Evolução Como Um Facto

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1.

Introdução

O presente trabalho aborda sobre provas e indícios da evolução, as teorias evolutivas


“criacionismo e evolucionismo”, visto que, apresentam argumentos comparativos dos
organismos vivos, sejam eles de fósseis, adaptação, anatómicas e fisiológicas, órgãos
vestigiais, celulares e moleculares e principais ideais de Lamarck e Darwin. A evolução é
constante processo de mudança que tem vindo a transformar a vida na terra desde o seu
princípio mais simples até à sua diversidade existente.

A evolução ocorre através de mudanças nos genes, que podemos chamar de “construção dos
organismos”. Quando um ser vivo se reproduz, algumas mudanças aleatórias em seus genes
fazem com que o seu descendente seja diferente dele. As teorias evolutivas tentam
compreender as estruturas que definem essa grande variedade de seres vivos existentes em
nosso planeta. Outro aspecto relevante, mostrado nas teorias evolutivas, é de que os seres
vivos são passíveis de modificações e que, provavelmente, sofrem alterações morfológicas e
fisiológicas ao longo dos tempos.

1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo Geral
 Compreender a evolução como um facto.
1.1.2. Objectivos Específicos
 Identificar provas e indícios da evolução;
 Explicar as teorias da evolução;
 Descrever as principais ideias de Lamarck e Darwin.

1.2. Metodologia

Para o presente trabalho os pesquisadores usaram alguns livros físicos, electrónicos e sem
deixar de fora páginas de internet para compilar informações para o desenvolvimento deste
trabalho.

João António João Custumado


2. Evolução como um facto

Evolução é o processo através do qual ocorrem as mudanças ou transformações nos seres


vivos ao longo do tempo, dando origem a espécies novas. O termo Evolução surge do latim,
“evolutio” que significa acção de desenrolar pergaminhos.

2.1. Evidências da evolução

Pesquisas em diferentes áreas de biologia fornecem fartas evidências da evolução biológica,


entre as quais se destacam: evidência fóssil, a adaptação dos seres vivos a seus ambientes, as
semelhanças anatómicas e fisiológicas, evidências celulares e moleculares. (AMABIS E
MARTHOS, 2006 pg. 672)

2.1.1. Evidência fóssil

Os fósseis (do latim fossilis, tirado da terra) são restos ou vestígios de organismos
preservados que possuem mais de 10 mil anos e fornecem importantes informações a respeito
da vida nos tempos pretéritos e como era o ambiente em determinada época. Ossos, marcas
de dentes, pegadas e fezes petrificadas são exemplos de fósseis.

Os fósseis são considerados evidências da evolução porque, por meio deles, é possível
observar as características de seres vivos que hoje não mais compõem a fauna e a flora do
planeta. Analisando o conjunto de organismos fósseis, é possível ver que o planeta em que
vivemos hoje é completamente diferente biologicamente do planeta de 65 milhões de anos
atrás. Assim sendo, eles comprovam que a vida surgiu e modificou-se através do tempo.
(AMABIS E MARTHOS, 2006 pg.673)

2.1.2. Adaptação

O termo adaptação (do latim adaptare, tornar apto), significa, para os biológicos a capacidade
que todo ser vivo tem de se ajustar ao ambiente, isto e de se transformar em resposta a uma
alteração ambiental.

A adaptação pode ser entendida em nível de indivíduos de espécie. No primeiro caso, ela
constitui um processo de ajustamento individual conhecido como homeostase (do grego
homoios, da mesma natureza, igual, e stasis, estabilidade), em que um organismo percebe as
condições ambientais e ajustam-se a elas. No segundo, fala se em adaptação evolutiva, em
que uma população se ajusta ao ambiente ao longo de sucessivas gerações. A adaptação se
divide em camuflagem e mimetismo.

Camuflagem é um fenómeno em que uma espécie apresenta uma ou mais características


corporais que se assemelham ao ambiente. Raposas-do-Átrio por exemplo tem pelagem
totalmente branca no inverno, quando o ambiente está coberto pela neve, e pelagem
acinzentada nas outras épocas do ano, quando não há neve. Segundo o evolucionismo, essa
troca anual da cor da pelagem e uma adaptação as mudanças ambientais. No inverno, a
pelagem branca possibilita que as raposas confundam com o ambiente, tornando se menos
visíveis de modo a se aproximar mais facilmente as suas presas e a se esconder melhor dos
predadores. Quando não há neve, a pelagem cinzenta confere maior camuflagem.

