Derma To Funcional
Derma To Funcional
Derma To Funcional
Sistema tegumentar:
1) Epiderme: camada de pele que podemos ver, camada superficial.
Corpúsculo de Vater-Pacini: localizam-se nas regiões palmares e plantares, com função de captar estímulos táteis e
vibratórios que são sensíveis à pressão.
Camada papilar: camada mais fina, constituída por tecido conjuntivo frouxo. Função
de aumentar a zona de contato de epiderme e derme, trazendo maior resistência
à pele. Apresenta receptores sensoriais e rico suprimento sanguíneo.
Camada reticular: camada mais espessa, constituída por tecido conjuntivo denso. É
essa camada que dá firmeza à pele. Quando comprada com a camada papilar,
apresenta menos suprimento sanguíneo.
Tecido conjuntivo – função de sustentação, preenchimento, defesa, nutrição, transporte e reparação. Possui três
componentes: células, fibras e substância fundamental.
Tecido conjuntivo frouxo: consistência delicada, flexível e pouco resistente a trações. As células mais comuns são
os fibroblastos e os macrófagos.
Tecido conjuntivo denso: é adaptado para oferecer resistência e proteção. Trata-se de um tecido menos flexível
do que o frouxo e muito mais resistente às trações. Subdividido em denso não modelado e denso modelado.
Denso não modelado: quando as fibras de colágeno se dispõem em feixes sem orientação fixa.
Adiposo: preenchimento de espaços e isolante térmico. Reticular: dá suporte as células que formarão o sangue.
Substancia amorfa: preenche os espaços entre as células e as fibras, é uma barreira à penetração de
partículas estranhas.
Fibras colágenas: o tipo mais abundante. São muito fortes e inelásticas, compostas principalmente pela proteína
colágeno.
Fibras elásticas: são longas, mais finas, formam redes entrelaçadas. Composta principalmente por elastina. Tem
a capacidade de retornar ao seu comprimento original.
Célula – fibroblasto: sintetiza colágeno e substancia da matriz. O colágeno é a classe mais abundante de
proteínas do organismo, ele desempenha diversas funções (une e fortalece os tecidos). O fibroblasto é formado
por três aminoácidos (lisina, prolina e glicina, são sintetizados a partir da vitamina C).
A deficiência de colágeno acarreta em alguns problemas, como: formação óssea, rigidez muscular, problemas de
crescimento, inflamação nas juntas musculares e etc.
Tipos de colágeno: existem 12 tipos, mas três são os mais importantes. Pode ser encontrado na forma liquida, pó ou
capsula.
Célula – macrófago: célula globosa, grande e repleta de grânulos. Esses grânulos são constituídos de heparina
(substancia anticoagulante) e histamina (substancia envolvida nos processos de alergia).
Célula – plasmócito: pouco numeroso, presente em locais sujeitos à penetração de bactérias (intestino, pele.. .).
Produtor de todos os anticorpos no combate a microorganismos. É originado no tecido conjuntivo a partir da
diferenciação de linfócitos B.
Célula – mastócito: são constituídos de heparina (substancia anticoagulante), histamina (substancia envolvida nos
processos de alergia) e serotonina (ações nos processos inflamatórios).
Célula – leucócitos: são os glóbulos brancos, são encontradas no conjuntivo, vindos do sangue por migração
através das paredes dos capilares e vênulas.
Hipoderme: formada por tecido conjuntivo frouxo, fica situada na região mais profunda da pele, unindo os órgãos
subjacentes. É responsável pelo deslizamento da pele sobre estruturas nas quais está apoiada. Ela conecta frouxamente
a pele e a fáscia dos músculos subjacentes, o que permite aos músculos contraírem-se sem repuxar a pele.
Funções da hipoderme:
Reservatório energético.
Isolamento térmico.
Modela a superfície corporal.
Absorve choques.
Tecido de preenchimento (pele e tecidos subjacentes).
Auxiliar na fixação dos órgãos.
Tecido adiposo: tipo especial de conjuntivo, onde se observa predominância de células adiposas. Essas células podem ser
encontradas isoladas ou em pequenos grupos no tecido conjuntivo. É o maior deposito de energia do corpo.
