Monografia Quimica - Ferro

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Nome: Henrique Vianna Pazzini Motta

Matricula: 17/0104991
Disciplina: Química Geral e Inorgânica

O Ferro

O Ferro, elemento de transição, é um metal maleável de coloração branca


prateado no seu estado puro, porem apresenta coloração acinzentado quando
há presença de sulfeto, siliceto e carbureto de ferro, assim apresentando
propriedades magnéticas acentuadas. Ele está apresentado na família 8A da
tabela periódica, possuindo número atômico 26, massa atômica 55,85 g/mol-1,
ponto de fusão 1535°C e ponto de ebulição 3000°C.
É o elemento mais pesado que se produz exotermicamente por fusão, e o
mais leve produzido por fissão, devido ao fato de seu núcleo ter a mais alta
energia de ligação por núcleon, que é a energia necessária para separar do
núcleo um nêutron ou um próton. Portanto, o núcleo mais estável é o do ferro-
56. Ele apresenta diferentes formas estruturais dependendo da temperatura.
É possível encontrar dois tipos de ferro nos alimentos. O Ferro heme,
forma orgânica, esta presente na hemoglobina dos eritrócitos do sangue e é
encontrado principalmente nos alimentos de origem animal, exemplos fígado e
língua de boi, fígado e coração de galinha, peixes e frutos do mar. O Ferro não-
heme, forma inorgânica, não faz parte do complexo heme da hemoglobina e
está presente principalmente nos alimentos de origem vegetal, exemplo ervilha
seca, açaí, feijão, lentilha, nozes e outras oleaginosas, açúcar mascavo,
chocolate e etc, mas pode ser encontrado nos ovos e em pequenas
quantidades também nas carne, peixes e aves.
Ao se encontrar o Ferro na natureza ele não está em estado livre ou
elementar, mas é comumente encontrado como Fe2O3 e Fe3O4, que levada
ao forno numa temperatura de 2000°C obtém a redução destes compostos. Ele
apresenta 4 formas alotrópicas alfa, beta, gama e delta, sendo a mais estável a
alfa. O ferro alfa é o que se encontra na temperatura ambiente, ate 788°C, seu
sistema cristalino é uma rede cubica centrada no corpo e é ferromagnético. O
ferro beta (788 – 910°C) tem o mesmo sistema cristalino que o alfa, porem a
temperatura de Curle é de 770°C, e passa a ser paramagnético. O ferro gama
(910 – 1400°C) apresenta uma rede cúbica centrada nas faces. O ferro delta
(1400 – 1539°C) volta a apresentar uma rede cúbica centrada no corpo. Apesar
de ser o quarto elemento mais encontrado na crosta terrestre, os minérios de
Ferro são encontrados, em seu estado natural, em muitos tipos de rocha,
sendo as principais: Hematita, Magnetita (pedra-ímã) e Siderita (pedra de
ferro). A hematita é o principal minério de ferro.
O equipamento mais simples para conseguir o ferro a partir da extração
do minério ferro é o “forno de lingotamento”. Este processo é feito na queima
do carvão com o minério de ferro e utilizando um soprador de oxigênio. O
carvão é carbono puro, que combinado com o oxigênio cria o dióxido de
carbono e monóxido de carbono, que libera uma grande quantidade de calor no
processo. O carbono e o monóxido de carbono combinam-se com o oxigênio
contido no minério de ferro e levam-no embora, deixando o ferro metálico.
No forno, o calor não é suficiente para fundir o ferro, logo temos no final
uma massa esponjosa contendo ferro e silicatos (o bloco). Aquecendo e
martelando o bloco, o ferro e os silicatos se misturam formando o ferro forjado,
sendo ele altamente resistente e de fácil manuseio sendo perfeito para a
criação de ferramentas.
A maneira mais difícil de se fundir o ferro é na utilização de um alto forno.
Ele é carregado com os minérios de ferro, carvão vegetal e calcário (CaCO3).
O cálcio contido no calcário junta-se com os silicatos e formam a escória. O
ferro liquido acumula-se no fundo do forno juntamente com uma camada de
escória na parte superior. Depois de algum tempo, o ferro liquido é liberado
para fluir e esfriar. O ferro liquido flui para um canal com entalhes em um leito
de areia, formando assim o metal conhecido como ferro-gusa. Para se obter
uma tonelada de ferro-gusa, começa-se com duas toneladas de minério, uma
tonelada de coque e meia tonelada de calcário. O fogo produzido consome
cinco toneladas de ar atmosférico, a temperatura atingida pelo forno é de
1600°C, no seu centro.
Tem indícios do uso do Ferro a quatro milênios antes de Cristo, pelos
sumérios e egípcios. Foram encontrados muitos objetos de ferro datados entre
o segundo e o terceiro milênio antes de Cristo, os objetos foram encontrados
na Mesopotâmia, Anatolia e Egito. Eles eram usados para fins cerimoniais por
ser um metal muito caro, mas que o ouro naquela época. Algumas pesquisas
indicam que o Ferro era obtido como o subproduto do cobre.
Entre 1600 e 1200 antes de Cristo, teve o aumento de seu uso no Oriente
Medio, mas não como substituto do bronze. Entre os séculos XII e X antes de
Cristo, ocorreu a substituição das armas de bronze pelas de ferro, se deve ao
fato de da escassez do estanho, e devido a uma melhoria na tecnologia em
trabalhar com o ferro. Este período ficou denominado como Idade do Ferro,
substituindo a Idade do Bronze. Na Grécia iniciou-se em torno do ano 1000
antes de Cristo.
Na China, o primeiro ferro utilizado também era proveniente dos
meteoritos. Foram encontrados objetos de ferro forjado no Noroeste, perto de
Xinjiang, do século VIII antes de Cristo. O procedimento utilizado não era o
mesmo que o usado no Oriente Médio e na Europa. Nos últimos anos da
Dinastia Zhou (550 a.C.), na China, se conseguiu obter um produto resultante
