Fundamentos-da-Administração - Resumo Livro Explicativo
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Educação a Distância
Caderno de Estudos
FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO
(para Administração - ADG09)
NEAD
EDITORA
GRUPO
CENTRO UNIVERSITÁRIO
LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, nº 1.040, Bairro Benedito
Cx. P. 191 - 89130-000 - INDAIAL/SC
Fone Fax: (047) 3281-9000/3281-9090
Elaboração:
Prof. Gonter Bartel
658
B283f Bartel, Gonter
Fundamentos da administração / Gonter Bartel. Indaial :
Uniasselvi, 2013.
176 p. : il
ISBN 978-85-7830-765-3
1. Administração.
I. Centro Universitário Leonardo da Vinci.
APRESENTAÇÃO
Caro(a) acadêmico(a)!
Este caderno conta com algumas ilustrações, acompanhadas de uma linguagem direta
para facilitar a aprendizagem. Foi cuidadosamente elaborado com a intenção de facilitar sua
caminhada e ajudá-lo(a) nos primeiros passos para compreender a administração e se tornar
um administrador.
UNI
FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO iv
SUMÁRIO
FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO v
UNIDADE 2: ADMINISTRAÇÃO CONTEMPORÂNEA ................................................... 71
FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO vi
RESUMO DO TÓPICO 1 ............................................................................................... 145
AUTOATIVIDADE .......................................................................................................... 146
EMENTA
OBJETIVOS DA DISCIPLINA
PROGRAMA DA DISCIPLINA
UNIDADE 1 – ADMINISTRAÇÃO
TÓPICO 1 – INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO
TÓPICO 2 – TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO
TÓPICO 3 – ABORDAGEM TECNOLÓGICA, SISTÊMICA E DA COMPETITIVIDADE
FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO ix
UNIDADE 2 – ADMINISTRAÇÃO CONTEMPORÂNEA
TÓPICO 1 – NECESSIDADES CONTEMPORÂNEAS
TÓPICO 2 – MODELOS DE ADMINISTRAÇÃO
TÓPICO 3 – ADMINISTRAÇÃO: CIÊNCIA E ARTE
FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO x
UNIDADE 1
ADMINISTRAÇÃO
Objetivos de aprendizagem
PLANO DE ESTUDOS
D
A
A
D
M
I
N
I
S
T
R
A
Ç
Ã
O
UNIDADE 1
TÓPICO 1
INTRODUÇÃO À
ADMINISTRAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
A
D
M
I
N
2 ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIA I
S
T
R
A
A nossa atividade para sobreviver às mais diferentes situações encontradas é constante. Ç
Ã
Neste sentido, procuramos usar de forma racional os recursos que estão à nossa disposição O
4 TÓPICO 1 UNIDADE 1
num objeto final. Estes recursos podem ser: de tempo, de espaço, financeiros, de informações,
materiais e humanos – sendo este último o mais importante. A administração nada mais é do que
a condução racional das atividades de uma organização, imprescindível para sua sobrevivência
e sucesso (CHIAVENATO, 2003).
T
O
S TE!
RTAN
IMPO
D
A
Uma frase que se destaca na administração é de Amitai Etizioni, citada por Caravantes
et al. (2006, p. 374), “Nascemos, vivemos e morremos em organizações”. Esta frase revela
que:
● Num segundo plano: todas as organizações são compostas de pessoas que precisam saber,
saber fazer e saber fazer acontecer.
Assim, estamos inseridos em diferentes organizações: nossa vida, nosso lar, a escola,
o grupo de amigos, a empresa etc. Qualquer uma das formas de organização tem a influência F
U
do ambiente no qual está inserida. Este ambiente é: N
D
A
M
● Interno: envolvendo todos os recursos internos da empresa, suas forças e fraquezas. E
N
T
O
● Externo: envolvendo todo o ambiente que nos cerca, considerando todas as partes S
interessadas em nossa organização. D
A
A
O ambiente externo é classificado num micro e macroambiente. O microambiente D
M
compreende todas as partes mais próximas da organização e sobre as quais podemos exercer I
alguma forma de controle ou influência. No macroambiente encontramos alguns elementos N
I
mais distantes e abrangentes, que exercem poder e controle sobre as organizações de uma S
T
forma mais abrangente: a tecnologia, a legislação, as instituições, a economia, a sociedade, R
A
os aspectos ecológicos e ambientais. Ç
Ã
O
6 TÓPICO 1 UNIDADE 1
O arranjo das organizações se dá por meio da divisão do trabalho, que cria departamentos
ou cargos, resultando em unidades organizacionais. Quando organizamos toda esta divisão,
percebemos os relacionamentos criados entre elas, representando os fluxos de informação:
onde surge uma informação, quem são todas as divisões que necessitam desta informação
para o desempenho de suas tarefas, e a forma como esta informação vai adquirindo valor
adicional ao valor inicial.
Além deste relacionamento informacional, que pode ser resolvido pela tecnologia, temos
o surgimento de uma hierarquia, onde há uma escala de poder e decisão. O organograma é
a representação gráfica que as empresas criam para ilustrar o estabelecimento de quem se
reporta a quem e tem poderes para tomar decisões. Observe a figura a seguir:
F
U FONTE: O autor
N
D
A
M
E Do organograma acima, destacamos alguns pontos importantes:
N
T
O
S ● Linha: faz a conexão de toda a divisão criada, desde o topo até a base da estrutura. Aqui
D encontramos uma forma piramidal/triangular, na qual temos poucas pessoas no topo e muitas
A
pessoas na base. A consecução dos objetivos do topo é alcançada a partir da realização
A
D da base.
M
I
N
I ● Staff: estas divisões são adicionadas à estrutura organizacional da empresa com o intuito de
S
T desempenharem funções de apoio, geralmente trazidas pelas consultorias e assessorias.
R
A
Ç
à Observa-se que, assim como a grande maioria dos organogramas, apresenta uma
O
estrutura piramidal, e, de forma vertical, podemos dividir a estrutura da empresa em níveis:
UNIDADE 1 TÓPICO 1 7
● A base: denominada de nível operacional, representa o nível em que encontramos a maior
quantidade de mão de obra (pessoas) e automação. Encontramos o detalhamento de cada
uma das tarefas da empresa.
● Nos níveis intermediários: também conhecido por tático ou gerencial, tem o objetivo de
coordenar o desempenho de todas as atividades da base operacional, para que sejam
alcançados os propósitos gerais da empresa estabelecidos pelo topo estratégico.
● No topo: encontramos geralmente os administradores gerais, que precisam fazer com que
todas as ações garantam a sustentabilidade, crescimento e lucratividade da empresa frente
ao mercado em que está inserida.
S!
DICA
A
D
M
I
3 EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ADMINISTRATIVO N
I
S
T
R
A história e o estudo da administração tiveram início no século XX, com a teoria da A
Ç
administração científica, em 1903, quando Taylor passou a dar ênfase em todas as tarefas dos Ã
O
operários da fábrica – nível operacional. Esta teoria também é conhecida como a teoria científica
8 TÓPICO 1 UNIDADE 1
de Taylor. No quadro a seguir encontramos a evolução do pensamento administrativo:
F
U
N
D
A
FONTE: Chiavenato (2003, p. 68) M
E
N
T
O
S
UNI D
A
A
D
Além de Frederick Winslow Taylor (1856-1915), destacamos outros M
autores que contribuíram com a administração científica: I
N
• Carl Barth (1860-1939). I
• Henry Lawrence Gantt (1861-1919). S
T
• Harrington Emerson (1853-1931). R
• Frank Gilbreth (1868-1924). A
• Lílian Gilbreth (1878-1961). Ç
Ã
O
10 TÓPICO 1 UNIDADE 1
Outro desdobramento da abordagem clássica está na teoria clássica, que se
caracterizava pela ênfase na estrutura que a organização deveria ter para ser eficiente. Henri
Fayol (1841-1925), fundador da teoria clássica, partiu de toda a organização com o objetivo
de garantir a eficiência em todas as partes envolvidas: seções, departamentos ou pessoas. A
teoria clássica rapidamente suplantou a abordagem de Taylor.
Fayol afirma que toda organização deve apresentar as funções: técnicas, comerciais,
financeiras, de segurança e contábeis. Todas estas cinco funções necessitam estar interligadas
à função administrativa, constituindo o corpo da empresa. Fayol procurou estruturar as
organizações em sua unidade de comando e cadeia escalar, conforme figura a seguir.
A
7. Remuneração do pessoal.
D 8. Centralização.
M
I 9. Cadeia escalar.
N
I 10. Ordem.
S
T 11. Equidade.
R
A 12. Estabilidade do pessoal.
Ç
à 13. Iniciativa.
O
14. Espírito de equipe.
UNIDADE 1 TÓPICO 1 11
NOT
A!
A teoria clássica é como uma velha receita de bolo, pelo seu
enfoque normativo e prescritivo sobre como o administrador
deve proceder.
A teoria clássica ainda é a mais utilizada com os que iniciam na administração, pela
forma simples e ordenada, tornando-se indispensável para compreender as modernas teorias de
administração. A teoria clássica ainda é a mais utilizada com os que iniciam na administração,
pela forma simples e ordenada, tornando-se indispensável para compreender as modernas
teorias de administração, recebendo as seguintes críticas:
Apesar de todas estas críticas, as teorias que surgiram tiveram como ponto de D
A
partida a teoria clássica para tentar uma posição diferente – os princípios de administração,
A
a departamentalização e estrutura linear ou funcional e a racionalidade do trabalho nunca D
M
deixaram de existir. I
N
I
S
A partir da ênfase nas tarefas, onde surge a administração científica clássica com o T
R
principal enfoque na racionalização do trabalho no nível operacional, a administração também A
Ç
seguiu com ênfase na estrutura, nas pessoas, no ambiente, na tecnologia e na competitividade. Ã
O
O quadro a seguir sintetiza as principais teorias administrativas com seu enfoque:
12 TÓPICO 1 UNIDADE 1
QUADRO 2 – PRINCIPAIS TEORIAS ADMINISTRATIVAS E PRINCIPAIS ENFOQUES
ÊNFASE TEORIA ADMINISTRATIVA PRINCIPAIS ENFOQUES
Tarefas Administração Científica Racionalização do trabalho no nível
operacional.
Estrutura Teoria Clássica Organização formal.
Teoria Neoclássica Princípios gerais da Administração.
Funções do administrador.
Teoria da Burocracia Organização formal burocrática.
Racionalidade organizacional.
Teoria Estruturalista Múltipla abordagem:
- Organização formal e informal.
- Análise intraorganizacional e análise
interorganizacional.
Pessoas Teoria das Relações Humanas Organização informal.
Motivação, liderança, comunicação e
dinâmicas de grupo.
Teoria do Comportamento Estilos de Administração.
Organizacional Teoria das Decisões.
Integração dos objetivos organizacionais e
individuais.
Teoria do Desenvolvimento Mudança organizacional planejada.
Organizacional Abordagem de sistema aberto.
Ambiente Teoria Estruturalista Análise intraorganizacional e análise
ambiental.
Abordagem de sistema aberto.
Teoria da Contingência Análise ambiental (imperativo ambiental).
Abordagem de sistema aberto.
Tecnologia Teoria da Contingência Administração da tecnologia (imperativo
tecnológico)
Competitividade Novas Abordagens na Caos e complexidade.
Administração Aprendizagem organizacional.
Capital intelectual.
FONTE: Chiavenato (2003, p. 12)
F
U
N
D
A
M
E
N
T
O
4 FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO
S
D
A A palavra Administração tem sua origem do latim ad (tendência para, direção) e minister
A (obediência, subordinação). A administração designa o desempenho de tarefas – tomada de
D
M decisões na direção dos assuntos – objetivos de um grupo.
I
N
I
S Administramos: a vida, a família, a escola, a comunidade, a iniciativa privada (empresas)
T
R e pública (governo) etc. Para tal, necessitamos conhecer e aplicar técnicas para o alcance dos
A
Ç objetivos com eficiência e eficácia.
Ã
O
UNIDADE 1 TÓPICO 1 13
Planejar, organizar, dirigir e controlar são funções administrativas inter-relacionadas,
criando e desenvolvendo o processo administrativo como um ciclo repetitivo de eventos,
gerenciando recursos na busca de resultados.
4.1 PLANEJAMENTO
Imagine que você está no interior e pretende passar o final de semana na capital. F
U
Acabamos de definir nosso objetivo: “Passar o final de semana na capital”. Para isto, N
D
precisamos definir onde, como, o que, quanto, em que sequência etc.; constatamos a A
necessidade de planejamento. O planejamento é a função administrativa que determina M
E
antecipadamente quais são os objetivos que devem ser atingidos e como se deve fazer para N
T
alcançá-los (CHIAVENATO, 2002). O
S
D
Nas organizações, as pessoas têm seus objetivos individuais que devem ser coordenados A
pelos administradores para que sejam conciliados com os objetivos organizacionais (alcançados A
D
pela coletividade das pessoas). M
I
N
I
Maximiano (2004) diz que planejar é definir objetivos ou resultados a serem alcançados, S
T
e ainda, tomar decisões sobre o futuro. Esta função de planejamento está presente em todos R
A
os níveis organizacionais, conforme apresentado no quadro a seguir: Ç
Ã
O
14 TÓPICO 1 UNIDADE 1
QUADRO 3 – NÍVEIS DE PLANEJAMENTO
Nível Tipo de Conteúdo Tempo Amplitude
organizacional planejamento
Institucional Estratégico Genérico e sintético Longo Macro-orientado.
prazo Aborda a
organização como
um todo.
Intermediário Tático Menos genérico e Médio Aborda cada unidade
mais detalhado prazo organizacional em
separado.
Operacional Operacional Detalhado e Curto Micro-orientado.
analítico prazo Aborda cada
operação em
separado.
FONTE: Chiavenato (2004)
Vamos começar falando sobre o planejamento estratégico, que já soou muito aos
nossos ouvidos, dentro das empresas. Este é o mais amplo, que visa ações para resultados de
longo prazo e envolve a organização como um todo. Aqui precisamos considerar não apenas
a empresa, mas todo o ambiente onde ela está inserida.
Não existe uma receita pronta para que se faça o planejamento estratégico, mas, de
um modo geral, consideramos e avaliamos algumas etapas e elementos, destacados a seguir
para que se crie uma forma sistemática:
F • Inicialmente precisamos saber onde estamos e o que nos trouxe até aqui. Denominados
U
N esta fase de análise da situação presente.
D
A
M
E • Levamos em consideração o ambiente interno, que diz respeito a tudo o que está dentro da
N
T nossa organização, e precisamos avaliar quais são as nossas forças e fraquezas, também
O
S conhecido como pontos fortes e fracos. Avaliamos recursos, estrutura organizacional e
D desempenho.
A
A
D • Ao analisar o macro e microambiente externo, precisamos olhar para fora da empresa, e
M
I desta forma conseguimos identificar tudo o que nos ameaça ou pode ameaçar, bem como
N
I atuais e futuras oportunidades.
S
T
R
A • De nada adianta concluir as etapas acima se não definirmos onde queremos chegar.
Ç
Ã
O
Segundo Maximiano (2005), alguns componentes devem ser considerados para
UNIDADE 1 TÓPICO 1 15
desenvolver a análise da situação estratégica: a missão, o desempenho e as vantagens
competitivas. Neste momento, também é necessário avaliar questões internas (forças e
fraquezas) e externas (oportunidades e ameaças), ilustradas no quadro a seguir.
4.2 ORGANIZAÇÃO
● As organizações já foram muito verticalizadas, com muitos níveis organizacionais; e vêm sendo
achatadas, ou seja, estão reduzindo os níveis organizacionais. Quanto mais verticalizada,
mas distante está o topo estratégico da base operacional, e quanto menos, mais próximos
estão o topo e a base. Em toda a organização, independente de sua amplitude ou grau de
verticalização, a autoridade pode estar:
A
D
M
I
N
I
S
T
R
A
Ç
Ã
O
18 TÓPICO 1 UNIDADE 1
QUADRO 6 – VANTAGENS X DESVANTAGENS DA DESCENTRALIZAÇÃO
Vantagens Desvantagens
As decisões são tomadas mais rapidamente Pode ocorrer falta de informação e coordenação
pelos próprios executores da ação. entre os departamentos envolvidos.
