Centro Universitário Estácio Do Ceará Campus Via Corpvs Curso de Graduação em Psicologia

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEARÁ

CAMPUS VIA CORPVS


CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA

ANA RAFAELA MUNIZ GOMES


PAULO JOSÉ DOS SANTOS BRAGA

A PRÁTICA DO PSICÓLOGO COM CRIANÇAS AUTISTAS: DESAFIOS E


CONQUISTAS NO PROCESSO DE INCLUSÃO ESCOLAR

FORTALEZA/CE
2022
CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEARÁ
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA

ANA RAFAELA MUNIZ GOMES

PAULO JOSÉ DOS SANTOS BRAGA

A PRÁTICA DO PSICÓLOGO COM CRIANÇAS AUTISTAS: DESAFIOS E


CONQUISTAS NO PROCESSO DE INCLUSÃO ESCOLAR

Artigo científico apresentado ao curso de


Graduação em Psicologia do Centro
Universitário Estácio do Ceará, como
requisito parcial para a obtenção do
título de Bacharel em Psicologia.

Orientadora: Prof.ª. Dra. Érika Teles


Dauer

FORTALEZA/CE
2022
A PRÁTICA DO PSICÓLOGO COM CRIANÇAS AUTISTAS: DESAFIOS E
CONQUISTAS NO PROCESSO DE INCLUSÃO ESCOLAR
Ana Rafaela Muniz Gomes¹
Paulo José Dos Santos Braga²
Érika Teles Dauer3

RESUMO

Nesta pesquisa, buscou-se evidenciar aspectos relacionados aos impasses e avanços


do trabalho do profissional psicólogo com crianças autistas, no processo de inclusão escolar.
A metodologia foi desenvolvida com base em uma revisão bibliográfica de caráter
sistemático, selecionando seis materiais (entre artigos e livros) para desenvolvimento do
trabalho. A partir disso, chega-se ao resultado de que o trabalho do psicólogo não tem sido
individual (nem poderia ser). As ações são tomadas de forma conjunta e interdisciplinas —
intervenções, formações e tomadas de decisão. Através da necessidade cada vez mais urgente
de uma adaptação do ambiente e de qualidade em virtude de criar um cenário inclusivo, a
maior parte da formação dos profissionais acontece em serviço. O resultado positivo que se
extrai disso é que se passa a enxergar o processo de inclusão não somente como um ajuste,
mas como um mergulho na realidade escolar. Uma vez que o resultado da maioria dos alunos
deixa de ser suficiente e inicia-se uma visão crítica acerca do processo de ensino e
aprendizagem, torna-se possível que a inclusão seja feita a partir de uma visão holística.
Conclui-se, portanto, que o trabalho do profissional de Psicologia não é feito de forma
isolada dentro desse processo, mas isso não descaracteriza sua extrema importância como
parte do todo; principalmente no concerne à percepção do bem-estar dos alunos, do trato com
a família e a forma como o ecossistema escolar inteiro tem funcionado é que se percebe o
caráter essencial da participação da área dentro da inclusão propriamente dita. A partir desse
olhar, de certa forma mais “clínico”, o psicólogo consegue contribuir diretamente com o
respeito à diversidade e proporcionar uma melhor integração entre as partes envolvidas.

Palavras-chave: Inclusão escolar; Atuação interdisciplinar; Reestruturação de processos;


Psicologia escolar; Psicólogo.
THE PRACTICE OF PSYCHOLOGIST WITH AUTISTIC CHILDREN:
CHALLENGES AND ACHIEVEMENTS IN THE PROCESS OF SCHOOL
INCLUSION

ABSTRACT

This research sought to highlight aspects related to impasses and advances in the work
of the professional psychologist with autistic children in the process of school inclusion. The
methodology was developed based on a systematic literature review, selecting six materials
(between articles and books) for work development. From this, it is obtained to the result that
the psychologist's work has not been individual (nor could it be). Actions are taken jointly
and interdisciplines — interventions, training and decision-making. Through the increasingly
urgent need for an adaptation of the environment and quality by creating an inclusive
scenario, most of the training of professionals takes place in service. The positive result that
is extracted from this is that the inclusion process is seen not only as an adjustment, but as a
dive into the school reality. Once the result of the majority of students is no longer sufficient
and a critical view begins about the teaching and learning process, it becomes possible that
inclusion is made from a holistic view. As stated earlier, the work of the Psychology
professional is not done in isolation within this process, but this does not mischaracterize its
extreme importance as part of the whole. Especially in the sense of the perception of the well-
being of the students, the treatment with the family and the way the entire school ecosystem
has worked is that one perceives the essential character of the participation of the area within
the inclusion itself. From this look, in a more "clinical" way, the psychologist can contribute
directly to respect for diversity and provide a better integration between the parties involved.