Mimetismo é um fenómeno em que duas espécies diferentes compartilham alguma


semelhança reconhecida por outras espécies, o que confere vantagens para uma ou para as
ambas espécies miméticas. Um exemplo de mimetismo e encontrado nas serpentes
popularmente conhecidas como cobras-corais. A espécie Micrurus coralinus, uma coral-
verdadeira, tem dentes injectores de peçonha (veneno) e é muito perigosa a seus oponentes,
enquanto Erithrolampus aesculapi, uma falsa-coral, não apresentam dentes injectores de
peçonha, sendo menos ofensivos. O padrão de coloração dessas serpentes e bastante
semelhante, apesar de elas pertencerem a famílias diferentes.

A teoria evolucionista explica que essa semelhança como uma adaptação da falsa-coral cujo
os ancestrais provavelmente se beneficiaram dela por ser parecidos com as corais-
verdadeiras, com as quais conviviam. A selecção natural actuando sobre as ancestrais das
falsas-corais ao longo de muitas gerações sucessivas, seleccionou os animais cujo o padrão e
coloração era mais semelhante as corais-verdadeiras; assim, as falsa-corais mais parecidas
com as corais-verdadeiras foram aumentando sua frequência na população. (AMABIS E
MARTHOS, 2006 pg. 674)

Bernabé Eugénio Filipe Macuinja

2.1.3. Evidências anatómicas e fisiológicas

Algumas espécies apresentam características anatómicas que muito se assemelham com


aquelas presentes em indivíduos de outras espécies. Apesar de muitas vezes essas estruturas
não apresentarem a mesma função, é possível inferir que, em algum momento, essas espécies
possuíram um ancestral comum.
Quando uma determinada espécie possui órgãos que se desenvolvem de maneira semelhante
à de outra, dizemos que elas possuem órgãos homólogos. Esses órgãos podem ou não
apresentar a mesma função, como por exemplo: o braço do homem, a pata do cavalo, a asa do
morcego e a nadadeira da baleia são estruturas homólogas entre si, pois todas têm a mesma
origem embriológica.

Outras vezes, no entanto, os órgãos possuem a mesma função, mas pela análise da anatomia,
é possível verificar que a origem embrionária é diferente. Nesses casos, dizemos que os
órgãos são análogos e surgiram provavelmente como uma forma de adaptação a um
determinado ambiente. Como exemplo, podemos citar as asas das borboletas e dos pássaros.

Cecília Massamba

2.1.4. Órgãos vestigiais

Podem ser definidos como estruturas atrofiadas que possuem uma função pouco expressiva,
também são considerados uma evidência da evolução. Provavelmente, esses órgãos eram
importantes nos ancestrais de determinada espécie e, com a evolução, eles se tornaram pouco
funcionais e regrediram. Como exemplo de órgãos vestigiais, podemos citar o apêndice nos
humanos.

2.1.5. Evidências celulares e moleculares

A análise das células e a bioquímica dos organismos têm revelado que existe muita
semelhança entre todos os seres vivos. Esse fato sugere que, em algum ponto da história
evolutiva, tivemos um ancestral comum.

Quando analisamos as células, é possível perceber que as espécies são bastante semelhantes
entre si. A semelhança também é grande entre o código genético, uma vez que o DNA e o
RNA possuem apenas quatro bases diferentes. Essas bases são as responsáveis pelas
características de todos os seres vivos existentes no planeta.
(https://m.biologianet.com/evolucao/principais-evidencias-evolucao.htm)

Damião Rosário

3. Factores evolutivos

A teoria moderna da evolução considera três factores evolutivos principais: mutação genica,
recombinação genica e selecção natural. Os dois primeiros factores são directamente
responsáveis pela diferença genéticas entre os indivíduos de uma população, o que se
denomina variabilidade genética.

3.1. Mutação génica

E uma alteração hereditária na sequencia de bases nitrogenadas do dna, originado novas


versões, ou seja, novos alelos.

3.2. Recombinação génica

É a mistura de alelos provenientes de indivíduos diferentes que ocorre na reprodução


sexuada. Nos organismos eucarióticos, a recombinação génica acontece por meio de dois
processos que ocorrem na meiose:

• Segregação independente dos cromossomas;

• Permutação, crossing over.

3.3. Mutação cromossómica

Consiste em alterações nos cromossomas, capazes de originar novas variedades de


indivíduos. As mutações cromossómicas, também chamadas de aberrações cromossómicas,
não originam novas versões de genes, mas contribuem para o aparecimento de novas
combinações génicas

3.4. Selecção natural e adaptação

Segundo Darwin, todos os organismos, sejam plantas, animais ou bactérias, lutam para
sobreviver a cada instante de suas vidas. Os mais aptos a enfrentar os desafios, em cada
contexto particular, tem maior chance de sobreviver. Dentro da selecção natural encontramos
reprodução diferencial, selecção direccional, selecção disruptiva, selecção estabilizadora, e
selecção direccional.

