recomenda-se a sua colocação a 1,40 m do solo e adesivada na coluna.
.

ED-77

Figura 11.19

O sinal ED-77 deve estar visível ao pedestre, devendo-se avaliar, para a sua locação, a
direção dos fluxos de pedestres, o alinhamento de construção e eventuais obstruções

Capítulo 11 - 12 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

visuais. A Figura 11.20 apresenta um exemplo de aplicação.

Figura 11.20

11.3.10. Sinal-ISA-3 – “PARA ATRAVESSAR APERTE O BOTÃO”


Deve ser utilizado sempre que o grupo focal de pedestre for demandado por botoeira,
Figura 11.21. A sua colocação na via deve respeitar os critérios dispostos no item 7.3.3.1,
do Capítulo 7. Deve ser adesivado na coluna e colocado abaixo da botoeira, Figura 11.21
e sempre associado ao sinal ED-77.

Figura 11.21

Rev.02 Capítulo 11 - 13
MSU – Sinalização Semafórica

A Figura 11.22 apresenta um eemplo de aplicação.

Figura 11.22

11.3.11. Sinal ISA-3a – “Pictogramas pedestre e ciclista”


Deve ser utilizado sempre que o grupo focal de ciclista for demandado por botoeira, ver
item 6.3.2. do Capítulo 6 ou quando o grupo focal de pedestre apresenta botoeira
compartilhada com ciclista, ver item 6.3.1, do Capítulo 6 deste Manual.

ISA-3a
Figura 11.23

Capítulo 11 - 14 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

11.3.12. Sinal ED - 82 – “Pictogramas pedestre e ciclista”


Deve ser utilizado sempre que o ciclista se movimenta utilizando o grupo focal de
pedestre. Este sinal educativo deve ser colocado acima do foco, para melhor
compreensão da sinalização semafórica tanto pelo pedestre como pelo ciclista, Figura
11.24, conforme disposições contidas nos itens 6.2.7 a 6.2.11 do Capítulo 6, deste
Manual.

ED-82

Figura 11.24

Rev.02 Capítulo 11 - 15
MSU – Sinalização Semafórica

11.4. Dispositivo de proteção contínua – Gradil


O uso do gradil é recomendado quando se deseja concentrar travessias dispersas,
direcionar travessias concentradas ou quando é necessário a adoção de travessias
recuadas para criação de caixa intermediária, Figura 11.25, ou travessias desalinhadas,
Figura 11.26. Ver Capítulo 7, deste Manual e MSU – Volume 7 – Dispositivos auxiliares
– Gradil para pedestres. Para uso de gradil em ciclofaixa ou ciclovia, ver itens 6.2.6.3 e
6.3.2 do Capítulo 6 deste Manual e MSU – Volume 13 – Espaço cicloviário.

Figura 11.25

Figura 11.26

Capítulo 11 - 16 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

11.5. Rebaixamento de calçada e sinalização tátil


Todas as faixas de travessia de pedestres devem ser rebaixadas e acompanhadas de
sinalização tátil, conforme norma de “Rebaixamento de calçada”, devendo seu acesso
ser livre de qualquer interferência.

Todas as botoeiras sonoras ou não devem ser acompanhadas de sinalização tátil de


alerta e direcional, conforme norma de “Rebaixamento de calçada”.

11.6. Canalização e ajuste geométrico


A implantação de sinalização semafórica quando necessária deve ser acompanhada de
obras de correção de geometria ou de construção de canteiros ou ilhas. As Figuras 11.27
a 11.29 apresentam alguns exemplos de aplicação.

Figura 11.27

Rev.02 Capítulo 11 - 17
MSU – Sinalização Semafórica

Figura 11.28

Capítulo 11 - 18 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

CAPÍTULO 12
IDENTIFICAÇÃO DA SINALIZAÇÃO SEMAFORICA – ID

12.1. Sistema de manutenção de equipamentos eletroeletrônicos – SMEE


O SMEE é um sistema corporativo da CET que tem por objetivo o registro, controle e
acompanhamento das atividades de manutenção de equipamentos eletroeletrônicos,
entre eles sinalização semafórica, câmera de CFTV (Circuito fechado de televisão),
luminária.

O sistema SMEE contém o cadastro atualizado de locais e equipamentos relacionados,


sendo que para os itens cadastrados, ele registra falhas detectadas nos equipamentos,
acompanha a manutenção destas falhas, a atribuição de serviços, a atribuição de
recursos, o controle de materiais e o consumo elétrico.

O SMEE é operado pela Central de Manutenção de Sinalização Semafórica, sob gestão


da SSI/GSI e a identificação dos equipamentos instalados em campo é feita por meio de
uma numeração gerada pelo sistema SMEE (Cadastro).