Keywords: School inclusion. Interdisciplinary action. Process restructuring. School


Psycology. Psychologist.
1. INTRODUÇÃO

A pesquisa nasce a partir do interesse de refletir acerca do trabalho do psicólogo com


crianças autistas no processo de inclusão escolar. Segundo o DSM- V (Manual Diagnóstico e
Estatístico de Transtornos Mentais, 2013), o autismo é referente a um transtorno do
neurodesenvolvimento que afeta aspectos cognitivos, envolve dificuldades de interação social
e comunicação, apresentação de comportamentos repetitivos e restritos de interesses que se
manifestam antes mesmo dos 3 anos de idade, momento que geralmente os pais e familiares
começam a perceber tais alterações. Frente aos impasses vividos no seu desenvolvimento, a
criança autista vivencia dificuldades no que diz respeito a sua inserção e no processo de
aprendizagem em uma escola regular.
O Plano Nacional de Educação – PNE (Lei N 10.172/2001) apresenta a
implementação de uma educação inclusiva que garanta o atendimento à diversidade humana.
Nessa direção, alguns anos depois, com a Secretaria Geral da Presidência da República
(2015), a lei 13.146 foi instituída no Brasil garantindo a inclusão da Pessoa com Deficiência
em diversos setores sociais de comunicação, segurança, trabalho, saúde, educação e lazer. Foi
a partir desta regulação que crianças com transtornos mentais tiveram o direito de serem
incluídas em escolas de ensino regular, demarcando um ato de grande relevância, tanto para o
público infantil, como para familiares, pedagogos e psicólogos.
Nesse cenário, no que diz respeito ao trabalho do psicólogo, o Conselho Federal de
Psicologia (CFP, 2007) aponta que as atividades a serem realizadas no âmbito educacional
envolve a realização de pesquisas e intervenções preventivas realizadas de forma individual
ou em grupo, sendo este, um profissional que realiza um trabalho de psicoeducação em
conjunto com uma equipe multidisciplinar de coordenadores e professores.
Mesmo com esses avanços, a inclusão de crianças autistas ainda encontra grandes
entraves. Um ponto que pode ser utilizado como exemplo é o paradigma entre integração e
inclusão. Apesar de terem significados semelhantes, falar de integração diz respeito a integrar
aqueles que já foram de alguma forma excluídos do processo educacional, como alocar
pessoas autistas ou com deficiência em uma escola regular ou mesmo alocar grupos como
esses em escolas especiais. Já a inclusão, refere-se a não permitir que essas pessoas sejam
excluídas, sendo diretamente incompatível com a integração, afinal, não seria necessário
integrar aquele que nunca foi marginalizado (MANTOAN, 2003).
Seguindo essa linha de raciocínio, podemos listar também o ecossistema em que essas
crianças estão inseridas ao longo do cotidiano. Por exemplo, observam-se professores do
ensino regular que se sentem incapazes para lidar com as diferenças em sala de aula,
principalmente em se tratando de alunos portadores do espectro autista ou de deficiência. Não
se pode ignorar também o fato de que há pais de alunos sem deficiência ou transtornos que
não aceitam a inclusão, alegando que as escolas que podem baixar o rendimento e/ou
qualidade de ensino se tiverem que receber esses novos alunos.
Neste sentido, o objetivo desta pesquisa será de discutir sobre os impasses e avanços
no processo de inclusão escolar de crianças diagnosticadas com TEA. Diante disso,
buscaremos pontuar a necessidade de incluir esses sujeitos, enfatizando o trabalho do
psicólogo no ambiente escolar, visto que há caminhos a percorrer no âmbito educacional.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 AUTISMO E INCLUSÃO ESCOLAR

