Via Sacra - Mantida Toda A Pontuação Original
Via Sacra - Mantida Toda A Pontuação Original
Via Sacra - Mantida Toda A Pontuação Original
COORDENADOR GERAL
TRÂNSITO
LITURGIA E VIGILIA
RECEPÇÃO DE
PALESTRANTES
SECRETARIA
CÍRCULO DE ESTUDOS
VISITAÇÃO E EXTERNA
SOM E PROJEÇÃO
COZINHA
ORDEM E LIMPEZA
BOA VONTADE
CANTO
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VIA SACRA PARA OS CASAIS
EXERCÍCIO DA VIA SACRA
APRESENTAÇÃO
Ele - Quando Deus, criou o Homem à Sua Imagem e semelhança, criou para Ele
uma companheira de uma só carne, para o amor.
Mas o Homem não quis amar... Pois pecar é NÃO amar.
... e ele pecou.
Ela - Mas Tú, na Tua Divina bondade, enviaste Teu filho, para que no sacrifício
do Calvário, restaurasse o amor humano.
É a história da restauração desse amor, que nós queremos agora meditar.
Ela - Sou sincera Senhor, nunca me liguei em Via Sacra, e nunca senti vontade
de fazer uma Via Sacra. Hoje, porém, estou aqui, disposta a percorrer
contigo o caminho do Calvário.
Ele - Quando nós dissermos: “Nós vos adoramos, Santíssimo Senhor Jesus
Cristo e Vos bendizemos”, pedimos que respondam:
“Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.”
Ele
e - “Nós vos adoramos, Santíssimo Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos”.
Ela
Ela - Uma figura impressiona aqui: Pilatos. Não encontra culpa nenhuma em
Jesus, mas envia-O a Herodes, para ser condenado. Mas por quê? Se não
encontrou nenhuma culpa Nele?
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Ele - Declara-O inocente, mas apesar disso, manda flagelá-lo!
Dessa maneira nivela Jesus a Barrabás e, com isso, reconhece que Jesus é
um condenado e, só os condenados a morte poderia ser objeto de anistia.
“A qual dos dois quereis que eu solte? A Jesus ou a Barrabás?”...
Lava as mãos: Entrega Jesus à morte.
Pilatos era casado. Sua mulher Cláudia mandou-lhe um aviso:
Ela - “Nada farás contra este justo! Passei muito mal esta noite em sonhos, por
causa Dele!”
Ele - Ele, porém, não ouvia a mulher e covardemente entregou Jesus à morte.
Por isso, há vinte séculos, rezamos no Credo: ...
“Padeceu sob Pôncio Pilatos”.
Ele - Esposos, ouvi vossas esposas! Deus colocou em nossas vidas, a esposa
para que vivêssemos a dois, em união profunda de corações. Esposos,
escutai vossas esposas!
Ele - Senhor, nós queremos ser Teus discípulos, mas, ser Teu discípulo, é um
tremendo desafio! Num mundo de acomodações, de hesitações, de
perguntas que não desejam respostas, como Pilatos, que perguntou a
Jesus, o que era a verdade? E não esperou a resposta! Num mundo de
recuos covardes! Num mundo, em que na hora das definições, lavam-se as
mãos... É muito duro ser cristão, Senhor!
Agora então, depois do Encontro, vamos ouvir muita gozação: Virou rato de
Igreja! Papa-hóstia! Carola!
Ela - Senhor, sou o que sou e não o que os outros pensam ou dizem que sou. Se
falam bem de mim, não sou melhor... Se falam mal, não sou pior...
Quero Te seguir, custe o que custar! Mesmo na condenação, na morte, no
ostracismo ou até mesmo, no desprezo da indiferença!!!
Ele
e - “Nós vos adoramos, Santíssimo Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos”.
Ela
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Ela - Numa árvore de delícias, o primeiro Adão encontrou a morte.
Na árvore da cruz, vai o segundo Adão encontrar a morte, para que o
primeiro reencontre a vida. Por esta Cruz perdoará o pecador; Fará
reconciliação com seu Pai; fechará o inferno; abrirá o céu; desagravará a
Justiça divina; salvará a humanidade.
