E-Commerce, E-Business e Internet Das Coisas
E-Commerce, E-Business e Internet Das Coisas
E-Commerce, E-Business e Internet Das Coisas
e-business e
Internet das
Coisas
Prof. Márcio Rodolfo Paasch
Indaial – 2022
1a Edição
Elaboração:
Prof. Márcio Rodolfo Paasch
P113e
ISBN 978-85-515-0510-6
ISBN Digital 978-85-515-0511-3
Impresso por:
APRESENTAÇÃO
Olá, acadêmico! Seja bem-vindo ao Livro Didático E-commerce, e-business e
Internet das Coisas. Neste material, você vai encontrar o conhecimento necessário para
colocar em prática as estratégias necessárias para alcançar seus objetivos. Com um
olhar para a tecnologia e para o modelo de negócios digitais, você poderá compreender
tendencias e mercado e se apropriar de conhecimentos necessários em tempos de
transformação digital.
Este livro didático está dividido em três unidades, que percorrem os pontos
fundamentais, conteúdos bases para a compreensão do processo de comércio e
negócios em ambiente digital, seguido pelos conhecimentos sobre as estratégias de
marketing e gerenciamento de crise. Um aprendizado importante para pôr em prática
nas estratégias de e-commerce e negócios digitais.
Bons estudos!
QR CODE
Olá, acadêmico! Para melhorar a qualidade dos materiais ofertados a você – e
dinamizar, ainda mais, os seus estudos –, nós disponibilizamos uma diversidade de QR Codes
completamente gratuitos e que nunca expiram. O QR Code é um código que permite que você
acesse um conteúdo interativo relacionado ao tema que você está estudando. Para utilizar
essa ferramenta, acesse as lojas de aplicativos e baixe um leitor de QR Code. Depois, é só
aproveitar essa facilidade para aprimorar os seus estudos.
ENADE
Acadêmico, você sabe o que é o ENADE? O Enade é um
dos meios avaliativos dos cursos superiores no sistema federal de
educação superior. Todos os estudantes estão habilitados a participar
do ENADE (ingressantes e concluintes das áreas e cursos a serem
avaliados). Diante disso, preparamos um conteúdo simples e objetivo
para complementar a sua compreensão acerca do ENADE. Confira,
acessando o QR Code a seguir. Boa leitura!
LEMBRETE
Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma
disciplina e com ela um novo conhecimento.
REFERÊNCIAS........................................................................................................63
REFERÊNCIAS.......................................................................................................119
REFERÊNCIAS...................................................................................................... 175
UNIDADE 1 -
GERENCIAMENTO DE
E-COMMERCE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer dela, você encontrará
autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
CHAMADA
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure
um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá melhor as informações.
1
CONFIRA
A TRILHA DA
UNIDADE 1!
Acesse o
QR Code abaixo:
2
UNIDADE 1 TÓPICO 1 -
NEGÓCIOS DIGITAIS
1 INTRODUÇÃO
3
FIGURA 1 – ARCO E FLECHA
IMPORTANTE
Antes uma loja de peças de carro precisava somente de vendedores e eles
precisavam entender do produto e de atendimento do cliente; hoje, uma
loja on-line de peças de carro precisa de vendedores, programadores,
social mídia, entre outros.
4
• Portal de cursos.
• Infoprodutos.
• Blog de conteúdos etc.
HISTÓRIA DA INTERNET
5
Naquele momento, a Internet era composta por aproximadamente 50 mil
redes internacionais, e cerca de 50% delas estavam nos EUA. Por volta de 1992/1993
(chamada 1ª fase da Web), foi estabelecida uma melhor infraestrutura da rede, e
entre 1993/1995 (a chamada 2ª fase da Web) ocorreu a adoção da Internet pelos
geeks, usando o navegador Netscape 1.0. Entre 1995/1998 (3ª fase) atingiu o público
em geral, e o mundo empresarial ocupou a rede. Surgiram grandes empresas, como
Amazon, Ebay, UOL, Yahoo, Submarino, conforme detalhado a seguir.
6
A terceira geração da Internet foi batizada por Tim O’Reilly de Web 2.0,
entusiasta de movimentos de apoio ao software livre e diretor da O’Reilly Media
Incorporated, editora de livros sobre tecnologia.
A chamada Web semântica ou Web 3.0 é a etapa pela qual estamos pas-
sando, em que as informações são trabalhadas pelos grandes líderes da web, como
Google, Facebook e outros, que detêm uma série de dados expostos pelos inter-
nautas no momento do cadastro, permitindo o acesso às pessoas no momento que
navegam por diversos sites e deixam seus rastros. Essas informações passam a ser
utilizadas para apresentar ao internauta os resultados de buscas mais coerentes
com o que ele realmente deseja e com aquilo que está pesquisando. Um exemplo
disso é o de determinada pessoa que tem a intenção de viajar nas férias e comenta
sobre isso na sua rede social preferida e na troca de e-mails com seus contatos.
7
A Internet também está começando a perder seu caráter global, para se
tornar cada vez mais local. Um exemplo disso é o Hulu, site que exibe séries de TV
e só é acessível nos EUA. Outra tendência que começa a ganhar corpo é o aumento
de portais e sites que deverão passar a cobrar para permitir o acesso a determinados
conteúdos, como notícias, por exemplo.
FONTE: Adaptado de TURCHI, S. Estratégia de Marketing Digital e E-Commerce, 2. ed. São Paulo:
Atlas, 2018.
Com base no que Turchi (2018) traz e na sua percepção como usuário fica
evidente que os negócios digitais estão mudando. A forma como produtos e serviços
são criados e oferecidos estão em constante evolução. Esses modelos de negócios
estão ameaçando empresas estabelecidas a muito tempo no mercado. Observe a Figura
2. Itälä (2015) apresenta as camadas que compõe uma plataforma de negócio de uma
indústria como fornecedor e consumidor, serviços de negócios, serviços de sistemas de
informações e serviços de tecnologia.
8
Com a evolução desse modelo, Itälä (2015) apresenta um novo olhar para as
plataformas de negócio digital, denominado ecossistema, fazendo uma comparação
das redes comerciais emergentes com os ecossistemas biológicos. De acordo com
Itälä (2015), as combinações de uma indústria de dispositivo, provedor de sistema
operacional, loja, provedor de aplicativos e criadores de conteúdo é chamado de um
ecossistema, como exemplificado na Figura 2, um ecossistema de smartphone.
• AirBnB: é uma plataforma que conecta pessoas comuns que estão dispostas a
fornecer um quarto a viajantes que precisam de uma acomodação barata.
• Uber: é uma plataforma que conecta pessoas comuns que estão dispostas a oferecer
seu veículo e tempo para clientes que precisam se deslocar de um lugar para outro.
9
ESTUDOS FUTUROS
Os ecossistemas digitais têm sucesso, em grande parte, devido à
capacidade crescente de dados e análises de transformar informações
díspares sobre os desejos e comportamento imediatos do consumidor em
percepções sobre as suas necessidades mais amplas. Para compreender
melhor essa afirmação: https://bit.ly/3NwoIF9.
10
DICA
Nesse artigo, você poderá compreender melhor os conceitos estudados
e como essas mudanças estão impactando positivamente no mercado:
https://bit.ly/38bJLNc.
E-business: tem um formato mais amplo, não são somente comércio, mas
sim negócios como um todo, considerando as relações comerciais com parceiros,
fornecedores, clientes, governo e mantendo uma estrutura completa de processos
setorizados. Por necessidade dele, agrega um conjunto de sistemas eletrônicos
aplicados ao negócio. Como exemplos, podemos listar alguns sistemas de e-business
que são explorados por organizações muitas vezes já nascidas preparadas para o
ambiente digital:
12
3 TIPOS DE NEGÓCIOS DIGITAIS
Em um ambiente digital, a pluralidade de estratégias e modelo de negócios
é grande, ganha destaque e crescimento as empresas que conseguem fazer a ponte
entre a organização e seu público-alvo. Para isso, diferentes tipos de negócio digital
são criados, sendo que cada um irá atender diferentes perfis de consumidores, desde
pessoas físicas até as organizações, para compreender e identificar oportunidades,
sendo importante conhecer como esses modelos são conceituados.
Existe uma evolução do modelo de comércio que faz venda direta para
consumidor (varejo) por meio de catálogos; podemos incluir aqui os leilões virtuais e os
modelos de shoppings virtuais, marketplaces, que funcionam como os shoppings em
que vários lojistas se inscrevem e vendem seus produtos.
13
3.4 CONSUMER TO BUSINESS (C2B)
C2B é a sigla para o termo em inglês “Consumer to Business”, que se caracteriza
por definir negócios que envolvam consumidor diretamente para organizações. Esse
modelo é pouco conhecido, pois inverte o modelo tradicional de B2C. Nesse modelo, o
indivíduo disponibiliza produtos, serviços ou ideias para as organizações. Como exemplo,
temos os e-commerce, que vende produções livres de royalties, comercializando
produtos como fotos, vetores e mídias (Shutterstock, Freepik, Unsplash etc.).
3.7 S-COMMERCE
Outro canal de destaque no mercado é o social commerce, ou S-Commerce,
que consiste no uso de redes sociais para vender produtos e serviços, pode ser B2B,
B2C, entre outros. Existem algumas organizações que usam essa plataforma como
suporte para promoção de suas marcas e produtos, também é comum encontrar esse
tipo de negócio sendo explorado por pequenas marcas, que conseguem se aproximar
do consumidor.
3.8 M-COMMERCE
Uma modalidade de venda em crescimento no Brasil, que consiste em realizar
transações por meio de dispositivos móveis (M-Commerce) e pode ser utilizada como
diferentes modelos B2C e B2B, entre outros. Muito comum no uso de aplicativos próprios
das organizações, de forma personalizada e customizada, conforme os interesses de
compra de cada consumidor.
14
4 CARACTERÍSTICAS DOS NEGÓCIOS DIGITAIS
O negócio digital possui algumas características importantes que vão deste a
escolha do produto ou serviço a ser oferecido até a entrega e a avaliação do consumidor,
vamos começar apresentando como essas ações devem ser utilizadas para a criação
e desenvolvimento dos projetos, pois elas trazem pontos de atenção, cuidado e,
principalmente, vantagens que devem ser observadas:
Segurança: ponto importante para uma organização que atua no meio digital,
a segurança precisa garantir a integração e a privacidade na troca de informações, para,
assim, proteger a organização quanto a fraudes. Como natureza do digital, as transações
ocorrem a distância e o consumidor precisa ter e perceber a garantia de que os seus
dados pessoais e financeiros sejam respeitados, assim como os produtos e serviços
sejam recebidos conforme anunciado.
15
Comodidade: a principal vantagem que os negócios digitais têm em relação
aos tradicionais é a comodidade oferecida aos consumidores, seja pessoa física ou pes-
soa jurídica. Isso implica que as organizações desenvolvam estratégias que permitam
aos consumidores efetuar as suas compras de qualquer lugar e em qualquer horário, de
forma fácil e intuitiva, potencializando as relações entre consumidores e organização.
16
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• Tipos de negócios digitais e suas características que vão desde o tipo de negócio até
o tipo de consumidor a ser impactado.
17
AUTOATIVIDADE
1 A possibilidade de conhecer os consumidores é uma das vantagens dos negócios
digitais. Acerca da possibilidade de uma empresa conhecer seus consumidores por
meio de suas plataformas digitais, assinale a alternativa CORRETA:
3 O negócio digital possui algumas características importantes que vão desde a escolha
do produto ou serviço a ser oferecido até a entrega e a avaliação do consumidor.
Acerca das principais características de um negócio digital, classifique V para as
sentenças verdadeiras e F para as falsas:
18
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) F – F – F – F.
b) ( ) V – V – V – V.
c) ( ) F – F – F – V.
d) ( ) V – F – V – F.
19
20
UNIDADE 1 TÓPICO 2 -
COMÉRCIO ELETRÔNICO
1 INTRODUÇÃO
Acadêmico, no Tópico 2, abordaremos as definições necessárias para o entendi-
mento e construção de um e-commerce, de forma que consiga entregar à organização
uma loja virtual que traga não somente um produto a venda, mas sim um ponto de con-
tato com o mercado, possibilitando o crescimento e alcance dos objetivos propostos.
2 DEFINIÇÃO
Para iniciar o entendimento sobre comércio eletrônico alguns pontos precisam
ser definidos e conhecidos, para que as estratégias desenvolvidas sejam assertivas.
2.1 E-COMMERCE
Vamos iniciar desmistificando o comércio eletrônico, ele é um processo de
compra, venda ou troca de produtos, serviços ou ideias, físicos ou digitais intermediados
por diferentes tecnologias, meios e processos. Conforme a tecnologia e o comportamento
do consumidor está evoluindo, esse modelo de negócio vem sofrendo constante
evolução e expansão. Na Figura 4, podemos observar essa evolução em números.
21
FIGURA 4 – EVOLUÇÃO DO FATURAMENTO DO E-COMMERCE NO BRASIL
Sua grande vantagem é não possuir limitação de território, porém requer novos
processos e cuidados, como a disposição clara e objetiva dos produtos, sistema para
cadastro e formação do pedido, sistema de pagamento e controle de fraude, suporte pré
e pós-venda, logística, entre outros pontos que, conforme o e-commerce vai expandido
suas fronteiras, mais infraestrutura precisa ser desenvolvida.
ATENÇÃO
Criptografia: é uma técnica utilizada para codificar uma informação
de forma que somente o destino dela conheça a chave ou o método
para desfazer tal codificação. Essa técnica evita que as informações
sensíveis, como dados financeiros dos clientes sejam interceptadas no
meio do caminho.
22
FIGURA 5 – NOTÍCIA SOBRE A RESPONSABILIDADE DE E-COMMERCE SOBRE VAZAMENTO DE DADOS
23
Marketplace: os marketplaces funcionam como uma espécie de shopping
center digital, com vários produtos e fornecedores em um mesmo local, nesse caso,
um portal de e-commerce. Uma organização que oferece um marketplace ao mercado
precisa desenvolver uma infraestrutura robusta para controlar e armazenar a oferta dos
produtos e serviços, assim como suas transações. Normalmente, ele monetiza por meio
de comissão das vendas, como é o caso do marketplaces Magazine Luiza, ou, como ele
se apresenta de forma mais humana, a Magalu.
