Sebenta 11º ESACS 2020 21
Sebenta 11º ESACS 2020 21
Sebenta 11º ESACS 2020 21
11º Ano
ESACS 2020/21
Edmilson Barros
José da Costa
N OTAS INICIAIS
Copyright. Esta Sebenta é de uso livre. Não é permitido uso com objetivo
de obtenção de lucro.
1 Polinómios 7 4 Inequações 57
1.1 Polinómios numa variável 8 4.1 Inequações inteiras 58
1.2 Polinómio Nulo. Polinómios Idênticos 9 4.2 Inequações fracionárias 60
1.3 Adição, subtração e multiplicação de polinómios 10 4.3 Inequações modulares 62
Exercícios do Capítulo 4 65
1.4 Divisão Inteira de Polinómios 10
1.5 Teorema do resto 16
1.6 Raízes de um polinómio e sua multiplicidade 18 5 Funções 67
1.7 Fatorização de polinómios 19 5.1 Generalidades sobre função 68
1.8 Construção de polinómios a partir das raízes 21 5.2 Função par. Função ímpar 69
Introdução
Os polinómios são objetos muito simples, mas com propriedades muito
ricas. Aprendemos os conceitos iniciais no 9º ano e, nesse ano, alargaremos
o seu estudo.
Nota Histórica
Sabemos resolver as equações do 2◦ grau: ax2 + bx + c = 0. Sabias que a
resolução da equação do 3◦ grau, ax3 + bx2 + cx + d = 0 foi objeto de lutas
aceradas na Itália do século XVI?
Foi organizado um concurso com um prémio para cada uma das trinta
equações de grau 3 a resolver.
Dizemos que o polinómio está na forma reduzida se não tiver termos se-
melhantes. Se os termos estão escritos por ordem, crescente ou decrescente,
dos seus expoentes dizemos que o polinómio está ordenado.
é nulo?
E.3. Em cada caso a seguir o polinó-
mio P é nulo. Determine os valo-
Resolução: Para se ter P( x ) = 0 é necessário impor a condição que todos res das constantes a, b e c:
os seus coeficientes sejam nulos. Assim obtemos, (a) P( x ) = ax + (b − 2)
(b) P( x ) = ax2 + (b + 5) x + (c − 3)
a=0
a=0
ax2
1 3ax 4−a
−
b=− (c) P( x ) = +
2b + 1 = 0 ⇔ 2
2 3 5
c = −3
c−3 = 0
2
ax2 + 4x + (c + 2) = −3x2 + (b − 1) x − 1?
x3 + 2x − 1 = 2x − 1 + x3 .
A( x ) = 4x − 3 e B( x ) = −5x2 + 8x − 7.
Nota: Observe que, dados dois polinómios A( x ) e B( x ), o grau do E.7. Escreva o polinómio
polinómio A( x ) ± B( x ) é, no máximo, igual ao maior grau entre os
3
( x + 1) (− x + 2) x +
graus de A( x ) e B( x ). 2
na forma reduzida e ordenada.
(c) Calculemos agora A( x ) · B( x ):
A( x ) · B( x ) = (4x − 3) · (−5x2 + 8x − 7)
= −20x3 + 32x2 − 28x + 15x2 − 24x + 21 P. Distributiva
= −20x3 + 47x2 − 52x + 21
2 +3x +2
3x 3x2 3
=
2x2 2
2 +0x − 3
−3x
2 O resultado é o 2◦ termo do quociente.
Repete-se, em seguida, todo o processo.
1
3x +
2
Portanto,
3 1
Q( x ) = −3x + e R( x ) = 3x + .
2 2
A( x ) = B( x ) · Q( x )
Em seguida fazemos
( (
a − 70 = 0 a = 70
R( x ) = 0 ⇔ ( a − 70) x + (b + 12) = 0 ⇔ ⇔
b + 12 = 0 b = −12.
A( x ) = B( x ) · Q( x ) + R( x )
⇔ 3x4 − 2x3 + 7x + 2 = (3x3 − 2x2 + 4x − 1)( ax + b) + (cx2 + dx + e)
⇔ 3x4 − 2x3 + 7x + 2 = 3ax4 + 3bx3 − 2ax3 − 2bx2 + 4ax2 + 4bx − ax − b + cx2 + dx + e
⇔ 3x4 − 2x3 + 7x + 2 = 3ax4 + (−2a + 3b) x3 + (4a − 2b + c) x2 + (− a + 4b + d) x − b + e
3a = 3
a=1
a=1
a=1
− + = − − + = − b = =0
b
2a 3b 2
2 3b 2
0
⇔ 4a − 2b + c = 0 ⇔ 4 − 2b + c = 0 ⇔ 4+c = 0 ⇔ c = −4
− a + 4b + d = 7
− 1 + 4b + d = 7
− 1 + d = 7
d=8
−b + e = 2 −b + e = 2 e=2 e=2
Portanto,
Q( x ) = x e R( x ) = −4x2 + 8x + 2.
F ( x ) = G ( x ) · Q( x ) + R( x )
⇔ 5x3 + x2 − 10x − 24 = ( x − 2)( ax2 + bx + c) + d
⇔ 5x3 + x2 − 10x − 24 = ax3 + bx2 + cx − 2ax2 − 2bx − 2c + d
⇔ 5x3 + x2 − 10x − 24 = ax3 + (b − 2a) x2 + (c − 2b) x − 2c + d
a=5
a=5
b − 2a = 1
b = 11
⇔ ⇔ Portanto,
c − 2b = −10
c = 12
−2c + d = −24 d=0
Q( x ) = 5x2 + 11x + 12 e R( x ) = 0
Repare que o facto de se ter escolhido para resto a expressão d não impediu
o polinómio de ser nulo.
• grauQ( x ) = n − 1
a regra de Ruffini assume o seguinte aspecto: Paolo Ruffini (1765 - 1822), médico
italiano que nas horas vagas
an ... a2 a1 a0 desenvolvia trabalhos em teoria de
grupo.
3 6 18 33 108
2 6 11 36 107
−1 −1 −1 6
1 1 −6 0
Temos então,
Q( x ) = x2 + x − 6 e R( x ) = 0.
b b Q1 ( x )
A( x ) = ( ax + b) Q( x ) + r = a x + Q( x ) + r = x + aQ( x ) +r Q1 ( x ) = aQ( x ) ⇔ Q( x ) =
a a | {z } a
q
Q1 ( x )
5
Exemplo 1.14 Divida F ( x ) = −2x3 − 2x2 + x − 1 por (1 − 2x ),
2
utilizando a Regra de Ruffini.
3 1 1
Q( x ) = x2 + x − e R( x ) = −
2 2 2
Assim pelo Teorema do Resto devemos ter: E.21. Obtenha os valores de a e b, sa-
bendo que o polinómio
( (
5 4 3 2 P( x ) = x3 + ax2 + bx − 18
P (2) = 0 2 − m · 2 + n · 2 − 2 · 2 + 10 · 2 − 12 = 0 é divisível por D ( x ) = x2 − 9.
⇔
P (3) = 0 35 − m · 34 + n · 33 − 2 · 32 + 10 · 3 − 12 = 0
(
32 − 16m + 8n − 8 + 20 − 12 = 0
⇔
243 − 81m + 27n − 18 + 30 − 12 = 0
(
16m − 8n = 32
⇔
81m − 27n = 243
(
m=5
⇔
n=6
Nesta condição m = 5 e n = 6.
Exemplo 1.18 Mostre que o número 2 é raiz do polinómio E.22. Verifique se cada valor de x in-
P( x ) = x3 − 5x2 + 3x + 6. dicado é uma raiz do polinómio
P ( x ):
(a) P( x ) = 3x2 − 2x − 1 e x = 1
Resolução: De acordo com a definição, calculamos P(2) obtendo, √
(b) P( x ) = x2 + 1 e x = 2
(c) P( x ) = x3 − 5x2 + 6x
P (2) = 23 − 5 · 22 + 3 · 2 + 6
e x = −2
= 8−5·4+6+6 (d) P( x ) = ( x2 − 7x + 12)38
ex=3
= 8 − 20 + 12 = 0 c.q.m.
P( x ) = ( x − α)k · Q( x )
P( x ) = ( x − 2)2 ( x2 + 3x + 2).
P ( x ) = ( x − α ) · Q ( x ).
√ (b) 16x2 − 25
−7 ± 49 − 24 (c) x2 − 16x + 64
2x2 + 7x + 3 = 0 ⇔ x =
4 (d) x2 − 5x + 6
−7 ± 5
⇔ x= (e) 2x + 1 − 3x2
4
1
⇔ x = − ∨ x = −3
2
1
As raízes do polinómio são − e −3.
2
Logo,
1
2x2 + 7x + 3 = 2 x + ( x + 3).
2
• Se o polinómio não tem zeros reais não pode ser fatorizado em factores
de grau 1.
3x2 − 3x − 18 = 0 ⇔ x2 − x − 6 = 0 ⇔ x = −2 ∨ x = 3
Deste modo,
P( x ) = 3( x − 1)( x + 2)( x − 3).
x2 + 6x + 5 = ( x + 1)( x + 5)
e consequentemente
A( x ) = 5x ( x + 1)( x + 5)
P( x ) = a( x − α1 )( x − α2 )( x − α3 ) · . . . · ( x − αn )
x2 + x − 2 = ( x − 1)( x + 2), concluímos que 1 e −2 são também raízes de (a) Verifique que é divisível por
P( x ). Portanto
1
B ( x ) = ( x + 1) · x − .
2
P( x ) = ( x − 1)( x + 2)( x + 3) · Q( x ). (b) Decomponho o polinómio
A( x ) num produto de fatores
Utilizando a regra de Ruffini determinamos os coeficientes de Q( x ). de grau não superior ao pri-
meiro.
3 7 −17 −23 30
1 3 10 −7 −30
3 10 −7 −30 0
−2 −6 −8 30
3 4 −15 0
−3 −9 15
3 −5 0
Assim temos
Logo,
P( x ) = 3( x − 2)2
= 3( x2 − 4x + 4)
= 3x2 − 12x + 12.
Portanto,
2
P ( x ) = 3( x + 3)2 ( x − 1) x +
3
ou seja,
x 2
P( x ) = 3 x2 + 6x + 9 x2 − −
3 3
17x 3 19x 2
= 3 x4 + + − 7x − 6
3 3
= 3x4 + 17x3 + 19x2 − 21x − 18.
1. Determine quais das expressões dadas são polinó- 12. Efetue as operações indicadas, transformando o
mios. Se for um polinómio, indique o grau. Se não resultado num polinómio reduzido e ordenado:
for justifique.
