O documento discute os conceitos de lajes estruturais, ações em estruturas e estados-limites no projeto de estruturas de concreto armado. Explica que lajes nervuradas têm a zona de tração localizada nas nervuras, lajes lisas e cogumelos se apoiam em pilares com ou sem capitéis, e que a segurança estrutural envolve dimensionar elementos para resistirem a forças calculadas acima das reais com coeficientes de ponderação.
O documento discute os conceitos de lajes estruturais, ações em estruturas e estados-limites no projeto de estruturas de concreto armado. Explica que lajes nervuradas têm a zona de tração localizada nas nervuras, lajes lisas e cogumelos se apoiam em pilares com ou sem capitéis, e que a segurança estrutural envolve dimensionar elementos para resistirem a forças calculadas acima das reais com coeficientes de ponderação.
O documento discute os conceitos de lajes estruturais, ações em estruturas e estados-limites no projeto de estruturas de concreto armado. Explica que lajes nervuradas têm a zona de tração localizada nas nervuras, lajes lisas e cogumelos se apoiam em pilares com ou sem capitéis, e que a segurança estrutural envolve dimensionar elementos para resistirem a forças calculadas acima das reais com coeficientes de ponderação.
O documento discute os conceitos de lajes estruturais, ações em estruturas e estados-limites no projeto de estruturas de concreto armado. Explica que lajes nervuradas têm a zona de tração localizada nas nervuras, lajes lisas e cogumelos se apoiam em pilares com ou sem capitéis, e que a segurança estrutural envolve dimensionar elementos para resistirem a forças calculadas acima das reais com coeficientes de ponderação.
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AULA 13 – ETAPAS DE UM PROJETO ESTRUTURAL ( cont.
PROFª ANA CLÁUDIA LEÃO BORGES
1. MATERIAIS 2. CONCEPÇÃO DO SISTEMA ESTRUTURAL 3. DETERMINAÇÃO DAS CARGAS 4. ANÁLISE DOS ESFORÇOS (CÁLCULO) 5. DIMENSIONAMENTO 6. DETALHAMENTO • Laje é um elemento plano, bidimensional, cuja função principal é servir de piso ou cobertura nas construções, e que se destina geralmente a receber as ações verticais aplicadas, provenientes da utilização da laje em função de sua finalidade arquitetônica, como de pessoas, móveis, pisos, paredes, e de outros mais variados tipos de carga que podem existir. • LAJE MACIÇA • LAJE NERVURADA • LAJE LISA E COGUMELO • LAJES MACIÇAS: são aquelas com a espessura totalmente preenchida com concreto – sem vazios, contendo armaduras embutidas no concreto, e apoiadas ao longo de todo ou parte do perímetro. No caso de lajes com quatro bordas, a situação mais comum é a laje apoiar-se na quatro bordas, como a laje 1, mas podem também ter bordas não apoiadas, chamadas bordas livres, como a laje 2. As lajes maciças de concreto são comuns em edifícios de pavimentos e em construções de grande porte, como escolas, indústrias, hospitais, pontes, etc. De modo geral, não são aplicadas em construções residenciais e outras de pequeno porte, pois nesses tipos de construção as lajes nervuradas pré-fabricadas apresentam vantagens nos aspectos custo e facilidade de construção. “Lajes nervuradas são as lajes moldadas no local ou com nervuras pré-moldadas, cuja zona de tração para momentos positivos está localizada nas nervuras entre as quais pode ser colocado material inerte.” (NBR 6118, item 14.7.7). As lajes pré-fabricadas do tipo treliçada, onde a armadura tem a forma de uma treliça espacial, vem ganhando maior espaço na aplicação em construções residenciais de pequeno porte e até mesmo em edifícios de baixa altura. • Segundo a definição da NBR 6118 (item 14.7.8): “Lajes-cogumelo são lajes apoiadas diretamente em pilares com capitéis, enquanto lajes lisas são apoiadas nos pilares sem capitéis.”