3 PLATAFORMAS
Para o e-commerce, a plataforma funciona como um sistema responsável pelo
gerenciamento e visualização da loja on-line na Internet. No mercado, várias plataformas
estão disponíveis com diferentes serviços e valores, e compreender o que elas oferecem
é fundamental para uma boa escolha. Os principais serviços e funcionalidades que uma
plataforma deve oferecer estão listados no Quadro 1:
24
QUADRO 1 – PRINCIPAIS SERVIÇOS E FUNCIONALIDADES OFERECIDOS PELAS PLATAFORMAS
• Customização do layout.
• Permitir domínio próprio.
• Cadastro de produtos.
• Cadastro de categorias.
• Gerenciamento de estoque.
• Sistema de segurança criptografado.
• Gestão pedidos.
• Cadastro e cálculo de frete automático.
• Exibição de imagens.
• Integração com redes sociais.
• Ferramentas de SEO (Search Engine Optimization).
• Integração Google Analytics.
• Usabilidade.
FONTE: O autor
Para a escolha de uma plataforma, podemos optar por três tipos, tudo vai
depender do orçamento e maturidade de organização.
25
• Própria: organizações maduras e com uma capacidade financeira maior conseguem
desenvolver uma plataforma própria, desde o servidor, físico, até o software, que
gerencia os processos. Por meio de uma equipe multidisciplinar, consegue desenvolver
soluções totalmente personalizadas e com integração com os demais softwares
da organização. Desvantagens: necessita de equipe qualificada e dedicada, alto
investimento em tecnologia, principalmente. Se a empresa está iniciando nesse
modelo de negócio, o tempo para criação, implementação e amadurecimento pode
se tornar longo. Exemplos: VTEX, JetCommerce e Vertis.
https://www.
nuvemshop.com.br/
https://www.shopify.
com.br/
Plataforma em português,
oferece templates prontos
gratuitos e pagos para
você montar a sua loja
virtual e começar a vender
imediatamente.
https://commerceguys.
com/what-we-do/
drupal-commerce
Plataforma de código
aberto, ou seja, pode ser
estudado, modificado e
distribuído gratuitamente
entre os usuários
26
https://lojaintegrada.
com.br/
FONTE: O autor
CURIOSIDADE
Por meio deste link você poderá conhecer e comparar as principais
plataformas de e-commerce do mundo: https://www.g2.com/categories/e-
commerce-platforms.
DICA
Google Ads: principal serviço de publicidade da plataforma Google.
Google Analytics: ferramenta de monitoramento e análise de sites mais
utilizada no mundo.
27
Além das plataformas, uma decisão gerencial que precisa ser tomada quando
desenvolvemos um projeto de e-commerce é a logística.
4 LOGÍSTICA
Um dos maiores desafios para qualquer organização digital que possua a
necessidade de entrega de produtos físicos é a logística, pois essa atividade precisa
solucionar problemas como o tamanho do território nacional, acesso a algumas regiões,
diferença de tributos por estado, entre outros. Segundo Moura (1998), a logística é uma
ciência que busca desenvolver os meios estratégicos de locomoção de itens produzidos
ao consumidor final.
FONTE: O autor
28
IMPORTANTE
Para e-commerce que vende produtos sob demanda, customizados,
existe ainda a necessidade de garantir que a matéria prima, assim
como o tempo de fabricação, esteja de acordo com o programado, por
exemplo, não deixar faltar malha para uma marca de camisetas autorais.
4.1 ESTOQUE
Quando falamos de estoque precisamos pensar organização e velocidade,
pontos que devem ser levados em conta quando desenvolvemos uma estratégia. Não
podemos definir um modelo ideal para estoque, temos que levar em conta diferentes
características, como:
• Tipos de produtos.
• Armazenamento.
• Categorização.
• Acesso.
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• Volume de vendas.
• Velocidade do despacho.
• Embalagens.
• Drop shipping: também conhecido como just in time, a entrega fica por responsabi-
lidade do fornecedor; por exemplo, o e-commerce passa o pedido para a fábrica e ela
se responsabiliza pela entrega.
• Cross-docking: o e-commerce não possui estoque, mas dessa vez o fabricante, ou
distribuidor, entrega o produto na loja e ela se responsabiliza pela entrega.
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Como vantagem, temos a redução do tempo de envio e, consequentemente,
menor custo, pois a mercadoria está mais próxima dos consumidores. Como desvan-
tagem, temos a necessidade de um controle e sistemas robustos de integração, pois
o dimensionamento e os tipos de produtos devem ser pensados de forma estratégica.
4.2 FRETE
Frete é uma área sensível do e-commerce, que apresenta muitas particularida-
des, seja atribuída ao tipo de produto ou a necessidade do consumidor, exigindo uma
atenção a custos, contratos e formas de atuação. No mercado brasileiro, existem dife-
rentes empresas especializadas em entregas que atuam no mercado nacional, como:
https://www.correios.com.br/logistica/logistica-
Correios
para-e-commerce
Jadlog https://www.jadlog.com.br/jadlog/home
UPS https://www.ups.com/br/pt/Home.page
Direct https://www.directlog.com.br/
FONTE: O autor
Há, ainda, empresas que são como hubs de fretes, possuem uma integração
com diferentes parceiros e soluções, assim como integração com diferentes platafor-
mas. Como exemplo, temos a empresa “Melhor envios”, que oferece diferentes serviços
e facilidades, conforme Figura 7 e Figura 8.
31
FIGURA 7 – TELA INICIAL EMPRESA “MELHOR ENVIO” COM A SOLUÇÃO PROPOSTA E PARCEIROS
A Figura 8 apresenta uma tela com algumas informações sobre valor do frete.
Observe que essas informações, nesse caso, são CEP de origem e destino, tamanho da
embalagem, peso e valor. Outros serviços podem solicitar mais informações que podem
interferir no valor e tempo de entrega, como fragilidade do produto e prazo de entrega.
Vale a pena consultar esse ou outro site, como dos correios, por exemplo, para entender
como cada tipo, tamanho ou peso de embalagem pode interferir no valor do frete.
32
ESTUDOS FUTUROS
Nesse artigo, vocês encontram mais informações sobre como calcular
e quais as estratégias para redução de preços de envio: https://
ecommercenapratica.com/fatores-influenciam-calculo-frete/.
O mais importante, não existe receita pronta nem melhor opção de forma gené-
rica, o importante é verificar as características da sua organização, dos seus produtos
e, principalmente, do consumidor, para aí sim, conhecendo as opções que o mercado
oferece, fazer a melhor escolha para o seu e-commerce. Outro ponto a ser observado
é o pagamento, momento crucial no processo de decisão de compra do consumidor.
5 PAGAMENTO
Pagamento pode ser a maior causa de abandono do carrinho, pois é nesse
momento que o consumidor realmente decide efetuar a compra e colocar seus dados
sensíveis como cadastro, endereço e número do cartão de crédito. Portanto, se em
algum momento o consumidor se sentir desconfortável com alguma solicitação de dado
ou a falta de informação, a venda pode não ser concretizada. Por outro lado, também na
hora do pagamento é o momento em que a loja virtual está mais vulnerável a fraudes
que podem gerar grandes prejuízos e ser responsáveis pela inviabilidade da operação.
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FIGURA 9 – PROCESSO DE PAGAMENTO DE UM GATEWAY
No mercado brasileiro, existem várias empresas que oferecem esse serviço com in-
tegração automática junto às plataformas de e-commerce. Como exemplo, podemos citar:
• Mercado Pago.
• Iugu.
• PayPal.
• PagSeguro.
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QUADRO 6 – VANTAGENS E DESVANTAGENS DO TIPO DE SISTEMA DE PAGAMENTO
Vantagens Desvantagens
• Gestão de pagamentos em um
único canal.
• Flexibilidade para escolher com
quais empresas trabalhar.
• Demora para liquidar
• Menor tempo para recebimento
pagamentos.
de valores, dependendo da
• Ausência de um
negociação feita com o banco ou
Gateway sistema antifraude,
com a adquirente.
o qual precisa
• Menores taxas para volumes de
ser contratado
vendas maiores.
separadamente.
• Acesso a relatórios.
• Maior poder para negociar
valores e taxas diretamente com
as operadoras e com os bancos.
6 SEGURANÇA
A segurança por si só é um ponto a ser observado e considerado. O consumidor
precisa ter a certeza de um ambiente seguro a ponto de depositar a confiança para
efetivar uma transação financeira. Turchi (2018) reforça que a segurança na internet é
um tema que interessa a todos os usuários em razão dos inúmeros riscos existentes,
tais como acesso a alguns conteúdos inapropriados (especialmente por crianças e
adolescentes), riscos de assédio sexual, golpes dos mais diversos tipos, entre outras
questões pertinentes. No Quadro 7, são listados os principais tipos de fraude on-line:
35
QUADRO 7 – PRINCIPAIS TIPOS DE FRAUDE ON-LINE
Elemento Conceito
36
QUADRO 8 – EMPRESAS QUE OFERECEM SELOS E CERTIFICADOS
SiteLock https://www.sitelock.com/
E-bit https://www.ebit.com.br/
ClearSale https://br.clear.sale/
Certisign https://loja.certisign.com.br/
FONTE: O autor
O portal Ebit traz uma página na qual podemos consultar a reputação dos
e-commerce, (https://www.ebit.com.br/reputacao-de-lojas) e categoriza as lojas em
quatro tipos, gerando um selo, conforme Figura 10, para cada e-commerce.
37
FIGURA 11 – PRINT RODAPÉ E-COMMERCE DECATHLON
Armazenamento dos dados: como sua empresa é digital, seu maior patrimônio
são os dados, backup constantes em meio físico e nas nuvens são pontos importantes,
sistematizar processos de backup diários é fundamental para evitar perda de informação.
38
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
39
AUTOATIVIDADE
1 Os marketplaces funcionam como uma espécie de shopping center digital, com vários
produtos e fornecedores em um mesmo local. Nesse caso, um portal de e-commerce.
Sobre o exposto, assinale a alternativa CORRETA:
40
a) ( ) V – F – F – V – V.
b) ( ) V – F – V – V – F.
c) ( ) V – V – F – F – V.
d) ( ) F – F – V – V – F.
3 Um dos maiores desafios para qualquer organização digital que possua a necessi-
dade de entrega de produtos físicos é a logística, pois essa atividade precisa solu-
cionar problemas como o tamanho do território nacional, acesso a algumas regiões,
diferença tributos por estado, entre outros. A logística é uma ciência que busca de-
senvolver os meios estratégicos de locomoção de itens produzidos ao consumidor
final. Acerca do item que não é uma atribuição da logística de e-commerce, analise
as sentenças a seguir:
I- Previsão de tendência.
II- Controle do estoque.
III- Cálculo tempo de entrega.
IV- Embalagens.
V- Preparação de pedido.
VI- Transportadoras.
4 A gestão do estoque é sem dúvida um dos maiores desafios, assim como, depen-
dendo do setor, é a área de maior investimento dos lojistas. Para evitar erros que
possam comprometer a lucratividade do negócio, temos de desenvolver uma es-
tratégia de estoque que seja alinhada com objetivos e recursos financeiros da loja
virtual. Disserte sobre como desenvolver um estoque que compartilhe os produtos
que a empresa já possui em sua loja física, fazendo com que o custo inicial de criar
um e-commerce seja menor.
5 Pagamento pode ser a maior causa de abandono do carrinho, pois é nesse momento
que o consumidor realmente decide efetuar a compra e colocar seus dados sensíveis,
como cadastro, endereço e número do cartão de crédito, portanto, se em algum
momento o consumidor se sentir desconfortável com alguma solicitação de dado ou
a falta de informação, a venda pode não ser concretizada. Por outro lado, também
na hora do pagamento é o momento que a loja virtual está mais vulnerável à fraude
que pode gerar grandes prejuízos e ser responsável pela inviabilidade da operação.
Uma solução para os problemas apontados é a contratação de um Gateways de
pagamento, ou intermediador de pagamento. Disserte sobre a solução que seria a
mais indicada para uma loja on-line que está entrando no mercado agora e possui
uma equipe reduzida de funcionários.
41
42
UNIDADE 1 TÓPICO 3 -
1 INTRODUÇÃO
2 COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
Quando iniciamos um projeto de e-commerce, precisamos desenvolver
uma pesquisa que possibilita a identificação do público-alvo, e compreender suas
necessidades e características de comunicação, assim como suas necessidades e
desejos. Essa identificação é feita por meio de mecanismos que coletem e analisem
dados, que acompanhem as tendências e oportunidades do mercado e, principalmente,
monitorem e acompanhem a jornada do usuário. Logo, são necessários alguns
questionamentos:
Vamos nos colocar como consumidores, qual foi a última coisa que você
comprou? Essas compram passaram por algum processo?
43
Outra definição aqui é a jornada do consumidor, diferentes autores conceituam
e apresentam diferentes entendimentos, mas todos vão em direção à compreensão
do caminho que um consumidor faz para chegar e transitar dentro do e-commerce.
A compreensão de onde o consumidor está, quais caminhos ele fez para chegar
até a nossa loja e quais links, categorias, produtos etc. ele clicou e buscou no site é
fundamental para a criação de estratégias.
Para Gabriel (2020), na era digital, os meios on-line e off-line estão cada vez
mais integrados por meio dos dispositivos móveis e IoT. Portanto, não importa se o
contato do consumidor é feito pela Internet ou fisicamente, a experiência dele deve ser
fluida e integrada, considerando que o clássico funil de vendas linear agora é dinâmico.
ESTUDOS FUTUROS
Neste artigo, você vai encontrar mais informações sobre a mudança
no comportamento do consumidor: https://conteudo.movidesk.com/
consumidor-digital/.
44
FIGURA 12 – FUNIL DE MARKETING
Ainda para Gabriel e Kiso (2020), o lead no topo do funil de marketing sabe
que sua empresa existe, mas não interagiu muito com você, nem buscou informações
adicionais. No meio, tem-se o estágio de interesse e consideração. Na parte inferior do
funil, os clientes estão informados e prontos para fazer uma compra. Como nem todo
mundo se interessa por comprar efetivamente, a maioria dos funis tem mais leads no
topo de seu funil, daí o termo.