1
1
(a) 3x − 3x +
2 2 3 2 2
(a) H ( x ) = x −5 (d) P( x) = 8x3 + 2x2 −
x 2 2
3
1 1
(b) Q( x ) = x − 4x −2
2 (e) G ( x ) = −7 (b) − x − 2 − 3 − + 2
2 2
(c) 4
K ( x ) = −7x − 0, 3x + x 3
(f) N ( x ) = x2 + | x | 2
x−1
(c) − − ( x − 1)2
2. Determine m para que o grau de
2
Q( x ) = (m − 4) x3 − 5x2 − 3x + 1 seja igual a 3. x3 + x2 x3
(d) + x2 + 1 −
3. Determine o valor de k para que o polinómio: 3 3
1 1
(a) 4x (2k−1) + 3x4 − 4x, seja de grau 7. (e) 2 x−3 x + 3 − 3( x + 1)2
2 2
(b) 4x (3k−5) + 3x4 − 4x, seja de grau 5.
13. Calcule o perímetro:
4. Suponha que F ( x ) = 2ax3 − 3x2 − b2 x − 7 e
G ( x ) = cx4 + 10x3 − (d + 1) x2 − 4x + e. Deter- (a) ...
mine as constantes a, b, c, d e e sabendo que
4x3 − 5x
F ( x ) = G ( x ). 2x3 + 6x
5. Calcule os valores m, n, p de modo que o polinó- 6x3 + x
mio
(b) ...
P( x ) = 2mx3 + (2p + 7) x2 + 5mx + 2m
5x − 2
e o polinómio
2x − 6 3x − 1
Q( x ) = (m + n + p) x4 − ( p + 1) x3 + mx2 + (n − p) x + n
sejam idênticos.
6. Sabe-se que, para todo valor real de x, 14. Define um polinómio A( x ) que dividido por x2 + 1
tem, por quociente x − 1, e resto 1.
( a − 1) x3 + (2a − b + 3) x2 + (b − c) x + (c − 2d) = 0.
Qual é o valor de a + b + c + d? 15. Usando o algoritmo da divisão Determine o quoci-
ente e o resto da divisão inteira de:
7. Calcule os valores de a, b, c e d para que o po-
linômio P( x ) = a( x + c)3 + b( x + d) seja idêntico a (a) 5x3 + 11x2 + 2x por 5x + 1
Q( x ) = x3 + 6x2 + 15x + 14. (b) 2x3 + 4x2 + 3x + 5 por 2x2 + 3
8. Determine o polinômio do 3◦ que satisfaz a condi- (c) x3 − 2x2 + 3x − 1 por x + 3
2
ção P( x − 1) = P( x ) + (2x ) para todo x real.
(d) 6x3 + 4x − 3 − 17x2 por 3x2 − 4x + 1
2
9. Sendo M = 4x − 1, N = ax + bx + c e P =
x2 1
( x − 1)2 , calcule os valores de a, b e c de modo (e) x5 − 2x3 + 3x + 1 por − 2x +
2 2
que 3M + 2N = P. (f) x4 + 2x2 + 1 por 2x + 3
10. Qual é o grau do polinómio x4 x2
(g) − − x por 3x + 1
P( x ) = ( x − 1)( x − 2)2 ( x − 3)3 · . . . · ( x − 100)100 ? 2 2
(h) Um polinómio identicamente nulo por 3x − 2
11. Considere os polinómios P( x ) = 3x2 + 3x,
(i) 5x − 2 por um polinómio identicamente nulo.
Q( x ) = 3x − 2 e R( x ) = x4 + 2x3 − 1, e efetue:
16. Determine o quociente e o resto das seguinte divi-
(a) P( x ) + Q( x ) (e) [ Q( x )]2
sões:
(b) P( x ) − 4 × Q( x ) 2 2
(f) [ P( x )] + [ Q( x )]
(c) P( x ) × Q( x ) (a) ( x3 − x2 + 8x − 5) ÷ ( x2 − 7)
(d) P( x ) × R( x ) (g) R( x) − P( x) × 2 [Q( x)]2 (b) ( x3 + 5x2 + 15) ÷ ( x + 3)
(c) x3 − 2x2 + 3x − 1 por x + 3 31. Use a regra Ruffini para verificar a fórmula
(d) x4 + 2x2 + 1 por 2x + 3 x n − yn = ( x − y)( x n−1 + x n−2 y + . . . + xyn−2 + yn−1 ).
4 3 2
(e) 2x − 5x + 3x − 4 por x − 3
(f) x5 − 5x2 + 1 por x3 − x2 32. Aplique o teorema do resto para determinar o resto
da divisão de:
(g) 3x5 − 4x2 − 3x + 2 por 2x3 − x + 1
(h) x3 − 3x + 4 por 2x + 1 (a) x3 − 7x2 + 7x + 15, por x + 2
Introdução
No quotidiano, muitas vezes usamos expressões sem perceber que as mes-
mas representam expressões algébricas ou numéricas.
Na Antiguidade, as letras foram pouco usadas na representação de nú- François Viète (1540-1603)
meros e relações. De acordo com fontes históricas, os gregos Euclides e Matemático francês, um dos
grandes responsáveis pelo uso
Aristóteles (384-322 a.C), usaram as letras para representar números. A sistemático das letras na
partir do século XIII o matemático italiano Leonardo de Pisa (Fibonacci), Matemática.
escreveu o livro Liber Abaci (o livro do ábaco) sobre a arte de calcular, onde
observamos alguns cálculos algébricos.
x3 − 1
(a)
x2 − 3x + 2
Resolução: De acordo com as definições temos: (b)
p
8
−5x + x2 + 6
D = { x ∈ R : B ( x ) 6 = 0} .
x2 − 25 = 0 ⇔ ( x − 5)( x + 5) = 0 ⇔ x = 5 ∨ x = −5
D = { x ∈ R : x2 + 4x − 12 6= 0} = R \ {−6, 2}
Resolvemos a equação
x3 + 17x = 0 ⇔ x x2 + 17 ⇔ x = 0 ∨
x2
=−17
Logo
D = R \ {0}
Assim temos:
D = R \ {−4, −3, 3, 5}
x2 x
Consideremos as frações algébricas 2
e . Substituindo, nas duas
x +x x+1
frações, as variáveis por um real do seu domínio, obtém-se um mesmo
4 2
valor numérico. Por exemplo, para x = 2 temos = .
6 3
Por outro lado tem-se a propriedade
x2 x
= porque x2 ( x + 1) = ( x2 + x ) x.
+xx2 x+1
Nestas condições dizemos que as duas frações algébricas são equivalentes.
Definição: Frações algébricas equivalentes
A( x ) C ( x )
Duas frações e são equivalentes, no conjunto em que
B( x ) D ( x )
ambas tem significado, e escreve-se
A( x ) C(x)
=
B( x ) D(x)
sse
A ( x ) · D ( x ) = B ( x ) · C ( x ).
1−x x − x2 3x − x2 x
(a) e (b) e
x x2 x2 − 4x + 3 1−x
E.6. Verifique se são equivalentes as
frações seguintes e, em caso afir-
Resolução: Para cada par de frações, verifiquemos a definição: mativo, indique em que conjunto
é válida essa equivalência.
1−x x − x2
(a) Para e vem, x2 − x x−1
x x2 (a) e
3x2 − 5x 3x − 5
(1 − x ) x 2 = x ( x − x 2 ) ⇔ x 2 − x 3 = x 2 − x 3 4x2 − 9x − 9 4x + 3
(b) e
2x2 − 5x − 3 2x + 1
São equivalentes para todo x ∈ R \ {0}.
E.7. Mostre que em R \ {−1}, são
3x − x2 x equivalentes as frações
(b) Para as frações 2 e temos,
x − 4x + 3 1−x x3 + 3x2 + 2x + 6 x + 3
e
x3 + x2 + 2x + 2 x+1
(3x − x2 )(1 − x ) = ( x2 − 4x + 3) x
⇔ 3x − x2 − 3x2 + x3 = x3 − 4x2 + 3x
⇔ 3x − 4x2 + x3 = x3 − 4x2 + 3x
A( x )
Seja uma fração algébrica e C ( x ) um polinómio não-nulo. Então:
B( x )
A( x ) A( x ) · C ( x )
(a) = , onde ambas as frações têm significados;
B( x ) B( x ) · C ( x )
A( x ) A( x ) ÷ C ( x )
(b) = , onde ambas as frações têm significados.
B( x ) B( x ) ÷ C ( x )
A alínea (a) chama-se Princípio Fundamental das Frações Algébricas
e desempenha um papel fundamental para a simplificação de frações
algébricas como veremos a seguir.
D = R \ {−4, 0, 5}
8 − 2x −2x + 8 −2( x − 4)
(c) = =
x2− x − 12 ( x − 4)( x + 3) ( x − 4)( x + 3)
−2 ( x− )
4 −2
= =
( x
−4 )( x + 3) x+3
D = R \ {−3, 4}.
2x3 + 9x2 + x − 12 2x3 + 9x2 + x − 12
(d) Temos que =
x2 − 1 ( x − 1)( x + 1)
Como o numerador é um polinómio de grau 3, para o fatorizar, temos que
conhecer uma das suas raízes. Verificamos as raízes do denominador e
aplicamos a regra de Ruffini.
Com efeito,
) 2x2 + 11x + 12
2x3 + 9x2 + x − 12 −
( x
1 2x2 + 11x + 12
2
= =
x −1 − 1)( x + 1)
( x
x+1
3 1 3·5 1·2 15 2 17
+ = + = + =
2x 5x 2x · 5 5x · 2 10x 10x 10x
D = R \ {0}
x 2 x+2
Exemplo 2.9 Calcule e simplifique + − .
x2 + x x2 − 2x + 1 x2 − 1
E.10. Efetue a operação indicada:
Resolução: Simplificando as frações temos 4 2
(a) −
5−x x−5
1 2 x+2 1 2
+ − , (b) 2 + 2
x −9 x + 3x
x + 1 ( x − 1)2 ( x − 1)( x + 1)
x+1 2x + 1 1
(c) 2 + −
x + 2x 6x + 12 x+2
Portanto D = R \ {0, −1, 1} e
MMC x + 1, ( x − 1)2 , ( x − 1)( x + 1) = ( x − 1)2 ( x + 1).