Gilbert (1960) considera que o autismo é um transtorno que se caracteriza por um


déficit nas questões de interação social, combinado com dificuldades na linguagem e
interpretação. Sendo assim, em um repertório de interesse e atividades, ainda permanece com
sua etiologia desconhecida. Acredita-se que seja multifatorial, associada a fatores ambientais,
genéticos e neurobiológicos, isto é, relacionado ao neurodesenvolvimento. Entende-se que o
TEA não é uma condição que o indivíduo adquire ao longo da sua infância, mas sim, que vem
desde o seu nascimento.
Com isso, é importante ressaltar, que o seu diagnóstico deve ser feito por profissionais
da Psicologia especializados em Neuropsicologia ou por Médicos Neurologistas, onde a
utilização de testes psicológicos (CFP, 009/2018) é imprescindível, pois, dessa forma,
consegue-se obter informações mais precisas e de confiabilidade. Hoje, já se encontram
vários testes favoráveis que auxiliam na hora da avaliação psicológica. Entretanto, entende-se
que é necessário um cuidado por parte dos profissionais na hora de avaliar um indivíduo, seja
criança ou adulto, para não ocorrer um erro de diagnóstico.
Nessa mesma perspectiva, de acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de
Transtornos Mentais (DSM-V, 2013), o autismo apresenta 3 níveis de classificação. O nível
leve, onde o indivíduo tem o atraso na comunicação, mas não tão acentuado , se desenvolve
com mais independência e pode vir a possuir um grau de cognição mais avançado. O nível
moderado ou médio, onde há a necessidade de mais acompanhamento e há a ocorrência de
mais demandas tanto do campo social, como do aprendizado. Por último, o nível severo, onde
a criança apresenta maior dificuldade na verbalização, escrita, leitura e dificuldades no campo
social, desenvolvendo também atrasos na autonomia durante as atividades do dia a dia.
Ademais, independentemente do nível do TEA, grande parte dos indivíduos que
apresentam acompanhamento profissional especializado demonstram quadros de avanço. É
importante haver uma rede de apoio no âmbito familiar e escolar, com a presença de uma
equipe multiprofissional, como Psicólogos, Fonoaudiólogos, Nutricionistas e Médicos
Pediatras. Em relação a escola, entende-se que a mesma desempenha funções de grande
relevância na vida de indivíduos portadores de deficiência, pois este é o local que a criança
aprende e se desenvolve tanto cognitivamente, como socialmente, além de passar grande
parte do seu dia, podendo ser estimulada positivamente ou negativamente (DSM-V, 2013).
Neste sentido, sobre os aspectos relacionados à inclusão e integração no âmbito
escolar, compreende-se que se tratam de movimentos relativamente atuais. Santos (1995)
aponta que a comunidade acadêmica não deve pensar em apenas um modelo de
cientificidade, havendo o interesse de aprimorar novas formas de se passar conhecimento aos
indivíduos inseridos na escola. Por isso, é necessário comentar que os velhos paradigmas da
modernidade estão sendo contestados e o conhecimento vem passando por uma constante
reinterpretação, onde o modelo educacional demonstra esgotamento, acompanhado por uma
crise paradigmática (EGLÉR, 2003). Desse modo, observa-se cada vez mais a necessidade de
uma reformulação educacional, visto que é fundamental ter profissionais qualificados e que
saibam manejos de como incluir uma criança dentro do ambiente educacional.
Portanto, entende-se que a luta por uma educação inclusiva é constante e recente. A
Secretaria Geral da Presidência da República (2015) institui a lei 13.146, que preserva o
direito à educação no ensino fundamental para crianças que são diagnosticadas com
transtornos mentais, implementando ações voltadas para esses indivíduos. Segundo Cutler
(2000), as escolas devem realizar o movimento de flexibilizar algumas atitudes a fins de
otimizar o ambiente para as crianças com TEA, conhecendo as características da criança,
analisando o ambiente, provendo suporte físico e acadêmico. Além disso, também há a
necessidade da contratação de professores, psicólogos e estagiários de psicologia que estejam
qualificados público, onde o objetivo de tais profissionais, será de adaptar o meio para o
aluno se sentir confortável e seguro.
2.2 O TRABALHO DO PSICÓLOGO NO ÂMBITO ESCOLAR

