Fisiopatologia Da Sífilis
Fisiopatologia Da Sífilis
Fisiopatologia Da Sífilis
Treponema pallidum é o agente etiológico da sífilis, ela é uma doença de evolução lenta
e quando não tratada, alterna períodos sintomáticos e assintomáticos, com
características clínicas, imunológicas e histopatológicas distintas, divididas em três
fases: sífilis primária, sífilis secundária e sífilis terciária. Não havendo tratamento após a
sífilis secundária, existem dois períodos de latência: um recente, com menos de um ano,
e outro de latência tardia, com mais de um ano de doença.
Sífilis primária
Diagnóstico laboratorial:
Na sífilis primária, o diagnóstico laboratorial pode ser feito pela pesquisa direta do
Treponema pallidum por microscopia de campo escuro, pela coloração de Fontana-
Tribondeau, que utiliza sais de prata, e pela imunofluorescência direta. Os anticorpos
começam a surgir na corrente sanguínea cerca de 7 a 10 dias após o surgimento do
cancro duro, por isso nessa fase os testes sorológicos são não-reagentes. O primeiro
teste a se tornar reagente em torno de 10 dias da evolução do cancro duro é o FTA-abs,
seguido dos outros testes treponêmicos e não treponêmicos. Quanto mais precocemente
a sífilis primária for tratada maior será a possibilidade dos exames sorológicos tornarem
não-reagentes. Porém, mesmo após a cura, os testes treponêmicos podem permanecer
reagentes por toda a vida.
Sífilis secundária
Quando a sífilis não é tratada na fase primária, evolui para sífilis secundária, período
em que o treponema já invadiu todos os órgãos e líquidos do corpo. Nesta fase, aparece
como manifestação clínica o exantema (erupção) cutâneo, rico em treponemas e se
apresenta na forma de máculas, pápulas ou de grandes placas eritematosas branco-
acinzentadas denominadas condiloma lata, que podem aparecer em regiões úmidas do
corpo.
Diagnóstico laboratorial:
Sífilis latente
Diagnóstico Laboratorial:
Sífilis terciária
A sífilis terciária pode levar dez, vinte ou mais anos para se manifestar. A sífilis
terciária se manifesta na forma de inflamação e destruição de tecidos e ossos. É
caracterizada por formação de gomas sifilíticas, tumorações amolecidas vistas na pele e
nas membranas mucosas, que também podem acometer qualquer parte do corpo,
inclusive no esqueleto ósseo. As manifestações mais graves incluem a sífilis
cardiovascular e a neurossífilis.
Diagnóstico Laboratorial:
Nesta fase os testes sorológicos habitualmente são reagentes e os títulos dos testes não
treponêmicos tendem a ser baixos, porém podem ocorrer resultados não reagentes. Em
usuários que apresentam sintomas neurais, o exame do líquor – LCR é indicado, porém
nenhum teste isoladamente é seguro para o diagnóstico da neurossífilis. Recomenda-se
que o diagnóstico seja feito pela combinação da positividade do teste sorológico,
aumento da células e de proteínas no LCR . Para testagem do LCR, o VDRL é o exame
recomendado, porém tem baixa sensibilidade (30 – 47% de resultados falso-negativos) e
alta especificidade. A infecção pelo Treponema pallidum não confere imunidade
permanente, por isso, é necessário diferenciar entre a persistência de exames reagentes
(cicatriz sorológica) e a reinfecção pelo T. pallidum.
Quando não se pode estabelecer clinicamente a fase da sífi lis deve-se fazer um teste
treponêmico e um não treponêmico.
FISIOPATOLOGIA DA NEUROCRIPTOCOCOSE
REFERÊNCIAS