da fusão do ferro. O mineral encontrado ali apresentava um alto conteúdo de
fósforo, com o qual era fundido em temperaturas menores que as aplicadas na
Europa e outros lugares. O ferro fundido levou mais tempo para ser obtido na
Europa, pois não se conseguia a temperatura necessária. Algumas das
primeiras amostras foram encontradas na Suécia, de 1150 a 1350 depois de
Cristo.
Na Idade Média, e até finais do século XIX, muitos países europeus
empregavam como método siderúrgico a "farga catalana". Se obtinha ferro e
aço de baixo carbono empregando-se carvão vegetal e o minério de ferro. Este
sistema já estava implantado no século XV, conseguindo-se obter temperaturas
de até 1200 °C. Este procedimento foi substituído pelo emprego de altos
fornos.
No princípio se usava carvão vegetal para a obtenção de ferro como
fonte de calor e como agente redutor. No século XVIII, na Inglaterra, o carvão
vegetal começou a escassear e tornar-se caro, iniciando-se a utilização do
coque, um combustível fóssil, como alternativa. Foi utilizado pela primeira vez
no ínício do século XVIII, construindo em Coalbrookdale um "alto forno".
Mesmo assim, o coque só foi empregado como fonte de energia na Revolução
industrial. Neste período a demanda foi se tornando cada vez maior devido a
sua utilização, como por exemplo, em estradas de ferro. O alto forno foi
evoluindo ao longo dos anos.
No século XVII e início do século XIX começou a empregar amplamente o
ferro como elemento estrutural. Entre 1776 e 1779 se construiu a primeira
ponte de ferro fundido por John Wilkinson e Abraham Darby. Na Inglaterra foi
empregado pela primeira vez o ferro na construção, no começo do século XIX.
O Ferro é conhecido e utilizado pelo homem a vários séculos, a sua
utilização é vasta em função de ser um minério barato e resistente, apesar de
sua oxidação pelo oxigênio presente no ar. Ele é o metal mais usado, com 95%
em peso da produção de metal. É indispensável devido ao seu baixo preço e
aplicabilidade, especialmente empregado em automóveis, barcos e
componentes estruturais.
O aço é a liga metálica de ferro mais conhecida, sendo este os eu uso
mais frequente. Os aços são ligas metálicas de ferro com outros elementos,
tanto metálicos quanto não metálicos, que conferem propriedades distintas ao
material. Essa liga metálica é importante para as indústrias tais como o aço-
carbono, que é uma mistura de ferro e carbono, misturado com níquel e cromo,
origina o aço-inoxidável, está presente em várias estruturas metálicas nas
construções. O ferro usado para fazer o aço fica com a porcentagem de
carbono mencionada, cerca de 0,5 a 1,7%. Essa liga metálica possui cor
branco acinzentada, ponto de fusão próximo de 1300ºC e densidade igual a 7,7
g/cm3.
O minério de ferro é o principal minério de exploração no Brasil, e se
encaixa no cenário atual de recente aquecimento da demanda mundial, sendo
alimentado principalmente pela China. As principais e maiores reservas são a
de Minas Gerais (Quadrilátero Ferrífero) e Pará (Serra dos Carajás). O
Quadrilátero Ferrífero é responsável por aproximadamente 80% da produção
nacional; 60 a 70% do minério de ferro produzido nesta área é destinado à
exportação. As principais empresas são a Vale, CSN e Samarco.
O consumo do ferro vem principalmente da indústria de base que é a que
mais precisa do minério de ferro para dar continuidade a seus procedimentos,
visto que o ferro é considerado como o importante componente, uma matéria-
prima, para muitas linhas de produção. Apesar de não ser exclusiva de nenhum
setor, a siderúrgica é a principal requisitante deste mineral, sendo 75% de toda
a reserva que é extraída anualmente das jazidas.
O mercado de minério de ferro possui diversos produtos, sendo que cada
um deste tem um uso específico na indústria siderúrgica. O conhecimento
desses produtos é necessário para se ter uma avaliação mais clara do
mercado, o qual possui diferentes aspectos específicos, como “Granulado”,
“Sinter” e “Pellet Feed (finos)”, e possuem preços e mercados distintos. Em
cada um destes tipos de minério, há diversos tipos de produtos, de acordo com
as suas composições. As propriedades mais importantes são: ferro (Fe),
alumina (Al2O3), manganês (Mn) sílica (SiO2), e umidade (H2O). Estas
composições são responsáveis pela granularidade do produto.
Os minérios de ferro considerados como fino ou finíssimos, são feitos de
uma mistura de diferentes minérios intermediários, ou seja, estes são
processados a partir de minérios brutos. Usualmente, só é vantajoso para o
Mercado de minério explorar as reservas quando há uma disponibilidade de um
volume considerado alto de minério de ferro de qualidade, logo, as reservas
que possuem estoques de minérios "pobres" e finos descartados. Atualmente,
somente dois tipos de minério de ferro finos são utilizados. O primeiro,
considerado muito fino, é usado nas plantas e no segundo, considerado
apenas como fino, é feito um processo de sinterização, e após é enviado ao
alto-forno.
Já o minério de ferro denominado como “Pelotas”, são os mais caros, isto
devido à sua granularidade favorável (não é fino como os outros minérios de
ferro citados anteriormente) tem uma menor variação na suas características
físico-químicas. Estes que possuem uma alta granularidade, não participam do
mesmo processo de aglomeração, como é o caso da “Pelota” e do “Sínter”,
mas se dá através da composição de minério, cuja granularidade já é
conhecida. Um minério de ferro granulado comercial possui normalmente um
único tipo de material ou então dois ou até três.