Um dos principais desafios da atuação do psicólogo dentro do ambiente educacional é


se desvencilhar da obrigação de servir aos interesses da comunidade escolar no que diz
respeito à centralidade nos alunos, com o intuito de ter uma abordagem voltada para o
psicodiagnóstico ou atendimento individualizado, descrevendo um problema que se acredita
ter sua solução através da psicologia (VIANA, 2016).
Sempre houve um movimento que direcionou a ciência psicológica para o
cumprimento dos interesses do poder dominante, como nos alerta Foucault (1986),
exemplificando que uma das marcas mais notáveis desse movimento está na ampliação da
capacidade de controle e produtividade dos seres humanos. Reforça, ainda, como a cultura
contribui para o reconhecimento da doença mental, a partir da construção de seus valores e
demonstra que, assim, o louco, o homossexual, o desempregado, o criminoso, o libertino, a
prostituta, etc. não passam de expressões a partir do discurso de normal e patológico, que
nada mais são do que as faces do poder da ideologia dominante.
O profissional psicólogo, dentro desse cenário, atua realizando pesquisas, diagnóstico
e intervenção preventiva ou corretiva, em grupo ou individualmente. Em todas as análises que
faz do contexto no qual está inserido, o profissional leva em consideração tudo o que
participa do processo de ensino-aprendizagem. Além disso, em conjunto com uma equipe
multidisciplinar, coopera com o corpo docente e técnico na elaboração, implantação,
avaliação e reformulação de currículos de projetos pedagógicos, de políticas educacionais e
no desenvolvimento de novos procedimentos educacionais (CFP, 2007, p. 18). Entretanto, em
resumo, o psicólogo está no ambiente para atender às demandas do aluno e da comunidade
escolar, não para realizar atendimento clínico dentro da escola; de modo que o seu objetivo é
articular as demandas trazidas dentro do contexto escolar.
Há também que lembrar da psicopedagogia como alternativa de intervenção dentro
desse cenário. Essa abordagem tem sido frequentemente utilizada para trabalhar a correção no
descompasso do processo de aprendizagem dos alunos que não conseguem aprender no
mesmo período em que os demais. Porém, vemos essa realidade dividida entre a) alunos da
escola pública tendo sua aprendizagem posta em segundo plano, em favor da manutenção de
índices “satisfatórios” de repetência escolar e b) escolas particulares fomentando cada vez
mais um ambiente de competição desumano, rumo à obtenção de uma vaga na universidade.
Dessa forma, cria-se uma aceleração do processo de aprendizagem e um prejuízo a todos
aqueles que não conseguem acompanhar o ritmo (Viana, 2006).
A melhor forma de intervenção do psicólogo no âmbito escolar ainda é uma incógnita,
levando em consideração que os processos mudam de forma significativa e não há um
consenso sobre isso. Ao mesmo tempo que existem atuações e práticas extremamente críticas
e inovadoras, há também atuações permeadas pela visão curativa e individualizada, que são
notoriamente estigmatizadoras (CRUCES, 2003). Sendo assim, a atuação do profissional
ainda deve pautar-se em uma prática que atenda aos interesses da educação para a cidadania.

3. METODOLOGIA

Esta pesquisa trata-se de uma revisão bibliográfica de caráter sistemático com


orientação integrativa, a partir do tema “A prática do psicólogo com crianças autistas:
desafios e conquistas no processo de inclusão escolar”.
A pesquisa bibliográfica possibilita um amplo alcance de informações, além de
permitir a utilização de dados dispersos em inúmeras publicações, auxiliando também na
construção ou na melhor definição do quadro conceitual que envolve o objeto de estudo
proposto. Por disponibilizar uma análise acerca de artigos, livros e revistas que já foram
publicados, permite uma reflexão acerca de um tema específico, ajudando o pesquisador a
discutir pontos em comum ou em divergência sobre a pesquisa a ser realizada. Além disso,
este tipo de investigação é realizada para fundamentar teoricamente o objeto de estudo que
será investigado, contribuindo com elementos que subsidiam a análise futura dos dados
obtidos (GIL, 1994).
A revisão sistemática, por sua vez, é uma síntese rigorosa de todas as pesquisas
relacionadas a uma questão específica, focando primordialmente em estudos experimentais.
Souza et al., (2010) consideram o caráter sistemático como uma síntese rigorosa de materiais
publicados, seguindo um método rigoroso de busca e seleção de pesquisa.
A seleção de artigos que irão embasar este trabalho será realizada a partir das
plataformas: Scientific Electronic Library Online (Scielo) e Google Acadêmico, através das
palavras chaves: autismo, inclusão escolar, papel do psicólogo com crianças autista e desafios
/ conquistas no processo de inclusão. Utilizou-se como critério de inclusão os trabalhos
publicados no Brasil nos últimos 18 anos (2003-2021), com textos na íntegra, gratuitos,
online e disponíveis em língua portuguesa. Dando continuidade, os artigos deverão conter
pelo menos um autor psicólogo, sendo um destes especializado em crianças com TEA.
Quanto aos critérios de exclusão, serão desconsideradas publicações que não se enquadram
no objeto de estudo e não abordam o assunto inclusão em conexão com o tema do autismo
infantil.
Após um estudo, mediante a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, foram
encontrados 8 artigos e livros com a temática proposta; deste, 6 foram selecionados para dar
prosseguimento à realização desta pesquisa. Todos os artigos selecionados têm como base a
psicologia, o trabalho do psicólogo com crianças autistas e a inclusão escolar; visto que, a
análise de informações será realizada por meio de leituras exploratórias e que contenham os
materiais mais relevantes para a categoria de resultados e discussões.
Juntamente com os artigos citados acima, utilizamos o livro “Inclusão Escolar: O que
é? Por quê? Como fazer?” da autora M.T (2003), que acarretou em grandes contribuições
para a construção desta revisão bibliográfica.
Por fim, a partir dos materiais selecionados anteriormente, apresentamos na tabela
abaixo, os livros e artigos que nos auxiliaram em torno do processo de escrita e reflexão dos
temas abordados nos resultados e discussões.

