Manual Do Menor Aprendiz05-08-13
Manual Do Menor Aprendiz05-08-13
Manual Do Menor Aprendiz05-08-13
DO PROGRAMA
ADOLESCENTE
APRENDIZ
Vida profissional: começando direito
RESOLUÇÃO Nº 76/2011
DO CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
O
Taís Schilling Ferraz
APRENDIZAGEM
Conselheira do CNMP
Presidente da Comissão da Infância e Juventude
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MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
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DESENVOLVIMENTO
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APRENDIZAGEM
CONHECIMENTO
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MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
PREFÁCIO
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APRENDIZAGEM
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MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
É com muita satisfação que a Comissão da Infância e Juventude –
CIJ do Conselho Nacional do Ministério Público faz a entrega e a divulgação
deste importante instrumento para a concretização do Programa Adolescente
Aprendiz, na expectativa de que seja utilizado como guia na correspondente
implantação, seja no plano interno do Ministério Público brasileiro, seja em
outros órgãos e entidades que, com idênticos objetivos, busquem dar concre-
tude aos direitos fundamentais dos adolescentes.
A todos os membros e servidores que auxiliaram, direta ou indireta-
mente, na construção deste manual, o agradecimento do Conselho Nacional
do Ministério Público.
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APRENDIZAGEM
CONHECIMENTO
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MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 19
2. NOÇÕES GERAIS 23
2.1. Aprendizagem Profissional 23
2.2. Programa de Aprendizagem 24
2.3. O Cadastro Nacional de Aprendizagem Profissional (CNAP) 26
2.4. Entidades qualificadas em formação técnico-profissional
metódica 26
2.5. O Aprendiz 28
2.6. Contrato de Aprendizagem 29
2.6.1 Contratação do Aprendiz no Âmbito do Ministério Público 30
2.7. A Seleção do Aprendiz 32
2.8. Cota-Aprendizagem 32
2.9. O Acompanhamento do Aprendiz no Local da Prática 33
2.10. Inserção do Aprendiz em Curso já Iniciado 33
2.11. Deveres do Aprendiz 34
2.12. Jornada de Trabalho do Adolescente Aprendiz 35
2.13. Concomitância entre Contratos de Aprendizagem 36
2.14. Impossibilidade de Sucessão entre Contratos de Aprendizagem 37 E
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2.15. Impossibilidade de Prorrogação do Contrato de Aprendizagem 37 U
CONHECIMENTO
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2.16. Remuneração do Aprendiz 38 A
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2.17. Descontos Permitidos sobre o Salário do Aprendiz 40 Ã
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2.18. Vale-Transporte 41
APRENDIZAGEM
2.19. Férias 41
2.20. Recesso Forense 42
2.21. Seguro contra acidentes pessoais 42
2.22. Estabilidade Provisória 42
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MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
2.23. Serviço Militar 43
2.24. FGTS 43
2.25. Seguro-Desemprego 44
2.26. Certificação de Qualificação Profissional
de Aprendizagem 45
2.27. Hipóteses de Extinção do Contrato de Aprendizagem 45
2.28. Homologação do Termo de Rescisão de Contrato
de Trabalho e Assistência 46
2.29. Verbas Rescisórias Conforme Tipo de Término do Contrato 46
2.30. Prazos para Pagamento das Verbas Rescisórias 47
2.31. CAGED – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados 48
2.32. RAIS – Relação Anual de Informações Sociais 48
2.33. Síntese das Responsabilidades das Unidades
Administrativas Incumbidas da Gestão do Programa 48
3. PASSO A PASSO 51
3.1. Definição da Unidade Administrativa e Previsão
Orçamentária 51
3.2. Processo Licitatório para Contração de Entidade
Sem Fins Lucrativos 51
3.3. Contratação da Entidade Sem Fins Lucrativos 52
3.4. Seleção de Aprendizes 54
3.5. Contratação de Aprendizes 54
3.6. Sensibilização dos Membros e Servidores 56
E 3.7. Acolhimento do Aprendiz no Ministério Público 56
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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 61
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à 5. LEGISLAÇÃO 61
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5.1. Legislação Geral 61
APRENDIZAGEM
CONHECIMENTO
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MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
5.1.3 Consolidação das Leis do Trabalho (art. 428 a 433) 65
5.1.4 Decreto nº 5.598, de 1° de dezembro de 2005 68
5.1.5 Portaria MTE nº 723, de 23 de abril de 2012 77
5.1.6. Instrução Normativa nº 97, de 30 de julho de 2012 93
5.1.7 Instrução Normativa MTE/SIT nº 98,
de 15 de agosto de 2012 105
5.1.8. Resolução CONANDA nº 74,
de 13 de setembro de 2001 115
5.2 Legislação Específica 118
5.2.1 Resolução CNMP nº 76, de 09 de agosto de 2011 118
5.2.2. Portaria PGR/MPU nº 625, de 9 de dezembro de 2010 124
6. ANEXOS 131
6.1. Proposta de Ato Administrativo Instituidor do Programa 131
6.2. Nota técnica a respeito de dispensa de licitação
em caso concreto 139
6.3. Termo de Referência do Processo Licitatório 143
6.4. Contrato Administrativo 152
6.5. Contrato de Aprendizagem 169
6.6 Acordo de cooperação técnica entre o SESI/CN e entidade
sem fins lucrativos (Projeto VIRAVIDA) 173
6.7. Relatório sobre o Programa Adolescente Aprendiz do MPF 177
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MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
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ESFL Entidade Sem Fins Lucrativos Ç
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FGTS Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
DESENVOLVIMENTO
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Fls. Folhas
APRENDIZAGEM
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MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
GPS Guia da Previdência Social
GRF Guia de Recolhimento do FGTS
GRFC Guia de Recolhimento Rescisório do FGTS e da Contribuição
Social
INSS Instituto Nacional do Seguro Social
MPF Ministério Público Federal
MPT Ministério Público do Trabalho
MPU Ministério Público da União
MTE Ministério do Trabalho e Emprego
NR Norma Regulamentadora
PAP Programa de Aprendizagem Profissional
PASEP Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público
PCMSO Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
PGR Procuradoria Geral da República
PIS Programa de Integração Social
PR/AC Procuradoria da República no Estado do Acre
PR/AL Procuradoria da República no Estado de Alagoas
PR/AM Procuradoria da República no Estado do Amazonas
PR/AP Procuradoria da República no Estado do Amapá
PR/BA Procuradoria da República no Estado da Bahia
PR/CE Procuradoria da República no Estado do Ceará
PR/DF Procuradoria da República no Distrito Federal
PR/ES Procuradoria da República no Estado do Espírito Santo
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PR/GO Procuradoria da República no Estado de Goiás
D PR/MA Procuradoria da República no Estado do Maranhão
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MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
PR/PI Procuradoria da República no Estado do Piauí
PR/PR Procuradoria da República no Estado do Paraná
PR/RJ Procuradoria da República no Estado do Rio de Janeiro
PR/RN Procuradoria da República no Estado do Rio Grande do Norte
PR/RO Procuradoria da República no Estado de Rondônia
PR/RR Procuradoria da República no Estado de Roraima
PR/RS Procuradoria da República no Estado do Rio Grande do Sul
PR/SC Procuradoria da República no Estado de Santa Catarina
PR/SE Procuradoria da República no Estado de Sergipe
PR/SP Procuradoria da República no Estado de São Paulo
PR/TO Procuradoria da República no Estado do Tocantins
PRR Procuradoria Regional da República
RAIS Relação Anual de Informações Sociais
SENAC Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial
SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
SENAR Serviço Nacional de Aprendizagem Rural
SENAT Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte
SESCOOP Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo
SIAFI Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo
Federal
SICAF Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores
SINASE Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo
SPPE Secretaria de Políticas Públicas de Emprego
SUAS Sistema Único de Assistência Social E
SUS Sistema Único de Saúde D
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MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
1. INTRODUÇÃO
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profissional, com garantia de direitos trabalhistas e previdenciários. A
Ç
A aprendizagem deve ser implementada em consonância com o Ã
DESENVOLVIMENTO
19
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
condição peculiar de pessoa em desenvolvimento e a capacitação profissional
adequada ao mercado de trabalho, sendo vedado o trabalho noturno,
insalubre, perigoso ou prejudicial à sua formação psíquica, intelectual ou
moral.
A aprendizagem profissional no Brasil foi instituída com o objetivo
de desenvolver a industrialização a partir da respectiva profissionalização
de adolescentes. Sua regulamentação data de 19424, mas foi sensivelmente
alterada em 20005, possibilitando que, além do Sistema “S”6, Centros
Federais de Educação Tecnológica e instituições sem fins lucrativos pudessem
ministrar curso de aprendizagem.
A contratação de aprendizes por empresas públicas e sociedades de
economia mista pode ser feita de forma direta, mediante processo seletivo,
ou de forma indireta, mediante contrato com Entidade Sem Fins Lucrativos –
ESFL. Já a contratação de aprendizes por órgãos e entidades da administração
direta, autárquica e fundacional observará regulamento específico7.
O Ministério Público, como integrante da estrutura de Estado da
República Federativa do Brasil, além de zelar pelo cumprimento dos direitos
do adolescente por parte das pessoas físicas e jurídicas, públicas e privadas,
deve ser proativo, implementando o exercício do direito à profissionalização,
em especial a adolescentes excluídos do processo de formação profissional.
Nesse contexto insere-se o Programa Adolescente Aprendiz,
disciplinado pela Resolução CNMP n° 76/2011, a qual já vem sendo
implementada, em caráter experimental, na maioria das unidades
administrativas do Ministério Público Federal8 e em algumas unidades do
Ministério Público dos Estados.
Nesse sentido, o Conselho Nacional do Ministério Público, por
meio da Portaria nº 001/2012 – CIJ/CNMP, publicada no Diário Oficial
da União em 2 de fevereiro de 2012, de lavra da Conselheira Nacional do
E Ministério Público e Presidente da Comissão de Aperfeiçoamento da Atuação
D do Ministério Público na Área da Infância e Juventude, Taís Schilling Ferraz,
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DESENVOLVIMENTO
Trabalho.
CONHECIMENTO
20
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
seguintes Membros do Ministério Público brasileiro: Rafael Dias Marques
e Eliane Araque dos Santos (Ministério Público do Trabalho), Jefferson
Aparecido Dias (Ministério Público Federal) e Márcia Guedes (Ministério
Público do Estado da Bahia). O Grupo de Trabalho contou, ainda, com o
apoio e a participação do promotor de justiça Carlos Martheo Crosué Guanaes
Gomes, membro auxiliar da Comissão da Infância e Juventude do CNMP.
Ressalta-se, finalmente, que o presente Manual tomou como texto-
base o Manual de Implementação da Aprendizagem, produzido por Comissão
no âmbito do Ministério Público do Trabalho e formada pelos Procuradores
do Trabalho Rafael Dias Marques, Coordenador Nacional de Combate à
Exploração do Trabalho de Crianças e Adolescentes, Antônio de Oliveira
Lima, Presidente da Comissão, Eliane Araque dos Santos e Mariane Josviak,
bem como a Cartilha do Programa Adolescente Aprendiz, produzida pelo
Ministério Público Federal em dezembro de 2010.
O Grupo de Trabalho
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APRENDIZAGEM
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MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
2. NOÇÕES GERAIS
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9 Para a pessoa com deficiência, a duração do curso de formação técnico-profissional poderá ser A
diferenciada, ultrapassando o prazo de dois anos. Nessa hipótese, a duração do curso de formação Ç
Ã
e a vigência do contrato de aprendizagem devem ser coincidentes, não se admitindo que o aprendiz
DESENVOLVIMENTO
O
com deficiência permaneça no estabelecimento, na condição de aprendiz, após concluído o curso de
APRENDIZAGEM
formação.
10 Antes mesmo do Resolução 76/2011 a aprendizagem profissional já era uma realidade dentro
de muitas unidades do Ministério Público. A Portaria PGR/MPU 625/2010 instituiu o Programa
Adolescente Aprendiz no âmbito do Ministério Público da União.
23
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
celebrarão previamente contrato de prestação de serviços com entidade sem
fins lucrativos que tenha por objetivos a assistência ao adolescente e a educação
profissional, registradas no CMDCA. Essa entidade, contratada em conformidade
com os ditames da Lei de Licitações, é que contratará o aprendiz, assumindo a
condição de empregador, para todos os efeitos legais, notadamente trabalhistas
e previdenciários. A contratação de aprendiz, portanto, no âmbito do Ministério
Público dá-se indiretamente, por intermédio de entidade formadora sem fins
lucrativos.
A contratação indireta de aprendizes desponta como modalidade
que concilia dois mandamentos constitucionais: os deveres de garantir ao
adolescente e ao jovem o direito à profissionalização e o de vedar a investidura
em cargo ou emprego público sem a prévia aprovação em concurso público de
provas ou de provas e títulos. Assim, sendo a contratação do aprendiz realizada
pela entidade sem fins lucrativos, nenhum vínculo de emprego é estabelecido
com a Administração Pública.
Nesse sentido, a Resolução CNMP 76/2011 é explícita, ao estabelecer
em seu art. 10 que a participação do adolescente aprendiz no Programa por ela
instituído em nenhuma hipótese implicará vínculo empregatício com o Ministério
Público.
24
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
podem ser desenvolvidas na própria entidade qualificada ou no estabelecimento
contratante, e devem estar de acordo com o programa de aprendizagem.
Visando padronizar a oferta dos programas de aprendizagem em todo
o País, a Portaria MTE 723/2012, em seu Anexo I, instituiu o Catálogo Nacional
de Programas de Aprendizagem Profissional (CONAP), que tem como base as
diretrizes legais da educação profissional e tecnológica e a Classificação Brasileira
de Ocupações – CBO.
No Catálogo Nacional são enumeradas as atividades realizadas pelo
profissional, especificados requisitos especiais de idade e escolaridade para
o exercício da ocupação, e indicada a carga horária teórica e prática total do
programa considerando o nível de complexidade técnica da ocupação.
Para melhor compreensão, incluímos abaixo as especificações contidas
no Catálogo Nacional para programas de aprendizagem relacionados a atividades
administrativas, de interesse para o Ministério Público.
CATÁLOGO NACIONAL DA APRENDIZAGEM - CONAP
CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DE OCUPAÇÕES - CBO
Tempo de Contrato - Perfil de Formação Profissional
Grande grupo/Família / Código CBO Perfil do Aprendiz Carga Horária
(Descrição CBO)
Agente, assistentes e auxiliares administrativos Executam serviços de apoio nas áreas de recursos
411005 - Auxiliar de escritório, em geral humano, administrativo, finanças e logísticas; atendem
411010 - Assistente administrativo fornecedores e clientes, fornecendo e recebendo
411015 - Atendente judiciário informações sobre produtos e serviços; tratam de
Modelo A e C - 1280 horas
411020 - Auxiliar de judiciário documentos variados, cumprindo todos o procedimento
(400 teóricas + 880 práticas)
411025 - Auxiliar de cartório necessário referente aos mesmos.
411030 - Auxiliar de pessoal
411035 - Auxiliar de estatística
14 a 24 anos
411040 - Auxiliar de seguros
Modelo B - 1320 Horas
411045 - Auxiliar de serviços de importação
(400 teóricas + 920 práticas)
e exportação
O
mais de uma ocupação dentro da mesma organização11. Apenas para ilustração,
APRENDIZAGEM
11 Na utilização dos Arcos Ocupacionais previstos no Anexo I desta Portaria, as entidades formadoras e
empresas responsáveis pela contratação dos aprendizes devem observar as proibições de trabalho
aos menores de dezoito anos nas atividades descritas na Lista das Piores Formas do Trabalho Infantil
- Lista TIP, aprovada pelo Decreto nº 6.481, de 12 de junho de 2008. (Portaria 723/2012, art. 13)
25
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
incluem-se dentro do arco ocupacional de ADMINISTRAÇÃO as ocupações de
ARQUIVISTA/ARQUIVADOR, ALMOXARIFE, AUXILIAR DE ESCRITÓRIO/
ADMINISTRATIVO e CONTÍNUO/OFFICE-BOY/OFFICE-GIRL.
26
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
poderá ser suprida pelas seguintes entidades qualificadas em formação
técnico-profissional metódica:
b) as Escolas Técnicas de Educação, inclusive as agrotécnicas; e
c) As Entidades sem Fins Lucrativos, que tenham por objetivo a
assistência ao adolescente e a educação profissional, com registro no CMDCA
– Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.
Todas as entidades, para atuar regularmente, deverão estar inseridas
no Cadastro Nacional de Aprendizagem Profissional (CNAP), o que é feito
por meio do formulário disponível na página eletrônica do Ministério do
Trabalho e Emprego na internet.
A inserção dos Serviços Nacionais de Aprendizagem e das Escolas
Técnicas de Educação, inclusive agrotécnicas, no Cadastro Nacional é
simplificada, devendo tais entidades informar a estrutura do programa de
aprendizagem e sua duração total em horas (art. 5º, IV, da Portaria MTE
723/2012), bem como registrar as turmas e os aprendizes matriculados.
As entidades sem fins lucrativos (ESFL), porém, para que possam ser
inseridas no CNAP estão sujeitas a avaliação de competência de seu programa
de aprendizagem, de modo a se verificar se estão aptas a ministrar programas
de formação técnico-profissional. A inserção de ESFL no CNAP depende
da regularidade dos dados da entidade e de pelo menos um programa de
aprendizagem.
Ainda com relação às ESFL que objetivem oferecer cursos de
aprendizagem a adolescentes, não apenas a entidade deverá registrar-se
previamente Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente,
como também inscrever no CMDCA o seu programa de aprendizagem.13
Para registrar-se no CMDCA, deverá a ESFL oferecer instalações
físicas em condições adequadas de habitabilidade, higiene, salubridade e
segurança; apresentar plano de trabalho compatível com os princípios do E
ECA; estar regularmente constituída; ter em seus quadros somente pessoas D
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CONHECIMENTO
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Direitos da Criança e do Adolescente, periodicamente, reavaliar o cabimento
APRENDIZAGEM
de sua renovação.
27
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
A fiscalização pelo Conselho Tutelar está prevista na Resolução
CONANDA 74/2001, cujo art. 3º comete ao Conselho Tutelar o dever de
fiscalizar os programas desenvolvidos pelas entidades, verificando: a) a
adequação das instalações físicas e as condições gerais do ambiente em que se
desenvolve a aprendizagem; b) a compatibilidade das atividades desenvolvidas
pelos adolescentes com o previsto no programa de aprendizagem nas fases
teórica e prática, bem como o respeito aos princípios estabelecidos pelo
Estatuto da Criança e do Adolescente; c) a regularidade quanto à constituição
da entidade; d) a adequação da capacitação profissional ao mercado de
trabalho, com base na apuração feita pela entidade; e) respeito à condição
peculiar de pessoa em desenvolvimento do adolescente; f) o cumprimento da
obrigatoriedade de os adolescentes já terem concluído ou estarem cursando
o ensino obrigatório, e a compatibilidade da jornada da aprendizagem com a
da escola; g) a ocorrência de ameaça ou violação dos direitos do adolescente,
em especial tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou
constrangedor, bem como exploração, crueldade ou opressão praticados
por pessoas ligadas à entidade ou aos estabelecimentos onde ocorrer a fase
prática da aprendizagem; h) a observância das proibições previstas no art. 67
do Estatuto da Criança e do Adolescente.
2.5. O Aprendiz
14 Concluído o curso de formação para aprendiz com deficiência, ainda que em tempo superior a dois
anos, deverá se encerrar, simultaneamente, o contrato de aprendizagem, pois é contrato por tempo
determinado de natureza especial. Caso a pessoa com deficiência permaneça no estabelecimento
após a conclusão do curso de formação, não estará mais caracterizada a sua condição de aprendiz, e
sim vínculo empregatício por tempo indeterminado.
28
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
conta, sobretudo, as habilidades e competências relacionadas com a
profissionalização.
A legislação prioriza a contratação de adolescentes entre 14 e 18
anos, exceto quando: a) as atividades práticas da aprendizagem ocorrerem
no interior do estabelecimento, sujeitando os aprendizes à insalubridade ou à
periculosidade, sem que se possa elidir o risco ou realizá-las integralmente em
ambiente simulado; b) a lei exigir, para o desempenho das atividades práticas,
licença ou autorização vedada para pessoa com idade inferior a dezoito anos; e
c) a natureza das atividades práticas for incompatível com o desenvolvimento
físico, psicológico e moral dos adolescentes aprendizes. Nessas três hipóteses, a
contratação deverá ser de aprendizes com idade entre 18 e 24 anos.
A Resolução CNMP 76/2011, acompanhando a prioridade legislativa,
prevê a admissão de adolescentes menores de 18 anos, reservando pelo menos
10% das vagas aos portadores de deficiência.
Por fim, preceitua também a citada Resolução que pelo menos 70%
(setenta por cento) dos adolescentes do Programa Adolescente Aprendiz
no âmbito dos Ministérios Públicos da União e dos Estados, deverão ser
provenientes de família com renda per capita inferior a dois salários mínimos,
e/ou ser egressos do sistema de cumprimento de medidas socioeducativas
e/ou estar em cumprimento de liberdade assistida ou semiliberdade. No
particular, observa a recente alteração introduzida pela Lei n. 12.594/12, que
contempla a contratação, como aprendizes, de usuários do Sistema Nacional
de Atendimento Socioeducativo.
C
desenvolvimento físico, moral e psicológico, e do aprendiz de executar com zelo A
e diligência as tarefas necessárias a essa formação. Ç
Ã
O contrato de aprendizagem deve ser pactuado por escrito e por prazo
DESENVOLVIMENTO
O
determinado15, submetendo-se aos seguintes requisitos:
APRENDIZAGEM
15 Prazo máximo de dois anos, salvo se o aprendiz for pessoa com deficiência.
29
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
b) matrícula e frequência do aprendiz à escola, caso não tenha concluído
o ensino médio;16
c) inscrição do aprendiz em programa de aprendizagem, desenvolvido
sob a orientação de entidade qualificada em formação técnico-profissional
metódica, e conforme as diretrizes da Portaria MTE 723/2012.
Faltando esses requisitos estará descaracterizado o contrato de
aprendizagem, sujeitando-se o empregador a autuação pelos órgãos de
fiscalização do trabalho. Ademais, o contrato passará a ser considerado por
prazo indeterminado, com as consequências jurídicas e financeiras dele
decorrentes, a incidirem sobre todo o período contratual.
Assim, haverá nulidade do contrato de aprendizagem, quando:
a) houver descumprimento das disposições legais e regulamentares
relativas à aprendizagem;
b) faltar correlação entre as atividades práticas executadas pelo
aprendiz e as previstas no programa de aprendizagem;
c) quando contratada entidade sem fins lucrativos não inscrita no
Cadastro Nacional da Aprendizagem Profissional (CNAP) ou com parâmetro
em programa de aprendizagem não conste do Cadastro;
d) quando houver descumprimento da legislação trabalhista na
execução do contrato de aprendizagem.
poderá ocorrer sem a frequência à escola, desde que ele já tenha concluído o ensino fundamental
CONHECIMENTO
30
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
órgãos e entidades de direito público. No Ministério Público, a matéria
mereceu disciplinamento, na forma de normas gerais, pelo CNMP, por
meio da Resolução n. 76/2011.
Como visto, a contratação de aprendizes no Ministério Público dá-se
de forma indireta, por intermédio de entidade sem fins lucrativos.
A formação técnico-profissional no Programa Adolescente Aprendiz
prevê além da retribuição em valor não inferior ao salário mínimo nacional
(ou salário mínimo regionalizado, se houver, nos Ministérios Públicos
dos Estados), o pagamento de décimo terceiro salário, repouso semanal
remunerado, férias de 30 dias, seguro contra acidentes pessoais e vale-
transporte, além do recolhimento de FGTS.
Para fazer frente a tais encargos, o contrato de prestação de serviços
celebrado entre o Ministério Público e a ESFL, deverá ter como valor montante
que remunere a empresa formadora pela seleção e acompanhamento
dos aprendizes e comporte o pagamento dos encargos trabalhistas e
previdenciários por ela assumidos18.
Também deverão constar como cláusulas do contrato celebrado
entre o Ministério Público e a entidade formadora, as seguintes obrigações
da contratada: a) selecionar os adolescentes, observando a reserva de
pelo menos 10% (dez por cento) das vagas para pessoas com deficiência;
b) executar todas as obrigações trabalhistas referentes aos adolescentes
aprendizes; c) garantir locais favoráveis e meios didáticos apropriados ao
Programa de Aprendizagem e ao desenvolvimento físico, psíquico, moral e
social do adolescente aprendiz; d) assegurar a compatibilidade de horários
para a participação do adolescente no Programa Adolescente Aprendiz e
nas atividades teóricas por ela ministradas, sem prejuízo da frequência ao
ensino regular; e) acompanhar as atividades e o desempenho pedagógico do
adolescente aprendiz, em relação ao Programa de Aprendizagem e ao ensino
regular; f) promover a avaliação periódica do adolescente aprendiz, no tocante
E
ao Programa de Aprendizagem; e g) expedir Certificado de Qualificação D
Profissional em nome do adolescente, após a conclusão do Programa de U
CONHECIMENTO
C
Aprendizagem com aproveitamento satisfatório. A
Ç
Por fim, deverá ainda o contrato prever cláusula específica com a Ã
DESENVOLVIMENTO
31
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
2.7. A Seleção do Aprendiz
2.8. Cota-Aprendizagem
32
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
2.9. O Acompanhamento do Aprendiz no Local da Prática
C
do referido curso de nível técnico; c) o plano de atividades práticas A
deverá seguir a descrição com base no Código CBO correspondente Ç
Ã
à(s) ocupação(s); e d) a carga horária teórica não poderá ser inferior a
DESENVOLVIMENTO
O
quatrocentas horas no momento da assinatura do contrato do aprendiz.
APRENDIZAGEM
33
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
2.11. Deveres do Aprendiz
C
A que executam atividades de tecnologia da informação, licitação e suprimento,
Ç execução orçamentária, gestão de material e patrimônio e gestão de
Ã
O transportes. As atividades a serem desempenhadas devem ser inerentes
à área e devem guardar compatibilidade e condições favoráveis para a
APRENDIZAGEM
CONHECIMENTO
34
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
além de outras de caráter genérico, tais como recepção de documentos,
atendimentos de ligações telefônicas, atendimento ao público e serviços de
digitação de pequena complexidade.
O
que diz respeito aos aspectos de faixa etária e escolaridade para que lhes
APRENDIZAGEM
35
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
As atividades devem ser desenvolvidas em horário que não
prejudique a frequência do aprendiz com idade inferior a 18 anos à escola,
deve ser considerado, nesse caso, o tempo necessário para seu deslocamento.
Disciplinando, por ato próprio, a jornada de trabalho no âmbito do
Ministério Público da União, a Portaria PGR/MPU nº 625/2010 dispõe que
o Programa Adolescente Aprendiz terá jornada diária de 4h (quatro horas). A
entidade formadora deverá, então, atentar para a elaboração de programa de
aprendizagem condizente com o modelo a (4h/dia e 20h/semana), previsto
no Catálogo Nacional da Aprendizagem Profissional (CONAP).
Embora seja facultado às unidades do Ministério Público a
contratação de programa de aprendizagem com jornada diária de até 6h ou
8h, a jornada não superior a 4 horas diárias permite ao adolescente usufruir
e exercer os direitos previstos no art. 227 da Constituição Federal, dentre
os quais a educação, a convivência familiar e comunitária, o lazer e a
alimentação.
Na fixação da jornada do aprendiz adolescente, na faixa dos 14
aos 18 anos, a entidade qualificada em formação profissional metódica
deve também observar os demais direitos assegurados pelo ECA, a saber:
garantia de acesso e freqüência obrigatória ao ensino regular, atividade
compatível com o desenvolvimento do adolescente e horário especial
para o exercício das atividades (art. 21, parágrafo único, do Decreto no
5.598/05).
C
A
estabelecimentos diversos. Nesse caso, a jornada de trabalho de cada
Ç um dos contratos deverá ser somada, não podendo ultrapassar a jornada
Ã
O
máxima diária de 6h ou de 8h, caso o aprendiz já tenha concluído o ensino
fundamental (art. 414 da CLT e art. 21, caput, do Decreto no 5.598/05).
APRENDIZAGEM
CONHECIMENTO
36
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
2.14. Impossibilidade de Sucessão entre Contratos de
Aprendizagem
O
O gestor do Ministério Público deve estar atento a isso, negando
APRENDIZAGEM
37
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
2.16. Remuneração do Aprendiz
contratada:
38
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
Súmula TST 331:
CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE
(nova redação do item IV e inseridos os itens V e VI à redação) -
Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011
I - A contratação de trabalhadores por empresa interposta é
ilegal, formando-se o vínculo diretamente com o tomador dos
serviços, salvo no caso de trabalho temporário (Lei nº 6.019, de
03.01.1974).
II - A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa
interposta, não gera vínculo de emprego com os órgãos da
Administração Pública direta, indireta ou fundacional (art. 37,
II, da CF/1988).
III - Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação
de serviços de vigilância (Lei nº 7.102, de 20.06.1983) e de
conservação e limpeza, bem como a de serviços especializados
ligados à atividade-meio do tomador, desde que inexistente a
pessoalidade e a subordinação direta.
IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte
do empregador, implica a responsabilidade subsidiária do
tomador dos serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja
participado da relação processual e conste também do título
executivo judicial.