2.1 PROSUMER
Conforme evoluímos nossos estudos, foi possível perceber que o consumidor
mudou tanto com a influência da tecnologia que recebeu um novo conceito e está
sendo chamado de “Prosumer”. Esse termo é utilizado para identificar o consumidor
pós-moderno, que surgiu na década de 1980, cunhado pelo autor Alvin Tofler. São
consumidores ativos, buscam informações sobre o produto e serviço e, comumente,
45
compartilham sua avaliação com demais consumidores. Esse comportamento de
estudar, avaliar e compartilhar informações sobre produtos e serviços tornam esse
consumidor um produtor de conteúdo. Por meio da internet, o prosumer conversa com
maior nível de influência com os demais consumidores, pois, a princípio, sua opinião é
isenta, por não estar atrelada à organização que comercializa os produtos ofertados,
diferente dos vendedores ou até mesmos influenciadores que são remunerados para
divulgar produtos ou serviços.
Quem lembra do marketing boca a boca, hoje ele foi potencializado pela
tecnologia, a regra é a mesma, porém com maior profissionalismo. O prosumer é
motivado, cria blogs, sites, perfis em redes sociais e e-mail marketing.
• Definir o produto.
• Escolha um segmento e nicho.
• Observe a concorrência.
• Identificação de preço.
• Identificação de estratégias marketing.
• Definição forma pagamento.
• Definição de estratégias logísticas.
• Escolha de plataforma.
• Definição forma de envio e frete.
• Descrição e apresentação do produto.
46
3.1 DEFINIR O PRODUTO
A escolha de um produto e/ou serviço é uma decisão estratégica da organização,
atualmente se vende de tudo na internet e, com a popularização, as empresas estão
aproveitando para lançar e testar novos produtos constantemente. No entanto, antes
de definir, é importante fazer uma boa pesquisa de mercado.
Se você está começando um e-commerce e ainda não definiu qual produto irá
vender, uma boa opção é fazer uma pesquisa no Mercado Livre ou outros marketplaces.
Geralmente, essas plataformas apresentam ranking de produtos e a quantidade vendida,
ranking de vendas, para quem ainda não definiu produto, está aí uma oportunidade de
observar o mercado. Por exemplo, na Figura 13, temos um produto vendido na plataforma
e a quantidade de itens vendido sobre o título do produto.
É comum encontrar relatos de que uma loja física com atuação local vende
muito de um produto do modelo “y”, porém, quando essa loja entra para o varejo on-
line, ela não tem o mesmo desempenho de venda, isso pode acontecer, pois a cultura
de compra local pode ser diferente da cultura de compra dos clientes on-line. São
muitos detalhes, e uma boa pesquisa, testes, e avaliação do retorno em cada uma das
ações é essencial.
47
3.2 ESCOLHA UM SEGMENTO E NICHO
Tirando os grandes marketplaces, é importante definir um segmento ou nicho
de atuação, quanto maior a especialização, maior a chance de se tornar referência; ter
produtos e serviços que atendam nicho de mercado faz com que tenhamos menos
concorrência e que possamos ter uma estratégia diferenciada, fugindo da concorrência
por preço.
Imagina dois e-commerce, um que vende roupas de bebê, e outro que vende
roupas de bebê com a temática rock. O primeiro vai concorrer com várias lojas on-line
e com os grandes marketplaces, o segundo já irá se especializar, criar uma estratégia
de marketing para chamar atenção do consumidor que tem interesse no estilo musical.
Como exemplo, podemos ver a Figura 14.
48
Como podemos ver, a loja vende produtos para bebês, mas ela encontrou um
segmento, ou melhor, podemos dizer que encontrou um nicho, pois se especializou
em um determinado tema e, consequentemente, consegue entregar um produto que
chama a atenção do público-alvo.
49
Existem várias técnicas de precificação, mas vamos conhecer as três principais
que ajudam no processo de decisão estratégica:
50
3.6 DESCRIÇÃO E APRESENTAÇÃO DO PRODUTO
Para fazermos a apresentação do produto, podemos escolher diferentes mí-
dias como textos, votos, vídeos, animações, animações 3D, entre outros recursos que
permitem ao usuário se aproximar e avaliar o produto a ser comprado. Lembre-se: uma
compra é uma troca de “valor” que o produto tem por um “preço” e que a loja, nesse
caso, virtual, pede.
51
FIGURA 16 – PRINCIPAIS MÍDIAS DIGITAIS QUE INFLUENCIAM NAS COMPRAS DE E-COMMERCE NO
BRASIL EM 2019
Precisamos ter em mente que a relação das mídias sociais e as compras on-line
é direta. Existe uma grande influência dessas mídias em relação ao comportamento
do consumidor on-line. O consumidor, e imagino que você também, antes de efetuar
a compra, realiza diversas pesquisas sobre o produto e a experiência que ele pode
proporcionar.
52
Normalmente, a mídia paga é identificada como anúncio e pode gerar ruído
quanto à credibilidade da informação.
Existem algumas principais mídias pagas, mas, atenção, algumas das redes
sociais permitem a publicação de forma gratuita, com o objetivo de atrair as marcas,
mas com “alcance” (frequência que a publicação é apresentada ao usuário) restrito.
• Google Ads.
• Instagram Ads.
• Facebook Ads.
• Linkedin Ads.
• Campanhas patrocinadas em portais, sites, blogs etc.
• Campanhas de Remarketing.
53
Como exemplo, podemos citar um e-commerce que, quando entrega seus pro-
dutos com uma apresentação impecável, embalagem e um presente para o consumidor,
ela motiva os próprios clientes a postarem os produtos em suas próprias redes sociais.
54
LEITURA
COMPLEMENTAR
CRESCIMENTO DO E-COMMERCE NO BRASIL: DESENVOLVIMENTO, SERVIÇOS
LOGÍSTICOS E O IMPULSO DA PANDEMIA DE COVID-19
O comércio eletrônico tem suas origens nos Estados Unidos na década de 1980,
quando grandes varejistas e a indústria automobilística passam a utilizar o Electronic
Data Interchange (EDI) para realizar os pedidos junto a seus principais fornecedores,
pressionando toda a cadeia de suprimentos a se adequar e se modernizar do ponto de
vista tecnológico. Posteriormente, em 1993, surgiram os softwares, que fizeram o uso
dos computadores e se tornar bem mais acessível. O conceito de browse8, introduzido
pela Netscape nessa época, possibilitou a passagem de uma página eletrônica para outra
com um simples clique do mouse, tornando bastante fácil a navegação. Novaes (2007)
lembra que, a partir de 1994, as possibilidades de negócios na Web foram plenamente
percebidas pelos agentes econômicos, iniciando-se assim uma nova fase, de cunho
nitidamente comercial. Em 1995, já surgem algumas das empresas que se tornariam
líderes do setor, como a eBay e a Amazon (SANTOS et al., 2018). Na primeira década do
séc. XXI, os principais tipos de e-commerce, de acordo com Novaes (2007), eram:
55
os produtos. Assim, o comércio do tipo B2B se caracteriza por ter pessoas jurídicas nas
duas pontas do processo, ou seja, a comercialização não é dirigida às pessoas físicas.
Normalmente o B2B é utilizado para transações entre grandes empresas.
Bagatini e Laimer (2019) entenderam que, além das formas mais usuais de
EDI, B2B e B2C, existem formas de e-commerce, como o C2C (de consumidor para
consumidor, como o caso do App OLX) e C2B (do consumidor para empresa ou logística
reversa), entre outras formas embrionárias de negócios.
56
Outra vantagem do e-commerce é a personalização de produtos, nem sempre
disposta no varejo convencional, por exemplo: se um indivíduo deseja adquirir uma
camiseta de futebol e nela estampar o seu nome e colocar o número desejado, dificilmente
ele conseguirá uma loja que faça esse serviço no momento da compra, diferentemente
das opções em páginas eletrônicas especializadas em materiais esportivos, como a
Netshoes e a Centauro, que oferecem a opção de customização dos produtos.
57
Se, na metade da década de 1990, os Estados Unidos e alguns países desen-
volvidos estavam criando seus primeiros canais de e-commerce, o Brasil ainda estava
começando a experimentar o uso da internet. Segundo Santos et al. (2018), apenas
em 1994 a Embratel decidiu implantar o acesso on-line de forma experimental no país,
liberando-o para o setor privado somente em 1995. O Grupo Pão de Açúcar, Submarino
e o Americanas.com foram os pioneiros no comércio eletrônico brasileiro (Idem).
58
Como podemos analisar no Gráfico 2, o faturamento do e-commerce vem
em ascendência no período 2011-2020, crescendo 351,3%, com destaque para o
ano de 2020, quando cresceu 41% em relação ao ano anterior. O relatório nº43 da
Webshoppers (2021) salienta que a pandemia da Covid-19 contribuiu muito para a
elevação dos números do e-commerce no Brasil, pois muitas pessoas passaram a
buscar novas formas de adquirir mercadorias sem ter que frequentar os tradicionais
pontos de compras. Mais adiante retomaremos essa discussão.
59
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
60
AUTOATIVIDADE
1 Os leads começam sua jornada no topo do funil e à medida que se aproximam de fazer
uma compra, descem ainda mais o funil. Acerca do termo lead, assinale a alternativa
CORRETA:
61
( ) O funil de venda só pode ser aplicado com consumidores experientes no processo
de compra on-line.
( ) Consumo em um ambiente on-line acontece de forma empurrada, as organizações
determinam o momento da compra.
( ) O entendimento que consumo em ambientes on-line acontece em forma de jornada
do consumidor e faz com que as organizações precisem desenvolver estratégias
para cada momento, iniciando pela identificação de leads.
( ) Para o consumidor, a compra em ambientes on-line é simples, basta termos uma
boa imagem e uma descrição do produto.
62
REFERÊNCIAS
CRUZ, W. L. de M. Crescimento do e-commerce no Brasil: desenvolvimento, serviços
logísticos e o impulso da pandemia de Covid-19. GeoTextos, Florianópolis, v. 17, n. 1,
p. 67-88, jul. 2021. Disponível: https://periodicos.ufba.br/index.php/geotextos/article/
view/44572/24941. Acesso em: 16 fev. 2022.
63
64
UNIDADE 2 —
ESTRATÉGIAS DE MARKETING
PARA E-COMMERCE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer dela, você encontrará
autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
CHAMADA
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure
um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá melhor as informações.
65
CONFIRA
A TRILHA DA
UNIDADE 2!
Acesse o
QR Code abaixo:
66
UNIDADE 2 TÓPICO 1 —
1 INTRODUÇÃO
Acadêmico, no Tópico 1, conheceremos como a tecnologia como Realidade
Aumentada, Big Data, Rastreamento, entre outras podem ser utilizadas para a criação
de um comércio ou negócio digital na qual a organização consiga oferecer ao mercado
seus produtos e serviços alinhados com a demanda.
2 TÉCNOLOGIAS DIGITAIS
Finalizamos a Unidade 1 falando sobre a análise do mercado no que diz respeito
ao e-commerce e às principais características que devem ser observadas. Agora vamos
direto à tecnologia, vamos conhecer como ela vem potencializando os modelos de
negócios digitais e criando ecossistemas.
67
Vamos fazer um exercício, todos nós já compramos ou conhecemos alguém
que comprou algum produto ou serviço on-line. Se observarmos, o processo de compra
é mediado pela tecnologia e, conforme Gabriel e Kiso (2020), essa mediação cria um
poder ao consumidor. Além da comparação do controle remoto, citado pelos autores,
podemos trazer para nossa reflexão o fato de que em um ambiente “tradicional” de
comércio a oferta de produtos e serviços eram limitadas e passavam pela “curadoria”
dos comerciantes, hoje já é diferente, o consumidor tem o “mundo” à disposição.
Vamos somar mais um ponto a esse exercício, você também já deve ter comprado
algum produto em uma loja de conveniência, essas lojas têm como característica um
modelo de negócio de oferecer de forma “conveniente” produtos e serviços, isso quer
dizer, atender em praças, locais e em horários diferentes dos modelos de negócios
tradicionais. Vamos pegar como exemplo as lojas de conveniências em postos de
gasolina, as quais oferecem produtos “essenciais” 24 horas por dia, esse modelo de
negócio permite que a organização cobre um valor maior, demostrando, assim, que
o consumidor está disposto a pagar mais pela conveniência. Quando levamos esse
entendimento para o e-commerce, podemos perceber que a “conveniência”, facilidade
para compra, é uma característica antiga e, novamente, potencializada pela tecnologia.
68
Internet Móvel – O aumento da internet móvel, 5G no momento potencializa
ainda mais a presença, permitindo que cada vez mais o consumidor esteja conectado
em diferentes momentos e lugares.
Big Data – Termo muito utilizado e abrange uma área importante para os
negócios digitais, ele diz respeito ao grande volume de dados que a tecnologia permite
colher, armazenar e analisar, tirando, assim, informações relevantes para o sucesso
de um e-commerce. Esses dados se tornam métricas para o desenvolvimento e
monitoramento das estratégias digitais.
Mesmo com uma descrição completa e fotos detalhadas dos itens oferecidos
nos e-commerce, os usuários ainda podem ter dúvidas sobre a compra e adequação
dos produtos a sua necessidade. Diante desse problema, a realidade aumentada auxilia
no processo de decisão por meio de interação e teste dos produtos de forma virtual
antes de adquiri-los.
69
Na Figura 1, temos um exemplo da possibilidade de utilização da realidade
aumentada, a marca de tênis permite que o produto seja “provado” virtualmente.
ATENÇÃO
É comum a confusão, mas fique atento, Realidade Aumentada inclui
componentes digitais a um ambiente real; Realidade Virtual leva o
usuário a um ambiente totalmente digital e diferente do ambiente físico
no qual o consumidor está.
Apesar dessa tecnologia ser nova, novos cenários estão sendo criados e
as organizações precisam desenvolver estratégias nesse sentido. A evolução para
a realidade virtual é foco de muitas organizações, é o que está sendo chamado de
metaverso, que podemos definir como um novo mundo, no qual une o mundo físico ao
mundo virtual.
70
FIGURA 2 – USUÁRIO UTILIZANDO ÓCULOS DE REALIDADE VIRTUAL PARA ACESSAR O METAVERSO
ESTUDOS FUTUROS
Para conhecer mais sobre o metaverso, este artigo irá ajudar, observe
que o metaverso é a união de diversas tecnologias já existentes, com
o comportamento cada vez maior dos usuários ao estarem em um
ambiente virtual. Acesse em: https://www.infomoney.com.br/guias/
metaverso/.
71
IMPORTANTE
Essas são tendências para o e-commerce nos próximos anos, perceba,
novamente, que temos a evolução da tecnologia alinhada com a
evolução do comportamento do consumidor e vice-versa.
3 MÉTRICAS
Para compreender melhor esse conceito, vamos do início: podemos definir
métricas como medidas quantificáveis e seus conjuntos que têm como objetivo orientar
o processo de decisão em diferentes áreas e para o e-commerce isso não é diferente.