Tomadores de decisão têm mais informação Maior custo pela exigência de seleção e
sobre a situação. treinamento dos administradores médios.
Maior participação no processo decisório Risco da subobjetivação: os administradores
promove motivação e moral elevado entre os podem defender objetivos departamentais em
administradores médios. lugar dos empresariais.
Proporciona excelente treinamento para os Falta de equipe apropriada ou de funcionários
administradores médios. no campo de atividades.
FONTE: Chiavenato (2004)
4.3 DIREÇÃO
Imagine que você tenha confeccionado e largado um barco de papel num lago! Observe
que este barco está à deriva – na direção em que sopra o vento ou na correnteza da água
ele vai. No cotidiano, não podemos estar à deriva, mas precisamos conduzir a nossa vida em
F
U todos os seus aspectos.
N
D
A
M A direção é a função administrativa do relacionamento interpessoal do administrador com
E
N seus subordinados Chiavenato (2004). É com a direção que complementamos o planejamento e
T
O a organização. Ao dirigir, o administrador precisa saber comunicar, liderar e motivar, orientando
S
e apoiando as pessoas nos esforços coletivos para um propósito comum.
D
A
A Douglas McGregor (1960) ficou conhecido pela sua obra The Human side of Enterprise (O
D
M lado humano do Gerenciamento), onde explica dois estilos opostos e antagônicos de administrar,
I
N
trazendo grandes contribuições para o estudo do comportamento humano. McGregor destaca
I
S
que a conduta dos administradores é fortemente influenciada sobre suas suposições sobre
T
R
o comportamento humano, explicado na Teoria X (um estilo baseado na teoria tradicional,
A mecanicista e pragmática) e Teoria Y (estilo baseado em concepções modernas a respeito do
Ç
à comportamento humano):
O
UNIDADE 1 TÓPICO 1 19
QUADRO 7 – COMPARATIVO ENTRE TEORIA X E TEORIA Y
A ADMINISTRAÇÃO PELA TEORIA X A ADMINISTRAÇÃO PELA TEORIA Y
Vigilância e fiscalização das pessoas Autocontrole e autodireção
Desconfiança das pessoas Confiança nas pessoas
Imposição de regras e regulamentos Liberdade e autonomia
Descrença nas pessoas Delegação de responsabilidade
Centralização e decisão na cúpula Descentralização das decisões na base
Atividade rotineira para as pessoas Atividade criativa para as pessoas
Autocracia e comando Democracia e participação
Pessoas como recurso produtivo Pessoas como parceiros da organização
FONTE: Chiavenato (2000)
Ao darmos uma instrução aos nossos subordinados, de forma oral ou escrita, podemos
nos deparar com algo que atrapalhe esta comunicação. Estes funcionários podem nos dar
uma resposta que fortifique ou ratifique as instruções. Deste exemplo: o administrador é o
emissor, as instruções representam a mensagem, os funcionários são os receptores, a forma
(oral ou escrita) representa os meios, qualquer “atrapalho” (barulhos, interferências) representa
o ruído, e as possíveis respostas dadas pelos funcionários podem retroalimentar o processo
de comunicação.
• Para baixo: a mensagem flui dos níveis superiores aos inferiores, objetivando: implementar
F
objetivos e metas, orientar, instruir práticas e procedimentos de trabalho. U
N
D
A
• Para cima: a mensagem flui dos níveis inferiores aos superiores, devolvendo as informações M
E
geradas a partir dos resultados obtidos. É de caráter informacional, expressando desempenho, N
T
problemas, reclamações e sugestões de melhoria. O
S
D
• Lateral ou horizontal: flui entre o emissor e o receptor do mesmo nível na organização, A
onde buscam o compartilhamento e integração de informações entre os departamentos. A
D
M
I
Ao dirigir, além de comunicar, o administrador também precisa liderar – influenciar e N
modelar o comportamento de outras pessoas (CARAVANTES et al., 2006). Quando alguém I
S
consegue convencê-lo a ir ao cinema, a uma festa ou acompanhar noutra atividade qualquer, T
R
esta pessoa está liderando e dirigindo você. Para tal, diferentes táticas podem ser usadas. A
Ç
Ã
O
20 TÓPICO 1 UNIDADE 1
Para Chiavenato (2004), um bom administrador deve ser fundamentalmente um bom
líder, sem confundir com direção ou gerência. Já nem sempre um líder é um administrador.
Mas a base da liderança é o poder. Ao liderar, exercemos alguma forma de poder sobre o
comportamento das pessoas de nosso relacionamento, intencionalmente. Classificamos em:
• Poder de Referência: baseia-se no carisma do líder, sob traços de sua personalidade que
possuem poder referencial. Este líder tem características que influenciam fortemente as
pessoas. É decorrente das características do próprio líder.
• Poder Coercitivo: baseia-se no medo e na coerção. A pessoa liderada percebe que pode
sofrer algum tipo de punição se não atender às exigências do líder. É decorrente da posição
ocupada pelo líder.
OS!
FU TUR
DOS
ESTU
4.4 CONTROLE
D
A
O controle é a quarta função da administração que vai apresentar respostas em relação
A
ao padrão de desempenho obtido. Este resultado pode revelar a necessidade de retornarmos às D
M
outras funções da administração, estudadas anteriormente. É preciso controlar o planejamento, I
N
a organização e a direção. I
S
T
R
Este processo de controle permite monitorar e corrigir os planos traçados, com a A
Ç
finalidade de assegurar que os objetivos sejam alcançados. Aqui podemos constatar a Ã
O
necessidade de efetuar qualquer ação corretiva.
22 TÓPICO 1 UNIDADE 1
Enquanto crianças, temos a necessidade de controlar poucas coisas, e, à medida que
vamos nos desenvolvendo, crescendo e assumindo maiores responsabilidade, passamos a ter
a necessidade de maior controle. Uma empresa, quando nova, ainda pequena tem um nível
de controle; e, conforme vai crescendo e se projetando, vai necessitar de maior controle. Claro
que nos dias atuais, a competitividade para a maioria dos setores é extremamente alta, o que
obriga as pequenas organizações a exercerem um controle muito amplo, desde cedo.
Para que possamos estabelecer um processo de controle, que vai guiar nossas
atividades aos objetivos predeterminados, segundo Caravantes et al. (2006, p. 533), este
processo vai se basear nas etapas:
F
U
N QUADRO 9 – RESULTADO X AÇÕES
D
A Igual ao esperado O resultado é igual ao objetivo.
M Uma recompensa pode ser apropriada.
E
N Menor que o esperado O resultado ficou abaixo do objetivo.
T Uma ação corretiva pode ser apropriada.
O
S A redução do objetivo pode ser apropriada.
Mais recursos podem ser necessários.
D
A Acima do esperado O resultado é maior que o objetivo.
A
Recompensas são apropriadas.
D O objetivo pode ser aumentado.
M
I FONTE: Maximiano (2005)
N
I
S
T
R
Segundo Caravantes et al. (2006, p. 538), podemos exercer três formas de controle
A
Ç
antes, durante ou depois da realização das tarefas:
Ã
O
UNIDADE 1 TÓPICO 1 23
Prévio: o controle é realizado antes da realização das tarefas, onde os ad-
ministradores criam normas, regulamentos e procedimentos conforme suas
políticas; na tentativa de conduzir a ação aos resultados desejados.
O controle tático ou gerencial visa estabelecer o controle das ações internas de médio
prazo dentro dos departamentos, buscando integrar aos objetivos gerais da empresa.
UNI
D
A
O administrador é o profissional que exerce a administração, sendo esta profissão
A
regulamentada no Brasil em 9 de setembro de 1965, data em que comemoramos o Dia do D
M
Administrador. Para estar habilitado a realizar a administração das iniciativas públicas e privadas, I
N
o administrador precisa ser proativo, ousado, criativo, ter atitude, comprometimento para I
S
desenvolver e desempenhar as suas habilidades, que, segundo Chiavenato (2003), são: T
R
A
Ç
● Técnicas: conhecer princípios, ferramentas, métodos e técnicas administrativas, para Ã
O
desempenhar atividades específicas com experiência e educação. Fundamental é decidir e
24 TÓPICO 1 UNIDADE 1
solucionar problemas operacionais.
● Conceituais: ter uma visão sistêmica de todo o processo, com a finalidade de compreender
a complexidade da organização como um todo, fazendo com que a ação das pessoas esteja
voltada para os objetivos maiores e não para os objetivos individuais ou locais.
F
U O administrador procura desenvolver e aplicar suas habilidades em toda a organização.
N
D Para que alcance o sucesso profissional, deve combiná-las com o tripé das competências
A
M duráveis do administrador. Estas competências lembram os princípios da UNIASSELVI:
E
N
T
O ● Conhecimento: representa o saber do administrador. Este saber é resultado das informações
S
recebidas e atualizadas através da reciclagem constante.
D
A
A
● Perspectiva: envolve o saber fazer. Todo o conhecimento precisa ser aplicado. Nesta
D aplicação do conhecimento, o administrador aplica uma visão pessoal das coisas ao seu modo
M
I de agir. Resume-se em aplicar o conhecimento na solução de problemas e situações.
N
I
S
T ● Atitude: é o saber fazer acontecer. O administrador precisa ter um comportamento ativo e
R
A proativo, dando ênfase na ação. Aqui também está presente o espírito empreendedor e de
Ç
à equipe, que necessita de liderança e comunicação.
O
UNIDADE 1 TÓPICO 1 25
A figura a seguir ilustra a equação do sucesso profissional do administrador:
IMPO
RTAN
TE!
F
U
N
D
Procure ser sucesso. A
M
É preciso saber fazer!!! E
N
T
O
S
D
A
A
D
M
I
N
I
S
T
R
A
Ç
Ã
O
26 TÓPICO 1 UNIDADE 1
RESUMO DO TÓPICO 1
A administração científica nasce por Frederik W. Taylor, que procurou estudar e conhecer
tudo o que acontecia no chão de fábrica (nível operacional) para ser eficiente no todo. Fayol
sucede Taylor e estabelece alguns princípios gerais da administração.
A teoria neoclássica surge após a teoria das relações humanas, que será abordada
no próximo tópico, como sendo uma atualização da teoria clássica. Para isso, reúne a
contribuição de outros autores, considerando o tamanho das organizações, com seus problemas
administrativos atuais.
F
U
N
Os princípios gerais da administração consistem na: divisão do trabalho, autoridade
D
A
e responsabilidade, disciplina, unidade de comando, unidade de direção, subordinação aos
M interesses individuais aos gerais, remuneração do pessoal, centralização, cadeia escalar,
E
N ordem, equidade, estabilidade do pessoal, iniciativa e espírito de equipe.
T
O
S
A ênfase da administração que teve início nas tarefas também passou a ter ênfase na
D
A estrutura, nas pessoas, no ambiente, na tecnologia e na competitividade.
A
D
M Entre as funções da administração estão as de planejar, organizar, dirigir e controlar;
I
N podemos observar que há um processo de retroalimentação. Isto porque, ao longo do tempo,
I
S surgem novos elementos que nos levam a planejar, organizar, dirigir e controlar novamente:
T
R
A
Ç • O planejamento é fundamental para que possamos estabelecer os objetivos, sejam
Ã
O quantitativos ou qualitativos.
UNIDADE 1 TÓPICO 1 27
• Em cada um dos níveis organizacionais temos um planejamento distinto. O planejamento
operacional descreve as ações de curto prazo, o tático as ações de médio prazo, e o
planejamento estratégico passa a estabelecer as ações e resultados de longo prazo.
• A forma tradicional vertical vem sendo horizontalizada (achatada) para que a empresa se
torne mais ágil e dinâmica. Na organização, podemos encontrar a autoridade centralizada
ou descentralizada.
• O administrador precisa encontrar um equilíbrio entre as quatro funções para ter um bom
desempenho, obviamente que em determinados momentos precisará dedicar-se mais a uma
das funções, mas não deve esquecer das demais.
IDADE
ATIV
AUTO
5 O que é administrador?
IV. De Recompensa.
V. Coercitivo.
F
U
N
D
A
M
E
N
T
O
S
D
A
A
D
M
I
N
I
S
T
R
A
Ç
Ã
O
30 TÓPICO 1 UNIDADE 1
F
U
N
D
A
M
E
N
T
O
S
D
A
A
D
M
I
N
I
S
T
R
A
Ç
Ã
O
UNIDADE 1
TÓPICO 2
TEORIAS DA
ADMINISTRAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
Partindo desta ênfase nas tarefas, o pensamento administrativo evoluiu, também com
ênfase: na estrutura, nas pessoas, no ambiente, na tecnologia e na competitividade.
Em cada uma das abordagens destacaremos teorias relacionadas a cada uma delas.
É fundamental compreendê-las, e você perceberá que estão presentes no cotidiano das
organizações.
A teoria da burocracia na administração surgiu a partir das obras de Max Weber (1864-
1920) – economista e sociólogo alemão. Autores se basearam nas obras de Weber para
constituir uma teoria da organização sólida, aprimorando o mecanicismo da teoria clássica e
o romantismo da teoria das relações humanas, que será abordado a seguir.
Para a grande maioria das pessoas, a palavra burocracia está associada ao apego das
pessoas a normas, regulamentos e rotinas – que impedem soluções rápidas ou eficientes, mas
para Max Weber, a burocracia tem as seguintes características:
• Caráter legal das normas e regulamentos escritos que determinam o funcionamento de toda
F a organização, estabelecendo sua própria legislação. Escrever as normas e regulamentos é
U
N um trabalho exaustivo, por abranger a organização como um todo, tendo que prever o máximo
D
A de situações que possam ocorrer, tornando-a uma estrutura social legalmente organizada.
M
E
N
T ● Caráter formal das comunicações, obrigando a escrita das regras, decisões e ações
O
S administrativas. O registro de todas as ações visa assegurar a interpretação exata das
D comunicações, onde a organização torna-se uma estrutura formalmente organizada.
A
A
D ● Caráter racional e divisão do trabalho e do poder, estabelecendo as atribuições de cada
M
I participante para a eficiência da organização. Cada pessoa tem um cargo, função específica,
N
I sabendo das suas tarefas, responsabilidades e capacidade de comando sobre os demais.
S
T
R
A ● Impessoalidade nas relações humanas, pois a distribuição das atividades é feita em termos
Ç
à de cargos e funções – não de pessoas envolvidas. O poder das pessoas deriva do cargo que
O
UNIDADE 1 TÓPICO 2 33
ocupa, onde a burocracia precisa garantir a continuidade da organização no longo prazo;
pois as pessoas vão e vêm – a burocracia é uma estrutura impessoalmente organizada.
● Hierarquia de autoridade, onde cada cargo inferior está sob a supervisão e controle de um
posto superior, e esta estrutura hierárquica encerra privilégios e obrigações. Aqui, a burocracia
é uma estrutura hierarquicamente organizada.
● Completa previsibilidade do funcionamento, pois todas as ações das pessoas foram escritas
com o objetivo de obter a máxima eficiência da organização. Tudo está previsto, segundo a F
U
teoria da burocracia. N
D
A
M
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A
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34 TÓPICO 2 UNIDADE 1
FIGURA 8 – AS CARACTERÍSTICAS DA BUROCRACIA SEGUNDO WEBER
F
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T
O
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A
A
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M
I
N
I FONTE: Chiavenato (2003, p. 269)
S
T
R
A A burocracia objetiva a maior eficiência da organização, mas na exigência de controle,
Ç
à se as consequências não forem previstas, caímos nas disfunções e encontramos a ineficiência.
O
O modelo da figura a seguir traz esta ilustração:
UNIDADE 1 TÓPICO 2 35
FIGURA 10 – O MODELO BUROCRÁTICO DE WEBER
UNI
D
A
A
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I
S
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FONTE: Chiavenato (2003, p. 277) O
36 TÓPICO 2 UNIDADE 1
Ç ÃO!