3.5. Selecção sexual

Um caso particular da selecção natural que ocorre em diversas espécies e a selecção sexual,
em que indivíduos de um sexo (em geral as fêmeas) preferem se acasalar com parceiros
portadores de determinadas características.

4. Teorias da Evolução
A teoria da evolução descreve o desenvolvimento das espécies que habitavam ou habitam o
planeta Terra. Assim, as espécies actuais descendem de outras espécies que sofreram
modificações ao longo do tempo e transmitiram novas características aos seus descendentes.

Darwin não dispunha de uma explicação consistente para a origem da diversidade, pois em
sua época os mecanismos da hereditariedade ainda não havia sido esclarecidos, isso acabou
expondo a sua teoria em críticas que não pode responder adequadamente.

A incorporação dos novos conhecimentos genéticos as ideias darwinianas resultou em uma


teoria evolucionista mais abrangente e mais consistente, que ficou conhecida como teoria da
evolução, ou teoria sintética da evolução.

Aly Gaissone Assima

4.1. Criacionismo

Assim como o evolucionismo, o criacionismo é uma teoria que tenta explicar a origem da
vida e a evolução do homem. No entanto, é importante ressaltar que a teoria criacionista
segue uma linha de pensamento distinta da teoria evolucionista.

O criacionismo se baseia na fé da criação divina, como narrado na Bíblia Sagrada, mais


especificamente no livro de Géneses na qual Deus criou todas as coisas, inclusive o homem.
Lembrando que diversas culturas possuem sua versão própria do criacionismo, como é o caso
da mitologia grega, da mitologia chinesa, cristianismo entre outras.

(http://educacao.globo.com/biologia/assunto/origem-da-vida/criacionismo.html)

Fig.1. A criação de Adão. Cena representa episódio do Livro do Géneses, onde Deus origina o homem. (Foto:
Michelangelo/Reprodução)
Ao longo da história, muitas controvérsias chegaram a extremos por causa de uma
interpretação errónea que não levava em conta o contexto e o carácter muitas vezes poético e
simbólico dos textos da bíblia, que não tem nenhum objectivo científico
(https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Evolucao/evolucao9.php)

O criacionismo, que se opõe à teoria da evolução segundo a qual a vida teria surgido da
matéria bruta, tem hoje defensores, que se esforçam em demonstrar que os textos bíblicos,
tomados em seu contexto próprio, em nada contradizem as mais novas descobertas
científicas.

Mais recentemente surgiu uma nova concepção, mais próxima do criacionismo e que recebeu
o nome design inteligente. Para os defensores dessa tese, uma mão divina moldou o curso da
evolução. Isso porque, dizem, alguns sistemas biológicos são tão complexos e as diferenças
entre as espécies são enormes demais para serem explicadas apenas pelo mecanismo da
evolução.
(https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Evolucao/evolucao9.php)

De acordo com a teoria criacionista:

 Deus criou o homem e os demais seres vivos já na forma actual há menos de 10 mil
anos;
 fósseis (inclusive de dinossauros) são animais que não conseguiram embarcar na
Arca de Noé a tempo de salvarem-se do dilúvio;
 Deus teria criado todos os seres vivos seguindo um propósito e uma intenção;
O homem foi feito à imagem e semelhança de Deus e, portanto, não descende de
primatas;
 há como comprovar a hipótese evolutiva em laboratório e, portanto, ela não é
científica;
 Darwin, vários aspectos de sua teoria já foram revistos, o que prova sua
inconsistência;
 Segunda lei da Termodinâmica demonstra que os sistemas tendem naturalmente à
entropia (desorganização);
 A perfeição dos seres vivos comprova a existência de um Criador inteligente;
 Mesmo admitindo a evolução, ela só poderia ser de origem divina por caminhar
sempre no sentido da maior complexidade e do aperfeiçoamento biológico;
 A origem da vida ainda não é explicada de modo satisfatório pelos evolucionistas

Elsa Fernando Venhane

4.2. Evolucionismo

Darwin não dispunha de uma explicação consistente para a origem da diversidade, pois em
sua época os mecanismos da hereditariedade ainda não havia sido esclarecidos, isso acabou
expondo a sua teoria em críticas que não pode responder adequadamente.

A incorporação dos novos conhecimentos genéticos as ideias darwinianas resultou em uma


teoria evolucionista mais abrangente e mais consistente, que ficou conhecida como teoria da
evolução, ou teoria sintética da evolução.