BIBLIOGRAFIA SELECIONADA

Título Autor Base de dados Ano

Google 2003
INCLUSÃO ESCOLAR: MANTOAN, M. Acadêmico.
O que é? Por quê? Como
fazer? (Cap 3)

Google 2010
Autismo e Inclusão ALVES, M; Acadêmico
Escolar LISBOA, D;
LISBOA, D.
Scielo 2016
As contribuições do uso da TOGASHI, C;
comunicação alternativa no WALTER, C.
processo de Inclusão
Escolar de um aluno com
Transtorno do Espectro do
Autismo

CAMINHA, V; Google 2016


Autismo: vivências e
HUGUENIN, Acadêmico
caminhos (Cap 1, 5)
JULLIANE
YONEDA;
DE ASSIS, L;
ALVES, P.

BENITEZ, P; Scielo 2018


Atuação do Psicólogo na
DOMENICONI,
inclusão escolar de
estudantes com Autismo e C.
Deficiência Intelectual

Psicologia e Autismo no MARANHÃO, J; Conselho 2021


Ceará: do reconhecimento TAVEIRA, E.
Regional de
das práticas ao percurso de
regulamentação ética desse Psicologia.
campo (Cap 2)

4. RESULTADOS E DISCURSÕES
4.1 DIFICULDADES NO PROCESSO DE INCLUSÃO ESCOLAR

Sabe-se que no ano de 2012 foi publicada a lei 12/764 criada com o principal intuito
de proteger os direitos da pessoa com Transtorno do Espectro Autista. Dentre os demais
contextos que esta lei engloba, a educação é uma delas, pretendendo garantir um acesso a
inclusão escolar. Segundo Caminha (2016, p 16) “[...] Estes cuidados visam ajudar a pessoa
com TEA a lidar com suas limitações, superar dificuldades e se integrarem à sociedade,
alcançando independência, bem-estar e cidadania, respeitadas, obviamente, as características
de cada um[...]”. Entretanto, mesmo com a criação de algumas leis, sabe-se que, incluir uma
criança autista em uma escola de ensino regular, é uma atividade que exige a atenção voltada
para diversos âmbitos, seja da estrutura da escola, até a preparação de profissionais,
entendendo que a ideia de inclusão é um processo que engloba as demais necessidades de um
indivíduo portador de TEA, como a promoção do desenvolvimento cognitivo, social e motor.
Em concordância com o que sugere Mantoan (2003, p. 32):

A inclusão é uma inovação que implica um esforço de modernização e de


reestruturação das condições atuais da maioria de nossas escolas (especialmente as
de nível básico), ao assumirem que as dificuldades de alguns alunos não são apenas
deles, mas resultam, em grande parte, do modo como o ensino é ministrado e de
como a aprendizagem é concebida e avaliada.