1 2 x+2
= + 2
−
x + 1 ( x − 1) ( x − 1)( x + 1)
1·( x − 1)2 2·( x + 1) ( x + 2)·( x − 1)
= + −
( x + 1)·( x − 1)2 ( x − 1)2 ·( x + 1) ( x − 1)( x + 1)·( x − 1)
( x − 1)2 + 2( x + 1) − ( x + 2)( x − 1)
=
( x − 1)2 ( x + 1)
x − 2x + 1 + 2x + 2 − x2 − x + 2
2
=
( x − 1)2 ( x + 1)
−x + 5
=
( x − 1)2 ( x + 1)
A( x ) C(x) A( x ) × C ( x )
× =
B( x ) D(x) B( x ) × D ( x )
x2 − 4 x − 1
·
x2 − x x2 − 2x
E.14. Efetue, as seguintes multiplica-
ções, simplifique os resultados
Resolução: Quando se pretende simplificar o resultado convém, antes de e indique os valores da variável
efetuar a multiplicação, decompor em fatores, os termos das duas frações. para os quais a simplificação é vá-
lida:
Assim:
x2 + 3x x2 − 4
(a) · 2
2−x x −9
x2 − 4 x − 1 ( x − 2)( x + 2) x−1 2x 1 − x2
· 2 = · Fatorizar os termos (b) ·
2 x2 + 2x + 1 x2
x − x x − 2x x ( x − 1) x ( x − 2)
x2 + 4x + 4 x2 − 4x + 4
( x − 2)( x + 2)( x − 1) (c) ·
= Multiplicar x−2 x+2
x2 ( x − 1)( x − 2)
( x− 2)( x + 2) −
( x )
1
= 2 Simplificar
x ( x − 1)
( x − 2)
x+2
=
x2
D = R \ {0, 1, 2}.
A( x ) C(x) A( x ) D(x) A( x ) × D ( x )
÷ = × =
B( x ) D(x) B( x ) C(x) B( x ) × C ( x )
3x x+2
Exemplo 2.13 Efetue a divisão ÷ . E.15. Efetue, as seguintes divisões, sim-
x−2 x+1
plifique os resultados e indique
os valores de x para os quais são
válidas as operações e as simplifi-
Resolução: Multiplicamos o dividendo pelo inverso do divisor: cações:
3x x+2 3x x+1 x4 − 1 x2 + 1
÷ = · (a) 4
÷
x 3x
x−2 x+1 x−2 x+2
x2 − 25 x2 + 10x + 25
3x ( x + 1) 3x2 + 3x (b)
15x
÷
9x2
= = 2
( x − 2)( x + 2) x −4 8t3 + 27 4t2 − 6t + 9
(c) ÷ 2
9 − 4t2 2t − t − 3
D = R \ {−2, −1, 2}
9 − 3x − 2x2
Exemplo 2.14 Efetue a divisão x2 − 16 .
4x3 − 9x
2x2 + 5x − 12
E.16. Efetue e simplifique:
Resolução: Escrevendo a divisão em notação habitual vem, x2 − 14x + 48
2
9 − 3x − 2x2 (a) x + 10x + 162
−24 + 11x − x
x2 − 16 9 − 3x − 2x2 4x3 − 9x x2 − x − 72
3
= 2
÷ 2
4x − 9x x − 16 2x + 5x − 12 x − 1 2x + 2 4x − 4
2
(b) · ÷
2x + 5x − 12 x+1 x+2 x+2
(3 − x )(2x + 3) x (2x + 3)(2x − 3) 2a + 6 3+a a+3
= ÷ Fatorizar (c) 2 ÷ ·
a −9 3−a 4
( x + 4)( x − 4) ( x + 4)(2x − 3)
(3 − x )(2x + 3) ( x + 4)(2x − 3)
= · Multiplicar
( x + 4)( x − 4) x (2x + 3)(2x − 3)
(3 − x )(2x
+3 )( x
+ )
4 −
(2x )
3
= Simplificar
(x + 4)( x − 4) x
(2x+ 3)
−
(2x 3)
3−x
=
x ( x − 4)
3 3
D = R \ −4, − , 0, , 4 .
2 2
1. Classifique cada uma das seguintes expressões al- 6. Verifique se são equivalentes as frações seguintes
gébricas e determine o respetivo domínio: e, em caso afirmativo indique em que conjunto é
válida essa equivalência.
1 √ x+1 x2 − 4 2x3 + 9x2 + x − 12
(a) (d) 5+ (a) 2 ;
x x x − 2x x2 − 1
1 x2 + 3 1−x x − x2
(b) +x (e) (b) ;
2 √8 x x2
√ x+1 3x − x2 x
(c) x (f) (c) 2 ;
x x − 4x + 3 1−x
7. Simplifique cada uma das frações algébricas:
2. Determine o domínio das seguintes expressões:
2x12 −2x − 4
(a) (k)
4x8 x2 + 5x + 6
(a) 3x2 − 4x + 7 x2 − 2x − 3 −2x − 8
(i) 4x2 (l)
(b) 2x2 + 5x − 2 x2 − 6x + 9 (b)
x2 + 2x − 8
2x9
x2 − x − 12 2x + 4 2q8 + q7
(c) 4x3 + 3 (j) (c) (m)
x2 − 8x + 16
√ 4x 2q6 + q5
2
(d) 6x − 9 (k) x+7 2x + 4x2
1 √ (d) 8s12
(e) (l)
6
4−x 4x (n)
3−x √ a−4 12s − 16s5
6
(m) 3
2x − 5 (e) u2 − 6u − 16
x+6 √ 4−a
(f) (o)
3x + 2 (n) 4x + 5 2b − 4 u2 − 16u + 64
(f)
x2 − 1 1 2b + 4 v2 + 3v − 18
(g) 2 (o) √ 2c − 4 (p)
x − 2x + 1 7
x−3 (g) v2 + 12v + 36
x2 − 5x + 6 1 4 − c2 a3 − 8
(h) (p) √
8
−2t − 4 (q)
x2 − 4 x+2 (h) 2a − 4
4 − t2
4w2 − 12w + 36
x2 + 4x + 4 (r)
3. Escreva frações algébricas cujos domínio é
(i) 2w3 + 54
x2 − 4
3x − 6 y − 2y2 − 4y + 8
3
√ (j) (s)
x2 − 4x + 4 y2 − 4y + 4
(a) R \ { 2} (b) R \ {−1, 2}
8. Simplifique as frações:
4. Use multiplicação e divisão para escrever duas fra-
5x x+1
ções algébricas equivalentes a: (a) (c)
10x2 + 10 x2 − 1
x2 + x 5x − 5
3( x + 2) ( x + 5)( x − 1) (b) (d)
(a) (b) 4x 3 − 3x
( x + 2)( x − 4) 2( x − 1)
9. Simplifique cada uma das seguintes frações algé-
bricas, indicando o domínio da equivalência:
5. Preencha os espaços em branco para obter frações
√ √
equivalentes: ( x − 3)( x + 3) x3 + 8x2 + 15x
(a) (g)
5 x2 − 3 ( x + 3)( x2 + 6x + 5)
(a) = 3
3x 9x x2 − 4 x2 − 7x + 12
(b) 2 (h) 3
−5 x +x−6 x − 4x2 + x + 6
(b) = 2
x 4x x2 − 3x − 4 3( x − 1)2
2x (c) 2 (i)
(c) = x + 5x + 4 6x2√ −6
x−1 x ( x − 1)( x + 2) 3x + 12 x− 2
5x (d) (j) 2
(d) = 3x2 − 15x + 12 x −2
2x − 5 (2x − 5)( x + 8) x3 − 8 1−y
y (e) 2 (k) 2
(e) = 2 x − 7x + 10 y −1
y+6 y + 5y − 6 2x2 − x − 1 x2 − 4
t2 (f) (l)
(f) = 2 x3 − 1 x3 − 4x2 + x + 6
t−8 t − 6t − 16
11. Simplifique:
(b)
(d)
x2− x − 12 8− a2
(a) (e) 2 x+1 3
16 − x2 a2 + 2a − 8
x2 x x+2
x2 − 2x − 3 x3 + 4x2 − 21x
(b) (f) x−4 x
x−3 x3 − 9x
3 x+1
4 − 4x 9 − 6x + x2
(c) (g) 2
6x − 6 x − 7x + 12
x2 − 4 6x2 + 5x − 6 16. Determine os parâmetros reais A e B, de modo que
(d) (h)
5ax + 10a 15x2 − 7x − 2 sejam equivalentes, no seu domínio, as expressões:
A B 3x − 4
12. Efetue a operação indicada. Simplifique o resul- (a) + e
x − 1 x − 2 ( x − 1)( x − 2)
tado: A B 13x + 7
(b) + e
5x + 1 x − 2 5x2 − 9x − 2
3 1 3a 15
(a) + (d) + 17. Efetue a operação indicada:
2a 5a a+5 a+5
5 3 w−3 w−4 b3 + b 10
(b) − (e) − (a) · 2
6y 8y 9 12 5 b +b
3 7 5 3 3
(c) + (f) − (b) x2 − 6x + 9 ·
2w 2w 2x − 4 2 − x x−3
12
13. Efetue a operação indicada. Simplifique o resul- (c) · 4x2 + 20x + 25
4x + 10
tado: 16a + 8 2a2 + a − 1
2 1 1 (d) ·
(a) − + 5a2 + 1 4a2 − 1
x x−1 x+2 6x − 18 4x2 + 4x + 1
1 2 3 (e) ·
(b) − + 2x2 − 5x − 3 6x + 3
a a+1 a−1 w2 − 1 w−1
5 3 4 (f) ·
(c) − + 2 (w − 1)2 w2 + 2w + 1
3a − 9 2a a − 3a
1 3 a2 − 2a + 4 ( a + 2)3
(d) 2 − (g) ·
x − 4 x2 + 4x + 3 a2 − 4 2a + 4
2
x + 6x + 5 x4
2x 3x
(e) 2 + (h) ·
x − 9 x2 + 4x − 3 x 3x + 3
x−1 x+4 3x2 + 16x + 5 x2
(f) 2 + (i) · 2
x − x − 12 x2 + 5x + 6 x 9x − 1
2x − 5 x2 − 2x + 1 18. Simplifique cada expressão:
(g) −
( x − 2)( x + 6) ( x − 2)( x + 6)
x2 + 5x + 4 4x − 8
14. Efetue e simplifique o mais possível o resultado, (a) ·
2x2 − 8x + 8 x2 − 1
indicando o domínio de validade. x2 + 9x + 20 x2 − 1
3x + 5 5 + 2x (b) ·
(a) 2 + 2x2 + 6x − 8 3x + 15
x − 2x + 1 ( x − 1)2 x 4x − 10 12x2 − 60x + 75
x2 − 1 x2 1 (c) ÷
(b) − + 2 x+3 2x2 − 18
x x+1 x +x x−2 3x2 − 12
5 3x (d) ÷ 2
(c) 2 − 3x − 21 3x − 12x − 63
x − 4 ( x − 2)2
1 1 2
(d) + +
x x − 2 x2 − 2x
Introdução
A introdução de variáveis (letras) na Matemática, principalmente nas equa-
ções é responsável por contribuir para uma interpretação errada da função
da própria ciência mas é graças a esta que se podem resolver, rapidamente,
muitas equações e resolver vários problemas.
