O documento discute a ética de acordo com São Tomás de Aquino, que parte da ética aristotélica e defende que o homem pode alcançar a virtude por meio da razão e das virtudes cardeais e teologais, tendo a beatitude como fim último.
O documento discute a ética de acordo com São Tomás de Aquino, que parte da ética aristotélica e defende que o homem pode alcançar a virtude por meio da razão e das virtudes cardeais e teologais, tendo a beatitude como fim último.
O documento discute a ética de acordo com São Tomás de Aquino, que parte da ética aristotélica e defende que o homem pode alcançar a virtude por meio da razão e das virtudes cardeais e teologais, tendo a beatitude como fim último.
O documento discute a ética de acordo com São Tomás de Aquino, que parte da ética aristotélica e defende que o homem pode alcançar a virtude por meio da razão e das virtudes cardeais e teologais, tendo a beatitude como fim último.
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Ética segundo São Tomás de Aquino.
Autores: Felipe Grego, Hellen Jaques e Christian Paes.
Curso: Técnico em Mecânica Integrado ao Ensino Médio. Matéria: Filosofia III. Data: 01/09/2022 Introdução São Tomás de Aquino foi um padre católico que viveu entre 1224-1274, teve, no período final da Idade Média, importância semelhante a de Santo Agostinho em seu início. Sua participação no desenvolvimento da filosofia e da teologia cristã é equiparável a de Santo Agostinho no período de formação do pensamento medieval cristão. Enquanto Santo Agostinho se inspirava na filosofia de Platão na construção de seu pensamento, dentre eles o conceito sobre ética, São Tomás parte da ética aristotélica, sendo o primeiro a mostrar que a filosofia aristotélica era compatível com o cristianismo. Apesar de os dois se contraporem em relação a ética, eles não possuem filosofias totalmente antagônicas, ao contrário se assemelham em muitos pontos. O mal segundo São Tomás de Aquino Antes de São Tomás, Agostinho foi o primeiro a esclarecer sobre o que é o mau. Segundo ele, o mal não é algo, mas sim a ausência do bem natural. Posteriormente Tomás de Aquino diz que o mal não só é a ausência do bem, mas é a ausência do bem em algo, e reafirma que o bem não é algo assim como Agostinho. Na suma teológica, respondendo a uma objeção, São Tomás diz o seguinte: “O mal está distante tanto do ser de modo absoluto quanto do não-ser de modo absoluto, porque não existe como hábito ou negação, mas privação”.
Hábito: É uma maneira de ser permanente que qualifica o sujeito, dispondo-o
bem ou mal segundo a sua natureza. Negação: É o que algo não é e não deveria realmente ser.
E a privação ? Diferente da negação, é o que algo não é, mas deveria
ser. As virtudes e o fim último A ética de São Tomás se contrapõe à visão então predominante, herdada de Santo Agostinho, para quem o homem é um ser imperfeito, marcado pelo pecado original. Tomás de Aquino parte da concepção aristotélica de virtude, considerando a natureza humana capaz de ser aperfeiçoada através de uma vida virtuosa, o que o aproxima de Deus, e o faz alcançar a beatitude em Deus na vida eterna, que segundo ele é o fim último do homem. Para alcançar essa vida ética o homem deve conseguir dominar as paixões, para isso o homem deve praticar as virtudes cardeais, que são aquelas alcançadas pela razão e é o resultado dos nossos atos. Virtudes Cardeais: Prudência, justiça, fortaleza e temperança.
Virtudes Teologais: Fé, esperança e caridade.