Como estamos longe do consumidor, não temos a interação “olho no olho”, precisamos
procurar identificar elementos para o processo de decisão. Vamos a um exemplo: temos
uma loja virtual que vende livros e, nos últimos meses, as vendas vem caindo. Qual seria
a solução?
Enfim, não vender pode ser resultado de diversos problemas que precisam
ser investigados. Vamos conhecer algumas métricas muito importantes para atuação
e crescimento de uma organização em um ambiente competitivo de vendas on-line.
Conheceremos algumas delas; observe que todas elas trazem dados e observações
quanto a sua origem.
IMPORTANTE
Um dado só pode ser avaliado quando comparado a outro dado,
exemplo: 10% de aumento de venda é um dado que representa uma
situação positiva ou negativa para a organização? Provavelmente,
você vai dizer que é bom, pois teve aumento nas vendas, mas se as
vendas aumentaram 10% na sua organização e de seus concorrentes
o aumento foi de 60%, agora esse dado não representa uma métrica
positiva, mas sim negativa, pois, quando comparado, temos uma menor
evolução das vendas.
72
3.1 CUSTO DE AQUISIÇÃO DE CLIENTES (CAC)
O Custo de Aquisição de Clientes (CAC) é uma métrica criada com a soma de
tudo o que foi investido para que o cliente chegue até seu e-commerce, dividido pelo
número de clientes adquiridos. Assim, para uma comparação, quanto menor for o CAC
de sua loja melhor foi a estratégia adotada. Essas métricas podem ser comparadas
entre períodos, exemplo: campanha de Natal de 2020 e 2021, ou até mesmo com os
concorrentes, isso se essa informação estiver disponível. Para que essa métrica seja
real, precisamos ter um controle adequado de todos os gastos, como marketing e
compra de anúncios, dentre outros investimentos.
número de visitantes que realizaram uma compra (÷) número total de visitantes.
Caso a taxa de conversão seja baixa, pode ser resultado de diferentes problemas,
como:
•
• Descrição insuficiente.
• Imagens ruins.
• Formas de pagamento.
• Custo do frete.
• Público errado.
• Outros problemas.
73
Esses problemas podem ser minimizados ou resolvidos com a atenção aos
detalhes, com a observação ou a pesquisa com o próprio consumidor, na qual possamos
identificar pontos de melhoria com a usabilidade, descrição de produtos, entre outros
problemas que podem, muitas vezes, gerar a saída do consumidor sem finalizar a compra
e passam desapercebido pela equipe de gestão do e-commerce.
Além disso, na aquisição de vários itens ou quando o valor exato da entrega não é
informado anteriormente, o consumidor pode incluir os itens no carrinho apenas por
curiosidade, para saber quanto fica o frete. Se for alto demais, ele já desiste. E você
fica sem entender o porquê.
Por isso, as pessoas inserem os produtos no carrinho tentando alcançar esse valor.
Quando não alcançam, os itens são abandonados.
74
3. Entrega demorada
Esse é mais um problema de entrega do produto, mas dessa vez não relacionado ao
preço, e sim ao prazo. Quando o cliente percebe que a entrega vai demorar demais,
pode acabar optando pelo site da concorrência.
Contudo, não caia na armadilha de informar um prazo de entrega menor do que você
pode cumprir só para conquistar a venda. Depois, quando o produto demorar mais do
que prometido, a frustração com a sua loja será maior ainda.
Entretanto, muitos lojistas escolhem deixar de fora algumas dessas opções, pois elas
têm suas desvantagens, como as taxas cobradas por bancos e intermediadores e o
risco de o cliente esquecer-se de pagar um boleto, por exemplo.
5. Problemas de usabilidade
Quando o consumidor se sente perdido no processo ou passa a ter muito trabalho
para concluir uma ação, ele pode desistir da compra – talvez por não ter paciência ou
perder a confiança na loja.
6. Problemas técnicos
Página não encontrada, problema no servidor, falta de energia elétrica, internet fora
do ar… também podem ocorrer problemas técnicos durante o processo de finalização
da compra. Alguns desses problemas estão ao seu alcance para serem corrigidos,
outros não.
7. Indecisão do consumidor
O abandono do carrinho também pode ser motivado pela indecisão do consumidor.
Quando não sabe ainda se deve ou que irá adquirir, ele não está pronto para concretizar
a compra.
Talvez ele tenha iniciado o processo por impulso e, quando chegou ao carrinho,
percebeu que aquele não era o momento certo. Ou, talvez, ainda esteja amadurecendo
sua decisão e comparando diferentes lojas para escolher uma.
75
8. Distração do consumidor
Já pensou que a pessoa pode até esquecer que deixou os produtos no carrinho? Sim,
você deve considerar todas as possibilidades.
Talvez ele tenha incluído os itens no carrinho, mas, antes de pagar, resolveu olhar
outra janela do navegador e nunca mais voltou ao seu site. Ou talvez tenha recebido
uma ligação bem na hora de preencher os dados do cartão. É, até isso acontece.
Como observado, são diversos fatores que podem ocasionar esse abandono e,
para isso, ações corretivas de retargeting (em uma tradução livre, apontar novamente
ao alvo; neste caso, o usuário que abandonou o carrinho) devem ser tomadas como
uma ação corretiva, como o envio de cupons, lembrete de promoções, entre outras
ações de marketing, com o objetivo reconquistar esse consumidor. Essa ação é muito
importante, pois todo o investimento anterior de ações de marketing, logística e criação
do e-commerce são desperdiçados.
valor total vendido no período (R$) (÷) número de clientes que efetuaram compra
no mês
76
FIGIRA 3 – TELA DE RECOMENDAÇÃO DE PRODUTO
3.6 ROI
O termo ROI (Return On Investment) é uma métrica muito comum, para dife-
rentes áreas e para o e-commerce não seria diferente. Essa métrica traz o resultado da
análise do valor investido comparado ao retorno financeiro que uma determinada ação
gerou e, com base nela, você pode verificar se deve ou não aumentar o investimento, ou
até mesmo criar uma nova estratégia.
Vamos a um exemplo:
77
R$ 2.000,00 (custo da campanha de marketing) = R$ 6.000,00 (valor B), esse é o valor
investido. Para o cálculo do ROI, fazemos o valor total das vendas (valor A) menos o valor
investido (valor B), depois dividimos o resultado novamente pelo valor do investimento
(valor B), conforme fórmula.
Nesse caso, o e-commerce de moda teve um ROI de 0,83, que quer dizer
que, a cada 1 real investido, o e-commerce lucrou R$ 0,83. Outros autores e outros
modelos de negócio utilizam diferentes formas de calcular o ROI, o importante aqui é
identificar as características e conseguir avaliar o retorno do que foi investido, isso ajuda
a compreender, por exemplo, qual estratégia é a mais rentável para cada negócio.
3.7 ROAS
A métrica ROAS (Return On Advertising Spend) segue a mesma forma que o
ROI (Return On Investment), porém o valor investido incluído nessa métrica é somente
o valor dos anúncios pagos.
Apesar de a forma de cálculo ser igual, eles trazem diferenças que devemos
observar. Como o ROI abrange todos os custos, seu valor pode ser menor, já para o
ROAS, é recomendado que o valor seja bem maior, pois ele observa pontualmente o
valor investido em anúncios e seu impacto direto no retorno dessa ação.
3.8 CPA
Sigla para Custo por Aquisição (CPA) é o indicador do custo por conversão
da campanha, por exemplo os downloads de um material, vendas, ou qualquer outra
ação que o usuário faça. Nesse caso, a organização paga (para o Facebook, Google,
Pinterest, entre outros) quando o usuário executa a ação programada, porém, como seu
custo é maior, essa estratégia é indicada somente para produtos ou serviços com maior
margem, pois o investimento tende a ser maior. Para calcular o seu valor é bem simples,
basta dividir valor investido pelo número de “conquistas”, aquisições efetivamente
concretizadas.
Também é outra forma de se pagar por anúncios, na qual a cobrança é feita com
um valor total para a campanha antes mesmo de começarem a serem veiculados, a quan-
tia vai sendo debitada à medida que os objetivos estabelecidos são alcançados e essa
relação é mediada pelas próprias plataformas, como Google, Facebook, entre outras.
Conforme estudado, existe diferentes métricas que devem ser observadas para
que o e-commerce mantenha um posicionamento lucrativo, a observação diária dos
indicadores permite que a equipe aprenda e corrija o curso das estratégias em tempo real.
78
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• Os negócios digitais são mediados pela tecnologia e ela traz oportunidades e desafios
para as organizações, pois coloca o consumidor como protagonista da relação.
79
AUTOATIVIDADE
1 É inegável que as tecnologias digitais têm se tornado cada vez mais presentes em
todos os aspectos da vida humana – social, profissional, pessoal – impactando e afe-
tando a sociedade, a cultura, o modo como vivemos e interagimos com o mundo. Com
base nessa afirmação, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
3 Métricas são definidas como medidas quantificáveis e seus conjuntos, elas têm como
objetivo orientar o processo de decisão em diferentes áreas e para o e-commerce,
isso não é diferente. Acerca das métricas para e-commerce, assinale a alternativa
CORRETA:
80
a) ( ) Calendário de datas comemorativas.
b) ( ) Abandono de carrinho e ROI, retorno do investimento.
c) ( ) Pesquisas de marketing qualitativas.
d) ( ) Somente dados referentes a vendas diretas de produtos.
5 Você foi contratado para gerenciar um e-commerce com mais de três anos de atuação
e, como primeiro momento, você solicita à equipe um relatório com as principais
métricas para compreender a situação atual da loja virtual e conseguir criar um
direcionamento estratégico para as ações futuros. Com base nas métricas estudadas,
selecione quatro métricas e explique resumidamente cada uma, justificando a sua
escolha.
81
82
UNIDADE 2 TÓPICO 2 -
ESTRATÉGIAS MARKETING DIGITAL
1 INTRODUÇÃO
Acadêmico, no Tópico 2, abordaremos algumas estratégias de marketing digital,
iremos conhecer ferramentas de SEO (Search Engine Optimization) que colocam uma
loja virtual nos melhores posicionamentos dos sites de busca, e-mail, marketing, entre
outras estratégias que contribuem diretamente para os negócios digitais.
Também vamos estudar sobre a jornada com consumidor, o caminho que ele
percorre no ambiente digital desde a busca por informação até a avaliação da experiência
de consumo, assim como conhecer o funil de marketing, no qual permite estratificar
grupos de clientes e direcionar campanhas e ações de marketing assertivas.
2 SEO
Como já estudado, o e-commerce é um local em um deserto virtual, como as
lojas on-line, que ficam por natureza em um espaço muito amplo, podemos dizer que
infinito, e para o cliente encontrar a loja é uma missão quase que impossível. No mundo
real, as organizações procuram locais conhecidos e de grande fluxo de clientes em
potenciais, para o e-commerce, isso acontece por meio dos buscadores, os portais,
como Google.
Para que o cliente possa encontrar nossa loja, precisamos estar bem “colo-
cados”, ranqueado, nos portais de busca. Para elevar a posição de um site na busca
orgânica, utilizamos SEO – Search Engine Optimization, técnicas implementadas na
página (on page) que permitem aprimorar um site para que possa ser mais facilemen-
te encontrado pelo Google, sem usar links patrocinados (TURCHI, 2018). Na Figura 4,
observe que temos a tela de busca no GOOGLE do produto smartphone, ele retorna
quatro links sendo os dois primeiros pagos, identificados com a palavra anúncio, já
os outros dois são links de grandes marcas de e-commerce que aparecem organica-
mente bem-posicionados. O posicionamento garante maior oportunidade de o con-
sumidor clicar e ir até o seu e-commerce, pois de outra forma dependemos do tempo
e vontade do cliente entrar nos likes que aparecem em posições menos “nobres”, po-
demos fazer a relação com uma loja em uma rua movimentada e uma loja em uma rua
em um bairro distante.
83
FIGURA 4 – TELA DE BUSCA GOOGLE PARA O PRODUTO SMARTPHONE
DICA
Investir em SEO é essencial, pois o tráfego originado de mecanismos de
busca e tráfego orgânico pode representar até 60% da sua audiência
total de um site ou e-commerce.
Para Gabriel e Kiso (2020), otimização on page (SEO) é a parte das técnicas
envolvidas na manipulação do conteúdo, código e estrutura das páginas do website, de
forma a melhorar o posicionamento delas na busca orgânica.
84
• Os principais buscadores atuais baseiam-se em robots e crawlers (robôs), que visitam
e analisam os códigos, conteúdos e estruturas das páginas da Web para classificação,
indexação e ranking. Assim, o alimento dos buscadores consiste em códigos,
conteúdos e estruturas das páginas e, portanto, as técnicas de SEO são enfocadas
neles. Se o código, a estrutura e o conteúdo de uma página Web são desenvolvidos
com SEO em mente, a probabilidade de se conseguir um bom ranking da página
aumenta bastante. Da mesma forma que a qualidade do código genético determina
o potencial de um ser vivo, um bom código de página aumenta a probabilidade de um
bom resultado.
• Requer tempo e paciência: depois de otimizada, uma página pode demorar dias para
ser indexada pelos buscadores. Portanto, fazer a otimização das páginas para os
buscadores pode requerer meses até os resultados aparecerem.
• As técnicas de SEO dependem intrinsecamente das palavras-chave escolhidas para
otimizar o posicionamento (ranking). Portanto, palavras-chave (keywords) são o
coração do SEO.
• Além das palavras-chave, há também outro fator externo à página que afeta o
posicionamento dela nas buscas, que é a sua relevância (page rank).
85
Obviamente, existe muita técnica racional e arte na criação de um site, nesse
caso, para uma loja virtual conseguir um bom posicionamento e, consequentemente,
fluxo de clientes, deve-se colocar em prática uma tarefa multidisciplinar, que requer
planejamento e muito teste.
DICA
Existem muitas ferramentas de apoio para desenvolver o SEO de um
e-commerce. Neste link, os autores apresentam 13 Ferramentas de SEO
Para Decolar Seu Ranking do Google: https://neilpatel.com/br/blog/13-
ferramentas-de-seo-para-decolar-seu-ranking-do-google/.
86
DICA
Para se aprofundar nesse conhecimento, confira a leitura disponibilizada
gratuitamente no e-book oferecido pelo site ThinkWithGoogle.com:
https://bit.ly/3DpfA0o.