V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e
indireta respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do
item IV, caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento
das obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente
na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e
legais da prestadora de serviço como empregadora. A aludida
E
responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das D
obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente U
CONHECIMENTO
C
contratada. A
Ç
VI – A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços Ã
abrange todas as verbas decorrentes da condenação referentes
DESENVOLVIMENTO
O
ao período da prestação laboral.
APRENDIZAGEM
39
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
Com relação aos encargos previdenciários, há norma legal expressa
prevendo a responsabilidade solidária da Administração Pública com a
entidade contratada. Lei 8.666/93, art. 71, § 2o A Administração Pública
responde solidariamente com o contratado pelos encargos previdenciários
resultantes da execução do contrato, nos termos do art. 31 da Lei nº 8.212, de
24 de julho de 1991. (Redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995)
Para tanto, deve-se fazer constar do contrato de prestação de serviços
a obrigação de a entidade sem fins lucrativos apresentar periodicamente ou
sempre que solicitado todos os recibos de pagamento de salário e demais
parcelas remuneratórias, comprovantes de recolhimento das contribuições
devidas ao INSS e ao FGTS, e de regularidade fiscal perante as fazendas
públicas municipal, estadual e federal.
C
lembrar-se que as faltas injustificadas têm reflexos no repouso semanal
A
Ç
à 23 Art. 579 da CLT. “A contribuição sindical é devida por todos aqueles que participarem de uma
O determinada categoria econômica ou profissional, ou de uma profissão liberal, em favor do sindicato
representativo da mesma categoria ou profissão ou, inexistindo este, na conformidade do disposto no
APRENDIZAGEM
CONHECIMENTO
art. 591”.
24 Art. 580 da CLT. “A contribuição sindical será recolhida, de uma só vez, anualmente, e consistirá: I - Na
importância correspondente à remuneração de um dia de trabalho, para os empregados, qualquer
que seja a forma da referida remuneração;”
40
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
remunerado, bem como no período de férias. Daí a necessidade de que ambas
as instituições – Ministério Público e ESFL – se comuniquem e estabeleçam
meios de aferir a presença e a jornada do aprendiz, seja nas atividades práticas
(Ministério Público encaminha comunicado às entidades), seja nas atividades
teóricas (entidades encaminham comunicação ao Ministério Público).
2.18. Vale-Transporte
E
D
2.19. Férias U
CONHECIMENTO
C
A
Ç
As férias do aprendiz com idade inferior a 18 anos deverão sempre Ã
DESENVOLVIMENTO
O
coincidir com as férias escolares, vedado o seu parcelamento.25 Desse modo,
APRENDIZAGEM
41
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
2.20. Recesso Forense
C
A contrato.
Ç
à Entretanto, cabe ao empregador recolher o FGTS do aprendiz durante
O
o período de afastamento, computando-se este período, desde que não seja
APRENDIZAGEM
superior a seis meses, para fins de aquisição do direito às férias anuais (art.
CONHECIMENTO
26 A Portaria PGR/MPU 625/2010 prevê expressamente a contratação da apólice coletiva em seu art.
6º, III.
42
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
Durante o afastamento, o aprendiz não poderá frequentar a formação
teórica, já que essa formação também faz parte do contrato de aprendizagem,
sendo as horas teóricas consideradas efetivamente trabalhadas.
Transcorrido o período de afastamento antes do termo final do
contrato e não sendo possível ao aprendiz concluir a formação prevista no
Programa de Aprendizagem, o contrato deverá ser rescindido sem justa causa
e poderá ser-lhe concedido um certificado de participação ou, se for o caso,
um certificado de conclusão de bloco ou módulo cursado.
Caso o termo final do contrato ocorra durante o período de
afastamento, o contrato será extinto na data predeterminada para o seu
término, salvo se as partes interessadas tiverem previamente ajustado que
o tempo de afastamento não será computado na contagem do prazo para a
respectiva terminação (CLT, art. 472, § 2º).
O
APRENDIZAGEM
43
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
paga ou devida, no mês anterior, ao aprendiz, fazendo-o pelo Código nº 7 da
Caixa Econômica Federal.
A teor do art. 28 do Decreto 99.684/1990, o depósito na conta
vinculada do FGTS também é obrigatório nos casos de interrupção do
contrato de trabalho prevista em lei, tais como: prestação de serviço militar,
licença para tratamento de saúde de até quinze dias, licença por acidente de
trabalho, licença à gestante e licença-paternidade.
O gestor do Ministério Público deve estar atento ao recolhimento
de FGTS, na forma de lei. Para tanto, deve-se instituir obrigação à entidade
formadora, no contrato administrativo, quanto ao encaminhamento de
comprovantes de recolhimento de FGTS, para fins de acompanhamento.
Este item – FGTS – também compõe a planilha de custos que vai
nortear o preço do serviço oferecido pela entidade ao Ministério Público.
2.25. Seguro-Desemprego
E
D 27 Lei 7.998/1990 - Art. 3º Terá direito à percepção do seguro-desemprego o trabalhador dispensado
U
DESENVOLVIMENTO
C sem justa causa que comprove: I - ter recebido salários de pessoa jurídica ou pessoa física a ela
A equiparada, relativos a cada um dos 6 (seis) meses imediatamente anteriores à data da dispensa;
Ç II - ter sido empregado de pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada ou ter exercido atividade
à legalmente reconhecida como autônoma, durante pelo menos 15 (quinze) meses nos últimos 24 (vinte
O
e quatro) meses; (Vide Lei 8.845, de 1994) III - não estar em gozo de qualquer benefício previdenciário
APRENDIZAGEM
CONHECIMENTO
44
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
2.26. Certificação de Qualificação Profissional de Aprendizagem
IV – a pedido do aprendiz. C
A
Ç
O contrato de trabalho poderá ainda ser rescindido antecipadamente Ã
no encerramento das atividades da entidade contratada e morte do
DESENVOLVIMENTO
O
APRENDIZAGEM
45
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
A diminuição do quadro de pessoal de empresa, ainda que em razão
de dificuldades financeiras ou de conjuntura econômica desfavorável, não
autoriza a rescisão antecipada dos contratos de aprendizagem em curso, que
devem ser cumpridos até o seu termo final.29
A contratação do aprendiz como empregado regular do
estabelecimento, após o término do contrato de aprendizagem, implica a
sua rescisão, com o consequente pagamento das verbas rescisórias devidas e
assinatura de novo contrato de trabalho.30
E
D
U 2.29. Verbas Rescisórias Conforme Tipo de Término do Contrato
DESENVOLVIMENTO
C
A VERBAS RESCISÓRIAS
Ç Indenização
à 13° salário Férias + 1/3 FGTS do art. 479
CLT
O Causas da Rescisão
Saldo de
Salário
Aviso
Prévio
APRENDIZAGEM
Rescisão a Término do
SIM NÃO SIM SIM SIM SIM SIM NÃO NÃO
termo Contrato
46
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
Indenização
13° salário Férias + 1/3 FGTS do art. 479
Saldo de Aviso CLT
Causas da Rescisão
Salário Prévio
Integral Proporcional Integral Proporcional Saque Multa
Implemento
SIM NÃO SIM SIM SIM SIM SIM NÃO NÃO
da idade
Desempenho
insuficiente ou
SIM NÃO SIM SIM SIM SIM NÃO NÃO NÃO
inadaptação
do aprendiz
Falta
disciplinar
SIM NÃO SIM NÂO SIM NÂO NÃO NÃO NÃO
grave (art. 482
Rescisão CLT)
antecipada
Ausência
injustificada
à escola que
SIM NÃO SIM SIM SIM SIM NÃO NÃO NÃO
implique
perda do ano
letivo
A pedido do
SIM NÃO SIM SIM SIM SIM NÃO NÃO NÃO
aprendiz
Encerramento
das atividades SIM NÃO SIM SIM SIM SIM SIM NÃO NÃO
da ESFL
O
APRENDIZAGEM
47
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
2.31. CAGED – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
A contratação, dispensa ou rescisão do contrato do aprendiz devem
ser informadas no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED)
(art. 1º, § 1º, da Lei nº 4.923, de 23 de dezembro de 1965).
48
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
realização, os instrumentos utilizados e uma visão acerca de denominações e
informações utilizadas, tudo em parceria com a entidade contratada;
d) implantar, coordenar, acompanhar e avaliar o Programa na
unidade do Ministério Público;
e) divulgar o Programa na unidade e sensibilizar a comunidade
institucional por meio de material informativo como cartilhas e folders;
f) interagir com a entidade contratada no que se refere: assiduidade;
pontualidade; desempenho escolar e acompa-nhamento sociofamiliar;
g) promover a ambientação dos aprendizes promovendo, inclusive,
encontro com os pais/responsáveis dos adolescentes visando aproximação
com a família, esclarecimento de dúvidas referentes ao Programa e
apresentação da instituição em que o adolescente irá desenvolver suas
atividades de aprendizagem;
h) fomentar o atendimento do adolescente aprendiz e seus familiares
pelos equipamentos do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) do
Município em que residem, notadamente o CRAS e CREAS, caso tal
providência se mostre necessária;
i) interagir e fortalecer o papel dos supervisores dos aprendizes;
j) promover dentro da unidade do Ministério Público em que o
adolescente estiver lotado, por meio de parcerias com outras instituições
ou do serviço voluntário de servidores ou não, atividades voltadas para
desenvolvimento pessoal, social e profissional do adolescente, tais como:
apoio escolar; orientação vocacional; atividades culturais (oficinas de
desenho, canto, teatro, dentre outras) para incentivar o desenvolvimento de
talentos e atividades informativas (oficinas e/ou palestras temáticas sobre
direitos humanos, direitos da criança e do adolescente, sexualidade, dentre
outros);
k) realizar atendimento individual e em grupo estendendo, quando E
D
necessário, às famílias; U
CONHECIMENTO
C
l) elaborar relatório de acompanhamento e avaliação dos aprendizes A
e do Programa; Ç
Ã
DESENVOLVIMENTO
49
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
E
D
U
DESENVOLVIMENTO
C
A
Ç
Ã
O
APRENDIZAGEM
CONHECIMENTO
50
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
3. PASSO A PASSO
C
A
A contratação da ESFL, que será responsável pela celebração do Ç
Ã
contrato de aprendizagem com o adolescente, bem como pela realização do curso
DESENVOLVIMENTO
O
de aprendizagem (parte teórica) deve ser feita mediante processo licitatório34,
APRENDIZAGEM
podendo, nas hipóteses do art. 24 da Lei Geral de Licitações (Lei 8.666/93), ser
feita a contratação com dispensa de licitação.
51
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
No âmbito do Ministério Público Federal, tem-se realizado a contratação
das entidades com dispensa de licitação, conforme nota técnica constante nos
anexos deste Manual35.
A entidade contratada deve estar registrada no Cadastro Nacional
de Aprendizagem do MTE, bem como no Conselho Municipal de Direitos
da Criança e Adolescente do respectivo Município, além de ter o curso de
aprendizagem validado pelo MTE. Deve-se observar, ainda, se a entidade a
ser contratada não dispõe de nenhuma restrição quanto às suas condições de
funcionamento perante o Ministério Público.
resultado comum;
35 Vide nota técnica no anexo 6.2.
36 Vide minuta de contrato administrativo no anexo 6.4.
52
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
d) no convênio, verifica-se a mútua colaboração, que pode
assumir várias formas;
e) no convênio não se cogita de preço ou remuneração, que
constitui cláusula inerente ao contrato.
Dentre as diferenças entre contrato e convênio, a mais importante
para o assunto discutido neste Manual diz respeito ao fato de os valores
repassados por meio de convênio ficarem vinculados ao seu objeto e não
poderem ser incorporados ao patrimônio das entidades sem fins lucrativos.
Nas palavras de Maria Sylvia, ”no contrato, o valor pago a título
de remuneração passa a integrar o patrimônio da entidade que o recebeu,
sendo irrelevante para o repassador a utilização que será feita do mesmo; no
convênio, se o conveniado recebe determinado valor, esse fica vinculado à
utilização prevista no ajuste; assim, se um particular recebe verbas do Poder
Público em decorrência de convênio, esse valor não perde a natureza de
dinheiro público, só podendo ser utilizado para os fins previstos no convênio;
por essa razão, a entidade está obrigada a prestar contas de sua utilização,
não só ao ente repassador, como ao Tribunal de Contas” (DI PIETRO, p. 338).
A título de exemplo, se uma entidade sem fins lucrativos pretende
celebrar um convênio com o Ministério Público para selecionar e administrar
os serviços prestados por adolescentes aprendizes, o valor total do repasse
realizado pelo Ministério Público terá que ser destinado para os adolescentes
e o pagamento dos encargos decorrentes de suas contratações, não sendo
possível que a entidade se remunere com tais valores, ou seja, a entidade,
além de não visar lucros, ainda terá que trabalhar graciosamente.
Contudo, na maioria das vezes, com os valores recebidos do
Poder Público, além de pagar os adolescentes e os encargos decorrentes
da contratação, as entidades também pretendem reinvestir os valores
remanescentes em seus fins sociais, caso em que são remuneradas para
prestar seus serviços, o que caracteriza uma relação contratual, impossível de E
D
ser amparada por um convênio. U
CONHECIMENTO
C
Assim, salvo nos casos em que as entidades que intermediarão a A
contratação dos adolescentes aprendizes atuem de forma graciosa, não será Ç
Ã
cabível a celebração de convênio, devendo ser adotada a figura do contrato.
DESENVOLVIMENTO
O
APRENDIZAGEM
53
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
3.4. Seleção de Aprendizes
C
nas Anotações Gerais, do nome do referido Arco.
A
Ç
Ã
e) estipular seguro contra acidentes pessoais, em benefício do
O do aprendiz, entregando-lhe certificado de seguro individual;
APRENDIZAGEM
54
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
g) acompanhar e fiscalizar permanentemente a atividade
profissional do aprendiz.
Em relação ao pagamento do aprendiz, deverão também:
a) efetuar pagamento, até o 5º dia útil subsequente ao trabalho
efetuado, da remuneração para o aprendiz;
b) efetuar o pagamento, quando for o caso e nas datas
estabelecidas por lei, do valores correspondentes ao 13º salário, férias e
verbas rescisórias, inclusive encargos;
c) em relação à gratificação natalina (13º salário), a primeira
parcela deverá ser paga até o dia 30 do mês de novembro do ano correspondente
e a segunda parcela até dia 20 de dezembro do mesmo ano;
d) fornecer vales-transporte, no último dia do mês antecedente,
referente ao deslocamento do aprendiz, incluindo o retorno à residência,
acrescidos os vales-transporte para participação na aprendizagem teórica;
e) apresentar ao Ministério Público a comprovação do pagamento
dos valores referentes a salários, encargos trabalhistas e previdenciários de
cada aprendiz assistido, em até 20 (vinte) dias úteis após o prazo legalmente
definido para cada pagamento.
Em relação à documentação trabalhista, fiscal e previdenciária,
a ESFL deverá manter durante toda a vigência do contrato os seguintes
documentos, apresentando-os sempre que solicitado pelo Ministério Público,
considerando o prazo de validade:
• Certidão Negativa de Débitos relativos a tributos e
contribuições federais e à Dívida Ativa da União;
• Certidão de Situação de Regularidade – FGTS;
• Certidão Negativa de Débito em relação às contribuições
previdenciárias (ou declaração emitida pela Previdência Social E
D
de que a entidade é isenta de contribuição previdenciária); U
CONHECIMENTO
C
• Certidão do registro da entidade no Conselho Municipal A
dos Direitos da Criança e do Adolescente – CMDCA, como Ç
Ã
ESFL que tem por objetivo a assistência ao adolescente e a
DESENVOLVIMENTO
O
educação profissional;
APRENDIZAGEM
55
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
3.6. Sensibilização dos Membros e Servidores
informações necessárias.
Caberá ainda à unidade do Ministério Público, por intermédio do
gestor e/ou supervisor:
38 Vide relatório sobre o Programa Adolescente Aprendiz do MPF no anexo 6.7.
56
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
a) assegurar ao aprendiz a formação profissional prático-
metódica em serviços administrativos;
b) zelar pelo correto cumprimento da prática de aprendizagem,
sendo vedada ao aprendiz a realização de trabalhos prejudiciais à saúde e à
moral dos adolescentes, bem como a execução de trabalhos externos, em vias
públicas, ou atendendo a solicitações de funcionários, diretores, parceiros,
entre outros, que estejam a serviço do Ministério Público e que não sejam
objeto específico da aprendizagem a que está submetido;
c) não exigir do aprendiz o porte de documentos sigilosos ou
numerários, ainda que em circulação nos ambientes internos do Ministério
Público, bem como que exerçam atividades que por sua natureza requeiram
força física não condizente com a legislação, sempre observando as atividades
de aprendizagem prática às quais deverá estar submetido;
d) acompanhar o desempenho do aprendiz e providenciar o
preenchimento de ficha de acompanhamento de atividades.
No âmbito do MPU, é necessário ainda que sejam observadas as
disposições do § 5º do art. 2º da Portaria MPU/PGR 625/201139, abaixo
transcritas:
§ 5º Cada unidade do Ministério Público da União criará comissão
– vinculada à sua Secretaria de Gestão de Pessoas – para acompanhamento
do Programa de Aprendizagem, integrada preferencialmente por psicólogo,
assistente social e pedagogo, além de outros servidores, a fim de:
I – implantar, coordenar, acompanhar e avaliar o Programa na
unidade do MPU;
II – divulgar o Programa na unidade e sensibilizar a comunidade
institucional por meio de material informativo como cartilhas e folders;
III – interagir com a entidade contratada no que se refere a:
assiduidade; pontualidade, desempenho escolar e acompanhamento E
D
sociofamiliar; U
CONHECIMENTO
C
IV – promover a ambientação dos aprendizes promovendo, inclusive, A
encontro com os pais/responsáveis dos adolescentes visando aproximação Ç
Ã
com a família, esclarecimento de dúvidas referentes ao Programa e
DESENVOLVIMENTO
O
apresentação da instituição em que o adolescente irá desenvolver suas
APRENDIZAGEM
atividades de aprendizagem;
V – fomentar o atendimento do adolescente aprendiz e seus
familiares pelos equipamentos do Sistema Único de Assistência Social
39 Acrescido pela Portaria nº 547/2011.
57
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
(SUAS) do Município em que residem, notadamente o CRAS e CREAS,
caso tal providência se mostre necessária;
VI – interagir e fortalecer o papel dos supervisores dos aprendizes;
VII – promover dentro da unidade do MPU em que o adolescente
estiver lotado, por meio de parcerias com outras instituições ou do serviço
voluntário de servidores ou não, atividades voltadas para desenvolvimento
pessoal, social e profissional do adolescente, tais como: apoio escolar;
orientação vocacional; atividades culturais (oficinas de desenho, canto,
teatro, dentre outros) para incentivar o desenvolvimento de talentos e
atividades informativas (oficinas e/ou palestras temáticas sobre direitos
humanos, direitos da criança e do adolescente, sexualidade, dentre outros);
VIII – realizar atendimento individual e em grupo estendendo,
quando necessário, às famílias;
IX – elaborar relatório de acompanhamento e avaliação dos
aprendizes e do Programa;
X – inserir os aprendizes, quando possível, nos Programas e
projetos existentes na unidade do MPU onde estão lotados.
No acompanhamento das atividades práticas dos aprendizes, devem
ser observadas as vedações legais, de modo que a aprendizagem não seja
executada:
a) em ambientes insalubres, perigosos ou ofensivos à sua moral;
b) em horário noturno, este compreendido entre as 22 horas de
um dia e as 5 horas do dia seguinte;
c) em jornada extraordinária ou de compensação de jornada de
trabalho;
d) com tarefas penosas, extenuantes ou que exijam
E desenvolvimento físico ou psíquico não condizente com sua capacidade;
D
U e) em atividades externas.
DESENVOLVIMENTO
C
A O aprendiz deverá encontrar-se devidamente matriculado no ensino
Ç
Ã
regular, comprometendo-se a entregar à entidade contratada o boletim
O escolar em cada bimestre letivo, bem como o comprovante de matrícula do
ano seguinte, salvo se já tiver concluído o ensino médio.
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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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5. LEGISLAÇÃO
O
mediante o treinamento para o trabalho e a convivência, e a facilitação
APRENDIZAGEM
63
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
(...)
§ 3º - O direito a proteção especial abrangerá os seguintes aspectos:
I - idade mínima de quatorze anos para admissão ao trabalho,
observado o disposto no art. 7º, XXXIII;
II - garantia de direitos previdenciários e trabalhistas;
III - garantia de acesso do trabalhador adolescente e jovem à escola;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010)
(...)
Capítulo V
Do Direito à Profissionalização e à Proteção no Trabalho
Art. 60. É proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de
idade, salvo na condição de aprendiz. (Vide Constituição Federal)
Art. 61. A proteção ao trabalho dos adolescentes é regulada por
legislação especial, sem prejuízo do disposto nesta Lei.
Art. 62. Considera-se aprendizagem a formação técnico-profissional
ministrada segundo as diretrizes e bases da legislação de educação em vigor.
Art. 63. A formação técnico-profissional obedecerá aos seguintes
princípios:
I - garantia de acesso e freqüência obrigatória ao ensino regular;
II - atividade compatível com o desenvolvimento do adolescente;
E
D
III - horário especial para o exercício das atividades.
U
DESENVOLVIMENTO
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MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
Art. 67. Ao adolescente empregado, aprendiz, em regime familiar de
trabalho, aluno de escola técnica, assistido em entidade governamental ou
não-governamental, é vedado trabalho:
I - noturno, realizado entre as vinte e duas horas de um dia e as cinco
horas do dia seguinte;
II - perigoso, insalubre ou penoso;
III - realizado em locais prejudiciais à sua formação e ao seu
desenvolvimento físico, psíquico, moral e social;
IV - realizado em horários e locais que não permitam a freqüência à
escola.
(...)
Art. 69. O adolescente tem direito à profissionalização e à proteção
no trabalho, observados os seguintes aspectos, entre outros:
I - respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento;
II - capacitação profissional adequada ao mercado de trabalho.
O
de 2008)
APRENDIZAGEM
65
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
§ 3º O contrato de aprendizagem não poderá ser estipulado por
mais de 2 (dois) anos, exceto quando se tratar de aprendiz portador de
deficiência. (Redação dada pela Lei nº 11.788, de 2008)
§ 4º A formação técnico-profissional a que se refere o caput deste
artigo caracteriza-se por atividades teóricas e práticas, metodicamente
organizadas em tarefas de complexidade progressiva desenvolvidas no
ambiente de trabalho. (Incluído pela Lei nº 10.097, de 19.12.2000)
§ 5º A idade máxima prevista no caput deste artigo não se aplica
a aprendizes portadores de deficiência. (Incluído pela Lei nº 11.180, de
2005)
§ 6º Para os fins do contrato de aprendizagem, a comprovação
da escolaridade de aprendiz portador de deficiência mental deve
considerar, sobretudo, as habilidades e competências relacionadas com a
profissionalização. (Incluído pela Lei nº 11.180, de 2005)
§ 7º Nas localidades onde não houver oferta de ensino médio para
o cumprimento do disposto no § 1o deste artigo, a contratação do aprendiz
poderá ocorrer sem a frequência à escola, desde que ele já tenha concluído
o ensino fundamental. (Incluído pela Lei nº 11.788, de 2008)
Art. 429. Os estabelecimentos de qualquer natureza são
obrigados a empregar e matricular nos cursos dos Serviços Nacionais de
Aprendizagem número de aprendizes equivalente a cinco por cento, no
mínimo, e quinze por cento, no máximo, dos trabalhadores existentes em
cada estabelecimento, cujas funções demandem formação profissional.
(Redação dada pela Lei nº 10.097, de 19.12.2000)
§ 1º-A O limite fixado neste artigo não se aplica quando o
empregador for entidade sem fins lucrativos, que tenha por objetivo a
educação profissional. (Incluído pela Lei nº 10.097, de 19.12.2000)
C nº 10.097, de 19.12.2000)
A
Ç § 2º Os estabelecimentos de que trata o caput ofertarão
à vagas de aprendizes a adolescentes usuários do Sistema Nacional de
O
Atendimento Socioeducativo (SINASE) nas condições a serem dispostas
APRENDIZAGEM
66
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
Art. 430. Na hipótese de os Serviços Nacionais de Aprendizagem
não oferecerem cursos ou vagas suficientes para atender à demanda dos
estabelecimentos, esta poderá ser suprida por outras entidades qualificadas
em formação técnico-profissional metódica, a saber: (Redação dada pela
Lei nº 10.097, de 19.12.2000)
I – Escolas Técnicas de Educação; (Incluído pela Lei nº 10.097,
de 19.12.2000)
II – Entidades sem fins lucrativos, que tenham por objetivo
a assistência ao adolescente e à educação profissional, registradas no
Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente. (Incluído
pela Lei nº 10.097, de 19.12.2000)
§ 1º As entidades mencionadas neste artigo deverão contar com
estrutura adequada ao desenvolvimento dos Programas de Aprendizagem,
de forma a manter a qualidade do processo de ensino, bem como
acompanhar e avaliar os resultados. (Incluído pela Lei nº 10.097, de
19.12.2000)
§ 2º Aos aprendizes que concluírem os cursos de aprendizagem,
com aproveitamento, será concedido certificado de qualificação
profissional. (Incluído pela Lei nº 10.097, de 19.12.2000)
§ 3º O Ministério do Trabalho e Emprego fixará normas para
avaliação da competência das entidades mencionadas no inciso II deste
artigo. (Incluído pela Lei nº 10.097, de 19.12.2000)
Art. 431. A contratação do aprendiz poderá ser efetivada pela
empresa onde se realizará a aprendizagem ou pelas entidades mencionadas
no inciso II do art. 430, caso em que não gera vínculo de emprego com a
empresa tomadora dos serviços.
Art. 432. A duração do trabalho do aprendiz não excederá de seis
horas diárias, sendo vedadas a prorrogação e a compensação de jornada. E
(Redação dada pela Lei nº 10.097, de 19.12.2000) D
U
CONHECIMENTO
§ 1º O limite previsto neste artigo poderá ser de até oito horas diárias C
A
para os aprendizes que já tiverem completado o ensino fundamental, se nelas Ç
forem computadas as horas destinadas à aprendizagem teórica. (Redação Ã
DESENVOLVIMENTO
O
dada pela Lei nº 10.097, de 19.12.2000)
APRENDIZAGEM
67
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
a hipótese prevista no § 5o do art. 428 desta Consolidação, ou ainda
antecipadamente nas seguintes hipóteses: (Redação dada pela Lei nº 11.180,
de 2005)
I – desempenho insuficiente ou inadaptação do aprendiz; (Redação
dada pela Lei nº 10.097, de 19.12.2000)
II – falta disciplinar grave; (Redação dada pela Lei nº 10.097, de
19.12.2000)
III – ausência injustificada à escola que implique perda do ano letivo;
ou (Redação dada pela Lei nº 10.097, de 19.12.2000)
IV – a pedido do aprendiz. (Redação dada pela Lei nº 10.097, de
19.12.2000)
Parágrafo único. Revogado. (Redação dada pela Lei nº 10.097, de
19.12.2000)
§ 2º Não se aplica o disposto nos arts. 479 e 480 desta Consolidação
às hipóteses de extinção do contrato mencionadas neste artigo. (Redação
dada pela Lei nº 10.097, de 19.12.2000).
Regulamenta a contratação de
aprendizes e dá outras providências.
C
da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente,
A
Ç
Ã
DECRETA:
O
Art. 1º Nas relações jurídicas pertinentes à contratação de aprendizes,
APRENDIZAGEM
68
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
CAPÍTULO I
DO APRENDIZ
Art. 2º Aprendiz é o maior de quatorze anos e menor de vinte e
quatro anos que celebra contrato de aprendizagem, nos termos do art. 428 da
Consolidação das Leis do Trabalho - CLT.
Parágrafo único. A idade máxima prevista no caput deste artigo não
se aplica a aprendizes portadores de deficiência.
CAPÍTULO II
DO CONTRATO DE APRENDIZAGEM
Art. 3º Contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial,
ajustado por escrito e por prazo determinado não superior a dois anos, em que
o empregador se compromete a assegurar ao aprendiz, inscrito em Programa
de Aprendizagem, formação técnico-profissional metódica compatível com o
seu desenvolvimento físico, moral e psicológico, e o aprendiz se compromete
a executar com zelo e diligência as tarefas necessárias a essa formação.
Parágrafo único. Para fins do contrato de aprendizagem, a
comprovação da escolaridade de aprendiz portador de deficiência mental
deve considerar, sobretudo, as habilidades e competências relacionadas com
a profissionalização.
Art. 4º A validade do contrato de aprendizagem pressupõe anotação
na Carteira de Trabalho e Previdência Social, matrícula e frequência do
aprendiz à escola, caso não haja concluído o ensino fundamental, e inscrição
em Programa de Aprendizagem desenvolvido sob a orientação de entidade
qualificada em formação técnico-profissional metódica.
Art. 5º O descumprimento das disposições legais e regulamentares
importará a nulidade do contrato de aprendizagem, nos termos do art. 9o da
CLT, estabelecendo-se o vínculo empregatício diretamente com o empregador E
responsável pelo cumprimento da cota de aprendizagem. D
U
CONHECIMENTO
O
DA FORMAÇÃO TÉCNICO-PROFISSIONAL E DAS ENTIDADES
APRENDIZAGEM
69
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
Seção I
Da Formação Técnico-Profissional
Art. 6º Entendem-se por formação técnico-profissional metódica
para os efeitos do contrato de aprendizagem as atividades teóricas e práticas,
metodicamente organizadas em tarefas de complexidade progressiva
desenvolvidas no ambiente de trabalho.