ATEN
Assim, o estruturalismo volta-se para o todo e para o relacionamento das partes nesta
F constituição do todo. O estruturalismo tem como características de totalidade, interdependência
U
N das partes e, principalmente, o fato de que o todo é maior que a simples soma das partes.
D
A
M
E
N
T
O ÇÃO!
S ATEN
D
A
Grandes personagens da administração representam a teoria
A estruturalista, onde destacamos: James D. Thompson, Victor
D
M A. Thompson, Amitai Etzioni, Peter M. Blau, David Sills, Burton
I Clarke e Jean Viet.
N
I
S
T
R
A Numa análise das organizações, segundo Chiavenato (2003), temos uma abordagem
Ç
à múltipla: organização formal e informal, recompensas materiais e sociais, os diferentes
O
UNIDADE 1 TÓPICO 2 37
enfoques da organização, os níveis da organização, a diversidade de organizações e a análise
interorganizacional.
Blau e Scott são autores que classificam as organizações conforme seus beneficiários.
A figura a seguir resume a sua tipologia:
Blau e Scott apontam três dilemas básicos na organização formal: dilema entre
coordenação e comunicação livre, dilema entre disciplina burocrática e especialização
profissional e, ainda, o dilema entre necessidade de planejamento centralizado e necessidade
de iniciativa individual.
F
U
N Na fase da teoria estruturalista, iniciam os estudos a respeito do ambiente num conceito
D
A de que as organizações são sistemas abertos em constante interação com o seu contexto
M
E externo. Todavia, existem dilemas e conflitos organizacionais que conduzem a organização à
N
T inovação e à mudança.
O
S
D Esta teoria, com seus aspectos positivos e suas restrições e limitações, é uma teoria
A
de transição à teoria de sistemas, que será abordada mais adiante neste caderno.
A
D
M
I
N
I
S
T
3 ABORDAGEM HUMANA
R
A
Ç
à A ênfase que antes era na tarefa (administração científica) e na estrutura organizacional
O
UNIDADE 1 TÓPICO 2 39
(teoria clássica), agora passa por uma revolução, ao dar ênfase ao ser humano – as pessoas
que trabalham ou participam da organização.
Este período em que surge a abordagem humanística foi marcado por recessão econômica,
elevado desemprego, inflação e forte atuação dos sindicatos junto às organizações.
D
A
• O operário não reage como indivíduo isolado, mas como membro de um grupo social.
A
D
M
• A tarefa básica da administração é formar uma elite de administradores capaz de I
N
compreender as pessoas e de comunicar através de chefes democráticos, persuasivos e I
S
simpáticos. T
R
A
Ç
• Passamos de uma sociedade estável para uma sociedade adaptável. Ã
O
40 TÓPICO 2 UNIDADE 1
O advento da teoria das relações humanas traz novas palavras para a administração:
motivação, liderança, comunicação, organização informal, dinâmica de grupo etc.
UNI
F
U
N Reflita sobre: O que o motiva? O que o leva para a ação? O que
D
A
é motivação?
M
E
N
T
O Elto Mayo propôs que o ser humano é motivado por recompensas sociais e simbólicas
S
e não por estímulos salariais e econômicos, assim a motivação procura explicar por que as
D
A pessoas se comportam. Para Kurt Lewin, principal inspirador dos autores da Escola das
A Relações Humanas, a motivação do comportamento está baseada em duas suposições
D
M fundamentais:
I
N
I
S 1. o comportamento humano resulta de todos os fatos coexistentes e;
T
R
A
Ç 2. estes fatos têm o caráter de um campo dinâmico, do qual cada parte depende de uma inter-
Ã
O relação com as outras partes.
UNIDADE 1 TÓPICO 2 41
Ainda relacionado à motivação, estudos supõem que o comportamento do ser humano
é influenciado pela suas necessidades, que vêm evoluindo a partir do seu crescimento e
amadurecimento. Em busca de seu equilíbrio, o ser humano tem estímulos a uma necessidade,
que por sua vez gera uma tensão ao comportamento ou ação a ser desencadeada para alcançar
esta necessidade. Se houver satisfação, ou seja, a necessidade for alcançada, completa-se o
ciclo motivacional que permitirá ao homem a busca de sua próxima necessidade.
Este ciclo é interrompido quando não se consegue obter o resultado, surgindo então a
frustração ou gerando a possibilidade de uma compensação por outra necessidade. Segundo
Chiavenato (2003, p. 120), “a frustração pode gerar reações comportamentais, tais como:
desorganização do comportamento, agressividade, reações emocionais ou, ainda, alienação
e apatia”.
D
A
A
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O
42 TÓPICO 2 UNIDADE 1
QUADRO 13 – ESTILOS DE LIDERANÇA
Autocrático Democrático Liberal (Laissez-Faire)
O líder fixa as diretrizes, sem As diretrizes são debatidas e Há liberdade total para as
qualquer participação do grupo. decididas pelo grupo, estimulado decisões grupais ou individuais,
e assistido pelo líder. e mínima participação do
líder.
O líder determina as providências O grupo esboça as providências A participação do líder é
para a execução das tarefas, cada para atingir o alvo e pede limitada, apresentando apenas
uma por vez, na medida em que aconselhamento do líder, que materiais variados ao grupo,
se tornam necessárias e de modo sugere alternativas para o grupo esclarecendo que poderia
imprevisível para o grupo. escolher. As tarefas ganham fornecer informações desde
novas perspectivas com os que as pedissem.
debates.
O líder determina a tarefa que A divisão das tarefas fica a A divisão das tarefas e escolha
cada um deve executar e o seu critério do grupo e cada membro dos colegas fica totalmente a
companheiro de trabalho. tem liberdade de escolher seus cargo do grupo. Absoluta falta
companheiros de trabalho. de participação do líder.
O líder é dominador e é “pessoal” O líder procura ser um membro O líder não avalia o grupo nem
nos elogios e nas críticas ao normal do grupo, em espírito. controla os acontecimentos.
trabalho de cada membro. O líder é “objetivo” e limita-se Apenas comenta as atividades
aos “fatos” nas críticas e nos quando perguntado.
elogios.
FONTE: Chiavenato (2003, p. 125)
A comunicação também está presente entre os seres humanos, que precisam trocar
informações entre si. Como atividade administrativa, tem o propósito de: proporcionar informação
e compreensão necessárias para que as pessoas possam se conduzir em suas tarefas e,
ainda, proporcionar as atitudes necessárias que promovam a motivação, a cooperação e a
satisfação nos cargos. A figura a seguir esquematiza os principais propósitos da comunicação
F como atividade gerencial:
U
N
D
A FIGURA 12 – PRINCIPAIS PROPÓSITOS DA COMUNICAÇÃO DA ATIVIDADE GERENCIAL
M
E
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T
O
S
D
A
A
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M
I
N FONTE: Chiavenato (2003, p. 121)
I
S
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R
A Os autores Roethlisberger e Dickson perceberam que na teoria das relações humanas
Ç
Ã
não é possível avaliar o comprometimento humano ao trabalho sem considerar a organização
O
informal da empresa, caracterizada por: relação de coesão, status, colaboração espontânea,
UNIDADE 1 TÓPICO 2 43
possibilidade de oposição à organização informal, padrões de relações e atitudes, mudanças
de níveis e alterações dos grupos informais, transcender a organização formal, padrões de
desempenho nos grupos informais.
A teoria comportamental surge a partir de uma oposição à teoria das relações humanas,
usando apenas alguns conceitos fundamentais como ponto de partida. Também critica a teoria
clássica e incorpora a sociologia da burocracia. Este comportamento organizacional é estudado
por diferentes ciências do comportamento e estão em constante evolução. A figura a seguir F
U
apresenta um resumo das ciências do comportamento: N
D
A
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S
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44 TÓPICO 2 UNIDADE 1
FIGURA 13 – AS CIÊNCIAS COMPORTAMENTAIS E SEUS FOCOS
S!
DICA
D
A
Abraham Maslow estudou as necessidades humanas primárias e secundárias, dispondo-
A
D as numa hierarquia de cinco grupos. Esta teoria se fundamenta nos seguintes aspectos: de
M
I que somente quando o nível inferior de necessidades está satisfeito é que o nível mais elevado
N
I surge no comportamento da pessoa; nem todos conseguem chegar ao topo; assim que as
S
T
necessidades mais baixas estão satisfeitas é que as necessidades dos níveis mais elevados
R
A
passam a dominar o comportamento; cada pessoa possui sempre mais de uma motivação;
Ç
Ã
o comportamento motivado funciona como um canal através do qual as necessidades são
O expressas ou satisfeitas; e a possibilidade de frustração ou frustração da satisfação de
UNIDADE 1 TÓPICO 2 45
determinadas necessidades passa a ser considerada ameaça psicológica.
F
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FONTE: Chiavenato (2003, p. 333) Ã
O
46 TÓPICO 2 UNIDADE 1
Contribuindo com a teoria do comportamento organizacional, Frederick Herzberg
formulou a teoria dos fatores higiênicos e motivacionais. Os fatores higiênicos estão associados
ao sentimento psicológico de como o trabalho é realizado. “Ambiente de trabalho produz
satisfação ou insatisfação com o próprio ambiente, mas não motivação para o trabalho”
(MAXIMIANO, 2005, p. 274). Afirma que a motivação pelo trabalho é diferente da satisfação
com o ambiente de trabalho. Consolidou o princípio de que motivação vem do trabalho e não
do ambiente. Herzberg complementa a teoria de Maslow, evidenciando que quanto mais se
sobe na hierarquia das necessidades, maior é a importância dos fatores motivacionais. Quanto
mais estamos na base, mais interessam os fatores higiênicos.
F
U FONTE: Adaptado de Maximiano (2005, p. 276)
N
D
A
M
E É necessário conhecer os mecanismos motivacionais para poder dirigir adequadamente
N
T
as organizações por meio das pessoas. No comportamento organizacional, observa-se que um
O
S
sistema social cooperativo é caracterizado pela interação entre duas ou mais pessoas, pelo
D
desejo e disposição de cooperação e, principalmente, na finalidade de alcançar um objetivo
A comum. Ao gerenciar as pessoas, é preciso que este sistema cooperativo permita alcançar os
A objetivos organizacionais e individuais (já regulados pelos grupos sociais); conforme a figura
D
M a seguir:
I
N
I
S
T
R
A
Ç
Ã
O
UNIDADE 1 TÓPICO 2 47
FIGURA 17 – EFICÁCIA E EFICIÊNCIA GERENCIAL SEGUNDO BARNARD
4 ABORDAGEM DO AMBIENTE
Agora vamos conhecer teorias com ênfase no ambiente: a teoria estruturalista e a teoria
da contingência.
na teoria de sistemas. A
D
M
I
A abordagem múltipla na análise interorganizacional tornou-se significativa após a N
I
crescente complexidade ambiental e a interdependência das organizações. Até então os estudos S
T
desconsideravam que o ambiente era composto por outras organizações – controlado por R
A
normas, valores e coletividades de uma sociedade maior –, revelando o grau de dependência Ç
Ã
entre elas. Destacam-se dois conceitos importantes para esta compreensão: O
48 TÓPICO 2 UNIDADE 1
• Interdependência das organizações com a sociedade: para sobreviver, toda organização
depende da sociedade e de outras organizações. Esta dependência é influenciada a partir de
mudanças frequentes internas e externas, limitando a capacidade de ação da empresa.
• Conjunto organizacional: esta interdependência organizacional mostra que a organização
está inserida num conjunto de organizações. Aqui as organizações começam a se desprender
de seus aspectos internos, focando ao ambiente externo, e a teoria estruturalista passa a
ter a sua ênfase no ambiente.
F
U A colisão frontal é decorrente da completa incompatibilidade de interesse. Agora, quando
N
D os interesses são diferentes, mas não necessariamente incompatíveis, surge a rivalidade ou
A
M concorrência.
E
N
T
O
S
4.2 TEORIA DA CONTINGÊNCIA
D
A
A
D
M
A palavra contingência significa algo incerto ou eventual, que pode suceder
I ou não, dependendo das circunstâncias. Refere-se a uma proposição cuja
N verdade ou falsidade somente pode ser conhecida pela experiência e pela
I
S
evidência, e não pela razão (CHIAVENATO, 2003, p. 498).
T
R
A Seguindo os pressupostos da Teoria Clássica, autores realizaram pesquisas em
Ç
à determinadas empresas, com o intuito de identificar os modelos de estruturas mais eficazes
O
em relação ao seu ambiente. Observaram que não há um único e melhor meio de organizar,
UNIDADE 1 TÓPICO 2 49
estabelecer: a divisão do trabalho, a amplitude de controle, a hierarquia de autoridade etc.
Surge então a Teoria da Contingência.
D
A
A
D
M
I
N
I
S
FONTE: Chiavenato (2003, p. 507) T
R
A
Ç
Para Lawrence e Lorsh, há problemas básicos relacionados à diferenciação e integração Ã
ao ambiente. Em relação à diferenciação, cada divisão da estrutura organizacional desempenha O
50 TÓPICO 2 UNIDADE 1
uma tarefa específica e especializada para um ambiente, também especializado. Cada divisão
age ou reage somente à parte do ambiente relevante à sua própria tarefa. Já no processo
de integração, as pressões ambientais fazem com que as divisões organizacionais busquem
esforços e coordenação entre várias divisões.
Assim, não há uma única maneira de organizar, mas as empresas precisam ser
sistematicamente ajustadas ao ambiente, considerando que (CHIAVENATO 2003, p. 509):
IMPO
RTAN
TE!
Uma fábrica de calçados enviou um vendedor ao Sul e outro ao
norte da China. Um dos vendedores retornou para a empresa
F dizendo que não conseguiria vender, pois todos andavam
U
N descalços; enquanto o outro percebeu um mercado potencial.
D
A
M
E
N
T Ao selecionar um ambiente a ser mapeado, as organizações investigam a partir de suas
O
S presunções. Cada informação recebida é comparada com suas presunções e, se confirmadas,
D há consonância. A organização mantém o seu comportamento, conforme suas presunções,
A
agora reforçadas.
A
D
M
I Ao ser revelado algum desvio entre as presunções organizacionais e as informações
N
I ambientais, há dissonância. Agora a organização precisa restabelecer o seu equilíbrio, seja
S
T ajustando suas crenças ou desconsiderando as informações.
R
A
Ç
à A complexidade de variáveis que compõem o ambiente exige o seu desmembramento
O
em:
UNIDADE 1 TÓPICO 2 51
1. Ambiente Geral: apresenta condições comuns para todas as organizações, tais como:
tecnológicas, legais, políticas, econômicas, demográficas, ecológicas e culturais.
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste segundo tópico desta Unidade 1 tivemos uma visão das teorias com ênfase
estruturalista, humana e do ambiente.
Além das vantagens da burocracia, Weber também aponta suas fragilidades, que podem
levar à imprevisibilidade de funcionamento e ineficiência. A eficiência da burocracia é encontrada
num equilibro entre a escassez (desordem) e o excesso (rigidez) da burocratização.
O trabalho é uma atividade grupal, na qual o ser humano age e reage como membro
F
U deste grupo, e sua motivação vem do “estar junto”. A sociedade estável passa para a sociedade
N
D adaptável.
A
M
E
N No grupo social necessitamos de liderança (autocrática, democrática ou liberal) e
T
O comunicação. A comunicação, em seus diferentes padrões (roda, cadeia e círculo) deve ser
S
capaz de desenvolver a habilidade e vontade para o trabalho em equipe.
D
A
F
U
N
D
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O
54 TÓPICO 2 UNIDADE 1
IDADE
ATIV
AUTO
6 A evolução da teoria clássica para a teoria das relações humanas trouxe novos
elementos para a administração. Assinale as alternativas que apresentam elementos
da teoria das relações humanas:
a. ( ) Considera a organização como grupos de pessoas, enfatizando-as.
b. ( ) É inspirada em sistemas de psicologia.
c. ( ) Dá grande ênfase nas tarefas e nas tecnologias.
d. ( ) A autoridade é centralizada.
e. ( ) Traz confiança nas pessoas.
f. ( ) Separa, claramente, linha e staff.
g. ( ) Predominam os sistemas de engenharia.
h. ( ) Acentua a divisão do trabalho.
i. ( ) A autoridade é delegada às pessoas.
j. ( ) Há plena confiança nas regras e nos regulamentos a serem cumpridos pelas
pessoas.
