Fundamentação Económico-Financeira Do Valor Das Taxas
Fundamentação Económico-Financeira Do Valor Das Taxas
Fundamentação Económico-Financeira Do Valor Das Taxas
DE
RECEITAS MUNICIPAIS
RESPECTIVA TABELA
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No seguimento da aprovação pela Assembleia Municipal, ocorrida na sua segunda sessão extraordinária
realizada no dia 25 de Novembro de 2009, entrou em vigor em 1 de Janeiro de 2010 o regulamento de liquidação
e cobrança de taxas e outras receitas municipais e respectiva tabela, elaborado nos termos do novo regime geral
das taxas das autarquias locais, Lei n.º 53-E/2006, de 29 de Dezembro.
Decorridos cerca de cinco meses da sua entrada em vigor, em resultado da sua aplicação e após a análise do
conjunto de sugestões e observações apresentadas pelos contribuintes junto da edilidade e subscritas pelos
serviços que superintendem as respectivas áreas, verificou-se por um lado, inexactidão no apuramento de
alguns valores constantes da tabela, sobretudo devido à incorrecta identificação da situação tipo, que importa
rectificar e, por outro lado, a necessidade de proceder ao ajustamento dos coeficientes de beneficio e incentivo
aplicados a determinadas taxas, no superior interesse dos cidadãos, em geral, e dos munícipes, em particular.
1. Rectificação da redacção do artigo 9.º, n.º 4 do artigo 50.º e artigo 54.º do regulamento;
2. Alteração da metodologia de fundamentação, apenas para as taxas que atendem a distintos horizontes
temporais (e.g., taxa anual vs. taxa semestral vs. taxa semanal; taxa mensal vs. taxa dia; etc), e
consequente adequação das taxas a praticar. O objectivo último que presidiu a esta alteração, assentou na
possibilidade de, assim, introduzir uma maior proporcionalidade nesta tipologia de taxas, deixando de
reflectir a proporcionalidade por meio do benefício (através da utilização de distintos coeficientes de
benefício associados a diferentes períodos de tempo) mas de uma forma directa, indexando a taxa do sub-
período à do período-base. Por exemplo, em situações em que os custos com a tramitação do licenciamento
assumem para a edilidade o mesmo encargo, quer o licenciamento se processe pelo período de um ano, um
mês ou de uma semana, entende-se que a taxa mensal deverá ser proporcional à taxa anual (um
duodécimo desta), corrigida por um coeficiente de desincentivo de 1,25 (traduzindo um ónus de 25%)
visando desencorajar as ineficiências processuais decorrentes dos licenciamentos por períodos mais curtos
de tempo e o respectivo estrangulamento dos serviços. Nesta situação, aquando do apuramento da taxa
mensal, o coeficiente de benefício deve ser neutral, pois assume-se que o benefício é decorrente da
tipologia de licenciamento em causa e não da sua duração. Uma vez estudada esta alternativa metodológica
comprova-se a sua maior propensão a espelhar com maior rigor técnico a problemática em epígrafe.
3. Correcção à tabela de taxas e outras Receitas Municipais nos capítulos infra identificados:
Ajustamento das taxas que atendem a distintos horizontes temporais e introdução de coeficiente de
incentivo.
Capítulo II – Licenciamentos
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Quadro XXXVII – Ocupações Diversas
Ajustamento das taxas que atendem a distintos horizontes temporais e residualmente acertos nos
coeficientes de beneficio e desincentivo.
Introdução de uma redução de 40% sobre o valor da taxa devida na publicidade luminosa ou iluminada, em
qualquer tipo de suporte, sempre que o requerente no seu pedido de licenciamento ou em requerimento
posterior assuma expressamente a obrigação, de em todos os dias incluídos no prazo da licença, os manter
iluminados até pelo menos às 24H00.
Indexação do preço das entradas dos Cursos, Workshops, Acções de Formação, Conferências, Colóquios e
acções análogas, a deliberação do executivo municipal tendo por base a estrutura de custos associada a
cada evento específico (Quadro LVII – Complexo Municipal de Ginástica)
Rectificação de arredondamentos.
