Produto Educacional Versão Final X
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Produto Educacional Versão Final X
AUTORES
Fernanda Cabral Nascimento de Abreu
Pedro Oliveira Paulo
2021
Elaborada pelo Sistema de Geração Automática de Ficha Catalográfica da UEG
com os dados fornecidos pelo(a) autor(a).
Apresentação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
I
CONHECENDO O ENSINO
DE CIÊNCIAS POR INVESTIGAÇÃO
1. Tendências atuais no Ensino de Ciências . . . . . 13
2. Histórico do Ensino por Investigação. . . . . . . . . 19
3. Fundamentos Teóricos do Ensino por
Investigação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
II
O ENSINO DE CIÊNCIAS
POR INVESTIGAÇÃO COMO
ABORDAGEM DIDÁTICA
1º ENCONTRO
Concepções prévias e problematização sobre
Ensino por Investigação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
Apresentação de propostas de ensino. . . . . . . . . . . . 43
Proposta de Ensino A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
Proposta de Ensino B . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
2º ENCONTRO
Fundamentação teórica sobre o Ensino por
Investigação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
3º ENCONTRO
Apresentação de uma aula com abordagem
investigativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
Roteiro da aula – organização das etapas da
sequência de ensino investigativo “alimentação
saudável”. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
Sequência de ensino investigativo – alimentação
saudável . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
4º ENCONTRO
Sistematização individual do conhecimento . . . . . . . 62
5º ENCONTRO
Produção de planejamentos com atividades
investigativas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64
6º ENCONTRO
Apresentação dos planejamentos elaborados e
avaliação da formação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69
Sobre os autores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
APRESENTAÇÃO
7
pela visão do aluno como um receptor passivo de suas
informações prestadas na sala de aula.
8
É fundamental que os professores de Ciências, tenham
a oportunidade de conhecer, testar e avaliar a estratégia
de ensinar Ciências com caráter investigativo, buscando
implementar sua prática a partir do que se propõem as
pesquisas mais recentes na área de ensino de Ciências. E
para isso é de suma importância a preparação / formação
do professor a partir do entendimento de que uma prática
reflexiva proporciona conhecimento para que novos cami-
nhos sejam trilhados, uma vez que o conhecimento está
em constante mudança.
9
fizer os estudos aqui sugeridos, utilize essas referências
para adaptar e construir diferentes propostas pedagógi-
cas que viabilize uma prática docente reflexiva, mediadora
e capaz de auxiliar a construção do conhecimento dos
seus estudantes.
10
CONHECENDO
O ENSINO
DE CIÊNCIAS POR
INVESTIGAÇÃO
I
11
12
1.
Tendências atuais
no Ensino de Ciências
13
metodologias ativas e a incorporar o discurso da formação
do cidadão crítico, consciente e participativo. As propostas
educativas enfatizavam a necessidade de levar os estu-
dantes a desenvolverem o pensamento reflexivo e crítico;
a questionarem as relações existentes entre a ciência, a
tecnologia, a sociedade e o meio ambiente e a se apro-
priarem de conhecimentos relevantes científica, social e
culturalmente (DELIZOICOV; ANGOTTI, 1990, p. 18).
14
consonância com as metodologias investigativas tais
como: questionar a realidade formulando-se problemas
e tratando de resolvê-los, utilizando para isso o pensa-
mento lógico, a criatividade, a intuição, a capacidade de
análise crítica, selecionando procedimentos e verificando
sua adequação (BRASIL, 1998).
15
aprendizagem. O objetivo deste novo documento é dimi-
nuir as diferenças curriculares e estabelecer um patamar
de aprendizagem entre as regiões do Brasil, não perdendo
a essência cultural de cada região. Além disso, durante o
processo ensino aprendizagem, a formação do cidadão
crítico, reflexivo e atuante se torna prioridade.
16
de forma reflexiva seus conhecimentos e
sua compreensão acerca do mundo em
que vivem (BNCC, 2018).
17
modificar o meio que vive e contribuir com o desenvolvi-
mento da sociedade.
18
2.