Parágrafo único. A formação técnico-profissional metódica de que trata
o caput deste artigo realiza-se por Programas de Aprendizagem organizados e
desenvolvidos sob a orientação e responsabilidade de entidades qualificadas em
formação técnico-profissional metódica definidas no art. 8o deste Decreto.
Art. 7º A formação técnico-profissional do aprendiz obedecerá aos
seguintes princípios:
I – garantia de acesso e frequência obrigatória ao ensino fundamental;
II – horário especial para o exercício das atividades; e
III – capacitação profissional adequada ao mercado de trabalho.
Parágrafo único. Ao aprendiz com idade inferior a dezoito anos é
assegurado o respeito à sua condição peculiar de pessoa em desenvolvimento.
Seção II
Das Entidades Qualificadas em Formação Técnico-Profissional Metódica
Art. 8º Consideram-se entidades qualificadas em formação técnico-
profissional metódica:
I – os Serviços Nacionais de Aprendizagem, assim identificados:
a) Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI;
b) Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – SENAC;
E c) Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – SENAR;
D
U d) Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte – SENAT; e
DESENVOLVIMENTO
C
A e) Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo – SESCOOP;
Ç
à II – as escolas técnicas de educação, inclusive as agrotécnicas; e
O
III – as entidades sem fins lucrativos, que tenham por objetivos a
APRENDIZAGEM
CONHECIMENTO
70
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
de forma a manter a qualidade do processo de ensino, bem como acompanhar e
avaliar os resultados.
C
demandem formação profissional, independentemente de serem proibidas para A
menores de dezoito anos. Ç
Ã
Art. 11. A contratação de aprendizes deverá atender, prioritariamente,
DESENVOLVIMENTO
O
aos adolescentes entre quatorze e dezoito anos, exceto quando:
APRENDIZAGEM
71
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
II - a lei exigir, para o desempenho das atividades práticas, licença ou
autorização vedada para pessoa com idade inferior a dezoito anos; e
III - a natureza das atividades práticas for incompatível com o
desenvolvimento físico, psicológico e moral dos adolescentes aprendizes.
Parágrafo único. A aprendizagem para as atividades relacionadas
nos incisos deste artigo deverá ser ministrada para jovens de dezoito a vinte
e quatro anos.
Art. 12. Ficam excluídos da base de cálculo de que trata o caput do
art. 9o deste Decreto os empregados que executem os serviços prestados sob
o regime de trabalho temporário, instituído pela Lei no 6.019, de 3 de janeiro
de 1973, bem como os aprendizes já contratados.
Parágrafo único. No caso de empresas que prestem serviços
especializados para terceiros, independentemente do local onde sejam
executados, os empregados serão incluídos na base de cálculo da prestadora,
exclusivamente.
Art. 13. Na hipótese de os Serviços Nacionais de Aprendizagem
não oferecerem cursos ou vagas suficientes para atender à demanda dos
estabelecimentos, esta poderá ser suprida por outras entidades qualificadas
em formação técnico-profissional metódica previstas no art. 8o.
Parágrafo único. A insuficiência de cursos ou vagas a que se refere o
caput será verificada pela inspeção do trabalho.
Art. 14. Ficam dispensadas da contratação de aprendizes:
I - as microempresas e as empresas de pequeno porte; e
II - as entidades sem fins lucrativos que tenham por objetivo a
educação profissional.
Seção II
E
D Das Espécies de Contratação do Aprendiz
U
DESENVOLVIMENTO
72
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
Programa de Aprendizagem a ser ministrado pelas entidades indicadas no
art. 8º deste Decreto.
§ 2º A contratação de aprendiz por intermédio de entidade sem fins
lucrativos, para efeito de cumprimento da obrigação estabelecida no caput do
art. 9o, somente deverá ser formalizada após a celebração de contrato entre
o estabelecimento e a entidade sem fins lucrativos, no qual, dentre outras
obrigações recíprocas, se estabelecerá as seguintes:
I - a entidade sem fins lucrativos, simultaneamente ao
desenvolvimento do Programa de Aprendizagem, assume a condição de
empregador, com todos os ônus dela decorrentes, assinando a Carteira de
Trabalho e Previdência Social do aprendiz e anotando, no espaço destinado
às anotações gerais, a informação de que o específico contrato de trabalho
decorre de contrato firmado com determinado estabelecimento para efeito do
cumprimento de sua cota de aprendizagem; e
II - o estabelecimento assume a obrigação de proporcionar ao
aprendiz a experiência prática da formação técnico-profissional metódica a
que este será submetido.
Art. 16. A contratação de aprendizes por empresas públicas e
sociedades de economia mista dar-se-á de forma direta, nos termos do § 1o
do art. 15, hipótese em que será realizado processo seletivo mediante edital,
ou nos termos do § 2o daquele artigo.
Parágrafo único. A contratação de aprendizes por órgãos e entidades
da administração direta, autárquica e fundacional observará regulamento
específico, não se aplicando o disposto neste Decreto.
CAPÍTULO V
DOS DIREITOS TRABALHISTAS E OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS
E
Seção I D
U
CONHECIMENTO
Da Remuneração C
A
Art. 17. Ao aprendiz, salvo condição mais favorável, será garantido o Ç
Ã
salário mínimo hora.
DESENVOLVIMENTO
O
Parágrafo único. Entende-se por condição mais favorável aquela
APRENDIZAGEM
73
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
bem como o piso regional de que trata a Lei Complementar no 103, de 14 de
julho de 2000.
Seção II
Da Jornada
Art. 18 A duração do trabalho do aprendiz não excederá seis horas
diárias.
§ 1º O limite previsto no caput deste artigo poderá ser de até oito horas
diárias para os aprendizes que já tenham concluído o ensino fundamental, se
nelas forem computadas as horas destinadas à aprendizagem teórica.
§ 2º A jornada semanal do aprendiz, inferior a vinte e cinco horas,
não caracteriza trabalho em tempo parcial de que trata o art. 58-A da CLT.
Art. 19. São vedadas a prorrogação e a compensação de jornada.
Art. 20. A jornada do aprendiz compreende as horas destinadas
às atividades teóricas e práticas, simultâneas ou não, cabendo à entidade
qualificada em formação técnico-profissional metódica fixá-las no plano do
curso.
Art. 21. Quando o menor de dezoito anos for empregado em mais de
um estabelecimento, as horas de trabalho em cada um serão totalizadas.
Parágrafo único. Na fixação da jornada de trabalho do aprendiz menor
de dezoito anos, a entidade qualificada em formação técnico-profissional
metódica levará em conta os direitos assegurados na Lei no 8.069, de 13 de
julho de 1990.
Seção III
Das Atividades Teóricas e Práticas
Art. 22. As aulas teóricas do Programa de Aprendizagem devem
E ocorrer em ambiente físico adequado ao ensino, e com meios didáticos
D apropriados.
U
DESENVOLVIMENTO
74
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
Art. 23. As aulas práticas podem ocorrer na própria entidade
qualificada em formação técnico-profissional metódica ou no estabelecimento
contratante ou concedente da experiência prática do aprendiz.
§ 1º Na hipótese de o ensino prático ocorrer no estabelecimento,
será formalmente designado pela empresa, ouvida a entidade qualificada em
formação técnico-profissional metódica, um empregado monitor responsável
pela coordenação de exercícios práticos e acompanhamento das atividades
do aprendiz no estabelecimento, em conformidade com o Programa de
Aprendizagem.
§2º A entidade responsável pelo Programa de Aprendizagem
fornecerá aos empregadores e ao Ministério do Trabalho e Emprego, quando
solicitado, cópia do projeto pedagógico do Programa.
§ 3º Para os fins da experiência prática segundo a organização
curricular do Programa de Aprendizagem, o empregador que mantenha
mais de um estabelecimento em um mesmo município poderá centralizar as
atividades práticas correspondentes em um único estabelecimento.
§ 4º Nenhuma atividade prática poderá ser desenvolvida no
estabelecimento em desacordo com as disposições do Programa de
Aprendizagem.
Seção IV
Do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
Art. 24. Nos contratos de aprendizagem, aplicam-se as disposições
da Lei no 8.036, de 11 de maio de 1990.
Parágrafo único. A Contribuição ao Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço corresponderá a dois por cento da remuneração paga ou devida, no
mês anterior, ao aprendiz.
Seção V E
D
Das Férias U
CONHECIMENTO
C
Art. 25. As férias do aprendiz devem coincidir, preferencialmente, A
com as férias escolares, sendo vedado ao empregador fixar período diverso Ç
Ã
daquele definido no Programa de Aprendizagem.
DESENVOLVIMENTO
O
Seção VI
APRENDIZAGEM
75
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
cláusulas sociais ao aprendiz quando expressamente previsto e desde que
não excluam ou reduzam o alcance dos dispositivos tutelares que lhes são
aplicáveis.
Seção VII
Do Vale-transporte
Art. 27. É assegurado ao aprendiz o direito ao benefício da Lei no
7.418, de 16 de dezembro de 1985, que institui o vale-transporte.
Seção VIII
Das Hipóteses de Extinção e Rescisão do Contrato de Aprendizagem
Art. 28. O contrato de aprendizagem extinguir-se-á no seu termo
ou quando o aprendiz completar vinte e quatro anos, exceto na hipótese de
aprendiz deficiente, ou, ainda antecipadamente, nas seguintes hipóteses:
I - desempenho insuficiente ou inadaptação do aprendiz;
II - falta disciplinar grave;
III - ausência injustificada à escola que implique perda do ano letivo;
e
IV - a pedido do aprendiz.
Parágrafo único. Nos casos de extinção ou rescisão do contrato de
aprendizagem, o empregador deverá contratar novo aprendiz, nos termos
deste Decreto, sob pena de infração ao disposto no art. 429 da CLT.
Art. 29. Para efeito das hipóteses descritas nos incisos do art. 28
deste Decreto, serão observadas as seguintes disposições:
I - o desempenho insuficiente ou inadaptação do aprendiz referente
às atividades do Programa de Aprendizagem será caracterizado mediante
laudo de avaliação elaborado pela entidade qualificada em formação técnico-
E profissional metódica;
D
U II - a falta disciplinar grave caracteriza-se por quaisquer das hipóteses
DESENVOLVIMENTO
C
A descritas no art. 482 da CLT; e
Ç
à III - a ausência injustificada à escola que implique perda do ano
O letivo será caracterizada por meio de declaração da instituição de ensino.
APRENDIZAGEM
CONHECIMENTO
76
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
Art. 30. Não se aplica o disposto nos arts. 479 e 480 da CLT às
hipóteses de extinção do contrato mencionadas nos incisos do art. 28 deste
Decreto.
CAPÍTULO VI
DO CERTIFICADO DE QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL DE
APRENDIZAGEM
Art. 31. Aos aprendizes que concluírem os Programas de Aprendizagem
com aproveitamento, será concedido pela entidade qualificada em formação
técnico-profissional metódica o certificado de qualificação profissional.
Parágrafo único. O certificado de qualificação profissional deverá
enunciar o título e o perfil profissional para a ocupação na qual o aprendiz foi
qualificado.
CAPÍTULO VII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 32. Compete ao Ministério do Trabalho e Emprego organizar
cadastro nacional das entidades qualificadas em formação técnico-
profissional metódica e disciplinar a compatibilidade entre o conteúdo e a
duração do Programa de Aprendizagem, com vistas a garantir a qualidade
técnico-profissional.
Art. 33. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 34. Revoga-se o Decreto no 31.546, de 6 de outubro de 1952.
O
CNAP, destinado ao cadastramento das entidades qualificadas em formação
APRENDIZAGEM
77
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
§ 1º Para inserção no CNAP, as entidades a que se refere o inciso
III do art. 8o do Decreto no 5.598, de 2005, serão submetidas às normas
de avaliação de competência previstas nesta Portaria, relativas à verificação
da aptidão da entidade para ministrar programas de formação técnico-
profissional que permitam a inclusão de aprendizes no mercado de trabalho.
§ 2º As entidades referidas nos incisos I e II do art. 8o do Decreto
no 5.598, de 2005, devem se inscrever no CNAP, na forma do art. 3o e
fornecer as informações previstas no inciso IV do art. 5o, as turmas criadas
e os aprendizes nelas matriculados, e não se submetem às normas de
avaliação de competência previstas nesta Portaria, referentes ao programa de
aprendizagem inserido.
Art. 2º Compete à Secretaria de Políticas Públicas de Emprego -
SPPE, do Ministério do Trabalho e Emprego - MTE:
I - autorizar a inserção das entidades no CNAP, após a avaliação de
competência e verificação de cumprimento das regras e requisitos previstos
nesta Portaria;
II - operacionalizar, sistematizar, monitorar e aperfeiçoar o CNAP e
o Catálogo Nacional de Programas de Aprendizagem Profissional - CONAP;
III - orientar e padronizar a oferta de programas da aprendizagem
profissional, em consonância com a Classificação Brasileira de Ocupações -
CBO;
IV - efetuar a avaliação de competência das entidades qualificadas
em formação técnico- profissional metódica mencionadas no inciso III do art.
8o do Decreto no 5.598, de 2005, dos programas de aprendizagem e autorizar
sua inserção no CNAP; e
V - divulgar os programas de aprendizagem inseridos no CNAP na
página eletrônica do MTE na rede mundial de computadores - internet, com
E objetivo de instrumentalizar os órgãos de fiscalização e promover informações
D a jovens e adolescentes, empregadores e sociedade civil, com a descrição:
U
DESENVOLVIMENTO
78
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
Art. 3º A inscrição das entidades de que trata o art. 1o desta Portaria
no CNAP deve ser efetuada por meio do formulário disponível na página
eletrônica do MTE na internet, no endereço www.juventudeweb.mte.gov.
br, que deve ser preenchido conforme as regras ali previstas e enviado
eletronicamente.
§ 1º Os programas de aprendizagem, elaborados em consonância com
as regras do Catálogo Nacional de Programas de Aprendizagem Profissional -
CONAP previsto no art. 8o desta Portaria, devem ser inscritos no CNAP para
avaliação da competência da entidade.
§ 2º O programa de aprendizagem inserido no CNAP tem prazo de
vigência de dois anos contados a partir de sua divulgação na página eletrônica
do MTE na internet.
§ 3º O prazo de vigência do programa de aprendizagem profissional
pode ser prorrogado por igual período, salvo se as diretrizes forem alteradas.
Art. 4º Após a inscrição da entidade, será gerado pelo Sistema do
Cadastro Nacional de Aprendizagem - CNAP o Termo de Compromisso da
Entidade e o Termo de Compromisso do Programa de Aprendizagem, que
devem ser assinados pelo responsável legal da entidade e entregues na
unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego mais próxima
ao seu endereço.
§ 1º Quando a entidade atender a público menor de dezoito anos,
o Termo de Compromisso da Entidade deve ser entregue acompanhado de
cópia e original, para conferência, de seu registro no Conselho Municipal dos
Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCA.
§ 2º Quando a entidade atender exclusivamente a público maior
de dezoito anos, o Termo de Compromisso da Entidade deve ser entregue
acompanhado de cópia e original para conferência de:
I - ata de fundação; E
D
II - Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ; U
CONHECIMENTO
C
III - estatuto da entidade e suas respectivas alterações, registrado em A
cartório; Ç
Ã
DESENVOLVIMENTO
79
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
§3º O Termo de Compromisso do Programa de Aprendizagem deve
ser entregue acompanhado de comprovação de:
I - adequação da proposta pedagógica aos princípios e diretrizes
desta Portaria;
II - existência de quadro técnico-docente próprio, na localidade em
que se desenvolverá o programa, devidamente qualificado; e
III - estrutura física e equipamentos disponíveis condizentes com os
objetivos da formação profissional.
§ 4º Cabe à coordenação de fiscalização de aprendizagem
de cada Superintendência Regional do Trabalho e Emprego – SRTE
conferir a documentação encaminhada pela entidade, atestar e registrar
o recebimento no CNAP e arquivá-la.
Art. 5º A inscrição do programa de aprendizagem deve ser feita
nos moldes do art. 3o desta Portaria e a entidade deve fornecer, no
mínimo, as seguintes informações:
I - público participante do programa de aprendizagem, com
máximo de aprendizes por turma, perfil socioeconômico e justificativa
para seu atendimento;
II - objetivos do programa de aprendizagem, com especificação
do propósito das ações a serem realizadas e sua relevância para o
público participante, a sociedade e o mundo do trabalho;
III - conteúdos a serem desenvolvidos, contendo os
conhecimentos, habilidades e competências, sua pertinência em
relação aos objetivos do programa, público participante a ser atendido
e potencial de aplicação no mercado de trabalho;
IV - estrutura do programa de aprendizagem e sua duração
total em horas, em função do conteúdo a ser desenvolvido e do perfil
E
D do público participante, contendo:
U
DESENVOLVIMENTO
80
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
d) atividades práticas da aprendizagem desenvolvidas no local
da prestação dos serviços, previstas na tabela de atividades da CBO
objeto do programa;
V - infraestrutura física, como equipamentos, instrumentos e
instalações necessárias para as ações do programa, com adequação aos
conteúdos, à duração e à quantidade e perfil dos participantes;
VI - recursos humanos: quantidade e qualificação do pessoal
técnico-docente e de apoio envolvido na execução do programa de
aprendizagem, adequadas ao conteúdo pedagógico, duração, quantidade
e perfil dos participantes, e identificação dos mecanismos de contratação e
permanência de educadores no quadro profissional, com especificação do
profissional da entidade responsável pelo acompanhamento das atividades
práticas dos aprendizes na empresa;
VII - mecanismos de acompanhamento e avaliação do programa
de aprendizagem, mediante registro documental das atividades teóricas
e práticas pela entidade formadora, com a participação do aprendiz e
da empresa; e
VIII - mecanismos para propiciar a inserção dos aprendizes no
mercado de trabalho após o término do contrato de aprendizagem.
Art. 6º Após o registro, pela SRTE, do recebimento da
documentação de que trata o art. 4o no CNAP, a SPPE analisará a
inscrição para autorização ou não da inserção da entidade no CNAP.
§ 1º A incompatibilidade dos programas de aprendizagem
com as regras estabelecidas nesta Portaria será informada pela SPPE
à entidade por mensagem eletrônica, e a inscrição no CNAP ficará
sobrestada até a regularização da pendência.
§ 2º Durante a análise do programa de aprendizagem para
inserção no CNAP, a SPPE poderá solicitar a colaboração de outros E
órgãos, conselhos e demais entidades envolvidos com a ocupação objeto D
U
CONHECIMENTO
O
sistema informatizado, a inserção da entidade no CNAP, que ficará apta
APRENDIZAGEM
81
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
§ 4º Os demais programas de aprendizagem devem ser
elaborados e desenvolvidos pela entidade em consonância com esta
Portaria e ser inscritos no CNAP para autorização de sua inclusão pela
SPPE.
Art. 7º Quando identificada pela fiscalização a inadequação
dos programas de aprendizagem à legislação ou a sua execução em
desacordo com as informações constantes do CNAP, a chefia da inspeção
do trabalho poderá solicitar à SPPE a suspensão da inserção da entidade ou
a exclusão do programa daquele Cadastro.
§ 1º Os motivos que justifiquem a suspensão de entidades ou exclusão
de programas de aprendizagem devem ser fundamentados em relatório
de fiscalização, do qual deve ser enviada cópia à SPPE, juntamente com a
solicitação prevista no caput deste artigo.
§ 2º A suspensão da entidade qualificadora motivada pela hipótese
prevista no caput deste artigo abrange todas as suas unidades, matriz e filiais,
inseridas no CNAP, até o saneamento das irregularidades.
Art. 8º Os programas de aprendizagem devem ser elaborados em
conformidade com o Catálogo Nacional de Programas de Aprendizagem
Profissional - CONAP, publicado na página eletrônica do MTE.
Parágrafo único. Cabe à SPPE revisar o CONAP e promover a
publicação das alterações na página eletrônica do MTE na internet, na
periodicidade necessária para contemplar a evolução técnica e tecnológica do
setor produtivo e promover oportunidades de inclusão social e econômica dos
adolescentes e jovens de forma sustentável e por meio do trabalho decente.
Art. 9º A formação profissional em cursos de nível inicial e técnico
constantes do CONAP relaciona-se à ocupação codificada na Classificação
Brasileira de Ocupações - CBO.
82
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
aprendizagem em nível de formação inicial devem se adequar ao CONAP e
atender às seguintes diretrizes:
I - diretrizes gerais:
a) qualificação social e profissional adequada às demandas e
diversidades dos adolescentes, em conformidade com o disposto no art. 7o,
parágrafo único, do Decreto no 5.598, de 2005;
b) início de um itinerário formativo, tendo como referência curso
técnico correspondente;
c) promoção da mobilidade no mundo de trabalho pela aquisição de
formação técnica geral e de conhecimentos e habilidades específicas como
parte de um itinerário formativo a ser desenvolvido ao longo da vida do
aprendiz;
d) contribuição para a elevação do nível de escolaridade do aprendiz;
e) garantia das adequações para a aprendizagem de pessoas
com deficiência conforme estabelecem os arts. 2o e 24 da Convenção da
Organização das Nações Unidas - ONU sobre os Direitos das Pessoas com
Deficiência, promulgada pelo Decreto no 6.949, de 25 de agosto de 2009, e os
arts. 28 e 29 do Decreto no 3.298, de 20 de dezembro de 1999;
f) atendimento às necessidades dos adolescentes e jovens do campo e
dos centros urbanos, que exijam um tratamento diferenciado no mercado de
trabalho em razão de suas especificidades ou exposição a situações de maior
vulnerabilidade social, particularmente no que se refere às dimensões de
gênero, raça, etnia, orientação sexual e deficiência; e
g) articulação de esforços nas áreas de educação, do trabalho e
emprego, do esporte e lazer, da cultura e da ciência e tecnologia;
II - diretrizes curriculares:
a) desenvolvimento social e profissional do adolescente e do jovem, E
D
na qualidade de trabalhador e cidadão; U
CONHECIMENTO
C
b) perfil profissional, conhecimentos e habilidades requeridas para o A
desempenho da ocupação objeto de aprendizagem e descritos na CBO; Ç
Ã
c) Referências Curriculares Nacionais aprovadas pelo Conselho
DESENVOLVIMENTO
O
Nacional de Educação, quando pertinentes;
APRENDIZAGEM
83
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
e) ingresso de pessoas com deficiência e de adolescentes e jovens
em situação de vulnerabilidade social nos programas de aprendizagem,
condicionado à sua capacidade de aproveitamento e não ao seu nível de
escolaridade; e
f) outras demandas do mundo do trabalho, vinculadas ao
empreendedorismo e à economia solidária;
III - conteúdos de formação humana e científica devidamente
contextualizados:
a) comunicação oral e escrita, leitura e compreensão de textos e
inclusão digital;
b) raciocínio lógico-matemático, noções de interpretação e análise
de dados estatísticos;
c) diversidade cultural brasileira;
d) organização, planejamento e controle do processo de trabalho e
trabalho em equipe;
e) noções de direitos trabalhistas e previdenciários, de saúde e
segurança no trabalho e do Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA;
f) direitos humanos, com enfoque no respeito à orientação sexual,
raça, etnia, idade, credo religioso ou opinião política;
g) educação fiscal para o exercício da cidadania; h) formas alternativas
de geração de trabalho e renda com enfoque na juventude;
i) educação financeira e para o consumo e informações sobre o
mercado e o mundo do trabalho;
j) prevenção ao uso de álcool, tabaco e outras drogas;
k) educação para a saúde sexual reprodutiva, com enfoque nos
E direitos sexuais e nos direitos reprodutivos e relações de gênero;
D
U l) políticas de segurança pública voltadas para adolescentes e jovens;
DESENVOLVIMENTO
C e
A
Ç m) incentivo à participação individual e coletiva, permanente e
Ã
O responsável, na preservação do equilíbrio do meio ambiente, com enfoque
na defesa da qualidade ambiental como um valor inseparável do exercício da
APRENDIZAGEM
CONHECIMENTO
cidadania.
§ 1º As dimensões teórica e prática da formação do aprendiz
devem ser pedagogicamente articuladas entre si, sob a forma de itinerários
84
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
formativos que possibilitem ao aprendiz o desenvolvimento da sua cidadania,
a compreensão das características do mundo do trabalho, dos fundamentos
técnico-científicos e das atividades técnico-tecnológicas específicas à
ocupação.
§ 2º Para definição da carga horária teórica do programa de
aprendizagem, a instituição deve utilizar como parâmetro a carga horária dos
cursos técnicos homologados pelo Ministério da Educação - MEC, aplicando-
se, no mínimo, quarenta por cento da carga horária do curso correspondente
ou quatrocentas horas, o que for maior.
§ 3º A carga horária teórica deve representar no mínimo trinta por
cento e, no máximo, cinqüenta por cento do total de horas do programa de
aprendizagem.
Art. 11. A parte inicial do programa de aprendizagem deve ser
desenvolvida no ambiente da entidade formadora, com um mínimo de oitenta
horas-aula ministradas de forma seqüencial, e as horas teóricas restantes
redistribuídas no decorrer de todo o período do contrato, de forma a garantir
a alternância e a complexidade progressiva das atividades práticas a serem
vivenciadas no ambiente da empresa.
§ 1º A carga horária prática do curso poderá ser desenvolvida, total ou
parcialmente, em condições laboratoriais, quando essenciais à especificidade
da ocupação objeto do curso, ou quando o local de trabalho não oferecer
condições de segurança e saúde ao aprendiz.
§ 2º Na elaboração da parte específica dos programas de aprendizagem,
as entidades devem contemplar os conteúdos e habilidades requeridas para o
desempenho das ocupações objeto da aprendizagem descritas na CBO.
Art. 12. Para o reconhecimento dos programas de aprendizagem
que envolvam cursos de nível técnico, devem ser atendidos os requisitos que
caracterizam os contratos de aprendizagem profissional, conforme o disposto
E
no art. 428 da Consolidação das Leis dos Trabalho, aprovada pelo Decreto- D
Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943 e demais normas que regulam a matéria. U
CONHECIMENTO
C
Art. 13. Na utilização dos Arcos Ocupacionais previstos no Anexo A
Ç
I desta Portaria, as entidades formadoras e empresas responsáveis pela Ã
contratação dos aprendizes devem observar as proibições de trabalho aos
DESENVOLVIMENTO
O
menores de dezoito anos nas atividades descritas na Lista das Piores Formas
APRENDIZAGEM
85
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
Art. 14. A autorização de utilização de metodologia de educação à
distância para a aprendizagem e sua inserção no CNAP restringe-se a cursos
e programas em locais em que:
I - o número de aprendizes não justifique a formação de uma turma
presencial;
II - sua implantação imediata não seja possível em razão de
inexistência de estrutura educacional adequada para a aprendizagem; e
III - não seja possível a utilização da faculdade prevista no art. 16
desta Portaria.
Parágrafo único. As propostas de programas de aprendizagem
à distância serão avaliadas pelo MTE, e autorizada sua inserção no CNAP
quando adequadas ao estabelecido nesta Portaria e aos termos do Anexo II.
Art. 15. Para inserção no CNAP dos programas de aprendizagem
desenvolvidos em parceria devem participar, no máximo, duas entidades
que, em conjunto, inscreverão o programa no CNAP, no endereço eletrônico
previsto no art. 3o, com justificativa da necessidade da parceria, detalhamento
da participação e responsabilidade de cada uma das entidades e especificação
das respectivas atribuições na execução do programa.
§ 1º A análise da SPPE para autorização da inserção da parceria
no CNAP se fundamentará nas informações da inscrição do programa de
aprendizagem e naquelas constantes do Cadastro referentes às entidades
parceiras.
§ 2º A entidade parceira que assumir a condição de empregador fica
responsável pelo ônus decorrente da contratação do aprendiz, sem prejuízo da
responsabilidade subsidiária da outra entidade parceira e do estabelecimento
responsável pelo cumprimento da cota de aprendizagem.
§ 3º A parceria não será autorizada se a participação e a
E responsabilidade de uma entidade limitar-se ao registro e anotação da CTPS
D
U do aprendiz.
DESENVOLVIMENTO
C
A § 4º Em caso de constatação, pela fiscalização, de desvirtuamento
Ç da parceria para a hipótese prevista no § 3o deste artigo a aprendizagem será
Ã
O descaracterizada, devendo ser enviado relatório para a SPPE, nos moldes do
art. 7o desta Portaria, para fins de suspensão do programa de aprendizagem
APRENDIZAGEM
CONHECIMENTO
86
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
I - não exista, no município em que se situa a empresa e será
desenvolvido o programa de aprendizagem, outra entidade qualificadora de
formação técnico-profissional com programa de aprendizagem inserido no
CNAP e publicado na página do MTE na internet;
II - a matriz ou filial da entidade qualificadora, a empresa e o local de
formação se localizem em municípios limítrofes ou a uma distância máxima
de trinta quilômetros a partir do limite do município em que se situa a
entidade qualificadora; e
III - haja facilidade de deslocamento.
Art. 17. As entidades formadoras que tenham programas de
aprendizagem validados em conformidade com a Portaria no 615, de 13 de
dezembro de 2007, devem adequá-los às normas desta Portaria no prazo de
até cento e vinte dias de sua publicação, sob pena de aplicação do disposto no
§ 2o do art. 7o desta Portaria.
Parágrafo único. Os contratos de aprendizagem efetuados com base
em programas validados em conformidade com a Portaria no 615, de 2007,
devem ser executados até o final de seu prazo, sem necessidade de adequação
a esta Portaria.
Art. 18. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 19. Revogam-se as Portarias no 615, de 13 de dezembro de 2007
e 2.755, de 23 de novembro de 2010.