Ao ser estimulado pela liberação de noradrenalina nas terminações nervosas, o tecido adiposo multiocular acelera a
lipólise e a oxidação de ácidos graxos. A oxidação dos ácidos graxos vai produzir calor e não ATP (como outras células). A
noradrenalina é responsável pela quebra dos triglicerídeos armazenados, gerando ácidos graxos livres e glicerol. Partes
Anexos cutâneos:
Glândulas sebáceas: desenvolve-se a partir dos folículos pilosos, e neles eliminam suas secreções. Sua secreção, chamada
de sebo, é uma substância oleosa, que é rica em lipídeos. O sebo não somente lubrifica a pele e os pelos, prevenindo-os
do ressecamento, mas também contem substancias que são toxicas para certas bactérias. As glândulas sebáceas estão
distribuídas em todas as partes do corpo, exceto nas palmas das mãos e região plantar dos pés.
Glândulas sudoríparas: estão distribuídas na maior parte da superfície do corpo. Apenas em poucos lugares, como nos
lábios, mamilos e porções da pele dos órgãos genitais, elas estão ausentes. Mais numerosas nas regiões palmoplantares.
O suor auxilia no abaixamento da temperatura corporal e elimina alguns catabólicos.
Unhas: nasce de uma invaginação da epiderme. São placas córneas que se dispõe na superfície dorsal das falanges
terminais dos dedos. Na sua extremidade proximal uma estreita prega da epiderme se estende sobre a superfície lisa,
formando o eponíquio (cutícula).
Elasticidade da pele: pode ser determinada pela orientação das linhas de fenda.
Sistema linfático
É uma via acessória de circulação sanguínea, que permite que o líquido dos espaços intersticiais (chamado de linfa) possa
fluir para o sangue.
Funções: remoção dos fluidos em excesso, absorção de ácidos graxos e transporte subsequente da gordura para o
sistema circulatório, produção de células imunes.
Linfa – liquido transparente e esbranquiçado, levemente amarelado ou rosado, alcalino e de sabor salgado, constituído
essencialmente pelo plasma sanguíneo e por glóbulos brancos. É filtrada nos linfonodos.
Pré-coletores linfáticos: vasos intermediários entre os capilares e os coletores linfáticos. Possuem válvulas.
Coletores linfáticos: são a continuação dos pré-coletores, possuem válvulas e um calibre maior em relação aos outros
vasos. Dividido em três camadas – intima (interna, camada endotelial), média (intermediaria, camada muscular) e
adventícia (externa, camada de sustentação).
Circulação linfática: responsável pela absorção de detritos e macromoléculas que as células produzem durante seu
metabolismo, ou que não conseguem ser captadas pelo sistema sanguíneo. O sistema linfático coleta linfa, por difusão,
através dos capilares linfáticos, e a conduz para dentro do sistema linfático. Uma vez dentro do sistema, o fluido é
chamado de linfa.
A linfa percorre o sistema linfático graças a débeis contrações dos músculos, da pulsação das artérias próximas
e do movimento das extremidades. Todos os vasos linfáticos tem válvula unidirecionadas que impedem o refluxo.
Se o vaso sofre obstrução, o liquido se acumula na zona afetada e forma edema.
Drenagem linfática: massagem suave, ritmada, que tem como objetivo auxiliar o fluxo de linfa.
Objetivos da DLM: estimular a contração muscular dos vasos linfáticos, velocidade da linfa e volume dentro dos
vasos, absorção da linfa pelos capilares linfáticos, absorção intestinal, atuação do sistema nervoso vegetativo,
favorecer a nutrição celular e a eliminação dos produtos finais do metabolismo.
Indicações da DLM: edemas e linfedemas, envelhecimento cutâneo, tratamento de pré e pós-cirurgia plástica.
Contraindicações: infecção, neoplasias, TVP, erisipela, hipotensão arterial, asma grave.
Orientações: segmento corpóreo em questão deve ser elevado; a drenagem deve iniciar pela evacuação dos nódulos
linfáticos proximais ao segmento trabalhado.
Edema comum: formado de água e sal, quase sempre é generalizado (muito tempo sentado ou comeu muitas
coisas que não deviam).
Linfedema: acumulo de linfa. Ocorre nos casos em que os canais linfáticos estão obstruídos ou destruídos, como
na retirada de gânglios. Cacifo presente.
Fibro edema gelóide: a famosa “celulite”, é um conjunto de transtornos que ocorrem no tecido conectivo cutâneo e
subcutâneo, tem origem multifatorial, manifestando-se na pele.
Fase 1 – congestão: diminuição da microcirculação venosa e linfática, onde os vasos se dilatam e o sangue
permanece alojado mais tempo que o habitual.