Histórico do Ensino
por Investigação
19
Segundo Andrade (2011), Dewey é reconhecido como um
pensador de vanguarda no pragmatismo e na Educação
progressista nos EUA, sendo o educador estadunidense
mais considerado do século XX. As ideias de Dewey sur-
giram em um contexto onde o desenvolvimento econô-
mico, baseado em interesses capitalistas nos EUA, no
início do século XX, silenciava as desigualdades e os con-
flitos sociais. Dewey se preocupava com a crise de valores
em que a sociedade se encontrava em decorrência das
rápidas mudanças ocorridas nos meios de produção.
20
chamou de “experiência”. “Deste modo, as coisas que são
de importância suprema para a vida humana não seriam
mais depreciadas, nem pareceria mais absurdo que a
Ciência viesse a se ocupar também com questões desse
âmbito” (PESSOA-PINTO, 2004). Sendo assim, o ensino
por investigação foi visto como um modo de desenvol-
ver habilidades necessárias para resolver problemas de
cunho social, ao invés de apenas desenvolver habilidades
de raciocínio (ZÔMPERO; LABURU, 2011).
21
investigação científica para a sala de aula, e especifica-
mente para o ensino de Ciências, é retomada em meados
do século XX tanto nos EUA quanto em outros países,
sendo influenciada pelas reflexões de John Dewey.
22
os alunos pensem verdadeiramente é que não se provê
uma situação experimentada, de tal natureza que obrigue
a pensar, exatamente como o fazem as situações extraes-
colares”, defendendo a importância da experiência vivida
pelos estudantes na resolução de problemas que fazem
sentido e permitem mobilizar os conceitos envolvidos nas
mais diversas áreas de conhecimento.
23
24
3.
Fundamentos Teóricos do
Ensino por Investigação
25
O Ensino de Ciências por Investigação (EnCI) usa de
estratégias didáticas que buscam envolver ativamente
os alunos em sua aprendizagem, a partir de questões e
problemas nos quais a investigação possibilita a busca
pela resolução e/ou explicação, possibilitando coleta de
dados e informações, análise, levantamento de hipóteses
e ideias, interpretação, relações, comunicação e conclu-
sões baseadas em evidências e reflexões sobre o fato.
26
cognitivas nos alunos, a realizar procedimentos que desen-
volva a autonomia, a criticidade, o raciocínio, a capaci-
dade de argumentação e a liberdade intelectual.
27
que é um mediador do processo de ensino-aprendizagem
(CARVALHO, 2013).
28
Piaget nos faz compreender melhor a construção de novos
conhecimentos pelos indivíduos, mostrando duas outras
condições para a construção do conhecimento científico e
que são bastante importantes para o ensino e a aprendi-
zagem escolar. A passagem da ação manipulativa para a
ação intelectual que tem lugar nesta construção, principal-
mente em crianças e jovens, e a importância da tomada
de consciência de seus atos nas ações de resolver os pro-
blemas propostos.
29
acertar que chamamos de liberdade intelectual dos alunos
(CARVALHO, 2017).
30
Com base nos trabalhos feitos por Ana Maria Pessoa de
Carvalho, a utilização de Sequências de Ensino Investigativas
– SEI, nos conduz a uma prática onde se espera a aquisição
de conhecimento científico por meio da investigação, desta-
cando a necessidade de integração plena entre docente e
discente. A construção do saber se fortalece por meio das
trocas de experiências, dessa forma se confirma, de maneira
eficaz, o processo ensino aprendizagem.
31
No estudo da realidade, considera-se o contexto social, e
é possível verificar os conhecimentos prévios ou espontâ-
neos dos alunos por meio do diálogo e assim o problema
da ação investigativa pode surgir dessa conversa inicial
ou das relações que se estabelecem no âmbito da escola,
cabe ao docente compreender a fala do aluno e o con-
texto em que ela se encontra. A proposição do problema
deve surgir após essa discussão inicial e o professor deve
construir o cenário da investigação. Este cenário pode ser
composto por ideias trabalhadas em aulas anteriores ou
pela experiência do cotidiano dos estudantes. O impor-
tante é ser o problema capaz de mobilizar a ação dos
estudantes e estar relacionado a conhecimentos adquiri-
dos (SASSERON, 2015).
32
no decorrer da ação investigativa; discussão, diálogo e
relato oral coletivo das opiniões baseadas nos estudos e
atividades realizadas.