Redução de 90% do valor de quaisquer taxas pela utilização das instalações desportivas, por parte das
colectividades, legalmente constituídas e com sede na área do Município da Maia, mediante a prévia
formalização do contrato programa de desenvolvimento desportivo.
Em cumprimento do artigo 118.º do Código de Procedimento Administrativo, a presente alteração foi publicitada
no Diário da República, 2.ª série, com o objectivo de ser posto à discussão pública, pelo período de 30 dias, para
recolha de sugestões dos interessados.
Findo o prazo de consulta supra mencionado não foram apresentadas sugestões tendo em vista a sua
ponderação na redacção final do documento.
Face ao exposto, a Assembleia Municipal, sob proposta da Câmara Municipal, aprova a seguinte alteração ao
Regulamento de Liquidação e Cobrança de Taxas e Outras Receitas Municipais, que entrará em vigor após
publicitação em edital nos lugares de estilo.
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REGULAMENTO DE LIQUIDAÇÃO E COBRANÇA DE TAXAS E OUTRAS
RECEITAS MUNICIPAIS
PREÂMBULO
A Lei das Taxas das Autarquias Locais, aprovada pela Lei n.º 53 — E/2006, de 29 de Dezembro, e a
nova Lei das Finanças Locais, Lei n.º 2/2007, de 15 de Janeiro, possibilitaram que os municípios
criassem taxas pelas utilidades prestadas aos particulares, geradas pelas suas actividades ou
resultantes da realização de investimentos municipais, dentro das suas atribuições e competências,
sempre balizadas pelos princípios da equivalência, da justa repartição de recursos e da publicidade, o
que se traduz num reforço significativo da autonomia dos municípios na criação e regulação há muito
esperada em matéria de taxas.
Além disso, não obstante as alterações pontuais que têm vindo a ser introduzidas, verifica -se a
necessidade de revisão profunda do Regulamento de Taxas, Tarifas e Preços Não Urbanísticos do
Município Maia, de forma a assegurar a compatibilidade do mesmo com aqueles diplomas legais,
ajustando -se à prática dos Serviços da Câmara.
Pretende -se, portanto, através do presente, a criação de um quadro único, baseado na Lei das Taxas
das Autarquias Locais, Lei das Finanças Locais, Lei Geral Tributária e Código de Procedimento e de
Processo Tributário, assente na simplificação de procedimentos, com melhoria do funcionamento
interno dos Serviços, o que se traduzirá numa melhoria do serviço púbico prestado, com salvaguarda
dos princípios da legalidade, prossecução do interesse público, igualdade, imparcialidade, capacidade
contributiva e justiça social.
Finalmente, agregam-se numa tabela única as concretas previsões das taxas e demais receitas, com
os respectivos valores associados e métodos de cálculo aplicáveis, diferenciadas por matérias, com
excepção das taxas em matéria urbanística, previstas no respectivo Regulamento Urbanístico
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Municipal. A criação das taxas respeitou o princípio da prossecução do interesse público local e, para
além da satisfação das necessidades financeiras pretende-se a promoção de finalidades sociais,
económicas, culturais e ambientais, razão pela qual foram criados mecanismos de incentivo a
determinados actos, operações ou actividades, cujo resultado se traduz numa diminuição dos valores
relativamente aos custos associados. Por outro lado, foram levados em conta critérios de
racionalidade sustentada à prática de certos actos ou benefícios auferidos pelos particulares,
motivados pelo impacto negativo decorrente dessas actividades ou a estes associado ou motivados
pela utilização exclusiva, cumprindo-se as competências em matéria de organização, regulação e
fiscalização.
Em cumprimento da Lei das Taxas encontra-se anexa, por forma a instruir o presente Regulamento, a
fundamentação económico-financeira das taxas previstas, tendo sido levados em conta critérios
económico-financeiros, adequados à realidade do Município, bem como os princípios da
proporcionalidade, equivalência jurídica e da justa repartição dos encargos públicos, procurando a
necessária uniformização dos valores das taxas cobradas.
