Ciência Da Nutrição
Ciência Da Nutrição
Ciência Da Nutrição
Pré História
Neste período, o homem tinha seu hábito alimentar determinado por alimentos provenientes
de atividades predatórias como a caça, a pesca e a coleta. O consumo destes alimentos
coletados e caçados era sempre em seu estado natural (crus), o que fazia daqueles uma
alimentação extremamente difícil para o processamento do organismo graças às
características dos alimentos – com exceção de frutos, predominavam raízes, talos e
tubérculos e carnes de caça cruas.
Quando o homem descobriu o fogo, a textura do alimento mudou, tornando-o mais macio
para o consumo, fazendo com que fosse exigir menos esforços de sua musculatura facial e
do sistema digestivo.
Mas o principal benefício da descoberta do fogo foi a alteração no sabor do alimento.
Idade Média
Idade Moderna
Na Idade Moderna (séculos XV a XVIII), a agricultura que antes era de subsistência, passa
a ter fins comerciais. Produtos como tomate, batata, milho, arroz e outras espécies
alimentares tornam-se importantes na alimentação ocidental. O pão era bastante consumi-
do por todas as classes sociais e as crises na produção de cereais durante esse período
tiveram impacto direto sobre a mortalidade.
Idade Contemporânea
A cozinha brasileira tem por base a cozinha portuguesa, com outras duas grandes
influências: a indígena e a africana. Mas houve inúmeras variações, desde os ingredientes a
nomes e combinações, por exemplo, no caso do cozido, que em Portugal é riquíco em
derivados de porco e, no Brasil, farto em legumes e carne de vaca.
A contribuição indígena
O negro criou um jeito de fazer render a pouca comida que recebia: inventou o
pirão escaldado chamado massapê, feito com farinha de mandioca e água
fervente, acrescido de pimenta malagueta. O massapê ainda é usado em nosso
meio rural. O escravo dos engenhos de açúcar se alimentava de mel com farinha.
Bebia caldo de cana, cachaça, mel com água, sucos e café.
Região Norte
Os índios nativos da Região Norte tinham como alimento básico a mandioca. Esta raiz é,
até hoje, o prato típico local, servindo, além de outros usos, para o preparo do tucupi, um
molho feito a partir do “suco” da mandioca ralada e espremida, que depois é decantado e
fervido. Ao caldo obtido são adicionadas alfavaca e chicória. Os peixes também
representam uma parcela importante da alimentação, sendo os mais consumidos o
tambaqui, traíra, piranha, pescada, sardinha de rio, tucunaré, pacu e o pirarucu.
Região Nordeste
Além das influências indígena, portuguesa e negra, os nordestinos receberam contribuições
de holandeses, franceses e ingleses que invadiram o território e o dominaram durante uma
época. O resultado é uma culinária rica e variada, que veio a caracterizar a comida da
região.
Na zona da mata, o solo é fértil e as plantas encontram condições adequadas para se
desenvolverem bem. Os alimentos mais usados nessa área são a farinha de mandioca, o
feijão, a carne seca, a rapadura e o milho.
No sertão, a população se dedica à criação de gado bovino e caprino, usando a carne,
leite, queijo e a manteiga. Consome-se feijão, batata-doce, mandioca e alguns legumes e
frutas.
Outros pratos típicos do nordestino são angu, cuscuz, carne de sol e combinações exóticas
como a abóbora com leite, queijo com rapadura, batata-doce com café, doce de leite com
banana etc.
Região Sudeste
A culinária da Região Sudeste é bastante rica. Tanto as culturas de doces como comidas
salgadas são bastante variadas e apreciadas no país inteiro.
Entretanto, da Região Sudeste o estado que apresenta maior tradição culinária é o de
Minas Gerais. A culinária mineira é nacionalmente famosa, tendo várias comidas típicas e
que caíram no gosto popular. O pão de queijo mineiro, por exemplo, é apreciado em todo o
Brasil. Além desse, o tutu de feijão, feijão tropeiro (outro prato de expressividade nacional),
galinha ao molho pardo, leitoa à pururuca, frango com quiabo e muitos outros. Além dos
pratos, o queijo mineiro é muito apreciado no Brasil, servindo de referência quando se trata
desse derivado do leite.
Região Sul
A região Sul foi a que recebeu maior influência de imigrantes. Isso porque o clima
temperado da região era mais parecido com o clima europeu, facilitando a adaptação dos
italianos, alemães, poloneses e ucranianos, que se estabeleceram preferencialmente em
atividades agrícolas.