DICA
Neste artigo, você vai encontrar mais informações sobre a mudança
no comportamento do consumidor: https://conteudo.movidesk.com/
consumidor-digital/.
87
O estudo do comportamento do consumidor é complexo, porém sua essência
é compreender os fatores de interesse, necessidade ou desejos e como o processo de
solucionar essas “dores” acontecem. Para um ambiente digital, podemos entender e
representar a jornada do consumidor como um funil. Atualmente, essa relação é muito
utilizada pelo marketing para desenvolver as estratégias conforme cada etapa que o
consumidor se encontra. O funil de marketing é representado na Figura 5, e traz cinco
níveis, segundo Gabriel e Kiso (2020), sendo: consciência, interesse, consideração,
compra/ação e fidelidade.
Para Gabriel e Kiso (2020,) os leads começam sua jornada no topo do funil e, à
medida que se aproximam em seu processo de compra, vão “descendo” o funil. Ainda
para o autor, o lead no topo do funil de marketing sabe que sua empresa existe, mas não
interagiu muito com você nem buscou informações adicionais. O estágio de interesse
e consideração está no meio. Na parte inferior do funil, os clientes estão informados e
prontos para fazer uma compra.
88
Como nem todo mundo se interessa por comprar efetivamente, a maioria das
organizações tem mais leads do que vendas convertidas, por isso o conceito de funil.
Os profissionais que atuam com comércio eletrônico precisam estar atentos, pois
cada grupo de consumidores em cada uma das etapas do funil requerem conteúdos,
mídias, redes sociais, entre outras formas de contato diferentes.
89
Grande erro e motivo de insucesso de muitas empresas é que muitas vezes a
presença digital se resume em um e-commerce, muitas vezes bem desenvolvido com
bons produtos, mas posicionado como uma ilha, parado e à espera de clientes, sem a uti-
lização de “pontes” para diferentes momentos que os consumidores podem apresentar.
4 E-MAIL MARKETING
O e-mail marketing é uma das ferramentas estratégicas de marketing digital
mais antigas, porém, ainda muito eficiente para o e-commerce. Como você já deve
saber, e até mesmo receber em seu dia a dia, o e-mail marketing é a utilização do e-mail
para envio de informação em campanhas digitais, principalmente para e-commerce.
Esse recurso deve ser usado com uma ferramenta para criar e manter relacionamento
com o cliente.
IMPORTANTE
Cuidado, e-mail marketing sem autorização do usuário e enviado de
qualquer forma se torna um spam, gerando ruídos na imagem da
organização.
90
• Automatizar o disparo: sistematiza o envio de e-mails.
• Acompanhar o desempenho: essa função é muito importante, pois gera métricas
de disparos, abertura, cliques, entre outros, permitindo, assim, avaliar a eficiência da
estratégia.
• Permissão e ética (opt-in e opt-out): para que uma ação seja considerada e-mail
marketing, e não spam, é essencial que respeite as práticas éticas para obter opt-
in e ofereça, da mesma forma, opt-out. Assim, o e-mail marketing só acontece no
âmbito da permissão, que é a base do marketing de relacionamento.
91
• Assincronicidade: o e-mail permite a leitura e a resposta em tempos distintos,
além da leitura em momento diferente do envio/recebimento. Isso favorece a
interação com diversos perfis distintos de públicos – enquanto há pessoas que
gostam de interagir instantaneamente, há outras que precisam de vários dias para
agir. Dessa forma, o e-mail atende aos mais diversos perfis.
• Permanência: uma vez recebido por uma pessoa, o e-mail pode ser guardado
(e os relevantes têm alta probabilidade de ser) e permanece com o público-alvo,
permitindo que seja lido mais de uma vez em situações distintas.
• Preço baixo (per capita): o custo de envio de produção e envio de e-mail marketing
é barato quando comparado ao de outras formas de comunicação direta, como
mala-direta por correio, por exemplo.
92
IMPORTANTE
Em toda a estratégia de envio de e-mails é recomendado incluir o botão
de cancelamento de recebimento ou inscrição, permitindo, assim, que
o cliente cancele sua inscrição, esta prática traz um respeito e evita que
a marca se torne inconveniente, já que o cliente não quer mais receber
as informações.
5 REMARKETING OU RETARGETING
Um problema muito comum para os negócios digitais, já estudado, é a
quantidade de clientes que acessa, por exemplo, um e-commerce e sai sem comprar.
Para recuperar esse “desperdício” de clientes, existe a estratégia de remarketing ou
retargeting, que consiste em ações para atrair novamente consumidores que em algum
momento demostraram interesse pelos produtos e serviços oferecidos.
93
DICA
Para compreender melhor sobre remarketing com o Google ADS, este
artigo traz algumas informações relevantes: https://resultadosdigitais.
com.br/blog/remarketing-google-ads/.
Como vantagem dessa estratégia, que pode ser automatizada, ou até mesmo
com ações pontuais, que irá depender do tamanho e da complexidade do e-commerce,
temos:
ATENÇÃO
Todos os processos de remarketing devem ser desenvolvidos
respeitando a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) – Lei nº 13.709/18.
94
Empresa procura clientes. Cliente vem até a empresa, pois é atraído.
• Quais são seus pontos de dores? (Podemos entender dores, neste caso, como
necessidades, problemas a serem solucionados).
• Como você, enquanto empresa, pode ajudá-los a cumprir com um objetivo pessoal
ou suprir algum ponto de dor?
95
Ambas são estratégias validadas e muito importantes, sabemos que não há um
modelo mais efetivo que o outro. Dessa forma, utilize junto com sua equipe de marketing
essas duas abordagens, assim se garante que um número maior de consumidor possa
ser atingido.
DICA
Existem inúmeras ferramentas para captação de lead. Vale a pena
conhecer o que esses serviços têm a oferecer. Como recomendação,
acesse a ferramenta de automação de marketing: https://www.
rdstation.com/.
7 ESTRATÉGIAS DE PROMOÇÕES
Sabemos que o meio on-line possibilita muitas oportunidades para o comércio,
mas que também apresenta muitos desafios. Dentre esses desafios, talvez o maior seja
a concorrência, pois a menos que você tenha um produto exclusivo, sua organização
terá inúmeros concorrentes. Além disso, precisamos “convencer” o nosso cliente que
a nossa é confiável e que vale a pena o investimento no produto ou serviço que está
sendo ofertado.
96
valor desperdiçado. Sabendo disso, investir em estratégias de promoções ligadas ao
frete pode ser muito positivo. A seguir, temos alguns exemplos, porém, dependendo do
seu produto e público, novas estratégias precisam ser adotadas.
• Com base na análise do ticket médio (já estudado), podemos avaliar uma estratégia
de frete grátis, por exemplo: se o ticket médio do site for R$ 500,00, podemos criar
uma promoção de frete grátis para compras de R$ 600,00, claro, avaliando os custos
da organização. Com isso, podemos aumentar o próprio ticket médio, além de “tirar”
o custo do frete do cliente.
• Com a utilização da tecnologia e até mesmo da inteligência artificial, é possível
oferecer produtos com fretes grátis com base na localização do cliente e do estoque
da loja, com isso os preços podem ser ajustados dependendo do custo de logística.
• Utilize de gatilhos como a urgência, crie campanhas pontuais e ações com tempo
definido de frete grátis para determinado produto ou período.
Precisamos estar atentos, pois essa ação pode sair caro; frete tem custo, quem
paga é o cliente ou o fornecedor. Dessa forma, encontrar parcerias, estratégias de logís-
ticas e diferentes pontos de distribuição é fundamental para o sucesso da organização.
QUADRO 5 – DATAS COMEMORATIVAS QUE PODEM SER UTILIZADAS POR ESTRATÉGIAS DE PROMOÇÃO
97
Para desenvolver bem essa estratégia, um calendário anual deve ser
desenvolvido. Com o calendário em mão, a equipe de marketing deve pensar em ações
que conectem o consumidor, os produtos e a data comemorativa em questão.
O cupom pode ser entendido como um presente da loja para o cliente, pode ser
concedido em diferentes momentos, como o dia do aniversário do cliente ou da loja,
lançamento de novos produtos, entre outros.
Entretanto, muito cuidado, é preciso ter atenção! Evite distribuir cupons sem uma
estratégia definida, pois a ação pode perder o valor, tendo em vista que o consumidor
perceberá que não é só ele que está recebendo o “presente”. Podemos observar isso no
modelo de negócio do marketplaces americanas, que tem como modelo de negócio a
oferta de promoções baseadas em cupons, conforme Figura 7.
98
7.4 FIDELIZAÇÃO DO CLIENTE
Como estudamos, o CAC, Custo de Aquisição de Cliente, representa o valor
investido para conquistar um cliente. Dependendo do mercado, esse CAC é muito
alto e faz todo sentido fidelizar o cliente. Aqui entra um velho ditado de quem trabalha
com vendas “cliente satisfeito sempre volta”. Segundo Kotler (1998), conquistar novos
clientes custa entre cinco a sete vezes mais do que manter os já existentes.
99
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
100
AUTOATIVIDADE
1 Para elevar a posição de um site na busca orgânica, utilizamos SEO – Search Engine
Optimization, técnicas implementadas na página (on page), que permitem aprimorar
um site para que possa ser mais facilmente encontrado pelo Google, sem usar
links patrocinados. (TURCHI, 2018). Com base nessa citação, assinale a alternativa
CORRETA que traz a vantagem do uso do SEO para e-commerce:
FONTE: TURCHI, Sandra R. Estratégia de marketing digital e e-commerce.2. Rio de Janeiro: Atlas, 2018.
E-book. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788597015409. Acesso em: 25
mar. 2022.
101
( ) O conteúdo e a forma da mensagem devem ser inéditos, diferentes da estratégia
proposta pelo marketing.
( ) Não é recomendado a inclusão de botões para cancelamento de recebimento ou
inscrição, pois pode gerar a perda de clientes.
5 Os leads começam sua jornada no topo do funil e, à medida que se aproximam em seu
processo de compra, vão “descendo” o funil. O lead no topo do funil de marketing sabe
que sua empresa existe, mas não interagiu muito com você, nem buscou informações
adicionais. Diante dessa afirmação, desenvolva uma estratégia de marketing para a
captação de leads.
102
UNIDADE 2 TÓPICO 3 -
EXPERIÊNCIA DO USUÁRIO
NO E-COMMERCE
1 INTRODUÇÃO
Por fim, neste tópico, iremos aprender mais sobre como construir um ambiente
on-line que possa entregar uma experiencia satisfatória, permitindo, assim, o cresci-
mento em um ambiente on-line competitivo.
2 USABILIDADE
Com vimos, a tecnologia está ficando cada vez mais nas mãos humanas, e isso
impacta diretamente na usabilidade, que nada mais é que um atributo de qualidade que
avalia a facilidade de uso de uma interface e, no caso do e-commerce, é fundamental
criar as vantagens a seguir:
103
• A intuitividade.
• A eficiência.
• A memorização.
• O erro.
• A satisfação.
Diante desses critérios, Nielsen (2003) elaborou uma lista conhecida como “As
10 heurísticas de Jakob Nielsen”, que devem ser observadas em todos os projetos,
incluindo projetos de e-commerce:
104
• Utilizar conteúdo multimídia
Cada consumidor é diferente e seu processo de aprendizado também, sendo assim,
sua leitura ou entendimento das informações é diferente; portando, uma prática
recomendada é a utilização de diferentes mídias e conteúdos como vídeos, textos,
animações, gráficos, entre outros.
• Responsividade
A escolha da plataforma e a tecnologia que irá materializar o site é fundamental,
e essa escolha precisa contemplar tecnologias que permitam que o e-commerce
seja exibido em smart TV, diferentes telas de computadores, smartphones e demais
dispositivos, como ilustrado na Figura 8.
DICA
Aqui, diante do avanço da utilização de smartphone por parte do
usuário, uma discussão está em pauta: sites responsivos ou site mobile.
Neste artigo, podemos entender melhor essas duas opções: https://
ecommercenapratica.com/site-mobile-ou-responsivo/.
105
• Impulsionamento das vendas.
• Melhora a experiência do usuário.
• Democratiza o acesso às informações.
• Design simplificado.
• Melhora o posicionamento dos buscadores.
• Design
Utilize dos cuidados de um bom design, que inclui atenção com o espaçamento dos
textos e imagens, cuidado com o contraste do fundo com os textos e figuras. Observe,
na Figura 9, que traz um exemplo de design de um e-commerce, em que os produtos
estão em “caixas” distribuídos de forma alinhada, com informações objetivas e com
contraste para facilitar a localização.
106
ATENÇÃO
Observe os e-commerce que você conhece. Eles seguem padrões de
design? Isso não representa falta de criatividade, mas sim cuidado com
a usabilidade de suas plataformas.
107
DICA
Para conhecer alguns casos de sucesso, nos quais o UX teve uma
grande contribuição, você pode acessar este site: https://bit.ly/3JXXl4K.
Ele traz um artigo com quatro Cases de sucesso de UX Design para
inspirar seu e-commerce.
3 UX E UI PARA E-COMMERCE
Cada vez mais precisamos nos especializar, e para o e-commerce e o e-business
não é diferente. No capítulo anterior, aprendemos sobre usabilidade, agora vamos utilizar
esse conhecimento, e ampliar ainda mais. Vamos conhecer mais sobre duas abordagens
que tem o usuário como principal ponto de atuação.
108
• Desenvolver e avaliar tarefas: é um marcador que mostra o passo a passo de todas as
tarefas realizadas pelos usuários, deixando as ações mais fluidas.
• Desenvolvimento do Wireflows: traça todo o caminho que o usuário pode percorrer
no site ou aplicativo.
• Criação Sitemaps: é o mapa do site, com os detalhes e principais informações de
suas páginas e as relações entre elas.
• Google Analytics.
• Hotjar.
• Google Optimize.
• Google Tagmanager.
• SEO CERTO.
• H.E.A.R.T. – Framework para medir UX.
109
ATENÇÃO
Para ampliar os conceitos de UX aplicados ao e-commerce temos a
recomendação do artigo UX DESIGN USADO NO DESENVOLVIMENTO
DE PÁGINAS E-COMMERCE, na qual traz a discussão sobre como os
cuidados com UX podem maximizar os resultados de uma loja on-line:
https://bit.ly/3jaqyxL.
• Quem é?
• O que ele busca?
• Quais produtos secundários buscaria?
• Quando acessa?
• Como acessa?