O Regulamento e a Tabela de Taxas e Outras Receitas em anexo, têm como diplomas e normas
habilitantes o artigo 241.º da Constituição da República Portuguesa, o n.º 1 do artigo 8.º da Lei n.º 53
— E/2006, de 29 de Dezembro (Lei das Taxas das Autarquias Locais), as alíneas a), e) e h) do n.º 2
do artigo 53.º e da alínea j) do n.º 1 do artigo 64.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, na redacção
dada pela Lei n.º 5 -A/2002, de 11 de Janeiro, os artigos 10.º, 11.º, 12.º, 15.º, 16.º, 55.º e 56.º da Lei
n.º 2/2007, de 15 de Janeiro (Lei das Finanças Locais), o Decreto-Lei n.º 398/98, de 17 de Dezembro,
revisto e republicado pela Lei n.º 15/2001, de 5 de Junho, pelo Decreto-Lei n.º 320 -A/2002, de 7 de
Janeiro, pela Lei n.º 16 -A/2002, de 31 de Maio, pelo Decreto-Lei n.º 229/2002, de 31 de Outubro, pela
Lei n.º 32 — B/2002, de 30 de Dezembro, pelo Decreto-Lei n.º 160/2003, de 7 de Julho, pela Lei n.º
107 -B/2003, de 31 de Dezembro, Lei n.º 53-A/2006, de 29 de Dezembro, Lei n.º 67-A/2007, de 31 de
Dezembro Lei n.º 19/2008, de 21 de Abril (Lei Geral Tributária) e o Decreto -Lei n.º 433/99, de 26 de
Outubro, revisto e republicado pela Lei n.º 15/2001, de 5 de Junho, Lei n.º 53-A/2006, de 29 de
Dezembro e Lei n.º 67-A/2007, de 31/12 e Decreto -Lei n.º 34/2008 de 26 de Fevereiro (Código de
Procedimento e de Processo Tributário).
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TITULO I
Parte geral
CAPÍTULO I
Disposições gerais
SECÇÃO I
Objecto e Tabelas
Artigo 1.º
Objecto
1 — O presente Regulamento consagra as disposições regulamentares com eficácia externa
aplicáveis na área do Município Maia em matéria de taxas e outras receitas municipais, prevendo o
seu âmbito de incidência, liquidação, cobrança e pagamento, bem como a respectiva fiscalização e o
sancionamento supletivo de infracções conexas, quando não especialmente previstas noutros
Regulamentos Municipais.
Artigo 2.º
2 — Os valores das taxas e outras receitas municipais previstos na Tabela referida no número anterior
serão actualizados anualmente com base na taxa de inflação, mediante proposta a incluir no
Orçamento Municipal, juntamente com a proposta de Tabela a vigorar, que substitui automaticamente
a Tabela em anexo ao presente Regulamento, sendo afixada no edifício dos Paços de Concelho, nas
sedes das Juntas de Freguesia através de Edital e demais locais de estilo, bem como publicitadas na
página da Internet do Município, para vigorar a partir do dia 1 de Janeiro de cada ano económico.
4 - Exceptuam-se da regra de actualização antes definida o conjunto de taxas e outras receitas cuja
actualização é fixada em legislação especial.
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CAPÍTULO II
Incidência
SECÇÃO I
Artigo 3.º
Incidência objectiva
1 — As taxas são tributos fixados no âmbito das atribuições das autarquias locais, de acordo com os
princípios previstos na Lei das Taxas das Autarquias Locais e na Lei das Finanças Locais, que,
traduzindo o custo da actividade pública, incidem sobre as utilidades prestadas aos particulares ou
geradas pela actividade do Município:
3 - A previsão das receitas municipais que não integram o conceito de taxa constará de outros
documentos a aprovar pelo Município, nos termos da legislação específica aplicável.
Artigo 4.º
Incidência subjectiva
1 - O sujeito activo da obrigação de pagamento das taxas previstas no presente Regulamento é o
Município Maia.
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SECÇÃO II
Isenções e reduções
Artigo 5.º
Enquadramento
As isenções e reduções estabelecidas foram ponderadas em função da manifesta relevância da
actividade desenvolvida pelos respectivos sujeitos passivos assim como à luz do fomento de eventos
e condutas que o Município visa promover e apoiar, no domínio da prossecução das respectivas
atribuições, designadamente no que concerne à cultura, ao combate à infoexclusão e à disseminação
dos valores locais, sem prejuízo de uma preocupação permanente com a protecção dos estratos
sociais mais débeis, desfavorecidos e carenciados no que concerne às pessoas singulares.