33
o porquê de ter dado certo? A mediação do professor tor-
na-se fundamental, uma vez que deve incentivar a parti-
cipação de todos para proporcionar a passagem da ação
manipulativa à intelectual. É o momento da tomada de
consciência de como o problema foi resolvido e o porquê
deu certo ou errado. Para Sasseron (2015) a tomada de
consciência permite a reorganização mental de ideias tra-
balhadas, novas informações e conhecimentos anteriores
34
Delizoicov, Angotti e Pernambuco (2002) asseguram que
a intenção deste momento é oferecer ao aluno a oportuni-
dade de empregar os conhecimentos, com a finalidade de
formá-los para que em diferentes situações possam articu-
lar, habitualmente, conceitos científicos. Este é um período
importante para ser vivenciado pelo aluno, para que assim
possa aplicar os conhecimentos adquiridos no seu coti-
diano e saber se posicionar e agir de maneira consciente.
35
Assim, o ensino por investigação é uma abordagem que
permite ao professor propor o conteúdo na forma de pro-
blematizações e assumir o seu papel de mediador e orien-
tador nesse processo de ensino-aprendizagem. O Ensino
por Investigação tem como objetivo proporcionar ao aluno
condições de trazer conhecimentos prévios para iniciar
novos conhecimentos, terem ideias próprias e poder dis-
cutir com seus colegas passando do conhecimento espon-
tâneo ao científico (CARVALHO, 2013).
36
investigativo que estimule a curiosidade e o interesse pela
resolução do problema proposto, instigar os alunos a criar
suas ideias e hipóteses, conduzir a ação manipulativa à
ação intelectual, mediando os conceitos científicos e incor-
porando-os aos conhecimentos construídos durante o pro-
cesso investigativo, até a fase final de contextualização
propondo novos desafios e novos problemas.
37
38
O ENSINO
DE CIÊNCIAS POR
INVESTIGAÇÃO
COMO ABORDAGEM
DIDÁTICA
II
39
1º EN C O N TR O
Concepções prévias e
problematização sobre
Ensino por Investigação
OBJETIVOS
– Identificar as concepções dos professores em forma-
ção sobre o Ensino de Ciências por investigação;
–– A
nalisar e caracterizar propostas de ensino com abor-
dagem tradicional e investigativa.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
–– Roda de conversa para se levantar os conhecimentos
sobre ensino por investigação.
41
PROBLEMATIZAÇÃO
Em qual das propostas de ensino o(a) aluno (a) é protago-
nista na construção do seu conhecimento?
–– Discussão e troca de ideias pelo grupo;
–– Socialização e discussão das análises.
42
APRESENTAÇÃO DE PROPOSTAS
DE ENSINO
PROPOSTA DE ENSINO A
METODOLOGIA
1ª aula:
• Aula explicativa dialogada com o uso de slides para
ilustrar a transpiração que ocorre nos vegetais.
• Demonstração de um experimento feito pelo professor
para enfatizar o processo da transpiração dos vegetais.
EXPERIMENTO
43
a experiência deve ser realizada, de preferência, em um
dia iluminado de sol forte que não esteja nublado).
Ao final da aula o professor explica como fez o experi-
mento e propõe aos alunos observarem o que ocorreu nas
folhas que foram cobertas pelo plástico.
2ª aula:
• Realização de um estudo dirigido a partir de questões
presentes no livro didático.
• Proposta de relatório para descreverem e explicarem o
que ocorreu no experimento.
AVALIAÇÃO
Realização das atividades propostas.
Fonte: a autora
44
PROPOSTA DE ENSINO B
METODOLOGIA
1ª aula:
• Os alunos em grupo receberão um vaso com planta,
um saco plástico, um barbante.
• Conversa com os alunos para saber se eles identificam
os vegetais como seres vivos e quais características
eles apresentam que justificam suas falas.
• O professor anota no quadro as características levanta-
das pelos alunos e os leva a reflexão.
• Depois de distribuir o material aos alunos, o professor
deve propor a problematização a ser resolvida pelos
alunos: Os vegetais podem realizar a transpiração?
• Resolução do problema: Os alunos com os materiais
em mãos devem discutir entre os colegas e levantar
hipóteses para realizar o experimento.