O evolucionismo se baseia em pesquisas científicas, que surgiram com o experimento


científico de Oparin-Haldane. Eles acreditavam que os gases existentes teriam formado as
primeiras moléculas orgânicas e mais tarde os primeiros seres vivos. A experiência de Staley
Miller acabou defendendo essa teoria, já que ele construiu um equipamento que imitava as
condições da Terra naquela época e obteve a presença de aminoácidos no líquido formado. 
Charles Darwin, com sua publicação “A origem das espécies” (1859), afirmava que o homem
era resultado de uma longa evolução que começou com os hominídeos até o homo sapiens, o
que corresponde as nossas características actuais. 

Darwin sugeriu que o homem e o macaco teriam um mesmo ascendente em comum por conta
das semelhanças biológicas, mas isso não significa que homem é um descendente do macaco.
Ele sugeriu que todos os seres vivos tiveram um ancestral comum. Ele também desenvolveu a
ideia da selecção natural, na qual apenas os seres vivos mais adaptados ao ambiente imposto
poderiam sobreviver.  (http://educacao.globo.com/biologia/assunto/origem-da-vida/criacionismo.html)

Para a teoria evolucionista

 O homem e os demais seres vivos são resultado de uma lenta e gradual transformação
que remota há milhões de anos;
 Os fósseis e sua datação remota confirmam que a extinção de espécies também faz
parte do processo evolutivo;
 As transformações evolutivas são resultado de mutações genéticas aleatórias expostas
à selecção natural pelo ambiente;
 O homem não é descendente dos primatas actuais, mas tem uma relação de
parentesco. Ambos descendem de um ancestral comum já extinto;
 Seres vivos com ciclo de vida mais curto comprovam a evolução por selecção e
adaptação, como no caso de populações de bactérias resistentes a determinados
antibióticos;
 Apenas detalhes científicos que ainda não estavam claros no tempo em que Darwin
viveu, como os avanços na área da Genética e da Biologia Molecular, foram revistos.
No essencial, a teoria é válida há 145 anos;
 A Segunda Lei da Termodinâmica não se aplica a sistemas abertos, como os seres
vivos;
 Os seres vivos são complexos, mas longe de serem perfeitos. O apêndice humano é
um exemplo de estrutura residual sem função;
 A evolução não caminha sempre para a maior complexidade. Insectos actuais são
mais simples que seus ancestrais já extintos. Nem sempre a evolução significa
melhoria, apenas maior adaptação ao meio ambiente;
 Aspectos fundamentais envolvendo a origem da vida ainda precisam ser mais bem
esclarecidos, mas o método científico e não-dogmático é o caminho mais adequado
para atingir esses objectivos.
Nilsa Beth Simão Bento Nkunda

5. Principais ideias de Lamarck e Darwin

4.3. As ideias de Lamarck

Lamarck, naturalista francês, foi o primeiro a propor uma teoria sintética da evolução.

Sua teoria foi publicada em 1809, no livro Filosofia Zoológica. Ele dizia que formas de vida
mais simples surgem a partir da matéria inanimada por geração espontânea e progridem a um
estágio de maior complexidade e perfeição. Em sua teoria, Lamarck sustentou que a
progressão dos organismos era guiada pelo meio ambiente: se o ambiente sofre modificações,
os organismos procuram adaptar-se a ele.

Nesse processo de adaptação, um ou mais órgãos são mais usados do que outros. O usou o
desuso dos diferentes órgãos alterariam características do corpo, e estas características seriam
transmitidas para as próximas gerações. Assim, ao longo do tempo os organismos se
modificariam, podendo dar origem as novas espécies.

Fig.2. Ilustração da Teoria de Lamarck sobre a evolução das espécies, aplicada ao pescoço das Girafas. Fonte:
Internet.

Segundo Lamarck, portanto, o princípio evolutivo estaria baseado em duas leis fundamentais:

4.3.1. Lei do uso ou desuso


No processo de adaptação ao meio, o uso de determinadas partes do corpo do organismo faz
com que elas se desenvolvam, e o desuso faz com que se atrofiem;

Um exemplo clássico da lei do uso e do desuso é o crescimento do pescoço da girafa.


Segundo Lamarck: Devido ao esforço da girafa para comer as folhas das árvores mais altas o
pescoço do mesmo acabou crescendo.

4.3.2. Lei da transmissão dos caracteres adquiridos

As alterações no corpo do organismo provocadas pelo uso ou desuso são transmitidas aos
descendentes.