Fase 2 – infiltração: a estase venosa e a vasodilatação tornam a parede dos vasos venosos e linfáticos mais
permeáveis, deixando sair um liquido rico em sódio e mucopolissacarídeos para o exterior.
Fase 3 – fibrosa: devido à estase circulatória, ocorre uma transformação do liquido seroso em uma substancia
gelóide.
Fase 4 – esclerose: proliferação da substancia fibrosa na derme e hipoderme e organização de fibras túrgidas.
Formam-se redes que englobam células adiposas, vasos venosos, linfáticos e nervos, dificultando as trocas
nutricionais.
O aparecimento depende de vários fatores: predisposição genética, fatores hormonais, alimentação e sedentarismo.
Grau 1: sem ondulações ou irregularidades na pele ao ficar de pé ou deitado, mas ao pinçar a região surgem as
ondulações, covinhas e depressões.
Grau 2: ondulações, rugosidades, depressões e cavas espontaneamente se ficar de pé, mas não deitada.
O aparecimento depende de vários fatores: fatores predisponentes, obesidade, obstipação intestinal, calor, ortostatismo
por longos períodos, sexo feminino, menarca, gestação, hormonioterapia.
Queimadura: pode ser por altas temperaturas, baixa temperatura, agentes químicos e elétricos.
Queimadura grau 1: pele avermelhada e sem bolhas (queimadura do sol – praia).
Queimadura grau 2: pele avermelhada e com bolhas.
Queimadura grau 3: muito profunda, vasos visíveis, esbranquiçada, carbonizada, indolor (porque queimou toda as
terminações nervosas).
Cicatriz: reparação tissular complexa e imperfeita, pois os tecidos destruídos não são restaurados, mas substituídos por
um tecido não tão bem diferenciado que contrai e aproxima as bordas da ferida.
Fases da cicatrização:
2 – proliferativa: inicia 2 a 3 dias após a lesão, ocorre limpeza dos tecidos necróticos e proliferação de células novas
para criar novas fibras de colágeno.
3 – maturação: fechamento da ferida, diminuição de células inflamatórias, rede vascular se normaliza e produção de
colágeno se estabiliza e diminui. Respeitam a limitação da ferida.
Cicatrização patológica: cicatrizes hipertróficas que mostram evidências de maturação, primeiro perdem seu aspecto
avermelhado e se tornam macias e planas.
Cicatriz retrátil: aparece nas primeiras semanas, podem evoluir durante 6 a 10 meses na ausência de tratamento. Há
tensão constante e permanente.
Queloide: crescem sem respeitar a limitação da ferida. Alguns casos apresentam queixa de dor, coceira leve ou uma
sensação de queimação ao redor da cicatriz.
Tratamento:
Compressão: através das malhas compressivas que são confeccionadas sob medida. Seu uso deve ser precoce, ser
utilizado 23 horas /dia, por tempo prolongado. Esta pressão facilita a drenagem linfática com ação anti-edematosa e por
isquemia tissular favorece o remodelamento do colágeno, induzindo a orientação paralela das fibras. Promove benefício
funcional e estético. Previne e/ou minimiza as sequelas, favorece a elasticidade da pele.
Manchas de pele:
Melasma/cloasma: o melasma é uma manifestação caracterizada por manchas escuras na face. Seu surgimento
geralmente está relacionado à gravidez ou ao uso de anticoncepcionais hormonais (pílula) e tem como fator
desencadeante a exposição da pele ao sol. Quando estas manchas ocorrem durante a gravidez, recebem a denominação
de cloasma gravídico.
Além dos fatores hormonais e da exposição solar, a tendência genética e características raciais também
influenciam o surgimento do melasma.
A profundidade em que se localiza o pigmento na pele determina o tipo de melasma, que pode ser epidérmico (mais
superficial e que responde melhor ao tratamento), dérmico (mais profundo e de tratamento mais difícil) ou misto.
Ocorre o surgimento de manchas escuras ou acastanhadas na face, principalmente nas regiões malares (maçãs
do rosto), na testa, nariz, lábio superior e têmporas.
Tratamento: para evitar o melasma, as mulheres não devem se expor ao sol sem proteção solar durante a gravidez ou
uso de anticoncepcionais hormonais (pílula).
Tratamento: uso de substâncias despigmentantes, aplicadas na pele. A associação dos despigmentantes com alguns tipos
de ácidos geralmente aumenta a eficácia daqueles. Quando o pigmento se localiza mais profundamente, a melhora é mais
difícil, exigindo persistência para se obter um bom resultado.