A Identificação Sinalização Semafórica – ID, relaciona o tipo de equipamento com o local


em que está instalado.

12.2. Identificação Sinalização semafórica – ID


O ID consiste numa numeração gerada pelo SMEE, georreferenciada que permite a
identificação da sinalização semafórica, câmeras de CFTV e luminárias em faixa de
travessia de pedestre, instaladas nas vias da cidade de São Paulo.

Rev.02
Capítulo 12 - 1
MSU – Sinalização Semafórica

O ID facilita a informação à Central de Manutenção de Sinalização Semafórica.de


ocorrências, tais como falhas no equipamento.

Para cada equipamento de CFTV, luminária e conjunto semafórico é gerado um ID


independente.

No conjunto semafórico o ID deve ser adesivado no braço projetado, ou na inexistência


deste na coluna. Deve ser colocado um adesivo para cada aproximação.

Figura 12.1

Capítulo 12 - 2 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

12.3. Procedimento para gerar a numeração ID


O número é gerado sequencialmente e automaticamente pelo sistema SMEE, quando é
cadastrado um equipamento novo em implantação.

O número ID só é gerado pela Central de Manutenção de Sinalização Semafórica para


os projetos que tem implantação programada, não devendo ser gerado para projetos que
estão em estoque sem prazo para implantação. Isso é necessário para evitar
pagamentos indevidos a empresa fornecedora de energia elétrica, pois o cálculo do
consumo tem como base a listagem de ID’s cadastrados no sistema SMEE.

Cada interseção semaforizada tem um único número ID associando o local aos


equipamentos instalados (coluna, grupo focal, botoeira).2

O projetista deve prever no projeto funcional, no resumo quantitativo de materiais, uma


identificação adesivada do número do ID, para cada aproximação, onde é instalada a
sinalização semafórica.

12.4. Relação do ID com a interseção semafórica


A interseção, Figura 12.2 ou seção de via, Figura 12.3, sinalizada com sinalização
semafórica está associada a um número de ID.

Figura 12.2

Rev.02
Capítulo 12 - 3
MSU – Sinalização Semafórica

Figura 12.3

a) No caso em que a distância – L – entre 2 interseções é superior a 50,0 m, Figura


12.4, deve ser adotado número de ID diferente, um para cada interseção

Figura 12.4

Capítulo 12 - 4 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

b) No caso em que a distância entre 2 interseções é inferior e igual a 50,0 m, e são


controladas por um único controlador deve ser adotado um único número de ID.

Figura 12.5

Figura 12.6

Rev.02
Capítulo 12 - 5
MSU – Sinalização Semafórica

c) No caso em que a distância – L – entre 2 interseções é menor ou igual a 50,0 m, e


excepcionalmente são controladas por controladores diferentes, deve ser adotado
um número de ID para cada controlador, Figura 12.7

Figura 12.7

Capítulo 12 - 6 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

CAPÍTULO 13
APRESENTAÇÃO DE PROJETOS

13.1. Projeto de sinalização semafórica


A elaboração de um projeto de sinalização semafórica pode envolver um ou mais dos
seguintes itens:
● Funcional dos elementos de sinalização semafórica: controlador, colunas, grupos
focais, botoeiras entre outros;
● Sinalização horizontal/vertical/dispositivos auxiliares associada à sinalização
semafórica;
● Adequação geométrica;
● Obra civil de rede de dutos da interseção – IT;
● Acessibilidade: rebaixamento de calçada e sinalização tátil;
● Funcional de rede de comunicação: Rede de Transmissão de Dados – RTD ou Rede
de Transmissão de Dados e Imagem – RTDI;
● Funcional unifilar de subárea em tempo real ou em tempo fixo;
● Sistema de detecção veicular.

13.2. Procedimentos
Para elaboração de projetos deve-se:

13.2.1. Usar carimbo padrão contendo nome do local, base georreferenciada, escala,
NUMENC, conforme norma de Carimbo CET – item 26 G, disponível na biblioteca
CAD CET e no site. A Figura 13.1 apresenta o carimbo para o formato A-3.

Rev.02
Capítulo 13 - 1
MSU – Sinalização Semafórica

Figura 13.1

13.2.2. Observar as abreviaturas, legendas, representações e demais disposições


contidas na norma de representação gráfica. Os itens mais utilizados em
sinalização semafórica estão no Apêndice I, deste Manual.

13.2.3. A execução de calçadas novas ou reconstruídas e o uso de sinalização tátil, deve


obedecer a legislação vigente, disposta no item 1.9 do Capítulo 1, deste Manual.

13.3. Projeto funcional semafórico


O projeto funcional semafórico traz os elementos semafóricos e serve como base para
elaboração dos projetos executivos.