Ele - E Jesus abraça a Cruz, com todo o amor de seu divino coração.
- “Se alguém quer ser meu discípulo, toma a sua Cruz de cada dia, e siga-
me.”
Ele - E eu, com a Cruz da minha profissão, a cruz das minhas quedas,
infidelidade e misérias... A Cruz do meu ciúme... do ciúme dela! Não há
Páscoa sem sexta-feira Santa; não há ressurreição sem morte. Só será
recompensado, aquele que perseverar corajosamente!
Só será coroado, quem pelejar valentemente!
Portanto, ajude-nos Senhor, a carregar nossa Cruz!
Ela - TERCEIRA ESTAÇÃO – JESUS CAI POR TERRA, PELA TERCEIRA VEZ.
Ele
e - “Nós vos adoramos, Santíssimo Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos”.
Ela
Ela - A primeira queda de meu cônjuge foi por minha culpa... não recebeu
carinho, amor, compreensão e foi receber de outrem, que lhe deu isso e
algo mais. E ele fraquejou, sucumbiu, caiu. Rarissimamente uma queda,
um adultério, uma separação, um desquite, é culpa de um só... Perdão
Senhor, se fui o motivo do outro cair e ser infiel.
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Ele - Talvez a falta de visão sobrenatural do meu cônjuge, fez-me cair. Mas não
quero desculpar-me das minhas quedas. Tu caíste, Senhor e Te levantaste;
e com a Tua ajuda, também eu me levantarei!
Senhor! Ajuda-me!
Ele
e - “Nós vos adoramos, Santíssimo Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos”.
Ela
Ela - Mãe e Filho! Dois olhares que se fitam, dois corações que se fundem. A
presença de Maria conforta Jesus. Como é bom ter alguém para nos
confortar! Alguém, com quem a gente possa desabafar.
Alguém que nos ame!
Ele
e - “Nós vos adoramos, Santíssimo Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos”.
Ela
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Todos - Porque pela vossa Santa Cruz remistes o mundo.
Ele - Voltava do campo, cansado, extenuado, doido para rever a esposa e seus
filhos: Alexandre e Rufo. No meio da caminhada os soldados o detêm e
ordenam:
- “Carrega essa Cruz”!!!
- Mas que roubada! O que é que eu tenho a ver com esse condenado?
- “Carrega essa Cruz”!!!
Diz uma tradição que ele carregou, a princípio, aborrecido, mas logo depois,
impressionado pela dignidade e majestade da vítima Divina, carregou-a
com amor. Hoje a Igreja venera com o título de São Simão de Cirineu.
Ele - Esposos, sejam Cirineus para suas esposas! Sua Cruz não é menor que a
Vossa; é apenas diferente. Os encargos domésticos, a luta com os filhos de
manhã à noite; quantas vezes a carga é pesada demais para seus ombros
delicados!
E você? Bem... você diz que ela não faz nada; que ela passa o dia inteiro em
casa. Ah! mas você não aguentaria ficar nem uma hora no lugar dela!
Ele
e - “Nós vos adoramos, Santíssimo Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos”.
Ela
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Todos - Porque pela vossa Santa Cruz remistes o mundo.
Ela - Que belo papel fizeram as mulheres, na Paixão! Maria, mulher forte do
Evangelho. Madalena – a expressão da penitência.
As respostas dos discípulos de Jesus, seguem-no na Via Sacra; as mãos do
povo de Jerusalém, choram à passagem de Jesus; aqui, há uma nobre
senhora, da qual nem sabemos o nome, mas a quem a tradição chama de
Verônica. Condoída do estado lastimável de Jesus, foi, com uma toalha
enxugar-lhe o suor, sangue e a poeira. E Jesus que não se deixa vencer em
generosidade, estampa na toalha a sua imagem amortecida.
Ela - Esposas, sejam Verônicas para seus maridos. Ele sofre; ele tem coração
também ele sente, mesmo que não revele. Muitas vezes, tu estranhas
porque ele chega em casa caladão, sem dar uma palavra, mas ele está com
problemas; os compromissos financeiros, que não quer te revelar, para não
te fazer sofrer mais... ou talvez, ele ainda sofra, pela sua diária
demonstração de que ganha mais, de que é mais alguém profissionalmente!