Peelings superficiais podem acelerar o processo facilitando a penetração dos despigmentantes e ajudando a
remover o pigmento das camadas superiores da pele.
Efélides /sardas: são manchas causadas pelo aumento da melanina (pigmento que dá cor à pele) na pele. Existe uma
tendência familiar e surgem principalmente nas pessoas de pele clara (fototipo I e II) e ruivas. São causadas pela
exposição continuada da pele ao sol e tendem a escurecer mais durante o verão. Localizam-se principalmente nos locais
da pele mais atingidos por queimaduras solares, como a face, ombros e colo. São manchas arredondadas ou geométricas
de cor castanhas ou marrons.
As sardas passam a ser consideradas manchas melanóticas quando são observadas em excesso na região bucal
e peribucal, devem ser consideradas as síndromes de Peutz-Jeghers ou na doença de Addison.
A síndrome de Peutz-Jeghers é uma doença autoimune com traço autossômico dominante que além das sardas causa
polipose intestinal.
A doença de Addison é uma insuficiência adrenocortical primária, que pode resultar de uma doença autoimune ou ser de
causa idiopática. Com a produção de cortisol pelas adrenais reduzida o hormônio pituitário adrenocorticotrópico (ACTH) e o
hormônio estimulante dos melanócitos (MSH), aumentam como parte do mecanismo de feedback negativo. A
superprodução de ACTH e MSH resulta na estimulação difusa da pele. Com a pigmentação generalizada aparecem sardas
e manchas melanóticas maiores. Outros sinais e sintomas dessa síndrome incluem fraqueza, perda de peso, naúseas e
hipotensão.
Tratamento: laser e luz intensa pulsada (LIP). Os lasers são mais utilizados em pacientes de pele mais clara, pois há um
risco maior de hipo ou hiperpigmentaçâo residual quando comparado com a luz pulsada em pacientes de fototipo III a V
(moreno claro a negro). O cromóforo (alvo) desses tratamentos é o melanossomo (organela do melanócito que produz a
melanina).
Ceratoses actínicas: são lesões que surgem nas áreas da pele continuamente expostas ao sol e é resultado do efeito
acumulativo da radiação ultra-violeta do sol sobre a pele durante toda a vida. As pessoas de pele clara e idade avançada
são mais afetadas. A doença não é, entretanto, privilégio de idosos, aparecendo também em pessoas de meia idade que
se expuseram de forma intensa e repetida ao sol.
As lesões aparecem principalmente na face, couro cabeludo (homens calvos) e dorso dos braços e das mãos.
Podem ter vários aspectos: avermelhadas e descamativas, manchas de cor escuras discretamente elevadas e
rugosas ou lesões ásperas, bastante elevadas e endurecidas.
Tratamento: pelo fato de serem lesões pré-cancerosas as ceratoses actínicas devem ser tratadas. O tratamento é
feito através da destruição das ceratoses (cauterização química, eletrocoagulação, criocirurgia com nitrogênio líquido,
terapia fotodinâmica, 5-fluoracil e imiquimod são alguns dos tratamentos disponíveis, devendo ser indicado e/ou realizado
por um médico dermatologista após a avaliação de cada paciente).
Lentigos / manchas senis: são alterações da cor da pele acastanhadas, que usualmente ocorrem no dorso da mão,
pescoço e face de pessoas de mais de 40 anos de idade. Estas manchas muitas vezes denunciam qual a idade real de
uma pessoa. É uma pequena mancha pigmentada sobre a pele com uma borda bem definido, rodeado por uma pele que
parece normal. É uma hiperplasia (benigna) inofensivo de melanócitos , que é linear na sua propagação. Isto significa que a
hiperplasia de melanócitos está limitada a células da camada diretamente por cima da membrana basal da epiderme ,
onde os melanócitos normalmente residem.
Os lentigos são causados pela exposição acumulada da pele ao sol, isto é, ocorrem devido à exposição ao sol durante
muitos anos. Fica bastante nítido o papel do sol no surgimento destas manchas quando comparamos a pele da região
interna das coxas com a da face ou do dorso das mãos. É fácil notar que a pele das coxas não é manchada e possui
aspecto mais jovem.
Lentigos são distintos de sardas (ephelis) com base na proliferação de melanócitos. A lentigo tem um maior
número de melanócitos. Sardas vão aumentar em número com a exposição solar, enquanto que lentigines vão
ficar estáveis em sua cor, independentemente da exposição solar.