Deve ser elaborado, sempre que ocorrer implantação de controle semafórico em uma
seção ou interseção de via ou quando a configuração semafórica existente sofre
alteração.

Na elaboração de um projeto funcional deve ser observado o disposto no item 13.2, e


conforme a sua especificidade, os seguintes itens:

13.3.1. Este projeto deve ser elaborado sobre alinhamento viário, contendo a sinalização
horizontal correspondente à configuração semafórica proposta, e o rebaixamento
de calçada, ambos em segundo plano.

Capítulo 13 - 2 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

13.3.2. O projeto de sinalização horizontal, vertical, dispositivos auxiliares


acessibilidade, adequação geométrica, obras civis de dutos, RTD e RTDI que
acompanham este projeto, devem ser apresentados em folhas distintas.

13.3.3. O projeto funcional semafórico deve apresentar a locação das colunas, dos
grupos focais, botoeiras, controladores, sinalização indicativa adesivada,
luminárias, numa seção de via ou interseção.

13.3.4. Deve apresentar também, a indicação do número de fases dos controladores “a


colocar” e “a retirar” e a numeração dos grupos semafóricos.

13.3.5. Todos os elementos tais como: controlador, coluna e outros, devem ser locados
com as respectivas cotas, utilizando -se de pontos de referência fixos e de fácil
identificação, tais como: postes de iluminação (SPU’s), bocas de lobo e pontos
de concordância de guias (PC/PT).

No caso de utilização de SPU’s como referência de cotas, identificá-los pelo


posicionamento na quadra (1º SPU, 2º SPU, SPU esquina), pelo seu número de
identificação, ou ainda sua locação frente ou defronte a um numeral.

13.3.6. Constar em projeto, quando necessário, o detalhe de locação das colunas para
garantir o afastamento lateral mínimo de 0,30 m.

13.3.7. Constar em projeto, se o controlador é do tipo tempo real ou tempo fixo. No caso
de controlador a retirar deve ser identificada a marca, o modelo e a capacidade.

Rev.02
Capítulo 13 - 3
MSU – Sinalização Semafórica

13.3.8. No caso de alteração de padrão de locação definido neste Manual, devido a


interferências, o projetista deve indicar o motivo.

13.3.9. Todos os elementos a retirar devem ser informados no projeto.

13.3.10. O padrão de instalação aérea, subterrânea ou mista, nova e/ou existente deve
constar em nota.

13.3.11. Deve conter as interferências físicas pertinentes ao projeto, tais como: rede de
trólebus, caixa de passagem, poço de visita, guia rebaixada, e outras que
possam eventualmente interferir na visibilidade ou locação dos elementos da
sinalização semafórica.

13.3.12. Deve conter referencial urbano, indicando o sentido bairro/ centro, ou outros,
tais como: Santana/Aeroporto, Vila Mariana/Ibirapuera.

13.3.13. Apresentar quadro resumo de quantitativos de materiais no projeto, e quando


for o caso, deve-se registrar todos os elementos descritos no Sistema GP/CET.

13.3.14. Deve constar as seguintes notas:

a) Unidade de medida = metro (m).

b) As normas de projeto e de implantação de sinalização devem obedecer a


padronização da PMSP e aos manuais da CET.

Capítulo 13 - 4 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

c) ID do cruzamento, deve ser fornecido pela área responsável.

d) Em caso de dúvida na locação dos elementos semafóricos, consultar o DCS – XX.

13.3.15. Outras notas podem ser elaboradas para atender as especificidades de cada
projeto, sendo as mais utilizadas:

a) A programação semafórica deve ser solicitada com antecedência ao DCS - XX na


ocasião da implantação;

b) Todas as instalações elétricas (IT), inclusive ligações entre conjuntos semafóricos


devem ser no padrão subterrâneo.

c) Os projetos executivos de semáforos devem ser aprovados pelas áreas


responsáveis.

d) Após a execução dos serviços, todas as calçadas devem ser reconstruídas de acordo
com o pavimento original e a sinalização viária danificada deve ser recomposta,
conforme legislação e procedimentos vigentes;

e) Todos os equipamentos retirados devem ser entregues no almoxarifado da CET.

A Figura 13.2 apresenta um exemplo de projeto funcional semafórico.

Rev.02
Capítulo 13 - 5
MSU – Sinalização Semafórica

Figura 13.2

Capítulo 13 - 6 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

13.4. Projeto funcional unifilar de subárea


O projeto funcional de subárea visa representar o diagrama unifilar do conjunto de
cruzamentos semaforizados que operam coordenados em tempo fixo ou tempo real e
deve ser apresentado separadamente dos demais tipos de projeto.

Para efeito deste Manual entende-se por subárea, o conjunto de cruzamentos


semaforizados que operam em rede.