Artigo 6.º
Isenções
Estão isentas do pagamento de taxas e demais receitas constantes da Tabela em anexo ao presente
Regulamento, desde que disso façam prova adequada:
a) As entidades públicas ou privadas a quem a lei expressamente confira tal isenção e nos termos em
que a mesma deva ser concedida;
d) O disposto na alínea anterior aplica-se também às diversas confissões religiosas que não a
Católica, desde que reconhecidas nos termos da lei da Liberdade Religiosa.
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Artigo 7.º
2 - As entidades mencionadas no ponto antecedente ficam ainda isentas do pagamento das taxas
relativas a placas, tabuletas ou outros factos meramente alusivos à sua identificação, a colocar nas
respectivas instalações
6 - Os deficientes físicos estão também isentos do pagamento das taxas relativas à ocupação do
domínio público com rampas fixas de acesso.
7 - Poderá, ainda, haver lugar à isenção ou redução de taxas relativamente a eventos de manifesto e
relevante interesse municipal, mediante deliberação da Câmara Municipal, sob proposta devidamente
fundamentada do respectivo Pelouro.
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Artigo 8.º
ii - Cópia dos estatutos ou comprovativo da natureza jurídica das entidades e da sua finalidade
estatutária;
4 — As isenções e reduções constantes nos artigos 6.º e 7.º aplicam-se quando não exista
regulamento municipal específico que regule a matéria ou não as preveja e não são cumuláveis com
quaisquer outras que resultem de diploma legal, regulamento ou preceito próprio.
Artigo 9.º
Competência
Compete ao Presidente da Câmara, com faculdade de delegação, decidir sobre as isenções ou
reduções previstas no artigo 6.º e no artigo 7.º, neste com excepção das previstas nos números 7 e 8.
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CAPÍTULO III
Da liquidação
SECÇÃO I
Procedimento de liquidação
Artigo 10.º
Liquidação
A liquidação das taxas e outras receitas municipais consiste na determinação do montante a pagar e
resulta da aplicação dos indicadores definidos na Tabela em anexo ou noutras Tabelas de Taxas,
cujos Regulamentos remetam para o presente e dos elementos fornecidos pelos interessados, nos
termos e condições do presente Regulamento.
Artigo 11.º
a) Aquando da solicitação verbal ou no acto de entrada do requerimento, nos casos em que seja
possível;
Artigo 12.º
Documento de liquidação
1 — A liquidação das taxas e outras receitas municipais consta de documento próprio, na qual se fará
referência aos seguintes elementos:
a) Identificação do sujeito passivo com indicação da identificação, morada ou sede e número fiscal
de contribuinte/número de pessoa colectiva;
d) Cálculo do montante a pagar, resultante da conjugação dos elementos referidos nas alíneas b) e
c).
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2 - O documento mencionado no número anterior designar-se-á Guia Receita/Factura e fará parte
integrante do respectivo processo administrativo.
3 — A liquidação de taxas e outras receitas municipais não precedida de processo far-se-á nos
respectivos documentos de cobrança.
4 - A liquidação das taxas poderá ter como suporte documental a factura electrónica, nos termos
previstos na lei.
Artigo 13.º
Artigo 14.º
Arredondamentos
Os valores totais em euros resultantes da liquidação serão sempre arredondados para a segunda
casa decimal e são efectuados por excesso, caso o valor da casa decimal seguinte seja igual ou
superior a cinco, e por defeito, no caso contrário.
Artigo 15.º
2 - Com a liquidação das taxas e outras receitas municipais, o Município assegurará ainda a
liquidação e cobrança de impostos devidos ao Estado, nomeadamente Imposto de Selo ou Imposto
Sobre o Valor Acrescentado, resultantes de imposição legal.
Artigo 16.º
Notificação da liquidação
1 — Notificação da liquidação é o acto pelo qual se leva a Guia Receita/Factura ou documento
semelhante ao conhecimento do requerente.