ANEXO I
CATÁLOGO NACIONAL DA APRENDIZAGEM
O Catálogo Nacional de Programas de Aprendizagem – CONAP
foi concebido com base nas diretrizes legais da educação profissional e
tecnológica401 e em consonância com a Classificação Brasileira de Ocupações
– CBO412, tendo como principal objetivo orientar as entidades qualificadas E
em formação técnico-profissional metódica, definidas no art. 8º do Decreto D
5.598, de 1º de dezembro de 2005, e direcionar a elaboração dos programas U
CONHECIMENTO
C
de aprendizagem profissional. A
40 Arts. 39 a 41 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 e Decreto nº 5.5154 de 23 de julho de Ç
2004 e as diretrizes curriculares nacionais definidas para a educação técnica de nível médio. Ã
DESENVOLVIMENTO
O
41 A CBO é o documento que reconhece, nomeia e codifica os títulos e descreve as características das
APRENDIZAGEM
ocupações do mercado de trabalho brasileiro, organizadas e descritas por famílias. Cada família
constitui um conjunto de ocupações similares correspondente a um domínio de trabalho mais amplo
que aquele da ocupação. A versão 2002 está disponibilizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego –
MTE para consulta pela internet por meio do endereço eletrônico http://www.mtecbo.gov.br/cbosite/
pages/home.jsf
87
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
Organizado por famílias ocupacionais, conforme agregação utilizada
na CBO, o CONAP enumera as atividades realizadas pelo profissional,
especifica requisitos especiais de idade e escolaridade para o exercício da
ocupação, quando isso se justifica, e indica a carga horária total do programa
considerando o nível de complexidade técnica da ocupação.
Devido à diversidade encontrada no público beneficiário da Lei, a
carga horária total estabelecida neste CONAP para determinado CBO poderá
ser desenvolvida em diferentes jornadas, o que causa impacto na duração
do programa, mas não implica cadastro de um novo curso pela entidade ou
sujeição do programa a outro processo de validação.
C
dedicado aos estudos, salvo quando o aprendiz já tenha concluído o ensino A
médio. Ç
Ã
DESENVOLVIMENTO
89
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
primeiras oitenta horas serão destinadas ao início do desenvolvimento dos
conteúdos de formação humana e científica elencados no inciso III do art. 10
e às abordagens técnico-teóricas que contextualizam o mundo do trabalho ao
qual o aprendiz está inserido e a profissão que ele irá aprender.
Cumprida a exigência de oitenta horas iniciais de forma sequencial,
o restante da carga horária teórica deverá ser distribuída ao longo do
programa para que não haja prejuízo da concomitância desejada entre parte
teórica e prática.
C
A exercício da ocupação, quando isso se justifica.
Ç
à As jornadas possíveis de serem adotadas para os programas
O que utilizem a metodologia dos arcos ocupacionais poderão ser escolhidas
APRENDIZAGEM
90
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
Programas de Aprendizagem - Arcos Ocupacionais - Formação Inicial e Continuada
Carga Carga Duração do
Jornadas Arcos h/ dias/ h/ h/
Teoria horária horária Programa
Ocupacionais dia semanas semana mês
prática Total em meses
a 4 5 20 80 552 1288 1840 23 meses
b 6 5 30 120 552 1288 1840 15 meses
O
devendo ser acrescidas das horaspráticas e distribuídas de acordo com as
APRENDIZAGEM
43 O material didático destinado a educandos e educadores pode ser acessado no endereço eletrônico
htttp://ead.pep.ufrj.br/moodle/login/index.php
91
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
Contratos em Nível Médio Técnico
Duração do
Jornadas h/dia dias/semanas h/semana h/mês Contrato em
meses
a 4 5 20 80
Máximo de 24
b 8 5 40 120
C
A
Ç
Ã
O
APRENDIZAGEM
CONHECIMENTO
92
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
CATÁLOGO NACIONAL DA APRENDIZAGEM
PROFISSIONAL – CONAP44
O
por cento das funções que exijam formação profissional.
APRENDIZAGEM
93
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
§ 1º Na conformação numérica de aplicação do percentual, ficam
obrigados a contratar aprendizes os estabelecimentos que tenham pelo
menos sete empregados contratados nas funções que demandam formação
profissional, nos termos do art. 10 do Decreto n.º 5.598, de 2005, devendo ser
respeitado o limite máximo de quinze por cento previsto no art. 429 da CLT.
§ 2º Entende-se por estabelecimento todo complexo de bens
organizado para o exercício de atividade econômica ou social do empregador,
que se submeta ao regime da CLT.
§ 3º São incluídas na base de cálculo do número de aprendizes a serem
contratados o total de trabalhadores existentes em cada estabelecimento,
cujas funções demandem formação profissional, independentemente de
serem proibidas para menores de dezoito anos, excluindo-se:
I - as funções que, em virtude de lei, exijam formação profissional de
nível técnico ou superior;
II - as funções caracterizadas como cargos de direção, de gerência
ou de confiança, nos termos do inciso II do art. 62 e § 2º do art. 224 da CLT;
III - os trabalhadores contratados sob o regime de trabalho
temporário instituído pela Lei n.º 6.019, de 3 de janeiro de 1973; e
IV - os aprendizes já contratados.
§ 4º As funções e atividades executadas por terceiros, dentro dos
parâmetros legais, serão computadas para o cálculo da cota cabível à empresa
prestadora de serviços.
Art. 3º Estão legalmente dispensadas do cumprimento da cota de
aprendizagem:
I - as microempresas e empresas de pequeno porte, optantes ou não
pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições
E
devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - Simples
D Nacional.
U
DESENVOLVIMENTO
94
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
Seção II
Do Contrato de Aprendizagem
Art. 4º O contrato de trabalho de aprendizagem possui natureza
especial e tem por principal característica, segundo o art. 428 da CLT, o
compromisso de o empregador assegurar ao maior de quatorze e menor
de vinte e quatro anos, inscrito em programa de aprendizagem, formação
técnico-profissional metódica, compatível com o seu desenvolvimento físico,
moral e psicológico, e do aprendiz de executar com zelo e diligência as tarefas
necessárias a essa formação.
Art. 5º O contrato de aprendizagem deve ser pactuado por escrito e
por prazo determinado, e para sua validade exige-se:
I - registro e anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social
- CTPS;
II - matrícula e freqüência do aprendiz à escola, caso não tenha
concluído o ensino médio;
III - inscrição do aprendiz em programa de aprendizagem,
desenvolvido sob a orientação de entidade qualificada em formação técnico-
profissional metódica, quais sejam:
a) entes do Sistema Nacional de Aprendizagem;
b) escolas técnicas de educação; e
c) entidades sem fins lucrativos que tenham por objetivo a assistência
ao adolescente e à educação profissional, devidamente inscritas no Cadastro
Nacional de Aprendizagem e registradas no Conselho Municipal dos Direitos
da Criança e do Adolescente CMDCA, quando atender a menores de dezoito
anos;
IV - programa de aprendizagem desenvolvido em conformidade com
as diretrizes da Portaria n.º 723, de 2012. E
D
Parágrafo único. A falta de cumprimento dos itens I a IV e demais U
CONHECIMENTO
C
normas que regulamentam a aprendizagem descaracteriza o contrato de A
aprendizagem e importa a sua nulidade, estabelecendo-se vínculo com o Ç
Ã
estabelecimento que deve cumprir a cota, conforme disposto no art. 18.
DESENVOLVIMENTO
O
Art. 6º O contrato de aprendizagem poderá ser firmado por até dois
APRENDIZAGEM
95
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
I - o termo inicial e final, coincidentes com o prazo do programa
de aprendizagem, exceto quando a contratação ocorrer após o início das
atividades teóricas, podendo o empregador, neste caso, providenciar o
registro retroativo;
II - o programa em que o aprendiz está vinculado e matriculado,
com indicação da carga horária teórica e prática, e obediência aos critérios
estabelecidos na Portaria n.º 723, de 2012;
III - a função, a jornada diária e semanal, de acordo com a carga
horária estabelecida no programa de aprendizagem, o horário de trabalho; e
IV - a remuneração pactuada.
Parágrafo único. O prazo máximo de dois anos do contrato de
aprendizagem não se aplica às pessoas com deficiência, desde que o tempo
adicional seja, nesses casos, fundamentado em aspectos relacionados à
deficiência, vedada em qualquer caso a contratação de pessoa com deficiência
na qualidade de aprendiz por prazo indeterminado.
Art. 7º A contratação de aprendizes por entidades sem fins lucrativos
que tenham por objetivo a assistência ao adolescente e à educação profissional,
conforme faculdade prevista no art. 431 da CLT, exige a formalização prévia
de contrato ou convênio entre o estabelecimento que deve cumprir a cota e a
entidade.
§ 1º Na hipótese de contratação indireta prevista no caput, a entidade
sem fins lucrativos assume a condição de empregador de forma simultânea ao
desenvolvimento do programa de aprendizagem, cabendo-lhe:
I - o cumprimento da legislação trabalhista em sua totalidade e no
que concerne à aprendizagem;
II - assinar a Carteira de Trabalho e Previdência Social do aprendiz e
anotar, no espaço destinado às anotações gerais, informação de que se trata
E de contratação decorrente de contrato firmado com estabelecimento para fins
D
U de cumprimento de sua cota;
DESENVOLVIMENTO
C
A III - promover o desenvolvimento do programa de aprendizagem
Ç constante do Cadastro Nacional de Aprendizagem;
Ã
O § 2º O estabelecimento, na contratação indireta, obriga-se a
APRENDIZAGEM
96
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
consecução dos programas de segurança e saúde no trabalho previstos nas
Normas Regulamentadoras n.º 7 e 9, aprovadas pela Portaria n.º 3.214, de 8 de
dezembro de 1978, para os aprendizes pertencentes à cota do estabelecimento
e contratados por intermédio da entidade sem fins lucrativos.
Art. 8º A idade máxima de vinte e quatro anos é condição de extinção
automática do contrato de aprendizagem, não se aplicando tal critério às
pessoas com deficiência, para as quais a contratação é possível mesmo após
essa idade.
Art. 9º Nos estabelecimentos em que sejam desenvolvidas atividades
em ambientes ou funções proibidas a menores de dezoito anos devem ser
atendidas as seguintes regras:
I - para a aprendizagem das funções proibidas para menores de
dezoitos anos, devem ser contratados aprendizes da faixa etária entre dezoito
e vinte e quatro anos ou aprendizes com deficiência maiores de dezoito anos.
II - excepcionalmente, é permitida a contratação de aprendizes na
faixa etária entre quatorze e dezoito anos para desempenharem tais funções
ou exercerem suas funções no local, desde que o empregador:
a) apresente previamente, na unidade descentralizada do MTE
da circunscrição onde ocorrerem as referidas atividades, parecer técnico
circunstanciado, assinado por profissional legalmente habilitado em
segurança e saúde no trabalho, que ateste a não exposição a riscos que possam
comprometer a saúde, a segurança e a moral dos adolescentes, o qual deve ser
renovado quando houver alterações nos locais de trabalho ou nos serviços
prestados; ou
b) opte pela execução das atividades práticas dos adolescentes nas
instalações da própria entidade encarregada da formação técnico-profissional,
em ambiente protegido.
Art. 10 O contrato de aprendizagem extinguir-se-á: E
D
I - no seu termo final; U
CONHECIMENTO
C
II - quando o aprendiz completar vinte e quatro anos, observado o A
disposto no art. 8º; Ç
Ã
DESENVOLVIMENTO
97
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
b) falta disciplinar grave prevista no art. 482 da CLT;
c) ausência injustificada à escola que implique perda do ano letivo,
comprovada por meio de declaração do estabelecimento de ensino;
d) a pedido do aprendiz;
e) fechamento da empresa em virtude de falência, encerramento
das atividades da empresa e morte do empregador constituído em empresa
individual.
§ 1º Não se aplica o disposto nos arts. 479 e 480 da CLT às hipóteses
de extinção do contrato previstas nas alíneas do inciso III, exceto na hipótese
prevista na alínea “e”, em que o aprendiz fará jus, além das verbas rescisórias,
à indenização prevista no art. 479 da CLT.
§ 2º A diminuição do quadro de pessoal da empresa, ainda que em
razão de dificuldades financeiras ou de conjuntura econômica desfavorável,
não autoriza a rescisão antecipada dos contratos de aprendizagem em curso,
que devem ser cumpridos até o seu termo final.
§ 3º A contratação do aprendiz como empregado regular da empresa,
após o término do contrato de aprendizagem, implica a rescisão deste em
razão da hipótese prevista no inciso I do caput, com o consequente pagamento
das verbas rescisórias devidas e assinatura de novo contrato de trabalho.
Seção III
Dos Direitos Trabalhistas
Art. 11 Ao aprendiz é garantido, preservada a condição mais benéfica:
I - o salário mínimo hora, considerado para tal fim o valor do salário
mínimo nacional ou salário mínimo regional fixado em lei;
II - o piso da categoria previsto em instrumento normativo, quando
houver previsão de aplicabilidade ao aprendiz; e
E
D III - o valor pago por liberalidade do empregador, superior aos
U
DESENVOLVIMENTO
98
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
§ 1º A jornada de até oito horas diárias é permitida para os aprendizes
que completaram o ensino fundamental, desde que nela sejam incluídas
atividades teóricas, na proporção prevista no contrato e no programa de
aprendizagem.
§ 2º Ao aprendiz são vedadas, em qualquer caso, a prorrogação e a
compensação da jornada de trabalho, e não se aplicam as hipóteses previstas
nos incisos I e II do art. 413 da Consolidação das Leis do Trabalho.
§ 3º A fixação do horário do aprendiz deverá ser feita pela empresa
em conjunto com a entidade formadora, com respeito à carga horária
estabelecida no programa de aprendizagem.
§ 4º As atividades devem ser desenvolvidas em horário que não
prejudique a frequência do aprendiz com idade inferior a dezoito anos à
escola, nos termos do art. 427 da CLT e do inciso III do art. 63 da Lei 8.069,
de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente, devendo ser considerado,
nesse caso, o tempo necessário para seu deslocamento.
§ 5º Aplica-se à jornada do aprendiz, nas atividades práticas ou
teóricas, o disposto nos arts. 66 a 72 da CLT.
Art. 13 O período de férias do aprendiz deve ser definido no programa
de aprendizagem, conforme estabelece a Portaria n.º 723, de 2012, observado
o seguinte:
I - as férias do aprendiz com idade inferior a dezoito anos devem
coincidir, obrigatoriamente, com um dos períodos de férias escolares, sendo
vedado o parcelamento, em conformidade com o disposto no § 2º do art. 136
e § 2º do art. 134 da CLT.
II - as férias do aprendiz com idade igual ou superior a dezoito anos
devem coincidir, preferencialmente, com as férias escolares, em conformidade
com o art. 25 do Decreto n.º 5.598, de 2005.
Art. 14 A alíquota do depósito ao Fundo de Garantia por Tempo E
D
de Serviço - FGTS nos contratos de aprendizagem é de dois por cento da U
CONHECIMENTO
O
APRENDIZAGEM
99
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
ser oferecidos preferencialmente pelos entes dos Serviços Nacionais de
Aprendizagem.
Parágrafo único. Não sendo oferecidos pelos entes referidos no caput
cursos ou vagas suficientes, ou ainda programa de aprendizagem que atenda
às necessidades dos estabelecimentos, a demanda poderá ser atendida pelas
seguintes entidades qualificadas em formação profissional metódica:
I - escolas técnicas de educação;
II - entidades sem fins lucrativos, que tenham por objetivo a
assistência ao adolescente e à educação profissional, inscritas no Cadastro
Nacional de Aprendizagem do MTE e registradas no Conselho Municipal do
Direito da Criança e do Adolescente - CMDCA quando atenderem menores
de dezoito anos.
Art. 16 Cabe à inspeção do trabalho verificar a insuficiência de vagas
ou inexistência de cursos junto aos Serviços Nacionais de Aprendizagem, nos
termos do parágrafo único do art. 13 do Decreto n.º 5.598, 2005.
§ 1º Confirmada a insuficiência de vagas ou inexistência de cursos, a
empresa poderá matricular os aprendizes nas escolas técnicas de educação e
nas entidades sem fins lucrativos.
§ 2º O auditor-fiscal do trabalho poderá utilizar os elementos
de convicção que entender suficientes para comprovar a inexistência ou
insuficiência de vagas a que se referem o §1º.
Art. 17 As atividades teóricas e práticas da aprendizagem devem
ser realizadas em ambientes adequados ao desenvolvimento dos respectivos
programas, cabendo às empresas e às entidades responsáveis pelos cursos
de aprendizagem oferecer aos aprendizes condições de segurança e saúde e
acessibilidade nos ambientes de aprendizagem, observadas as disposições dos
arts. 157 e 405 da CLT, do art. 29 do Decreto n.º 3.298, de 20 de dezembro de
E 1999, do art. 2º do Decreto n.º 6.481, de 12 de junho de 2008 e das Normas
D Regulamentadoras de Segurança e Saúde no Trabalho aprovadas pela Portaria
U
n.º 3.214, de 1978.
DESENVOLVIMENTO
C
A
Ç Seção V
Ã
O Da Inspeção do Trabalho
APRENDIZAGEM
100
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
II - na ausência de correlação entre as atividades práticas executadas
pelo aprendiz e as previstas no programa de aprendizagem;
III - pela contratação de entidades sem fins lucrativos não inscritas
no Cadastro Nacional de Aprendizagem ou com parâmetro em programa de
aprendizagem não constante do Cadastro; e
IV - quando houver descumprimento da legislação trabalhista na
execução do contrato de aprendizagem.
§ 1º Descaracterizada a aprendizagem, caberá a lavratura dos autos
de infração pertinentes, e o contrato de trabalho passará a ser considerado
por prazo indeterminado, com as consequências jurídicas e financeiras dele
decorrentes, a incidirem sobre todo o período contratual.
§ 2º Quando a contratação for por intermédio de entidade sem fins
lucrativos, o ônus cabe ao estabelecimento responsável pelo cumprimento da
cota de aprendizagem, com quem o vínculo empregatício será estabelecido
diretamente.
§ 3º A nulidade do contrato de aprendizagem firmado com menor
de dezesseis anos implica a imediata rescisão contratual, sem prejuízo da
aplicação das sanções pertinentes e do pagamento das verbas rescisórias
devidas.
§ 4º O disposto no § 1º não se aplica, quanto ao vínculo, aos órgãos
da Administração Pública.
Art. 19 Na fiscalização da aprendizagem, o auditor-fiscal do trabalho
deve verificar:
I - o cumprimento, pelos estabelecimentos, da cota prevista no art.
429 da CLT para contratação de aprendizes;
II - a adequação do contrato de aprendizagem à legislação vigente;
III - a conformação do programa de aprendizagem com as atividades E
D
desenvolvidas pelo aprendiz no estabelecimento, com observância, dentre U
CONHECIMENTO
O
APRENDIZAGEM
101
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
IV - a existência de vagas ou cursos nos entes do Sistema Nacional
de Aprendizagem;
V - a regularidade da entidade sem fins lucrativos junto ao Cadastro
Nacional de Aprendizagem e ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança
e do Adolescente;
VI - as condições ambientais da execução da aprendizagem, tanto
na entidade responsável por pelo programa quanto no estabelecimento
empregador
VII - a regularidade dos contratos firmados entre o estabelecimento
e a entidade sem fins lucrativos;
VIII - o cumprimento da legislação trabalhista, especialmente no que
diz respeito à aprendizagem, pelo estabelecimento empregador ou entidade
sem fins lucrativos que assumiu a condição de empregador;
IX - a adequação do ambiente de aprendizagem às normas de proteção
ao trabalho e à formação profissional prevista no programa de aprendizagem.
§ 1º Nos estabelecimentos com atividades sazonais ou com grande
rotatividade de mão-de-obra, o auditor-fiscal do trabalho deve exigir o
cumprimento da cota com base no quantitativo de empregados existentes à
época da fiscalização.
§ 2º A falta de cumprimento, pela entidades sem fins lucrativos,
dos incisos do caput e da legislação referente à aprendizagem, bem como
a inadequação de seus programas ao contexto da atividade desenvolvida
pelo aprendiz no que concerne à sua formação técnico-profissional e
irregularidades na contratação devem ser relatadas de forma circunstanciada
pelo auditor-fiscal do trabalho no relatório a que se refere o art. 7º da Portaria
n.º 723, de 2012.
Art. 20 Nas entidades sem fins lucrativos que contratam aprendizes,
E conforme previsto no art. 7º, o auditor-fiscal do trabalho deve verificar, além
D
U do disposto no art. 19:
DESENVOLVIMENTO
C
A I - a inserção e a regularidade da entidade sem fins lucrativos
Ç empregadora no Cadastro Nacional de Aprendizagem, na forma da Portaria
Ã
O n.º 723, de 2012;
APRENDIZAGEM
O
Do Planejamento da Fiscalização da Aprendizagem
APRENDIZAGEM
103
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
Art. 23 O planejamento da fiscalização da aprendizagem deve
compreender as ações previstas nos arts. 19, 20 e 21 e ainda a fiscalização,
se necessária, das entidades sem fins lucrativos que solicitarem inserção no
Cadastro Nacional de Aprendizagem, nos termos dos arts. 3º e 4º da Portaria
n.º 723, de 2012.
§ 1º A fiscalização da aprendizagem, da execução e regularidade dos
contratos de aprendizagens firmados pelos estabelecimentos e entidades sem
fins lucrativos deve ser precedida de emissão de ordem de serviço específica.
§ 2º Para a fiscalização do cumprimento da obrigação de contratação
de aprendizes, caberá à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego,
por meio de servidores designados pela chefia da fiscalização, identificar a
oferta de cursos e vagas pelas instituições de aprendizagem e a demanda de
aprendizes por parte dos empregadores.
§ 3º A oferta de cursos e vagas poderá ser verificada por meio dos
programas de aprendizagem validados e inseridos Cadastro Nacional de
Aprendizagem ou contatos com os entes do Sistema Nacional de Aprendizagem,
escolas técnicas e entidades qualificadas em formação profissional, inclusive
durante eventos e palestras promovidos pela Superintendência Regional do
Trabalho e Emprego.
§ 4º A demanda potencial por aprendizes será identificada por
atividade econômica, em cada município, a partir das informações disponíveis
nos bancos de dados oficiais, tais como a Relação Anual de Informações
Sociais - RAIS e o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados - CAGED,
ou outros sistema disponíveis aos auditores-fiscais do trabalho, observado o
disposto no art. 3º desta instrução normativa.
Art. 24 Para acesso ao Cadastro Nacional de Aprendizagem deve
ser solicitada senha de acesso, diretamente pela Superintendência Regional
do Trabalho e Emprego à Coordenação-Geral de Preparação de Mão-de-
E obra Juvenil do Departamento de Políticas de Trabalho e Emprego para a
D Juventude da Secretaria de Políticas Públicas de Emprego - SPPE.
U
DESENVOLVIMENTO
C
Art. 25 Poderá ser adotada, sem prejuízo da ação fiscal in loco, a
A
Ç notificação para apresentação de documentos - NAD via postal - modalidade
à de fiscalização indireta - para convocar, individual ou coletivamente, os
O
empregadores a apresentarem documentos, em dia e hora previamente
APRENDIZAGEM
CONHECIMENTO
104
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
§ 1º No procedimento de notificação via postal poderá ser utilizado,
como suporte instrumental, sistema informatizado de dados destinado a
facilitar a identificação dos estabelecimentos obrigados a contratar aprendizes.
§ 2º No caso de convocação coletiva, a Superintendência Regional
do Trabalho e Emprego poderá realizar, a seu critério, evento em que seja
feita explanação acerca da temática da aprendizagem, visando conscientizar,
orientar e esclarecer dúvidas em relação à aprendizagem.
§ 3º Caso o auditor-fiscal do trabalho, no planejamento da fiscalização
ou no curso desta, conclua pela ocorrência de motivo grave ou relevante que
impossibilite ou dificulte a imediata contratação dos aprendizes, poderá
instaurar, com a anuência da chefia imediata e desde que o estabelecimento
esteja sendo fiscalizado pela primeira vez, procedimento especial para ação
fiscal, nos termos do art. 27 a 30 do Regulamento da Inspeção do Trabalho
- RIT, aprovado pelo Decreto n.º 4.552, de 27 de dezembro de 2002,
explicitando os motivos que determinaram essa medida.
§ 4º O procedimento especial para a ação fiscal poderá resultar na
lavratura de termo de compromisso que estipule as obrigações assumidas
pelo compromissado e os prazos para seu cumprimento.
§ 5º Durante o prazo fixado no termo, o estabelecimento
compromissado poderá ser fiscalizado para verificação de seu cumprimento,
sem prejuízo da ação fiscal em atributos não contemplados no referido termo.
Art. 26 A chefia de fiscalização deve designar auditores-fiscais do
trabalho para realizar a fiscalização indireta, prevista no art. 25 e, quando for
o caso, verificar o cumprimento dos termos de cooperação técnica firmados
no âmbito do Ministério do Trabalho e Emprego.
Parágrafo único. No caso de convocação coletiva, devem ser
designados auditores-fiscais do trabalho em número suficiente para o
atendimento de todas as empresas notificadas.
E
Art. 27 Esgotada a atuação da inspeção do trabalho, sem a correção D
U
CONHECIMENTO
O
APRENDIZAGEM
105
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
5.1.7 Instrução Normativa MTE/SIT nº 98, de 15 de agosto de 2012
E
§ 1º A execução, coordenação, monitoramento e avaliação das ações
D fiscais serão realizados por meio do Projeto Estadual de Inclusão no Mercado
U
de Trabalho de Pessoas com Deficiência ou Reabilitadas, observados o
DESENVOLVIMENTO
C
A planejamento aprovado pelas chefias de fiscalização e as diretrizes da
Ç Secretaria de Inspeção do Trabalho.
Ã
O § 2° As coordenações nacional e estaduais do Projeto devem se
APRENDIZAGEM
C
III - de quinhentos e um a mil empregados, quatro por cento; A
Ç
IV - mais de mil empregados, cinco por cento. Ã
DESENVOLVIMENTO
O
§1º Para efeito de aferição dos percentuais dispostos no caput, será
APRENDIZAGEM
107
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
§ 2º Para as empresas que apresentem variações sazonais no
quantitativo de empregados, a fiscalização poderá utilizar, para a composição
da base de cálculo da cota a ser cumprida, a média aritmética da totalidade de
empregados existentes ao final de cada um dos doze últimos meses.
§ 3º As frações de unidade no cálculo de que trata o caput darão
lugar à contratação de mais um trabalhador.
Art. 6º Nas ações fiscais para aferição do cumprimento da reserva
legal de cargos, o AFT deve verificar se as dispensas dos empregados
reabilitados ou com deficiência, ao final de contrato por prazo determinado
superior a noventa dias, ou as dispensas imotivadas, nos contratos a prazo
indeterminado, ocorreram mediante contratação prévia de substituto
de condição semelhante, salvo quando a empresa mantiver atendido o
cumprimento da reserva de cargos.
Seção II
Da Inclusão da Pessoa Com Deficiência
Art. 7º A caracterização da condição de pessoa com deficiência dar-
se-á com base no Decreto n.º 3.298, de 20 de dezembro de 1999, observados
os dispositivos da Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência.
Parágrafo único. Os empregados com contratos de trabalho
celebrados antes das alterações promovidas pelo Decreto n.º 5.296, de 2004,
e que foram comprovadamente caracterizados com deficiência auditiva para
fins de cumprimento da reserva legal de cargos segundo os critérios legais
vigentes à época, serão considerados pessoas com deficiência pela fiscalização
até a rescisão de seu contrato de trabalho.
Art. 8º Para fins de comprovação do enquadramento do empregado
como pessoa com deficiência é necessária a apresentação de laudo elaborado
por profissional de saúde de nível superior, preferencialmente habilitado na
E área de deficiência relacionada ou em saúde do trabalho, que deve contemplar
D as seguintes informações e requisitos mínimos:
U
DESENVOLVIMENTO
C I - identificação do trabalhador;
A
Ç II - referência expressa quanto ao enquadramento nos critérios
Ã
O estabelecidos na legislação pertinente;
APRENDIZAGEM
108
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
V - data, identificação, nº de inscrição no conselho regional de
fiscalização da profissão correspondente e assinatura do profissional de
saúde; e
VI - concordância do trabalhador para divulgação do laudo à
Auditoria-Fiscal do Trabalho e ciência de seu enquadramento na reserva
legal.
Parágrafo único. Nas hipóteses de deficiência auditiva, visual,
intelectual ou mental serão exigidos, respectivamente, exame audiológico -
audiometria, exame oftalmológico - acuidade visual com correção e campo
visual, se for o caso, e avaliação intelectual ou mental especializada.
Art. 9º A comprovação do enquadramento na condição de segurado
reabilitado da Previdência Social será realizada com a apresentação do
Certificado de Reabilitação Profissional emitido pelo Instituto Nacional de
Seguridade Social - INSS.
Art. 10. O AFT deve verificar, na Relação Anual de Informações
Sociais - RAIS e no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados -
CAGED, a exatidão das informações prestadas referentes aos empregados
com deficiência e reabilitados, inclusive quanto ao tipo de deficiência, e ainda
a eventual condição de aprendiz e exigirá a regularização, caso identificado
erro ou omissão quanto a essas informações.
Parágrafo único. Na hipótese de o empregado adquirir a deficiência
ou a condição de reabilitado no curso do contrato de trabalho, o AFT deve
orientar o empregador para fazer constar essa informação na RAIS, a partir
do ano da ocorrência, e no CAGED, no caso de transferência ou desligamento
do empregado.