Deve ser elaborado sempre que ocorrer implantação de uma subárea ou de um novo
cruzamento semaforizado na subárea, retirada de um cruzamento semaforizado, ou
alteração do tipo de controle do cruzamento, real e/ou fixo.

Na elaboração de um projeto funcional unifilar de subárea deve ser observado o disposto


no item 13.2, deste Capítulo e os seguintes itens:

13.4.1. Neste projeto deve ser indicado o nome da subárea criado pelo DCS.

13.4.2. Devem ser representados os cruzamentos semaforizados com os respectivos


tipos de controladores, em tempo fixo ou em tempo real, e os seus cruzamentos
conjugados, quando existir, suas interligações, as aproximações e quando
necessário, as seções de detecção e CFTV quando existente.

13.4.3. Deve conter legenda identificando a representação gráfica utilizada no projeto,


conforme Apêndice I, deste Manual. O cruzamento semaforizado destinado
exclusivamente a pedestre ou ciclista tem representação própria.

13.4.4. Para os cruzamentos semaforizados existentes devem constar o número do


cruzamento na subárea, dado de acordo com o sistema de controle, o número
de ID fornecido pela área responsável e os nomes das ruas.

Rev.02
Capítulo 13 - 7
MSU – Sinalização Semafórica

13.4.5. Deve conter referencial urbano, indicando o sentido bairro/ centro, ou outros, tais
como: Santana/Aeroporto, Vila Mariana/Ibirapuera.

As Figuras 13.3 e 13.4 apresentam exemplos com as características principais que


compõem um projeto funcional de uma subárea, em tempo fixo, Figura 13.3, e em tempo
real com seção de detecção, Figura 13.4.

Capítulo 13 - 8 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

Figura 13.3

Rev.02
Capítulo 13 - 9
MSU – Sinalização Semafórica

Figura 13.4

Capítulo 13 - 10 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

13.5. Projeto funcional de Rede de Transmissão de Dados – RTD e Rede de


Transmissão de Dados e Imagem – RTDI
O projeto funcional visa indicar o caminhamento da rede da transmissão de dados e/ou
imagem, tanto da rede aérea quanto da subterrânea.

Deve ser elaborado sempre que ocorre a implantação de uma RTD/RTDI nova, de um
trecho de rede a ser conectado a uma rede existente ou ainda da recuperação de uma
rede existente.

Na elaboração de um projeto funcional de RTD ou RTDI, deve ser observado o disposto


no item 13.2, deste Capítulo e os seguintes itens:

13.5.1. Neste projeto, a área de estudo deve ser feita sobre uma base, com o mapa
digital da cidade.

13.5.2. Deve conter o encaminhamento da rede e devem ser representados os


cruzamentos semaforizados com os respectivos tipos de controladores, em
tempo fixo ou em tempo real, e demais dispositivos que utilizam esta rede, tais
como: CFTV, PMV e outros.

13.5.3. Em cruzamento semaforizado existente deve constar o número do cruzamento


na rede, dado de acordo com o sistema de controle e o número de ID fornecido
pela área responsável.

13.5.4. No caso de CFTV existente deve constar o número da câmera, dado de acordo
com o sistema de controle e o número de ID fornecido pela área responsável.

Rev.02
Capítulo 13 - 11
MSU – Sinalização Semafórica

13.5.5. Deve conter legenda identificando a representação gráfica utilizada no projeto,


conforme Apêndice I, deste Manual.

13.5.6. Deve conter referencial urbano, indicando o sentido bairro/ centro, ou outros, tais
como: Santana/Aeroporto, Vila Mariana/Ibirapuera.

13.5.7. As notas devem ser elaboradas para atender as especificidades de cada projeto,
sendo a nota mais utilizada:

● Todos os projetos executivos devem ser aprovados pelas áreas responsáveis.

A Figura 13.5 apresenta um exemplo contendo as características principais que


compõem um projeto funcional de RTDI.

Capítulo 13 - 12 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

Figura 13.5

Rev.02
Capítulo 13 - 13
MSU – Sinalização Semafórica

13.6. Projeto funcional de detector veicular


O projeto funcional de detector representa o posicionamento na via, de todos os
elementos de detecção veicular e o detalhe de cada seção de detecção a colocar,
servindo de base para elaboração dos projetos executivos.

13.6.1. Elaboração de projeto


Na elaboração de um projeto de detector veicular deve ser observado o disposto no item
13.2deste Capítulo e os seguintes itens:

13.6.1.1. Buscar informação sobre o sistema ou equipamento de detecção a ser


implantado, antes da elaboração do projeto.

13.6.1.2. O projeto deve ser elaborado sobre o alinhamento viário, contendo a sinalização
horizontal correspondente à configuração semafórica proposta em segundo
plano.