• Quanto tempo permanece no e-commerce?
• O que o faz efetivar a compra?
• Quais páginas menos e mais acessadas?
• Qual o seu comportamento?
• O que funciona?
• Quais são os custos?
• Quais erros das páginas?
• Problemas quanto às imagens e ao conteúdo?
• Funções de menu?
• Elementos visuais?
• Tecnologias utilizadas?
• Históricos e métricas anteriores?
110
Seja claro e objetivo: ofereça o principal na primeira tela, o conteúdo mais importante,
destaque, ele deve aparecer já no primeiro momento que o cliente entrar em seu
e-commerce.
Facilite para o consumidor: por meio do UX e UI crie uma navegação rápida e com
liberdade.
Botão de compra: muitas vezes as compras são realizadas por impulso, busque
alternativas para que esse processo seja o mais fluido e rápido possível.
111
LEITURA
COMPLEMENTAR
O COMÉRCIO ELETRÔNICO (E-COMMERCE):
UM ESTUDO COM CONSUMIDORES
112
O comércio eletrônico, mesmo sendo realizado através de meios eletrônicos,
não deixa de ter alguns processos da negociação tradicional. Para Albertin (2004), o
comércio eletrônico é a realização de toda a cadeia de valor dos processos de negócio,
num ambiente eletrônico, através da aplicação das tecnologias de comunicação e
informação, atendendo aos objetivos do negócio.
Por outro lado, a compra em lojas “físico-virtuais” acaba tendo um caráter muito
mais racional, uma vez que a comparação dos produtos é feita com base em informações
técnicas disponíveis, e o impacto visual de uma foto não é o mesmo que o impacto
visual do produto, sendo que o lado emocional pode ser também explorado. Nesse tipo
de loja, cabe ao vendedor encarregado transmitir parte do caráter emocional da compra,
destacando os benefícios e as qualidades dos produtos, o que pode ser, particularmente,
explorado em função do relacionamento mais estreito que se estabelece na compra da
loja “físico-virtual” (TESTA; LUCIANO, 2008).
Albertin (2000) afirma que as empresas estão utilizando cada vez mais a infraes-
trutura da Internet e de suas aplicações, como meio para a realização de seus processos
de negócio, com clara predominância daqueles relativos ao atendimento aos clientes.
As empresas estão cada vez mais se favorecendo do comércio eletrônico, entendendo
a importância para seu crescimento e ganho de espaço no mercado, pois o comércio
eletrônico abre novas possibilidades de negócios que seriam impensáveis (DINIZ, 1999).
Contudo, ainda existem muitas empresas que não aderiram, seja por falta de preparo
ou por ser uma empresa de pequeno porte, e assim, vêm perdendo espaço no mercado.
113
Guerreiro (2006) expõe que o comércio eletrônico, no geral, possui algumas
características importantes: a comunicação, realizada através da troca de informações
à distância entre consumidores e fornecedores; os dados: o gerenciamento de
informações desempenha um papel importante no que diz respeito em criar e manter
informações de diversos tipos de clientes através de bases de dados; a segurança: está
é, sem dúvida, uma característica fundamental, pois trata-se de garantir a integração e
a privacidade na troca de informações, durante as transações. Por ser à distância, por
exemplo, o consumidor precisa ter a garantia de que seus dados não serão usados para
outros fins ou por terceiros.
114
Isso está relacionado com a mudança no perfil do consumidor. Torezani (2008)
considera que são, essencialmente, dois possíveis fatores que motivam as pessoas da
“geração internet” a mudar de comportamento de compra: a conveniência da compra
on-line, principalmente nas grandes cidades e localidades afastadas dos centros
distribuidores, somado à economia de recursos, pois geralmente o preço dos produtos
na internet é menor que o praticado nas lojas físicas.
No que diz respeito aos ganhos para os consumidores nas compras eletrônicas,
segundo Castro (2011), trata-se de proporcionar compras mais eficientes, oferecendo
um maior leque de escolhas, preços mais baixos e um nível de serviços personalizados.
Também oferecem novos tipos de produtos e serviços.
FONTE: O comércio eletrônico (e-commerce): um estudo com consumidores. Dialnet, João Pessoa, v. 7, n. 1,
p. 98-111, jan./jun. 2017. Disponível em: <>. Acesso em: 19 jan. 2022.
115
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
116
AUTOATIVIDADE
1 A tecnologia está ficando cada vez mais próxima das mãos humanas e isso impacta
diretamente na usabilidade, que nada mais é que um atributo de qualidade que
avalia a facilidade de uso de uma interface e no caso do e-commerce. Diante
dessa afirmação, assinale a alternativa CORRETA que relaciona a usabilidade a um
e-commerce:
2 Nielsen (2003) elaborou uma lista conhecida como “As 10 heurísticas de Jakob
Nielsen”, que devem ser observadas no desenvolvimento de e-commerce. Acerca
das heurísticas de Nielsen, assinale as sentenças a seguir:
117
Assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) As sentenças I, II, III e IV estão corretas.
b) ( ) Somente a sentença IV está correta.
c) ( ) As sentenças I e V estão corretas.
d) ( ) Somente a sentença v está correta.
5 O UX (User Experience) e O UI (User Interface) são duas áreas que possuem métodos
e ferramentas distintas, mas possuem um objetivo em comum que é melhorar a
usabilidade global de um ambiente on-line, no nosso caso, um e-commerce. Sabendo
disso, em cinco linhas, explique as principais diferenças entre essas duas atividades.
118
REFERÊNCIAS
ASSAD, N. Marketing de conteúdo: como fazer sua empresa decolar no meio digital.
Rio de Janeiro: Atlas, 2016. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/
books/9788597007008. Acesso em: 13 out. 2021.
MORAIS, F. Planejamento estratégico digital. São Paulo: Editora Saraiva, 2017. Dis-
ponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788547221874. Acesso
em: 16 jan. 2022.
119
120
UNIDADE 3 —
CONECTIVIDADE E
GERENCIAMENTO
DE CRISE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• conhecer os tipos de avaliações e review, que são muito importantes para a reputação
dos negócios on-line.
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer dela, você encontrará
autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
CHAMADA
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos em frente! Procure
um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá melhor as informações.
121
CONFIRA
A TRILHA DA
UNIDADE 3!
Acesse o
QR Code abaixo:
122
UNIDADE 3 TÓPICO 1 —
IoT – INTERNET DAS COISAS
1 INTRODUÇÃO
Acadêmico, no Tópico 1, abordaremos a tecnologia de IoT Internet das Coisas, que
traz o entendimento dos objetos conectados à internet com o objetivo de compreender
sua construção e aplicação, gerando, assim, um conhecimento necessário para que
você possa incluir o IoT em seus projetos profissionais ou pessoais.
Por último, você vai conhecer o conceito digital, que é um modelo de negócio
que integra o ambiente físico e digital, criando oportunidade para as organizações
levarem seus produtos e serviços para o meio digital.
Para Morais et al. (2018), a IoT possui diferentes funções como reconhecimento
inteligente, localização, rastreamento e gerenciamento dos diversos dispositivos, tro-
cando informações a todo o momento.
Ainda, segundo os autores supracitados, ela deve permitir uma conexão autôno-
ma e segura para troca de dados entre os dispositivos e aplicações do mundo real, utili-
zando a internet para comunicação, troca de informações, tomada de decisões e invoca-
ção de ações. A tendência é que sejam oferecidos serviços surpreendentes baseados no
123
conceito de IoT. Assim, esse tema se torna muito relevante em instituições acadêmicas,
na indústria e para as organizações governamentais, pois a IoT tem um potencial significa-
tivo de proporcionar melhorias em questões sociais, profissionais e econômicas.
Além da conexão com a internet, o IoT vem evoluindo seu conceito e seus dis-
positivos, hoje, além da comunicação, ele está incorporando diferentes funções e outras
tecnologias com a inteligência artificial IA, que potencializa ainda mais o seu uso. Para
ilustrar a evolução da tecnologia que desenvolveu o conceito de IOT, temos o Quadro 1.
Ano Evento
1989 Tim Berners Lee criou a rede mundial de computadores (World Wide Web).
Foi iniciado o Projeto Intouch pelo MIT para desenvolver novas formas de
1998
comunicação interpessoal.
125
FIGURA 2 – CINCO ESTÁGIOS PARA ADOÇÃO DA IOT
4º nível – Automatização:
Nível onde a companhia já é capaz de realizar a integração com sistemas, como ERP e
WMS, dispondo de uma coleta de dados dinâmica, por exemplo: quando o dispositivo
está íntegro, uma menor quantidade de dados coletados e transmitidos são necessários,
porém, quando as regras que monitoram a saúde do equipamento identificam que
condições anômalas estão se aproximando, aumenta-se a quantidade de dados
coletados. Nesse estágio, tem-se a possibilidade de realizar a predição de falhas e
automatização de dispositivos.
127
2.2.1 Google Nest
A Nest é um exemplo de organização que explora o ecossistema de Internet das
Coisas, fundada em 2010, a empresa oferece ao mercado dispositivos inteligentes para
casas e escritórios, ilustrada da Figura 3.
DICA
Na página do Youtube da marca Google Nest temos uma série de
vídeos que ilustra essa nova tecnologia e como ela impacta no dia a dia
das pessoas: https://bit.ly/36IzKqc.
128
FIGURA 4 – WEB SITE PHILIPS HUE
129
FONTE: <https://www.philips-hue.com/pt-br/explore-hue/get-started>. Acesso em: 26 jan. 2022.
Como podemos observar, o IoT é uma tecnologia complexa, porém está cada
vez mais sendo explorada de forma “natural” com a automatização, conexão e dos
objetos com a internet. Essa tecnologia abre inúmeras possibilidade de e-business e,
como profissional da área, precisamos estar atentos às oportunidades e ameaças que a
tecnologia vem proporcionando a nossas organizações.
130
Um exemplo do uso de IoT para gerar maior engajamento do consumidor é a
empresa Walgreens, que criou um programa de fidelidade por meio dos dispositivo we-
arable, a ação consiste em gerar desconto à medida que o consumidor queima calorias.
3 BLOCKCHAIN
A blockchain em tradução livre significa “corrente de blocos”, sendo um grande
banco de dados compartilhado que registra as transações dos usuários. Para Gabriel
(2018), blockchain é uma tecnologia que permite o registro distribuído de qualquer tipo
de transação, não apenas financeira, tendo o potencial de transformar qualquer área que
dependa de registros de transações: governos, empresas, hospitais, cartórios, seguros,
contratos, prestação de serviços e virtualmente, já que viver é gerar e consumir dados
que estão constantemente em movimento, ou seja, gerando transações.
131
QUADRO 2 – EXPLICANDO BLOCKCHAIN
Leo, Júlio, Maria e Elsa são quatro estudantes que moram na mesma república em
Ouro Preto. Como em quase toda república espalhada pelo Brasil, é uma guerra na
hora de saber quem vai lavar as vasilhas sujas de Miojo. Os estudantes tentaram
implantar um sistema de revezamento, mas foi um fracasso fenomenal: Júlio é o
maior malandro, Leo distraído, Maria coincidentemente nunca está em casa na sua
vez de lavar as vasilhas. Elsa é maior cri-cri e toda vez que tem visita pra jantar na vez
de ela lavar a louça ela argumenta que ficou em desvantagem, que trabalhou mais
que os outros e quer descontar o trabalho extra na outra semana. No fim ninguém
entra em acordo e é a senhoria que tem que decidir com mão de ferro quem vai lavar
as vasilhas.
Para resolver a este problema a senhoria teve uma ideia simples, porém genial: ela
inventou de dar fichinhas coloridas a cada um dos estudantes (cada estudante com
sua cor) e construiu um longo tubo transparente e indestrutível que ela chumbou ao
chão da sala (tá bom, a ideia não era tão simples assim, mas vai seguindo o raciocínio).
Quando um estudante termina de lavar as vasilhas ele deposita uma fichinha no tubo
para ficar registrado que ele cumpriu com sua parte no revezamento. Para evitar
trapaças, só é possível colocar uma fichinha no tubo se três dos quatro estudantes
estiverem presentes, pois na tampa do tubo tem quatro cadeados onde cada
estudante tem a chave para um deles.
Cada fichinha só pode ser colocada no tubo com o consentimento de pelo menos
mais dois estudantes, que só permitem que isso aconteça depois de checarem que a
pessoa realmente lavou as vasilhas e deixou a cozinha limpa. Como o tubo é inviolável
e indestrutível, cada fichinha vale como registro eterno de que aquela louça foi lavada
naquele dia. E basta uma olhadinha no tubo para saber quem é o próximo a ter que
lavar as vasilhas. É o tubo da verdade!
Mas claro, um tubo com 1000 cadeados na sala seria impraticável. Onde a galera vai
dormir no carnaval? E se a gente pudesse usar a tecnologia para utilizar esse mesmo
princípio no mundo virtual?
132
Para Gabriel (2018), blockchain é uma tecnologia que cria um grande arquivo
consultável e transparente, que armazena (registra) transações – que chamamos de
blocos, ou blocks – empilhadas cronologicamente – formando uma cadeia, ou chain
– garantidas por meio de validação distribuída entre os seus usuários, minimizando,
ou mesmo impossibilitando, fraudes e falsificações.
4 CRIPTOMOEDAS
Podemos simplificar e dizer que, de forma genérica, criptomoeda é um tipo
de dinheiro como Real, Dólar, Euro, entre outras que utilizamos diariamente, porém
apresenta duas grandes diferenças, ela é totalmente digital e não é emitida/controlada
por um governo.
Para se ter uma ideia, hoje temos mais de 10.000 moedas digitais diferentes
sendo oferecidas no mercado, e esse número está em constante mudança. Na Figura
7, temos a tela do site br.investing.com, que traz informações sobre as modas digitais e
suas cotações.
133
FONTE: <https://br.investing.com/crypto/currencies>. Acesso em: 26 jan. 2022.
5 NFT
Um NFT, em inglês non-fungible token, ou token não fungível em português, é
um tipo de token criptografado que representa algo único, um ativo digital registrado por
uma blockchain. Pode ser usado para autenticar e rastrear a procedência de outra mídia
digital: imagens, arquivos de música e qualquer outra coisa que pode ser guardada de
forma digital.
ESTUDOS FUTUROS
Para você compreender como a NFT no momento está sendo usada
e valorizada, temos este artigo sobre a compra de imagens em NFT
pelo Neymar Jr.: https://bit.ly/3DbHYmt. Observe a tendência que essa
tecnologia pode criar em curto prazo.