Bibliografia:
• FOGAÇA, Jennifer Rocha Vargas. "Ferro"; Brasil Escola. Disponível em
<http://brasilescola.uol.com.br/quimica/ferro.htm>. Acesso em 02 de
dezembro de 2017.
• <http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/ferro.htm>. Acesso em
02 de dezembro de 2017.
• <http://www.quimlab.com.br/guiadoselementos/ferro.htm>. Acesso em
02 de dezembro de 2017.
• <https://ge902ferro.wordpress.com/>. Acesso em 28 de novembro de
2017.
• <https://www.infoescola.com/elementos-quimicos/ferro/>. Acesso em 28
de novembro de 2017.
• <http://www.grupoalterosa.ind.br/index.php?conteudo=conteudo&id=4>.
Acesso em 02 de dezembro de 2017.
• FOGAÇA, Jennifer Rocha Vargas. "Aço"; Brasil Escola. Disponível em
<http://brasilescola.uol.com.br/quimica/aco.htm>. Acesso em 03 de
dezembro de 2017.
• https://tecnicoemineracao.com.br/minerio-de-ferro-no-brasil/. Acesso em
03 de dezembro de 2017.
• http://www.jomafer.com.br/noticias/curiosidades-sobre-os-metais-ferro.
Acesso em 03 de dezembro de 2017.
• https://pt.wikipedia.org/wiki/Ferro. Acesso em 04 de dezembro de 2017.

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