Acne:
A acne é uma doença de predisposição genética cujas manifestações dependem da presença dos hormônios sexuais.
Devido a isso, as lesões começam a surgir na puberdade, época em que estes hormônios começam a ser produzidos pelo
organismo, atingindo a maioria dos jovens de ambos os sexos. Manifesta-se principalmente na face e no tronco, áreas
do corpo ricas em glândulas sebáceas.
A doença não atinge apenas adolescente, podendo persistir na idade adulta e, até mesmo, surgir nesta fase,
quadro mais frequente em mulheres.
As manifestações da doença (cravos e espinhas) ocorrem devido ao aumento da secreção sebácea associada ao
estreitamento e obstrução da abertura do folículo pilosebáceo, dando origem aos comedões abertos (cravos pretos) e
fechados (cravos brancos). Estas condições favorecem a proliferação de microorganismos que provocam a inflamação
característica das espinhas, sendo o Propionibacterium acnes o agente infeccioso mais comumente envolvido.
A intensidade da acne nem sempre está relacionada com a intensidade de seborréia. Uma medida para impedir o excesso
de produção sebácea é o uso de isotretinoína; que interferem no tamanho e produção de sebo das glândulas sebáceas.
Acne Grau II: cravos e "espinhas" pequenas, como pequenas lesões inflamadas e pontos amarelos de pus
(pústulas).
Acne Grau III: cravos, "espinhas" pequenas e lesões maiores, mais profundas, dolorosas, avermelhadas e bem
inflamadas (cistos e nódulos).
Acne Grau IV: cravos, "espinhas" pequenas e grandes lesões císticas, comunicantes (acne conglobata), com muita
inflamação e aspecto desfigurante.
Tratamento: pode ser feito com medicações de uso local, visando à desobstrução dos folículos e o controle da
proliferação bacteriana e da oleosidade. Podem ser usados também medicamentos via oral, dependendo da intensidade do
quadro, geralmente antibióticos para controlar a infecção ou, no caso de pacientes do sexo feminino, terapia hormonal
com medicações anti-androgênicas.
A limpeza de pele pode ser usada, ela tem ação importante para o esvaziamento de lesões não inflamatórias (cravos),
evitando a sua transformação em espinhas.
Em casos de acne muito grave (como a acne conglobata), ou resistente aos tratamentos convencionais, pode ser
utilizada a isotretinoína (Roacutan), medicação que pode curar definitivamente a acne em cerca de seis a oito meses na
grande maioria dos casos.
Vitiligo:
É uma patologia que acomete os melanócitos, comprometendo a pigmentação e levando muitas vezes às alterações
funcionais das estruturas acometidas. Caracteriza-se pela presença de manchas acrômicas (sem pigmentação) na pele.
As lesões formam-se devido à diminuição ou ausência de melanócitos (responsável pela formação do pigmento melanina,
que dá cor à pele).
Teorias para as causas: genética, autoimune (alterações do sistema imunológico poderiam resultar na destruição dos
melanócitos), citotóxica (metabólitos liberados na síntese e degradação da melanina, podem ser tóxicos para o melanócito,
levando à sua destruição), radicais livres (destruição de melanócitos seja resultado da liberação excessiva de radicais
livres no organismo), neural (mediadores químicos liberados nas terminações nervosas poderiam ser tóxicos para os
melanócitos), convergente (propõe a combinação de várias teorias para a explicação da doença).
As manchas típicas do vitiligo são brancas, com total ausência de pigmento. Tem limites bem definidos e podem
apresentar um fino halo de pele mais escura ao seu redor. As lesões não apresentam sintomas. Localizam-se
em qualquer parte do corpo, quando atinge áreas pilosas, os pelos ficam brancos.
Classificação:
Resumo criado por @nayarasilveira_
Focal: apresenta uma ou raras máculas acrômicas,
Quando o vitiligo acomete grande parte da superfície cutânea, recebe o nome de vitiligo universal.
Evoluções: a doença pode permanecer estável por anos, voltar a se desenvolver ou regredir. Pode ocorrer
simultaneamente a regressão de algumas lesões e o desenvolvimento de outras. Em alguns casos a doença regride até
que se consegue a cura definitiva.
Inicialmente as lesões são máculas, não descamosas e hipocromicas que acompanham a inervação cutânea.