6 FIGITAL
O termo figital vem da integração dos ambientes físicos e digitais e recebeu
o nome de Phygital, abrasileirado para figital. Ele traz a ideia da união dos esforços e
operações de diversos setores, incluído o comércio, traz junto o conceito omnichannel
(já estudada), na qual as organizações estão onipresentes para melhorar a experiência
dos consumidores.
134
Para o varejo, o figital está se tornando uma ferramenta muito útil, potencializado
pela pandemia, para alcance de consumidores que, por algum motivo, estão “distantes”
da loja física. Nessa relação, a tendência é de que o consumidor tenha uma relação mais
fluida com a organização, entre o ambiente digital e o físico.
IMPORTANTE
A pesquisa “Varejo em transformação”, realizada pela Deloitte, em
2018, identificou que, em 65% das empresas analisadas, mais da
metade dos clientes apresentaram o comportamento figital durante o
processo de compras: https://bit.ly/3wWKo7J.
• Chat de atendimento/Chatbot.
• Compra no site e retirada na loja.
• Criação de conteúdo para os clientes.
• Realidade aumentada.
• Autoatendimento.
• Live Commerce.
• Sistema de gestão ERP.
• QR Code.
135
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• Que IoT é um conceito que define os objetos que estão conectados com a internet,
seja em ambientes particulares, comércios, indústrias, entre outros.
•
• A tecnologia blockchain é responsável por registrar e assegurar que registros não
sejam apagados nem alterados digitalmente, gerando, assim, segurança para as
transações digitais.
•
• Criptomoedas e NFT são novas tecnologias desenvolvidas a partir da tecnologia
blockchain e está criando oportunidade para o e-business.
•
• Figital traz um novo modelo de negócio com a integração do físico com o digital,
permitindo, assim, uma maior fluidez entre a relação consumidor e empresa.
136
AUTOATIVIDADE
1 O termo IoT – Internet of Things – é traduzido como Internet das Coisas e, como o
nome já diz, é utilizado para conceituar a ideia de que a internet está presente em
coisas e objetos, como geladeiras, TVs, enfim, qualquer objeto pode estar conectado
à internet e criar um entendimento sobre a fusão entre o mundo real e o digital.
Acerca da utilização da tecnologia IoT, assinale a alternativa CORRETA:
2 Blockchain é uma tecnologia que surgiu com o objetivo de trazer segurança para
as transações digitais e, com base nessa termologia, inúmeras organizações
estão desenvolvendo seus produtos. Acerca das áreas que podem ser impactadas
positivamente por essa tecnologia, analise as sentenças a seguir:
I- Governos.
II- Hospitais.
III- Cartórios e seguros.
IV- Empresas prestadoras de serviço.
3 Criptomoeda é um tipo de dinheiro, como Real, Dólar, Euro, entre outras que utilizamos
diariamente. No entanto, esse tipo de moeda apresenta duas grandes diferenças, ela
é totalmente digital e não é emitida/controlado por um governo. Acerca do exposto,
classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
137
( ) Criptomoeda pode ser usada em transações comerciais.
( ) Pode ser usada como reserva de valor e investimento.
( ) Pode ser referência para cálculos econômicos.
( ) Existe diversas criptomoedas no mercado.
( ) Bitcoin é em 2022 a criptomoeda mais valiosa.
5 Com base no que aprendemos sobre IoT, Internet das Coisas, desenvolva uma pes-
quisa com o objetivo de identificar uma empresa que desenvolve ou comercializa
produtos que ganharam mercado com a utilização do IoT como um diferencial com-
petitivo. Traga o seu achado, apontando a tecnologia oferecida, seu objetivo e a fonte
de sua pesquisa.
138
UNIDADE 3 TÓPICO 2 -
CRM CUSTOMER RELATIONSHIP
MANAGER E SAC SERVIÇO DE
ATENDIMENTO AO CONSUMIDOR
1 INTRODUÇÃO
Acadêmico, no Tópico 2, abordaremos o relacionamento com o consumidor e
você irá aprender que, quanto mais a tecnologia evolui, mais cresce a necessidade das
organizações se aproximarem do consumidor.
139
As mudanças ocorridas na sociedade e em todos os seus níveis, quando olha-
mos para o contexto cultural e econômico, foram os propulsores das evoluções culturais
a partir de 2000. Essas mudanças são tratadas dentro da perspectiva do marketing por
Kotler, Kartajaya e Setiawan (2017), quando esses autores trazem o conceito do marke-
ting 4.0. Observe no Quadro 3 que a evolução do marketing passa, principalmente, pela
retirada do poder das marcas e passa para a mão do consumidor, esse consumidor que
é objeto das estratégias de e-commerce e e-business.
Conexão dos
Forças Revolução Tecnologia da consumidores Era digital
Propulsoras Industrial Informação (novas (Ubiquidade)
tecnologias)
Conceito- Proposição
Desenvolvimento
chave de Diferenciação Valores de valor e
de produto
marketing personalidade
Funcional,
Funcional,
Proposição de Funcional e emocional,
Funcional emocional e
Valor emocional espiritual e
spiritual
afetivo
Interação Conversas
Transação do tipo Relacionamento Colaboração
com os pessoais com os
um para um um para um um para muitos
Consumidores clientes
140
Kotler (2016) aborda o conceito com uma visão panorâmica das práticas de
Marketing, do tradicional ao digital. Como podemos observar, na última coluna do
quadro os consumidores ganharam o status de “donos” das marcas, pois com base
em seu diálogo, os consumidores na era digital se tornam cocriadores, parceiros das
organizações e de seus produtos e serviços. Devido à revolução digital e ao seu impacto
no processo de comunicação, as organizações ao adentrarem em uma estratégia
digital precisam, além da tecnologia, ter um olhar sobre como essa tecnologia vem
potencializando a parceria com o consumidor.
141
central, analisar os dados consolidados, distribuir os resultados
dessa análise aos vários pontos de contato com o cliente e usar essa
informação ao interagir com o cliente através de qualquer ponto de
contato com a empresa (PEPPERS; ROGERS, 2001, p. 53).
ATENÇÃO
Podemos dividir o CRM em três abordagens principais segundo
Révillion et al. (2020):
• CRM como uma filosofia de fazer negócios, que está relacionada a
uma cultura orientada para o cliente, interessada em construir e
cultivar relacionamentos de longo prazo.
• CRM como estratégia organizacional que conduzirá planos e ações
funcionais para a construção de relacionamentos com os clientes.
• CRM como uma ferramenta que visa coletar, analisar e aplicar
dados para construir e gerenciar relacionamentos com os clientes.
142
FIGURA 8 – CULTURA COMUNICAÇÃO DIGITAL
FONTE: O autor
143
IMPORTANTE
O sistema CRM é uma ferramenta que ajuda as organizações a
gerenciar todo o processo de atendimento ao consumidor por meio
da sistematização e centralização das informações dos clientes e
negociações.
• Nome.
• Idade.
• Gênero.
• Endereço.
• Datas de aniversários.
• Frequência de compra.
• Frequência de recompra.
• Produtos pesquisados/histórico.
144
Com base nessas informações, os gestores traçam estratégias que atendam
às diferentes demandas, por meio das características de cada grupo. Dependendo do
modelo de negócio e tamanho da organização, o CRM faz parte de um sistema maior
chamado e Enterprise Resource Planning (ERPs), ou Sistemas Integrados de Gestão.
IMPORTANTE
Sistema CRM é voltado para as áreas comerciais: pré-venda, venda e
pós-venda, já o sistema ERP é voltado para a gestão interna, unindo
informações financeiras, vendas, logística etc.
3 SAC
Sigla SAC, sigla de Serviço de Atendimento ao Consumidor, é uma ferramenta
que cria um canal direto com o consumidor e a organização, permitindo, assim, uma
“conversa” para alinhamento de diferentes situações, como reclamações, dúvidas,
sugestões, entre outros.
IMPORTANTE
O SAC é regulamentado pelo Decreto nº 6.523/2008, o qual determina
quais empresas são obrigadas a oferecer um canal de SAC e as principais
regras para o funcionamento.
145
O SAC tem como objetivo ser mais um canal de relacionamento entre a orga-
nização e o consumidor, prática fundamental para que os consumidores se sintam se-
guros, principalmente, com empresas digitais. Não existe forma padrão para se realizar
o atendimento via SAC, as práticas modernas fazem com que a linguagem e a tecno-
logia sejam adaptadas para os diferentes grupos de consumidores. O que prevalece é
um atendimento com empatia para ouvir quem está do outro lado da linha ou da tela,
respondendo suas dúvidas, mediando a solução do problema ali mesmo e garantindo a
satisfação do cliente.
• SAC 1.0 – O começo de tudo, o famoso “0800”, o qual o consumidor ligava para os
números 0800 das embalagens de produtos, “investia” horas ao telefone para falar
com um atendente da empresa.
• SAC 2.0 – Aqui já temos a utilização da internet, que ganhou o nome de SAC on-line.
Nesse nível, o consumidor passou a ter disponível mais ferramentas de contato com
as empresas (e-mail, redes sociais, entre outros).
• SAC 3.0 – Seguindo a evolução, esse novo conceito veio do consumidor 3.0 e com
a popularização das redes sociais e a demanda por agilidade e maior transparência.
As organizações começaram a atender seus clientes por múltiplos canais, como
telefone, sedes sociais, sites de reclamação e aplicativos, assim como ferramentas
de chatbot, utilizando inteligência artificial. Tudo isso para atender as demandas do
comportamento do usuário que necessita cada vez mais um atendimento SAC on-
line rápido com suporte único.
• SAC 4.0 – A nova era do atendimento, conhecida por ser omnichannel ou figital
(múltiplos canais de atendimento simultâneos a disposição do cliente) traz a realidade
de serviços intuitivos e simples no contato com o consumidor. Com investimento
em inteligência artificial e tecnologia da informação para lidar com os dados dos
consumidores de maneira cada vez mais assertiva e resolver todas as questões e
problemas de maneira cada vez mais rápida. Perceba aqui como tudo que estudamos
vai se convergindo, o ponto em comum sempre é o consumidor.
146
Por fim, independentemente do nível de SAC que sua organização esteja, alguns
erros devem ser evitados, e os principais erros cometidos no SAC são:
147
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• O CRM é uma prática que visa a coleta e análise de informações sobre o cliente, com
objetivo de auxiliar no desenvolvimento das estratégias das organizações.
• O SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor) vem evoluindo para cada vez mais
aproximar a empresa do seu consumidor final.
148
AUTOATIVIDADE
1 O Marketing 4.0 tem como característica estar presente em diversos momentos da
jornada do consumidor, como no diálogo promovido pelas redes sociais entre marcas
e consumidores. De acordo com essas características e quanto aos pontos que os
gestores de organizações em ambientes digitais precisam observar, classifique V
para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
2 Um sistema de CRM deve coletar alguns dados para que, posteriormente, possa ser
desenvolvida uma ação de análise e recomendação para os gestores da organização.
Acerca desses dados e da sua ordem correta, assinale a alternativa CORRETA:
3 Quando falamos em SAC, sabemos que ele cria um canal direto com o consumidor
e a organização, permitindo, assim, uma “conversa” para alinhamento de diferentes
situações, como reclamações, dúvidas, sugestões, entre outros. Sabemos, também,
que ele vem evoluindo conforme a tecnologia e a necessidade do consumidor
evoluem. Sobre a evolução do SAC, assinale a alternativa CORRETA:
149
a) ( ) SAC 01 é a primeira versão, a mais moderna que utiliza inteligência artificial em
sua aplicação.
b) ( ) SAC 02 se limitava à utilização do telefone por meio de ligações gratuitas para o
número 0800.
c) ( ) SAC 03 é quando organizações começaram a atender seus clientes por múl-
tiplos canais, como telefone, sedes sociais, sites de reclamação e aplicativos,
assim como ferramentas de chatbot.
d) ( ) SAC 04 utiliza tecnologia de ponta com inteligência artificial e tem sua atuação,
unicamente, em canais digitais com a utilização de chatbot.
150
UNIDADE 3 TÓPICO 3 -
GERENCIAMENTO DE CRISE
1 INTRODUÇÃO
2 MONITORAMENTO
Uma organização em um ambiente digital vive em um oceano onde a principal
regra é a mudança, e, para manter a sua organização competitiva, saber que está
acontecendo dentro e fora do seu negócio é fundamental. O monitoramento engloba as
métricas do seu negócio (já estudadas), a análise da concorrência e o comportamento
do consumidor. Enxergar ameaças e oportunidades nas principais práticas do mercado
é uma forma de desenvolver o seu e-commerce.
Para ajudar nesse processo, uma ferramenta utilizada pelo marketing há anos,
conhecida como clássica da administração, serve muito bem para ajudar a categorizar
o cenário no qual as organizações estão inseridas, chamada de SWOT. Essa ferramenta
serve como um guia para a definição de um plano de ação. SWOT é uma sigla em
inglês dos termos Strengths (pontos fortes), Weaknesses (pontos fracos), Opportunities
(oportunidades para o seu negócio) e Threats (ameaças para o seu negócio), sendo
traduzida para o português com a sigla FOFA (força, fraqueza, oportunidade e ameaça).
Os pontos fortes e fracos, em geral, estão dentro da própria empresa, enquanto as
151
oportunidades e as ameaças, na maioria dos casos, têm origem externa. Profissionais
que atuam em negócios digitais precisam identificar e pontuar na matriz as forças e
fraquezas da organização, bem com as oportunidades do mercado.
152
Além das pesquisas internas, devemos desenvolver uma ação de benchmarking,
que nada mais é que um processo interativo em ambientes organizacionais reais, com o
objetivo de confrontar características de produtos, serviços e processos da organização
em relação ao de outras organizações tidas como inovadoras ou com melhores práticas,
que, no nosso caso, aplica-se às estratégias de marketing digital.
IMPORTANTE
O mesmo fenômeno do ambiente externo pode ser uma ameaça para
você e uma oportunidade para o concorrente, tudo depende de quem
antecipa essa informação primeiro ou quem possua uma força no
momento correto.
153
3 FERRAMENTAS
Para e-commerce e e-business, existem várias opções de ferramentas para
serem usadas no dia a dia, que trazem informações e dados para uma análise da
concorrência. A seguir, algumas recomendações que valem a pena conhecer, observe
que todas executam análises e buscam na web informações quantificáveis, gerando
relatórios.