(10 − x )2 = 81x
P( x ) = 0
em que P( x ) é um polinómio.
Para resolvermos uma equação de grau superior à dois, temos que reduzi-la
a forma
P( x ) = 0,
fatorizar o polinómio P( x ) e aplicar a Lei do Anulamento do Produto (LAP).
Definição: Lei do Anulamento do Produto
A( x ) · B( x ) = 0 ⇔ A( x ) = 0 ∨ B( x ) = 0.
1−x x−1
( x2 − x )( x2 − 3x + 2) = 0 ⇔ x2 − x = 0 ∨ x2 − 3x + 2 = 0 (c) x + =0
2 2
⇔ x ( x − 1) = 0 ∨ x = 1 ∨ x = 2
⇔ x = 0∨x = 1∨x = 1∨x = 2
Portanto,
S = {0, 1, 2} .
(b) Neste caso temos que fatorizar o primeiro membro da equação antes de
aplicar a Lei do Anulamento do Produto:
x3 + 2x2 − 15x = 0 ⇔ x x2 + 2x − 15 = 0
⇔ x ( x − 3) ( x + 5) = 0
⇔ x = 0 ∨ x = 3 ∨ x = −5
Portanto,
S = {−5, 0, 3} .
ax4 + bx2 + c = 0
Como x2 = y vem
x2 = 4 ∨ x2 = 9 ⇔ x = ±2 ∨ x = ±3
⇔ x = −2 ∨ x = 2 ∨ x = −3 ∨ x = 3
Logo,
S = {−3, −2, 2, 3} .
a2 = 16 ∨
a2
=−1 ⇔ a = ±4 ⇔ a = 4 ∨ a = −4
Portanto,
S = {−4, 4} .
(r + 2)2 = z ⇒ (r + 2)2 = 1
⇔ r + 2 = ±1
⇔ r = ±1 − 2
⇔ r = 1 − 2 ∨ r = −1 − 2
⇔ r = −1 ∨ r = −3
Temos,
S = {−3, −1} .
A( x )
=0
B( x )
x2 − 3x + 2
Exemplo 3.6 Resolva a equação = 0.
x−1
E.6. Resolva as seguintes equações:
Resolução: Seguindo o procedimento, vem: (a)
x2 + 5x − 6
=0
x+1
• D = { x ∈ R : x − 1 6 = 0} = R \ {1}. x3 − 8
(b) =0
A( x ) x+3
• A equação já está na forma = 0. x2 − 7x + 12
B( x ) (c) =0
x2 + 4
• x2 + 3x − 2 = 0 ⇔ x = 2 ∨ x = 1.
• Como 1 6∈ D e 2 ∈ D, vem
x2 − 3x + 2
=0⇔x=2
x−1
Logo, S = {2}.
x + 5 13 − x 40
Exemplo 3.7 Resolva a equação − = 1− 2
x x−5 x − 5x
E.7. Resolva em R, as seguistes equa-
ções:
Resolução: Nesta equação temos que D = R \ {0, 5}.
x −6
(a) = 2
x + 5 13 − x 40 x−3 x − 8x + 15
− = 1− 2 1
x x−5 x ( x − 5) (b) x + + =2
2x − 6 x−3
( x + 5)( x − 5) (13 − x ) x x ( x − 5) 40 1 1 − 2x x2
⇔ − = − (c) + = 2
x ( x − 5) ( x − 5) x x ( x − 5) x ( x − 5) 3 6 − 3x x −4
x2 − 25 13x − x2 x2 − 5x 40
⇔ − = −
x ( x − 5) x ( x − 5) x ( x − 5) x ( x − 5)
x2 − 25 13x − x2 x2 − 5x 40
⇔ − − + =0
x ( x − 5) x ( x − 5) x ( x − 5) x ( x − 5)
x2 − 25 − 13x + x2 − x2 + 5x + 40
⇔ =0
x ( x − 5)
x2 − 8x + 15
⇔ =0
x ( x − 5)
x2 − 8x + 15 ⇔ x = 3 ∨ x = 5.
Observemos que 3 ∈ D mas 5 6∈ D.
Logo,
S = {3}.
2x x−5
Exemplo 3.8 Resolva a equação + 2 = 1.
x−1 x −1
E.8. Resolva em R:
2 3
Resolução: Seguindo os passos do procedimento, obtém-se: (a)
x−1
−
1−x
− 1 = 0.
x+6 x2 + 3x + 2
D = { x ∈ R : x2 − 1 6= 0} = R \ {−1, 1}. (b)
x−4
−3 = 2
x − 5x + 4
.
1 2 1−x
(c) + 2 =
x−2 x +x−6 x+3
2x x−5 2x ( x + 1) x−5 ( x − 1)( x + 1)
+ 2 =1 ⇔ + 2 =
x−1 x −1 ( x − 1)( x + 1) x − 1 ( x − 1)( x + 1)
⇔ 2x ( x + 1) + x − 5 = ( x − 1)( x + 1)
⇔ 2x2 + 2x + x − 5 = x2 − 1
⇔ x2 + 3x − 4 = 0
⇔ x = −4 ∨ x=1
S = {−4}
1 4
Exemplo 3.9 Resolva a equação: −1 = .
x−1 x
E.9. Resolva as equações:
Resolução: Seja D = { x ∈ R : x − 1 6= 0 ∧ x 6= 0} = R \ {0, 1}. (a)
x+5
−1 = 2
1
x2 − 2x x − 2x
1 4 x x ( x − 1) 4( x − 1) 2x x2
−1 = ⇔ − = (b) − 2 =0
x+8 x + 5x − 24
x−1 x x ( x − 1) x ( x − 1) x ( x − 1)
5 1 1
⇔ x − x2 + x = 4x − 4 (c) − − =0
2x + 1 4x 2x
⇔ − x2 − 2x + 4 = 0
⇔ x2 + 2x − 4 = 0
√
−2 ± 4 + 16
⇔ x=
2√
−2 ± 2 5
⇔ x=
2√
⇔ x = −1 ± 5
√ √
⇔ x = −1 + 5 ∨ x = −1 − 5
Portanto √ √
S = {−1 − 5, −1 + 5}.
Os passos 1º. e 2º. devem ser repetidos se aparecerem mais do que uma
expressão com radical.
A verificação das soluções no final da resolução, justifica-se pelo fato de
A2 = B2 6 ⇔ A = B
pois A = B ⇒ A2 = B2 mas A2 = B2 6⇒ A = B.
Por essa inconveniência, na resolução de equações irracionais não usamos
o símbolo de equivalência (⇔).
√
Exemplo 3.10 Resolva, em R, a equação 2x − 3 = 5.
√ √
Exemplo 3.11 Resolva a equação x+2+ 3x + 4 = 2.
1 − 2x + x 2 1 + 1=2 ax + ate
⇔ x+2 = = a2 ,
1+1 = 2 mo
4
o que leva a
⇔ 4x + 8 = 1 − 2x + x2 2 = 2 P.V
ax + ate = a2 mo.
⇔ x2 − 6x − 7 = 0
Transpondo a parcela ate para o
⇔ x = 7 ∨ x = −1 outro lado da igualdade e
dividindo-se todos os termos por a,
que é suposto diferente de zero,
obtemos o resultado:
Portanto 7 não verifica a equação, apenas −1 é solução. x = amo − te!
Logo,
S = {−1}.
√ √
Exemplo 3.12 Resolva a equação irracional x+1− x+6 = 1
S = ∅.
√ √ √
Exemplo 3.13 Resolva a equação x+1+ 2x = 5x + 3.
√ √ √
x + 1 + 2x = 5x + 3
√ √ 2 √ 2
x + 1 + 2x = 5x + 3
q
x + 1 + 2 ( x + 1)(2x ) + 2x = 5x + 3
p
2 2x2 + 2x = 2x + 2
p
2x2 + 2x = x + 1
p 2
2x2 + 2x = ( x + 1)2
2x2 + 2x = x2 + 2x + 1
x2 − 1 = 0
x = 1 ∨ x = −1
Verificação:
Para x = 1
√ √ √
1+1+ 2·1 = 5·1+3
√ √ √
2+ 2 = 8
√ √
2 2 = 22 · 2
√ √
2 2 = 2 2 P.V
Para x = −1
√ q q
1 − 1 + 2(−1) = 5(−1) + 3
√ √ √
0 + −2 = −2
√
P.F porque −2 6∈ R
S = {1}.
Logo (
3−x se x 6 3
|3 − x | =
x−3 se x > 3
Portanto
(
2 x2 − 5x + 6 se x 6 2 ∨ x > 3
| x − 5x + 6| =
− x2 + 5x − 6 se 2 < x < 3
(a) | x | = 0 ⇔ x = 0 x |x|
(d) =
y |y|
(b) | x | = | − x |
(c) | x · y | = | x | · | y | (e) | x | = | y | ⇔ x 2 = y2
1º caso |f(x)| = a; ( a ∈ R)
E.15. Resolva:
Resolução: Como o módulo é positivo, temos: (a) | x + 4| = −8
(b) | x2 − 3x | = 9
| x − 1| = 2 ⇔ x − 1 = 2 ∨ x − 1 = −2 (c) 3 + |1 − x | = 7
⇔ x = 3 ∨ x = −1
S = {−1, 3}.
| f ( x )| = | g( x )| ⇔ f ( x ) = g( x ) ∨ f ( x ) = − g( x )
E.16. Resolva:
Resolução: Seguindo a fórmula acima, obtemos: (a) |5x − 3| = | − x |
(b) |3x − 2| = |5x + 4|
| x + 2| = |3x − 7| ⇔ x + 2 = 3x − 7 ∨ x + 2 = −(3x − 7) (c) |7 − x | − |2x + 3| = 0
⇔ x + 2 = 3x − 7 ∨ x + 2 = −3x + 7
⇔ −2x = −9 ∨ 4x = 5
9 5
⇔ x = ∨x =
2 4
9 5
S= ,
2 4
Assim para este tipo de equação modular, devemos iniciar sua resolução
impondo a condição de existência do módulo em questão.