F
U 7 Diferencie o líder autocrático do democrático.
N
D
A 8 Na atividade gerencial, a melhor comunicação conduz a um melhor _________________
M nos cargos. Isto representa o trabalho em ____________________. Para um bom
E trabalho em _________________, é necessária a _________________ de trabalhar
N
T e a vontade de _________________.
O
S 9 A teoria do comportamento humano surge como oposição à teoria das relações
D humanas, estudada por diferentes ciências do comportamento. Quais são essas
A ciências do comportamento?
A
D 10 Abraham Maslow desenvolveu a pirâmide das necessidades humanas, dividindo-a
M em necessidades primárias e secundárias. Assinale a alternativa que representa a
I sequência correta destas cinco necessidades, do menor ao maior nível:
N
I a. ( ) Fisiológicas – Sociais – Autorrealização – Segurança – Estima.
S b. ( ) Autorrealização – Estima – Sociais – Segurança – Fisiológicas.
T c. ( ) Fisiológicas – Sociais – Segurança – Estima – Autorrealização.
R
A d. ( ) Fisiológicas – Segurança – Sociais – Estima – Autorrealização.
Ç e. ( ) Autorrealização – Fisiológicas – Sociais –– Segurança – Estima.
Ã
O
UNIDADE 1 TÓPICO 2 55
11 Cite o que pode satisfazer a pessoa em cada uma das cinco necessidades da
pirâmide de Maslow.
F
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56 TÓPICO 2 UNIDADE 1
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UNIDADE 1
TÓPICO 3
ABORDAGEM TECNOLÓGICA,
SISTÊMICA E DA COMPETITIVIDADE
1 INTRODUÇÃO
Além das abordagens anteriores com ênfase nas tarefas, estrutura, pessoas e no
ambiente, trataremos, neste último tópico desta primeira unidade, a abordagem tecnológica e
situações de competitividade.
Grande parte da tecnologia que você tem acesso hoje, certamente não havia sido
inventada há poucos anos, quem dirá há décadas. Agora, tente fazer um exercício para imaginar
as tecnologias que poderá ter daqui a apenas cinco anos.
F
U
2 ABORDAGEM TECNOLÓGICA E SISTÊMICA N
D
A
M
E
A partir da Revolução Industrial, as organizações foram fortemente influenciadas pela N
T
tecnologia – desde a força motriz do vapor na produção, telefone, meios de comunicação etc., O
até o advento do computador. S
D
A
O computador é uma das tecnologias que permitiu às organizações lidarem com um
A
grande número de dados, realizando o seu processamento e gerando resultados com: custo D
M
mais baixo, rapidez e confiabilidade. I
N
I
S
Segundo Chiavenato (2003, p. 416), “a cibernética é a ciência da comunicação e do T
R
controle. Os estudos estão voltados aos sistemas, onde: sistema é um conjunto de elementos A
Ç
dinamicamente relacionados entre si, formando uma atividade para atingir um objetivo”. Ã
O
58 TÓPICO 3 UNIDADE 1
• Dado: são os fatos mais primários que ocorrem. Estes dados armazenados formam um
banco de dados, para serem utilizados posteriormente.
Então, com toda cibernética e informação, a informática surge como uma disciplina
para lidar com o tratamento racional e sistemático da informação por meios automáticos.
Não podemos aqui confundir a informática com os computadores, apesar de ambos estarem
englobados pela cibernética.
A evolução das teorias e tecnologias altera a concepção do ser humano, ilustrada sua
evolução no quadro a seguir:
D
A
A
D
M
I
N
I
S
T
R
A
Ç
Ã
O
60 TÓPICO 3 UNIDADE 1
3. Deduzir uma solução do modelo: solução ótima de um modelo por processo analítico ou
numérico.
As principais técnicas de pesquisa operacional são: a teoria dos jogos, a teoria das
filas, a teoria dos grafos, a programação linear, a programação dinâmica e a análise estatística
e cálculo de probabilidade.
A teoria dos sistemas integrou a Teoria Geral da Administração a partir de 1960, sendo
um ramo da teoria geral dos sistemas, criada por Ludwig von Bertalanffy, biólogo alemão. A
partir desta teoria, a palavra e o conceito de sistemas dominaram as ciências, principalmente
a Administração.
Cada sistema tem o seu objetivo, propósito a ser alcançado. Para que os elementos
de um sistema estejam organizados, é necessária a integração entre estes elementos. Assim,
qualquer ação, em qualquer parte do sistema, trará reflexos a outras partes.
Ainda podem ser classificados quanto à sua natureza: sistemas abertos e sistemas
F
fechados. Os sistemas abertos interagem com o ambiente a partir de inúmeras entradas e U
N
saídas, tornando-se adaptativos. “A adaptabilidade é um processo em contínuo processo de D
A
aprendizagem e auto-organização” (CHIAVENATO, 2003, p. 477). M
E
N
T
Os sistemas fechados não apresentam trocas com o ambiente, não sofrem interferência O
do ambiente e nem o interferem. Podemos aqui destacar os sistemas mecânicos: máquinas S
e equipamentos. D
A
A
Alguns parâmetros compreendem o sistema: D
M
I
N
• Entrada: dados que abastecem o sistema. I
S
T
R
• Processamento: transformação dos elementos de entrada (dados) em algo. A
Ç
Ã
O
64 TÓPICO 3 UNIDADE 1
• Ambiente: compreende todo o sistema nas suas relações (entradas e saídas), estabelecendo
novos padrões ao processamento ou retroação.
FONTE: O autor
D
A Nas mitologias e cosmogonias antigas, caos era o vazio escuro e ilimitado que precede
A a criação do mundo. O homem faz uso das ciências da lógica e da racionalidade para tornar
D
M o desconhecido, conhecido; e assim reduz as incertezas. Esta é a luta constante contra o
I
N caos.
I
S
T
R A teoria do caos surgiu a partir de 1960 por Edward Lorenz. Criou no computador um
A
Ç modelo para simular a evolução das condições climáticas a partir de variáveis como vento
Ã
O e temperatura. Seu pressuposto era de que pequenas alterações nas condições iniciais
UNIDADE 1 TÓPICO 3 65
A contribuição desta teoria para a administração mostra que nada é estável ou passivo,
tudo na natureza muda, evolui a todo instante.
ÇÃO!
ATEN
D
A
A
A!
NOT D
M
I
N
I
Quem já não tentou atrapalhar o trabalho das formigas, S
destruindo o seu caminho ou dificultando a sua passagem? Estas T
R
formigas são levadas a situações extremas e mesmo assim lutam A
até alcançarem o seu objetivo. Ç
Ã
O
66 TÓPICO 3 UNIDADE 1
LEITURA COMPLEMENTAR
Um estudo realizado pelo Grupo Ibope e pela Fundação Nacional da Qualidade (FNQ)
entre fevereiro e março de 2010, com 25 empresas de destaque em diferentes setores, constatou
que todas as companhias já têm pelo menos um estatuto formal, seja de ética, conduta ou
compliance. “Percebemos que essas organizações se dividem entre aquelas que simplesmente
obedecem às leis e aquelas que se desenvolvem nas vertentes sociais, de meio ambiente,
relacionamento com o governo, os clientes e os fornecedores, transcendendo os padrões
comuns”, conta o diretor executivo da FNQ, Ricardo Corrêa.
Outro levantamento, encabeçado pelo Fórum Mundial de CEOs, revelou, após a análise
F de diversos projetos mundiais sobre o tema, o prejuízo que as empresas terão se utilizarem
U
N meios ilegítimos na condução dos negócios. Os líderes descobriram que um comportamento
D
A ético traz uma vida longa às corporações e que adotar um documento formal facilita a assimilação
M
E dos valores preteridos. “As práticas antiéticas representam uma ineficiência para todo sistema
N
T – ser ético é mais barato e mais lucrativo”, destaca Ruy Shiozawa, do GPTW.
O
S
D
No entanto, as empresas brasileiras ainda engatinham na implementação de um
A
código de ética, e há controvérsias em torno do método mais eficaz. De acordo com o diretor
A executivo da FNQ, a primeira etapa é a inclusão de uma área de compliance para tratar do
D
M trâmite legal, atuando junto ao RH. Depois disso, continua, deve-se incluir a participação de
I
N todos os colaboradores a partir da contratação. “Para o código se sustentar e evoluir deve
I
S haver o envolvimento de todas as pessoas. Quanto maior a empresa, mais há necessidade
T
R de criar processos internos específicos até que ele se torne uma entidade própria que permeie
A
Ç a corporação”, lembra Corrêa. Mas não para por aí. A consolidação do código exige um
Ã
O compromisso entre a organização e seus funcionários por meio da sensibilização, mobilização
UNIDADE 1 TÓPICO 3 67
e do debate entre as partes, de forma que as pessoas se identifiquem com a proposta. Para
Wilson Amorim, da FIA, documentar as normas de uma empresa significa definir sua estratégia
e engajar os colaboradores a aderi-la. “É uma prática que não tem fim, porque o monitoramento
da aderência dos indivíduos é constante”, considera.
Outra pesquisa, agora do GPTW, também evidenciou que o indicador ética, avaliado
nos questionários aplicados aos colaboradores e gestores das companhias que compõem as
listas das melhores empresas para trabalhar, está acima da média nos ambientes de trabalho
considerados mais satisfatórios. “Para atrair os jovens talentos do mercado, a chamada
geração Y, que cobra um comprometimento com a sustentabilidade e a responsabilidade social
e com a motivação dos funcionários, as organizações devem ser transparentes nas políticas
implementadas”, ressalta Shiozawa. Segundo esse estudo, os melhores resultados obtidos
na adoção de um instrumento que legitime as normas e os princípios das companhias estão
atrelados em uma ação intensiva de treinamento e capacitação aos gestores. “O código de
ética junto à liderança serve para dar maior segurança nas relações entre a corporação e
seus públicos distintos, além de auxiliar na avaliação de comportamento dos colaboradores
em uma sociedade cada vez mais turbulenta e ambígua”, defende Joel Souza Dutra, professor
da Faculdade de Economia e Administração da USP (FEA-USP) e pesquisador em gestão de
pessoas.
FONTE: Revista Oficial da ABRH-Nacional – Melhor Gestão de Pessoas – Ano 18 – nº 278 – Janeiro
de 2011, p. 52 e 53.
F
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68 TÓPICO 3 UNIDADE 1
RESUMO DO TÓPICO 3
IDADE
ATIV
AUTO
4 Algumas soluções de informática para a Era Digital são desenvolvidas para gerenciar
diferentes atividades da organização. Utilize as siglas SCM, ERP, CRM e BIS, para
preencher as lacunas a seguir:
a. ( ) Gerenciamento das relações com consumidores.
b. ( ) Gerenciamento da cadeia de suprimentos.
c. ( ) Gerenciamento das informações do negócio.
d. ( ) Gerenciamento dos recursos empresariais.
D
10 O que representa a complexidade? O que representa a teoria da complexidade A
nas teorias administrativas?
A
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70 TÓPICO 3 UNIDADE 1
IAÇÃO
AVAL
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UNIDADE 2
ADMINISTRAÇÃO CONTEMPORÂNEA
Objetivos de aprendizagem
PLANO DE ESTUDOS
TÓPICO 1 – NECESSIDADES
CONTEMPORÂNEAS
F
TÓPICO 2 – MODELOS DE ADMINISTRAÇÃO U
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D
TÓPICO 3 – ADMINISTRAÇÃO: CIÊNCIA E ARTE A
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UNIDADE 2
TÓPICO 1
NECESSIDADES
CONTEMPORÂNEAS
1 INTRODUÇÃO
clientes, pessoas, montantes financeiros, recursos, entre outros. A evolução destas pequenas D
A
organizações se dá com o decorrer do tempo, e algumas destacam-se, transformando-se em
A
grandes corporações. D
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74 TÓPICO 1 UNIDADE 2
UNI
Caro(a) acadêmico(a), à medida que você vai evoluindo
pessoalmente, espiritualmente e profissionalmente, também
aumentará a necessidade de lidar com mais situações.
Parabéns!!!
A velocidade com que as organizações estão se transformando é cada vez mais rápida,
tanto no sentido de nascerem e logo falirem, como também algumas se destacando num
ambiente global. A partir do advento da internet, podemos encontrar grandes corporações que
atuam mundo afora, com poucas pessoas e com excelentes tecnologias.
• o aumento da produção;
F
U
N • a melhoria das funções administrativas, e;
D
A
M
E • o reconhecimento do trabalhador como pessoa.
N
T
O
S Seria possível prever os preceitos adequados para as práticas administrativas do futuro?
D No entanto, este futuro seria daqui a um ano? Seriam 5(cinco) ou 10(dez) anos?
A
A
D Certamente encontraremos dificuldades de mensurar este futuro, mas certos de que não
M
I
podemos deixar de controlar a produção, melhorar as práticas administrativas e reconhecer
N
I
as pessoas. Tudo isto, lembrando que ao final de cada período as empresas precisam obter o
S lucro para manter as suas operações.
T
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O
UNIDADE 2 TÓPICO 1 75
S!
DICA
O modelo foi desenvolvido pelo fundador da empresa Toyoda Sakichi, o filho Toyoda
Kiichiro e pelo engenheiro Taiichi Ohno; segundo ele (1988), os valores sociais mudaram.
Agora, não podemos vender nossos produtos a não ser que nos coloquemos dentro
dos corações de nossos consumidores, cada um dos quais tem conceitos e gostos
F
diferentes. Hoje, o mundo industrial foi forçado a dominar de verdade o sistema de U
N
produção múltiplo, em pequenas quantidades. D
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Depois se procura criar um fluxo contínuo para a redução dos desperdícios entre os
processos adjacentes, balanceamento da linha e redução do tempo de espera (Lead Time).
Ao final, a implantação da produção enxuta também consolida a lógica de produzir apenas
aquilo que realmente é necessário.
D
A O sucesso do sistema Just-in-Time depende também de um de seus subsistemas – o
A Kanban, que literalmente significa o registro ou placa visível. Na administração da produção, o
D
M
Kanban significa uma forma física de sinalização (caixas vazias, luzes ou ainda locais vazios
I
N
demarcados), para controlar os fluxos de produção (kanbans de produção) ou de transporte
I
S
(kanbans de movimentação) na indústria.
T
R
A Imagine que há uma área demarcada na empresa para armazenar a matéria-prima e
Ç
à outra para armazenar o produto manufaturado. De uma forma bastante simplista, ao observar
O
UNIDADE 2 TÓPICO 1 77
que a área de matéria-prima está vazia, você entende que matéria-prima já foi industrializada
ou que a mesma está em falta. Já ao observar a área demarcada de produto manufaturado,
ao encontrá-la vazia pode-se entender que nada foi produzido ou já transportado ao cliente.
Caro(a) acadêmico(a), observe que é uma simples técnica para permitir que a produção
se realize.
Uma analogia ao kanban pode estar com os sinais de trânsito, obviamente que mais
relacionados à movimentação do que à produção.
FONTE: O autor
A
D
A produção enxuta caracteriza-se ainda pelo envolvimento dos colaboradores, pois são M
I
os que melhor conhecem o processo de produção; na lógica de melhoria contínua, é um ciclo N
I
que não acaba, atuando ao nível dos processos, das atitudes e comportamentos. S
T
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A
Ç
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O
78 TÓPICO 1 UNIDADE 2
4 QUALIDADE TOTAL
A qualidade total citada no item anterior é uma técnica formada por um conjunto de
programas, ferramentas e métodos que são aplicados no controle do processo de produção
das organizações. Mesmo que seus primeiros movimentos ocorreram após a Segunda Guerra
Mundial, no Japão, a qualidade total só passou a ser difundida em países orientais a partir de
1970. A qualidade total objetiva atender às exigências e a satisfação dos clientes, sendo que as
empresas desejam obter bens e serviços de menor custo para atender à melhor qualidade.