• Capitel é o elemento resultante do aumento da espessura da laje na região adjacente ao pilar
de apoio, com a finalidade de aumentar a capacidade resistente devido à alta concentração de tensões nessa região. Ambas as lajes são maciças, de concreto e aço e sem vazios ou enchimentos, mas não se apoiam nas bordas, somente nos pilares. 1. MATERIAIS 2. CONCEPÇÃO DO SISTEMA ESTRUTURAL 3. DETERMINAÇÃO DAS CARGAS 4. ANÁLISE DOS ESFORÇOS (CÁLCULO) 5. DIMENSIONAMENTO 6. DETALHAMENTO • As ações são definidas como as “causas que provocam o aparecimento de esforços ou deformações nas estruturas. Do ponto de vista prático, as forças e as deformações impostas pelas ações são consideradas como se fossem as próprias ações. As deformações impostas são por vezes designadas por ações indiretas e as forças, por ações diretas.” • Deformações impostas são aquelas oriundas de variações de temperatura na estrutura, retração e fluência do concreto, recalques de apoio, etc. • De acordo com a NBR 8681, as ações a considerar classificam-se em: permanentes, variáveis (acidentais) e excepcionais. “Para cada tipo de construção, as ações a considerar devem respeitar suas peculiaridades e as normas a ela aplicáveis.” • “Ações permanentes são as que ocorrem com valores praticamente constantes durante toda a vida da construção.” As ações permanentes são divididas em ações diretas e indiretas. o Ações permanentes diretas: os pesos próprios dos elementos da construção, incluindo-se o peso próprio da estrutura e de todos os elementos construtivos permanentes, os pesos dos equipamentos fixos e os empuxos devidos ao peso próprio de terras não removíveis e de outras ações permanentes sobre elas aplicadas; o Ações permanentes indiretas: a protensão, os recalques de apoio e a retração dos materiais. • Como o próprio termo indica, ações variáveis são aquelas que “apresentam variações significativas em torno de sua média, durante a vida da construção”. Do mesmo modo como as ações permanentes, as ações variáveis são também classificadas em ações diretas e indiretas. o As ações variáveis diretas são constituídas pelas cargas acidentais previstas para o uso da construção, pela ação do vento e da água; o As ações variáveis indiretas são constituídas pelas cargas acidentais devidas à temperatura e às ações dinâmicas. • Cargas acidentais são definidas pela NBR 8681, NBR 6120 e NBR 6123. Consideram-se como excepcionais as ações decorrentes de causas tais como explosões, choques de veículos, incêndios, enchentes ou sismos excepcionais. Os incêndios, ao invés de serem tratados como causa de ações excepcionais, também podem ser levados em conta por meio de uma redução da resistência dos materiais constitutivos da estrutura. • A questão da segurança de uma estrutura é de extrema importância para todos os profissionais envolvidos na área da construção civil, e especialmente para aqueles do projeto estrutural, porque a possibilidade de uma estrutura entrar em colapso configura-se geralmente uma situação extremamente perigosa, por envolver vidas humanas e perdas financeiras por danos materiais de grande valor. • A segurança que todos os tipos de estruturas deve apresentar envolve dois aspectos principais: o Não pode alcançar a ruptura; o Deve sempre promover conforto e tranquilidade as pessoas que a utilizam. • A NBR 6118 trata esses dois aspectos da segurança apresentando os Estados-Limites, que são situações limites que as estruturas não devem ultrapassar. • A segurança da estrutura contra o colapso relaciona-se ao chamado Estado-Limite Último, e a segurança dos usuários na utilização da estrutura relaciona-se aos Estados- Limites de Serviço. • No projeto das estruturas de Concreto Armado e Protendido o dimensionamento dos diferentes elementos estruturais é feito no chamado Estado-Limite Último (ELU), onde os elementos estruturais são dimensionados como se estivessem prestes a romper, mas isso apenas teoricamente. No entanto, para evitar que a ruptura ocorra, todas as estruturas são projetadas com uma margem de segurança, isto é, uma folga de resistência relativamente às ações e carregamentos aplicados, de tal forma que, para ocorrer a ruptura a estrutura teria que estar submetida a carregamentos bem superiores àqueles a que foi projetada. • A margem de segurança no dimensionamento dos elementos estruturais ocorre com a consideração dos chamados coeficientes de ponderação, que farão com que, em serviço, as estruturas trabalhem a uma determinada “distância” da ruína. • Para os coeficientes de ponderação são adotados valores numéricos de tal forma que as ações sejam majoradas, e as resistências dos materiais sejam minoradas. • Existem basicamente três coeficientes de ponderação, um que majora o valor das ações, e consequentemente os esforços solicitantes, e outros dois que minoram as resistências do concreto e do aço. • Por exemplo, no caso de um pilar de Concreto Armado submetido à uma força normal de compressão de 100kN (10tf), o dimensionamento teórico do pilar é feito como se a força normal fosse 140kN, valor calculado multiplicando-se a força de compressão real pelo coeficiente de ponderação f de 1,4. A força normal de 140kN é chamada força de cálculo. • As resistências dos materiais que compõem o pilar, concreto e aço, são minoradas por coeficientes de ponderação dos materiais, sendo em geral 1,4 para o concreto e 1,15 para o aço. Assim, se no pilar for aplicado o concreto C30 (fck=30MPa), o dimensionamento teórico será feito como se a resistência do concreto fosse menor, de valor 30/1,4 = 21,4MPa. • No caso do aço, se aplicado o aço CA-50, com resistência de início de escoamento (fyk) de 500MPa, o dimensionamento será feito como se a resistência do aço fosse menor, de valor 500/1,15 = 434,8MPa.
• As resistências de 21,4MPa para o concreto e
434,8MPa para o aço são chamadas resistências de cálculo. Embora na teoria o pilar tenha sido dimensionado no Estado- Limite Último, na realidade o pilar estará a uma certa “distância” da ruína, isto é, com uma margem de segurança contra a ruína, introduzida com a consideração dos coeficientes de ponderação no dimensionamento. Em resumo, segurança é quando todo o conjunto da estrutura, bem como as partes que a compõe, resiste às solicitações, na sua combinação mais desfavorável, durante toda a vida útil, com uma conveniente margem de segurança.