Lesões pequenas: pomadas à base de corticoide. Algumas substâncias imunossupressoras de ação e uso semelhante aos
do corticoide mostram bons resultados, chamada pinecrolimus.
Outro tratamento bastante utilizado é a fototerapia, tornam a pele mais sensível à ação do sol. É aplicada sob forma de
creme e loção, em seguida o paciente é orientado para expor-se ao sol, para estimular a pigmentação. O tempo de
exposição deve ser prescrito, pois o excesso pode queimar a pele.
A repigmentação das lesões se dá a partir dos folículos pilosos, formando um pontilhado pigmentado dentro das
manchas. Esses pontos aumentam progressivamente para fechar a lesão.
Flacidez:
A flacidez se refere à quantidade ou estado de flácido, ou seja: mole, frouxo, lânguido. É uma consequência de vários
episódios ocorridos: inatividade física, emagrecimento demasiado e etc.
A pele pode ser entendida como um material biológico de comportamento viscoelástica. Portanto, a pele apresenta
resposta quando submetida a forças de tração classificada como viscoelástica. Quando o limite elástico da pele é
ultrapassado por algum motivo, ao cessar o estimulo, ela não volta ao seu tamanho original, dando origem a flacidez.
Individuo magro que se torna obeso em um curto período de tempo e depois emagrece – flacidez.
A flacidez também pode ocorrer com envelhecimento fisiológico. Após os 30 anos inicia-se uma progressiva e continua
perda de massa muscular, e a maior parte de perda é substituída por gordura.
Quando existe uma flacidez à nível de hipotonia muscular, muitos recursos podem ser utilizados para sanar o problema,
entre elas a atividade física, a estimulação elétrica muscular, recursos para aumento de massa muscular.
A cirurgia plástica é indicada quando existe massa muscular e tônus e ainda existe flacidez.
Tratamentos: atividade física, fortalecimento muscular, massagem modeladora e estimulação elétrica (RUSSA).
Radiofrequência: sensação de queimação da pele. É interrompido quando chega a 40 graus, evitando assim queimaduras.
Os resultados são impressionantes, mas é necessário mais tempo de uso para saber se o tratamento é mesmo eficaz.
Fibras musculares tipo I / fibras vermelhas: são responsáveis pelo desempenho dos atletas. Carregam muitas
mitocôndrias e a enzima SDH, são volumosas e possuem altos níveis de mioglobina, que lhes dão coloração
vermelha.
Fibras musculares tipo II / fibras brancas: são ativadas nas atividades explosivas e rápidas. Dependem quase que
inteiramente do metabolismo anaeróbico para a produção de energia. São as principais responsáveis por flacidez
e perda de tônus. Cansam com facilidade e não toleram contrações prolongadas. São estimuladas na frequência
50 a 150Hz.
Parâmetros físicos:
Frequência portadora 2.500Hz (corrente de média frequência, deixando a corrente mais suportável/confortável).
Frequência modulada 1 – 200Hz. (estimulo das fibras tipo I: 20 – 30Hz e fibras tipo II: 50 – 150Hz).
Tempo médio para pacientes sedentários é de 20 minutos. Durante a evolução do tratamento ou em pacientes ativos, o
tempo pode ser estendido para 25 ou 30 minutos.
Tempo on e tempo off: deve-se programar o mesmo tempo ou o tempo off um pouco maior, para diminuir o risco de
fadiga.
O eletrodo mais utilizado é o de borracha, sendo recomendado um no ponto motor e um no ventre muscular (distância de
2 a 5 cm um do outro).
Contraindicações:
No rejuvenescimento:
A técnica atinge tanto a camada superficial da pele, possibilitando a movimentação dos líquidos intersticiais, como a
camada superficial da musculatura facial, estimulando as fibras. Ela deve ser aplicada em três etapas:
1º - o objetivo e promover a movimentação de líquidos.
2º - promover a estimulação muscular.
3º - ionizar um produto com características nutritivas e hidratantes, próprias para revitalização cutânea.
Em tecidos lesados:
A microcorrente exógena (milionésimo de um ampere) pode ser utilizada no local lesado, para normalizar o fluxo de
corrente endógena, algo que não e permitido com correntes de media e alta intensidade. A bioimpedância dos tecidos
lesados é reduzida, restabelecendo a bioeletricidade para reestabilizar a homeostase local. A microcorrente é vista como
uma catalisadora, nos processos iniciais e de sustentação, em numerosas reações químicas e elétricas que ocorrem no
processo cicatricial, pois a corrente é polarizada e serve para restabelecer a alteração nos sítios de lesão.