Art. 11. No intuito de coibir práticas discriminatórias, o AFT deve
verificar se está sendo garantido o direito ao trabalho das pessoas com
deficiência ou reabilitadas, em condições de igualdade de oportunidades com
E
as demais pessoas, com respeito a todas as questões relacionadas ao emprego, D
observando, dentre outros aspectos: U
CONHECIMENTO
C
I - garantia de acesso às etapas de recrutamento, seleção, contratação A
Ç
e admissão, capacitação e ascensão profissional, sem ocorrência de exclusões Ã
de pessoas com base, a priori, na deficiência ou na condição de reabilitado;
DESENVOLVIMENTO
O
APRENDIZAGEM
109
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
III - manutenção no emprego;
IV - jornada de trabalho não diferenciada, salvo exceção prevista no
§ 2º do art. 35 do Decreto 3.298, de 1999;
V - remuneração equitativa;
VI - acessibilidade ampla; e
VII - condições de saúde e segurança adaptadas às necessidades dos
empregados.
Art. 12. Quando do exame dos programas relativos à saúde e
segurança, tais como o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA
e o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, o AFT
deve verificar se foram contempladas as medidas necessárias para garantir
aos trabalhadores com deficiência e reabilitados condições de trabalho
seguras e saudáveis e, da mesma maneira, verificar se a Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes -CIPA, quando obrigatória, acompanha a inclusão
desses trabalhadores, inclusive documentando em ata esse acompanhamento.
Art. 13. Caberá ao AFT verificar se no processo de inclusão da pessoa
com deficiência ou reabilitada a empresa promoveu as modificações dos
postos de trabalho, da organização do trabalho e as condições ambientais,
em conformidade com as necessidades do trabalhador, com garantia desde
a acessibilidade arquitetônica até adaptações específicas de mobiliários,
máquinas e equipamentos, dispositivos de segurança, utilização de
tecnologias assistivas, ajudas técnicas, facilitação de comunicação, apoios
e capacitação específica, dentre outros, de modo a eliminar as barreiras
porventura existentes.
Parágrafo único. O AFT deve verificar a adaptação das condições
de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo
a proporcionar o máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente,
E conforme estabelece a Norma Regulamentadora 17 - Ergonomia.
D
U Art. 14. Havendo lavratura de autos de infração por desrespeito às
DESENVOLVIMENTO
110
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
II - consignar no histórico do auto de infração, na hipótese de
dispensa de empregado com deficiência ou reabilitado sem a antecedente
contratação de substituto de condição semelhante, por término de contrato
por prazo determinado superior a noventa dias, ou por dispensa imotivada,
relativamente a contrato por prazo indeterminado, os nomes daqueles
empregados dispensados e o número total de trabalhadores da empresa
fiscalizada;
III - fundamentar o auto de infração, na hipótese de caracterização
de prática discriminatória, conforme o caso, no disposto no inciso IV do art.
3º e no inciso IV e caput do art. 5º da Constituição federal; nos arts. 2 e 27
da Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência; no art. 1º da Lei
9.029, de 13 de abril de 2011; nos arts. 8º e 373-A da Consolidação das Leis do
Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e
demais normas aplicáveis.
Seção III
Da Aprendizagem Profissional Da Pessoa Com Deficiência
Art. 15. O AFT deve incentivar as empresas e outras instituições para
que promovam a participação das pessoas com deficiência nos programas
de aprendizagem profissional, inclusive as beneficiárias do Beneficio de
Prestação Continuada - BPC da Lei Orgânica da Assistência Social - LOAS,
com o objetivo de sua posterior contratação por prazo indeterminado,
observando que:
I - as instituições públicas e privadas, que ministram educação
profissional devem disponibilizar cursos profissionais de nível básico para
as pessoas com deficiência, conforme prevê o §2º do art. 28 do Decreto nº.
3.298, de 1999;
II - os programas de aprendizagem profissional, em suas atividades
teóricas e práticas, devem promover as adaptações e as medidas de apoio
E
individualizadas, de forma a atender às necessidades de inclusão de todos os D
aprendizes; U
CONHECIMENTO
C
III - para o aprendiz com deficiência devem ser consideradas, A
Ç
sobretudo, as habilidades e as competências relacionadas com a Ã
profissionalização e não a sua escolaridade;
DESENVOLVIMENTO
O
APRENDIZAGEM
111
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
V - as empresas poderão contratar aprendizes até o limite de quinze
por cento das funções que demandem formação profissional.
Seção IV
Do Procedimento Especial Para A Ação Fiscal
Da Inclusão De Pessoas Com Deficiência Ou Reabilitadas
Art. 16. Constatados motivos relevantes que impossibilitam ou
dificultam o cumprimento da reserva legal de cargos para pessoas com
deficiência ou reabilitadas, poderá ser instaurado o procedimento especial
para ação fiscal, por empresa ou setor econômico, previsto no art. 627-
A da CLT e nos arts. 27 a 29 do Decreto nº 4.552, de 27 de Dezembro de
2002, observadas as disposições desta Instrução Normativa e da Instrução
Normativa nº 23, de 23 de maio de 2001.
Parágrafo único. O procedimento especial para a ação fiscal da
inclusão de pessoa com deficiência ou reabilitada será instaurado pelo AFT,
com anuência do coordenador do Projeto e da chefia imediata.
Art. 17. O procedimento especial para a ação fiscal poderá resultar na
lavratura de termo de compromisso, no qual serão estipuladas as obrigações
assumidas pelas empresas ou setores econômicos compromissados e os
prazos para seu cumprimento.
§ 1º Nas reuniões concernentes ao processo de discussão e
elaboração do termo de compromisso é permitida a participação de entidades
e instituições atuantes na inclusão das pessoas com deficiência, bem como
entidades representativas das categorias dos segmentos econômicos e
profissionais.
§ 2º O termo de compromisso deve conter, no mínimo, as seguintes
obrigações por parte dos compromissados:
E
I - proibição de discriminação baseada na deficiência, com respeito
D às questões relacionadas com as formas de emprego, de acordo com o
U
especificado no art. 11;
DESENVOLVIMENTO
C
A
Ç
II - identificação das barreiras porventura existentes e promoção da
à acessibilidade em suas diversas formas, respeitadas as necessidades de cada
O
pessoa;
APRENDIZAGEM
CONHECIMENTO
112
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
V - impossibilidade de dispensa de trabalhador reabilitado ou com
deficiência, sem a prévia contratação de substituto de condição semelhante,
na hipótese de término de contrato por prazo determinado de mais de noventa
dias, ou dispensa imotivada em contrato por prazo indeterminado.
§ 3º O prazo máximo do termo de compromisso será de doze meses,
excetuado o caso em que o cumprimento da reserva legal esteja condicionado
ao desenvolvimento de programas de aprendizagem profissional de pessoas
com deficiência, nos termos do art. 429 da CLT, caso em que o prazo máximo
será de vinte e quatro meses.
§ 4º Em caráter excepcional, e em face de projetos específicos
de inclusão e qualificação profissional ou dificuldades comprovadamente
justificadas, os prazos estipulados no §3° poderão ser ampliados, com
observância aos procedimentos estabelecidos pelas normas de regência.
§ 5º O termo de compromisso deve estabelecer metas e cronogramas
para o cumprimento da reserva legal de forma gradativa, devendo a empresa,
a cada etapa estipulada, apresentar variação positiva do percentual de
preenchimento e, ao final do prazo, comprovar o cumprimento integral da
reserva legal estipulada no art. 93 da Lei nº 8.213, de 1991, e dos demais
compromissos assumidos.
§ 6º Durante o prazo fixado no termo de compromisso, devem ser
feitas fiscalizações nas empresas, a fim de ser verificado o seu cumprimento,
sem prejuízo da ação fiscal relativa a atributos não contemplados no referido
termo.
§ 7° Frustrado o procedimento especial para a ação em face de
não atendimento da convocação, recusa de firmar termo de compromisso,
descumprimento de qualquer cláusula compromissada, devem ser lavrados,
de imediato, os respectivos autos de infração, e poderá ser encaminhado
relatório circunstanciado ao Ministério Público do Trabalho e demais órgãos
competentes. E
D
Seção V U
CONHECIMENTO
C
Dos Concursos Públicos A
Ç
Art. 18. Nas ações fiscais realizadas nos entes Administração Pública Ã
DESENVOLVIMENTO
O
que contratem sob o regime celetista, o AFT deve verificar o cumprimento da
APRENDIZAGEM
113
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
mínimo de cinco por cento das vagas de cada cargo para pessoas com
deficiência, visando à necessária igualdade de oportunidades, de acordo com
o art. 37 do Decreto 3298, de 1999.
§ 1º Caso a aplicação do percentual de que trata o caput resulte em
número fracionado, este deve ser elevado até o primeiro número inteiro
subsequente, de acordo com o § 2º do art. 37 do Decreto 3298, de 1999.
§ 2º As pessoas com deficiência possuem direito de acesso a todos os
cargos públicos, inclusive àqueles exercidos em condições de periculosidade,
insalubridade, exposição a riscos e situações de emergência, ressalvados os
expressamente afastados por lei federal que regule o exercício de profissão
regulamentada, de acordo com o art. 40 do Decreto 3298, de 1999.
§ 3º A avaliação da compatibilidade entre as atribuições do cargo e a
deficiência do candidato será realizada por equipe multiprofissional, composta
de três profissionais capacitados e atuantes nas áreas das deficiências em
questão, sendo um deles médico, e três profissionais integrantes da carreira
almejada pelo candidato, durante o estágio probatório, considerando as
ajudas técnicas e demais adaptações necessárias ao posto de trabalho, de
acordo com o art. 43 do Decreto 3298, de 1999.
Art. 20. O AFT deve verificar se em todo o processo seletivo, na fase
de contratação e no estágio probatório, estão sendo observadas, no mínimo,
as seguintes disposições previstas no art. 39 do Decreto 3298, de 1999:
I - se consta do edital o número de vagas, o total correspondente
à reserva destinada à pessoa com deficiência, discriminadas por cargo e
localidade, assim como as atribuições e tarefas essenciais dos cargos;
II - se há previsão no edital de adaptação das provas, do curso de
formação e do estágio probatório, conforme a necessidade do candidato, por
exemplo: ledor, prova ampliada, material audio-visual adaptado, auxílio para
transcrição de gabaritos, mobiliário adaptado, material em Braile, sintetizador
E
D
de voz, sala de mais fácil acesso, intérprete de libras, tempo adicional e outros
U apoios;
DESENVOLVIMENTO
C
A III - se há previsão no edital de que o laudo comprobatório da
Ç
Ã
deficiência possa utilizar parâmetros internacionalmente utilizados, não se
O
APRENDIZAGEM
CONHECIMENTO
114
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
restringindo aos da Classificação Internacional de Doenças - CID.
IV - se a publicação do resultado final do concurso será realizada em
duas listas: a primeira, com a pontuação de todos os candidatos, inclusive
aqueles com deficiência, e a segunda, somente com a pontuação destes
últimos.
Parágrafo único. O AFT deve verificar os pareceres da equipe
multiprofissional, emitidos em todas as etapas previstas, conforme previsto
no art. 19 desta IN e observando as disposições do art. 43 do Decreto n° 3298,
de 1999 e demais diplomas legais aplicáveis.
Art. 21. Fica revogada a Instrução Normativa nº 20, de 26 de janeiro
de 2001.
Art. 22. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua
publicação.
C
estabelecimentos, esta poderá ser suprida por Escolas Técnicas de Educação A
e entidades sem fins lucrativos, que tenham por objetivo a assistência ao Ç
Ã
adolescente e à educação profissional;
DESENVOLVIMENTO
O
APRENDIZAGEM
115
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
junto aos Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente,
e que as entidades não-governamentais devam, como condição para o seu
funcionamento, ser registradas nos Conselhos Municipais dos Direitos da
Criança e do Adolescente;
RESOLVE:
Art. 1º Os Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do
Adolescente ficam obrigados a:
I - Proceder ao registro específico das entidades não-governamentais
como entidades sem fins lucrativos que tenham por objetivo a assistência ao
adolescente e à educação profissional, nos termos do artigo 91, caput, do
Estatuto da Criança e do Adolescente;
II - Comunicar o registro da entidade ao Conselho Tutelar, à
autoridade judiciária e à unidade descentralizada do Ministério do Trabalho
e Emprego com jurisdição na respectiva localidade;
III - Proceder ao mapeamento das entidades sem fins lucrativos que
façam a intermediação do trabalho de adolescentes, promovam o trabalho
educativo e ofereçam cursos de profissionalização e aprendizagem, contendo:
a) a identificação da entidade, na qual devem constar as seguintes
informações: nome, endereço, CNPJ ou CPF, natureza jurídica e estatuto e
ata de posse da diretoria atual;
b) a relação dos adolescentes inscritos no programa ou na entidade,
na qual devem constar as seguintes informações: nome, data de nascimento,
filiação, escolaridade, endereço, tempo de participação no programa ou na
entidade, endereço da empresa ou órgão público onde estão inseridos;
c) a relação dos cursos oferecidos, na qual devem constar as seguintes
informações: programa, carga horária, duração, data de matrícula, número
de vagas oferecidas, idade dos participantes.
E
D Parágrafo único. Cópia do mapeamento deverá ser enviada à
U
respectiva unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego.
DESENVOLVIMENTO
C
A
Ç
Art. 2º As entidades referidas no inciso II do artigo 430 da
à Consolidação das Leis do Trabalho ficam obrigadas a se registrar no
O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e a depositar
APRENDIZAGEM
116
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
do Município onde o programa está sendo implementado e enviar cópia
do mesmo ao respectivo Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do
Adolescente.
Art. 3º Os Conselhos Tutelares devem promover a fiscalização dos
programas desenvolvidos pelas entidades, verificando:
I - A adequação das instalações físicas e as condições gerais do
ambiente em que se desenvolve a aprendizagem;
II - A compatibilidade das atividades desenvolvidas pelos
adolescentes com o previsto no programa de aprendizagem nas fases teórica
e prática, bem como o respeito aos princípios estabelecidos pelo Estatuto da
Criança e do Adolescente;
III - A regularidade quanto à constituição da entidade;
IV - A adequação da capacitação profissional ao mercado de trabalho,
com base na apuração feita pela entidade;
V - O respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento do
adolescente;
VI - O cumprimento da obrigatoriedade de os adolescentes já terem
concluído ou estarem cursando o ensino obrigatório, e a compatibilidade da
jornada da aprendizagem com a da escola;
VII - A ocorrência de ameaça ou violação dos direitos do adolescente,
em especial tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou
constrangedor, bem como exploração, crueldade ou opressão praticados
por pessoas ligadas à entidade ou aos estabelecimentos onde ocorrer a fase
prática da aprendizagem;
VIII - A observância das proibições previstas no art. 67 do Estatuto
da Criança e do Adolescente.
Parágrafo único. As irregularidades encontradas deverão ser E
D
comunicadas ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente U
CONHECIMENTO
O
APRENDIZAGEM
117
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
5.2 Legislação Específica
C Constitucional;
A
Ç CONSIDERANDO o estatuído no art. 4º, parágrafo único, alíneas “b”,
Ã
O “c” e “d”, do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n. 8069, de 13 de julho
de 1990), segundo o qual a garantia de prioridade absoluta compreende: I –
APRENDIZAGEM
CONHECIMENTO
118
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
– destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a
proteção da infância e da juventude;
CONSIDERANDO o disposto no art. 69 da Lei 8.069/90, que assegura
ao adolescente o direito à profissionalização e à proteção no trabalho, desde
que respeitada a sua condição peculiar de pessoa em desenvolvimento e a
capacitação profissional adequada ao mercado de trabalho;
CONSIDERANDO que, por corolário de toda essa normativa,
constitucional e legal, o direito à profissionalização constitui-se como direito
fundamental inalienável dos adolescentes, por força dos quais decorre dever
jurídico impostergável imposto ao Estado para sua justa implementação e
realização, por meio de políticas públicas eficazes, sob pena de configuração de
grave ilicitude constitucional e prática de ato de infidelidade governamental
ao texto constitucional;
CONSIDERANDO que, como integrante da estrutura de Estado da
República Federativa, o Ministério Público da União e o dos Estados tem, por
via de corolário, o dever de promover o exercício do direito à profissionalização,
em especial, a adolescentes excluídos do processo de formação profissional;
CONSIDERANDO que a aprendizagem, na forma dos artigos 424
a 433 da Consolidação das Leis do Trabalho, é importante instrumento de
profissionalização de adolescentes, na medida em que permite sua inserção
simultânea no mercado de trabalho e em cursos de formação profissional,
com garantia de direitos trabalhistas e previdenciários;
CONSIDERANDO o teor do art. 16, do Decreto 5.598/05
(Regulamento da Aprendizagem), que prevê expressamente: “A contratação
de aprendizes por empresas públicas e sociedades de economia mista dar-
se-á de forma direta, nos termos do § 1º do art. 15, hipótese em que será
realizado processo seletivo mediante edital, ou nos termos do § 2º daquele
artigo. Parágrafo único. A contratação de aprendizes por órgãos e entidades
da administração direta, autárquica e fundacional observará regulamento E
D
específico, não se aplicando o disposto neste Decreto”; U
CONHECIMENTO
C
CONSIDERANDO o papel do CNMP na promoção da integração A
entre os ramos do Ministério Público e a previsão, em seu plano estratégico, Ç
Ã
da implementação de projetos voltados à proteção da infância e juventude e
DESENVOLVIMENTO
O
ao combate ao trabalho infantil, salvo para fins de aprendizagem;
APRENDIZAGEM
RESOLVE:
Art. 1º Instituir, no âmbito do Ministério Público da União e dos
Estados, o Programa Adolescente Aprendiz, a ser desenvolvido por cada ramo
119
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
do Ministério Público, conforme disponibilidade orçamentária, segundo as
normas gerais constantes da presente Resolução.
Parágrafo único. O Programa tem por objetivo proporcionar
aos aprendizes inscritos formação técnico-profissional que possibilite
oportunidade de ingresso no mercado de trabalho, mediante atividades
teóricas e práticas desenvolvidas no ambiente de trabalho; ofertar aos
aprendizes condições favoráveis para receber a aprendizagem profissional
e estimular a inserção, reinserção e manutenção dos aprendizes no sistema
educacional, a fim de garantir o seu processo de escolarização.
Art. 2º Poderão ser admitidos no Programa, menores de 18 anos
inscritos em cursos de aprendizagem voltados para a formação técnico
profissional metódica, promovidos pelos Serviços Nacionais de Aprendizagem
ou por entidades sem fins lucrativos, que tenham por objeto a assistência ao
adolescente e à sua formação e que estejam inscritas no Cadastro Nacional de
Aprendizagem, do Ministério do Trabalho e Emprego.
§ 1º Pelo menos 70% dos adolescentes do Programa deverão ser
oriundos de família com renda per capita inferior a dois salários mínimos, e/
ou ser egressos do sistema de cumprimento de medidas socioeducativas e/ou
estar em cumprimento de liberdade assistida ou semiliberdade, bem como
estar cursando no mínimo o 5º ano do nível fundamental ou o nível médio.
§ 2º A seleção dos adolescentes, observados aqueles critérios
mínimos definidos no parágrafo anterior, será feita pelas entidades referidas
no caput deste artigo.
§ 3º Para fins de contratação dos serviços das entidades mencionadas
no caput deste artigo, com vistas à implementação dos cursos de aprendizagem,
serão observadas, pelas unidades gestoras do Ministério Público, as normas
da Lei nº 8.666/1993.
§ 4º O Ministério Público criará comissão - vinculada à Secretaria de
E
D Gestão de Pessoas da unidade do Ministério Público - para acompanhamento
U do Programa de Aprendizagem, integrada preferencialmente por psicólogo,
DESENVOLVIMENTO
C
A
assistente social e pedagogo, além de outros servidores, a fim de:
Ç
à I – Implantar, coordenar, acompanhar e avaliar o Programa na
O unidade do Ministério Público;
APRENDIZAGEM
CONHECIMENTO
120
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
IV – Promover a ambientação dos aprendizes promovendo,
inclusive, encontro com os pais/responsáveis dos adolescentes visando
aproximação com a família, esclarecimento de dúvidas referentes ao
Programa e apresentação da instituição em que o adolescente irá desenvolver
suas atividades de aprendizagem;
V – Fomentar o atendimento do adolescente aprendiz e seus
familiares pelos equipamentos do Sistema Único de Assistência Social
(SUAS) do Município em que residem, notadamente o CRAS e CREAS, caso
tal providência se mostre necessária;
VI – Interagir e fortalecer o papel dos supervisores dos aprendizes;
VII – Promover dentro da unidade do Ministério Público em que
o adolescente estiver lotado, por meio de parcerias com outras instituições
ou do serviço voluntário de servidores ou não, atividades voltadas para
desenvolvimento pessoal, social e profissional do adolescente, tais como:
apoio escolar; orientação vocacional; atividades culturais (oficinas de
desenho, canto, teatro, dentre outras) para incentivar o desenvolvimento de
talentos e atividades informativas (oficinas e/ou palestras temáticas sobre
direitos humanos, direitos da criança e do adolescente, sexualidade, dentre
outros);
VIII – Realizar atendimento individual e em grupo estendendo,
quando necessário, às famílias;
IX – Elaborar relatório de acompanhamento e avaliação dos
aprendizes e do Programa;
X – Inserir os aprendizes, quando possível, nos programas e projetos
existentes na unidade do Ministério Público onde estão lotados.
Art. 3º A contratação de aprendizes pelas unidades do Ministério
Público far-se-á de modo indireto, na forma permitida pelo art. 431 da CLT,
por meio dos Serviços Nacionais de Aprendizagem ou entidades referidas E
no artigo anterior, que celebrarão com os adolescentes, contratos de D
U
CONHECIMENTO
O
regras contidas no art. 432 da CLT, observadas as restrições constantes do
APRENDIZAGEM
121
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
24 (vinte e quatro) meses e extinguir-se-á no seu termo ou, antecipadamente,
nas hipóteses previstas no art. 433 da CLT.
Art. 6º O Adolescente Aprendiz perceberá retribuição não inferior a
01 (um) salário mínimo, fazendo jus ainda:
I – Décimo Terceiro Salário, FGTS e repouso semanal remunerado;
II – férias de 30 dias, coincidentes com um dos períodos de férias
escolares, sendo vedado seu parcelamento e conversão em abono pecuniário;
III – seguro contra acidentes pessoais; e
IV – vale-transporte.
Parágrafo único. Na hipótese de existir salário mínimo regionalizado,
esta será a retribuição prevista no caput deste artigo, com exceção do Ministério
Público da União, que sempre observará o salário mínimo nacional.
Art. 7º São deveres do Adolescente Aprendiz, dentre outros a serem
fixados, em ato próprio, por cada ramo do Ministério Público da União e os
dos Estados:
I - executar com zelo e dedicação as atividades que lhes forem
atribuídas; e
II - apresentar, trimestralmente, à contratada, comprovante de
aproveitamento e frequência escolar.
Art. 8º É proibido ao adolescente aprendiz, além de outros
impedimentos a serem fixados em ato próprio, por cada ramo do Ministério
Público da União e os dos Estados:
I - realizar atividades incompatíveis com o projeto pedagógico do
Programa de Aprendizagem;
II - identificar-se invocando sua qualidade de adolescente aprendiz
E quando não estiver no pleno exercício das atividades desenvolvidas no
D Ministério Público;
U
DESENVOLVIMENTO
C
III - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia
A
Ç autorização.
Ã
O Art. 9º As obrigações da entidade contratada para selecionar
e contratar aprendizes, bem como promover o curso de aprendizagem
APRENDIZAGEM
CONHECIMENTO
122
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
Portaria, observando a reserva de pelo menos 10% (dez por cento) das vagas
para pessoas com deficiência, bem como os demais requisitos constantes dos
parágrafos daquele artigo;
II - executar todas as obrigações trabalhistas referentes aos
adolescentes aprendizes;
III - garantir locais favoráveis e meios didáticos apropriados ao
Programa de Aprendizagem e ao desenvolvimento físico, psíquico, moral e
social do adolescente aprendiz;
IV - assegurar a compatibilidade de horários para a participação
do adolescente no Programa Adolescente Aprendiz e no Programa de
Aprendizagem, sem prejuízo da frequência ao ensino regular;
V - acompanhar as atividades e o desempenho pedagógico do
adolescente aprendiz, em relação ao Programa de Aprendizagem e ao ensino
regular;
VI - promover a avaliação periódica do adolescente aprendiz, no
tocante ao Programa de Aprendizagem; e
VII - expedir Certificado de Qualificação Profissional em nome
do adolescente, após a conclusão do Programa de Aprendizagem com
aproveitamento satisfatório, e outros documentos que se fizerem necessários,
em especial os necessários às atividades escolares.
Art. 10. A participação do adolescente aprendiz no Programa
instituído por esta Portaria em nenhuma hipótese implicará vínculo
empregatício com o Ministério Público.
Art. 11. O percentual mínimo de aprendizes, o acompanhamento dos
trabalhos na unidade do Ministério Público, a definição de supervisor, controle
de frequência do adolescente aprendiz na unidade do Ministério Público e no
Curso, serão definidos, em ato próprio, por cada ramo do Ministério Público
da União e pelos Ministérios Públicos dos Estados. E
D
Art. 12. Os casos omissos serão resolvidos pelas unidades do U
CONHECIMENTO
C
Ministério Público nos Estados e pelos ramos do Ministério Público da União, A
observando-se as normas gerais estabelecidas nesta Resolução. Ç
Ã
DESENVOLVIMENTO
123
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
5.2.2. Portaria PGR/MPU nº 625, de 9 de dezembro de 2010
124
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
§ 3º Na celebração de contrato para os fins previstos nesta Portaria,
as unidades gestoras do Ministério Público da União verificarão se a
entidade dispõe de estrutura adequada ao desenvolvimento dos Programas
de Aprendizagem, de forma a manter a qualidade do processo de ensino,
bem como de condições para acompanhar e avaliar, com zelo e diligência, os
resultados obtidos pelos adolescentes aprendizes.
§ 4º Pelo menos 70% dos adolescentes do Programa deverão ser
oriundos de família com renda per capita inferior a dois salários mínimos, e/
ou ser egressos do sistema de cumprimento de medidas socioeducativas e/ou
estar em cumprimento de liberdade assistida ou semiliberdade, bem como
estar cursando no mínimo o 5º ano do nível fundamental ou o nível médio.
(Incluído pela Portaria PGR/MPU nº 547, de 4.10.2011)
§ 5º Cada unidade do Ministério Público da União criará comissão
– vinculada à sua Secretaria de Gestão de Pessoas – para acompanhamento
do Programa de Aprendizagem, integrada preferencialmente por psicólogo,
assistente social e pedagogo, além de outros servidores, a fim de: (Incluído
pela Portaria PGR/MPU nº 547, de 4.10.2011)
I – Implantar, coordenar, acompanhar e avaliar o Programa na
unidade do MPU; (Incluído pela Portaria PGR/MPU nº 547, de 4.10.2011)
II – Divulgar o Programa na unidade e sensibilizar a comunidade
institucional por meio de material informativo como cartilhas e folders;
(Incluído pela Portaria PGR/MPU nº 547, de 4.10.2011)
III – Interagir com a entidade contratada no que se refere:
assiduidade; pontualidade; desempenho escolar e acompanhamento
sociofamiliar; (Incluído pela Portaria PGR/MPU nº 547, de 4.10.2011)
IV – Promover a ambientação dos aprendizes promovendo,
inclusive, encontro com os pais/responsáveis dos adolescentes visando
aproximação com a família, esclarecimento de dúvidas referentes ao
E
Programa e apresentação da Instituição em que o adolescente irá desenvolver D
suas atividades de aprendizagem; (Incluído pela Portaria PGR/MPU nº 547, U
CONHECIMENTO
C
de 4.10.2011) A
Ç
V – Fomentar o atendimento do adolescente aprendiz e seus Ã
familiares pelos equipamentos do Sistema Único de Assistência Social
DESENVOLVIMENTO
O
(SUAS) do Município em que residem, notadamente o CRAS e CREAS, caso
APRENDIZAGEM
125
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
VI – Interagir e fortalecer o papel dos supervisores dos aprendizes;
(Incluído pela Portaria PGR/MPU nº 547, de 4.10.2011)
VII – Promover dentro da unidade do MPU em que o adolescente
estiver lotado, por meio de parcerias com outras instituições ou do serviço
voluntário de servidores ou não, atividades voltadas para desenvolvimento
pessoal, social e profissional do adolescente, tais como: apoio escolar;
orientação vocacional; atividades culturais (oficinas de desenho, canto, teatro,
dentre outras) para incentivar o desenvolvimento de talentos e atividades
informativas (oficinas e/ou palestras temáticas sobre direitos humanos,
direitos da criança e do adolescente, sexualidade, dentre outros). (Incluído
pela Portaria PGR/MPU nº 547, de 4.10.2011)
VIII – Realizar atendimento individual e em grupo estendendo,
quando necessário, às famílias; (Incluído pela Portaria PGR/MPU nº 547, de
4.10.2011)
IX – elaborar relatório de acompanhamento e avaliação dos
aprendizes e do Programa; (Incluído pela Portaria PGR/MPU nº 547, de
4.10.2011)
X – Inserir os aprendizes, quando possível, nos programas e projetos
existentes na unidade do MPU onde estão lotados. (Incluído pela Portaria
PGR/MPU nº 547, de 4.10.2011)
Art. 3º O adolescente aprendiz selecionado deverá:
I - ter idade entre 14 (quatorze) anos completos e 18 (dezoito) anos
incompletos;
II - estar matriculado e frequentando instituição formal de ensino; e
III - estar matriculado em Programa de Aprendizagem, com duração
mínima de 12 (doze) meses, oferecido pela entidade conveniada.