45
2ª aula:
• Os grupos deverão expor para toda a turma como reali-
zaram o experimento e discutir as hipóteses levantadas
do que acontecerá. O professor deve conduzir essa sis-
tematização mediando os questionamentos.
• Assistir ao vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=-
cUeFH zOGwt8
• Após o tempo determinado pelo professor, os alunos
devem voltar ao experimento e relatar o fenômeno
observado e comprovar e /ou descartar as hipóteses
discutidas.
• Responder ao estudo dirigido proposto pelo professor,
individualmente.
• Proposta de relatório para descreverem e explicarem o
que ocorreu no experimento.
AVALIAÇÃO
Avaliação formativa durante toda a aula.
Fonte: a autora
46
2 º EN C O N TR O
OBJETIVOS
–– Conhecer as características do ensino por investigação;
–– Entender o papel do professor e aluno nessa abordagem;
–– Compreender a importância da proposta do problema a
ser investigado;
–– Conhecer as etapas de um sequência de ensino inves-
tigativo (SEI);
–– Entender a forma de avaliação.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
–– Apresentação em slides (disponível em: https://drive.
google.com/file/d/1ioMt4f8k2rJSfy97SKB1iLbA8DK-
z6HDc/view?usp=sharing)sobre as características do
ensino por investigação, com abertura para discussões
e conversas entre os professores em formação.
–– A
presentação do vídeo: http://eaulas.usp.br/portal/
video.action?idItem=4586
47
–– P
ropiciar um espaço para discussão sobre a realidade
do contexto educacional e as dificuldades / superação
da implantação dessa abordagem.
–– Propor uma roda de conversa para retomar as concep-
ções e equívocos apresentados no 1º encontro.
–– Disponibilizar bibliografias a serem lidas e estudadas
para aprofundamento sobre o ensino por investigação.
48
3 º EN C O N TR O
OBJETIVOS
–– Demonstrar as características de uma aula com abor-
dagem investigativa.
–– Exemplificar um roteiro para elaboração de uma sequên-
cia de ensino.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
–– Distribuir entre os alunos em formação, o roteiro com
o planejamento da aula baseado em Carvalho (2013),
para discussão e ideias de novas atividades.
–– Simular uma aula (Sequência Investigativa – SEI) junto
aos professores em formação para demonstrar as
características e o papel do professor na perspectiva
do ensino por investigação.
49
ROTEIRO DA AULA – ORGANIZAÇÃO DAS
ETAPAS DA SEQUÊNCIA DE ENSINO
INVESTIGATIVO “ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL”
50
SEQUÊNCIA DE ENSINO INVESTIGATIVO
– ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL
Recursos:
1 tabela nutricional;
1 planilha.
51
DESCRIÇÃO DAS ETAPAS DA SEI
Etapa 1 – Identificação
dos conhecimentos prévios
*AÇÃO
–– Promover um diálogo com os estudantes sobre alimen-
tação saudável e a importância dos nutrientes estimu-
lando-os a participarem ativamente.
–– O professor conduzirá essa conversa a partir de ques-
tionamentos que possibilite o levantamento dos conhe-
cimentos que os estudantes sabem sobre esse assunto.
Algumas questões a serem propostas:
–– Quais alimentos você considera saudáveis? Por que?
–– Quais alimentos você considera que não são saudá-
veis? Por que?
–– Os alimentos podem afetar a nossa saúde? Como?
–– Qual a diferença entre alimento e nutriente?
AÇÃO:PROPOSTA DE LEITURA*
–– A leitura proposta será em grupos sobre os principais
nutrientes e suas funções: Sais minerais, vitaminas,
carboidratos, lipídios, proteínas. Pode ser utilizado o
livro didático ou texto sugerido.
–– O professor solicitará que cada grupo, elabore um
cartaz, sobre um nutriente contendo as informações
52
sugeridas abaixo. Os cartazes serão colados no quadro
e comentados pelo grupo, para sala toda.
Principais
Nutriente Alimentos
funções
53
Etapa 2 – Proposição do problema,
levantamento de hipóteses
*AÇÃO
–– Distribuição do material a ser utilizado.
–– O professor dividirá a turma em grupos e distribuirá o
material a seguir para cada grupo.
–– Material: 2 cardápios com 6 refeições; 1 tabela nutri-
cional; 1 tabela de necessidades energéticas diárias; 1
planilha.