UNI
O
S
D
A
Caro(a) acadêmico(a), tente aplicar o programa 5s nas suas
A atividades diárias.
D
M
I
N
I
S Também há o programa de gerência de rotina diária, que controla o processo de
T
R produção, a fim de orientar e delimitar a ação de todos em função da missão da empresa; bem
A
Ç como o programa de gerência pelas diretrizes, que consiste no programa de planejamento
Ã
O estratégico em longo prazo fundamentado na visão da empresa em relação aos objetivos
UNIDADE 2 TÓPICO 1 79
UNI
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FONTE: O autor O
80 TÓPICO 1 UNIDADE 2
IMPO
RTAN
TE!
Caro(a) acadêmico(a), o conhecimento e a habilidade de desenhar
fluxogramas nos permitem resolver problemas com eficiência e
eficácia.
É necessário ainda um formulário para a execução e controle das tarefas. Este precisa
incluir as responsabilidades e circunstâncias em que o trabalho deve ser executado. Este
formulário é denominado de 5w2h, exatamente pela letra inicial de cada uma das palavras
inglesas: what (o que) – who (quem) – when (quando) – where (onde) – why (por que) – how
(como) – how much (quanto custa).
QUADRO 17 – 5W2H
O que? Quem? Quando? Onde? Por quê? Como? Quanto Custa?
FONTE: O autor
UNI
Muitas vezes nos vemos perdidos diante do controle de diversas
F tarefas. O modelo 5w2h auxilia bastante nesta organização.
U
N
D
A
M O diagrama de causa e efeito foi desenvolvido por Kaoru Ishikawa em 1943 e
E
N aprimorado nos anos seguintes. Este diagrama também é conhecido por diagrama de
T
O Ishikawa, por diagrama espinha de peixe (pela sua forma gráfica) ou, ainda, por diagrama
S
6M. Este sistema de Ishikawa, independente de sua denominação, permite estruturar de
D
A forma hierárquica a maioria das causas potenciais de um problema, no que diz respeito ao
A método, matéria-prima, mão de obra, máquinas, medição e meio ambiente.
D
M
I FONTE: Adaptado de: <www.fortium.com.br/blog/material/Organizacao.E.METODOS.doc>. Acesso
N
I em: 19 jul. 2011.
S
T
R
A Este diagrama é utilizado no controle de qualidade, e sua utilização ampliou-se para
Ç
à outras áreas, inclusive para a validação de software´s (programas de computador).
O
UNIDADE 2 TÓPICO 1 81
FONTE: O autor
D
A
Ç ÃO! A
ATEN D
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I
N
O diagrama “causa-e-efeito” ou “espinha de peixe” é muito I
S
aplicado nas organizações. Verifique se a sua contém esta T
ferramenta. R
A
Ç
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O
82 TÓPICO 1 UNIDADE 2
O diagrama de Pareto recebe este nome, pois foi desenvolvido por Vilfredo Pareto no
século XIX. Naquela época, Pareto descobriu que a minoria da população detém a maioria da
riqueza de um país. Transpondo este conhecimento para a organização, pode-se dizer que
a minoria dos itens estocados responde pela maioria do valor do estoque, que a minoria dos
clientes responde pela maioria do faturamento e, ainda, que a minoria dos problemas responde
pela maioria dos resultados indesejáveis.
F
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FONTE: O autor
D
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IMPO
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TE!
As representações gráficas auxiliam muito na gestão das
atividades.
● Brainstorming: este método surgiu na área da publicidade a fim de gerar ideias e potencializar
a criatividade na solução de problemas. É uma das dinâmicas de grupo bastante populares em
muitas áreas, incluindo a dos negócios e também conhecida como tempestade de ideias.
A
D
Além dos aspectos relacionados à produção enxuta e à qualidade total, originários do M
I
Japão, os americanos Michael Hammer e James Champy criaram a reengenharia também N
I
como um sistema para as organizações se manterem competitivas no mercado e alcançarem S
T
as suas metas. A reengenharia prevê que o modo de fazer negócios, as atividades e processos R
A
da organização sejam reformulados. Ç
Ã
O
FONTE: Adaptado de: <http://reengenhariaequalidadetotal.blogspot.com/.>. Acesso em: 19 jul. 2011.
84 TÓPICO 1 UNIDADE 2
FONTE: O autor
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86 TÓPICO 1 UNIDADE 2
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico destacamos alguns elementos que precisam ser considerados na evolução
das organizações. Proporcionalmente ao seu crescimento, a organização precisa lidar cada vez
com um número maior de dados na sua gestão. Mesmo que pequenas, é preciso gerenciar a
produção, as práticas administrativas e as pessoas. O avanço tecnológico é o maior responsável
pelas mudanças nas organizações.
Tudo o que é produzido, precisa ser comercializado, para que o recurso financeiro
aplicado não fique parado no estoque, com baixa ou nenhuma rentabilidade. Por mais que o
departamento comercial se encarregue de realizar as vendas, a produção precisa lidar com
a variedade de produtos esperados pelos clientes. Neste sentido, é necessário gerenciar a
produção.
O sistema Just-in-Time conta ainda com o Kanban, uma forma de sinalização para
controlar os fluxos de produção ou de transporte. Como estes conceitos tiveram sua origem no
F Japão, consideram ainda a sua forte filosofia de vida oriental e cultural, de que é sempre possível
U
N realizar melhor: Hoje melhor que ontem, amanhã melhor que hoje. Este aprimoramento
D
A contínuo revela-se no conceito Kaizen.
M
E
N
T A qualidade é uma das premissas básicas no mercado atual, pois objetiva atender às
O
S exigências e à satisfação dos clientes, onde as empresas desejam obter menor custo para
D a melhor qualidade. Diferentes programas de qualidade total podem ser empregados, e o
A
Programa 5s é um dos mais conhecidos: Seiri (Descarte), Seiton (Arrumação), Seiso (Limpeza),
A
D Seiketsu (Saúde) e Shitsuke (Disciplina).
M
I
N
I Os programas de qualidade total utilizam-se de ferramentas da qualidade total:
S
T
macrofluxo, fluxograma, 5w2h, diagrama de causa e efeito, folha de verificação e diagrama
R
A
de Pareto.
Ç
Ã
O O macrofluxo é um diagrama de blocos que permite visualizar o processo, sua
UNIDADE 2 TÓPICO 1 87
A ferramenta 5w2h é um formulário para a execução e controle das tarefas, que inclui
as responsabilidades e circunstâncias em que o trabalho deve ser executado. Os elementos
básicos deste formulário são: what (o que) – who (quem) – when (quando) – where (onde) –
why (por que) – how (como) – how much (quanto custa).
D
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88 TÓPICO 1 UNIDADE 2
IDADE
ATIV
AUTO
2 O que fez com que a produção das organizações partisse para uma produção ou
manufatura enxuta?
F
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UNIDADE 2
TÓPICO 2
MODELOS DE ADMINISTRAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
F
U
2 ADMINISTRAÇÃO POR OBJETIVOS N
D
A
M
E
A administração por objetivos surge a partir da necessidade das organizações em focar N
T
nos seus resultados, por isso também pode ser denominada de administração por resultados. O
S
Esta teoria apareceu a partir de 1954, quando foi publicado o livro Administração por Objetivos,
D
de Peter Ferdinand Drucker (CHIAVENATO, 2003). A
A
D
Na administração por objetivos, os superiores e seus subordinados identificam e M
I
estabelecem objetivos comuns a serem alcançados, e atribuem as responsabilidades conforme N
I
os resultados esperados, que conduzem as atividades e servirão de indicadores de avaliação. S
T
Constata-se como uma abordagem amigável, democrática e participativa de gestão. R
A
Ç
Ã
O
92 TÓPICO 2 UNIDADE 2
UNI
Alguns critérios precisam ser observados para fixar objetivos de acordo com a
prioridade e a contribuição para o alcance dos resultados-chave da organização. Comumente,
as organizações objetivam a sua posição no mercado, inovação e criatividade nos produtos,
produtividade, eficiência, qualidade, rentabilidade dos recursos físicos e financeiros,
responsabilidade pública e social, satisfação dos clientes, competitividade no cenário etc. Estes
objetivos precisam ser claramente estabelecidos, seguindo a hierarquia da organização:
D
A
• Objetivos operacionais: estão relacionados a cada atividade ou tarefa de forma detalhada,
A
expressando os resultados de curto prazo. D
M
I
Como noutras teorias, o quadro a seguir relaciona alguns benefícios e problemas da N
I
administração por objetivos: S
T
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Ç
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O
94 TÓPICO 2 UNIDADE 2
IMPO
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TE!
Os objetivos precisam ser claros. Revelar os reais interesses.
F Antes Depois
U
N • Administração do cotidiano. • Focalização do futuro.
D
A • Visualização para dentro. • Visualização para fora.
M
E • Orientação para os produtos. • Orientação para as pessoas.
N
T • Orientação para a organização. • Orientação para clientes.
O
S • Orientação para as atividades. • Orientação para resultados.
D • Administração da rotina. • Criação de inovações.
A
• Ênfase no “como”. • Ênfase no “para quê”.
A
D • Ênfase no dinheiro, máquinas e materiais. • Ênfase em pessoas, mentalidade e tempo.
M
I
N
• Controle centralizado, funcional, tecnocrático. • Iniciativa descentralizada dos subordinados.
I
S • Estilo autocrático. • Estilo participativo.
T
R • Diretrizes e supervisão. • Delegação e responsabilidade.
A
Ç • Individualismo. • Trabalho em equipe.
Ã
O FONTE: Chiavenato (2004, p. 201)
UNIDADE 2 TÓPICO 2 95
NOT
A!
Em boas mãos, a administração por objetivos pode levar a uma
eficácia sem precedentes.
3 ADMINISTRAÇÃO DE PROJETOS
Na sua origem do latim, a palavra projeto (projectu) significa lançado, lançado para a
frente. Aquilo que está lançado para a frente é um plano para a realização de um ato, então o
projeto é um plano para a realização.
A realização tem os objetivos como elementos precursores e de base. Assim como nós
desenvolvemos projetos para alcançar nossos objetivos, as organizações também os têm,
mantêm e desenvolvem. É necessário ter conhecimentos, habilidades e técnicas na elaboração
de projetos.
Os projetos são meios para responder à necessidade que não pode ser atendida dentro
dos limites operacionais normais das organizações e que também precisam ser administrados, F
pois são implementados em todos os níveis organizacionais, afetando poucas ou muitas U
N
pessoas, numa única unidade da organização ou em toda ela, durante um curto ou longo D
A
espaço de tempo. M
E
N
T
Neste assunto, o engenheiro mecânico norte-americano Henry Gantt (1861-1919) O
S
é considerado o “pai” da administração de projetos, pela sua habilidade de planejamento e
D
controle e utilização de gráficos de barras para a gerência de projetos. A
A
D
A seguir temos a ilustração de um gráfico de Gantt, e nele podemos ter uma visão clara M
I
das tarefas do projeto, o início e duração de cada uma delas. N
I
S
T
R
A
Ç
Ã
O
96 TÓPICO 2 UNIDADE 2
FONTE: O autor
F
U O PMI é considerado uma comunidade global que, além de editar o PMBOK, também
N
D capacita e certifica os profissionais na administração de projetos:
A
M
E
N ● CAPM (Certified Associate in Project Management – Certificado de Associado em Gerência
T
O de Projeto).
S
D
A ● PMP (Project Management Professional – Profissional da Gerência de Projeto).
A
D
M ● PgMP (Program Management Professional – Profissional da Gerência do Programa).
I
N
I
S
● Dentre outros.
T
R
A Numa abordagem tradicional, o desenvolvimento de um projeto compreende as seguintes
Ç
à etapas:
O
UNIDADE 2 TÓPICO 2 97
1. Início
2. Planejamento
3. Execução
4. Monitoramento e Controle
5. Término.
O projeto nem sempre seguirá estas cinco etapas nesta ordem, pois pode chegar
ao término antes do esperado; assim como pode passar pelo Planejamento, Execução,
Monitoramento e Controle repetidas vezes até que chegue ao término.
NOT
A!
O Tempo, Custo e Escopo são três variáveis que necessitam de
controle na Administração de Projetos.
● Tempo: requerido para terminar o projeto e cada tarefa do projeto. Para facilitar a definição
das condições críticas e não críticas é importante dividir o trabalho em partes menores.
● Custo: é necessário considerar todos os custos diretos e indiretos nos projetos, para que
seja mantida ou superada a expectativa de resultado.
4 ADMINISTRAÇÃO EMPREENDEDORA
A palavra empreendedorismo surge na França a partir do século XII e desde então vem
sendo estudado e discutido, inicialmente como alguém que vem atacar, provocar brigas, ou
ainda, aquele que carrega e que faz alguma coisa ou constrói algo.
NOT
A!
O estudo sobre o empreendedor e o empreendedorismo
é bastante amplo, tanto numa visão econômica quanto
comportamentalista.
F
U
N
D
A Os economistas têm destacado que o empreendedorismo tem sua essência na
M
E capacidade de perceber e de aproveitar novas oportunidades nos negócios, consistindo em
N
T criar uma nova forma de uso dos recursos. A corrente dos economistas foi criticada por não
O
S terem sido capazes de criar uma ciência do comportamento dos empreendedores, da qual se
D recusam a aceitar modelos não quantificáveis.
A
A
D A partir das caracterizações e definições realizadas pelos economistas, surge neste meio
M
I um grupo de especialistas do comportamento humano: psicólogos, psicanalistas, sociólogos,
N
I entre outros, caracterizando a corrente comportamentalista. Estes passam a trazer as suas
S
T contribuições com o objetivo de ampliar o conhecimento sobre motivação e o comportamento
R
A humano ao empreendedor.
Ç
Ã
O
Max Weber, em 1917, estudou e descreveu a autoridade formal como liderança e
UNIDADE 2 TÓPICO 2 99
via nos empreendedores a capacidade de inovação. Em 1930, Weber foi um dos primeiros
autores a demonstrar o interesse no comportamento empreendedor, tendo como elemento
fundamental o sistema de valor. Observava nos empreendedores a sua capacidade de inovação
e independência, na qual a liderança nos negócios inferia a fonte de autoridade formal –
conceituou primordialmente a ideia de autoridade carismática, para então, o empreendedor
atuar na economia.
Além de Max Weber, outros autores também foram pioneiros nesta corrente
comportamentalista: Gerschenkron (1965) e Granovetter (1995), McClelland (1961), Hornaday e
Aboud (1971), Timmons (1978) e Sexton (1980). O psicólogo David Clarence McClelland (1951)
foi o autor que realmente deu início à contribuição das ciências do comportamento humano.
Passou a destacar o papel de homens de negócios na sociedade e as suas contribuições
no desenvolvimento econômico. Sua atenção é concentrada sobre o desejo de realização,
controlada pela razão. O importante é identificar as características comportamentais de
indivíduos (MCCLELLAND, 1951).
D
precisa estar articulado com palavras e números.
A
5 ADMINISTRAÇÃO DO CONHECIMENTO
UNI
tácito está relacionado à vivência da pessoa ao longo da sua vida, compreendendo a subjetividade, D
A
as ideias, a percepção, habilidades etc.; de difícil transferência a outra pessoa.
A
D
M
Segundo Oliveira e Silva (2004, p. 125), a aprendizagem organizacional compreende: I
N
I
● Aprimorar: melhorar o conhecimento organizacional. S
● Inovar: criar o novo conhecimento organizacional. T
R
● Ensinar: disseminar ou transferir o conhecimento na organização. A
Ç
Ã
O
102 TÓPICO 2 UNIDADE 2
A
D
Enquanto constituído pelas pessoas, o capital intelectual está baseado no valor
M
I
proporcionado pelo desenvolvimento das competências das pessoas e como elas são aplicadas
N às necessidades dos clientes. Refere-se às competências e habilidades dos funcionários para
I
S agirem eficazmente numa ampla variedade de situações (CHIAVENATO, 2004).
T
R
A
Ç É preciso considerar todo o fluxo de informações da organização: os fluxos internos, os
Ã
O fluxos externos, os fluxos internos para externos e externos para internos. O uso das tecnologias,
UNIDADE 2 TÓPICO 2 103
6 APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL
NOT
A!
