C Oposição Habilitação 06 10
C Oposição Habilitação 06 10
C Oposição Habilitação 06 10
Art. 682. Quem pretender, no todo ou em parte, a coisa ou o direito sobre que controvertem autor e réu poderá, até ser
proferida a sentença, oferecer oposição contra ambos.
Art. 683. O opoente deduzirá o pedido em observação aos requisitos exigidos para propositura da ação.
Parágrafo único. Distribuída a oposição por dependência, serão os opostos citados, na pessoa de seus respectivos
advogados, para contestar o pedido no prazo comum de 15 (quinze) dias.
Art. 684. Se um dos opostos reconhecer a procedência do pedido, contra o outro prosseguirá o opoente.
Art. 685. Admitido o processamento, a oposição será apensada aos autos e tramitará simultaneamente à ação originária,
sendo ambas julgadas pela mesma sentença.
Parágrafo único. Se a oposição for proposta após o início da audiência de instrução, o juiz suspenderá o curso do processo
ao fim da produção das provas, salvo se concluir que a unidade da instrução atende melhor ao princípio da duração razoável
do processo.
Art. 686. Cabendo ao juiz decidir simultaneamente a ação originária e a oposição, desta conhecerá em primeiro lugar
É uma forma de intervenção espontânea de
terceiros que tem natureza jurídica de ação. A oposição
enseja a formação de um novo processo independente,
mas que será distribuído por dependência e será
julgado em conjunto com a ação principal. Na oposição,
o terceiro deduz uma pretensão que coincide com
aquela em litígio, ou seja, o terceiro pretende obter o
mesmo bem ou vantagem que estão sendo disputados
entre autor e réu da demanda.
Cuidados com a utilização do doutrina, da legislação e das decisões superiores.
A Oposição na vigência do Código de Processo Civil anterior (CPC/1973), era típica intervenção de terceiro pela qual esse
mesmo terceiro buscava excluir do processo autor e réu.
O novo Código de Processo Civil não confere à oposição o status de intervenção de terceiro, agora um procedimento
especial, representando manifestação do direito de ação de um terceiro quanto às partes principais de um processo. Por
essa razão, submete-se aos mesmos requisitos exigidos para a propositura da ação (art. 683, caput).
É UM NOVO PROCESSO!
RELEVÂNCIA DESTA DISTINÇÃO:
(TJ-GO - Apelação (CPC): 02114223220158090132, Relator: MAURICIO PORFIRIO ROSA, Data de Julgamento:
02/07/2019, 5ª Câmara Cível, Data de Publicação: DJ de 02/07/2019)
E M E N T A PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE OPOSIÇÃO. OFERECIMENTO APÓS PROLAÇÃO DE SENTENÇA NA AÇÃO
PRINCIPAL. DESCABIMENTO. APELO DESPROVIDO. - O novo Código de Processo Civil passou a tratar a ação de oposição
como um procedimento especial, no capítulo VIII, do título III, do livro I da parte especial, retirando-o, pois, do capítulo
que trata das formas de intervenção de terceiros, como ocorria no CPC de 1973 - No Código anterior, a oposição, se
oferecida antes da audiência, era apensada aos autos principais e corria simultaneamente com a ação, sendo ambas
julgadas pela mesma sentença, nos termos do art. 59, sendo verdadeira forma de intervenção de terceiros. Já, se a
oposição se desse após a audiência, seguiria o procedimento ordinário, sem prejuízo da causa principal, conforme
inteligência do art. 60, formando um processo incidente - O novo CPC manteve apenas a oposição autônoma, prevista
nos arts. 682 a 686, e seu oferecimento deve se dar até o momento de ser proferida a sentença, sendo suspenso o
feito principal apenas se proposta após a audiência. Ação e oposição serão julgadas por uma mesma sentença,
cabendo a apreciação da oposição em primeiro lugar - Caso dos autos em que a ação principal foi sentenciada e
transitada em julgado muito tempo antes do oferecimento da oposição - Uma vez tendo sido julgada a ação principal,
resolvendo o mérito em favor de uma das partes – autor ou réu, desaparece o interesse no manejo da oposição,
cabendo ao opoente buscar defender seu alegado direito em face do vencedor da demanda - Sentença que indeferiu a
inicial a não merecer reparos - Apelo desprovido.
(TRF-3 - ApCiv: 00155058320164036100 SP, Relator: Desembargador Federal JOSE CARLOS FRANCISCO, Data de
Julgamento: 17/12/2020, 2ª Turma, Data de Publicação: e - DJF3 Judicial 1 DATA: 21/12/2020)
DA HABILITAÇÃO
Art. 687. A habilitação ocorre quando, por falecimento de qualquer das partes, os interessados houverem de suceder-lhe
no processo.
Art. 689. Proceder-se-á à habilitação nos autos do processo principal, na instância em que estiver, suspendendo-se, a
partir de então, o processo.
Art. 690. Recebida a petição, o juiz ordenará a citação dos requeridos para se pronunciarem no prazo de 5 (cinco) dias.
Parágrafo único. A citação será pessoal, se a parte não tiver procurador constituído nos autos.
Art. 691. O juiz decidirá o pedido de habilitação imediatamente, salvo se este for impugnado e houver necessidade de
dilação probatória diversa da documental, caso em que determinará que o pedido seja autuado em apartado e disporá
sobre a instrução.
Art. 692. Transitada em julgado a sentença de habilitação, o processo principal retomará o seu curso, e cópia da sentença
será juntada aos autos respectivos.
Em atenção ao princípio da estabilização subjetiva da demanda, tanto o
juiz como as partes, de rigor, estão impedidos de modificar os sujeitos
processuais.
Art. 18. Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado pelo ordenamento jurídico.
Art. 108. No curso do processo, somente é lícita a sucessão voluntária das partes nos casos expressos em lei.
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. MANDADO DE SEGURANÇA. SUCESSÃO PROCESSUAL PELO ESPÓLIO. IMPOSSIBILIDADE.
NATUREZA MANDAMENTAL E PERSONALÍSSIMA DO WRIT. PRECEDENTES. ILEGITIMIDADE. RECURSO NÃO CONHECIDO. 1.
Em virtude do caráter mandamental e da natureza personalíssima do mandado de segurança, a jurisprudência do STJ,
amparada por precedentes do STF, tem se posicionado pela impossibilidade de sucessão processual do impetrante por
seu espólio em mandado de segurança. 2. Assim sendo, no caso submetido a apreciação, o espólio não detém
legitimidade para recorrer do comando sentencial que negou a segurança pretendida pelo de cujus, em face de decreto
expropriatório exarado pelo Prefeito do Município de Araçás. Apelo a que se nega conhecimento.
(TJ-BA - APL: 00021558619998050004, Relator: ROSITA FALCAO DE ALMEIDA MAIA, TERCEIRA CAMARA CÍVEL, Data de
Publicação: 06/08/2013)
ESPÓLIO X SUCESSORES
(TJ-RJ - AI: 00477945120198190000, Relator: Des(a). VALÉRIA DACHEUX NASCIMENTO, Data de Julgamento:
29/10/2019, DÉCIMA NONA CÂMARA CÍVEL)