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Artigo 17.º
Conteúdo da notificação
1 — Da notificação da liquidação devem constar os seguintes elementos:
e) Menção expressa ao autor do acto e se o mesmo foi praticado no uso de competência própria,
delegada ou subdelegada;
f) A advertência de que a falta de pagamento no prazo estabelecido, quando a este haja lugar,
implica a cobrança coerciva da dívida.
Artigo 18.º
Forma de notificação
1 — A liquidação será notificada ao interessado por carta registada com aviso de recepção, salvo nos
casos em que, nos termos da lei, esta não seja obrigatória e ainda nos casos de renovação de
licenças ou autorizações previstos no presente Regulamento.
2 — A notificação considera-se efectuada na data em que for assinado o aviso de recepção e tem-se
por efectuada na própria pessoa do notificando, mesmo quando o aviso de recepção haja sido
assinado por terceiro presente no domicílio do requerente, presumindo -se, neste caso, que a carta foi
oportunamente entregue ao destinatário.
3 — No caso de o aviso de recepção ser devolvido pelo facto de o destinatário se ter recusado a
recebê-lo, ou não o ter levantado no prazo previsto no regulamento dos serviços postais, e não se
comprovar que, entretanto, o requerente comunicou a alteração do seu domicílio fiscal, a notificação
será efectuada nos 15 dias seguintes à devolução, por nova carta registada com aviso de recepção,
presumindo-se efectuada a notificação, sem prejuízo de o notificando poder provar justo impedimento
ou a impossibilidade de comunicação da mudança de residência no prazo legal.
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5 - A notificação por carta registada simples aplica-se aos casos não previstos no n.º 1, e presumem-
se feitas no 3.º dia posterior ao do registo ou no 1.º dia útil seguinte a esse, quando esse dia não seja
útil.
6 - As notificações referidas no número anterior poderão ser efectuadas, por telefax ou via Internet,
desde que seja possível confirmar posteriormente o conteúdo da mensagem e o momento em que foi
enviada.
7 - Quando a notificação for efectuada nos termos do numero anterior, presume-se que foi feita na
data de emissão, servindo de prova, respectivamente, a cópia do aviso donde conste a menção de
que a mensagem foi enviada com sucesso, bem como a data, hora e número de telefax do receptor
ou o extracto da mensagem efectuado pelo funcionário, o qual será incluído no processo.
Artigo 19.º
3 - A revisão do acto de liquidação do qual resultou prejuízo para o município obriga o serviço que
procedeu à liquidação inicial, a promover de imediato a liquidação adicional a que houver direito,
desde que o quantitativo resultante desta seja igual ou inferior a 5 euros, estando este valor sujeito a
actualização nos termos do previsto, para os valores das taxas, no artigo 2.º deste Regulamento, com
arredondamento ao valor exacto em euros, por excesso caso o valor da primeira casa decimal seja
igual ou superior a cinco, e por defeito no caso contrário.
4 - O devedor será notificado por carta registada com aviso de recepção para no prazo de 15 dias
pagar a diferença.
6 - O pedido de revisão do acto de liquidação por iniciativa do sujeito passivo deverá ser instruído
com os elementos de prova que se mostrem necessários a uma correcta apreciação do pedido.
7 - Sem prejuízo da responsabilidade contra-ordenacional que daí resulte, quando o erro do acto de
liquidação for da responsabilidade do sujeito passivo, nomeadamente por falta ou inexactidão dos
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elementos que estivesse obrigado a fornecer, nos termos das normas legais e regulamentares
aplicáveis, este será responsável pelas despesas que a sua conduta tenha causado.
8 - Quando por erro imputável aos serviços, se verifique ter havido erro na liquidação e cobrança de
quantia superior à devida, deverão os serviços, promover de imediato a restituição oficiosa da quantia
indevidamente recebida, tendo em conta o previsto pelo n.º 2 do presente artigo e de acordo com o
previsto pela Lei Geral Tributária.
9 - Não produzem direito a restituição os casos em que, a pedido dos interessados, sejam
introduzidas nos processos alterações ou modificações que venham a ser produtoras de valores
inferiores aos inicialmente cobrados.