Os princípios norteadores do Grupo UNIASSELVI vêm contribuindo
com a aprendizagem organizacional.
resultados. D
A
A
• Modelos mentais disciplinam a reflexão e os questionamentos de atitudes e percepções D
M
que influenciam o pensamento e a interação entre as pessoas, aumentando a capacidade I
N
de governar suas ações e decisões. I
S
T
R
• Visão compartilhada dos propósitos mútuos nutre o senso de compromisso, desenvolvendo A
Ç
imagens do futuro que pretende criar e os princípios e práticas orientadoras pelas quais elas Ã
O
esperam alcançar.
104 TÓPICO 2 UNIDADE 2
S!
DICA
Relações com clientes Unidirecionais por meio do Interativas por meio de redes
mercado pessoais
Conhecimento Uma ferramenta ou recurso O foco no negócio
Propósito de aprendizado Aplicação de novas ferramentas Criação de novos ativos
Valor de Mercado (das Decorrente dos ativos tangíveis Decorrente dos ativos
ações) intangíveis
FONTE: Chiavenato (2004, p. 469)
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106 TÓPICO 2 UNIDADE 2
RESUMO DO TÓPICO 2
F
U A administração de projetos tem Henry Gantt como precursor das ferramentas de
N
D planejamento, controle e utilização de gráficos para gerenciar o processo. Alguns modelos
A
M matemáticos, como PERT e COM, auxiliam a administração de projetos. O PMI é um instituto
E
N de uma comunidade global, que desde 1961 vem estudando o assunto e editando o guia de
T
O projetos PMBOK, além de capacitar e certificar profissionais em projetos.
S
D
A O tempo, o custo e o escopo são as três principais variáveis a serem controladas na
A administração de projetos.
D
M
I
N Além do PMBOK, citamos padrões internacionais de gerência de projetos: ISO 10.006
I
S (Quality management - Guidelines to quality in project management), PRINCE2 (Projects IN a
T
R Controlled Environment), RBC (Referencial Brasileiro de Competências) da ABGP (Associação
A
Ç Brasileira de Gerenciamento de Projetos).
Ã
O
UNIDADE 2 TÓPICO 2 107
O psicólogo David Clarence McClelland (1951) foi o autor que realmente deu início
à contribuição das ciências do comportamento humano, destacando o papel de homens de
negócios na sociedade e as suas contribuições no desenvolvimento econômico. Sua atenção
é concentrada sobre o desejo de realização, controlada pela razão, e que identifica as
características comportamentais de indivíduos. Além da necessidade de realização, o indivíduo
também tem a sua necessidade de planejamento e poder.
A
O conhecimento explícito e o conhecimento tácito precisam ser administrados para D
M
que haja aprendizagem organizacional: melhorar o conhecimento, criar o novo conhecimento I
e ainda disseminar e transferir o conhecimento na organização. N
I
S
T
Na gestão do conhecimento é preciso considerar todo o fluxo de informações da R
A
organização. O Gerenciamento Eletrônico de Documentos (GED) é uma das tecnologias Ç
Ã
que permite o armazenamento e recuperação da informação. As ferramentas eletrônicas O
108 TÓPICO 2 UNIDADE 2
relacionadas às redes sociais de comunicação, tais como fóruns, wikis e blogs, também são
considerados ferramentas tecnológicas de gestão da informação.
F
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UNIDADE 2 TÓPICO 2 109
IDADE
ATIV
AUTO
D
9 Assinale as alternativas que representam premissas de uma administração empreendedora: A
a. ( ) O processo de formação da estratégia, visão de futuro da organização, está na
A
mente do líder. D
b. ( ) A estratégia tende a assumir uma forma protegida contra as forças da concorrência M
direta. I
N
c. ( ) A estratégia brota dos liderados ao líder. I
d. ( ) Quando a estratégia brota dos liderados ao líder, assume uma forma protegida S
contra a concorrência. T
R
A
Ç
Ã
O
110 TÓPICO 2 UNIDADE 2
13 Qual o conjunto de práticas proposto por Peter Senge para constituir a capacidade
de aprendizagem nas organizações?
F
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O
UNIDADE 2
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Mais adiante vamos tratar da cultura organizacional, que precisa lidar com a cultura
das pessoas que compreendem a organização. Alguns aspectos da cultura organizacional são
claros, já outros estão invisíveis.
F
U
N
2 GLOBALIZAÇÃO: COMPETITIVIDADE E D
TERCEIRIZAÇÃO A
M
E
N
T
O fenômeno da globalização consiste numa maior integração das pessoas entre os O
S
países. O desenvolvimento das tecnologias de comunicação e dos meios de transporte é
responsável por esta integração social, política, cultural e econômica, interligando o mundo. D
A
Neste sentido, a empresa abre as portas para uma concorrência entre os mais diferentes países A
com os quais deseja realizar negócios. D
M
I
N
I
S
UNI T
R
A
Ç
Caro(a) acadêmico(a)! Faça uma análise e avalie o quanto você Ã
está integrado globalmente... O
112 TÓPICO 3 UNIDADE 2
Toda esta informação não está disponível mundo afora. O seu fluxo tem sido controlado
por governos e entidades religiosas com poderes na sociedade, que a têm como ameaça aos
seus regimes de controle.
• Avanço da tecnologia.
• Avanço da tecnologia da informação.
• Avanços das telecomunicações.
• Avanço dos transportes.
• Supremacia do capitalismo como sistema econômico-social.
Ç ÃO!
ATEN
Mesmo que a terceirização seja uma prática na qual se destaca a redução dos custos e
o aumento da qualidade como principais vantagens, precisa ser praticada com muito cuidado,
pois pode acarretar na perda da qualidade do produto, descontrole da produção, contratação
de pessoas desqualificadas, gerando perdas financeiras tangíveis e intangíveis.
NOT
A!
Todas as teorias da administração estão sofrendo alterações,
elas vêm se aperfeiçoando frente às novas exigências do
mercado.
No atual estágio da era do conhecimento, o ser humano passa a ter uma relação
social cada vez mais forte e presente no dia a dia, exigindo maior integração e adaptação.
O conhecimento não é mais individual e sua disseminação tornou a economia mais forte,
realizando a transição social.
4 CULTURA ORGANIZACIONAL
F
U
N
D
Cada um de nós possui uma cultura, que representa o conjunto de hábitos, valores,
A
M
crenças, tradições, relacionamentos sociais e interações do indivíduo. Considerando uma
E organização, a cultura organizacional representa esta maneira de pensar e fazer as coisas,
N
T que é compartilhada com todos da organização.
O
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A
A
D
UNI
M
I
N
I Caro(a) acadêmico(a), analise a sua cultura. Quais são seus
S hábitos, valores, crenças, tradições, relacionamentos sociais e
T
R interações?
A
Ç
Ã
O
UNIDADE 2 TÓPICO 3 115
As organizações possuem suas próprias culturas, normas informais e não escritas que
orientam o comportamento dos membros no dia a dia, direcionando ações para alcançar os
objetivos organizacionais.
Tudo o que está acima da superfície da água é facilmente visível e compreensível aos
nossos olhos. Da mesma forma, podemos classificar os aspectos facilmente percebidos na
cultura organizacional, que compreendem as políticas e diretrizes, os métodos e procedimentos,
objetivos, estrutura organizacional e tecnologia adotada.
Toda a parte que está embaixo da água, deste bloco de gelo, já fica mais difícil de
observar e compreender, representando os aspectos informais, que envolvem os sentimentos,
atitudes, percepções, valores, interações informais e normas grupais. O quadro a seguir ilustra
estes elementos:
D
• Crenças, valores e expectativas A
• Padrões de integração informais A
D
• Normas grupais M
• Relações afetivas I
N
FONTE: Adaptado de Chiavenato (2004, p. 297) I
S
T
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A
Ç
Ã
O
116 TÓPICO 3 UNIDADE 2
É preciso compreender que a cultura de uma organização não é estática, ela não
é permanente. A cultura organizacional sofre mudanças com o tempo, dependendo das
condições internas e externas. Há organizações que conseguem renovar constantemente
sua cultura, mantendo sua integridade e personalidade, enquanto outras permanecem com
a cultura amarrada a padrões ultrapassados e antigos.
UNI
F
U 5 DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL
N
D
A
M
E A partir de 1962 surgiu o movimento do desenvolvimento organizacional, tratando-se de
N
T um conjunto de ideias a respeito do indivíduo, do grupo, da organização e do ambiente, com o
O
S propósito de facilitar o crescimento e desenvolvimento das organizações. O desenvolvimento
D organizacional é atribuído a alguns fatores (CHIAVENATO, 2003, p. 370):
A
UNI
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FONTE: Chiavenato (2003, p. 375)
118 TÓPICO 3 UNIDADE 2
A
do comportamento autêntico, uso do status para alcançar os objetivos organizacionais,
D confiança nas pessoas, desejo e aceitação de riscos e ênfase na colaboração entre as
M
I pessoas.
N
I
S
T FONTE: Adaptado de: <www.scribd.com/doc/.../G12-Teoria-Do-to-Organizacional>. Acesso em: 20 jul. 2011.
R
A
Ç
à A estrutura interna torna-se flexível para se adaptar às mudanças. Em diferentes épocas
O
e ambientes, as organizações passam por cinco fases distintas: pioneira, de expansão, de
UNIDADE 2 TÓPICO 3 119
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FONTE: Adaptado de Chiavenato (2003, p. 385) M
I
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As etapas da figura acima podem ser resumidas em: coleta de dados (agrupando as T
R
etapas de 1 a 4), diagnóstico organizacional (etapa 5) e ação de intervenção (etapas de 6 a A
Ç
8). Este processo representa as fases da mudança planejada: Ã
O
120 TÓPICO 3 UNIDADE 2
6 INOVAÇÃO
A inovação, ou seja, ação de inovar, nos remete ao novo, a uma novidade, renovação
ou algo diferente. Para que isto seja possível, alguém precisa ter uma ideia, criar algo que
pouco ou nada se parece com o anterior.
F
U A!
NOT
N
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A
M
E Caro(a) acadêmico(a), o princípio norteador “Formar
N Empreendedores”, do Grupo UNIASSELVI, considera que a vida
T pode ser reinventada a cada dia. O hoje é diferente do ontem e
O
S o amanhã será melhor que o hoje. Procure ser inovador!!!
D
A
A
D No decorrer de sua história, a humanidade veio inovando processos, produtos e
M
I as próprias organizações. As organizações passaram a adotar novas práticas de negócio,
N
I organizações de trabalho, métodos de comercialização de produtos. Os produtos sofrem
S
T mudanças na sua forma, preço, ação... E também já vimos, nesta unidade, a inovação dos
R
A processos produtivos. Esta inovação conta com ferramentas, técnicas e tecnologias.
Ç
Ã
O
UNIDADE 2 TÓPICO 3 121
Segundo Drucker (2002, p. 211), “a inovação não é apenas fazer coisas diferentes
(inovação radical), mas, também, fazer as mesmas coisas de formas diferentes, criando novos
potenciais de satisfação (inovação incremental)”.
A organização necessita inovar para ser competitiva e assim ter sucesso. Desta forma,
competitividade e inovação estão ligadas. As empresas buscam: criar vantagens competitivas,
não apenas únicas, mas difíceis de serem copiadas; criar oportunidades para serem sustentáveis
no longo prazo; melhores produtos que vão ao encontro das necessidades dos clientes; reduzir
custos e agregar valor.
medir, avaliar e controlar o seu desempenho. O desempenho pode ser avaliado no todo ou em
partes, nas três áreas. Segundo Chiavenato (2004, p. 357):
UNI
Caro(a) acadêmico(a), além do desempenho das organizações,
precisa considerar como está o seu desempenho. Quais os
resultados que tem alcançado? Quais os fatores críticos de
sucesso?
A
A!
D NOT
M
I
N
I
S
Assim como um termômetro pode apontar a temperatura do
T nosso corpo, revelando algum problema, os indicadores criados
R nas organizações também vão expressar o seu quadro.
A
Ç
Ã
O
UNIDADE 2 TÓPICO 3 123
A
Outra ferramenta é o BSC (Balanced Score Card), focado no equilíbrio organizacional, D
M
e se baseia em quatro perspectivas: finanças, clientes, processos internos e aprendizagem/ I
N
crescimento organizacional. I
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124 TÓPICO 3 UNIDADE 2
IDADE
ATIV
AUTO
LEITURA COMPLEMENTAR
AS IDEIAS E A PRÁTICA
Paulo Jebaili
Empresas conduzidas por líderes criativos têm um índice maior de inovação, engajamento
de funcionários, mudança e renovação. Essa é a crença de Linda Naiman, especialista em
criatividade e inovação e fundadora da consultoria Creativity at Work, em Vancouver, no Canadá.
Linda também é reconhecida pelo método de aprendizado baseado em artes, assunto tratado
no livro Orchestrating collaboration at work using music, improvisation, storylling, and other
arts to improve teamwork [algo como orquestrando a colaboração no trabalho usando música,
improvisação, storylling e outras artes para melhorar o trabalho em equipe], escrito em 2003,
F
U em parceria com Arthur B. VanGundy (ex-membro da consultoria, morto em 2009).
N
D
A
M
Em entrevista por e-mail a MELHOR, a consultora dá uma série de dicas sobre
E
N
como estimular em termos práticos a criatividade na organização. As perguntas a seguir são
T
O
respondidas por Linda Naiman.
S
A
D Criatividade exige imaginação e capacidade de traduzir novas ideias em realidade.
M
I Desse modo, é preciso também ter habilidades em lógica e planejamento. As pessoas criativas
N
I são capazes de gerar novas ideias; desafiar pressuposições e não encarar o status quo como
S
T a única coisa que está valendo. Elas assumem riscos, exploram ideias, mantêm alternativas
R
A abertas; estabelecem conexões entre pessoas, lugares e coisas. São capazes de refletir
Ç
à criticamente sobre ideias, ações e resultados; e de considerar possibilidades.
O
UNIDADE 2 TÓPICO 3 125
Esse descompasso ocorre quando as organizações são refratárias a arriscar algo novo,
quando evitam o caos e as incertezas, e quando as práticas de gestão sufocam a criatividade,
porque não se encaixam em seu modo imperativo de controlar e preservar o status quo. Os
matadores da criatividade incluem o micromanaging, instalando um clima de medo e de incerteza
e ignorando as ideias criativas dos funcionários.
A
O que isso gerou? D
M
I
Um dos resultados desse encontro foi um mural, que incorporava as imagens produzidas N
I
pelo grupo. Isso se transformou num mapa visual para futura direção da empresa, o qual S
T
atendeu dois propósitos. As pessoas podiam literalmente ver o futuro, e isso elevou o moral R
A
entre os funcionários, porque eles participavam de forma coletiva. Também tivemos a promessa Ç
Ã
do presidente de implementar de imediato algumas daquelas ideias. A arte nos ensina a ver. O
126 TÓPICO 3 UNIDADE 2
Imagens comunicam de modo muito mais poderoso do que palavras e têm a sua própria
linguagem. Elas são inerentemente ricas em metáforas e simbolismo. A informação visual
os ajuda a ver padrões, fazer conexões, pensar metaforicamente, decifrar complexidades,
perceber cenários e criar visões compartilhadas entre pessoas diferentes em departamentos
diferentes.
As pessoas, às vezes, apresentam ideias que não são aplicáveis no dia a dia. O
que os líderes devem fazer para recusar a ideia sem desmotivar a pessoa?
ambiente favorável para que a criatividade aflore. Para criar uma cultura que favoreça a
criatividade e a inovação, Linda Naiman aconselha os gestores a terem uma orientação e
clareza de propósito focadas em valores que respeitem os seus clientes e o equilíbrio entre
qualidade de vida e trabalho. Em outras palavras, que não causem danos apenas para fazer
lucros. Há várias maneiras de fazer isso:
● Conecte cada projeto com o quadro maior dos objetivos da empresa e estabeleça uma
missão clara para cada equipe ou grupo.
