O documento discute a visão de Jacques Le Goff sobre documentos e monumentos como veículos da memória coletiva. Le Goff argumenta que documentos refletem as forças no poder e são escolha dos historiadores, ao contrário dos monumentos, heranças do passado. Ele também destaca que ocorreu uma revolução documental ampliando o conceito de documento e uma revolução tecnológica gerando a história quantitativa. Por fim, defende que os historiadores devem analisar documentos como monumentos para compreender melhor os contextos históricos.
O documento discute a visão de Jacques Le Goff sobre documentos e monumentos como veículos da memória coletiva. Le Goff argumenta que documentos refletem as forças no poder e são escolha dos historiadores, ao contrário dos monumentos, heranças do passado. Ele também destaca que ocorreu uma revolução documental ampliando o conceito de documento e uma revolução tecnológica gerando a história quantitativa. Por fim, defende que os historiadores devem analisar documentos como monumentos para compreender melhor os contextos históricos.
O documento discute a visão de Jacques Le Goff sobre documentos e monumentos como veículos da memória coletiva. Le Goff argumenta que documentos refletem as forças no poder e são escolha dos historiadores, ao contrário dos monumentos, heranças do passado. Ele também destaca que ocorreu uma revolução documental ampliando o conceito de documento e uma revolução tecnológica gerando a história quantitativa. Por fim, defende que os historiadores devem analisar documentos como monumentos para compreender melhor os contextos históricos.
O documento discute a visão de Jacques Le Goff sobre documentos e monumentos como veículos da memória coletiva. Le Goff argumenta que documentos refletem as forças no poder e são escolha dos historiadores, ao contrário dos monumentos, heranças do passado. Ele também destaca que ocorreu uma revolução documental ampliando o conceito de documento e uma revolução tecnológica gerando a história quantitativa. Por fim, defende que os historiadores devem analisar documentos como monumentos para compreender melhor os contextos históricos.
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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
INSTITUTO DE LETRAS
DEPARTAMENTO DE FUNDAMENTOS PARA O
ESTUDO DAS LETRAS
SETOR DE FILOLOGIA
LE GOFF, Jacques. Documento. In: História e memória. Trad. Bernardo Leitão e Irene
Ferreira. 4 ed. Campinas: São Paulo: EDUNICAMP, 1996. p. 462 - 473.
No capítulo Documento/Monumento, Le Goff (1996) trata de dois tipos de
materiais que traduzem a memória coletiva: os documentos e os monumentos. O autor entende que o que sobrevive como documento é escolha das forças que estão no controle do desenvolvimento do mundo, do homem e também dos historiadores.
Segundo Le Goff (1996), os monumentos são heranças do passado, já os
documentos são escolha do historiador. Ele aponta que o monumento, desde a antiguidade, tende a ser uma obra comemorativa de arquitetura ou escritura ou, uma recordação em decorrência da morte de uma pessoa. Mas, para este autor, a característica principal de um monumento é o poder de perpetuar a memória coletiva de sociedades históricas e o interpretar como testemunhos.
Já o documento, que é o fundamento do fato histórico, entre os séculos XIX e
XX, segundo Le Goff (1996), apresenta-se por si só como prova histórica, é mais objetivo e afirma-se como testemunho escrito. De acordo com o autor, o historiador deve retirar dos documentos o que eles contêm, sem ideias pré-concebidas, mantendo-se fidedigno aos textos.
Le Goff (1996) acredita, então, em um triunfo do documento sobre o
monumento. Mas houve a necessidade de não restringi-lo a textos escritos e ampliar esta noção para outros veículos de transmissão do conhecimento histórico. Surge, portanto, uma revolução documental. Nesta revolução, a memória coletiva e a história se interessa por todos os homens e não apenas por uma parcela deles.
Segundo Le Goff (1996), ao mesmo tempo se produziu uma revolução
tecnológica, que ao confluir com a primeira, gera a história quantitativa, pondo novamente em questão a noção de documento. Agora, seu valor, é relativo e se torna o objetivo dos historiadores. A revolução tecnológica conseguiu dividir a história em uma idade pré-estatística e outra quantitativa.
De acordo com o autor, já era de entendimento comum que o documento provém
de causas humanas. No entanto, foi preciso distinguir monumentos linguísticos de simples documentos. Os primeiros, segundo Le Goff (1996) respondem ao propósito de edificação moral/material, enquanto os segundos respondem a necessidades mediatas e imediatas de comunicação.
Neste sentido, um documento pode vir a ser monumento, ao ampliar seus
propósitos, ao ser utilizado pelo poder. No entanto, para Le Goff (1996), ao estar ciente disto, o historiador não deve se desviar do seu objetivo crítico:
[...] o documento não é qualquer coisa que fica por conta do
passado, é um produto da sociedade que o fabricou segundo as relações de forças que aí detinham o poder. Só a análise do documento enquanto monumento permite à memória coletiva recuperá-lo e ao historiador usá-lo cientificamente, isto é, com pleno conhecimento de causa. (LE GOFF, 1996, p. 470).
O autor aponta que, ao analisar o documento enquanto monumento, o historiador
necessita isolar os elementos, reagrupar, observar sua pertinência, relacionar com outros conhecimentos e outros fatos históricos. Esses elementos assumem papel decisivo na apreensão e compreensão dos acontecimentos.
Segundo Le Goff (1996), o historiador, ao escolher um documento, atribui-lhe
valor de testemunho, resgata “[...] o resultado de uma montagem, consciente ou inconsciente, da história, da época, da sociedade que o produziu, mas também das épocas sucessivas durante as quais continuou a viver [...]”. (LE GOFF, 1996, p. 472).
Para o autor, é preciso desmistificar o significado aparente, porque o documento
é também um monumento, faz parte de um conjunto de monumentos, é resultado dos esforços de uma sociedade em tentar criar uma imagem de si próprias para o futuro. Deste modo, o autor defende, que este novo documento, oriundo da confluência entre duas revoluções, deve ser tratado como documento/monumento e que deve sair do campo da memória para o da ciência histórica.
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