–– Agora, os estudantes irão manipular esse material,
levantar as hipóteses, investigar a problematização
junto ao grupo para resolver a problematização.
Etapa 3 – R
esolução do problema
*AÇÃO
–– Dentre os nutrientes apresentados, qual dos cardápios
seria adequado à uma alimentação mais equilibrada e
saudável?
–– Os estudantes deverão analisar os nutrientes de cada
alimento e levantar as hipóteses que justificam a esco-
lha do cardápio considerado mais equilibrado.
–– Nessa etapa, os estudantes devem ser ativos na busca
do conhecimento. A proposta da problematização está
a seguir:
54
Mariana e Maria, estudantes de 12 anos, escolheram as
opções de alimentação abaixo:
Café da manhã
Leite (200ml)
Pão (50g)
Manteiga (5g)
Maçã (100g)
Lanche
Biscoito recheado (100g)
Almoço
Alface (10g)
Cenoura (10g)
Frango (50g)
Arroz (100g)
Feijão – concha pequena (50g)
Chuchu cozido (50g)
Salada de frutas (100g)
Suco de laranja (200 ml)
Lanche da tarde
Bolo simples (50g)
Jantar
cachorro quente (100g)
refrigerante (200 ml)
Ceia
Leite (100 ml)
55
Maria optou pelo cardápio 2, que oferecia consumiu no
café da manhã, almoço e lanche da tarde, os seguintes
alimentos:
Café da manhã
Leite (200ml)
Pão (50g)
Manteiga (10g)
Ovo frito (50g)
Lanche
Bolo simples (50g)
Almoço
Cenoura (10g)
Bife (100g)
Arroz (100g)
Feijão (50g)
Batata frita (100g)
Sorvete (100g)
Refrigerante (200 ml)
Lanche da tarde
Biscoito recheado (100g)
Jantar
Bife (100g)
Arroz (100g)
Feijão (50g)
Ceia
Maçã (100g)
56
Etapa 4: – Sistematização coletiva
*AÇÃO
–– O professor conduzirá a conversa, evidenciando os
pontos que cada grupo levantou e analisou. Os estu-
dantes expõem suas ideias e hipóteses.
57
Etapa 5– Sistematização individual
e contextualização social
*AÇÃO
Apresentação do documentário: Muito além do peso.
–– O documentário apresenta uma série de entrevistas com
médicos, especialistas, pais, profissionais da educação e
autoridades governamentais que avaliam as consequên-
cias do sobrepeso nas crianças. O vídeo faz uma aná-
lise da obesidade infantil principalmente no Brasil, mas
também amplia a discussão para o âmbito internacional,
mostrando como esta doença é tratada em diferentes
lugares, abordando a falta de informação por parte dos
pais, as propagandas prejudiciais e a predisposição da
nova geração para a obesidade, afinal, com um ritmo de
vida cada vez mais acelerado, a busca por uma alimen-
tação mais prática e rápida aumenta. Uma verdadeira
combinação de fatores prejudiciais à saúde.
–– Esse documentário pode ser encontrado na versão
completa, com duração de 84 minutos, no link h
ttps://
www.youtube.com/watch?v=8UGe5GiHCT4&t=2846s.
–– Há também a versão resumida, com duração
de 17 minutos, no link https://www.youtube.com/
watch?v=xxWDb-0o3Xk
–– Após a apresentação do documentário, o professor
conduzirá uma conversa e questionamentos sobre as
consequências da alimentação no bem estar e saúde
58
corporal, para avaliar o conhecimento adquirido a partir
do documentário. É um momento oportuno para cons-
cientizar sobre o equilíbrio dos nutrientes e as doen-
ças que podem afetar o nosso organismo. Após esse
momento, professor irá propor um estudo dirigido para
ser respondido individualmente.