13.6.1.3. Deve conter referencial urbano, indicando o sentido bairro/ centro, ou outros,
tais como: Santana/Aeroporto, Vila Mariana/Ibirapuera.

13.6.1.4. O projeto deve conter a posição do controlador e a previsão de todas as seções


de detecção conectados fisicamente a ele.

13.6.1.5. Deve constar as seguintes notas:

a) Unidade de medida = metro (m).

Capítulo 13 - 14 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

b) As normas de projeto e de implantação de sinalização devem obedecer a


padronização da PMSP e aos manuais da CET.

c) A locação dos detectores e das colunas, quando for o caso, deste projeto, não
considera possíveis interferências subterrâneas existentes. Na impossibilidade de
atender as cotas especificadas, o responsável pela implantação deve entrar em
contato com a área projetista.

13.6.1.6. Outras notas podem ser elaboradas para atender as especificidades de cada
projeto, sendo as mais utilizadas:

a) Todos os projetos executivos devem ser aprovados pelas áreas responsáveis.

b) Após a execução dos serviços, o pavimento da pista e/ou calçada devem ser
reconstruídos, de acordo com o pavimento original e a sinalização viária danificada,
deve ser recomposta conforme legislação e procedimentos vigentes.

c) Todos os equipamentos retirados devem ser entregues no almoxarifado da CET.

13.6.2. Projeto de laço detector indutivo


Este projeto deve conter a seguintes informações:

13.6.2.1 Apresentar detalhe ampliado de todos os laços, com todas as cotas e medidas
pertinentes, conforme Figura 13.6.

As cotas devem conter pontos de referência fixos e de fácil identificação, tais como:
postes de iluminação (SPU’s), bocas de lobo e pontos de concordância de guias
(PC/PT).

Rev.02
Capítulo 13 - 15
MSU – Sinalização Semafórica

No caso de utilização de SPU’s como referência de cotas, identificá-los pelo


posicionamento na quadra (1º SPU, 2º SPU, SPU esquina), pelo seu número
de identificação, ou ainda sua locação frente ou defronte a um numeral.

Figura 13.6

13.6.2.2 Deve constar o número do laço detector no controlador (Dn) e a respectiva


seção a que pertence, seu encaminhamento até o duto de espera (Dedo duro),
e o encaminhamento previsto deste até a caixa de passagem.

13.6.2.3 O controlador em que os laços estão conectados deve ser representado no


projeto.

13.6.2.4 Constar em projeto a tabela de conexão de cabos do controlador, no caso de


projeto executivo.

Capítulo 13 - 16 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

13.6.2.5 Constar detalhe da demarcação horizontal, ver item 3.6.1.1.2, do Capítulo 3


deste Manual.

13.6.2.6 Todos os elementos a retirar devem ser informados no projeto.

13.6.2.7 O padrão de instalação aérea, subterrânea ou mista, nova e/ou existente deve
constar em nota.

13.6.2.8 Deve conter as interferências físicas pertinentes ao projeto, tais como: rede de
trólebus, caixas de passagem, poços de visita, guias rebaixadas, e outras que
possam eventualmente interferir na locação dos elementos de detecção.

13.6.2.9 Apresentar quadro resumo de quantitativos de materiais no projeto, e quando


for o caso deve-se registrar todos os elementos descritos no Sistema GP/CET.

A Figura 13.6 apresenta as características principais de um projeto funcional de laço


detector indutivo.

Rev.02
Capítulo 13 - 17
MSU – Sinalização Semafórica

Figura 13.7

Capítulo 13 - 18 Rev.02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

13.6.3. Projeto de outros tipos de detectores


Este projeto deve apresentar as seguintes informações:

13.6.3.1. A locação das colunas e braços projetados que dão suporte ao detector,
eventuais elementos que possam compor o sistema, sendo que as cotas devem
ser fornecidas respeitando as orientações do item 13.6.2, letra a, conforme
representação gráfica disposta no Apêndice I e demais disposições contidas no
item 13.2.2, deste Capítulo.

13.6.3.2. Deve constar o número do detector no controlador (Dn) e a respectiva seção a


que pertence (Sn).