O homem possui livre arbítrio A vontade é um ato ou ação, e nisso distingue-se do livre-arbítrio, faculdade própria do homem que, pelo fato de possuir a razão, ou pela capacidade de ser racional, é capaz de escolher entre várias possibilidades. Livre-arbítrio é o poder de agir de determinada forma, ou deixar de agir, sem nenhuma razão para tal escolha a não ser o próprio alvedrio. Presume portanto a escolha dirigida pela vontade: o indivíduo age de certa maneira porque assim quer e sente-se responsável pelo ato praticado. A expressão “liberum arbitrium” foi muito usada pelos teólogos cristãos. Para alguns doutores da igreja, como santo Agostinho, distingue-se do conceito de libertas (liberdade), que é o estado de bem-aventurança eterna, no qual não é possível pecar. Por ser a capacidade de escolher entre o bem e o mal, o livre-arbítrio é "a faculdade da razão e da vontade, por meio da qual escolhe-se o bem, mediante o auxílio da graça, e o mal, pela ausência dela". O homem possui livre arbítrio Para que o livre-arbítrio seja exercido em sua plenitude não deve haver impedimentos externos ao movimento. Essa afirmação é válida tanto para a liberdade de palavra, quanto para a de ação ou de crença. Em certos casos, presume-se que a liberdade não pode ser exercida: quando é fisicamente impossível realizar a ação em perspectiva (evitar adormecer quando o sono é incontrolável) e quando o agente é premido por um condicionamento psicológico inevitável (nos quadros neuróticos ou psicóticos, por exemplo). Em outras situações, diz-se que a margem de atuação do livre-arbítrio é reduzida: quando agimos contrariamente a nossa vontade, para cumprir uma obrigação legal ou moral; quando estamos sob forte pressão emocional ou sob efeito de hipnose ou lavagem cerebral; quando sob chantagem ou tortura. Para santo Tomás de Aquino, embora o livre-arbítrio pareça designar um ato, ele é na verdade uma potência ou faculdade, por meio da qual podemos julgar livremente. Assim sendo, tal potência não pode ser confundida com o hábito nem com nenhuma força a ele submetida ou ligada. Se a virtude humana é um hábito À quinta objeção. Deve ser dito que há duas qualidades no homem, uma natural e outra proveniente do exterior. A qualidade natural consiste tanto na parte intelectiva quanto no corpo e nas potências que lhe dizem respeito. Devido ao fato de o homem ser o que é pela qualidade natural intelectiva, o homem deseja naturalmente o fim último, ou seja, a beatitude. Ora, tal desejo é natural e não depende do livre-arbítrio, como fica claro no que vimos anteriormente. Em relação ao corpo e suas potências, o homem, de certa forma, possui determinada compleição ou disposição por influência das causas corpóreas. Contudo, essas causas não podem influir na parte intelectiva por esta não ser parte de um corpo. E devido à maneira como cada um é, pelas características corpóreas, tais finalidades lhe parecem ser o fim, porque é com base em tal disposição que o homem se inclina a escolher ou rejeitar algo. Mas essas inclinações estão sujeitas ao juízo da razão, ao qual o apetite inferior obedece, como já dissemos antes. Portanto, não prejudica o livre-arbítrio. Perguntas Como o mau está relacionado com as virtudes cardeais de acordo com São Tomás de Aquino ?
Em que sentido a ética de São Tomás de Aquino pode ser
considerada racionalista? Referências Textos Básicos de Ética de Platão a Foucault - Danilo Marcondes Textos Básicos de Filosofia Dos Pré-Socráticos a Wittgenstein - Danilo Marcondes https://emporiododireito.com.br/leitura/o-ser-e-o-ente https://sites.google.com/view/sbgdicionariodefilosofia/h%C3%A1bito https://pt.wikipedia.org/wiki/Priva%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Pseudo-Dion%C3%ADsio,_o_Areopagita#:~:text=Pseudo-Dion %C3%ADsio%2C%20o%20Areopagita%20ou%20simplesmente%20Pseudo-Dion%C3%A Dsio%2C%20%C3%A9%20o,toda%20a%20m%C3%ADstica%20crist%C3%A3%20ociden tal%20na%20Idade%20M%C3%A9dia https://pt.wikipedia.org/wiki/Cristianismo_m%C3%ADstico https://www.youtube.com/watch?v=_HUQdu_6Vhg&t=865s https://www.youtube.com/watch?v=u7DZw6Zbj5M&t=1137s