Artigo 20.º.º
Autoliquidação
1 – Sempre que a lei ou regulamento o preveja a autoliquidação das taxas e outras receitas, deverá o
requerente promover a mesma e o respectivo pagamento.
2 – O Requerente deverá remeter cópia do pagamento efectuado nos termos do número anterior ao
Município, conforme for a situação, aquando do seu requerimento ou do início da actividade sujeita a
pagamento da taxa ou receita.
3 - A prova do pagamento das taxas efectuado nos termos do número anterior deve ser pelo
requerente arquivada por um período de 8 anos, sob pena de presunção de que não efectuou aquele
pagamento.
4 - Caso o Município venha a apurar que o montante pago pelo requerente na sequência da
autoliquidação é inferior ao valor efectivamente devido, o requerente será notificado do valor correcto
a pagar assim como do prazo para efectuar o respectivo pagamento.
5 - A falta de pagamento do valor referido no número anterior dentro do prazo fixado pelo Município
tem por efeito a extinção do procedimento.
6 - Caso o Município venha a apurar que o montante pago pelo requerente na sequência da
autoliquidação é superior ao valor efectivamente devido, o requerente será notificado do valor correcto
a pagar, sendo-lhe restituído o montante pago em excesso.
Artigo 21.º
Caducidade
O direito de liquidar as taxas e outras receitas, caduca se a liquidação não for validamente notificada
ao sujeito passivo no prazo de quatro anos da data em que o facto tributário ocorreu.
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CAPÍTULO IV
SECÇÃO I
Pagamento
Artigo 22.º
Momento do Pagamento
1 — Não pode ser praticado nenhum acto ou facto a ele sujeito sem prévio pagamento das
respectivas taxas e outras receitas municipais, salvo nos casos expressamente permitidos.
2 - Nos casos em que legalmente seja admitida a formação de deferimento tácito de pedidos de
licenciamento ou autorização é devido o pagamento da taxa que seria exigida pela prática dos actos
expressos.
3 – A prática ou utilização do acto ou facto sem o prévio pagamento, para além de estar sujeito a
tributação, constitui contra-ordenação punível nos termos do presente Regulamento.
4 – Sempre que seja emitida guia de recebimento, as taxas e outras receitas previstas na Tabela, em
anexo ao presente Regulamento, devem ser pagas na Tesouraria Municipal ou nos postos de
cobrança autorizados pelo órgão executivo, no próprio dia da emissão.
Artigo 23.º
Prazo geral
1 — O prazo para pagamento voluntário das taxas e outras receitas municipais e levantamento dos
respectivos documentos que as titulem é de 30 dias a contar da notificação para pagamento
efectuada pelos serviços competentes, salvo nos casos em que a lei ou regulamento fixe prazo ou
procedimento específico.
2 — Nas situações em que o acto ou facto tenha sido praticado sem o prévio licenciamento ou
autorização municipal, bem como nos casos de revisão do acto de liquidação que implique uma
liquidação adicional, o prazo para pagamento voluntário é de 15 dias, a contar da notificação para
pagamento.
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Artigo 24.º
Regras de contagem
1 — Os prazos para pagamento são contínuos, não se suspendendo aos sábados, domingos e
feriados.
2 — O prazo que termine em sábado, domingo ou feriado transfere -se para o primeiro dia útil
imediatamente seguinte.
Artigo 25.º
Forma de pagamento
1 — O pagamento das taxas previstas na tabela anexa deve ser efectuado:
a) Na tesouraria municipal;
3 - No caso de pedidos via Internet o pagamento poderá ser feito através das caixas ATM ou on-line
através de cartão de crédito, desde que o serviço esteja disponibilizado.
4 - As taxas podem ainda ser pagas, por dação em cumprimento, dação em pagamento ou por
compensação, quando tal seja compatível com o interesse público.
5 - As taxas extinguem-se através do seu pagamento ou de outras formas de extinção nos termos da
Lei Geral Tributária.
Artigo 26.º
2 - Só serão aceites para dação em cumprimento ou pagamento, bens para os quais se demonstre
haver um interesse público ou social na sua utilização.
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3 - À dação em cumprimento ou pagamento aplicam-se as regras previstas para a dação em
pagamento no Código de Procedimento e Processo Tributário com as necessárias adaptações.