Art. 4º O adolescente aprendiz cumprirá carga horária de 4 (quatro)
E
D horas diárias, conforme horário de funcionamento da unidade gestora, no qual
U desempenhará atividades compatíveis com o Programa de Aprendizagem.
DESENVOLVIMENTO
C
A Art. 5º O contrato de aprendizagem celebrado com a entidade
Ç
à contratada terá duração não superior a 24 (vinte e quatro) meses e extinguir-
O se-á no seu termo ou antecipadamente nas seguintes hipóteses:
APRENDIZAGEM
CONHECIMENTO
126
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
III - cometimento de falta disciplinar prevista na CLT ou na Lei n.º
8.112, de 11/12/1990;
IV - ausência injustificada à escola que implique perda do ano letivo;
e
V - desistência dos estudos ou do Programa de Aprendizagem.
Art. 6º O adolescente aprendiz perceberá retribuição equivalente a
1 (um) salário mínimo nacional, fazendo jus, ainda, a: (Redação dada pela
Portaria PGR/MPU nº 547, de 4.10.2011)
I - 13º salário, FGTS e repouso semanal remunerado;
II - concessão de 30 (trinta) dias de férias coincidentes com um dos
períodos de férias escolares, sendo vedado seu parcelamento e sua conversão
em abono pecuniário;
III - seguro contra acidentes pessoais em favor dos adolescentes
aprendizes, mediante apólice coletiva de seguro; e
IV - vale-transporte subsidiado.
Art. 7º São deveres do adolescente aprendiz:
I - executar com zelo e dedicação as atividades que lhes forem
atribuídas;
II - apresentar, trimestralmente, à contratada, comprovante
aproveitamento e frequência escolar;
III - efetuar os registros de frequência, sob pena de desconto
proporcional no salário;
IV - comunicar imediatamente ao Supervisor, caso ocorra, a
desistência do curso regular e/ou de aprendizagem, bem como quaisquer
outras alterações relacionadas à atividade escolar; e
V - fazer uso do crachá de identificação nas dependências do E
D
Ministério Público da União e devolvê-lo ao término do contrato. U
CONHECIMENTO
C
Art. 8º É proibido ao adolescente aprendiz: A
Ç
I - realizar atividades incompatíveis com o projeto pedagógico do Ã
DESENVOLVIMENTO
Programa de Aprendizagem; O
APRENDIZAGEM
127
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
III - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia
autorização do Supervisor; e
IV - retirar, sem prévia anuência do Supervisor, qualquer documento
ou objeto do local de trabalho.
Art. 9º Caberá à chefia de cada unidade gestora designar um
Supervisor, dentre os servidores nela lotados, a quem competirá:
I - coordenar os exercícios práticos e acompanhar as atividades do
adolescente aprendiz, zelando para que elas não divirjam do Programa de
Aprendizagem;
II - promover a integração do adolescente aprendiz no ambiente de
trabalho;
III - informar ao adolescente aprendiz sobre seus deveres e
responsabilidades, apresentando as normas e procedimentos internos;
IV - controlar a frequência do adolescente aprendiz; e
V - avaliar o desempenho do aprendiz a cada período de 6 (seis)
meses.
Art. 10. A frequência do adolescente aprendiz será registrada
diariamente através de controle eletrônico de frequência ou outro meio
disponível na respectiva unidade gestora.
§ 1º Caso a frequência não seja controlada por meio eletrônico,
caberá ao supervisor comunicar à respectiva área de recursos humanos, até
o segundo dia útil do mês subsequente ao da ocorrência, as alterações na
frequência do adolescente aprendiz.
§ 2º Será deduzido do salário do adolescente aprendiz o dia de falta,
e, de forma proporcional, as entradas tardias e saídas antecipadas.
§ 3º Compete à respectiva área de recursos humanos encaminhar
E
D relatório mensal de frequência à contratada, para fins de cálculo da retribuição
U financeira devida ao adolescente aprendiz.
DESENVOLVIMENTO
C
A Art. 11. As obrigações da entidade contratada serão descritas em
Ç
à instrumento próprio que incluirá, dentre outras:
O
I - selecionar os adolescentes matriculados em Programas de
APRENDIZAGEM
CONHECIMENTO
128
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
II - executar todas as obrigações trabalhistas referentes aos
aprendizes;
III - garantir locais favoráveis e meios didáticos apropriados ao
Programa de Aprendizagem e ao desenvolvimento físico, psíquico, moral e
social do adolescente aprendiz;
IV - assegurar a compatibilidade de horários para a participação
do adolescente no Programa Adolescente Aprendiz e no Programa de
Aprendizagem, sem prejuízo da frequência ao ensino regular;
V - acompanhar as atividades e o desempenho pedagógico do
adolescente aprendiz, em relação ao Programa de Aprendizagem e ao ensino
regular;
VI - promover a avaliação periódica do adolescente aprendiz no
tocante ao Programa de Aprendizagem; e
VII - expedir Certificado de Qualificação Profissional em nome
do aprendiz, após a conclusão do Programa de Aprendizagem com
aproveitamento satisfatório, e outros documentos que se fizerem necessários,
em especial os necessários às atividades escolares.
Art. 12. A participação do adolescente aprendiz no Programa
instituído por esta Portaria, em nenhuma hipótese, implicará vínculo
empregatício com o Ministério Público da União.
Art. 13. As despesas do Programa Adolescente Aprendiz correrão por
conta da dotação orçamentária do Ministério Público da União.
Art. 14. Caberá a cada ramo do Ministério Público da União, no
âmbito de sua competência, implantar o Programa Adolescente Aprendiz,
obedecidas as disposições desta Portaria.
Art. 15. Compete ao Secretário-Geral do Ministério Público da
União dirimir as dúvidas suscitadas em relação à aplicação das disposições E
desta Portaria, sendo os casos omissos decididos pelo Procurador-Geral da D
República. U
CONHECIMENTO
C
A
Art. 16. Esta Portaria entra em vigor a partir de 1º de janeiro de 2011,
Ç
revogando a Portaria PGR/MPF nº 481, de 1º de outubro de 2009. Ã
DESENVOLVIMENTO
O
APRENDIZAGEM
129
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
E
D
U
DESENVOLVIMENTO
C
A
Ç
Ã
O
APRENDIZAGEM
CONHECIMENTO
130
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
6. ANEXOS46
ATO NORMATIVO N º
C
deverá estar plenamente adequado aos objetivos e critérios definidos neste A
Ato Normativo. Ç
Ã
§ 2º O Programa de Aprendizagem, objeto do contrato de que trata
DESENVOLVIMENTO
O
APRENDIZAGEM
46 Os textos dos anexos poderão ser disponibilizados em meio eletrônico, mediante solicitação
endereçada à Comissão da Infância e Juventude do CNMP pelo e-mail cij@cnmp.mp.br.
131
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
encaminhamento dos aprendizes selecionados, sempre que requisitado, para
o Ministério Público, visando desenvolver as atividades teóricas e práticas
voltadas para a sua formação técnico-profissional metódica.
§ 3º Para o cumprimento do disposto neste artigo, o Ministério
Público promoverá o repasse dos valores relativos à remuneração do aprendiz
e outros custos decorrentes da contratação e execução do Programa de
Aprendizagem.
§ 4º O Ministério Público assumirá a obrigação de proporcionar ao
aprendiz a experiência prática da formação técnico-profissional metódica.
Art. 3º A entidade sem fins lucrativos contratada deverá,
obrigatoriamente:
a) assumir todos os ônus decorrentes da sua condição de
empregadora, nos termos do art. 431 da Consolidação das Leis do Trabalho –
CLT;
b) possuir a qualificação e aprovação do Conselho Municipal da
Criança e do Adolescente – CMDCA do município onde atua, como instituição
de formação técnico-profissional metódica;
c) ter como objetivo, devidamente registrado no CMDCA, a
assistência ao adolescente e a educação profissional;
d) ter suas condições de funcionamento fiscalizadas e aprovadas,
sem restrições, pelo Ministério Público do Estado de XXX;
e) contar com estrutura adequada ao desenvolvimento dos
Programas de Aprendizagem, de forma a manter a qualidade do processo de
ensino, bem como acompanhar e avaliar os resultados;
f) não ceder ou transferir a terceiros a execução do objeto, bem
como a previsão de pagamento de taxa de administração ou outras formas de
remuneração ao convenente;
E
D
g) fornecer, sempre que solicitado, cópia do projeto pedagógico
U
DESENVOLVIMENTO
C do Programa.
A
Ç Art. 4º Para ser admitido no Programa, o adolescente aprendiz
à deverá:
O
a) ter idade entre 14 (quatorze) anos completos e 18 (dezoito)
APRENDIZAGEM
CONHECIMENTO
anos incompletos;
b) estar matriculado e frequentando instituição formal de
ensino;
132
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
c) estar cursando entre o 5º ano do nível fundamental e o último
ano do nível médio.
§ 1º Pelo menos 70% dos adolescentes do Programa deverão ser
oriundos de família com renda per capita inferior a dois salários mínimos e/
ou ser egressos do sistema de cumprimento de medidas socioeducativas e/ou
estar em cumprimento de medida de liberdade assistida ou semiliberdade.
§ 2º Ao aprendiz é assegurado o respeito à sua condição peculiar de
pessoa em desenvolvimento.
Art. 5º O contrato de aprendizagem, a ser firmado pela entidade sem
fins lucrativos com o adolescente, nos termos do art. 428 da Consolidação das
Leis do Trabalho – CLT, será considerado um contrato de trabalho especial
e deverá:
a) ter duração não superior a vinte e quatro meses;
b) assegurar ao aprendiz uma formação técnico-profissional
compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico;
c) prever anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social.
§ 1º A validade do contrato de aprendizagem pressupõe anotação da
matrícula escolar e frequência do aprendiz à escola.
§ 2º O contrato de aprendizagem extinguir-se-á no seu termo ou
antecipadamente nas seguintes hipóteses:
a) a pedido do adolescente aprendiz;
b) desempenho insuficiente ou inadaptação do adolescente
aprendiz;
c) cometimento de falta disciplinar grave prevista na CLT ou na
Lei n.º 8.112, de 11/12/1990;
d) ausência injustificada à escola que implique perda do ano E
letivo; D
U
CONHECIMENTO
O
APRENDIZAGEM
133
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
Art. 6º O aprendiz deverá cumprir uma carga horária de 6 (seis) horas
diárias de atividades teóricas e práticas, simultâneas ou não, compatíveis com
o Programa de Aprendizagem47.
§ 1º As atividades práticas desenvolvidas pelos adolescentes
aprendizes compreendem tarefas metodicamente organizadas e de
complexidade progressiva a serem desempenhadas no ambiente de trabalho.
§ 2º As atividades teóricas devem contemplar no mínimo 20% (vinte
por cento) do total de duração do contrato.
§ 3º A fixação da jornada de trabalho do aprendiz leva em conta os
direitos assegurados na Lei Federal nº 8.069/1990 – Estatuto da Criança e
do Adolescente.
Art. 7º No acompanhamento das atividades práticas dos aprendizes,
devem ser observadas as vedações legais, de modo que a aprendizagem não
seja executada:
a) em ambientes insalubres, perigosos ou ofensivos à sua moral;
b) em horário noturno, este compreendido entre as 22 horas de
um dia e as 5 horas do dia seguinte;
c) em jornada extraordinária ou de compensação de jornada de
trabalho;
d) com tarefas penosas, extenuantes ou que exijam
desenvolvimento físico ou psíquico não condizente com sua capacidade;
e) em atividades externas.
Art. 8º O quantitativo de aprendizes do Programa Adolescente
Aprendiz será calculado sobre o percentual compreendido entre XX% (XXX
por cento) e XX% (XXX por cento) em relação ao número de servidores
efetivos ativos do Ministério Publico48.
E
D Parágrafo único. Desse quantitativo, pelo menos 10% (dez por cento)
U será destinado a pessoas portadoras de deficiência, com observância à Lei
DESENVOLVIMENTO
C
A
Federal nº 7.853/89 e considerando os parâmetros do Decreto Federal nº
Ç 5.296/2004, devidamente comprovado por laudo médico e atestado de saúde
Ã
O
ocupacional, firmado por profissional competente.
Art. 9º As vagas do Programa Adolescente Aprendiz do Ministério
APRENDIZAGEM
CONHECIMENTO
134
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
e no Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional – CEAF, nas atividades
nas áreas de tecnologia da informação, licitação e suprimento, execução
orçamentária, gestão de material e patrimônio e gestão de transportes,
devendo guardar compatibilidade e condições favoráveis para a aprendizagem
profissional e com o processo de escolarização do aprendiz.
§ 1º Para o cumprimento do disposto no caput deste artigo, caberá
ao CEAF definir as atividades a serem executadas pelo aprendiz, indicando
a sua finalidade, as características do(s) órgão(s) ou unidade(s) onde
serão executadas, as tarefas e operações a serem efetuadas, a forma de sua
realização, os instrumentos utilizados e uma visão acerca de denominações e
informações utilizadas.
§ 2º O CEAF indicará o numero de vagas a serem abertas para o início
de nova turma do Programa, inclusive para a substituição de aprendizes cujos
contratos foram extintos.
Art. 10. A formação técnico-profissional do aprendiz obedecerá aos
princípios de:
a) garantia de acesso e frequência obrigatória ao ensino
fundamental ou médio;
b) horário especial para o exercício das atividades;
c) capacitação profissional adequada ao mercado de trabalho.
Art. 11. O adolescente aprendiz perceberá bolsa equivalente a 1 (um)
salário mínimo, sendo-lhe assegurado:
a) 13º salário, FGTS e repouso semanal remunerado;
b) 30 (trinta) dias de férias coincidentes com um dos períodos de
férias escolares, sendo vedado seu parcelamento e sua conversão em abono
pecuniário;
c) seguro contra acidentes pessoais; E
D
d) vale-transporte. U
CONHECIMENTO
C
Art. 12. Compete ao CEAF: A
Ç
a) promover todos os procedimentos para a celebração do Ã
DESENVOLVIMENTO
O
contrato, acompanhando sua execução;
APRENDIZAGEM
135
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
c) implantar, coordenar, acompanhar e avaliar a execução do
Programa, no âmbito do Ministério Público;
d) divulgar o Programa e sensibilizar os integrantes do Ministério
Público por meio de materiais e canais informativos;
e) participar, junto à entidade sem fins lucrativos contratada,
do acompanhamento dos aprendizes do Ministério Público no que se refere
à assiduidade, pontualidade, desempenho escolar e acompanhamento
sociofamiliar;
f) promover a ambientação dos aprendizes, promovendo,
inclusive, encontro com os pais/responsáveis dos adolescentes visando
aproximação com a família, esclarecimento de dúvidas referentes ao
Programa e apresentação da instituição em que o adolescente desenvolverá
suas atividades de aprendizagem;
g) fomentar o atendimento dos aprendizes e seus familiares,
quando necessário, pelos equipamentos do Sistema Único de Assistência
Social (SUAS), notadamente o CRAS e CREAS;
h) interagir e fortalecer o papel dos supervisores dos aprendizes;
i) promover dentro da unidade do Ministério Público em que
o adolescente estiver lotado, por meio de parcerias com outras instituições
ou do serviço voluntário de servidores ou não, atividades voltadas para o
desenvolvimento pessoal, social e profissional do adolescente, tais como apoio
escolar, orientação vocacional, atividades culturais (oficinas de desenho,
canto, teatro, dentre outros) para incentivar o desenvolvimento de talentos
e atividades informativas (oficinas e/ou palestras temáticas sobre direitos
humanos, direitos da criança e do adolescente, sexualidade, dentre outros);
j) fiscalizar e acompanhar o cumprimento deste Ato Normativo;
k) distribuir o quantitativo de aprendizes entre os órgãos/
E unidades do Ministério Público, observado o disposto no art. 9º deste Ato
D
U Normativo;
DESENVOLVIMENTO
C
A l) disponibilizar meios para o controle de frequência do
Ç aprendiz, encaminhando relatório mensal de frequência à entidade sem fins
Ã
O lucrativos contratada;
APRENDIZAGEM
aprendizes e do Programa;
n) realizar atendimento individual e em grupo estendendo,
quando necessário, às famílias;
136
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
o) inserir os aprendizes, quando possível, nos programas e
projetos existentes na unidade do Ministério Público onde estão lotados.
Art. 13. Compete a cada unidade responsável por aprendizes do
Programa, por meio de um supervisor designado pelo Superintendente da
Superintendência de Gestão Administrativa e pelo Coordenador do CEAF:
a) coordenar os exercícios práticos e acompanhar as atividades
do adolescente aprendiz, de forma a garantir sua conformidade com o
Programa de Aprendizagem;
b) promover a integração do adolescente aprendiz no ambiente
de trabalho;
c) informar o adolescente aprendiz sobre seus deveres e
responsabilidades, apresentando as normas e procedimentos internos;
d) controlar a frequência do adolescente aprendiz;
e) avaliar o desempenho do aprendiz a cada período de 6 (seis)
meses;
f) assegurar ao aprendiz a formação profissional prático-
metódica em serviços administrativos;
g) zelar pelo correto cumprimento da prática de aprendizagem,
sendo vedada ao aprendiz a realização de trabalhos prejudiciais à saúde e à
moral dos adolescentes, bem como a execução de trabalhos externos, em vias
públicas, ou atendendo a solicitações de funcionários, diretores, parceiros,
entre outros, que estejam a serviço do Ministério Público e que não sejam
objeto específico da aprendizagem a que está submetido;
h) não exigir do aprendiz o porte de documentos sigilosos ou
numerários, ainda que em circulação nos ambientes internos do Ministério
Público, bem como que exerçam atividades que por sua natureza requeiram
força física não condizente com a legislação, sempre observando as atividades E
de aprendizagem prática às quais deverá estar submetido; D
U
CONHECIMENTO
O
a) executar com zelo e dedicação as atividades que lhes forem
APRENDIZAGEM
atribuídas;
b) apresentar trimestralmente à Entidade Sem Fins Lucrativos
contratada comprovantes de aproveitamento e de frequência escolar;
137
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
c) efetuar os registros de frequência, sob pena de desconto
proporcional no salário;
d) comunicar imediatamente ao seu supervisor quaisquer
ocorrências relacionadas às suas atividades escolares ou do Programa;
e) cumprir as normas institucionais estabelecidas.
Art. 15. É proibido ao adolescente aprendiz:
a) realizar atividades incompatíveis com o projeto pedagógico
do Programa de Aprendizagem;
b) identificar-se invocando sua qualidade de adolescente
aprendiz quando não estiver no pleno exercício das atividades desenvolvidas
no Ministério Público;
c) ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia
autorização do seu supervisor;
d) retirar, sem prévia anuência do seu supervisor, qualquer
documento ou objeto do local de trabalho.
Art. 16. As obrigações da Entidade Sem Fins lucrativos contratada
são:
a) selecionar os adolescentes matriculados em Programas de
Aprendizagem por ela promovidos, observando a reserva de pelo menos 10%
(dez por cento) das vagas para pessoas com deficiência, bem como os demais
requisitos constantes neste ato normativo;
b) executar todas as obrigações trabalhistas referentes aos
aprendizes;
c) proceder aos respectivos registros na Carteira de Trabalho e
Previdência Social do aprendiz, consignando a informação de que o contrato
de trabalho decorre de contrato firmado com o Ministério Público do Estado
E
D
de XXX;
U
DESENVOLVIMENTO
138
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
f) acompanhar as atividades e o desempenho pedagógico do
adolescente aprendiz, em relação ao Programa de Aprendizagem e ao ensino
regular;
g) promover a avaliação periódica do adolescente aprendiz no
tocante ao Programa de Aprendizagem;
h) expedir Certificado de Qualificação Profissional em
nome do aprendiz, após a conclusão do Programa de Aprendizagem com
aproveitamento satisfatório, e outros documentos que se fizerem necessários,
em especial os necessários às atividades escolares;
i) acompanhar o desenvolvimento físico, psíquico, moral e
social do adolescente aprendiz.
Art. 17. Fica vedado ao Ministério Público e à Entidade Sem Fins
Lucrativos contratada:
a) prorrogar e compensar a jornada de trabalho do aprendiz;
b) atribuir ao aprendiz atividades diversas daquelas previstas no
Programa de Aprendizagem.
Art. 18. A frequência do adolescente aprendiz será registrada
diariamente.
§ 1º Caberá ao supervisor do aprendiz comunicar ao CEAF até o
segundo dia útil do mês subsequente ao da ocorrência, as alterações na
frequência do adolescente aprendiz.
§ 2º Será deduzido do salário do aprendiz o dia de falta e, de forma
proporcional, as entradas tardias e saídas antecipadas.
C
A
Ç
A título de exemplo, segue abaixo nota técnica a respeito de uma Ã
hipótese de contratação direta adotada em caso concreto pelo Ministério
DESENVOLVIMENTO
O
Público Federal, em que são utilizados diversos argumentos jurídicos que
APRENDIZAGEM
139
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
Senhor Secretário de Administração,
Cuidam os autos do processo de contratação da Inspetoria XXX,
para disponibilizar menores aprendizes ao MPF, em atenção ao disposto na
Portaria PGR/MPF n” 481 de 01/10/2009.
Às fls. consta proposta do Centro XXX.
Às fls. consta proposta da Fundação XXX.
Às fls. consta proposta da Inspetoria XXX.
Compulsando os autos verifica-se às fls., justificativa técnica da Sra.
Chefe da Divisão de Recrutamento e Seleção de Servidores e Estagiários à
contratação da Inspetoria XXX, por julgar que aquela preenche os requisitos
exigidos pela legislação, apresentou menor valor, além de adotar seleção
criteriosa nas contratações.
Às fls. consta comprovante de regularidade fiscal, previdenciária e
fundiária da Inspetoria.
Vieram os autos a esta Assessoria.
Preliminarmente, é necessário analisar a fundamentação legal para a
contratação pretendida. Conforme é cediço, o instrumento legal para o Poder
Público realizar contratações para aquisições de bens, realização de serviços
e obras, em regra, é a licitação pública, por força da Constituição Federal e
da Lei Federal 8.666, de 21 de junho de 1993. Não obstante, há situações
em que a licitação poderá ser prescindida, quando ocorrem hipóteses de
dispensa ou inexigibilidade de licitação, disciplinadas pelos artigos 24 e 25 do
Estatuto Licitatório. O inciso XIII do artigo 24, mencionado na manifestação,
determina, verbis:
Art. 24. É dispensável a licitação:
XIII - na contratação de instituição brasileira incumbida regimental
E ou estatutariamente da pesquisa, do ensino ou do desenvolvimento
D
U institucional, ou de instituição dedicada à recuperação ético-profissional e
DESENVOLVIMENTO
140
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
c) ter inquestionável reputação ético-profissional; e
d) não ter fins lucrativos.
A finalidade do dispositivo em tela é a de incentivar e auxiliar o
desenvolvimento de entidades que se dediquem às atividades nele referidas,
e, de acordo com a Consultoria Zenite49 reputadas pela lei, implicitamente,
como de relevante interesse público, favorecendo-as com a possibilidade de
contratação direta.
Outrossim, além dos mencionados requisitos, a Corte de Contas
recomenda que o objeto do contrato guarde estrita correlação com as
atribuições de pesquisa, ensino ou do desenvolvimento institucional, ou
recuperação social de presos, além da reputação ético-profissional na área
especifica para a qual está sendo contratada. A Decisão nº 908/1999 - Plenário
nesse sentido é clara.
A contratação direta com base no art. 24, XIII, da Lei de Licitações
para ser considerada regular não basta que a instituição contratada preencha
os requisitos contidos no citado dispositivo legal, ou seja, ser brasileira, não
possuir fins lucrativos, deter inquestionável reputação ético-profissional
e ter como objetivo estatutário ou regimental a pesquisa, o ensino ou o
desenvolvimento institucional, há de observar também que o objeto
do correspondente contrato guarde estreita correlação com o
ensino, a pesquisa ou o desenvolvimento institucional além de
deter reputação ético-profissional na especifica área para a qual
está sendo contratada. (grifei)
No mesmo sentido são os acórdãos n° 1614/2003, n° 1516/2005 e nº
1945/2006, todos do Plenário. Portanto, deverá haver nexo entre o referido
normativo, a natureza da instituição e o objeto a ser contratado.
Devido a não inclusão nos autos do estatuto da Inspetoria, esta
Assessoria solicitou as providências necessárias, de modo que às fls. 219/227
foi anexado, para análise da sugestão do contratação direta.
Trazendo à baila o caso concreto, a Inspetoria XXX, conforme seu
estatuto, é pessoa jurídica de direito privado e entidade sem fins lucrativos,
fundada em 1948. De acordo com o artigo 2°, a fundação tem a finalidade de
promoção de educação, amparo da juventude, especialmente a mais pobre, e
a promoção humana. Por sua vez, o artigo 3° prevê que para consecução de
seus fins a Inspetoria poderá firmar contratos e convênios.
Cotejando o dispositivo legal em análise e o Estatuto da Inspetoria,
observa-se que o primeiro dispõe que a instituição tem de ser incumbida
49 www.zenite.com.br.
regimentalmente ou estatutariamente do ensino, sendo que uma das
finalidades da Inspetoria é a educação.
Sobre o requisito inquestionável de reputação ético-profissional,
este não é de fácil avaliação, por ser tratar de um conceito abstrato, subjetivo.
Marçal Justen Filho50 leciona que tal exigência tem de ser enfocada com
cautela. Deve ser inquestionável a capacitação para o desempenho da
atividade objetivada. Exigem-se as virtudes éticas relacionadas direta e
necessariamente com o perfeito cumprimento de contrato.
Jorge Ulisses Jacoby51 ensina que estabelece a lei que e reputação
seja avaliada pelos fatores ético-profissionais, sem considerar, portanto,
a localidade, o patrimônio ou mesmo esses fatores, se condizentes com as
pessoas instituidoras da entidade. Não só o que faz, mas também o por que
faz, já que não pode ter fins lucrativos, como também a forma como realiza
a sua função.
Ou seja, não é uma matéria de fácil aplicação. No presente caso, para
determinação de tal requisito, a área solicitante entendeu como satisfatório
o alto número de contratações de jovens realizada, bem como a abrangência
de atuação da Inspetoria. Entretanto, o simples fato de haver diversas
contratações, nem sempre é sinônimo de trabalho realizado com a qualidade
necessária. Assim, esta Assessoria solicitou a apresentação de atestados
técnicos, os quais foram anexados às fls.
Ademais, conforme salientado pela Sra. Chefe da Divisão de
Recrutamento e Seleção de Servidores e Estagiários, dentre as três
instituições pesquisadas, a Inspetoria diferencia-se por focar seu programa
especificamente para os adolescentes de baixa renda, atingindo uma camada
social desfavorecida, além de apresentar Programa de Aprendizagem
direcionado especificamente para a área administrativa.
Quanto ao preço, das três propostas apresentadas, a menor foi a da
E Inspetoria.
D
U Destarte, a Inspetoria, em tese, preenche os requisitos previstos no
DESENVOLVIMENTO
C
A
inciso XIII do artigo 24, ressalvando a dificuldade de se avaliar a inquestionável
Ç reputação ético-profissional tanto em tese como nos casos concretos.
Ã
O
APRENDIZAGEM
CONHECIMENTO
50 JUSTEN FILHO, Marçal. Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos. 11.ed. Editora
Dialética, 2005, p. 253
51 JACOBY, Jorge Ulisses. Contratação Direta Sem Licitação. 5.ed. Brasília: Brasília Jurídica, 2003, p.
424.
142
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
Quanto à minuta contratual, necessário que se promovam as
adequações assinaladas. Quanto às demais cláusulas e condições, atendem
aos dispositivos legais vigentes, podendo ser adotadas.
Por todo exposto, esta Assessoria entende que há nos autos elementos
suficientes para a contratação direta, com fulcro no artigo 24, inciso XIII, da
Lei nº 8.666/93.
É o entendimento.
Local, data. Assinatura
TERMO DE REFERÊNCIA
1. OBJETO
Contratação de entidade sem fins lucrativos para implementação
do Programa Adolescente Aprendiz no âmbito do Ministério Público do
Trabalho, conforme determinado pelos seguintes normativos: Portaria PGR
nº 625/2010, Portaria PGR nº 547/2011 e Resolução nº 76 de 09/08/2011
do CNMP.
2. JUSTIFICATIVA
Tendo em vista a publicação dos normativos citados, os quais
regulamentam e implantam o Programa “Adolescente Aprendiz” no âmbito E
D
do Ministério Público, faz-se necessário a contratação de entidade promotora U
CONHECIMENTO
O
3. CARACTERÍSTICAS DO OBJETO
APRENDIZAGEM
143
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
com carga horária de 4 (quatro) horas diárias na Procuradoria Geral do
Trabalho.
3.2 Deverão ser admitidos no Programa, no âmbito do MPT, menores
de 18 anos inscritos em cursos de aprendizagem voltado para a formação
técnico-profissional metódica, compatível com o seu desenvolvimento físico,
moral e psicológico, promovido por serviços nacionais de aprendizagem.
3.3 Os aprendizes que desenvolverão atividades relacionadas
a Auxiliar de Serviços Administrativos ou Secretariado e deverão ser
selecionados pela CONTRATADA, obedecendo aos seguintes critérios:
• Pertencer à família cuja renda per capita seja igual ou menor
a 1 (um) salário mínimo;
• Estar na faixa etária de 14 (quatorze) a 18 (dezoito) anos
incompletos;
• Estar cursando no mínimo o 5º ano do nível fundamental ou
o nível médio, em instituição formal de ensino.