|3x − 5| = 5x − 1 ⇔ 3x − 5 = 5x − 1 ∨ 3x − 5 = −(5x − 1)
⇔ 3x − 5 = 5x − 1 ∨ 3x − 5 = −5x + 1
⇔ −2x = 4 ∨ 8x = 6
3
⇔ x = −2 ∨ x =
4
E.18. Resolva:
Resolução: Aplicando as propriedades do módulo vem: (a) | x + 5| = 2| x − 1|
x−3
(b) − |x| = 0
|5x − x2 | 5x − x2 5
3| x + 1| = ⇔ |3|| x + 1| = Prop. (d)
|x| x (c) |2x + 1| =
7
| x + 2|
⇔ |3( x + 1)| = |5 − x | Prop. (c)
⇔ |3x + 3| = |5 − x |
⇔ (3x + 3)2 = (5 − x )2 Prop. (e)
2 2
⇔ (3x + 3) − (5 − x ) = 0
⇔ [(3x + 3) − (5 − x )] [(3x + 3) + (5 − x )] = 0
⇔ (4x − 2)(2x + 8) = 0
1
⇔ x = ∨ x = −4
2
Logo,
1
S= −4,
2
x −∞ 3 10 +∞
| x − 3| −x + 3 0 x−3 7 x−3
| x − 10| − x + 10 7 − x + 10 0 x − 10
| x − 3| + | x − 10| −2x + 13 7 7 7 2x − 13
−2x + 13 = 11 se x < 3
| x − 3| + | x − 10| = 11 ⇔ 7 = 11 se 3 6 x 6 10
2x − 13 = 11 se x > 10
x = 1 se x < 3
⇔ 7 = 11 se 3 6 x 6 10 (impossível)
x = 12 se x > 10
1
⇔ y = 1∨y = −
3
(a) 3( x + 4)( x2 + 1) = 0 20 2
(a) 2x4 + 5 = 11x2 (c) 5x4 − 25 = − x
2 3
(b) 7(2x − 3) ( x + 1) ( x − 5) = 0 3
(c) 4( x − 10)5 (2x − 3) = 4( x − 10)5 ( x − 1) (b) 3x4 − 4x2 = 7 (d) 2x4 − 16x2 − 18 = 0
(d) ( x2 + x + 1)3 (7x − 14)5 = 0
9. Resolva as equações biquadradas:
2. Uma das soluções da equação (a) x4 − 18x2 + 81 = 0
(b) x4 − 6x2 + 10 = 0
x3 − 6x2 + 11x − 6 = 0 2 2
(c) x2 − 2 + x2 − 4 = 4
é o número 1. Determine o conjunto-solução. 2 2
(d) x2 − 3 + x2 + 1 = 26
3. Resolva a equação
x2 − 3 2x2 + 4
(e) x4 − =
2 3
x4 − 4x3 + 8x2 − 16x + 16 = 0 2−5 2+5
x x
(f) x4 − =
sabendo que 2 é raiz dupla da mesma. 4 3
10. Resolva a equação
4. Resolva em, R, a equação
x4 − 2x2 − 8 x2 − 2 = 0
x4 − 4x3 − x2 + 16x − 12 = 0,
11. Resolva as seguintes equações:
sabendo que duas de suas raízes são 2 e 3. 5 3 x+2 x
(a) = (d) =
5. Resolva, em R, cada uma das equações seguintes, x+4 x−2 x−5 x−1
−3 2x 3x + 1 −x
dada uma de sua raízes r: (b) = (e) 2 =
x+2 x−3 x −1 x+1
(a) x3 − 2x2 − 13x − 10 = 0 e r = 5 x+2 x−1 7x − 15 x−2
1 (c) = (f) 2 =
(b) 2x3 − x2 + 2x − 1 = 0 e r = x−3 x−2 x −9 x−3
2
(c) x3 + 3x2 + 2x + 6 = 0 e r = −3 12. Resolva cada uma das seguintes equações:
1 −10 x
(d) 3x3 − x2 − 3x + 1 = 0 e r = (a) =
3 x2 − 12x + 35 x−5
x x+1 5
6. Resolva, em R, cada uma das seguintes equações, (b) − = 2
x+1 x−4 x − 3x − 4
dadas duas de suas raízes r1 e r2 : x+1 x−2 11x + 32
(c) + = 2
(a) x4 − 5x3 + 3x2 + 15x − 18 = 0, com r1 = 2 e x+6 x+4 x + 10x + 24
x 1 2x + 5
r2 = 3 (d) − = 2
5 4 3 2 x+1 x+2 x + 3x + 2
(b) 3x − 16x + 11x + 22x − 8x = 0, com r1 = −1 x 1 7
e r2 = 4 (e) − = 2
x−2 x+5 x + 3x − 10
(c) 2x4 − 2x3 − 13x2 + x + 6 = 0, com r1 = −2 e 4 1 25
(f) − =
r2 = 3 x−2 2−x x+6
3 1 10
(d) x6 − 4x5 + 5x4 − 4x3 + 4x2 = 0, com r1 = r2 = 2 (g) − = 2
x+1 1−x x −1
1 3 4
7. Resolva as equações biquadradas abaixo em R: (h) + =
x2 − 9 x + 3 x−3
(a) x4 − 8x2 + 16 = 0 3 5 1
(i) − = 2
(b) x4 − 8x2 − 9 = 0 x−2 x+3 x +x−6
2x − 1 3x − 1 x
(c) x4 − 4 = 3x2 (j) + =
3x + 3 6t + 6 x+1
(d) x4 − 5x2 + 10 = 0 x−1 2x + 1 1
(k) + =
x2 − 9 x−3 x+3
(e) x2 − 1 x2 − 12 + 24 = 0
x+1 5
2 (l) = 2 +1
x−3 x −3
(f) x2 + 2 = 2 x2 + 6
15. Resolva:
22. Resolva:
√ √ √ √
(a) x+1 = x+9
(a) 2 + 3x − 2 = 6 (b) 5x − 1 + 3 = x √ q
(b) 1 + x = 3( x − 1)
√ √
16. Resolva: (c) 3x + 1 = 5x + 1
√ √
√ √ (d) x + 2 = 2x + 7
(a) 4m + 8 m − 5 = 0 (c) 2w + 3 w = 14
√ √ 23. Resolva:
(b) 4m + 8 m − 21 = 0 (d) 3w + 3 w = 12 √ √
(a) 2x + 3 + 2 = x − 2
√ √
(b) 2x − 1 − x − 5 = 3
17. Resolva as seguintes equações: √ √
(c) x+3+ 2−x = 3
√ √ √ √
(a) x+1+x = 5 (e) x+5−x = 3 (d) x+7 = 2+ 3−x
√ √ √ √
(b) x+8−x = 8 (f) x+5+x = 7 (e) 8−x = 1+ x+5
√ √
√ √
(c) x+4+x = 8 (g) x+9−x = 9
(f) p3x + 1 + 2 = x − 1
√ √ (g) 4x2p+ 12x + 1 − 6x = 9
(d) x+8−x = 2 (h) x+7+x = 5
(h) 6x − 4x2 − 20x + 17 = 15
Introdução
O conceito de inequações faz parte do folclore da Matemática. A sua
importância é inquestionável.
Nas últimas duas décadas várias desigualdades foram provados que tinha
nomes ligados a eles e essas desigualdades começaram para ser consi-
derado parte do conhecimento básico dos analistas. Além disso, certos
artigos cujo único propósito era provar uma desigualdade foram publica-
dos, incluindo um por Chebyshev.
+ +
−∞ 1 − 3 +∞
S = [1, 3].
1
x −∞ −2 2 +∞
2
x−2 − − − − − 0 +
x+2 − 0 + + + + +
1
x− − − − 0 + + +
2
P( x ) − 0 + 0 − 0 +
x+2 2x − 3 x x2 − 1
>2, <0 e >
x−3 x+5 x+4 5−x
são chamadas inequações fracionarias.
x −∞ 3 5 +∞
x−5 − − − 0 +
3−x + 0 − − −
x−5
− n.d. + 0 −
3−x
S =] − ∞, 3[∪[5, +∞[.
x−5
Com isso lembramos que as inequações 6 0 e ( x − 5)(3 − x ) 6 0
3−x
tem as mesmas soluções porque a regra dos sinais para o produto e para o
quociente é a mesma.
4º. Usa-se a regra dos sinais para a divisão de números, para determinar
as regiões que satisfazem a condição encontrada no 1º. passo.
2x + 7
Exemplo 4.5 Resolva, em R, a inequação > 3.
x−4
E.5. Resolva as seguintes inequações:
Resolução: O método para a resolução de inequações fracionarias é base- x2 − 4x + 3
(a) 61
x2 + 3x
ada no estudo do sinal de um quociente. Em ultima instância, isso requer que
1 −1 1
um membro da inequação seja zero. (b) 2 < −
x −1 x−1 3
x−2 4 8
(c) + > 2
O domínio é R \ {4}. x x−2 x − 2x
E.6. Recorrendo a intervalos de núme-
ros reais, represente em R, o do-
Se a inequação não estiver dessa forma, nosso primeiro trabalho é transformá- mínio das seguintes expressões al-
la nessa forma. gébricas:
s
x2 − 4x + 3
(a)
2x + 7 2x + 7 2x + 7 3( x − 4) x2 + 2x + 1
>3 ⇔ −3 > 0 ⇔ − >0
x−4 x−4 x−4 x−4
s
x2 − 1
2x + 7 − 3x + 12 − x + 19 (b) 2
−1
x − 5x + 6
⇔ >0⇔ >0
x−4 x−4 2
(c) r
x
Determinação dos zeros −7
x−1
− x + 19 = 0 ⇔ x = 19
x−4 = 0 ⇔ x = 4
Quadro de sinal
x −∞ 4 19 +∞
− x + 19 + + + 0 −
x−4 − 0 + + +
− x + 19
− n.d. + 0 −
x−4
− x + 19
O conjunto-solução consiste do intervalo em que o quociente é
x−4
não-negativo.
Logo,
S =]4, 19].
pectivamente: 2. | x | 6 a ⇔ − a 6 x 6 a
−∞ −a 0 a +∞
−∞ 7 3 +∞
−
3
Assim,
7 7
S= x∈R:− 6x63 = − ,3 .
3 3
(b) Com efeito, fazemos
5 − 6| x + 7| 6 −1 ⇔ −6|4x + 1| 6 −6
⇔ | x + 7| > 1
⇔ x + 7 > 1 ∨ x + 7 6 −1
⇔ x > −6 ∨ x 6 −8
−∞ −8 −6 +∞
Portanto,
2º caso: |f(x)| < g(x) ou |f(x)| 6 g(x) ou |f(x)| > g(x) ou |f(x)| > g(x)
Resolvemos essas inequações usando a seguinte técnica:
1 (a) x2 − 3x + 2 < x2
4x + 2
⇐x>−
2 (b) |3x − 1| 6 x2 + 1
|4x + 2| = (c) |5x − 4| 6 4x − 5
−4x − 2 1 x2 − 2x
⇐x<−
(d) 6 x+1
2 x+1
Então temos,
1
4x + 2 > −5x + 7 se x > −
2
|4x + 2| > −5x + 7 ⇔
−4x − 2 > −5x + 7 1
se x < −
2
1
9x > 5 se x > − 2
⇔
1
x>9 se x < −
2
5 1
x> 9
se x > −
2
⇔
1
x>9 se x < − (impossível)
2
5
⇔x>
9
−∞ 1 5 +∞
−
2 9
O conjunto-solução é então
5 5
S= x∈R:x> = , +∞ .