E isso fere!
Muitas vezes, ele está vivendo um drama – ele não quer te trair, mas está
sendo assediado por uma mulher, que pouco se importa, de estar
destruindo um lar; Ele luta por ser fiel, ele sofre – mas não fala nada! E
você? O que faz???
Respeite o sagrado silêncio do seu esposo, que fala pouco, mas muitas
vezes, sofre muito...
Ele - Jesus! Estampa nesse Encontro, em meu coração, para sempre, Tua
imagem adormecida. Que, na hora da tentação, na hora em que tudo
parece estar perdido, na hora em que sentimos que o chão nos falta
debaixo dos pés, naquela hora negra de desespero, eu me lembro de Ti.
Senhor, não esqueça dessa imagem amortecida, para que eu mereça
contemplá-la, com Teu perdão e Teu auxílio!
Ela - SÉTIMA ESTAÇÃO – JESUS CAI POR TERRA PELA SEGUNDA VEZ.
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Ele
e - “Nós vos adoramos, Santíssimo Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos”.
Ela
Ele - Apesar de Cirineu, ele cai novamente! Pobre e enfermo coração humano;
promete tanto e realiza tão pouco!
“No casamento aproximei-me da Igreja; parecia que ia bem até o fim da
vida. Fiz Encontro, e exultei de alegria.
Anos depois, estou na mesma, se não estou pior”.
Senhor, por esta Tua segunda queda, liberta-nos do mais perigoso dos
pecados – o pecado da mediocridade.
Eu custei caro demais para Ti, Senhor, para que me contente com uma
vida “mais ou menos”, com uma vida morna.
“Bem, sou católico, mas não sou exagerado; não sou fanático; nada de ser
carola!” Em geral, essa é a nossa desculpa.
Como se pudesse dar demais para Ti!
Ela - Por mais que eu faça – a cada dia – em minha vida, eu devo por um pouco
mais de beleza, de virtude, de honestidade, de amor, de santidade, ainda
sim, nunca estarei quite com o Teu amor, porque a medida do amor, é
exatamente, o amor sem medida!
Liberta-me Senhor, do perigoso pecado da mediocridade, da acomodação,
da instalação do nosso amor.
Muitos casamentos ruíram, porque se instalaram, se acomodaram e se
esqueceram de que o amor, é uma conquista árdua, penosa, difícil e
heroica; é uma conquista de toda a vida! Ao longo dos anos, vai ganhando
conotações novas, matizes novos, e, se você não o alimentar, ele definha e
morre, e, num triste dia, você se descobre dizendo ou ouvindo: “Não te amo
mais! Vamos nos separar.”
Ele - Instalaram-se! ... acomodaram-se! ... não alimentaram o amor e tudo que
não é alimentado, definha e morre.
Senhor, pela Tua segunda queda, desinstala-nos, para que o nosso
casamento não corra perigo de acomodação!
Ele
e - “Nós vos adoramos, Santíssimo Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos”.
Ela
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Todos - Porque pela vossa Santa Cruz remistes o mundo.
Ele - “Não choreis por mi; chorai antes por vós e vossos filhos.”
“Se assim tratamos o lenho verde, que será do lenho seco? Se assim
tratamos o inocente, que será do pecador?”
Ela - Jesus, estou confusa! Já não entendo mais nada, o homem quando é de
coração bem formado, se condói da dor do outro. Elas choram porque se
chocam: É que estão diante de um trapo humano, desfigurado, banhado
em sangue! E ainda as consola?
Ele - “Não choreis por mim; chorai antes por vós mesmas e vossos filhos.”
Ele - “Dias virão em que direis: Bem-Aventuradas as estéreis e os peitos que não
amamentaram.”
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Senhor, dá-me “outras” lágrimas, muitas e sentidas lágrimas.
Se não as dos olhos, pelo menos as do coração, para que eu lave, neste
Encontro, a minha vida passada. E que vida! Pai do Céu!