• Estar frequentando Curso de Aprendizagem oferecido pela
CONTRATADA, com duração mínima de 12 (doze) meses;
• Para todos os efeitos legais, os adolescentes locados no Curso
de Aprendizagem no CONTRATANTE não poderão, em nenhuma hipótese,
ser substituídos temporariamente por outro.
4. DA ESPECIFICAÇÃO DOS SERVIÇOS
4.1 Em cumprimento ao estabelecido no artigo 2º da Resolução nº
74, expedida pelo Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente
– CONANDA em 13 de setembro de 2001, a CONTRATADA depositará no
Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente – CMDCA da
localidade em que se realizará a aprendizagem, o Programa de Aprendizagem,
E
elaborado em conformidade com o Parágrafo Único do Art. 2º da Portaria nº
D 702, expedida pelo Ministério do Trabalho e Emprego em 18 de dezembro de
U 2001.
DESENVOLVIMENTO
C
A
Ç
4.2 Compete à CONTRATADA selecionar e matricular os
à adolescentes, prepará-los, encaminhá-los ao CONTRATANTE, devidamente
O uniformizados e com registro na Carteira de Trabalho e Previdência Social
APRENDIZAGEM
144
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
4.3 A CONTRATADA irá ministrar em sua sede a parte teórica do
programa de aprendizagem, supervisionando as atividades práticas dos
adolescentes em colaboração com o CONTRATANTE, bem como fará o
acompanhamento escolar dos Adolescentes, e providenciará a certificação
prevista na Lei 10.097/2000.
4.4 Será concedido ao aprendiz que concluir, com êxito, a grade de
treinamento definida para os contratos de aprendizagem com duração de
12 meses, incluídas as férias a que fizerem jus, o Certificado de Qualificação
Profissional emitido pela CONTRATADA e assinado juntamente com o
CONTRATANTE.
4.5 Não constituirá impedimento à certificação e à sua permanência
no programa a ausência do aprendiz em até 10% das atividades teóricas e/ou
5% das atividades práticas.
4.6 O aprendiz que tiver sua participação no programa interrompida
por qualquer motivo receberá uma declaração contendo informações
relativas aos módulos concluídos, o período de sua permanência e carga
horária cumprida.
4.7 A permanência do aprendiz no Programa de Aprendizagem será
avaliada semestralmente pela CONTRATADA e pelo CONTRATANTE, sob os
aspectos abaixo relacionados, estando as partes cientes que a dispensa do
aprendiz somente pode ser efetivada nas hipóteses estabelecidas no art. 433
da CLT:
I. Interesse/comprometimento;
II. Reciprocidade;
III. Sociabilidade;
IV. Participação;
V. Crescimento/desenvolvimento. E
D
4.8 Os aprendizes executarão nas localidades definidas pelo U
CONHECIMENTO
145
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
superior a 24 (vinte e quatro) meses, ou antecipadamente nas seguintes
hipóteses:
• Desempenho insuficiente ou inadaptação do aprendiz;
• Falta disciplinar grave;
• Ausência injustificada à escola que implique perda do ano
letivo; ou
• A pedido do aprendiz;
• Cometimento de falta disciplinar prevista na CLT ou na Lei
8.112/90;
• Desistência dos estudos ou do programa de aprendizagem.
4.10 Inadaptação será considerada como motivo em todas as
situações em que as partes envolvidas, por meio de relatório circunstanciado
das ações e consequências das atividades do adolescente, decidam proceder
ao desligamento daquele adolescente por não haver compromisso com a
aprendizagem teórica ou prática.
5. DAS OBRIGAÇÕES DO CONTRATANTE
Constituem obrigações e responsabilidades do CONTRATANTE:
5.1 Observar as limitações impostas à prestação dos serviços pelos
aprendizes, dentre as quais:
a) É vedada a prorrogação e a compensação de jornada, inclusive
nas hipóteses previstas nos incisos I e II do artigo 413 da CLT;
b) É vedado o labor em horário noturno, assim considerando
aquele compreendido entre às 22h horas de um dia e às 5h horas do dia
seguinte;
c) É vedado o labor em ambientes insalubres, perigosos e
E ofensivos a moral dos adolescentes;
D
U d) É vedado o labor em serviços penosos, constituídos por
DESENVOLVIMENTO
C
A tarefas extenuantes ou que exijam desenvolvimento físico ou psíquico não
Ç condizente com a capacidade do adolescente;
Ã
O e) É vedado o labor em locais de difícil acesso e não servidos
APRENDIZAGEM
146
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
5.2 Comunicar à CONTRATADA, sobre a falta cometida pelos
adolescentes, encontrando em conjunto com a mesma a solução para o
ocorrido;
5.3 Prestar atendimento, em caráter emergencial, ao(s)
adolescente(s) que vier a sofrer mal-estar e/ou acidente, comprometendo-se
a comunicar imediatamente à CONTRATADA, para que providencie o seu
encaminhamento ao INSS, para tratamento de saúde;
5.4 Comunicar imediatamente à CONTRATADA todo acidente que
ocorrer com o(s) adolescente(s), no horário regulamentar, para que sejam
tomadas as providências cabíveis;
5.5 Colaborar com a CONTRATADA na supervisão e na avaliação do(s)
adolescente(s) colocado(s) à sua disposição, assegurando aos profissionais
da CONTRATADA o acesso aos locais de trabalho dos adolescentes, de
modo a lhes facilitar o desempenho de suas funções de acompanhamento e
supervisão;
5.6 Preencher, juntamente com o educador da CONTRATADA,
a avaliação de desempenho do(s) adolescente(s), que deverá ser aplicada
semestralmente;
5.7 Informar à CONTRATADA a respeito do comportamento,
atitudes, eficiência, educação e progresso do(s) adolescente(s), quando
solicitada e sempre que o julgar necessário;
5.8 Dar ao(s) adolescentes todas as oportunidades de aprendizagem
prática, possíveis, tendo o cuidado de fazê-los executar, progressivamente,
das tarefas mais simples às tarefas mais complexas;
5.9 Impedir o transporte de valores ou quaisquer títulos
representativos de valores, pelo(s) adolescente (s) colocados a sua disposição;
5.10 Fazer o controle e a anotação diária do horário das atividades
cumpridas pelos adolescentes (exigindo sua assinatura em folha de ponto ou E
D
cartão), na parte prática do Curso, remetendo mensalmente à CONTRATADA, U
CONHECIMENTO
O
idade e com o horário escolar do adolescente, de segunda a sexta-feira.
APRENDIZAGEM
147
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
6.1 Definir a programação geral detalhada de execução do objeto
deste Contrato, submetendo-a as sugestões e críticas do CONTRATANTE
antes do início da execução das atividades práticas;
6.2 Selecionar os adolescentes matriculados em programas de
aprendizagem promovidos, observando a reserva de pelo menos 10% (dez por
cento) das vagas para pessoas portadoras de deficiência;
6.3 Garantir locais favoráveis e meios didáticos apropriados ao
programa de aprendizagem e ao desenvolvimento físico, psíquico, moral e
social do adolescente aprendiz;
6.4 Assegurar a compatibilidade de horários para a participação
do adolescente no Programa Adolescente Aprendiz e no programa de
aprendizagem, sem prejuízo da frequência ao ensino regular;
6.5 Acompanhar as atividades e o desempenho pedagógico do
adolescente aprendiz, em relação ao programa de aprendizagem e ao ensino
regular;
6.6 Promover a avaliação periódica do adolescente aprendiz no
tocante ao programa de aprendizagem;
6.7 Expedir Certificado de Qualificação Profissional em nome
do adolescente, após a conclusão do programa de aprendizagem com
aproveitamento satisfatório, e outros documentos que se fizerem necessários,
em especial os necessários às atividades escolares;
6.8 Apresentar sempre que solicitado pelo CONTRATANTE,
todos os comprovantes de recolhimento de todo e qualquer encargo,
independentemente da natureza, devido pela CONTRATADA em decorrência
da execução das atividades exercidas pelos adolescentes, inclusive as
contribuições devidas ao INSS e ao FGTS, e as taxas e impostos municipais,
estaduais ou federais;
E
6.9 Apresentar ao CONTRATANTE uma relação contendo todos
D
U os dados cadastrais dos adolescentes pertencentes ao presente Contrato,
DESENVOLVIMENTO
148
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
6.11 Acompanhar a frequência escolar do(s) adolescente(s),
encaminhando à fiscalização do CONTRATANTE, a cada 03 (três) meses,
declaração de frequência escolar; e aproveitamento escolar;
6.12 Apresentar ao CONTRATANTE a previsão do calendário mensal
de férias dos adolescentes, com antecedência mínima de 30 (trinta) dias;
6.13 Manter o acompanhamento social do(s) adolescente(s),
repassando ao CONTRATANTE, quaisquer dados que venham interferir no
desempenho das atividades;
6.14 Assumir integral responsabilidade quanto ao cumprimento do
que é pactuado em relação às verbas devidas aos adolescentes, eximindo o
CONTRATANTE de qualquer responsabilidade em relação ao pagamento de
salários e demais vantagens, bem como contribuições sociais, em juízo ou
fora dele;
6.15 Responsabilizar-se, única e exclusivamente, pelos contratos
de trabalho dos adolescentes, não podendo ser arguida solidariedade do
CONTRATANTE, nem mesmo responsabilidade subsidiária, não existindo
qualquer vínculo empregatício entre o CONTRATANTE e os adolescentes
utilizados na execução do objeto deste Contrato;
6.16 Pagar e cumprir todas as exigências e encargos trabalhistas,
previdenciários, sociais e acidentários decorrentes dessa contratação,
obrigando-se, desde já, a reembolsar o CONTRATANTE às importâncias
que este for compelido a pagar por força de eventual decisão judicial ou
administrativa relativa às obrigações da CONTRATADA com os adolescentes.
6.17 Fica expressamente pactuado que se, porventura, o
CONTRATANTE for autuado, notificado, intimado ou mesmo condenado,
em razão do não cumprimento em época própria de qualquer obrigação
originária deste Contrato, atribuível à CONTRATADA, seja de natureza fiscal,
trabalhista, previdenciária ou de qualquer outra espécie, o CONTRATANTE
E
poderá reter os pagamentos devidos à CONTRATADA por força deste D
Contrato, até que ele satisfaça a respectiva obrigação. U
CONHECIMENTO
C
7. DA VIGÊNCIA A
Ç
7.1 O prazo de vigência do Contrato será de 12 (doze) meses, a partir Ã
DESENVOLVIMENTO
O
da data da sua assinatura, podendo ser prorrogado por iguais e sucessivos
APRENDIZAGEM
149
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
8. DA DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA
8.1 As despesas com a execução do presente Contrato
correrão, no presente exercício, à conta da Natureza da Despesa
____________________do ________________ para este fim, e, no
próximo exercício, à conta da dotação orçamentária prevista para atender
despesas da mesma natureza.
9. DO PAGAMENTO
Para execução do objeto contratado o CONTRATANTE pagará à
CONTRATADA por adolescente alocado, observando-se o seguinte:
• Os valores pagos à CONTRATADA, por adolescente, serão
corrigidos na mesma proporção da correção do salário mínimo;
• As parcelas relativa a vale- transporte, auxílio alimentação,
uniforme e exame médico, serão corrigidas anualmente, conforme planilha
de variação de custos apresentada pela CONTRATADA.
9.1 A CONTRATADA emitirá a documentação de cobrança, em
conformidade com a legislação vigente, indicando claramente a conta
corrente na qual deverá ser depositado o pagamento, e a submeterá ao
CONTRATANTE, juntamente com os comprovantes de recolhimento dos
tributos e/ou encargos sociais do mês anterior.
9.2 O pagamento será feito mediante depósito em conta corrente da
CONTRATADA até o dia 10º (décimo) dia do mês subsequente ao da execução
e aceitação das atividades práticas.
9.3 Nos casos de eventuais atrasos de pagamento, desde que a
CONTRATADA não tenha concorrido de alguma forma para tanto, fica
convencionada a taxa de atualização financeira devida pelo CONTRATANTE,
mediante a aplicação da seguinte fórmula:
E
D
EM = I x N x VP, sendo
U
DESENVOLVIMENTO
C
A
Ç
Ã
I = (TX/100), assim apurado: I = (6/100) I = 0,00016438
O
365 365
APRENDIZAGEM
CONHECIMENTO
Em que:
I = Índice de atualização financeira;
TX = Percentual da taxa de juros de mora anual = 6%;
150
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
EM = Encargos moratórios;
N = Número de dias entre a data prevista para o pagamento e a do
efetivo pagamento;
VP = Valor da parcela em atraso.
9.4. Aplica-se a mesma regra disposta no parágrafo anterior, na
hipótese de eventual pagamento antecipado, observado o disposto no art. 38
do Decreto nº 93.872/1986.
9.5. Caso sejam constatados pelo CONTRATANTE, no prazo
de 05 (cinco) dias após a entrega da documentação pela CONTRATADA,
erros, falhas e/ou divergências nos documentos de cobrança apresentados,
o prazo para pagamento será de 05 (cinco) dias, contados a partir da data de
reapresentação, dos documentos devidamente retificados.
10) DA REPACTUAÇÃO
10.1. O presente Contrato poderá ser repactuado visando sua
adequação aos novos preços de mercado, observado o interregno mínimo de um
ano, a contar da data-base do acordo, convenção, dissídio coletivo de trabalho
ou equivalente, que estipular o salário vigente à época da apresentação da
proposta, e a demonstração analítica da variação dos componentes dos custos
do Contrato, devidamente justificada, de conformidade com o Decreto n.º
2.271, de 07/07/1997, ou outros dispositivos legais que venham a ser editados
pelo Poder Público, em complementação e/ou substituição à mencionada
norma.
10.2. Nas repactuações subsequentes à primeira, a anualidade será
contada a partir da data do fato gerador que deu ensejo à última repactuação.
10.3. Para a repactuação acima mencionada, a CONTRATADA
deverá apresentar planilhas que evidenciem analiticamente a variação dos
custos, devidamente comprovada e justificada. A comprovação poderá ser
feita por meio de documentos contemporâneos à época da elaboração da E
D
proposta e do momento do pedido de repactuação. U
CONHECIMENTO
C
10.4. As repactuações a que a CONTRATADA fizer jus e não forem A
solicitadas durante a vigência do Contrato, serão objeto de preclusão com a Ç
Ã
assinatura da prorrogação contratual ou com o encerramento do Contrato.
DESENVOLVIMENTO
O
APRENDIZAGEM
151
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
6.4. Contrato Administrativo
152
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
§ 2º. Fazem parte deste contrato os seguintes anexos: Planilha de
Custo, Formulário de Avaliação e Modelo de Contrato de Aprendizagem.
Cláusula Segunda – Do Programa de Aprendizagem
O Programa Adolescente Aprendiz foi instituído visando
proporcionar aos aprendizes inscritos formação técnico-profissional que
possibilite oportunidade de ingresso no mercado de trabalho, mediante
atividades teóricas e práticas desenvolvidas no ambiente de trabalho; ofertar
aos aprendizes condições favoráveis para receber a aprendizagem profissional
e estimular a inserção, reinserção e manutenção dos aprendizes no sistema
educacional, a fim de garantir o seu processo de escolarização.
§ 1º. A instituição sem fins lucrativos, inscrita no Cadastro Nacional
de Aprendizagem, e no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e
do Adolescente, que tenha por finalidade a assistência ao adolescente e
sua formação, mediante atividades teóricas e práticas, metodicamente
organizadas em tarefas de complexidade progressiva desenvolvidas no
ambiente de trabalho, selecionará e encaminhará à contratante o número de
_____53 aprendizes de Auxiliar de Serviços Administrativos, sendo vedada a
determinação de atividades não pertinentes ao Programa.
I – Em cumprimento ao estabelecido no art. 2º da Resolução nº 74,
expedida pelo Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente
(CONANDA) de 13 de setembro de 2001, a contratada depositará no Conselho
Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) da localidade
em que se realizará a aprendizagem, o Programa de Aprendizagem, elaborado
em conformidade com a Portaria nº 615/2007, expedida pelo Ministério
do Trabalho e Emprego, e alterada pela Portaria nº 1003/2008, devendo
providenciar, por igual, a inscrição desse Programa perante aquele Ministério
(por sua respectiva Superintendência), na forma daquela mesma Portaria.
II – Os aprendizes deverão ser selecionados pela contratada, dentre
os adolescentes matriculados em Programas de Aprendizagem por ela E
D
promovidos com ênfase em serviços administrativos, devendo a contratada U
CONHECIMENTO
O
oriundos de família com renda per capta inferior a dois salários mínimos, e/
APRENDIZAGEM
153
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
b) ter idade entre quatorze anos completos e dezoito incompletos;
c) estar frequentando, no mínimo, o último período do ensino
fundamentação em instituição formal de ensino;
d) estar matriculado em Programa de Aprendizagem, com duração
máxima de 24 (vinte e quatro) meses, oferecido pela entidade conveniada.
III – Pelo menos 10% (dez por cento) das vagas dos aprendizes será
destinada a pessoas portadoras de deficiência, devidamente comprovado
por laudo médico e atestado de saúde ocupacional, firmado por profissional
competente.
IV - Compete à contratada a anotação na Carteira de Trabalho e
Previdência Social (CTPS), bem como acompanhar o desenvolvimento dos
adolescentes no Programa de Aprendizagem e elaborar mecanismos de
controle tanto da frequência quanto do desenvolvimento dos aprendizes nas
atividades teóricas e práticas.
V – A contratada irá ministrar a parte teórica do Programa de
Aprendizagem, supervisionar as atividades dos adolescentes em colaboração
com o Ministério Público, fazer o acompanhamento escolar dos aprendizes,
bem como providenciar a certificação prevista na Lei 10.097/2000.
VI – Ao aprendiz que concluir, com êxito, a grade de treinamento
definida para os contratos de aprendizagem, aí incluídas as férias a que
fizerem jus, será concedido o certificado de qualificação profissional emitido
pela contratada e assinado juntamente com a contratante.
VII – O aprendiz que tiver sua participação no Programa interrompida
por qualquer motivo receberá uma declaração contendo informações relativas
aos módulos concluídos, o período de sua permanência e carga horária
cumprida.
VIII - A permanência do aprendiz no Programa de Aprendizagem
E será avaliada semestralmente pela contratada e pela contratante, sob os
D
U seguintes aspectos:
DESENVOLVIMENTO
C
A a) interesse/comprometimento;
Ç
à b) reciprocidade;
O
c) sociabilidade;
APRENDIZAGEM
CONHECIMENTO
d) participação;
e) assiduidade; e
154
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
f) crescimento/desenvolvimento.
IX – Os aprendizes executarão na contratante atividades práticas,
compatíveis com o aprendizado teórico, sendo necessária a rotatividade destas
tarefas, com complexidade progressiva, segundo a organização curricular
do Programa de Aprendizagem (§ 3º, art. 23, Decreto 5.598/05). Além da
parte teórica estritamente vinculada às atividades práticas, o Programa de
Aprendizagem poderá contemplar outros conceitos teóricos que sejam úteis
na futura vida profissional do aprendiz.
X – O aprendiz alocado no Programa de Aprendizagem, para todos
os efeitos legais, não poderá ser substituído por outro, salvo nas hipóteses
previstas neste instrumento.
XI – O desligamento do aprendiz ocorrerá automaticamente ao
completar dezoito anos, exceto na hipótese de aprendiz deficiente ou, ainda
antecipadamente, nas seguintes hipóteses:
a) a pedido do aprendiz;
b) desempenho insuficiente ou inadaptação do aprendiz;
c) cometimento de falta disciplinar prevista na CLT ou na Lei nº
8.112, de 11/12/1990;
d) ausência injustificada à escola que implique perda do ano
letivo; e
e) desistência dos estudos ou do Programa de Aprendizagem.
XI.1. O motivo previsto na alínea b (desempenho insuficiente/
Inadaptação) será considerado como razão de dispensa em todas as situações
em que as partes envolvidas (aprendiz, contratante e contratada), por meio
de relatório circunstanciado das ações e consequências das atividades do
aprendiz, decidam proceder ao desligamento daquele adolescente por não
haver compromisso com a aprendizagem teórica ou prática. E
D
XI.2. Na hipótese de demissão, para os contratos de aprendizagem, U
CONHECIMENTO
O
para funcionários da contratante, não se responsabilizando a contratada por
APRENDIZAGEM
155
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
perceberá retribuição equivalente a um salário mínimo hora (com base no
salário mínimo regional), fazendo jus, ainda, a:
a) gratificação natalina (13º salário), Fundo de Garantia por
Tempo de Serviço (FGTS) e repouso semanal remunerado;
b) concessão de trinta dias de férias coincidentes com um dos
períodos de férias escolares, sendo vedado seu parcelamento e sua conversão
em abono pecuniário;
c) seguro contra acidentes pessoais em favor dos aprendizes,
mediante apólice coletiva de seguro; e
d) vale-transporte para o deslocamento do aprendiz ao
Ministério Público, incluindo o retorno à sua residência, acrescidos de vales-
transporte para participação na aprendizagem teórica, a ser realizada na
entidade formadora, em um ou dois encontros semanais.
XIV – Os direitos e parcelas referidos no inciso anterior deverão ser
providenciados pela contratada.
XV – A participação no Programa Adolescente Aprendiz não gerará
vínculo empregatício de qualquer natureza com a contratante.
Cláusula Terceira – Das Obrigações da Contratada
A contratada, sem prejuízo das demais disposições do presente
contrato, obriga-se a:
I – celebrar com o aprendiz contrato de trabalho especial, ajustado
por escrito e por prazo determinado, não superior a dois anos;
II – selecionar os adolescentes matriculados em Programas de
Aprendizagem por ela promovidos e encaminhá-los à contratante, no prazo
de até (xxxxxxx) dias contados da assinatura do contrato, para a execução
do objeto deste contrato, conforme Cláusula Primeira, observando a reserva
E das vagas para pessoas portadoras de deficiência, que não será inferior a
D
10% do total de vagas (os adolescentes poderão ser selecionados a partir de
U
DESENVOLVIMENTO
adolescentes aprendizes;
IV – garantir locais compatíveis e meios didáticos apropriados ao
Programa de Aprendizagem e ao desenvolvimento físico, psíquico, moral e
social do aprendiz;
156
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
V – assegurar compatibilidade de horários para a participação
do adolescente no Programa Adolescente Aprendiz e no Programa de
Aprendizagem, sem prejuízo da frequência ao ensino regular;
VI – acompanhar as atividades e o desempenho pedagógico do
aprendiz, em relação ao Programa de Aprendizagem e ao ensino regular;
VII – promover a avaliação periódica do aprendiz no tocante ao
Programa de Aprendizagem;
VIII – no caso de problemas de aprendizagem prática, a orientação
do aprendiz e seus representantes legais pelo Serviço Social da contratada, se
sua situação na contratante não apresentar modificações, o aprendiz poderá
ser advertido pela contratada, ou ainda suspenso, podendo ser demitido pela
contratada, com anuência da contratante, na impossibilidade de melhoria;
IX – expedir Certificado de Qualificação Profissional em nome
do aprendiz, após a conclusão do Programa de Aprendizagem com
aproveitamento satisfatório, e outros documentos que se fizerem necessários,
em especial os necessários às atividades escolares;
X – apresentar cópia do projeto pedagógico do Programa de
Aprendizagem ministrado pela entidade e definir a programação geral
detalhada de execução do objeto deste contrato, segundo a organização
curricular do Programa de Aprendizagem, submetendo-a às sugestões e
críticas da contratante antes do início da execução das atividades práticas;
XI – apresentar todos os comprovantes de recolhimento de todo e
qualquer encargo, independentemente da natureza, devido pela entidade
contratada em decorrência da execução das atividades exercidas pelos
adolescentes, inclusive as contribuições devidas ao INSS e ao FGTS, e as
taxas e impostos municipais, estaduais ou federais, sempre que solicitado
pela contratante;
XII – apresentar à contratante relação contendo todos os dados E
cadastrais dos adolescentes vinculados ao presente contrato, tais como D
U
CONHECIMENTO
O
decorrência de danos e/ou prejuízos causados por ação ou omissão sua, ou
APRENDIZAGEM
157
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
XIV – acompanhar a frequência escolar dos adolescentes aprendizes
vinculados ao presente contrato, encaminhando à fiscalização da contratante,
mensalmente, declaração de frequência escolar;
XV – apresentar à contratante a previsão do calendário mensal de
férias dos adolescentes aprendizes vinculados ao presente contrato, com
antecedência mínima de trinta dias;
XVI – manter o acompanhamento social dos adolescentes, repassando
à contratante quaisquer dados que venham interferir no desempenho das
atividades;
XVII – apresentar à contratante, no prazo de (xxxxxxxx) dias
contados da assinatura do contrato, cópia da apólice do seguro de vida em
grupo (contra acidentes pessoais) dos aprendizes selecionados;
XVIII – manter a regularidade em relação à seguinte documentação
durante toda a vigência do presente contrato, apresentando-a sempre que
solicitado pela contratante, considerando o prazo de validade dos documentos:
a) Atestado de Registro no Conselho Nacional de Assistência
Social;
b) Certificado de Entidade de Fins Filantrópicos, emitido pelo
Conselho Nacional de Assistência Social – CNAS;
c) Atestado de Inscrição no Conselho de Assistência Social do
Município;
d) Atestado de Funcionamento, emitido pela Prefeitura
Municipal;
e) Comprovação de Regularidade da Instituição perante o PIS/
PASEP;
f) Certidão Negativa de Débito de Tributos e Contribuições
E Federais;
D
U g) Certidão Quanto à Dívida Ativa da União;
DESENVOLVIMENTO
C
A h) Certidão de Situação de Regularidade – FGTS;
Ç
à i) Certidão Negativa de Débito INSS ou Declaração emitida pela
O
Previdência Social de que a Entidade é Isenta da Contribuição Previdenciária;
APRENDIZAGEM
CONHECIMENTO
158
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
k) Comprovação de Regularidade Fiscal perante a Fazenda
Municipal;
l) Certidão do Registro da entidade no Conselho Municipal
dos Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCA, como entidade sem fins
lucrativos que tem por objetivo a assistência ao adolescente e à educação
profissional;
m) Comprovante do depósito do Programa de Aprendizagem no
CMDCA;
n) Comprovante de inscrição da entidade e dos cursos no
Cadastro Nacional de Aprendizagem.
XIX – iniciar a prestação dos serviços objeto deste contrato em até
______ dias úteis;
XX – prestar os serviços na forma e prazo estipulados no presente
contrato;
XXI – assegurar o cumprimento do Item III da cláusula anterior,
relativamente ao cumprimento dos direitos trabalhistas e previdenciários dos
aprendizes;
XXII – cumprir, na execução do presente contrato, todos os critérios
estipulados na Cláusula Segunda acima;
XXIII – não oferecer este contrato em garantia de crédito bancário;
XXIV – não transferir a outrem, no todo ou em parte, o objeto do
presente contrato, salvo anuência da contratada;
XXV – não utilizar o nome da contratante, ou sua qualidade de
contratada, em quaisquer atividades de divulgação empresarial, tais como
cartões de visita, anúncios e impressos, sem a prévia anuência da contratante;
XXVI – formalizar o contrato de aprendizagem com o adolescente
E
aprendiz, incluindo esclarecimentos aos pais ou responsáveis do adolescente e D
ao próprio aprendiz e, após, registrá-lo na Carteira de Trabalho e Previdência U
CONHECIMENTO
C
Social do Aprendiz; A
Ç
XXVII – desenvolver mecanismos de acompanhamento, supervisão, Ã
avaliação e certificação do aprendizado;
DESENVOLVIMENTO
O
APRENDIZAGEM
159
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
XXIX – acompanhar a frequência e o desempenho escolar (ensino
regular e/ou supletivo, ou ainda assemelhado) do aprendiz.
Cláusula Quarta – Das Obrigações da Contratante
Sem prejuízo das demais disposições do presente Contrato,
constituem obrigações e responsabilidades da contratante:
I – observar as limitações impostas à prestação dos serviços pelos
aprendizes, dentre as quais:
a) é vedada a prorrogação e a compensação de jornada, inclusive
nas hipóteses previstas nos incisos I e II do art. 413 da CLT;
b) é vedado o labor em horário noturno, assim considerado
aquele compreendido entre as 22 horas de um dia e as 05 horas do dia
seguinte;
c) é vedado o labor em ambientes insalubres, perigosos e
ofensivos à moral dos adolescentes;
d) é vedado o labor em serviços penosos, constituídos por tarefas
extenuantes ou que exijam desenvolvimento físico ou psíquico não condizente
com a capacidade do adolescente;
e) é vedado o labor em locais de difícil acesso e não servidos
por transporte público em horários compatíveis com a jornada de trabalho,
exceto se fornecido transporte gratuito pelo Ministério Público;
f) respeitar a condição peculiar de pessoa em desenvolvimento,
na forma do Estatuto da Criança e do Adolescente;
g) é vedado o labor em serviços externos.