Os poloneses radicados no Paraná contribuíram para a alimentação local com pratos como
repolho à moda, pão de leite e sopas. Os italianos introduziram o cultivo da uva, o interesse
pelo vinho, a elaboração artesanal de pães, queijos, salames, massas em geral e sorvete.
Os alemães conservaram o cultivo da batata, centeio, carnes defumadas, linguiça e
laticínios.
Mitos sobre a alimentação regional
Manga com leite faz mal- mito
O leite é um alimento completo, com diversos nutrientes e só é contraindicado em casos de
intolerância à lactose, enquanto a manga é uma fruta rica em fibras e enzimas que facilitam
a digestão, ajudando a regular o intestino.
Laranja é fruta mais rica em vitamina C- mito
Apesar de a laranja ser uma fruta muito conhecida por ter vitamina C, existem outras frutas
com maior quantidade dessa vitamina, como o morango, a acerola, o kiwi e a goiaba.
Vinho tinto previne doenças cardíacas- mito
Estudos apontam que o resveratrol, substância encontrada na casca das uvas tintas, auxilia
no tratamento de condições cardíacas. Mas não previne doenças cardíacas.
1. Nutrição clínica
A terapia nutricional em hospitais, clínicas e outras instituições de saúde é uma das áreas
que tem exigido mais profissionais capacitados. Esses nutricionistas são os responsáveis
pela triagem, terapia e monitoramento nutricional de pacientes admitidos para tratamento
médico. A atuação do nutricionista nesses ambientes tornou-se ainda mais importante,
principalmente com o crescimento da ocorrência de doenças como:
● diabetes;
● problemas cardiovasculares;
● obesidade;
● desnutrição;
● alergias e intolerâncias alimentares, entre outras.
Dessa forma, o nutricionista que opta por essa área de atuação não só precisa entender
sobre a Nutrição em si, como se manter atualizado sobre todas as causas externas à
Nutrição que motivam tais problemas.
Ele também precisa ter inteligência emocional para saber lidar com pacientes fragilizados e
em situação de risco.
2. Nutrição esportiva
Tanto os atletas profissionais quanto os amadores são possíveis clientes para os
nutricionistas esportivos.
Quem procura obter bons resultados nas práticas de exercícios não pode dispensar o
acompanhamento nutricional, que também ajuda na prevenção de lesões e fraturas.
Dessa forma, muitos centros esportivos e academias de ginástica têm mantido nutricionistas
em seus quadros de funcionários.
Mas a grande procura é mesmo por consultórios especializados, bem equipados e com
bons profissionais.
Para se destacar na Nutrição esportiva, é importante que os nutricionistas não só entendam
da sua área específica, mas também da prática de algumas atividades esportivas.
Além disso, ele deve entender sobre o dia a dia dos atletas e trabalhar lado a lado com
médicos e educadores físicos.
3. Nutrição em saúde coletiva
Um profissional que atua na nutrição em saúde coletiva não atua diretamente com um ou
com vários pacientes. Na verdade, ele é responsável pelo controle de qualidade de
produtos alimentícios em todos as suas etapas industriais. Assim, ele atua basicamente
como um fiscal, garantindo que a produção siga as normas sanitárias necessárias para a
saúde humana. Em geral, os profissionais trabalham diretamente em indústrias de
alimentos ou junto a órgãos governamentais de controle.
Suas principais atribuições são:
● Desenvolver ações de alimentação e nutrição, conforme diretrizes das políticas e
programas institucionais e legislações vigentes;
● Coordenar a padronização de procedimentos, processos e protocolos na área de
alimentação e nutrição
● Identificar irregularidades e estabelecer ações orientadoras e corretivas,
promovendo a melhora dos processos, adequação às normas e redução de custos.
● Apoiar atividades de controle e auditoria;
● Planejar e supervisionar estágios de estudantes de graduação em nutrição;
● Participar da elaboração do plano de trabalho anual.
4. Carreira acadêmica
Diversos estudantes de Nutrição optam pela área acadêmica ainda na graduação.
Por isso mesmo, muitos decidem continuar os estudos logo que saem da faculdade,
fazendo especialização, mestrado e doutorado.
Quem opta pela docência pode dar aulas em cursos de graduação e pós-graduação, nas
diversas especializações e cursos técnicos.
Também pode ter a oportunidade de desenvolver projetos de pesquisa e orientar o trabalho
de outros profissionais.