A célula é negativa em seu interior e positiva em seu exterior, porém numa situação de lesão, há uma inversão
da situação e a microcorrente passa a atuar restabelecendo o equilíbrio elétrico local e assim evitando os
fenômenos de apoptose, que e a morte programada das células que foram pouco atingidas pela lesão e
sofreram aquilo que se chama de lesão secundária.
Resumo criado por @nayarasilveira_
A microcorrente atende esse tipo de demanda e pode servir para o restabelecimento dos potenciais locais.
Efeitos fisiológicos:
Parâmetros físicos:
Os controles de intensidade normalmente permitem um ajuste de amplitude em torno de 10 a 1000 microamperes (μA).
Os controles de frequência permitem ajuste de 0,5 Hz a 900 Hz (ou em ate 1000 Hz) e a duração de pulso de
microcorrente típico e de aproximadamente 0,5 segundo, que e cerca de 2500 vezes maior que um pulso típico de
TENS, por exemplo.
Uma frequência abaixo de 1 Hz realiza penetração profunda e indicada para estimular cicatrizes.
Uma frequência de 10 a 900 Hz e indicada para analgesia, efeito bactericida, entre outros.
O tempo pode variar de 1 a 30 minutos.
Geralmente são feitas 10 sessões com intervalos de dois dias entre elas. Depois uma sessão de manutenção
pode ser feita a cada mês.
Aplicação:
Para a aplicação são utilizados sempre dois eletrodos com um polo positivo e outro negativo, ocorrendo o mesmo com os
eletrodos utilizados para aplicação estética da corrente galvânica, ou eletrodos de borracha.
Primeira fase:
Conectar os bastões (eletrodos) no equipamento, manter o bastão de polaridade negativa parado no local de
aplicação e movimentar o bastão eletrodo positivo em sentido da musculatura para a movimentação dos líquidos;
realizar cada movimento por 10 segundos.
Nutrição: 150 Hz e 200 μA.
Segunda fase:
Já na segunda etapa, priorizamos a estimulação da musculatura com movimentação no sentido das fibras,
seguindo-as em um mapa anatômico.
Para essa fase, devemos utilizar os eletrodos de borracha, localizando o eletrodo negativo ao lado do eletrodo
positivo, com gel condutor. Fixa-se na pele e liga o equipamento regulando a intensidade, conforme a sensibilidade
da cliente, pois essa estimulação vai tonificar a musculatura, lembrando que não podemos utilizar uma intensidade
Resumo criado por @nayarasilveira_
muito alta para não causar fadiga muscular, portanto, devemos controlar a intensidade conforme a sensibilidade
de cada paciente, deixando agir de 10 a 15 minutos.
Tonificação: 100 Hz e 300 μA
Terceira fase:
A terceira consiste em ionizar um produto cujos benefícios estão diretamente relacionados com o seu principio
ativo.
Para a aplicação: são utilizados eletrodos como bastões, canetas, ou esferas, enrolando-se um algodão na parte
metálica de cada caneta junto com uma solução aquosa, geralmente solução N.M.F., (Natural Moisturizing Factor),
fator hidratante sintético semelhante ao encontrado na pele, rico em aminoácidos, lactato e sais, conhecida por
Ureia. Podem-se utilizar também produtos de lifting, lipossomas ou produtos hidratantes e rejuvenescedores
ionizáveis de acordo com a preferencia.
Iontoforese: 500 Hz intensidade baixas para não produzir contração.
Para essa fase existem algumas sugestões de aplicação. Pode-se esquematizar o movimento das canetas como:
Cada movimento (passo) com a caneta deve ser feito durante, aproximadamente, em 10 segundos, seguindo o esquema:
Contra indicações:
Devido aos seus efeitos fisiológicos, essa corrente é muito bem utilizada em processo de reparo e em rejuvenescimento,
sendo assim observamos uma boa aplicabilidade em processos como:
Laser e ladterapia:
LASER é a radiação (quantum) emitida em um mesmo tempo onde comporta um fluxo de partículas (fótons) formando
feixes de energia, com características especiais: monocromática, coerente e colimada.