154
ESTUDOS FUTUROS
O que é Google Analytics? Acesse o guia explicativo sobre como usar
essa ferramenta: https://rockcontent.com/br/blog/google-analytics/.
É possível refinar a pesquisa por critérios de país, tempo (buscas realizadas nas
últimas cinco horas, por exemplo), categoria (artes e entretenimento, finanças, jogos
etc.) e tipo de busca (por imagens, notícias, compras, pesquisa do YouTube ou “web
search” (que é a pesquisa clássica do Google).
ESTUDOS FUTUROS
Google Trends: o que é a ferramenta e como usá-la na sua
estratégia. Acesse em: https://resultadosdigitais.com.br/blog/o-
que-e-google-trends/.
155
3.3 BUZZSUMO
O Buzzsumo é um software de monitoramento de conteúdo, que gera resul-
tados por meio da identificação dos assuntos mais consumidos e compartilhados em
sistemas de buscas e redes sociais. Você pode conhecer ele e fazer pesquisa de forma
gratuita, porém, para ter acesso a todos os recursos, precisa pagar uma mensalidade.
ESTUDOS FUTUROS
Como usar o BuzzSumo para melhorar suas estratégias de marketing.
Acesse em: https://blog.hotmart.com/pt-br/como-usar-buzzsumo/.
156
3.4 SEMRUSH
O SEMRush é uma das ferramentas pagas com uma versão gratuita limitada, de
pesquisa de marketing, reconhecida pela sua versatilidade. Com ela, podemos pesquisar
informações de qualquer domínio e canal digital, e utilizar os dados para otimizar as
campanhas, pois permite:
• Pesquisa de palavras-chave.
• Pesquisa por concorrentes.
• Análise de tráfego.
• Auditoria do site.
• Mídia display (ajuda a achar anunciantes e editores, além de descobrir como outras
empresas utilizam anúncios).
• Análise de backlinks (links posicionados estrategicamente em um texto para guiar o
leitor até a sua página com conteúdo relevante ao que está lendo).
DICA
Para você conhecer melhor esta ferramenta acesse “O guia completo
da Semrush”: https://resultadosdigitais.com.br/blog/semrush/.
157
Existem ainda, outras ferramentas que podem e devem ser utilizadas, cada uma
delas apresenta vantagens e desvantagens, com SurveyMonkey, Opinion Box, Typeform,
Google Search Console, entre outros.
ESTUDOS FUTUROS
Para conhecer mais ferramentas de marketing digital, acesse em:
https://endeavor.org.br/marketing/ferramentas-marketing-digital-
empreendedores/.
Além dessas ferramentas descritas, existe outra no mercado que vale a pena
conhecer e colocar em sua “caixa de ferramentas” digital, vamos listar elas no Quadro 4:
1. SimilarWeb - https://www.similarweb.com/
2. Spyfu - https://www.spyfu.com/
3. Ahrefs - https://ahrefs.com/pt/
4. Mention - https://mention.com/en/
5. Alexa - https://www.alexa.com/login
6. What Runs Where - https://www.whatrunswhere.com/
FONTE: O autor
• Dados primários: quando você realiza ou contrata uma empresa para realizar a
pesquisa, coletando e analisando os dados. A grande vantagem é que esses dados
são exclusivos de sua organização e equipe, o que os torna um recurso valioso, pois,
158
quanto mais informações exclusivas, teremos maior chance de desenvolver uma ação
inovadora e conquistar espaço no mercado. Como ponto negativo, é que a coleta de
dados primários pode gerar maiores custos de tempo e dinheiro.
• Dados secundários: esse tipo de dado é obtido por pesquisas realizadas por terceiros,
como por instituições públicas, universidades, entre outros, ou por ferramentas
digitais. A grande desvantagem é que essas informações ficam à disposição para
consultas de todos os concorrentes. Esses dados podem ser encontrados em
estudos acadêmicos, guias e relatórios realizados por instituições ou empresas
privadas, entre outros. Como ponto positivo, é que os dados secundários têm seus
custos financeiros e de tempo menores.
4 AVALIAÇÃO OU REVIEW
Chegamos ao nosso último tópico! Neste tópico, vamos falar sobre avaliações
e review, se olhar a sequência do funil dinâmico de marketing, observado na Figura 13,
há a materialização de todas as ações e, talvez, a mais importante delas. Observe que,
após decidir e usar, o consumidor avança para engajar, confiar e defender. Aqui entra a
importância do consumidor prosumer estar próximo a nossa organização.
159
Portanto, a avaliação ou review é muito importante para a construção de um
e-commerce ou mesmo e-business que apresente um crescimento sustentável. Do
ponto de vista do consumidor, quando ele realiza uma compra, conhecer as experiências
de outros consumidores ajuda a fundamentar o seu processo de decisão, pois a opinião
de usuários, prosumer, que não tem ligação direta com a marca, traz maior sensação
de confiança sobre o que está sendo oferecido. Essa confiança gera maior segurança
quanto ao produto, à marca, à empresa e até mesmo à plataforma.
Pesquisa E-commerce Quality Index (EQI, 2022) revela que as avaliações são
o quesito mais importante para o consumidor no momento de uma compra on-line. A
pesquisa ainda aponta que 95% dos clientes leem reviews antes de fazer uma aquisição
pela internet (QUALITY INDEX, 2022).
No entanto, essa tarefa não é fácil, para que todos esses pontos sejam atingidos
e obtenham resultados positivos, é necessária uma gestão, ação pós-venda para
estimular a avaliação positiva com a resolução dos prováveis problemas, e a exposição
e o destaque de forma clara na plataforma. Muitas vezes até com destaque maior que a
própria especificação técnica do produto.
160
4.1 AVALIAÇÃO 5 ESTRELAS
Uma das formas de avaliar, mais usadas e comuns, devido a sua intuitividade,
é a avaliação cinco estrelas, que permite que o consumidor conceda uma estrela
se a sua experiência for negativa ou cinco estrelas se a sua experiência for positiva.
Uma avaliação simples e rápida. Contudo, como apresenta pouca informação, limita a
interpretação tanto por outros consumidores, como pela própria organização quando
necessita corrigir algo que não está agradando o consumidor.
161
FONTE: Adaptada de <https://bit.ly/3JExJd3>. Acesso em: 28 jan. 2022.
162
4.5 AVALIAÇÕES DO E-COMMERCE
Existe, ainda, a avaliação do próprio e-commerce, que são avaliações num
âmbito global sobre sua reputação. Nela, os e-commerce são avaliados e em alguns
casos adquirem selos, que os qualificam em relação aos concorrentes. Nos exemplos
das Figuras 17 e 18, temos a site e-bit, que traz um selo e aponta métricas de avaliação
de diversos e-commerce, e, na sequência, o ranking de avaliação do site Reclame Aqui,
no exemplo, e-commerce de eletrodomésticos.
163
FIGURA 18 – RANKINGS DO PORTAL RECLAME AQUI SOBRE E-COMMERCE DE ELETRODOMÉSTICOS
• Reviewr - https://harmo.me/blog/.
• Trustvox - https://site.trustvox.com.br/.
• Yourviews - https://www.yourviews.com.br/.
DICA
Nesse artigo, temos uma matéria sobre avaliação: “Gestão da reputação
on-line para redes de alimentação: como o feedback do cliente impacta
na visibilidade do negócio e aumenta o fluxo de clientes nas lojas”:
https://harmo.me/blog/reputacao-online-para-redes-de-alimentacao/.
164
Para que nosso e-commerce tenha uma boa reputação e desenvolva a ativida-
de de forma séria e sustentável precisamos das ações a seguir:
Atenção
Desde um CRM robusto até mesmo um número 0800 ou a própria rede social
da empresa precisa estar disponível ao consumidor, se isso não for possível precisamos
desenvolver uma forma clara de informar ao cliente que sua reclamação foi recebida e
estipular um prazo para resolução cumprir esse prazo.
ATENÇÃO
É importante agir de forma profissional, observando a lei e sendo
transparente na comunicação com o consumidor, para que os
problemas sejam revertidos em situações favoráveis ao consumidor e
à organização.
165
LEITURA
COMPLEMENTAR
MANUAL DE GERENCIAMENTO DE CRISES EM MÍDIAS SOCIAIS:
UMA PROPOSTA DE CONTEÚDO PARA O INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO,
CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TRIÂNGULO MINEIRO (IFTM)
São fatos bem mais graves. Nem tampouco é repentina. Afinal, o que vem a ser
crise? Forni (2015, p. 7) destaca que Jonathan Bernstein, um dos mais conceituados
gestores de crises dos Estados Unidos, define crise como “qualquer situação que ameaça
ou pode ameaçar a integridade de pessoas ou propriedades, seriamente interromper
um negócio, arranhar reputações ou impactar negativamente no valor de mercado”.
O citado autor ainda apresenta um conceito do autor Ian Mitroff sobre crise:
O tema gestão de crises já foi estudado por alguns autores renomados, entre-
tanto, destacamos o trabalho de Forni, especialista na área de gestão de crises. O autor
trata, em seus artigos e livros, sobre a forma de estruturação da gestão de crises de
empresas e pessoas e, como ponto importante, sobre a importância do planejamento
com auxílio de um manual de crises para a empresa saber como se posicionar nas mí-
dias digitais.
166
verossímil. A tecnologia na mão das pessoas comuns muda tudo em
relação à cobertura das crises. O poder e a habilidade de controlar
a mensagem, prerrogativa das empresas bem preparadas, se não
acabaram, foram muito reduzidos” (FORNI, 2015, p. 249).
Uma vez iniciada uma crise, ela deve ser gerenciada até que seja cessada. E,
para isso, há um delicado caminho a ser percorrido. Não é possível simplesmente que as
coisas retornem a ser como anteriormente. Há um enfrentamento a ser feito. E, de tudo,
se retira uma lição, aprendizado.
167
da empresa ou a imprensa possam resolver o caso ou reverter a imagem a favor da
organização, ainda mais equivocado. Nem todas as crises são imprevisíveis. São até
mesmo, estágios naturais do ciclo de vida organizacional e das pessoas.
Nas instituições de ensino, boa parte delas estão na ouvidoria há algum tempo.
As pessoas falam, deixam sinais, marcações, reclamam, deixam hastags, twittes,
pedem reuniões, até mesmo com o reitor. Por isso, a necessidade do intercâmbio de
informações com setores estratégicos é essencial.
168
É como se buscassem na marca algo que os completasse, ou com que sentis-
sem afinidade, não apoiando, assim, atitudes contrárias aos seus valores e princípios,
ao que é justo socialmente. Por isso, as crises tornaram-se cada vez mais propícias a
acontecer justamente pelo fato de que a audiência da marca está atenta e com expres-
sividade nas mídias sociais.
As marcas estão cada vez mais digitais, com presença nesse meio. Muitas
delas não possuíam esse trabalho no digital. Esse ambiente de mídia propagável
tornou comum a rotina de ouvir o público com prioridade. Com o aumento de acesso
às TICs, planos de dados mais acessíveis aos consumidores e plataformas de redes
sociais, mudanças de comportamento foram acontecendo. Públicos mais ativos, mais
participativos e organizações que, a princípio, enxergavam nas mídias sociais ampliação
e liberdade para expor seus produtos, serviços e informações, começaram a entender
que não funciona bem assim. Há grandes desafios e uma reputação a ser zelada com
ainda mais cuidado e atenção.
169
compartilhadas, ganham repercussão. Mentiras gravemente espalhadas, e um novo
termo surge, as Fake News. Está a um estopim para que uma crise abale organizações
e profissionais liberais.
170
Portanto, monitoramento e gestão são trabalhos essenciais. É na gestão que se
tem um trabalho prévio, a construção de um bom planejamento, acompanhamento. E
gerenciamento é a prática, execução. Ambos os trabalhos devem ser realizados de forma
preventiva e estruturada. Entender que não há imunidade para a crise, que um trabalho
antecipado de preparação e monitoramento deve ser construído, estar preparado
e organizado para eventuais conflitos são passos primordiais para a preparação da
organização e bons resultados no caso do surgimento de crises.
171
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:
• Uma ferramenta clássica do marketing, análise SWOT, pode ser usada para identificar
oportunidades e ameaças do mercado.
172
AUTOATIVIDADE
1 Quando falamos de dados para a tomada de decisão estamos falando de informações
que auxiliam os profissionais na escolha e desenvolvimento das estratégias. Para
isso, os profissionais podem contar com duas fontes da dados os dados primários e
dados secundários. Nesse contexto, classifique V para as sentenças verdadeiras e F
para as falsas:
( ) Dados primários são os dados que a organização possui e podem ser originados de
pesquisa etnográfica.
( ) Dados secundários são dados que são disponibilizados por diferentes organizações.
( ) Tanto os dados primários, quanto os secundários são recursos valiosos e devem ser
utilizados no processo de criação e produção de mídia digital.
( ) Dados secundários são difíceis de se obter, pois apresentam elevado custo para
obtenção e armazenamento.
3 Para realizar uma boa gestão de crise, precisamos de alguns pontos que envolvam
pessoas, capital humano, assim como tecnologia. Sobre o exposto, assinale a
alternativa CORRETA:
173
a) ( ) Implantação de um CRM robusto, com análise das demandas e reclamações
que garantam a solução completa dos problemas com o consumidor.
b) ( ) Postura e atenção profissional ao atender o consumidor são suficientes para
garantir um bom atendimento.
c) ( ) Postura e atenção profissional ao atender o consumidor, meios eficientes de
contato e, por fim, certifique-se de que o problema foi solucionado.
d) ( ) Com a inclusão de um sistema SAC 04, no qual o atendimento é automatizado
por IA, o trabalho dos atendentes se torna desnecessário, visto que hoje a
tecnologia supre todas as demandas do mercado.
174
REFERÊNCIAS
BSQUARE. Five Stages of IoT. Bsquare Corp., 2016.
GABRIEL, M. Você, eu e os robôs: pequeno manual do mundo digital. São Paulo: Atlas,
2018.
KOTLER, P.; ARMSTRONG, G. Introdução ao Marketing. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2006.
KOTLER, P.; KARTAJAYA, H.; SETIAWAN, I. Marketing 5.0: Technology for humanity. New
York, NY: John, Wiley & Sons, 2021.
PEPPERS, D; ROGERS, M. CRM: Series marketing. 1. ed. São Paulo: Makron Books, 2001.
EQI. Eqi, c2022. Pesquisa E-commerce Quality Index (EQI). Disponível em: https://eqi.
digital/. Acesso em: 28 jan. 2022.
175