59
*AÇÃO: ESTUDO DE CASO
Nesse momento, o professor irá propor uma atividade que
visa analisar a capacidade de resolução de problemas,
a partir dos conhecimentos adquiridos durante todas as
atividades propostas na SEI. Essa atividade será respon-
dida individualmente. Entregue uma ficha, para cada estu-
dante, com a seguinte situação:
*AÇÃO
Feira de Alimentação Saudável na escola
Esse momento é interessante para promoção da contex-
tualização do conteúdo estudado e um momento impor-
tante para exposição de trabalhos feitos pelos alunos. O
professor irá propor a confecção de um mural informativo
60
sobre alimentos industrializados, curiosidades sobre quan-
tidade de açúcar presente em alimentos mais consumidos
pelos adolescentes, ilustrar com imagens e fotos. Os alu-
nos serão divididos em grupo e cada um pode montar um
stand destacando a importância de um nutriente e oferecer
a toda escola alimentos ricos nesse nutriente. Sugestão:
sais minerais, carboidratos, lipídios, proteínas, vitaminas.
É sugerido o tempo de três aulas para a etapas 5.
Etapa 6 – Avaliação
61
4º EN C O N TR O
Sistematização individual
do conhecimento
OBJETIVO
–– Refletir sobre os conhecimentos adquiridos e estimular
a tomada de consciência frente a prática docente dos
futuros professores.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
–– Proposta de um estudo dirigido a ser respondido indi-
vidualmente depois da leitura das bibliografias sugeri-
das e vídeo assistido.
ESTUDO DIRIGIDO
–– Quais as características observadas na abordagem do
ensino por investigação?
–– Qual a mudança percebida quanto ao papel do profes-
sor nessa abordagem de outras metodologias?
–– Diante de várias estratégias de ensino, qual a vantagem
em utilizar o ensino investigativo na prática educativa?
–– Quais as possíveis formas de avaliar o aluno durante a
realização das atividades investigativas?
62
–– Ao planejar uma aula com uma abordagem por investi-
gação, baseado em Carvalho (2013), quais etapas ela
deve conter? Caracterize cada uma delas.
Etapas Caracteristicas
63
5 º EN C O N TR O
Produção de planejamentos
com atividades investigativas
OBJETIVOS
–– Estimular a elaboração do planejamento de uma
sequência investigativa para o Ensino Fundamental.
–– Orientar e auxiliar a elaboração de atividades investi-
gativas para o Ensino Fundamental pelos alunos em
formação.
–– Procedimentos Metodológicos: Propor em duplas,
que elaborem um planejamento de uma sequência de
ensino investigativo baseando-se nos autores estuda-
dos, abordando um assunto de ciências do ensino fun-
damental. O (a) formador (a) deve orientar e ajudar na
elaboração de atividades investigativas.
64
SUGESTÃO DE FICHA PARA
ELABORAR O PLANEJAMENTO
CABEÇALHO
Tema:
Conteúdo:
Tempo de duração: (em aulas)
Objetivos:
Recursos:
Levantamento
dos conhecimentos
prévios
Definição do
problema:
Elaboração de
hipóteses
Estratégias
investigativas
Registros dos
conhecimentos
(Sistematização)
Exposição do
conhecimento
(Contextualização)
Avaliação
65
6 º EN C O N TR O
Apresentação dos
planejamentos elaborados e
avaliação da formação
OBJETIVOS
–– Estimular a comunicação e a troca de ideias a partir da
apresentação dos planejamentos elaborados pelos alu-
nos em formação.
–– Propiciar um espaço para sugestões entre eles e sanar
dúvidas sobre o tema estudado.
–– Averiguar o aprendizado e a reflexão obtida após a for-
mação realizada.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
–– Os licenciandos devem apresentar seus planejamentos
para todos os colegas, estimulando a comunicação e
expressão de forma didática e abrir espaço para dis-
cussão e proposição de ideias a serem melhoradas.
–– Realizar uma roda de conversa com entrevista semies-
truturada para registrar o conhecimento adquirido
pelos alunos após a formação e avaliar os encontros
realizados.
66
SUGESTÃO DE AVALIAÇÃO DOS PLANEJAMENTOS REALIZADOS
Estratégias Pontos de
Problema Sistematização Pontos positivos
Tema investigativas dificuldades no
proposto do conhecimento no planejamento
utilizadas planejamento
67
68
REFERÊNCIAS
69
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Tendências e inovações. 2011
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condições para implementação em sala de aula. São Paulo: Cengage
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70
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SOBRE
OS AUTORES
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FERNANDA CABRAL
NASCIMENTO DE ABREU
Email: fernandacna21@gmail.com
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PEDRO OLIVEIRA PAULO
Email: pedro.paulo@ueg.br
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