II – comunicar à contratada eventual falta cometida por aprendiz;
III – prestar atendimento, em caráter emergencial, ao aprendiz
E que vier a sofrer mal-estar ou acidente, comprometendo-se a comunicar
D imediatamente à contratada para que providencie o seu encaminhamento ao
U
DESENVOLVIMENTO
160
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
facilitar o desempenho de suas funções de acompanhamento e supervisão,
observando-se o disposto no art. 3º da Resolução nº 76/2011;
VI – preencher, juntamente com o educador da contratada, a avaliação
de desempenho dos adolescentes, que deverá ser aplicada semestralmente,
observando-se o disposto no art. 3º da Resolução n. 76/2011;
VII – prestar informações à contratada a respeito do comportamento,
atitudes, eficiência, educação e progresso dos adolescentes, quando solicitada
e sempre que o julgar necessário;
VIII – dar aos aprendizes todas as oportunidades de aprendizagem
prática possíveis, tendo o cuidado de fazê-los executar, progressivamente,
das tarefas mais simples às tarefas mais complexas;
IX – impedir o transporte de valores ou quaisquer títulos
representativos de valores, pelo aprendiz, bem como de documentos sigilosos;
X – controlar a frequência, por meio eletrônico, ou outro disponível,
na parte prática, remetendo, por meio de relatório, mensalmente à contratada,
devidamente assinado e rubricado, se for o caso;
XI – estabelecer carga horária de trabalho de, no máximo, vinte
horas semanais, por adolescente colocado à sua disposição, compatível com a
idade e com o horário escolar do adolescente, de segunda a sexta-feira;
XII – designar um supervisor/orientador, dentre os servidores
lotados no Ministério Público, observando-se o disposto no art. 3º da
Resolução nº 76/2011, a quem competirá:
a) coordenar os exercícios práticos e acompanhar as atividades
dos adolescentes aprendizes, zelando para que elas não divirjam do Programa
de Aprendizagem;
b) promover a integração do adolescente aprendiz no ambiente
do trabalho; E
D
c) informar ao adolescente aprendiz sobre seus deveres e U
CONHECIMENTO
O
meses.
APRENDIZAGEM
161
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
a) zelar pelo fiel cumprimento do presente contrato;
b) fazer cumprir as cláusulas referentes às obrigações
contratuais;
c) propor a rescisão do contrato a seu superior, quando o
objeto estiver sendo executado de forma irregular, em desacordo com as
especificações e, ainda, quando constatada a paralisação da execução ou
cometimento de falta que enseja a adoção dessa medida, garantida a ampla
defesa à contratada;
d) atestar as notas fiscais ou faturas, após conferir a entrega
completa da documentação relativa à regularidade fiscal, social e trabalhista
pela contratada, e encaminhá-las ao setor financeiro junto com a documentação
exigida para pagamento.
XIV – em caso de gravidez, a aprendiz prosseguirá com a
aprendizagem prática, respeitando os limites de vencimento do Contrato de
Aprendizagem;
XV – efetuar, com pontualidade, os pagamentos à contratada, após
cumprimento das formalidades legais;
XVI - fiscalizar o cumprimento das obrigações contratuais assumidas
pela contratada, inclusive quanto à continuidade da prestação de serviços que,
ressalvados os casos de força maior, justificados e aceitos pela contratante,
não devem ser interrompidos;
XVII – observar, integralmente, a legislação aplicável ao Programa
de Aprendizagem, obrigando-se a respeitar todas as normas e diretrizes
aplicáveis, em especial as definidas na Resolução nº 76/2011 do CNMP;
XVIII – fornecer crachá de identificação e acesso aos adolescentes
aprendizes.
E
Parágrafo primeiro. A contratante se reserva o direito de aplicar
D sanções e rescindir o contrato, no caso de inobservância, pela contratada, de
U
quaisquer cláusulas e condições nele estabelecidas.
DESENVOLVIMENTO
C
A
Ç
Parágrafo segundo. Neste processo, será assegurado à contratante o
à direito a ampla defesa.
O
Cláusula Quinta – Dos Deveres do Aprendiz
APRENDIZAGEM
CONHECIMENTO
162
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
II – apresentar, trimestralmente, à contratada, comprovante de
aproveitamento e frequência escolar;
III – efetuar os registros de frequência, sob pena de desconto
proporcional ao salário;
IV – comunicar imediatamente ao Supervisor/Orientador, caso
ocorra, a desistência do curso regular e/ou aprendizagem, bem como
quaisquer outras alterações relacionadas à atividade escolar; e
V – fazer uso do crachá de identificação nas dependências do
Ministério Público, devolvendo ao término do contrato.
VI – cumprir com exatidão o horário e as normas e instruções do
Ministério Público;
VII – assumir expressamente o compromisso de seguir o regime do
Programa de Aprendizagem Profissional que lhe for estabelecido, recebendo
com atenção as noções do ofício ou ocupação que lhe serão ministradas;
VIII – frequentar obrigatoriamente o curso do Programa de
Aprendizagem Profissional em que está matriculado, mesmo nos dias em que
não houver atividades no Ministério Público, sob pena de desligamento do
Programa.
Cláusula Sexta – Das Proibições Ao Aprendiz
A contratada deve zelar para que os aprendizes obedeçam às
seguintes proibições, as quais devem constar dos contratos de aprendizagem:
I – identificar-se, invocando sua qualidade de aprendiz quando não
estiver no pleno exercício das atividades desenvolvidas no Ministério Público;
II – ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia
autorização do Supervisor/Orientador;
III – retirar, sem prévia anuência do Supervisor, qualquer documento
E
ou objeto do local do trabalho; e D
U
CONHECIMENTO
O
As partes acordam em atribuir ao presente contrato o preço mensal
APRENDIZAGEM
163
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
previstos no ANEXO __ (Planilha de Custo do Aprendiz), projetado pelo
prazo de duração do Programa de Aprendizagem, que será de (xxxxxxxxx).
II – Os valores constantes da Planilha de Custo do Aprendiz poderão
ser revistos sempre que ocorrerem fatos supervenientes que, alterando a base
contratual, não sejam imputáveis às partes.
III – O vínculo empregatício será formado exclusivamente entre os
aprendizes e a contratada, cabendo a esta a responsabilidade pelo pagamento
dos salários, vales-transportes, INSS, PIS, FGTS, despesas administrativas e
demais verbas rescisórias e contratuais.
Cláusula Oitava – Do Pagamento
Para execução do objeto do contrato, a contratante pagará à
contratada, por aprendiz alocado, os valores unitários previstos no ANEXO
__ (Planilha de Custo do Aprendiz) deste instrumento.
I – Os valores pagos à contratada, por aprendiz, serão corrigidos na
mesma proporção da correção do salário mínimo regional, com exceção da
parcela relativa a vale-transporte e exame médico, que deverão ter correção
em época oportuna.
II – Os valores relativos aos gastos com vales-transportes serão
corrigidos somente no caso de aumento das passagens urbanas, autorizado
pelo órgão de controle.
III – A contratada emitirá a documentação de cobrança, em
conformidade com a legislação vigente, e a submeterá à contratante até o 1º
dia útil do mês subsequente ao da execução das atividades práticas.
a) O pagamento será efetivado por meio de ordem bancária,
através do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo
Federal (SIAFI), até o 5º dia útil após a apresentação de toda a documentação
de cobrança, via Banco (xxxxxxx), à ordem do favorecido, no banco, agência e
E conta designados, desde que vinculada ao sistema de compensação de cheques
D
U ou outros papéis do banco, ou por meio de ordem bancária para pagamento
DESENVOLVIMENTO
164
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
V – As faturas/notas fiscais deverão ser entregues em duas vias,
em nome da contratante, obrigatoriamente acompanhadas dos documentos
discriminados a seguir, correspondentes ao mês anterior àquele que se
referirem as faturas/notas fiscais apresentadas, relativos aos aprendizes
selecionados para a execução do objeto contratual, sem o que não serão
liberados os pagamentos:
1. do pagamento das contribuições sociais, relativas aos aprendizes
vinculados à execução contratual, nominalmente identificados, na forma do
§ 4º do art. 31 da Lei nº 9.032/95; da Lei nº 8.036/90; do parágrafo único
do art. 24 do Decreto nº 5.598/05 e do art. 219 do Decreto 3.048/99, com
redação dada pelo Decreto nº 4.729/03 e conforme dispõe o art. 195, § 3º da
Constituição Federal, sob pena de rescisão contratual, se for o caso:
1.1 Cópia do Protocolo de Envio de Arquivos, emitido pela
Conectividade Social (GFIP);
1.2 Cópia da Guia de Recolhimento do FGTS (GRF) com a autenticação
mecânica ou acompanhada do comprovante de recolhimento bancário ou
do comprovante emitido quando efetuado pela Internet, referente ao mês
anterior;
1.3 Cópia do Comprovante de Declaração à Previdência;
1.4 Cópia da Guia da Previdência Social (GPS) com a autenticação
mecânica ou acompanhada do comprovante de recolhimento bancário ou
do comprovante emitido quando efetuado pela Internet, referente ao mês
anterior;
1.5 Cópia da Relação dos Trabalhadores Constantes do Arquivo
SEFIP (RE);
1.6 Cópia da Relação de Tomadores - RET (fornecer cópia da parte
onde consta o Tomador “Procuradoria da República no Estado de XXX” e
cópia da(s) última(s) folha(s) da RET que contém o “Resumo – Relação de E
Tomador/Obra – RET” com o total de trabalhadores e o total a recolher). D
U
CONHECIMENTO
O
2.1 Cópia de todos os cartões de ponto dos aprendizes que exercem
APRENDIZAGEM
165
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
2.3 Cópias dos comprovantes de pagamento de 13º salário, férias,
realização de exames admissionais, demissionais e periódicos;
2.4. Cópias dos comprovantes de pagamento das verbas rescisórias
(inclusive a GRFC – Guia de Recolhimento de Fundo do Contribuinte,
acompanhada de Relatório do Empregado);
3. da regularidade fiscal, quando constatado prazo expirado, através
de consulta on-line ao Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores
(SICAF), ou na impossibilidade de acessá-lo, a(s) certidão(ões) de regularidade
fiscal(is) correspondente(s).
VI – Será deduzido do salário do aprendiz o dia de falta, e, de forma
proporcional, as entradas tardias e saídas antecipadas.
VII – Compete ao Supervisor do Ministério Público encaminhar
relatório mensal de frequência à contratada, para fins de cálculo da retribuição
financeira devida ao adolescente aprendiz.
Cláusula Nona – Do Prazo de Vigência
O presente contrato terá vigência de (xxxxxxxxxx), iniciando em
(xxxxxxxxxxxx) e terminando em (xxxxxxxxx), podendo ser prorrogado por
iguais e sucessivos períodos, limitada sua duração a 60 (sessenta) meses,
observado o inciso II do art. 57 da Lei n. 8.666/93.
Parágrafo único. A prorrogação da vigência do presente contrato
deverá ser manifestada pelas partes no prazo de (xxxxxxxx) dias antes de seu
vencimento, mediante expediente escrito entregue a contratante diretamente,
ou por via postal, com prova de recebimento.
Cláusula Décima – Da Alteração
Nos termos do art. 65 da Lei nº 8.666/93, este contrato poderá
ser alterado por meio de termos aditivos, que veicularão os acréscimos e as
E
supressões que se fizerem necessários, mediante termo assinado pelas partes,
D representadas na forma prevista em seus estatutos sociais, juntamente com
U duas testemunhas.
DESENVOLVIMENTO
C
A
Parágrafo único. Nenhum acréscimo ou supressão poderá exceder o
Ç
à limite estabelecido no parágrafo primeiro do art. 65 da Lei nº 8.666/93, salvo
O as supressões resultantes de acordos celebrados entre os contratantes.
APRENDIZAGEM
CONHECIMENTO
166
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
Parágrafo primeiro. Os casos de rescisão contratual serão formalmente
motivados nos autos do procedimento, assegurado o contraditório e a ampla
defesa.
Parágrafo segundo. A rescisão do contrato poderá ser:
I – Determinada por ato unilateral e escrito da contratante nos casos
enumerados nos incisos I a XII e XVII do art. 78 da Lei n.º 8.666/93, mediante
notificação através de ofício entregue diretamente ou por via postal, com
prova de recebimento, sem prejuízo das penalidades previstas neste contrato;
II – Amigável, por acordo entre as partes, mediante assinatura de
termo aditivo ao contrato, desde que haja conveniência para a contratante; e
III – Judicial, nos termos da legislação.
Parágrafo terceiro. A rescisão unilateral ou amigável deverá ser
precedida de autorização escrita e fundamentada da autoridade competente.
Parágrafo quarto. De conformidade com o § 2º do art. 79, da Lei nº
8.666/93, quando a rescisão ocorrer com base nos incisos XII a XVII do art.
78 da mesma lei, sem que haja culpa do contratado, será este ressarcido dos
prejuízos regularmente comprovados que houver sofrido, tendo ainda direito
a:
a) devolução de garantia;
b) pagamentos devidos pela execução do contrato até a data da
rescisão;
c) pagamento do custo de desmobilização.
Parágrafo quinto. A rescisão poderá acarretar, ainda, a retenção
dos créditos decorrentes do contrato, até o limite dos prejuízos causados à
contratante.
Cláusula Décima Segunda – Dos Recursos Orçamentários
E
As despesas relativas a este contrato, que competem à contratante, D
U
CONHECIMENTO
O
APRENDIZAGEM
167
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
exclusiva da primeira todas as obrigações decorrentes da legislação trabalhista,
previdenciária, fiscal e comercial, as quais se obriga a saldar na época devida.
Parágrafo único. A atuação da contratada está fundamentada no art.
430, II e art. 431, da Consolidação das Leis Trabalhistas, os quais autorizam
contratação dos aprendizes, por intermédio de entidades sem fins lucrativos,
caso em que não geram vínculo de emprego com a tomadora.
Cláusula Décima Quarta – Da Publicação
Correrão por conta da contratante as despesas que incidirem ou
venham a incidir sobre a publicação de seu extrato e eventuais termos aditivos
no Diário Oficial, que deverá ser providenciada pela contratante até o quinto
dia útil do mês seguinte ao de sua assinatura, para ocorrer no prazo de vinte
dias contados daquela data.
Cláusula Décima Quinta – Do Foro
Fica eleito o foro da cidade de (xxxxxxxxxxxx) para dirimir qualquer
questão proveniente deste contrato eventualmente não resolvida no
âmbito administrativo. E, por estarem de pleno acordo, assinam o presente
instrumento em duas vias de igual teor e forma, na presença das testemunhas
firmadas abaixo.
Cláusula Décima Sexta – Dos Casos Omissos
Os casos omissos serão solucionados à luz da Lei n. 8.666/93 e suas
alterações posteriores, da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e demais
normas pertinentes à matéria.
Local e data.
Assinaturas. Testemunhas.
E
D
U
DESENVOLVIMENTO
C
A
Ç
Ã
O
APRENDIZAGEM
CONHECIMENTO
168
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
6.5. Contrato de Aprendizagem
O
Criança e do Adolescente;
APRENDIZAGEM
169
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
CLÁUSULA SEGUNDA - DAS OBRIGAÇÕES DAS PARTES
DA EMPREGADORA
A empregadora – Entidade Sem Fins Lucrativos – fica responsável
por:
a) assegurar o gozo de 30 (trinta) dias de férias por ano,
coincidentes com as férias escolares, sem prejuízo de sua remuneração;
b) registrar o Contrato de Trabalho e Previdência Social, para
que sejam garantidos todos os direitos trabalhistas e previdenciários ao
aprendiz – auxiliar administrativo, constando o seguinte: “CONTRATO DE
TRABALHO ESPECIAL – APRENDIZAGEM”;
c) pagar mensalmente ao aprendiz – auxiliar administrativo o
valor de um salário mínimo nacional/ regional (art. 6º da Portaria n° 625, de
9 de dezembro de 2010)55;
A Entidade Sem Fins Lucrativos XXX assume também a
responsabilidade de:
a) fornecer vale transporte para aprendizagem prática (no Ministério
Público) e para frequência ao curso de aprendizagem teórica (na Entidade
Sem Fins Lucrativos);
b) fazer Seguro contra Acidentes Pessoais beneficiando o aprendiz –
auxiliar administrativo;
c) orientar o aprendiz – auxiliar administrativo de acordo com o
Programa e função para a qual dirigir-se-á a aprendizagem prática e teórica,
sendo vedada a determinação de atividades não pertinentes ao Programa
(Portaria nº. 20 do MTE de 13 de setembro de 2001, conforme anexo I);
d) executar os Programas de Aprendizagem, ministrando os
conteúdos teóricos, garantindo a articulação e complementariedade entre a
E aprendizagem teórica e prática, acompanhando a execução das atividades
D
U práticas no âmbito da Unidade Concedente de Aprendizagem;
DESENVOLVIMENTO
C
A e) acompanhar o desenvolvimento do Programa de Aprendizagem
Ç e manter mecanismos de controle da frequência e aproveitamento dos
Ã
O aprendizes nas atividades teóricas e práticas, de forma a garantir que
APRENDIZAGEM
55 Os aprendizes dos órgãos dos Ministérios Públicos dos Estados receberão remuneração não inferior
CONHECIMENTO
ao salário mínimo hora, salvo disposição normativa mais favorável, expedida pela pelo respectivo
órgão (art. 428, § 2º, da CLT). Nos estados que em que vigore salário mínimo regional, o cálculo do
salário mínimo hora deverá ser feito com base no valor do respectivo salário regional, de modo que
seja assegurada ao aprendiz a condição salarial mais favorável (art. artigo 428, § 2o da CLT).
170
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
as atividades práticas estejam em conformidade com o Programa de
Aprendizagem, previamente traçado;
f) conceder aos aprendizes que concluírem o curso de aprendizagem,
com aproveitamento, o certificado de qualificação profissional.
DO APRENDIZ – AUXILIAR ADMINISTRATIVO
São obrigações do aprendiz - auxiliar administrativo:
a) cumprir com exatidão o horário, as normas e instruções do
Ministério Público, bem como da Entidade Sem Fins Lucrativos, exercendo as
funções com probidade e aplicação, assumindo expressamente o compromisso
de seguir o regime de aprendizagem que lhe for estabelecido, recebendo com
atenção as noções do ofício ou ocupação que lhe serão ministradas;
b) frequentar o Curso do Programa de Aprendizagem Profissional –
PAP;
c) não faltar a aprendizagem prática no Ministério Público ou o curso
de aprendizagem teórica na Entidade Sem Fins Lucrativos sem justificativa
legal, sob pena de perder o salário referente ao dia em que faltou;
d) encontrar-se devidamente matriculado na Série XXX do Ensino
(Fundamental/Médio), comprometendo-se a entregar ao Ministério Público
e a Entidade Sem Fins Lucrativos, o boletim escolar em cada bimestre letivo,
bem como o comprovante de matrícula do ano seguinte;
e) não negociar por conta própria ou alheia e nem prestar serviços a
terceiros sem permissão escrita da Unidade Concedente de Aprendizagem –
Ministério Público;
f) devolver todo e qualquer documento pertencente ao Empregador
ou à Unidade Concedente de Aprendizagem que, até então, se encontre em
seu poder na hipótese de seu desligamento.
DA UNIDADE CONCEDENTE DA APRENDIZAGEM – E
D
MINISTÉRIO PÚBLICO U
CONHECIMENTO
C
Caberá à Unidade Concedente de Aprendizagem – Ministério A
Público: Ç
Ã
a) proporcionar ao aprendiz formação técnico-profissional
DESENVOLVIMENTO
O
metódica, por meio de atividades práticas correlacionadas com os conteúdos
APRENDIZAGEM
171
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
regras do art. 405 da CLT e das Normas Regulamentadoras, aprovadas pela
Portaria n.° 3.214/78;
b) comunicar a Entidade Sem Fins Lucrativos as ausências
injustificadas, dificuldade de adaptação, desempenho insuficiente do aprendiz
para a atividade proposta ou qualquer outra ocorrência considerada grave.
CLÁUSULA TERCEIRA – DA DURAÇÃO
O Contrato de Aprendizagem extinguir-se-á no seu termo ou
quando o aprendiz – auxiliar administrativo completar a idade limite, exceto
na hipótese de aprendiz – auxiliar administrativo deficiente ou, ainda,
antecipadamente, nas seguintes hipóteses:
a) desempenho insuficiente ou inadaptação do Aprendiz;
b) falta disciplinar grave;
c) ausência injustificada à escola que implique perda do ano
letivo;
d) a pedido do aprendiz.
Na hipótese de pedido de demissão, para os Contratos de
Aprendizagem, não se aplica o disposto no artigo 480 da CLT.
A duração deste Contrato de Aprendizagem não poderá ser superior
a vinte e quatro meses, com início em _______/______/_____ e término
em _____/_____/_______, com jornada diária de (quatro/seis)56 horas,
correspondendo à jornada teórica e prática.
E por estarem de acordo, assinam o presente Contrato em 03 (três)
vias rubricadas de igual teor.
Local e data.
Assinaturas.
E Testemunhas.
D
U
DESENVOLVIMENTO
C
A
Ç
Ã
O
APRENDIZAGEM
CONHECIMENTO
56 A jornada diária não poderá ser superior a 6 (seis) horas, sendo que para o MPU ela será
obrigatoriamente de 4 (quatro) horas
172
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
6.6 Acordo de cooperação técnica entre o SESI/CN e entidade
sem fins lucrativos (Projeto VIRAVIDA)
O
intermédio do ISJB-CESAM.
APRENDIZAGEM
173
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
Resolução nº 76, de 09 de agosto de 2011, do Conselho Nacional do Ministério
Público e da Portaria nº 19 do MPDFT.
CLÁUSULA TERCEIRA – DA CONTRATAÇÃO
Poderão ser admitidos no programa “Jovem EFICAZ-Adolescente
Aprendiz” os adolescentes participantes do Projeto VIRAVIDA, contratados
pelo ISJB-CESAM, inscritos em programa de aprendizagem voltado
para a formação técnico profissional metódica, compatível com o seu
desenvolvimento físico, moral e psicológico, promovido por serviços nacionais
de aprendizagem ou escolas técnicas.
Parágrafo Primeiro. A duração do Contrato Especial de Aprendizagem
com ISJB-CESAM dos participantes do Projeto VIRAVIDA indicados, será
a mesma estabelecida no respectivo Programa em que estiver vinculado,
alinhado à proposta pedagógica definida para o curso de aprendizagem em
que o aprendiz será matriculado.
Parágrafo Segundo. Será assegurada aos participantes do Projeto
VIRAVIDA vinculados ao Programa “Jovem EFICAZ-Adolescente Aprendiz”,
a formação profissional no ISJB-CESAM.
Parágrafo Terceiro. Será assegurada aos participantes do Projeto
VIRAVIDA que venham a ser contratados como aprendizes, as mesmas
condições, direitos e regras estabelecidas no Programa “Jovem EFICAZ-
Adolescente Aprendiz”.
Parágrafo Quarto. A participação do adolescente aprendiz no
programa “Jovem EFICAZ- Adolescente Aprendiz” projeto instituído pelo
MPDFT, em nenhuma hipótese, implicará vínculo empregatício com o
Ministério Público do Distrito Federal e Territórios.
Parágrafo Quinto. As atividades a serem desenvolvidas pelos
participantes do Projeto VIRAVIDA serão de acordo com as estabelecidas no
E Programa “Jovem EFICAZ-Adolescente Aprendiz”.
D
U CLÁUSULA QUARTA – DAS OBRIGAÇÕES DAS PARTES
DESENVOLVIMENTO
C
A 1. Compete ao ISJB-CESAM:
Ç
à a) Recepcionar os menores encaminhados pelo Projeto VIRAVIDA
O
de acordo com o Programa de Aprendizagem adotado no âmbito do MPDFT
APRENDIZAGEM
174
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
b.1) Idade entre 14 e 18 anos incompletos;
b.2) Renda familiar per capita de até meio salário mínimo;
b.3) Comprovante de matrícula e frequência ao ensino fundamental
ou médio de rede pública de ensino no Distrito Federal.
b.4) Estejam matriculados em programa de aprendizagem,
com duração mínima de 22 (vinte e dois) meses, oferecido pela entidade
conveniada.
c) Encaminhar ao Projeto VIRAVIDA, semestralmente, o relatório
de avaliação das atividades desenvolvidas pelos adolescentes, averiguando o
cumprimento das metas do programa ao qual estão inseridos, considerando
eventuais faltas, atrasos e qualidade no cumprimento das tarefas, bem como
sua inadaptação e insuficiência de desempenho;
d) Expedir Certificado de Qualificação Profissional em nome do
aprendiz, após a conclusão do programa de aprendizagem com aproveitamento
satisfatório, e outros documentos que se fizerem necessários, em especial os
necessários às atividades escolares.
e) Apresentar aos demais acordantes relatórios no sentido de
fomentar discussões e melhorias no atendimento do adolescente em prestação
de serviços.
f) Divulgar o Projeto em todos os setores e sensibilizar a comunidade
institucional por meio de material informativo.
2. Compete ao SESI/CN
a) Prestar ao ISJB-CESAM as informações necessárias à consecução
do objeto do presente Acordo;
b) Indicar e encaminhar para o ISJB-CESAM os alunos do Projeto
VIRAVIDA que estiverem aptos a serem contratados no Programa “Jovem
EFICAZ-Adolescente Aprendiz”; E
D
c) Acompanhar as atividades e o desempenho pedagógico do U
CONHECIMENTO
C
adolescente aprendiz em relação ao programa de aprendizagem e ao ensino A
regular; Ç
Ã
d) Destacar a participação do ISJB-CESAM como partícipe do
DESENVOLVIMENTO
O
Projeto VIRAVIDA nos eventos realizados para promoção de projetos sociais
APRENDIZAGEM
175
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
CLÁUSULA QUINTA – DA DIVULGAÇÃO
Caso qualquer dos Partícipes queira utilizar a logomarca, nome ou
informações da outra instituição para divulgação, deverá ser submetida à
aprovação prévia para uso de suas respectivas logomarcas e informações.
CLÁUSULA SEXTA – DOS RECURSOS FINANCEIROS
Este Acordo não gerará obrigações de natureza financeira para
quaisquer dos Partícipes, que se comprometerem a arcar, respectivamente,
com eventuais custos que advierem de sua execução.
CLÁUSULA SÉTIMA – DA CONFIDENCIALIDADE
Toda e quaisquer informações indicadas como confidenciais pelas
partes devem ser usadas exclusivamente para a finalidade deste ACORDO,
salvo a possibilidade dos partícipes acordarem de maneira diversa por escrito.
CLÁUSULA OITAVA – DA RESCISÃO
Os Partícipes podem rescindir unilateralmente este Acordo,
denunciá-lo a qualquer tempo, sendo-lhes imputadas as responsabilidades
das obrigações do prazo que tenha vigido e creditados, igualmente, os
benefícios adquiridos no mesmo período.
Parágrafo Primeiro. O presente instrumento poderá ser rescindido
por acordo entre as partes ou por inadimplência de qualquer cláusula ou
condição, mediante notificação escrita, com antecedência mínima de 60
(sessenta) dias, em conformidade com a legislação em vigor.
CLÁUSULA NONA – DA RENÚNCIA
É faculdade aos Partícipes denunciar este acordo a qualquer tempo,
mediante aviso escrito com antecedência mínima de 60 (sessenta) dias.
Parágrafo Único. Após a denúncia, as partes devem manter com os
adolescentes e Jovens o contrato firmado entre as partes até o final de sua
E
D vigência.
U
DESENVOLVIMENTO
176
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA – DO FORO
O foro designado para julgamento de quaisquer questões judiciais
resultantes deste Instrumento será, o Foro da Justiça Federal, Seção Judiciária
de Brasília/DF.
Assim ajustados, os partícipes firmam este Acordo de Cooperação em
2 (duas) vias de igual teor e forma, com duas testemunhas a tudo presentes,
para que produza os efeitos legais pertinentes.
Local. Data. Assinaturas. Testemunhas.
C
do percentual de vagas reservadas a pessoas portadoras de deficiência A
de 5% para 10% e a definição de que pelo menos 70% dos adolescentes do Ç
Ã
Programa deverão ser oriundos de família com renda per capita inferior a
DESENVOLVIMENTO
O
dois salários mínimos e/ou ser egressos do sistema de cumprimento de
APRENDIZAGEM
177
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
Implantação:
A implantação do Programa só aconteceu em 2010, ano em que houve
dotação orçamentária destinada para tanto. Devido ao valor desse orçamento,
foi possível a contemplação apenas da Procuradoria Geral da República, das
Procuradorias Regionais e das Procuradorias do 1º e 2º grupo (totalizando
15 unidades). Dessas apenas a Procuradoria da República no Estado de
Minas Gerais e a Procuradoria da República no Estado de Pernambuco não
implantaram o Programa, de maneira que a distribuição do quantitativo de
adolescentes ficou da seguinte maneira:
5 PRR 4ª REGIÃO 10
CONHECIMENTO
6 PRR 5ª REGIÃO 10
7 PR/RJ 10
1° GRUPO
8 PR/SP 10
178
MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ
Sequência UG´s Contempladas Grupo Quantitativos
9 PR/BA 12
10 PR/DF 15
11 PR/RS 10
12 PR/SC 2° GRUPO 10
13 PR/PR 5
14 PR/MG 5
15 PR/PE 5
16 PR/CE 4
17 PR/ES 4
18 PR/GO 4
3° GRUPO
19 PR/MA 4
20 PR/MS 4
21 PR/PA 4
22 PR/AL 4
23 PR/AM 4
4° GRUPO
24 PR/MT 4
25 PR/RN 4
26 PR/AC 4
27 PR/AP 4
28 PR/PI 4
5° GRUPO
29 PR/RO 4
30 PR/SE 4
31 PR/TO 4
TOTAL GERAL 210
O
responsável pelo acompanhamento dos adolescentes na Procuradoria Geral
APRENDIZAGEM
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MANUAL DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA ADOLESCENTE APRENDIZ