13.6.3.3. O controlador em que está prevista a conexão dos detectores deve ser
representado no projeto.

Rev.02
Capítulo 13 - 19
MSU - Sinalização Semafórica - Parte ll - Projeto

ANEXO I
DIAGRAMAÇÃO
DOS PICTOGRAMAS

Rev. 02
MSU - Sinalização Semafórica - Parte ll - Projeto

Pictograma “boneco andando” - foco verde


Norma ABNT NBR7995:2013

0
3,
R1
4,0
R1
R1

7,0
3,0

0
2,
R1
,0
R1
2,0 R24
28,0
24,0

154,0
R2
4 ,0

30,0
12,0
68,
0
64,
0

18
,0

Dimensões em mm
Tolerância: ± 5%
Escala = 1:2

Rev. 02 Anexo I - 3
MSU - Sinalização Semafórica

Pictograma “boneco parado” - foco vermelho


Norma ABNT NBR7995:2013

0
3,
R1
R1

7,0
5,
0

28,0
27,0
0
38,

162,0

33,0

0
12,
70,0

62,0

18,0

Dimensões em mm
Tolerância: ± 5%
Escala = 1:2

Anexo I - 4 Rev. 02
MSU - Sinalização Semafórica - Parte ll - Projeto

Pictograma “seta” - focos verde e vermelho Ø200mm


Norma ABNT NBR7995:2013

1,6
0
0,
13

90º
R415,9
30
,0

25,4

4,75 / 7,9
127,0

12,7 / 14,3

25,0 4,8
Dimensões em mm
Tolerância: ± 5%
Escala = 1:2

Rev. 02 Anexo I - 5
MSU - Sinalização Semafórica

Pictograma “bicicleta” - focos verde e vermelho Ø200 mm


Norma ABNT NBR7995:2013

63,9

20,8 18,0

69°
5,0

8,0

4,0

42° 58°

69° 80°

R2 R2
,0 8,0 ,0 8,0
23 23
R R

57
R9

,5
R1

8,
0
03
,0

Nota: Pode haver seccionamento nas rodas e corpo da bicicleta.

Dimensões em mm
Tolerância: ± 5%
Escala = 1:2

Anexo I - 6 Rev. 02
MSU - Sinalização Semafórica - Parte ll - Projeto

APÊNDICE I
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA

Este apêndice contém a representação gráfica utilizada em projeto


de sinalização semafórica, mapa semafórico e diagrama unifilar
de rede semafórica

Rev. 02
MSU - Sinalização Semafórica - Parte ll - Projeto

Representação
Denominação Vista
EX COL RET

Coluna simples engastada CS CS CS

Coluna simples em base de concreto CS CS CS

Coluna composta engastada CC CC CC

Coluna composta em base de concreto CC CC CC

Coluna extensora CE CE CE
Sustentação

Coluna composta com braço projetado de 4,00 m


engastada

Coluna composta com braço projetado de 4,00 m


em base de concreto

Coluna composta com braço projetado de 6,00 m (6,00) (6,00) (6,00)


engastada

Coluna composta com braço projetado de 6,00 m (6,00) (6,00) (6,00)


em base de concreto

Coluna composta para braço projetado giratório engastada

Coluna composta para braço projetado giratório em base


de concreto

Grupo focal com lentes vermelha, amarela e verde de


200 mm

Grupo focal com lentes vermelha, amarela e verde de


G.F. Veicular

200 mm - lentes vermelha e verde com seta à direita

Grupo focal com lentes vermelha, amarela e verde de


200 mm - lentes vermelha e verde com seta à esquerda

Grupo focal com lentes vermelha, amarela e verde de


200 mm - lentes vermelha e verde com seta em frente

Rev. 02 Apêndice I - 3
MSU - Sinalização Semafórica

Representação
Denominação Vista
EX COL RET

Grupo focal de direção livre com lente verde de


200 mm - seta à direita

Grupo focal de direção livre com lente verde de


G.F. Veicular

200 mm - seta à esquerda

Grupo focal de direção livre com lente verde de


200 mm - seta em frente

Grupo focal de controle de faixa reversível com lado de


500 mm - lente vermelha com mensagem ”X“ à esquerda
e lente verde com mensagem seta voltada para baixo à
direita, dispostas horizontalmente
G.F. Ciclista

Grupo focal com lentes vermelha, amarela e verde de


200 mm - lentes vermelha e verde com pictograma de
bicicleta
G.F. Pedestre

Grupo focal com lado de 200 mm - lentes vermelha e verde


com pictograma de pedestre

Grupo focal com lado de 200 mm - lentes vermelha com


pictograma de pedestre e verde com pictograma de 30
pedestre e com contador regressivo
G.F. Advertência

Grupo focal com 02 lentes amarelas intermitentes de


200 mm
Detecção de pedestre

Botoeira

Botoeira sonora

Apêndice I - 4 Rev. 02
MSU - Sinalização Semafórica - Parte ll - Projeto

Representação
Denominação RET /
EX COL
DESATIVAR

Caixa de passagem tipo PI Cn Cn Cn


n = número da caixa

Caixa de passagem tipo RM Cn Cn Cn


n = número da caixa

Caixa de passagem tipo XM Cn Cn Cn


n = número da caixa

Poste de alimentação da companhia responsável pela


distribuição de energia elétrica no município SPU
_ _
Serviço de Posteamento Urbano - SPU