● Crie significado e valor para a organização e para os clientes. É hora de ser colaborativo e
cocriativo com as pessoas brilhantes que você contrata. Já se foi o tempo em que o gestor
era o sabe-tudo.
● Capture as melhores práticas e aprenda com os erros. Publique em sua intranet ou wiki
para disponibilizar a todos o acesso ao que você sabe. Não são muitas as organizações
que reservam um tempo para reflexão. Colocar o foco em aprender com as falhas, mais do
que puni-las, o ajudará a ser mais eficaz na inovação. “Essas práticas o ajudarão a ser mais
criativo e inovador; seus funcionários ficarão mais engajados e apaixonados pelo trabalho;
e você aumentará o seu valor para seus clientes”, diz Linda.
FONTE: Extraído da Revista Oficial da ABRH-Nacional. Melhor Gestão de Pessoas. Ano 18, nº 278,
janeiro de 2011, p.10-12.
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UNIDADE 2 TÓPICO 3 129
RESUMO DO TÓPICO 3
Este terceiro tópico encerra esta segunda unidade do caderno. Nele você conheceu
um pouco mais sobre a globalização, um processo de integração social, política, cultural e
econômica entre os países, que nos últimos anos ampliou-se rapidamente graças às tecnologias
de comunicação e aos meios de transporte.
A inovação não é apenas fazer coisas diferentes, mas também, fazer as mesmas
coisas de formas diferentes, criando novos potenciais de satisfação. No decorrer de sua
história, a humanidade veio inovando processos, produtos e as próprias organizações. Sem o
conhecimento não há inovação, mais um motivo para realizar a administração do conhecimento
tácito e explícito ao desenvolvimento organizacional e inovação.
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UNIDADE 2 TÓPICO 3 131
IDADE
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AUTO
7 Entre uma situação velha e a nova situação está centrada toda a mudança que
sofre a ação de forças positivas e negativas. Como agem estas forças em relação à
mudança proposta? F
U
N
8 Relacione as críticas feitas para as estruturas convencionais, que não permite inovação D
e adaptação às mudanças. A
M
E
9 Quais são as etapas do Desenvolvimento Organizacional? N
T
O
10 Relacione as colunas a seguir a fim de compreender as diferentes técnicas de S
desenvolvimento organizacional:
D
A
I. Intraorganizacional ( ) Treinamento da sensitividade.
II. Intergrupal ( ) Retroação de dados. A
III. Intragrupal ( ) Análise transacional. D
M
IV. Interpessoal ( ) Reuniões de confrontação. I
V. Intrapessoal ( ) Consultoria de processos e Desenvolvimento de equipes. N
I
S
11 O que é a inovação? T
R
12 O desempenho das organizações avalia os resultados, o desempenho e os fatores A
Ç
críticos de sucesso. Explique estes três elementos. Ã
O
132 TÓPICO 3 UNIDADE 2
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UNIDADE 2 TÓPICO 3 133
IAÇÃO
AVAL
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134 TÓPICO 3 UNIDADE 2
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UNIDADE 3
ADMINISTRAÇÃO ASSERTIVA
Objetivos de aprendizagem
• compreender a readministração;
PLANO DE ESTUDOS
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UNIDADE 3
TÓPICO 1
PROCESSO DECISÓRIO
1 INTRODUÇÃO
Este primeiro tópico desta última unidade do Caderno de Estudos tratará do processo
decisório. Diante de muitas situações, necessitamos decidir dentre as alternativas que se
apresentam para alcançarmos os objetivos estabelecidos.
Bons estudos!
F
U
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D
A
M
2 PROCESSO DE RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS E
N
T
O
Quando o resultado alcançado é diferente do resultado desejado, temos um problema. S
A partir de um problema, inicia-se o trabalho mental para que haja uma solução ao problema. D
A
Denominaremos este trabalho mental de ciclo ou etapas para a resolução de problemas.
A
D
M
Os problemas que encontramos podem ser bem definidos (estruturados) ou mal definidos I
N
(não estruturados). Num problema bem definido está clara a situação inicial e final. Se as regras I
S
estão bem especificadas, fica fácil avaliar e decidir se a proposta de solução está correta ou T
R
não. Problemas bem definidos são comuns em ambientes estáveis e previsíveis. A
Ç
Ã
O
138 TÓPICO 1 UNIDADE 3
Já na maioria dos problemas, falta algum elemento, o que os torna mal definidos,
dificultando a proposta de decisão. Estes problemas tornam-se mais complexos de resolver, pela
necessidade de ter que inserir elementos que simulem uma resolução próxima da esperada.
UNI
E os nossos problemas, são bem ou mal definidos? Os problemas
mal definidos nos obrigam a buscar mais elementos para a sua
resolução, apresentando um desafio maior.
A Do: compreender a ação de fazer, ou seja, educar, treinar, executar e coletar dados.
D
M
I
N Check: compreende a verificação e o controle.
I
S
T
R Action: compreende a ação corretiva, preventiva ou de melhoria para que se alcance os
A
Ç resultados planejados.
Ã
O
UNIDADE 3 TÓPICO 1 139
Este método pode ter representado num quadro, com cada uma das etapas de cada
ciclo, com a especificação das fases e objetivos, conforme ilustrado a seguir:
de cada um dos problemas (do maior ao menor). O valor atribuído à gravidade representa o D
A
impacto sobre os resultados, processos, pessoas, coisas ou a organização; bem como, os efeitos
A
que surgirão no longo prazo caso o problema não seja resolvido. A urgência está relacionada ao D
M
tempo necessário ou disponível para resolver o problema. A tendência representa o potencial I
N
crescimento do problema. I
S
T
R
A
Ç
Ã
O
140 TÓPICO 1 UNIDADE 3
S!
DICA
Numa organização, as decisões são tomadas individualmente por cada uma das pessoas
F que a compõem, nos mais diferentes níveis organizacionais; isto porque cada pessoa participa
U
N escolhendo racional e conscientemente.
D
A
M
E Estas decisões individuais, que vão desenhando as decisões coletivas, estão ou não
N
T relacionadas com o trabalho das pessoas; e, assim, a organização é um complexo sistema
O
S de decisões.
D
A
As pessoas decidem entre alternativas que lhes apresentam de acordo com a sua
A
D personalidade, motivações e atitudes; decidem em função de sua percepção das situações.
M
I Estamos a todo instante processando informações, criando opiniões e tomando decisões.
N
I
S
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R
A
Ç
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O
UNIDADE 3 TÓPICO 1 141
ÇÃO!
ATEN
Parece simples, mas não é. O processo decisório torna-se complexo, pois depende
das características pessoais do tomador de decisões, da situação em que está envolvido e
F
da maneira como a pessoa percebe a situação. Ainda segundo Chiavenato (2004, p. 278), o U
N
processo decisório compreende sete etapas: D
A
M
● Percepção da situação que envolve o problema. E
● Análise e definição do problema. N
T
● Definição dos objetivos. O
● Procura de alternativas de solução ou de ação. S
● Escolha das alternativas mais adequadas ao alcance dos objetivos.
D
● Avaliação e comparação das alternativas. A
● Implementação da alternativa escolhida.
A
D
M
É importante destacar que uma etapa influencia as demais, assim como todo o processo I
N
de tomada de decisão. Também precisamos considerar que nem sempre as etapas acima são I
S
seguidas, pois tudo depende da pressão e do tempo que temos para alcançar os resultados. T
R
Algumas podem ser suprimidas, ou ampliadas nos casos de não haver pressão. Além disso, A
Ç
também precisamos considerar a subjetividade nas decisões individuais. Ã
O
142 TÓPICO 1 UNIDADE 3
Para que a pessoa tome decisão, precisa de uma quantidade muito grande de
informações da situação para análise e avaliação; o que está além da sua capacidade individual
e faz com que a pessoa decida através de pressuposições que assume subjetivamente e nas
quais baseia sua escolha. Desta forma, a racionalidade é limitada, relacionando-se com parte
da situação ou com apenas alguns aspectos dela. As decisões não são perfeitas, mas o critério
norteador é a eficiência, ou seja, a obtenção de resultados máximos com poucos recursos.
UNI
F
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N
D
“Não há nada permanente, à exceção da mudança” (Heráclito
A 450 a.C.)
M
E
N
T
O Uma decisão pode satisfazer aos interesses dos envolvidos, de apenas um dos
S
envolvidos ou, ainda, de nenhum dos envolvidos.
D
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I
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3.1 DECISÕES AUTOCRÁTICAS
I
S
T
R As decisões autocráticas são aquelas tomadas isoladamente pelo líder, que assume
A
Ç o controle total sobre os problemas para tomar a decisão, sem consultar os membros de sua
Ã
O equipe. Este estilo de decisão pode estar associado à personalidade do líder ou a uma situação
UNIDADE 3 TÓPICO 1 143
A grande desvantagem deste estilo de decisão está na apatia dos funcionários, que
podem não se sentir motivados o suficiente para agir conforme a decisão do líder, ocasionando
uma falta de integridade dos subordinados em relação ao líder.
DE
ATIVIDA
AUTO
A decisão compartilhada é uma das mais difíceis, pois além de levar em consideração
os aspectos do processo decisório, precisa incluir ainda aspectos psicológicos e os aspectos
do relacionamento entre as partes envolvidas, que tomam a decisão.
Quanto aos aspectos psicológicos, é preciso lembrar que existem pessoas que estão
orientadas para o problema, enquanto outras para a solução. As que estão voltadas aos F
U
problemas geralmente buscam culpados, focam nos pontos fracos e nas ameaças, enquanto N
D
que as outras pessoas estão orientadas para as soluções. A
M
E
N
No que diz respeito aos relacionamentos que compreendem as decisões compartilhadas, T
O
devemos saber lidar muito bem com as emoções – relacionamento remete à emoção. A emoção S
pode dar maior importância ao que não é importante – valorizar o que não é relevante. Neste D
A
momento é preciso ficar atento aos processos de manipulação nas decisões compartilhadas,
A
pois os manipuladores conhecem a arte de lidar com as emoções. D
M
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144 TÓPICO 1 UNIDADE 3
NOT
A!
Nas decisões compartilhadas é fundamental manter o senso de
direção voltado aos aspectos relevantes e essenciais.
NOT
A!
Delegar representa conceder, ao outro, autoridade suficiente
para realizar os objetivos e deveres atribuídos, tornando-o
responsável pelos resultados.
F
U
N Uma decisão delegada representa obter a satisfação a partir da ação do outro, assumir
D
A riscos, aceitar os erros, abrir mão do poder, aumentar o grau de iniciativa das pessoas e focar-
M
E se em coisas mais importantes.
N
T
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UNIDADE 3 TÓPICO 1 145
RESUMO DO TÓPICO 1
Este primeiro tópico, nesta última unidade do caderno, nos trouxe o estudo do processo
decisório.
Diante de uma série de situações no nosso cotidiano, nos deparamos com problemas.
Alguns se apresentam bem definidos, enquanto que, possivelmente, as maiorias estejam mal
definidas. Os problemas mal definidos caracterizam-se pela falta de elemento(s) que auxiliem
na proposta de resolução/decisão.
O ciclo PDCA é uma das ferramentas que pode auxiliar na resolução de problemas,
compreendendo quatro passos. Cada um dos passos pode ser dividido em diferentes
etapas.
Os problemas também precisam ser priorizados, alguns requerem uma ação imediata,
enquanto outros podem aguardar um tempo. A matriz GUT é uma ferramenta que pode auxiliar
no estabelecimento das prioridades entre os problemas, considerando a Gravidade, Urgência
e Tendência.
Além do ciclo PDCA e da matriz GUT, você também pode trabalhar com recursos
estudados na Unidade 2 deste caderno, como: folhas de verificação, diagrama ou gráfico de
Pareto, macrofluxo, fluxogramas.
D
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146 TÓPICO 1 UNIDADE 3
IDADE
ATIV
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3 Explique o que deve ser feito em cada um dos quatro passos do ciclo PDCA.
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UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
A principal razão de ser de uma organização são os seus clientes, pois é para eles que
ela está prestando um serviço, produzindo ou comercializando algo.
Bem, além do cliente, a organização também tem relações com os seus funcionários,
com a sociedade, com os donos da organização... Com todos os que direta ou indiretamente
têm qualquer interesse com a empresa.
Neste tópico vamos explorar um pouco do que diz respeito à satisfação dos clientes,
dos acionistas, às competências destas organizações nas suas relações, apresentando a sua
estrutura flexível e enxuta.
F
2 SATISFAÇÃO DOS CLIENTES U
N
D
A
M
Para que qualquer organização venha a lograr êxito, é fundamental que o cliente esteja E
N
em primeiro lugar. Qual seria a razão de ser de uma empresa se ela não tivesse clientes? Para T
O
quem produzir? Para quem comercializar? S
D
A
Se o cliente é quem consome os produtos e/ou serviços de uma empresa, pagando
A
pelo mesmo, colocando dinheiro no caixa, por que então ignorá-lo? D
M
I
N
Ao ocorrer um novo invento, uma nova tecnologia, as pessoas compreendem-na como I
S
sendo o melhor que já fora inventado. Vamos resgatar o surgimento do automóvel. Assim que T
R
foi criado, todos os automóveis eram iguais e de cor preta. Num primeiro momento, os clientes A
Ç
estavam satisfeitos, não se importando com o primeiro design e cor. Ã
O
148 TÓPICO 2 UNIDADE 3
NOT
A!
Veja a infinidade de montadoras e automóveis existentes no país.
Até o início dos anos 90 eram apenas quatro marcas. A partir da
abertura de mercado, novas montadoras vieram ao Brasil.
Migramos para uma fase em que não basta apenas produzir, precisamos considerar
as necessidades e expectativas de nossos clientes, que realmente precisam ser atendidas.
Neste sentido, as organizações vêm realizando uma série de pesquisas para conhecer seus
clientes.
A
D
Caro(a) acadêmico(a), a organização precisa acompanhar a
M dinâmica das necessidades das pessoas.
I
N
I
S
T Nos estudos relacionados ao marketing, além do enfoque dado anteriormente em
R
A relação ao produto, as organizações também precisam levar em conta o preço, prazos e as
Ç
à praças ou locais onde os produtos são comercializados, entregues e têm toda a assistência
O
UNIDADE 3 TÓPICO 2 149
técnica necessária. Garantir ainda, diante de um mercado global, que o produto e toda a sua
documentação estejam adaptados a este mercado e no seu idioma.
Além de considerar estes clientes que citamos – cliente externo, os que compram e
pagam pelos nossos produtos, as organizações também passaram a ter uma visão ampliada
de cliente.
NOT
A!
A ideia de satisfação dos clientes, deste relacionamento, também
compreende funcionários, fornecedores, sociedade e todas as
partes envolvidas no processo.
UNI
Caro(a) acadêmico(a), não vamos nos aprofundar nestas
questões, mas o que importa compreender é que as organizações
possuem um ou mais donos – pessoas que investiram algum
recurso nela.
Assim como o dono de uma organização, você também espera obter um retorno sobre
o investimento realizado. Por exemplo, ao investir uma parte do nosso dinheiro na poupança,
esperamos que no decorrer do tempo ele seja corrigido. Também não vamos nos aprofundar nas
questões relacionadas ao mercado de capitais, analisando oportunidades de investimentos.
A maioria das organizações criadas não tem em seus documentos uma data de
encerramento das atividades, apenas uma data de nascimento. Desta forma, os donos esperam
que a organização se torne sustentável, próspera, que cresça, que de fato possa contribuir com
seus clientes, funcionários, fornecedores e com a sociedade. A satisfação não está apenas
centrada no retorno de um investimento realizado, e sim na empresa como um todo.
4 COMPETÊNCIAS DISTINTIVAS
F
U
N As organizações buscam desenvolver uma posição de vantagem competitiva sustentável,
D
A e para tal necessitam de recursos e competências organizacionais.
M
E
N
T Na Unidade 1 deste Caderno de Estudos já conversamos um pouco a respeito do
O
S papel do administrador ao gerir os recursos organizacionais. Na Unidade 2 evoluímos para a
D discussão da era e da gestão do conhecimento das organizações. Os recursos organizacionais
A
potenciais podem elaborar e implementar as estratégias organizacionais (PORTER, 1980),
A
D necessárias à competitividade.