Artigo 27.º
Requisitos da compensação
1 - A compensação como forma de pagamento é admitida tendo por base a iniciativa do sujeito activo
ou do sujeito passivo da relação jurídico-tributária, sem prejuízo da avaliação do interesse público
pela aceitação de tal forma de pagamento.
Artigo 28.º
2 - O pagamento das taxas por terceiro não confere a este a titularidade dos processos, sendo
necessário para tal, solicitar a alteração da titularidade dos mesmos juntando os elementos que
provem essa alteração.
SECÇÃO II
Pagamento em prestações
Artigo 29.º
Pedido
1 – O pagamento em prestações, a requerimento devidamente fundamentado, pode ser autorizado
desde que o seu valor não seja inferior à retribuição mínima garantida.
a) Identificação do requerente;
b) Natureza da dívida;
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3 — O requerente acompanha o pedido dos documentos necessários, designadamente, os
destinados a comprovar que a sua situação económica não permite o pagamento integral da dívida de
uma só vez, no prazo estabelecido.
Artigo 30.º
Requisitos
1 — O número de prestações não pode exceder as doze e o mínimo de cada uma não pode ser
inferior ao valor da Unidade de Conta, nos termos da lei de processo tributário.
Artigo 31.º
2 — Nos casos em que o valor da taxa ou outra receita seja igual ou inferior duas vezes a retribuição
mínima mensal garantida fica o requerente dispensado da constituição de garantia, desde que não
tenha outros débitos por regularizar, seja qual for a sua natureza, da sua responsabilidade ao
Município da Maia, seus serviços municipalizados, e empresas por si participadas, salvo se tiverem
sido objecto de reclamação ou impugnação judicial e tiver sido depositada caução nos termos de
legislação aplicável, em vigor.
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Artigo 32.º
Decisão
Compete ao Presidente da Câmara Municipal, com faculdade de delegação, autorizar o pagamento
em prestações.
SECÇÃO III
Artigo 33.º
Extinção do procedimento
1 — O não pagamento das taxas e outras receitas municipais no próprio dia quando outro prazo não
seja estabelecido, implica a extinção do procedimento.
2 — O sujeito passivo poderá obstar à extinção do procedimento, desde que efectue o pagamento da
quantia liquidada, em dobro, nos 10 dias seguintes ao termo do prazo pagamento respectivo.
Artigo 34.º
Juros de mora
Findo o prazo de pagamento voluntário das taxas e outras receitas municipais liquidadas e que
constituam débitos ao Município, começam a vencer-se juros de mora à taxa legal ao mês de
calendário ou fracção, fixada de acordo com a legislação específica aplicável.
Artigo 35.º
Cobrança coerciva
1 - Consideram-se em dívida todas as taxas e outras receitas municipais, relativamente às quais o
particular usufruiu do facto, do serviço ou do benefício, sem o prévio pagamento.
2 - Consideram-se em débito, as taxas que tenham por base actos automaticamente renováveis e
enquanto se verificarem os pressupostos desses actos, logo que notificada a liquidação nos termos
legais.
3 - O não pagamento das taxas implica a extracção das respectivas certidões de dívida e seu envio
aos serviços competentes, para efeitos de execução fiscal.
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4 - Para além da execução fiscal, a falta de pagamento das licenças renováveis previstas no presente
Regulamento e Tabela anexa determina a sua não renovação para o período imediatamente seguinte.
Artigo 36.º
Título executivo
A execução fiscal tem por base os seguintes títulos executivos:
a) Certidão extraída do título de cobrança relativo a taxas e outras receitas municipais susceptíveis
de cobrança em execução fiscal;
c) Qualquer outro título ao qual, por lei especial, seja atribuída força executiva.
Artigo 37.º
2 — No título executivo deve ainda indicar-se a data a partir da qual são devidos juros de mora,
respectiva taxa e a importância sobre que incidem.
Artigo 38.º
Prescrição
1 - As dívidas por taxas e outras receitas às autarquias locais prescrevem no prazo de oito anos a
contar da data em que o facto tributário ocorreu.