Lágrimas que me redimam; lágrimas que me santifiquem! Senhor, dá-me
lágrimas para eu chorar os pecados cometidos! “Outro amor devido ao meu
cônjuge, porque eu não o amei de verdade! Eu gostava; eu me procurava no
meu cônjuge, mas não o amava! Eu não me unia a ele; não me esquecia de
mim, para pensar nele! Só pensava em mim, em mim e em mim! Lágrimas,
Senhor, para eu chorar os pecados cometidos durante tantos anos, contra
o amor de quem sempre me amou.
Ela - NONA ESTAÇÃO – JESUS CAI POR TERRA, PELA TERCEIRA VEZ.
Ele
e - “Nós vos adoramos, Santíssimo Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos”.
Ela
Ele - Apesar do Cirineu, e a poucos metros do Calvário, Jesus cai mais uma vez,
desabaladamente ao solo; despedaça seu rosto nas pedras, e desfalece por
instantes.
Ela - Pecados e pecados; pecados dos adúlteros, dos obcecados no mal, daqueles
que não querem evitar, a ocasião próxima do pecado.
Os pecados dos que blasfemam, dos que não creem, dos que perseguem a
Deus e à sua Igreja.
Os pecados dos impenitentes finais, destroçaram o nosso Salvador.
Ele - Senhor, ajuda-me. Dá-me a Tua Graça. Eu sinto que de forma alguma,
posso sair desse Encontro como entrei. Podia ser um home de bem, ter a
paz, ser feliz, mas ao invés disso, vivo com o peito inteiramente ao sabor
das paixões! Vivo ralado de angústia, desgastado pelo sofrimento.
Basta, Senhor! Que se afaste de mim, tudo quanto de pecaminoso amei.
Com detesto, no fundo, o meu passado!
Tenho que vencer o meu orgulho e dobrar a minha crista! Aqui, neste
Encontro, estou compreendendo que o home, só enxerga totalmente,
quando, lado a lado com sua esposa, ele se ajoelha, e juntos, olham na
mesma direção! Vou me jogar a Teus pés e direi bem alto: Pai, pequei
demais contra o céu e contra Ti, mas Tu és tão bom, que não me rejeitas!
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Sim, como o filho pródigo, voltarei para a casa paterna. Perdão, Senhor,
para um miserável pecador!
Ele
e - “Nós vos adoramos, Santíssimo Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos”.
Ela
Ele - Jesus, protege e defende a única coisa linda que restou do Paraíso; os olhos
límpidos das crianças – pois até eles estão sendo poluídos – machados por
essa poluição visual.
Sexo! Sexo! É uma supersaturação de sexo! Até as nossas crianças, já
desde pequeninas, estão sendo envolvidas nisso.
Ela – Cristo amigo, protege, abençoa, defende todos os nossos jovens! Muitos se
perguntam: Nós demos tudo de nós para nosso filho, e hoje, ele está metido
nesta desgraça, que assola tantos lares:
A droga, o vício... Por quê??? Não temos que nos culpar Senhor...
Quando o pai e a mãe erram, logicamente o fazem por amor, achando que
aquilo é o melhor para seu filho...
Jesus Cristo, olhe por eles... só Tu sabes o que é melhor para eles...
Ele
e - “Nós vos adoramos, Santíssimo Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos”.
Ela
Ela - “Perdoa-nos as nossas ofensas, assim como nós não perdoamos a quem
nos tem ofendido.”
Assim, é que eu devia rezar o Pai Nosso, se eu fosse realmente autêntica e
sincera. Eu sinto, Senhor, que às vezes, eu penso que perdoei e não
esqueci. É duro! É difícil! Por vezes, é heroico e parece sobre-humano, mas
preciso saber perdoar! Perdoar àquele que me ofendeu... àquele que me
ignora... àquele que me despreza...
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Ele - “Com a mesma medida que medirdes, sereis medidos.”
E vem-me à memória, a parábola do homem que devia dez mil talentos,
que, perdoado, não perdoou a um que lhe devia a bagatela de cem
dinheiros. E depois de castigá-lo, Tu acrescentaste: “Assim vos tratará o
vosso Pai do Céu, se não vos perdoardes, mutuamente uns aos outros.”
Senhor, eu espero, eu preciso do Teu perdão.
Senhor, ensina-me... Ajuda-me a perdoar, sempre, sempre, sempre...