9 9
x −∞ 0 1 +∞
|x| −x 0 x 1 x
| x − 1| −x + 1 1 −x + 1 0 x−1
| x | + | x − 1| −2x + 1 1 1 1 2x − 1
Então,
−2x + 1 < 3 se x < 0
| x | + | x − 1| < 3 ⇔ 1<3 se 0 6 x 6 1 (universal)
2x − 1 < 3 se x > 1
x > −1 se x < 0
⇔ 1<3 se 0 6 x 6 1
x<2 se x > 1
−∞ −1 0 1 2 +∞
Portanto
S = { x ∈ R : −1 < x < 2} = ]−1, 2[ .
Introdução
O conceito de função é um dos mais importantes da Matemática. Este
conceito sofreu uma grande evolução ao longo dos séculos, sendo que
a introdução do método analítico na definição de função (séc., XVI, séc.
XVII) veio revolucionar a Matemática.
A palavra função foi usada pela primeira vez em 1673 por Gottfried Leibniz.
Ele viu funções como relacionadas a uma curva geométrica e sua inclinação. Nota Histórica
Definição: Função
f (− x ) = f ( x ), ∀ x, − x ∈ D f .
Função Par
y
Uma função é ímpar se à objetos simétricos correspondem imagens
simétricas, ou seja,
f (− x ) = − f ( x ), ∀ x, − x ∈ D f .
0 x
O gráfico de uma função par é simétrico relativamente ao eixo y.
O gráfico de uma função ímpar é simétrico relativamente à origem.
x4 + 3x2
(a) Para f ( x ) = , substituindo x por − x, temos
2
(− x )4 + 3(− x )2 x4 + 3x2
f (− x ) = = = f (x)
2 2
Como D f = R e f (− x ) = f ( x ), ∀ x ∈ R, a função é par. E.4. Estude a paridade de cada uma
das seguintes funções:
(b) Em g( x ) = x5 · | x |, fazemos:
(a) f ( x ) = x4 − 3x2
1
g(− x ) = (− x )5 · |− x | = − x5 · | x | = − x5 · | x | = − g( x ) (b) f ( x ) = −3x3 −
x
2x + 1
(c) f ( x ) =
Como Dg = R e g(− x ) = − g( x ), ∀ x ∈ R, a função é ímpar. x−1
1
(c) Para a função h( x ) = + 1, temos:
x
1 1
h(− x ) = +1 = − +1
−x x
1
−h( x ) = − − 1
x Curiosidade!
Logo: "Porquê usar as palavras par e
ímpar?"
• h(− x ) 6= h( x ), h não é par; A função f : x 7→ x n tem a
propriedade:
• h(− x ) 6= −h( x ), h não é ímpar.
f (− x ) = f ( x ) para valores de n
pares e
f (− x ) = − f ( x ) para valores de n
ímpares.
5.3 Operações com funções
Assim como podemos operar com expressões algébricas, também se opera
com duas funções.
sendo D f + g = D f ∩ Dg .
1
Exemplo 5.3 Sendo f ( x ) = x2 e g( x ) = , caraterize f + g. E.5. Sejam as funções reais de variável
x−2 real definidas por
j( x ) = x2 + 5 e k ( x ) = x2 − 5
(a) Caraterize a função j + k
Resolução: De acordo com a definição, temos:
(b) Calcule ( j + k)(5)
1 x3 − 2x2 + 1 E.6. Considere as funções r.v.r defini-
( f + g) ( x ) = f ( x ) + g( x ) = x2 + = 2x
x−2 x−2 das por a( x ) = , b( x ) = 5 e
1−x
7
D f + g = D f ∩ D g = R ∩ R \ {2} = R \ {2} c( x ) = .
x2 − 1
Portanto tem-se (a) Determine o domínio de cada
função;
f + g : R \ {2} −−→ R (b) Calcule a(3) + b(7) + 5c(0);
sendo D f − g = D f ∩ Dg .
1
Exemplo 5.4 Sendo f ( x ) = x2 − x e g( x ) = , caraterize a
x+1 E.7. Considere as funções r.v.r defini-
função f − g. das por m( x ) = x + 1 e
8
n( x ) = :
x−1
Portanto tem-se i. (m − n) ( x ) = 4
ii. (m − n) ( x ) ≤ 0
f − g : R \ {−1} −−→ R (e) Estude a paridade das funções
m, n e m − n.
x3 − x − 1
x 7−−→ .
x+1
sendo D f · g = D f ∩ Dg .
g f (x)
x 7−−→
g( x )
f f (x)
(x) =
g g( x )
sendo D f = D f ∩ D g ∩ { x ∈ R : g ( x ) 6 = 0}.
g
3 f
Exemplo 5.6 Sendo f ( x ) = e g( x ) = x2 − 1, função .
x g
E.10. Considere as funções definidas
por f ( x ) = 7x − 3 e
Resolução: De acordo com a definição, g( x ) = x2 + 6x
3 (a) Determine D f e Dg
f f (x) 3
(x) = = 2x =
g g( x ) x −1 x ( x 2 − 1) (b) Caraterize a função
f
e
g
g f
D f = R \ {0} ∩ R ∩ { x ∈ R : x 6= 1 ∧ x 6= −1} = R \ {−1, 0, 1}
f g
g (c) Calcule (1) − (5)
g f
Portanto tem-se (d) Resolva a equação
f f
: R \ {−1, 0, 1} −−→ R g
(x) = 0
g
3 (e) Estude a paridade de
f
x 7−−→ . g
x ( x2− 1)
• ( f ◦ g) ( x ) = f ( g( x ))
n o g f
• D f ◦ g = x ∈ R : x ∈ Dg ∧ g( x ) ∈ D f
x g( x ) f ( g( x ))
√ 1
Exemplo 5.7 Sejam f ( x ) = x, g( x ) = x2 e h( x ) = .
x
Caraterize:
(a) f ◦ g
(b) g ◦ h
Dg◦h = { x ∈ R : x ∈ Dh ∧ h ( x ) ∈ D g }
1
= x ∈ R : x ∈ R \ {0} ∧ ∈ R
x
= R \ {0} ∩ R \ {0} = R \ {0}.
Logo,
g ◦ h : R \ {0} −−→ R
1
x 7−−→
x2
f ( x1 ) = f ( x2 ) ⇒ x1 = x2 .
∀y ∈ B, ∃ x ∈ A tal que y = f ( x ).
(a) f ( x ) = 2 − 3x
(b) g ( x ) = x 2
Assim f é sobrejetiva.
(b) A função g( x ) = x2 não é sobrejetiva porque nem todos elementos de R
são imagens pela função g. O conjunto R contém todos os reais negativos,
e não existe um número cujo quadrado é negativo.
Formalmente se y = −1, não existe x2 ∈ R tal que g( x ) = x2 = −1.
• D f −1 = D 0f x f (x)
• D 0f −1 = Df
f −1
−1
• y = f (x) ⇔ x = f ( y ), ∀ x ∈ D f , ∀ y ∈ D 0f −1 D 0f −1 D f −1
y
Nota: Os gráfico de duas funções inversas entre si são simétricas em f x
relação reta y = x.
seguinte procedimento:
0 x
1º. Determina-se o domínio de f .
f −1 : D 0f −−→ D f
x 7−−→ y = f −1 ( x )
Exemplo 5.10 Seja f uma função real de variável real, definida por:
f ( x ) = 2x + 4.
Note-se que:
x x
f ◦ f −1 ( x ) = f f −1 ( x ) = f −2 = 2 − 2 +4 = x−4+4 = x
2 2
2x + 4
f −1 ◦ f ( x ) = f −1 ( f ( x )) = f −1 (2x + 4) = −2 = x+2−2 = x
2
Verificou-se que:
f f −1 ( x ) = x e f −1 ( f ( x )) = x
(b) f ◦ f −1 ( x ) = f f −1 ( x ) = x, ∀ x ∈ D f −1
x
Exemplo 5.11 Seja f ( x ) = . Determine D f e D 0f .
x−1
E.19. Determine o contradomínio das
funções:
Resolução: Temos que D f = R \ {−1}.
(a) f : x 7→ 1 − x
3
Para determinarmos D 0f , vamos utilizar a expressão algébrica de f −1 . (b) g : x 7→
x−5
2x
(c) h : x 7→
Para x = −1, vem 1−x
x y
y= ⇔ x= ⇔ xy + x = y
x+1 y+1
−x
⇔ y ( x − 1) = − x ⇔ y =
x−1
Temos,
x − 1 6= 0 ⇔ x 6= 1.
Logo, D 0f = R \ {1}.