De qualquer forma, como os horários costumam ser flexíveis, muitas vezes é possível
conciliar as aulas com o atendimento em hospitais ou consultórios.
5. Nutrição na Cadeia de Produção, na Indústria e no Comércio de Alimentos
Nesta área, os nutricionistas atuam em atividades de desenvolvimento e produção de
produtos alimentícios e nutricionais. Isso significa que eles podem atuar tanto na análise de
processamento desses produtos; bem como na promoção deles para a sociedade através
de representações comerciais ou do próprio marketing.
Dentre as principais atividades desse tipo de nutricionista estão:
● Participar das ações da equipe multiprofissional responsável pelo desenvolvimento
de produtos;
● Elaborar fichas técnicas dos produtos, contendo especificações da matéria-prima
utilizada;
● Elaborar as informações para a rotulagem nutricional;
● Encaminhar o produto para testes de experimentação;
● Participar do processo de controle de qualidade;
● Pesquisar novas matérias-primas para o desenvolvimento de protótipos de produtos
alimentícios;
● Participar do planejamento e da supervisão da implantação ou da adequação de
instalações físicas, equipamentos e utensílios.
6. Marketing em alimentação
A atuação do nutricionista não fica apenas por conta da consultoria ou no desenvolvimento
de alimentos.
Muito pelo contrário: a conscientização da população também é um caminho profissional a
ser seguido.
Por isso, muitas empresas alimentícias e de suplementos, agências de publicidade, revistas
especializadas, entre outras instituições, contam com profissionais da área de Nutrição.
Em alguns casos, é fundamental contar com o conhecimento e o aval de um especialista
em materiais de marketing e propaganda.
Para tanto, o ideal é que o nutricionista se especialize em marketing, com cursos de
pós-graduação ou especialização.
Afinal, é preciso conhecer pontos específicos do mercado e do comportamento dos
consumidores.
7. Nutrição no ensino, na pesquisa e extensão
São os profissionais dedicados à pesquisa e ensino em cursos de graduação e
pós-graduação em nutrição. Para isso, é preciso dar prosseguimento à carreira acadêmica,
realizando mestrado e, em seguida, o doutorado. Além disso, é possível atuar também
como docente em cursos de aperfeiçoamento para profissionais da área e também em
cursos técnicos.
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Art. 1º O nutricionista tem o compromisso de conhecer e pautar sua atuação nos princípios
universais dos direitos humanos e da bioética, na Constituição Federal e nos preceitos
éticos contidos neste Código.
Art. 2º A atuação do nutricionista deve ser pautada na defesa do Direito à Saúde e do
Direito Humano à Alimentação Adequada e da Segurança Alimentar e Nutricional de
indivíduos e coletividades.
Art. 3º O nutricionista deve desempenhar suas atribuições respeitando a vida, a
singularidade e pluralidade, as dimensões culturais e religiosas, de gênero, de classe social,
raça e etnia, a liberdade e diversidade das práticas alimentares, de forma dialógica, sem
discriminação de qualquer natureza em suas relações profissionais.
Art. 4º O nutricionista deve se comprometer com o contínuo aprimoramento profissional
para a qualificação técnico-científica dos processos de trabalho e das relações
interpessoais, visando à promoção da saúde e à alimentação adequada e saudável de
indivíduos e coletividades.
Art. 5º O nutricionista, no exercício pleno de suas atribuições, deve atuar nos cuidados
relativos à alimentação e nutrição voltados à promoção e proteção da saúde, prevenção,
diagnóstico nutricional e tratamento de agravos, como parte do atendimento integral ao
indivíduo e à coletividade, utilizando todos os recursos disponíveis ao seu alcance, tendo o
alimento e a comensalidade como referência.
Art. 6º A atenção nutricional prestada pelo nutricionista deve ir além do significado biológico
da alimentação e considerar suas dimensões: ambiental, cultural, econômica, política,
psicoafetiva, social e simbólica.
Art. 7º Na atuação profissional, é fundamental que o nutricionista participe de espaços de
diálogo e decisão, seja em entidades da categoria, instâncias de controle social ou qualquer
outro fórum que possibilite o exercício da cidadania, o compromisso com o desenvolvimento
sustentável e a preservação da biodiversidade, a proteção à saúde e a valorização
profissional.
Art. 8º O nutricionista deve exercer a profissão de forma crítica e proativa, com autonomia,
liberdade, justiça, honestidade, imparcialidade e responsabilidade, ciente de seus direitos e
deveres, não contrariando os preceitos técnicos e éticos.