Tipos de LASER:
1. LASER Vermelho (visível) AlGalnP – 658 nm 3. LASER Infra- Vermelho - (invisível) AsGa –
2. LASER Infra- Vermelho - (invisível) AlGaAs – 904nm
830 nm
LED:
Profundidade de penetração:
Fotorreceptores: absorvem fótons de determinado comprimento de onda. Provocam uma transformação na atividade
funcional metabólica da célula. Em doses apropriadas e de acordo com o seu comprimento de onda, produzirá uma
resposta biológica.
Principais aplicações do LED: estética, dermatologia, podologia, terapia capilar, bactericida e fungicida, estímulo à
cicatrização, rejuvenescimento, prevenção na formação de quelóides, tratamento de alopecia difusa, estímulo à
circulação periférica, aumento da capacidade de absorver energia, drenagem linfática e celulite.
Contraindicações:
Fotoativação:
1. Acne:
A aplicação do LED azul promove a descontaminação. O LASER vermelho, por sua vez, tem ação anti inflamatória e
analgésica. A aplicação do LASER infravermelho na rede ganglionar promove drenagem linfática da região.
LED Azul proporciona o clareamento e a tonificação dos tecidos. O LASER Vermelho estimula o aumento do volume de
vasos causando uma drenagem no infiltrado intersticial.
LASER vermelho e o infravermelho aumentam o metabolismo dos fibroblastos. O LASER infravermelho atua na correção
de Botox. LED azul promove a alteração da tensão superficial da pele. O LED âmbar promove espessamento homogêneo
não térmico das fibras adensadas.
4. Edema palpebral:
LED Âmbar – drenante, desintoxicante, minimiza edemas, melhorando a circulação sanguínea e linfática.
5. Celulite:
LASER vermelho - otimização da circulação periférica. LED Âmbar - diminuição de depressões na pele. LASER
infravermelho - ativa a rede ganglionar antes da drenagem linfática.
6. Drenagem linfática:
7. Pós-operatório:
LASER vermelho - auxilia para uma cicatrização mais rápida e mais estética, além de sua ação anti-inflamatória e
analgésica.
8. Estrias:
LEDAzul - efeito de clareamento, alteração da tensão superficial da pele, hidratação, com efeito estético de expansão
dos tecidos. LASER Vermelho - aumento no metabolismo dos fibroblastos, com consequente aceleração na produção de
fibras colágenas. LEDÂmbar - estímulo à organela ribossômica, levando à otimização da síntese de colágeno e
espessamento não térmico das fibras adensadas.
LASER vermelho.
10. Onicocriptose:
LASER vermelho estimulação da cicatrização tecidual. LASER infravermelho ação analgésica, anti inflamatória e drenagem
linfática na região.
12. Onicomicose:
LASER vermelho acelera o crescimento da lâmina saudável e destrói os fungos. LASER infravermelho: ação analgésica,
anti inflamatória e aceleração da renovação da unha.
Programando o equipamento: tempo (min/seg) e energia (Joule) - quando o tempo for aumentado, a energia (J) também
será proporcionalmente.
O feixe de luz não deve, em momento algum, incidir sobre os olhos, nem de modo direto, nem através de
reflexão em superfícies refletoras.
Nas aplicações de LASER e LED é necessário o uso de óculos de proteção. Estes óculos são projetados para
“barrar” a incidência do feixe de luz na retina.
Não utilizar nenhum produto associado ao LASER ou LED que não seja específico para esse fim.
Cosméticos
São substâncias, misturas ou formulações usadas para melhorar ou para proteger a aparência ou o odor do corpo.
Pele: o pH da pele é levemente ácido, mas é maior onde existe transpiração, devido à secreção de sais. Por isso,
o pH dos desodorantes é maior dentre todos os cosméticos, estando próximo de 7.0 e para as demais regiões
do corpo o pH deve ser em torno de 5.0.
Cabelos: são recobertos por uma fina camada de água, lipídeos e sais minerais (NaCl e KCl), provenientes do suor
e das secreções naturais do couro cabeludo.
Boca e lábios: os produtos para a boca e os lábios têm pH entre 6 e 7 para serem compatíveis com o pH da
saliva humana e para que não ataquem as gengivas e os dentes.
São utilizadas muitas matérias-primas com o objetivo de ter o resultado desejado. Podendo ser de origem de fontes
naturais ou sintéticas renováveis. São classificadas como:
Agentes antiacne e anticaspa: contem fármacos específicos para o combate das bactérias.
Resumo criado por @nayarasilveira_
Reações alérgicas e toxicidades: combinação de substâncias presentes nos cosméticos com substâncias da pele geram
falhas bioquímicas.