1. Determine o domínio de cada uma das funções: 4. Estude a paridade das seguintes funções:
(a) a( x ) = x2 − 5x 3x
√ (i) i ( x ) = √
x2
p −4 (a) f ( x ) = x2 (i) f ( x ) = − x3 − x
(b) b(t) = 3 5 − t
√ (j) j(t) = t2 − 2t + 5 3 2
(c) c( x ) = 3 x + 9 (b) f ( x ) = x (j) f ( x ) = x + 2x
√
s
(d) d(t) = −1 − t x2 − 4x + 5 (c) f ( x ) = 4x + 5 (k) f ( x ) = ( x − 4)2
(k) k( x) = 3
2x + 3 x2 + 2x + 3 (d) f ( x ) = x − x (l) f ( x ) = x (1 − x )
(e) e( x ) =
(e) f ( x ) = 2x2 − 4
r
x−4 t−1
(l) l (t) = (m) f ( x ) = x2 + 6x + 5
1 − 2t 5−t (f) f ( x ) = x2 − 6
(f) f (t) = 2 1
t +3 (n) f ( x ) = x − 2
r
x−3 (g) f ( x ) = x3 − x − 2 2
3x + 7 (m) m( x ) =
(g) g( x ) = 2 x+2 (h) f ( x ) = x4 − x2 + 4 (o) f ( x ) = 3x − 4x3
x +x−2 s
2
t + 4t + 6
2t2 − 9 (n) n(t) =
(h) h(t) = 2 t2 + 4t + 3
t −t−6
√ 1 1
(a) f ( x ) = (d) f ( x ) = x +
(a) f ( x ) = 6x − 3 (d) f ( x ) = x+3 x2 x
(b) f ( x ) = x2 − 4x + 4 (e) f ( x ) = 3x3 − 5x2 2 1
(b) f ( x ) = (e) f ( x ) = x + 2
x x
(c) f ( x ) = x4 − 1
1 2 1
(c) f ( x ) = x2 + (f) f ( x ) = x + 2
x x
i. ( g ◦ f )( x ) v. (h ◦ h)( x )
Calcule os valores de:
ii. ( f ◦ g)( x )
vi. (h ◦ ( g ◦ f ))( x )
iii. ( g ◦ h)( x )
(a) ( f + g) (1) (c) ( f · g) (2)
iv. (h ◦ g)( x ) vii. ((h ◦ g) ◦ f )( x )
(b) ( f − g) (−1) (d) ( f ÷ g) (−3)
27. As seguinte funções são injetivas. Determine f −1 : 32. Determine as inversas das funções:
1 4x 2x 5
(a) f ( x ) = x (h) f ( x ) = (a) f : R → R, f ( x ) = +
5 2−x 5 2
(b) f ( x ) = 4x 1
(i) f ( x ) = 8x3 − 5 (b) f : R \ {0} → R, f ( x ) =
x
(c) f ( x ) = 2x + 7
(j) f ( x ) = 2x5 + 9 (c) f : R → R, f ( x ) = x3 + 1
(d) f ( x ) = 7 − 8x √
2 (k) f ( x ) = 2 9 − x (d) f : R → R, f ( x ) = ( x − 1)3
(e) f ( x ) = 3 − √ √
x (l) f ( x ) = 3 x − 4 (e) f : R → R, f ( x ) = 8 + 5 3x − 7
4 √
(f) f ( x ) = 5 + √ (f) f : R → R f ( x ) = −1 + 4 − 5x
3
x (m) f ( x ) = 2 + 3 − x
2x √ 3x − 1
(g) f ( x ) = (n) f ( x ) = 4 − x + 5 33. Se f ( x ) = , com x ∈ R, calcule:
x+1 2
28. Determine as inversas das funções:
−1 5 −1 7
x (a) f (b) f −
(a) f : R → R, f ( x ) = 2 4
2
x+1
(b) f : R → R, f ( x ) = 34. Seja f uma função injetiva definida por
4
29. Esboce o gráfico da função f : R → R definida por 1
f (x) = .
( x x−2
se x 6 0 (a) Determine o domínio de f
f (x) = 2
2x se x > 0 (b) Calcule f −1 ( x )
e observe que f é injetiva. Determine f −1 . (c) Determine o domínio de f −1
Introdução
a2 b2 c2 a 2 b 2
+ 2 = 2 ⇔ + = 1 ⇔ sin2 α + cos2 α = 1 Para além das três razões trigonométri-
c2 c c c c
cas básicas (seno, cosseno e tangente),
existem outras que são razões trigono-
Esta fórmula é denominada de Fórmula Fundamental da Trigonometria. métricas inversas dessas:
• Secante é inversa do cosseno:
Derivada desta, temos as fórmulas secundárias: 1
sec α =
cos α
• Tendo sin2 α + cos2 α = 1, dividindo por sin2 α temos:
• Cossecante é inversa do seno:
1
sin2 α cos2 α 1 1 csc α =
+ = ⇔ 1 + cot2 α = sin α
sin2 α sin2 α sin2 α sin2 α
• Cotangente é inversa da tangente:
2 2 2 1
• sin α + cos α = 1, dividindo por cos α temos: cot α =
tan α
sin2 α cos2 α 1 1
2
+ 2
= 2
⇔ tan2 α + 1 =
cos α cos α cos α cos2 α
Exemplo 6.1
Uma escada de um carro pode
estender-se até um comprimento
máximo de 30 m quando é le-
vantada à um ângulo máximo
de 70◦ . Sabe-se que a base da
escada está colocada sobre um
camião, à uma altura de 2 m do
solo.
Que altura, em relação ao solo,
essa escada pode alcançar?
(use sin 70◦ = 0, 94; cos 70◦ = 0, 34; tan 70◦ = 2, 75). E.1. Considere o triângulo retângulo
em A e agudo em α.
13 cm
Resolução: Notemos que podemos modelar aqui um triângulo retângulo
em que a escada constitui a hipotenusa e a altura procurada é o cateto oposto C
α
12 cm A
do ângulo agudo de 70◦ .
A razão trigonométrica que usa o cateto oposto e a hipotenusa é o seno, (a) Calcule o valor de cada uma
das razões trigonométricas do
portanto temos
ângulo α.
h h (b) Qual é a amplitude de α.
sin 70◦ = ⇔ 0, 94 = ⇔ h = 28, 2 m
30 30
A = 28, 2 + 2 = 30, 2.
B c A
Podemos usar a Lei dos senos para resolver qualquer triângulo quando se
conhece as medidas de:
• dois ângulos e um lado qualquer, ou
Exemplo 6.3
Do alto de seus faróis, que distam 5 km um
do outro, dois faroleiros avistam um barco no
mar, como mostra a figura ao lado. Determine
a distância do Barco ao Farol A.
E.4. Relativamente ao exemplo ao
lado, determine a distância do
Resolução: Sabendo que a soma de todos os ângulos internos de um Barco ao Farol B.
◦ ◦
triângulo é 180 , conclui-se que o ângulo com vértice no Barco mede 45 .
E.5. Calcule as medidas dos lados b
Seja x a distancia (em km) entre o Barco e o Farol A. Aplicando a Lei dos e c num triângulo [ ABC ] em que
senos obtemos, a = 10 cm, B̂ = 30◦ e Ĉ = 45◦ .
x 5
◦
= ⇔ x sin 45◦ = 5 · sin 105◦
sin 105 sin 45◦
5 · sin 105◦
⇔ x= ⇔ x ≈ 6.83
sin 45◦
A distância do Barco ao Farol A é 6, 83 km aproximadamente.
• b2 = a2 + c2 − 2ac · cos B̂ c b
• c2 = a2 + b2 − 2ab · cos Ĉ
B C
a
Podemos usar a Lei dos cossenos para resolver qualquer triângulo quando
se conhece as medidas de:
• dois lados e o ângulo por eles formado, ou
Lado origem
Lado extremidade
−45◦
45◦
• O lado origem do ângulo está sobreposto ao semi-eixo positivo do (a) −45◦ (c) 55◦
α α
α
O x O x O x O x
α
ou
30◦ + 5 × 360◦ ?
Concluímos que, qualquer ângulo da forma 30◦
O x
30◦ + k × 360◦ , k ∈ Z
...
1h = 60min
• Um ângulo giro mede 360◦ • Um minuto corresponde a 6000
1min = 60s.
• Um grau corresponde a 600
12 ◦
◦ 0 00 47
31 47 12 = 31 + + ≈ 31, 787◦ .
60 3600
De seguida temos:
tan α
Para o estudo das razões trigonométricas vamos associar ao círculo, quatro
sin α
α
eixos:
−1 O cos α 1 x
−1 ≤ cos α ≤ 1 −1
−1 ≤ sin α ≤ 1
y y y
1 1 1
+ + − + − +
−1 O 1 x −1 O 1 x −1 O 1 x
− − − + + −
−1 −1 −1
π 3π
α 0◦ = 0 90◦ = 180◦ = π 270◦ =
2 2
sin α 0 1 0 −1
cos α 1 0 −1 0
◦ 2 2 2 2 2
= sin 45 = E.21. Sabendo que
2 135◦
√
3
cos 135◦ = cos(180◦ − 45◦ ) cos(π − α) =
√ 5
2 −1 O 1 x π
= − cos 45◦ = − e
2
< α < π determine o valor
2 exato de
tan 135◦ = tan(180◦ − 45◦ ) π
3π
−1 sin + α − cos −α .
= − tan 45◦ = −1 2 2
π 3
= − sin = −
3 2 240◦
4π π
cos = cos π +
3 3 −1 O 1 x
π 1
= − cos = −
3 2
4π π 1
√ !
3
tan = tan π + − ,−
2 2 −1
3 3
π √
= tan = 3
3
Q(?, ?) P( x, y) P( x, y) P( x, y)
180◦ − α 360◦ − α
α 180◦ + α α α
−1 O 1 x −1 O 1 x −1 O 1 x
Q(?, ?) Q(?, ?)
−1 −1 −1
Q 7→ (− x, y) Q 7→ (− x, −y) Q 7→ ( x, −y)
sin(180◦ − α) = sin α sin(180◦ + α) = − sin α sin(360◦ − α) = − sin α
y y
1 1
Q(?, ?) Q(?, ?)
90◦ − α
P( x, y) 90◦ + α P( x, y)
α α
−1 O 1 x −1 O 1 x
−1 −1
Q 7→ (y, x ) Q 7→ (−y, x )
sin(90◦ − α) = cos α sin(90◦ + α) = cos α
y y
1 1
P( x, y) P( x, y)
270◦ − α
α α
−1 O 1 x −1 O 1 x
270◦ + α
Q(?, ?) Q(?, ?)
−1 −1
Q 7→ (−y, − x ) Q 7→ (y, − x )
◦
sin(270 − α) = − cos α sin(270◦ + α) = − cos α
cos(270◦ − α) = − sin α cos(270◦ + α) = sin α
tan(270◦ − α) = cot α tan(270◦ + α) = − cot α
−1 O −67◦ 1 x
Como o seno no 4.º quadrante é negativo,
vem:
sin 293◦ = sin(360◦ − 67◦ ) = − sin 67◦ . −1
2.ª x e α tem imagens simétricas em relação ao eixo dos senos, isto é, são
ângulos suplementares.
Em resumo
Teorema: Equação seno
π
Exemplo 6.20 Resolva a equação sin x = sin .
8
E.29. Resolva, em R, as equações:
π
Resolução: Esta é uma equação fundamental. Aplicamos diretamente, a (a) sin x = sin
4
definição e obtemos: 2π
(b) sin (5x + 1) = sin
5
π π π
sin x = sin ⇔ x= + 2kπ ∨ x = π − + 2kπ (c) sin x = sin
π
8 8 8 2
π 7π 2π
⇔ x = + 2kπ ∨ x = + 2kπ, k ∈ Z (d) csc x = csc
3
8 8
(e) sin(−2x ) − sin x = 0
Escrevemos então, em compreensão, o conjunto-solução da equação:
π 7π
S = x ∈ R : x = + 2kπ ∨ x = + 2kπ, k ∈ Z
8 8
3π π
Obs.: Não há contradição com o que foi dito, pois π − = − que tem
2 2
3π
os mesmos lados origem e extremidade que o ângulo .
2
Em resumo
Teorema: Equação cosseno
π π 2kπ π 2kπ
5x = ± + 2kπ ⇔ x = + ∨x =− + , k ∈ Z.