Detector virtual em coluna


n = número do detector no controlador Dn Dn
Detecção de veículo

Detector virtual em braço projetado


n = número do detector no controlador Dn Dn

Dn Dn
Detector magnético embutido _
n = número do detector no controlador

Radar

Alinhamento
de via
Encaminhamento dos laços

Alinhamento
de via

Laço detector / Espira


Dn
n = número do laço de detecção no controlador

Duto de espera para encaminhamento do laço detector -


”DEDO DURO“

Rev. 02 Apêndice I - 5
MSU - Sinalização Semafórica

Representação
Denominação Vista
EX COL RET

Controlador fixado em coluna-base (bandeja) - TF TF TF


tempo fixo

TF TF TF
Controlador fixado sobre base de concreto -
tempo fixo

Controlador fixado em coluna semafórica - TF TF TF


(braçadeira) - tempo fixo
Controladores

Controlador fixado em coluna-base (bandeja) - TR TR TR


tempo real

TR TR TR
Controlador fixado sobre base de concreto -
tempo real

Controlador fixado em coluna semafórica - TR TR TR


(braçadeira) - tempo real

Nobreak

Câmera de circuito fechado de televisão - CFTV


xxx
xxx = número da câmera
nnnn = número ID do SMEE nnnn

Poste concreto - CFTV - altura = 8,00 m

(7,00) (7,00) (7,00)


CFTV

Poste metálico - CFTV - altura = 7,00 m

(15,00) (15,00) (15,00)


Poste metálico - CFTV - altura = 15,00 m

Torre metálica - CFTV - altura = 30,00 m

Apêndice I - 6 Rev. 02
MSU - Sinalização Semafórica - Parte ll - Projeto

Representação
Denominação Vista
EX COL RET

Luminária para faixa de travessia de pedestre


nnnn = número ID do SMEE nnnn
Outros

Luminária com pictograma para faixa de travessia


de pedestre/ciclista
nnnn = número ID do SMEE nnnn

Rede de tróleibus existente

Rev. 02 Apêndice I - 7
MSU - Sinalização Semafórica

A tabela abaixo apresenta a representação gráfica utilizada em projeto funcional de


rede semafórica da CET:
Representação
Descrição
EX COL RET

Controlador
TR = tempo real
xxxx
Cruzamento veicular x veicular

xxxx = número do cruzamento


nnnn = número ID do SMEE nnnn TR TR TR

Controlador
TF = tempo fixo
xxxx
xxxx = número do cruzamento
nnnn = número ID do SMEE nnnn TF TF TF

Conjugado
xxxx = número do cruzamento
nnnn = número ID do SMEE xxxx

nnnn

Controlador
TR = tempo real
xxxx
Cruzamento veicular x pedestre

xxxx = número do cruzamento


nnnn = número ID do SMEE
nnnn TR TR TR

Controlador
TF = tempo fixo
xxxx
xxxx = número do cruzamento
nnnn = número ID do SMEE
nnnn TF TF TF

Conjugado
xxxx = número do cruzamento xxxx
nnnn = número ID do SMEE
nnnn

Controlador
TR = tempo real
xxxx
xxxx = número do cruzamento
Cruzamento veicular x ciclista

nnnn = número ID do SMEE


nnnn TR TR TR

Crontolador
TF = tempo fixo
xxxx
xxxx = número do cruzamento
nnnn = número ID do SMEE
nnnn TF TF TF

Conjugado
xxxx = número do cruzamento
xxxx
nnnn = número ID do SMEE
nnnn

Apêndice I - 8 Rev. 02
MSU - Sinalização Semafórica - Parte ll - Projeto

Representação
Denominação
EX COL / IMPLANTAR RECUPERAR

Seção de detecção
Projeto de subárea

n = número da seção
Sn Sn

Aproximação
Projeto

RTD / RTDI

Rev. 02 Apêndice I - 9
MSU - Sinalização Semafórica

A tabela abaixo apresenta a representação gráfica dos controladores utilizados nos


mapas semafóricos da CET:

Denominação Representação Denominação Representação

CD-200 (DIGICON) PTC-1 (PEEK)

CD-300 (DIGICON) TSC-3 (PEEK)

FCA (DIGICON) GW (GREEN WAVE)

GW-TR
FLEXCON III (TESC) Controladores (GREEN WAVE)
Controladores

FLEXCON IV (TESC) DP-40 (DATAPROM)

RMX (TELVENT) DP-40TR (DATAPROM)

RBY (TELVENT) SERTTEL (SERTTEL)

T-99 (SIEMENS) COMANDO MANUAL

ST-400 (SIEMENS) PISCANTE

ST-800 (SIEMENS) SEMÁFORO A SER


IMPLANTADO

ST-900 (SIEMENS)