E por tudo quanto me tendes concedido... Obrigado, Senhor!
Ele
e - “Nós vos adoramos, Santíssimo Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos”.
Ela
Ela - E eu permiti que meu marido se realizasse, como home, esposo, pai e
cristão!
E ainda os filhos, que Tua divina bondade nos concedeu, Tu sabes como
nos sacrificamos por eles. Privamo-nos, muitas vezes, do necessário, para
que nada faltasse a eles. Não lhes deixamos ouro, riqueza, mas deixamos
um nome, uma referência de dignidade e de amor.
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SOM: AUMENTA - DIMINUI
Ele
e - “Nós vos adoramos, Santíssimo Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos”.
Ela
Ela - Na quarta estação contemplamos Maria, Mãe das Dores, frente a frente com
o filho ainda vivo. Aqui, a contemplamos com o filho nos braços, porém
morto.
Só as mães que perderam algum filho, podem avaliar um pouco, a imensa
dor de Maria, diante de seu divino filho morto. Pela sua mente, deve ter
passado toda a vida de seu filho Jesus, revivendo no seu coração, todas as
alegrias e tristeza, que passou ao lado dele.
- Agora, a situação é outra. Ela encontra-se só:
Inteiramente só.
Ele - Cônjuges que não se falam durante dias, semanas, meses, e quando o faze,
apenas o fazem por monossílabos, ou, para atender convenções sociais.
Silêncios que pesam como chumbo.
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E, tudo isso, pelo egoísmo a dois, causador da solidão, de depressão, e até
de desequilíbrio.
Senhor, Tu sofrestes a solidão do Calvário, morrestes na Cruz para que nós
recuperássemos a amizade de Deus.
Não permitas, Senhor que eu seja um triste solitário.
Ela - Mãe da Soledade, pela Tua solidão, não permitas que os casais sejam
divorciados de coração, egoístas solitários, ou casados independentes. Mãe,
liberta-nos da solidão a dois.
Ele
e - “Nós vos adoramos, Santíssimo Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos”.
Ela
Ele - Ao cair da tarde, veio um homem rico chamado José de Arimatéia, que
também se tornara discípulo de Jesus. Foi ter com Pilatos e pediu-lhe o
corpo de Jesus. Pilatos ordenou que Lhe entregassem.
José tomou o corpo de Jesus, envolveu-O num lençol limpo, e depositou-o
no túmulo novo, que mandou talhar na rocha.
Depois, rolou uma grande pedra para a entrada do túmulo e retirou-se.
Jesus sepultado. Seria o fim? Não! Três dias depois, Ele do túmulo, imortal,
impassível, glorioso, ressuscitou! Eis o Mistério Pascal!
Cristo morreu para que tivéssemos a vida – e a tivéssemos em plenitude.
Não foi para que continuássemos mortos, nem para que fossemos sepulcros
gelados, sem vida, mas sim, para que ressuscitássemos para uma vida
plena, na doação e no amor.
Ela - Que os maridos vivam, de tal modo, o Mistério Pascal de Cristo, na sua vida
matrimonial, que quando perguntarem:
- Onde está aquele marido, que vivia bebendo nos bares, enquanto a esposa
esperava, desesperada e chorosa, mesa posta, até tarde da noite? Tomara
que ela possa dizer: “Não está aqui, ressuscitou. Ele já não bebe,
conscientizou-se do péssimo testemunho que dava aos filhos e abandonou
a bebida.”
Onde está aquele marido, que havia casado com a profissão, que nunca
estava em casa, que não dava presença física e nem psicológica, que nem
sequer via os filhos, sob pretexto de reuniões de negócios?
“Não está aqui, ressuscitou. Mudou completamente:
Compreendeu que o lugar do esposo e do pai, é no lar.
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Ela - Que é feito daquele marido machão? Que não valorizava a esposa, nem a
promovia, sendo sempre dominador, prepotente e estúpido? Ressuscitou...
Não é mais aquele. Custou, mas compreendeu que a mulher não é inferior
ao homem, apenas diferente, e agora dialogam e resolvem tudo a dois. São
de verdade um casal.