Vários são os exemplos de abordagem lamarquista para a evolução. Um deles se refere às


aves aquáticas, que se teriam tornado pernaltas devido ao esforço que faziam para esticar as
pernas e assim evitar molhar as pernas durante a locomoção na água. A cada geração esse
esforço produziria aves com pernas mais altas, que transmitiam essa característica à geração
seguinte. Após várias gerações, teriam sido originadas as atuais aves pernaltas.

Na época, as ideias de Lamarck foram rejeitadas, não porque falavam na herança das
características adquiridas, mas por falarem em evolução. Não se sabia nada sobre herança
genética e acreditavam-se que as espécies eram imutáveis. Somente muito mais tarde os
cientistas puderam contestar a herança dos caracteres adquiridos. Uma pessoa que pratica
actividade física terá musculatura mais desenvolvida, mas essa condição não é transmitida
aos seus descendentes.

Mesmo estando enganado quanto às suas interpretações, Lamarck merece ser respeitado, pois
foi o primeiro cientista a questionar o fixismo e defender ideias sobre evolução. Ele
introduziu também o conceito da adaptação dos organismos ao meio, muito importante para o
entendimento da evolução. (https://www.sobiologia.com.br/conteudos)

Manuel Francisco Marques

4.4. As principais ideias de Darwin

Charles Darwin (1809-1882), naturalista inglês, desenvolveu uma teoria evolutiva que é a
base da moderna teoria sintética: a teoria da selecção natural.
Segundo Darwin, os organismos mais bem adaptados ao meio têm maiores chances de
sobrevivência do que os menos adaptados, deixando um número maior de descendentes. Os
organismos mais bem adaptados são, portanto, seleccionados para aquele ambiente.

Os princípios básicos das ideias de Darwin podem ser resumidos no seguinte modo:

 Os indivíduos de uma mesma espécie apresentam variações em todos os caracteres,


não sendo portanto idênticos entre si.
 Todo organismo tem grande capacidade de reprodução, produzindo muitos
descendentes. Entretanto, apenas alguns dos descendentes chegam à idade adulta.
 O número de indivíduos de uma espécie é mantido mais ou menos constante ao longo
das gerações.
 Assim, há grande "luta" pela vida entre os descendentes, pois apesar de nascerem
muitos indivíduos poucos atingem a maturidade, o que mantém constante o número
de indivíduos na espécie.
 Na "luta" pela vida, organismos com variações favoráveis ás condições do ambiente
onde vivem têm maiores chances de sobreviver, quando comparados aos organismos
com variações menos favoráveis.
 Os organismos com essas variações vantajosas têm maiores chances de deixar
descendentes. Como há transmissão de caracteres de pais para filhos, estes
apresentam essas variações vantajosas.
 Assim, ao longo das gerações, a actuação da selecção natural sobre os indivíduos
mantém ou melhora o grau de adaptação destes ao meio.

(https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Seresvivos/Ciencias/bioselecaonatural2.php )
5. Conclusão

A evolução biológica corresponde ao processo de modificação e adaptação das espécies ao


longo do tempo. A actual diversidade de seres vivos é resultado de processos de
transformação e adaptação das espécies aos variados ambientes, constituindo a evolução
biológica.

A ideia principal da evolução biológica é que todos os seres vivos compartilham um mesmo
ancestral. A partir dela, surgiu a enorme variedade de espécies que encontramos hoje. Pode-
se dizer que a evolução é o processo pelo qual os organismos modernos se desenvolveram, a
partir de antigos ancestrais.

O criacionismo é a teoria que vem do cristianismo, afirmando que o mundo, a natureza, todas
as criaturas foram criadas por um ser sobrenatural.

Já o evolucionismo é a teoria científica mais aceita em relação à origem da vida e a evolução.


Ela fala que as espécies evoluíram de seres parecidos e, através da selecção natural, chegaram
ao estado actual, onde as espécies aptas sobrevivem e se proliferam.

Para Lamarck temos as leis de "uso e desuso", ou seja, se um ser utiliza um membro vai se
aperfeiçoar, se não o usa será descartado; por outro lado Darwin utiliza a "evolução", ou seja,
um ser vai se adaptar de acordo com o ambiente e as condições em que vive.
6. Referência bibliográfica

AMABIS, José mariano & MARTHO, Gilberto Rodrigues: Fundamentos da biologia


Moderna 4 edição-São Paulo, 2006

http://educacao.globo.com/biologia/assunto/origem-da-vida/criacionismo.html

https://m.biologianet.com/evolucao/principais-evidencias-evolucao.htm

https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Seresvivos/Ciencias/bioselecaonatural2.php

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