De fato, entende-se a necessidade de uma escola que esteja dando relevância não só
ao desenvolvimento educacional do aluno, mas também, a qualificação do seu corpo docente
para atender a demanda das crianças com TEA, sendo essa uma das dificuldades a se
enfatizar. Encontrar instituições que promovam um ambiente qualificado, salas de aula
adaptadas e equipamentos adequados vem tornando-se um desafio a se vencer no processo de
inclusão. Além disso, é valido ressaltar a problemática de escassez em contratações de
profissionais que estejam devidamente qualificados. Por ser uma figura de importância no
processo de aprendizagem, compreende-se que o professor deve realizar o trabalho de
integrar, adaptar e ensinar atendendo as diferenças dos alunos, adotando uma pedagogia ativa
e abandonando um ensino transmissivo. Ainda conforme Mantoan (2003, p. 46):

Se um aluno não vai bem, seja ele uma pessoa com ou sem deficiência, o problema
precisa ser analisado com relação ao ensino que está sendo ministrado para todos os
demais da turma. Ele é um indicador importante da qualidade do trabalho
pedagógico, porque o fato de a maioria dos alunos estar se saindo bem não significa
que o ensino ministrado atenda às necessidades e possibilidades de todos.

Diante disto, é perceptível o quão importante é o investimento na capacitação de


professores do ensino regular, pois a falta de qualificação influi diretamente no
desenvolvimento cognitivo do aluno, tendo em vista que o material e a didática necessitam de
adaptação. Nesse sentido, Alvez, Lisboa e Lisboa (2010. p. 11) propõem:

Até recentemente, somente os professores que possuíam um interesse pela


Educação Especial é que se dirigiam para a formação específica e depois,
obviamente, faziam escolhas profissionais ou não que envolviam a Educação
Especial. Infelizmente, a demanda da inclusão chega às escolas antes da preparação
do professor e a solução tem sido a capacitação do profissional em serviço, através
dos programas de formação continuada.

Em virtude dos fatos mencionados, além da presença do professor como um aliado na


educação do aluno com TEA, necessita-se do preparo de outros profissionais da escola, como
psicólogas, coordenadores, auxiliares de coordenação e os demais colaboradores da empresa,
para que possam contribuir e dar suporte na caminhada desta criança. Além disso, é relevante
adaptar o ambiente que o aluno está inserido, com uma sala de aula bem estruturada, recursos
de materiais, salas de vídeo e espaços integrativos dentro dos arredores.
Contudo, observa-se outra dificuldade presente no processo de inclusão escolar,
como a falta de incentivos a atividades que estimulem o desenvolvimento de habilidades
sociais, como por exemplo, a fala, linguagem, comunicação e expressão de sentimentos. Essa
problemática consequentemente distancia a educação inclusiva no processo de integração do
aluno Autista.
Com isso, os autores ALVES, LISBOA E LISBOA (2010. p. 12) recordam a:

-[...] necessidade de desenvolver um programa de educação paralelo à inclusão e nas


classes inclusivas o aluno deve participar das atividades que ele tenha chance de
sucesso, especialmente das atividades socializadoras; a escola deverá demonstrar
sensibilidade às necessidades do indivíduo e habilidade para planejar com a família
o que deve ser feito ou continuado em casa.

A família é uma importante colaboradora no processo de educação e estimulação da


inclusão escolar. Sendo assim, em alguns casos a problemática se repete, de parentes que não
se dedicam a trabalhar junto com a escola, depositando total responsabilidade na organização
educacional. Compreende-se que este é um trabalho em conjunto, logo, a falta de participação
acaba impactando de diversas formas, como na realização das tarefas de casa e dos trabalhos
escolares, ausência de atividades recreativas, impactando na leitura de conteúdos e adaptação
da criança no meio escolar. A estimulação social também é afetada, visto que o contexto de
socialização para a criança com TEA depende de como ela está sendo estimulada e como os
indivíduos que estão próximos a ela se relaciona são aspectos que interferem no processo.
Nesse sentido, Maranhão, Taveira (2021, p. 40) refletem que “[...]A família pode
desempenhar um importante papel na evolução da pessoa autista[...]”.
Portanto, a presença ou não de uma rede de apoio influencia no processo de
aprendizagem e desenvolvimento escolar. É importante que todos estejam dispostos a
contribuir no desenvolvimento social, motor e cognitivo da criança, visto que, o contexto
familiar ocupa uma posição de representatividade, além de educa-la ao longo da vida. Os
autores Caminha, Huguenin e Alves (2016, p.64) citam:

A respeito do papel das famílias na relação com seus filhos com autismo,
consideremos a sua dupla condição nesta relação. Por um lado, compartilham com
eles relações de exclusão, bem como a necessidade de aprender modos diferentes de
se relacionar com a sociedade (os profissionais não atendem apenas a pessoas com
autismo, estendendo as intervenções às famílias). Por outro lado, a posição de
representante social, devendo ocupar o papel de educador social.