Ele - Que as esposas vivam também, o Mistério Pascal de Cristo, na sua vida
matrimonial, e quando perguntarem:
“Que é feito da esposa egoísta? Fútil e vaidosa? Que só se preocupava em
enriquecer seu guarda-roupa, pouco se importando se o marido tinha
condições financeiras ou não, de satisfazer seus caprichos?”
“Ressuscitou, não está mais aqui”. Ela compreendeu a tempo, que o
importante não é aparecer, não é ter e sim SER. Que o valor do seu marido
não está fora dele, mas dentro dele.
Onde está a mulher, que parecia ter casado com a maternidade, e deixara
de ser esposa, quando tivera um filho, como se o amor da esposa anulasse
o amor de mãe?
“Ressuscitou, não está aqui”. Mudou tanto! Ela percebeu em tempo, que
estava provocando uma séria crise no casamento e o medo de perder o
marido, abriu-lhe os olhos.
Que se passa com a mulher, que andava desinteressada no lar?
Batendo pernas na rua, em festas e chás beneficentes?
Deixando os filhos com a empregada, o que tanto desgostava o marido?
“Não está aqui, ressuscitou”. Os filhos começaram a se irritar com a mãe,
que nunca estava em casa, que não ligava para eles, que os havia
transformados em órfãos... de mãe viva. Ela começou a refletir:
“Mas foi para isto que eu casei?” e mudou!
Ela - Este Mistério Pascal, é vivido por todos os casais que começaram a tomar a
sério o seu casamento, a confiar um no outro, a viver um para o outro, a
acreditar no seu casamento.
Ele - Eu sou a ressureição e a vida. Se alguém crê em mim, ainda que esteja
morto, viverá, disse Jesus; Por isso Senhor, aderimos a Ti, totalmente. Por
isso, vivemos Teu amor, para dar amor aos nossos lares, à nossa família;
Contamos Contigo Senhor, nesta árdua tarefa. Conta conosco, queremos
dar tudo de nós.
PAUSA
Ele - Meus irmãos: Nesta Via Sacra, nós meditamos muito sobre a redenção do
amor humano no que custou o sangue e a vida do Filho de Deus. Quando
nós sairmos daqui, continuemos meditando a nossa Via Sacra agora a dois,
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e juntos, olhando na mesma direção. Para cada um, a reconquista do amor
também custa sangue e luta.
Ela - Ela é penosa e dura a vida a dois. Não admite acomodações de espécie
alguma.
A nossa vida de casados, é também uma Via Sacra.
Deus sabe, que todos os casamentos conhecem altos e baixos.
Ele sabe, que há crises no amor. Crises de infidelidade, consumada ou não;
crises de desajustes, crises de marasmo e estagnação (estas, as vezes, são
mais graves). O casal já não reage mais, não se separa e nem faz força para
melhorar.
Vivem juntos, mas distantes um do outro.
Ele - Há fraquezas, desfalecimentos, quedas, tantas outras coisas, mas tudo isso
não importa.
O que importa, é aquele que quando cai, se levanta, fica em contínuo
processo de conversão, está sempre começando, está sempre lutando,
nunca diz basta, não para no meio do caminho, não esmorece, não
desanima e nem desespera.
Ele persevera sempre, na busca das coisas certas.
Ele
e - Senhor, nós sabemos, que não há Páscoa, sem sexta-feira Santa, que não
há ressurreição sem morte, que não há muitas atribuições a cumprir para
prosseguir a felicidade e encontrar o Reino de Deus.
Ela Que esta meditação da Tua Paixão, nos faça parar, pensar e nos dê forças
para continuar lutando, para fazer felizes o nosso próximo, o marido, a
mulher, e os nossos filhos, até atingirmos a vida plena com o PAI!
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VIA SACRA (MOVIMENTAÇÃO)
Em procissão entram o casal com a cruz, a vela, seguidos dos demais pares. Os
leitores são os últimos da fila e o primeiro que fazem é ajoelharem-se diante da
cruz. Em silêncio fazem uma oração, levantam-se e seguem para o lugar de onde
farão a leitura da Via-Sacra.
OBS.: Cruz e vela principal são levadas no começo e no fim pelo mesmo casal
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