Apêndice I - 10 Rev. 02
MSU – Sinalização Semafórica – Parte II – Projeto

MANUAL DE SINALIZAÇÃO URBANA


SEMAFÓRICA – VOLUME VI
PARTE II – CRITÉRIOS DE PROJETO
REVISÃO 02 – AGOSTO 2021

Jair de Souza Dias


Presidência

Valtair Ferreira Valadão


Diretoria Adjunta de Planejamento e Projetos

Hemilton Tsuneyoshi Inouye


Diretor de Operações

Eduardo Cavali Jorge


Diretoria Adjunta de Sinalização e Tecnologia

Carlos Alberto Saraiva Codesseira


Superintendência de Planejamento e Projetos

Paulo Eduardo Soares Junior


Superintendência de Engenharia de Tráfego

Fernando Cesar dos S. Falcão


Superintendência de Tecnologia

Eder Carlos de Souza


Superintendência de Engenharia de Sinalização e Infraestrutura

EQUIPE TÉCNICA

Silvana Di Bella Santos – SPP/Normas


Marcelo Antônio Fernandes – STE/GPT
Coordenação

Silvana Di Bella Santos – SPP/Normas


Alexandre Francisco Santos – GPT/DDT
Elaboração

Alexandra Panontin Morgilli – GST/DES Maurício Roberto de Palma – GET-LE/DCS-LE


Alexandre Francisco Santos – GPT/DDT Paulo Henrique Pozetti – GET-SU/DET-SU 2
Ager Pereira Dias – GET-NO/ DCS-NO Paulo Seiti Ueta – GPT/DDT
André Gustavo de O. Wilda – GPV/DGP Renia de Cassia G Slikta – GPV/DPG
Antônio Carlos Gimenes – SSI/GSII Rosemeiry Leite da Silva – GPL/DPB
Caio Roberto Ferreira Nahas – GPT/DDT Silvana Di Bella Santos – SPP/Normas
Flávia Regina de L. A. Hartmann – GPV/DPS Sun Hsien Ming – GPT/DDT
Jaques Mendel Rechter – SPP/Normas Tadeu Leite Duarte – GPT/DDT
Lili Lucia Bornstein – GST/DEA Telma Maria G. P. Micheletto – GST/DES
Manoel Messias G de Almeida – SSI/GSI Valter Casseb – SPP/Normas
Marcelo Antônio Fernandes – STE/GPT
Equipe de estudo

Rev.02
Equipe Técnica - 1
MSU – Sinalização Semafórica

Claudio P. e Albuquerque de Souza - GPT/DDT Marcio Antônio Anselmo – STE/DDT


Denise Lima Lopes – STE/DDT Nilvio André Tarricone –STE/DDT
Flávio Poci Cabral Junior – GPV/DGP Pedro de Angelo – SSI/GIG
José Antônio D. Pedroso do Carmo – STE/DDT Rosangela Yooko S. Nakajima – SPP
Gustavo Ruy Fowler – GPO/DPO Salim Hadade Neto – GET-SE/DCS-SE
Luis Carlos Mota Gregório – GPL/DPM
Colaboração

José Cesário da Costa – SPP/Normas


Marcelo Andrade Dias Junior – SPP/Normas
Comunicação visual

Maria de Lourdes O. C. Rocha – SPP/Normas


Digitação

EQUIPE TÉCNICA – REVISÃO 01

Silvana Di Bella Santos – SPP/Normas


Coordenação da Área de Normas

Ivana Maria B. Ribeiro Suely da Conceição C. Gaiasso


Marcos Cesar Zaccaria Sun Hsein Ming
Silvana Di Bella Santos
Elaboração

Alexandre Zun Luciana Barbuto


Cristina Soja Luciana Cristina Delbem
Denise de Campos Bittencourt Luís Molist Vilanova
Edson Feliciano Pinto Maria Aparecida P. C. Barbosa
Helena Leiko Tsuchiya Norma Macabelli
João Cucci Neto Regina Maiello Vilella
José Antônio Cresti Rosemeire Murad
Lea Lopes Poppe Vânia Pianca
Lili Bornsztein
Equipe de Estudo

Ricardo Valery Sanzi


Paulo Moreira Mello
Desenho e Comunicação Visual

EQUIPE TÉCNICA - EDIÇÃO – 1993

Denise de Campos Bittencourt Sérgio Ejzenberg


Luís Molist Vilanova Sun Hsien Ming
Elaboração

EQUIPE TÉCNICA - 1ª EDIÇÃO – JULHO 1978

Maria da Penha Nobre da Costa Boucinhas


Supervisão Geral do Trabalho

Valter Casseb
Coordenador

Antônio Rodrigues Netto Eduardo Alcântara de Vasconcellos


Dorly Maria Hollo Seiju Kato
Equipe Técnica

Rev.02
Equipe Técnica - 2

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