Diante dos fatos mencionados, ressaltamos a problemática que o aluno Autista


encontra no contexto social e de ensino regular. Com isso, o desenvolvimento educacional e
social depende não só dos profissionais de ensino, mas também do comprometimento dos
familiares, e necessita de abordagens multiprofissionais. Exigindo um olhar ativo e de
conscientização as lutas da inclusão que estão envolvidas na relação entre colégio e aluno,
visando um desenvolvimento da comunicação verbal, integração social e outras habilidades.

4.2 ATUAÇÃO DO PSICOLOGO NO PROCESSO DE INCLUSÃO (NO FINAL


QUEREMOS VAMOS FALAR DOS AVANÇOS NO PROCESSO DE INCLUSÃO)

A educação inclusiva ganha força mundialmente a partir da divulgação de dois


importantes documentos internacionais: Educação Para Todos (Unifec, 1990) e Declaração de
Salamanca (Unesco, 1994). Daí em diante, começou-se a pensar formas de trabalhar a
educação inclusiva, para além da mera integração. O intuito dessa atuação era passar a
beneficiar todos os estudantes. Diferente da integração, modificações precisaram ser feitas a
fim de favorecer à inclusão, auxiliando no processo de aprendizagem e acolhimento.
Na tentativa de criar um ambiente minimamente adaptado para proporcionar inclusão
aos alunos, o profissional de Psicologia pode atuar a partir de um enfoque de suporte, como
um sistema de apoio, colaborando com o atendimento educacional especializado junto dos
demais agentes educacionais (Benitez & Domeniconi, 2015); entender, de forma mais
próxima, como se dá o trabalho colaborativo entre professor de educação especial e
estudante, em conjunto ao professor de sala de aula. Em um contexto como esse, o psicólogo
funciona tanto através de um papel mediador, como também a partir de uma visão centrada
na inclusão (Vilaronga & Mendes, 2014).

Um dos papéis do profissional psicólogo dentro desse processo é o de agente


educacional, que pode ser entendido como integrante da comunidade escolar, capaz de
sugerir e planejar atividades de intervenção com os alunos, realizar capacitação com os
demais componentes do ambiente educacional, etc. Neste caso, a pessoa psicóloga tem a
possibilidade de realizar trabalhos, por exemplo, com a finalidade de auxiliar crianças e
adolescentes no processo de aprendizagem e exercício da leitura e da escrita, assim como do
desenvolvimento de suas habilidades sociais (Benitez & Domeniconi, 2016; Reis, Souza &
Rose, 2009).

Outra perspectiva importante em que o psicólogo pode atuar, dentro do processo de


inclusão de pessoas autistas, é auxiliando a família no que diz respeito à conscientização dos
mais variados profissionais que podem ou devem passar pela vida da pessoa autista. Abrir o
olhar dessas pessoas para a atuação do terapeuta ocupacional, do fonoaudiólogo, da própria
escola, assim como fisioterapeuta, musicoterapeuta, etc. É mais comum do que deveria
encontrar familiares com resistência a levar a criança, por exemplo ao médico psiquiatra, pelo
temor em ter aquele indivíduo associado à loucura (Alves, Lisboa & Lisboa, 2010).

Por fim, o profissional psicólogo também pode atuar (aqui, com papel de destaque)
com psicoeducação para com aqueles que compõem o meio em que essas pessoas autistas
estão inseridas. Como bem lembra Omote (1996, p.19), “as diferenças, especialmente as
incomuns, inesperadas e bizarras, sempre atraíram a atenção das pessoas, despertando, por
vezes, temor e desconfiança”. De fato, desestabiliza o senso comum da maior parte da
sociedade, por isso se considera estranho e assustador. Aqui, o profissional de Psicologia tem
papel determinante, por atuar como elo mediador desse processo. Não assumindo
exclusivamente a responsabilidade por esse processo, mas dando a si a devida importância
como agente indispensável dessa atuação.
O que salta aos olhos é que o autismo corresponde a um quadro de extrema
complexidade, exigindo que abordagens multidisciplinares sejam utilizadas, tendo em vista
não somente a questão educacional e social, mas também a questão médica e a tentativa de
estabelecer quadros clínicos bem definidos, passíveis de prognósticos precisos e abordagens
terapêuticas eficazes (Alves, Lisboa & Lisboa, 2010). A partir desse reconhecimento, torna-se
mais palpável a atuação da Psicologia, através dos profissionais, intervenções, estudos,
abordagens e métodos, como afirmam:

O indivíduo autista, apesar de manter suas dificuldades, dependendo do grau


de comprometimento, pode aprender os padrões de comportamento aceitos
pela cultura, exercitar sua cidadania, adquirir conhecimento e integrar-se de
maneira bastante satisfatória à sociedade e, neste sentido, o papel da escola
como espaço inclusivo é mais do que fundamental, é indispensável,
dependendo do quadro clínico da criança autista (referência, mesmo que
repita e com a página).

5. CONSIDERAÇOES FINAIS

Os autores desta pesquisa interessaram-se em conjunto pelo tema, visto que, um deles
tem a prática de estagiar em uma escola de ensino regular, auxiliando no processo de
aprendizado de uma criança com TEA. Com isso, o debate acerca da inclusão, levou-nos em
busca de reflexões, leituras e aprendizados, investigando e analisando as dificuldades e
avanços encontrados no trabalho do profissional de Psicologia no processo de inclusão
escolar.

Nesse sentido, somente a partir da década de 90, com os documentos de Educação


Para Todos (Unicef, 1990) e Declaração de Salamanca (Unesco, 1994) começou-se a
preocupação com a inclusão voltada para o contexto educativo. Visto que, até pouco tempo
atras, o ensino voltava-se mais para a ideia de integração, onde boa parte dos portadores de
deficiência ficavam sem os seus direitos assistidos. A partir da reformulação educacional, foi
possível mudar alguns desses paradigmas que o ensino passava. Autoras como Mantoan
(2003), Caminha, Huguenin, Assis e Alves (2016) trouxeram excelentes contribuições para a
realização deste artigo, como as problemáticas que perpassam no âmbito escolar, mais
especificamente, o que precisa de fato ser melhorado, os benefícios da inclusão e como o
profissional de Psicologia atua nesse ambiente.
Logo, percebe-se que a inclusão causa uma mudança de perspectiva educacional, pois
não se limita a ajudar somente os alunos que apresentam dificuldades na escola, mas apoia
desde os professores até os funcionários em geral, para que obtenham sucesso nesta corrente
educativa.

O desafio de incluir uma criança com TEA começa desde a preparação da escola, com
a necessidade de profissionais qualificados (Psicólogos, estagiários de Psicologia/ Pedagogia,
Coordenadores, Professores, auxiliares de coordenação etc.), até a forma que o ensino chega,
se de fato está sendo adaptado e compreendido para a mesma. Outra preocupação diz respeito
as escolas de redes municipais de ensino, onde, por falta de políticas públicas, há uma
carência nas contratações de profissionais que trabalhem diretamente em salas de aula no
apoio e inclusão de crianças e adolescentes portadores de deficiência. Esta problemática é
observada, pois segue sendo notória a diferença da rede pública para a particular.

Além disso, em alguns casos, encontra-se a dificuldade do apoio familiar, que é


indispensável neste cenário, necessitando trabalhar em conjunto com a escola. Com essa
junção, percebe-se a presença de um acolhimento, que é indispensável para crianças do
Espectro Autista, e claro, o desenvolvimento das competências cognitivas e sociais.

Por esse motivo, diante das pesquisas aqui realizadas, ressalta-se que o trabalho do
Psicólogo neste processo de inclusão é de extrema importância, pois chegamos à reflexão,
que por muito tempo, diversos indivíduos portadores de deficiência foram silenciados e
negligenciados de um ensino de qualidade. O profissional da Psicologia atua diretamente
nesta temática da inclusão escolar, possuindo papel diverso dentro do ambiente educacional,
planejando atividades com os demais estudantes, mediando ocorrências dentro do ambiente
escolar, capacitando os profissionais ali inseridos e orientando as famílias.

A fins de criar uma sociedade com mais equidade, através dos fatos expostos,
observamos que o trabalho da inclusão de crianças com TEA é uma vitória para todos. Dentre
os demais avanços, podemos citar o fato dos alunos se sentirem mais confortáveis e
reconhecidos, se desenvolverem cognitivamente, com melhorias no seu aprendizado,
memória e atenção. Além de, no campo social, o aprendizado de novas habilidades, criação
de vínculos com os demais profissionais e formação de amizades.
6. REFERÊNCIAS

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