3 15 5 5 5
π
Como 0 < x < , faremos k variar até que seja conveniente. Assim:
2
Para
π π
k=0→x= ∨x = −
15 15
7π π
k=1→x= ∨x =−
15 3
13π
π
k=2→x= 15 ∨ x = −
15
Logo
π 7π π
S= , , .
15 15 3
sin x = cos x
em [0, 2π ].
−1 O 1 x
1.ª x e α têm a mesma imagem, isto é são
ângulos com a mesma representação geométrica, ou
P0
Em resumo
Teorema: Equação tangente
π π
Exemplo 6.27 Resolva a equação tan(3x ) = tan para 0 < x < .
8 2
E.36. Resolva as seguintes equações:
π π
Resolução: Devemos ter (a) tan x −
6
− tan = 0
5
π
π π kπ (b) tan(4x ) = tan x −
3x = + kπ ⇔ x = + , k∈Z 4
8 24 3 π
(c) tan 5x = −1 para 0 < x <
2
Faremos k variar até que seja conveniente. 1 3
(d) =
Para k < 0 obtemos valores negativos para x, o que não convém ao problema. 1 + tan2 x 4
π
k=0→
24
π π 9π 3π
k=1→ + = =
24 3 24 8
π 2π 17π
k=2→ + =
24 3 24
Logo
π 3π
S= , .
24 8
√
2 3
Exemplo 6.28 Resolva, em R, a equação cot(2x ) = − .
3
E.37. Resolva as equações:
√ √ 3π
2 3 3 (a) tan x = tan
Resolução: Temos cot(2x ) = − ⇔ tan(2x ) = . Um valor 7
3 √ 2 π
(b) tan 2x = tan
5π 5π 3 4
possível para 2x é , pois tan =− . Então temos
(c) 3 tan x = 3
6 6 2
1 1
(d) tan x = √
5π 5π 5π kπ 3 3
tan(2x ) = tan ⇔ 2x = + kπ ⇔ x = + , k ∈ Z. √
6 6 12 2 (e) 7 tan θ = 2 3 + tan θ
O conjunto solução é
5π kπ
S= x∈R:x= + , k∈Z .
12 2
tan x = tan( x + kπ ), ∀k ∈ Z
cot x = cot( x + kπ ), ∀k ∈ Z.
f ( x ) = 4 sin(2x ).
y
β sin β
(0,1)
(cos β,sin β) 0 0
1
π
β
x
1
(−1,0) O (1,0) 2
π 0
(0,−1) 3π
−1
2
2π 0
π
y
2
1
β
π
O 0 0 x
β π π 3π 2π
2 2
−1
3π
2
Gráfico de f : x 7→ sin x
y
0 x
−4π −3π −2π −π π 2π 3π 4π
−1
Df = R Máximo absoluto: 1
D 0f = [−1, 1] Máximizantes: x =
π
+ 2kπ, k∈Z
2
Zeros: x = kπ, k∈Z
Mínimo Absoluto: −1
Período: 2π
π
Função Ímpar: sin(− x ) = − sin x Minimizantes: x = − + 2kπ, k∈Z
2
y x cos x
(0,1)
(cos β,sin β) 0 1
1 π
β 0
O
x 2
(−1,0) (1,0)
π −1
(0,−1)
3π
0
2
2π 1
π
y
2
1
β
π
O 0 0 x
πβ π π 3π 2π
4 2 2
−1
3π
2
Gráfico de f : x 7→ cos x
y
0 x
−4π −3π −2π −π π 2π 3π 4π
−1
Df = R Máximo absoluto: 1
D 0f
= [−1, 1]
Máximizantes: x = 2kπ, k∈Z
π
Zeros: x = + kπ, k ∈ Z
2 Mínimo Absoluto: −1
Período: 2π
Função Par: cos(− x ) = cos x Minimizantes: x = π + 2kπ, k∈Z
2π
k=0→x= ∨x =0 2π
3 Zeros = 0, , 2π .
3
8π
k=1→x= ∨ x = 2π
3
π nπo
k=0→x= Minimizantes = .
3 3
y x cos x x cos x
y
(0,1) 0 0 0 S.S
(0,1) cot β
π π
tan β 1 1
β
4 4
x
(−1,0) O (1,0) π β π
S.S x 0
2 (−1,0) O (1,0) 2
π 0 π S.S
(0,−1)
3π (0,−1) 3π
S.S 0
2 2
nπ o
Df = R \ + kπ, k ∈ Z Dg = R \ {kπ, k ∈ Z}.
2
D 0f = R Dg0 = R
π
Zeros: x = kπ, k∈Z Zeros: x = + kπ, k ∈ Z
2
Período: π Período: π
Função Ímpar: tan(− x ) = − tan x, ∀ x ∈ D f Função Ímpar: cot(− x ) = − cot x, ∀ x ∈ Dg
Máximo absoluto: Não há Máximo absoluto: Não há
Mínimo Absoluto: Não há Mínimo Absoluto: Não há
Mínimo Monotonia: Mínimo Monotonia:
i π π h
Crescente em − + kπ, + kπ , k ∈ Z. Decrescente em ]kπ, π + kπ [, k ∈ Z.
2 2
(a) Determine Dh e Di .
(b) Determine o período da função i.
(c) Determine x ∈ [0, 2π ] tal que 2h( x ) = i ( x ) − 7.
E.41. Seja
x π
Resolução: Atendendo as duas funções, temos: h : x 7→ tan +
2 4
x+π π uma função real de variável real.
(a) Dh = x ∈ R : 6= + kπ, k ∈ Z = R \ {2kπ, k ∈ Z} .
2 2 (a) Determine o domínio da exis-
n π o nπ o
tência de h e o seu período.
Di = x ∈ R : − x 6= kπ, k ∈ Z = R \ − kπ, k ∈ Z .
4 4 (b) Escreva uma expressão geral
(b) Aplicando a definição de função periódica e sabendo que co-tangente dos zeros de h.
tem período π, temos
π π
i ( x + p) = i ( x ) ⇔ 1 + 2 cot − ( x + p) = 1 + 2 cot −x
π 4 π 4
⇔ cot − x − p = cot −x
4 4
π π
⇔ − cot − − x − p = − cot − −x
4 4
π π
⇔ − cot x − + p = − cot x −
4 4
π π
⇔ cot x − + p = cot x −
4 4
⇔ p=π
2h( x ) = i ( x ) − 7
x+π π
⇔ 2 −3 + tan = 1 + 2 cot −x −7
2 4
x+π π
⇔ −6 + 2 tan = −6 + 2 cot −x
2 4
x+π π
⇔ tan = cot −x
2 4
x+π π π
⇔ tan = tan − +x
2 2 4
x+π π
⇔ tan = tan +x
2 4
x+π π
⇔ = + x + kπ
2 4
π
⇔ x = − 2kπ, k ∈ Z
2
π
k=0→x=
2
nπo
Logo C.S = .
2
1. Determine o valor de x, nos triângulos abaixo: 7. Com os dados da figura abaixo, qual o valor apro-
ximado de cos α?
(a)
α
x 7
5 cm 5
30◦ 45◦
8
(b)
8. Determine o perímetro da figura abaixo:
√ x
2 2 cm
45◦ 30◦ 5 cm
60◦
(c) 8 cm
4. Dois lados de um triângulo medem 6 cm e 10 cm, 11. Dado o triângulo cinza da figura abaixo, determine
◦
e formam entre si um ângulo de 60 . Determine a as medidas x e y.
medida do terceiro lado desse triângulo.
(b) 31◦ 150 4500 (d) 14◦ 180 3700 (f) 184◦ 310 700 20. Determine m de modo que tenham sentido as ex-
pressões:
14. Converta cada ângulo para a forma grau-minuto-
segundo: (a) 2 sin α = 5m
(b) cos α = 2m − 5
(a) 3.042◦ (c) 403.223◦ (c) csc α =
2
(b) 49.715◦ (d) 156.808◦ m+1
2m − 3
(d) 1 + cos α =
5
15. Converta cada medida de ângulos de grau para 2m − 5
radiano: (e) sin α =
2−m
1 − m2 h πh
(a) 20◦ (f) 315◦ (k) −240◦ (f) tan α = e α ∈ 0,
8m 2
(b) 150◦ (g) 40◦ 1+m 2m
(l) 720◦ (g) sin α = e cos α = −
(c) 300 ◦
(h) 330 ◦ 5 5
(m) 80◦ 1 2
(d) 240◦ (i) −120◦ (h) sin α = √ e cot α = m − 1
10
(e) 300◦ (j) −210◦ (n) 160◦
21. Seja θ um ângulo no referencial, indique o qua-
drante a que pertence, sabendo que:
16. Converta cada medida de ângulo de radiano para
grau:
(a) sin θ > 0, cos θ > 0 (d) tan θ < 0, sin θ < 0
(a)
π
rad 11π 5π (b) sin θ < 0, cos θ > 0 (e) tan θ < 0, cos θ < 0
5 (e) rad (i) rad
6 9 (c) sin θ < 0, cos θ < 0 (f) cot θ > 0, sec θ < 0
3π 5π (j) 0, 7 rad
(b) rad (f) rad
5 6 (k) −3.91 rad
22. Determine o menor ângulo positivo θ, em grau e
3π 5π (l) −9.79 rad
(c) rad (g) rad radiano, cujo:
4 3
(m) 9.27 rad
2π 11π √
(d) rad (h) rad (n) 4.96 rad 1 (d) tan θ = − 3
9 6 (a) cos θ = −
2
√
3 2
17. Um arco de de circunferência mede 30 cm e o raio (b) sin θ = − (e) csc θ = − √
2 3
mede da circunferência mede 10 cm. Calcule a 1 √
medida do arco em radianos. (c) sin θ = − (f) sec θ = − 2
2
18. Uma circunferência tem diâmetro de 10 metros.
23. Calcule, sem utilizar calculadora:
Para cada medida de ângulos ao centro abaixo,
π
determine o comprimento, em metros, do arco for- (a) cos − tan π − sin π
2
mado pelos lados do ângulo: (b) sin 90◦ + cos 270◦ − 2 sin 180◦ − 3 cos 360◦
π (c) tan 0◦ + sin 360◦ + 2 cos 180◦ + 2 sin 270◦
(a) 3.8 rad (e) 4.28 rad (h) rad
2 (d) sin 0◦ + cos 90◦ − cot 270◦ + sin 180◦ + cos 0◦
(b) 2.4 rad 7π π 3 π
(f) 0.67 rad (i) rad (e) sin − cot + 2 cos π − 5 cos(−π ) +
(c) 45 rad 4 2 2 2
π 7π 3
(d) 72 rad (g) rad (j) rad 2 sin − π
4 6 2