M
I
N
I A figura a seguir relembra alguns elementos da abordagem tecnológica e sistêmica,
S
T estudados também na Unidade 1 deste caderno e ampliados aos estudos das competências
R
A distintivas:
Ç
Ã
O
UNIDADE 3 TÓPICO 2 151
FONTE: O autor
• Dados: representam todos os fatos do cotidiano, registrados em algum meio. Estes dados
podem ser processados/transformados.
• Informação: é o resultado dos dados processados, algo de valor que pode ser aplicado para
a geração de um conhecimento.
F
• Inovação: representa a praticidade das tecnologias, ao que denominamos de competitividade U
N
– nos tornamos competitivos. D
A
M
E
Diante de um ambiente competitivo, precisamos desenvolver as nossas competências N
T
para atender às necessidades presentes e futuras com a gestão do conhecimento, integrando O
S
diferentes bases de conhecimento.
D
A
• Habilidades: estão relacionadas ao saber para obter um bom desempenho com consciência
das ações, ou seja, saber fazer.
• Saber mobilizar: recursos (financeiros, materiais e pessoas), criando sinergia entre eles.
• Competências protetoras: são as que precisam ser gerenciadas para proteger a organização,
evitando que se coloque em risco o seu sucesso.
5 ESTRUTURAS ORGANIZACIONAIS
FLEXÍVEIS E ENXUTAS
F
Ao compreender a capacidade intelectual e reconhecer a iniciativa das pessoas como U
fundamentais para as melhorias e o crescimento, a organização passa a ter maior agilidade – N
D
migra de uma estrutura mecanicista para matricial. A
M
E
N
Como processos de mudança apresentam resistências, esta migração para uma T
O
estrutura matricial não é simples, considerando: S
D
A
• As relações passam a ser mais informais.
A
D
M
• O vínculo burocrático passa a considerar o empreendedor. I
N
I
S
• As pessoas não realizam mais o que é mandado, e sim, o que for preciso. T
R
A
Ç
• A comercialização não necessita de um local físico e passa a ser também “virtual”. Ã
O
154 TÓPICO 2 UNIDADE 3
Os antigos modelos mentais precisam dar lugar aos novos modelos mentais.
NOT
A!
O processo típico de desenvolvimento da estratégia
organizacional e o desenho organizacional são dois elementos-
chave para uma organização flexível.
A
D • Aprender a aprender: necessidade de se atualizar, conhecer o novo para poder contribuir
M
I construtivamente.
N
I
S
T • Comunicar e colaborar: o trabalho passa a ser solidário e em equipes.
R
A
Ç
à • Raciocinar de modo criativo e resolver problemas: assim conseguem estar inseridos nas
O
equipes construtivamente.
UNIDADE 3 TÓPICO 2 155
• Ter conhecimento tecnológico: pois a tecnologia está a serviço da equipe e não de uma
pessoa isoladamente.
• Ter conhecimento de negócios globais: não apenas pelo processo de globalização, mas
os conhecimentos gerais podem contribuir na resolução de problemas organizacionais.
• Desenvolver a liderança: o espírito empreendedor está cada vez mais presente nas
organizações bem-sucedidas, constituídas de lideranças.
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156 TÓPICO 2 UNIDADE 3
RESUMO DO TÓPICO 2
O cliente é a razão de ser da organização. Ele emite sinais vitais para a organização,
expressando as suas necessidades e anseios, que evoluem constantemente. A satisfação não
está relacionada apenas ao produto.
Competências distintivas são úteis para explorar os elementos originais do modo que
a organização é capaz de renovar-se, permitindo estar à frente dos concorrentes. Os recursos
humanos e as características empreendedoras das pessoas surgem como elementos do
crescimento e atributos essenciais para o crescimento da base de competências de uma
organização – é a sensibilidade do saber fazer.
As organizações que têm a capacidade de mudar os seus aspectos para que possam se
adequar às novas estratégias, condizentes com a nova realidade do mercado, são classificadas
como estruturas flexíveis. Conseguem realizar um novo desenho organizacional com estratégia,
a fim de reestabelecer o equilíbrio.
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D Organizações flexíveis necessitam de pessoas competentes.
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UNIDADE 3 TÓPICO 2 157
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UNIDADE 3
TÓPICO 3
ORGANIZAÇÕES: ALIANÇAS,
DESEMPENHO E SUCESSO
1 INTRODUÇÃO
Quando você trabalha sozinho, está limitado às suas capacidades; já quando trabalha
com mais de uma pessoa, ou conta com uma equipe, o potencial é ampliado, vencendo as
limitações individuais. As organizações precisam considerar as dificuldades de operarem
isoladamente e avaliar as possibilidades de realizar alianças com outras organizações, sejam
elas parceiras ou até mesmo concorrentes.
D
A
Tudo isto é necessário, considerando ainda os fatores críticos de sucesso das
A
organizações. D
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Estamos na reta final. Vamos lá! I
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160 TÓPICO 3 UNIDADE 3
2 ALIANÇAS ESTRATÉGICAS
A palavra aliança faz lembrar o casamento. A união ou casamento de duas pessoas pode
representar muitas oportunidades a partir de seus objetivos individuais e coletivos, implicando
num processo de aprendizado mútuo e contínuo durante a vigência desta união. Esta união
pode considerar a comunhão total ou parcial dos bens, ou ainda, a separação dos bens.
Calma, não estamos aqui para casar ou separar ninguém, muito menos para discutir
o regime do casamento. O parágrafo anterior apenas vai nos ajudar a compreender melhor o
tema “alianças estratégicas”.
As alianças estratégicas vêm ocorrendo há muito tempo, mas nos últimos anos vêm se
proliferando de forma acelerada, ante a pressão pela necessidade da organização de ajustar
e melhorar os seus resultados.
F • No momento em que os riscos são elevados e não existem mais recursos ou oportunidades
U
N de investimento por parte da empresa.
D
A
M
E • Na falta de conhecimento dos funcionários da empresa sobre o perfil do cliente e concepção
N
T do produto, bem como a estrutura logística para distribuição destes.
O
S
D • Na falta de recursos tecnológicos para o ambiente globalizado ou, ainda, não dispõe de
A
tempo nem recursos para desenvolvê-la.
A
D
M
I
• Na dificuldade de penetração num mercado desconhecido com a segurança de seu
N
I
potencial neste.
S
T
R • No momento em que os custos estão comprometendo o resultado da empresa como um
A
Ç todo.
Ã
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UNIDADE 3 TÓPICO 3 161
• Fusões: organizações decidem juntar seus patrimônios, criam uma nova empresa, deixando
de existir individualmente. Fusões requerem um alto nível de integração, pois alteram
totalmente a estrutura acionária e hierárquica.
das demais. Nesta nova empresa, os aliados investem dinheiro e também compartilham dos D
A
lucros. As joint-ventures de maior destaque vêm sendo as de alimentação, automobilismo
A
e tecnologia. D
M
I
N
• Empreendimento cooperativo: representam o menor nível de integração, pois as demandas I
S
ocorrem por produtos ou serviços específicos. No empreendimento cooperativo, as empresas T
R
buscam juntas desenvolverem algo, não havendo domínio de uma sobre a outra. Caracteriza- A
Ç
se pela alta flexibilidade Ã
O
162 TÓPICO 3 UNIDADE 3
IDADE
ATIV
AUTO
Ao estabelecer a aliança entre as empresas, cada uma delas tem os seus objetivos
individuais com a parceria, mas a aprendizagem – a troca de informações e conhecimento
do parceiro – é comum a todos que buscam uma forma de melhor competir, garantindo a
sobrevivência e ser bem-sucedido.
O prefixo “re” está presente em muitas palavras, tais como: refazer, retrabalhar,
reorganizar, rever... e, agora, “readministração”. O que isto significa? Será que teremos que
começar a administração do zero?
A
A readministração é norteada pelos seguintes aspectos básicos, conforme Caravantes D
M
(1996): I
N
I
S
• A busca pela mudança da filosofia e cultura da empresa, com aprendizagem contínua T
R
que promova o aumento da competência das pessoas, além de buscar a melhor forma de A
Ç
sobrevivência da organização e a geração de produtos demandados pelos clientes. Ã
O
164 TÓPICO 3 UNIDADE 3
• Apropriar-se das diversas experiências gerenciais aplicadas em contextos distintos, que são
importantes e contribuem para as novas estratégias.
D
A
Cada vez mais o desempenho é observado pela própria organização, bem como pelas
A
demais organizações. Relembramos que a organização é resultado de um conjunto de pessoas,
D e estas estão migrando para os trabalhos em equipe.
M
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UNIDADE 3 TÓPICO 3 165
UNI
Caro(a) acadêmico(a), como você avalia o seu desempenho?
Procure identificar as áreas onde você apresenta um baixo
desempenho e invista para que o desempenho melhore.
Por exemplo, se você tem dificuldades com os números, cálculos,
faça um esforço, estude um pouco mais e perceberá a melhora
nesta área.
Também aprofunde os seus conhecimentos em gestão, pois
as organizações necessitam cada vez mais de gestores bem
qualificados.
F É preciso compreender que o empowerment pode não dar certo quando os programas
U
N orientados para o uso de técnicas são contraditórios, muitas vezes sabotados pelos próprios
D
A superiores. Os superiores, às vezes, podem nem perceber o que estão fazendo. É preciso
M
E compreender que nada acontece num passe de mágica, a mudança é geralmente lenta e difícil
N
T (MILLS, 1996).
O
S
• Menos unidade de comando faz com que a subordinação vertical – a ideia da pessoa
reportar-se a um único chefe – seja substituída pelo relacionamento horizontal, em direção
ao cliente. Utilizar equipes funcionais cruzadas, forças-tarefas para aproximar o funcionário
do cliente, é uma das tendências.
• Staff como consultor e não como executor passa a ser outro fator de sucesso, pois o F
U
staff vai orientar a linha para que ela faça o seu trabalho. N
D
A
M
• Ênfase nas equipes de trabalho, que podem ser definitivas ou transitórias. A aparente E
N
“desorganização” do trabalho significa uma orientação rumo à flexibilidade, agilidade, T
O
mudança e inovação. S
D
A
• A organização como um sistema de unidade de negócios interdependentes, pois cada
A
unidade vem atuando como um centro de lucro específico, com metas e resultados a alcançar. D
M
O todo organizacional precisa ser integrado por um sistema de informações. I
N
I
S
• Infraestrutura é a denominação dada para a organização integrada sem estar concentrada num T
R
único local. Para isso a arquitetura organizacional precisa estar interligada através da TI (tecnologia A
Ç
da informação). Toda a informação está disponível eletronicamente para a tomada de decisões Ã
O
e ações competitivas, e as pessoas trabalham numa estrutura molecular, ágil e flexível.
168 TÓPICO 3 UNIDADE 3
• Foco no negócio essencial (core business), ou seja, no seu negócio e no seu cliente.
Neste sentido, as organizações vêm enxugando, terceirizando e eliminando o acessório,
supérfluo e acidental.
A falta de algum destes elementos pode resultar noutras situações, tais como: confusão,
ansiedade, a mudança pode ocorrer de forma lenta, causar frustração, ou ainda, tudo não
passar de um sonho.
UNI
Caro(a) acadêmico(a), algumas sugestões e dicas para você
vencer na vida:
• É necessário visualizar, projetar o futuro.
F • Desenvolver as competências necessárias para o dia de
U amanhã.
N • Criar incentivos.
D
A • Gerencie os recursos.
M • Traçar e perseguir um plano de ação.
E
N
T Sucesso para você!!!
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UNIDADE 3 TÓPICO 3 169
A figura acima ilustra o resultado a partir da falta de algum dos elementos citados
anteriormente:
F
U
LEITURA COMPLEMENTAR N
D
A
INTELIGÊNCIA EMPRESARIAL E A INTEGRAÇÃO DA COMUNICAÇÃO M
E
N
SOCIAL E MERCADOLÓGICA T
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S
Valdir Cimino D
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Auguste Comte: “Todos os seres humanos guardam em si instintos tanto egoístas, D
M
quanto altruístas, logo, a educação deveria assumir a responsabilidade de incutir nos jovens I
N
o altruísmo em detrimento ao egoísmo, desenvolvendo a cultura nobre de dedicar parte de I
S
nossas vidas às outras pessoas necessitadas”. T
R
A
Ç
Chegamos a um momento delicado entre o agora e o futuro. O mundo corporativo Ã
O
170 TÓPICO 3 UNIDADE 3
descobriu, e tenta ainda compreender, que muito mais que a tecnologia, os relacionamentos
entre marcas e cidadãos geram crescimento e produtividade. O desafio está no entendimento de
que uma empresa só existe através de seus funcionários, e que a qualidade desses funcionários
depende de um relacionamento saudável e orientado para o desenvolvimento humano.
F
U Imparcialidade é a dimensão da justiça e da equidade, personifica a oportunidade e a
N
D ausência de favoritismo. O respeito fala sobre a qualidade da relação entre empresa e seus
A
M empregados. A dimensão que falta é credibilidade.
E
N
T
O Deixamos por último a credibilidade porque esta dimensão envolve diretamente o negócio
S
D
da comunicação. Segundo o GTPW, a credibilidade é a dimensão da consistência, na qual o
A discurso dos líderes deve representar as atitudes administrativas.
A
D
M Aqui, a distribuição da informação torna-se fundamental, mas o entendimento dessa
I
N
I
informação é mais importante, ou seja, o feedback torna-se uma ferramenta crucial da qualidade
S
T
dos relacionamentos e gestão de pessoas.
R
A
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Dizem que estamos na “Era da Informação”, basta apenas que os líderes contemplem
O
na inteligência empresarial de suas organizações ações que diferenciem a informação pura
UNIDADE 3 TÓPICO 3 171
do conhecimento real. A diferença, por mais avançada que esteja a tecnologia, ainda é uma
característica humana, em que aprender gera motivação, melhores resultados no uso das
ferramentas organizacionais e qualidade de vida para todos.
FONTE: Marketing, São Paulo, n. 454, ano 44, p. 58 e 59, nov. 2010..
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172 TÓPICO 3 UNIDADE 3
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste último tópico abordamos, numa primeira parte, o assunto relacionado a alianças
estratégicas. A necessidade das organizações de se ajustar à dinâmica do mercado, mantendo
ou melhorando os seus resultados, é um dos motivos que aumenta o número de alianças entre
as organizações.
O Índice de Desempenho permite avaliar a performance tanto das pessoas quanto das
organizações. Ao comparar os resultados obtidos com os esperados, encontra-se o desempenho
realizado. Em tempos de ajustes dinâmicas, cada vez mais é necessário monitorar e ajustar
o desempenho.
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UNIDADE 3 TÓPICO 3 173
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3 Relacione as colunas:
I. Fusões ( ) Representa o menor nível de integração entre
organizações.
II. Aquisições ( ) Resulta na criação de uma nova empresa.
III. Participação Societária ( ) Junção das organizações numa única, deixando
de atuar isoladamente.
IV. Joint-Ventures ( ) A organização incorpora o patrimônio da outra,
atuando individualmente.
V. Empreendimento Cooperativo ( ) A organização tem uma participação na sociedade
da outra.
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174 TÓPICO 3 UNIDADE 3
IAÇÃO
AVAL
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175
REFERÊNCIAS
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do negócio e o caminho para o sucesso. São Paulo: Futura, 1999.
D
MCCLELLAND, David Clarence. The personaly. New York: William Sloane, 1951. A
A
MILLS, Daniel Quinn. Empowerment: um imperativo - seis passos para se estabelecer uma D
organização de alto desempenho. Rio de janeiro: Campus, 1996. M
I
N
OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças. Estratégia empresarial e vantagem competitiva. I
S
4. ed. rev. e atualizada. São Paulo: Atlas, 2005. T
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PRAHALAD, C. K.; HAMEL, G. The core competence of the corporation. Harvard Business
Review, Boston, p. 3-15, May/June, 1990.
SEGIL, Larraine. Intelligent business alliances: How to profit using today’s most important
strategic tool. Times Business, New York, 1996.
F
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