3 - A paragem dos processos de reclamação, impugnação e execução fiscal por prazo superior a um
ano, por facto não imputável ao sujeito passivo faz cessar a interrupção da prescrição, somando-se,
neste caso, o tempo que decorreu após aquele período ao que tiver decorrido até à data da autuação.
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TÍTULO II
Parte especial
CAPÍTULO I
Procedimento Administrativo
SECÇÃO I
Disposições comuns
Artigo 39.º
Iniciativa procedimental
1 - Ressalvados os casos especialmente previstos em lei ou regulamento, a atribuição de
autorizações, licenças ou a prestação de serviços pelo município deverá ser precedida da
apresentação de requerimento que deve conter as seguintes menções:
c) A exposição dos factos em que se baseia o pedido e, quando tal seja possível ao requerente, os
respectivos fundamentos de direito;
2 - O requerimento poderá ser apresentado em mão, enviado por correio, fax, e-mail ou outros meios
electrónicos disponíveis.
3 - Os requerimentos deverão ser elaborados em modelos normalizados e em uso nos serviços,
sempre que os respectivos formulários estejam disponíveis.
4 - Os documentos solicitados pelos interessados podem ser-lhes remetidos pelo correio por via
postal simples, desde que estes tenham manifestado esta intenção juntando à petição envelope
devidamente endereçado e estampilhado.
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Artigo 40.º
Artigo 41.º
2- Sem prejuízo da obrigatória recepção da fotocópia a que alude o número anterior, quando haja
dúvidas fundadas acerca do seu conteúdo ou autenticidade, pode ser exigida a exibição de original ou
documento autêntico para conferência, devendo para o efeito ser fixado o prazo de cinco dias.
4- As fotocópias de documentos reconhecidos nos termos dos números anteriores não produzem fé
pública.
Artigo 42.º
Devolução de documentos
1- Os documentos autênticos ou autenticados apresentados pelos requerentes para comprovar
afirmações ou factos de interesse particular poderão ser devolvidos quando dispensáveis.
3- O funcionário que proceder à devolução dos documentos aporá a sua assinatura e data na
fotocópia declarando a sua conformidade com o original.
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Artigo 43.º
Artigo 44.º
Documentos urgentes
Aos documentos cuja emissão seja requerida com carácter de urgência, cobrar-se-á o dobro das
taxas fixadas na Tabela, desde que o pedido seja satisfeito no prazo de dois dias após a
apresentação do requerimento ou da data do despacho deste, conforme a satisfação do pedido
dependa ou não desta última formalidade.
SECÇÃO II
Licenças
Artigo 45.º
Artigo 46.º
Validade
1 - As licenças terão o prazo de validade delas constante, podendo reportar-se ao dia, semana, mês
ou ano civil, determinado em função do respectivo calendário.
2 - As licenças anuais caducam no último dia do ano para que foram concedidas.
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3 - As licenças concedidas por outro período de tempo certo caducam no último dia do prazo para
que foram concedidas.
Artigo 47.º
Artigo 48.º
2 - O prazo que termine em Sábado, Domingo ou dia feriado transfere-se para o primeiro dia útil
imediatamente seguinte.
Artigo 49.º
2 — Sem prejuízo do disposto no número anterior, serão enviados por correio simples para a sede ou
domicílio indicados no ano anterior, durante os meses de Fevereiro e Março, avisos de notificação
para pagamento, nos mesmos termos.
Artigo 50.º
Renovação automática
1 - As licenças e as autorizações renováveis consideram-se emitidas nas condições em que foram
concedidas as correspondentes licenças e autorizações iniciais sem prejuízo da actualização do valor
da taxa a que houver lugar.
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2 - A renovação das licenças que assuma carácter periódico ou regular opera-se automaticamente
com o pagamento das respectivas taxas, salvo deliberação em contrário do órgão competente.
3 - Não haverá lugar à renovação se o titular do licenciamento formular pedido nesse sentido, durante
os meses de Novembro e Dezembro do ano anterior à respectiva renovação.
4 - Sempre que o cancelamento da respectiva licença se efectue fora dos prazos previstos no número
anterior, haverá lugar ao pagamento da correspondente taxa no montante proporcional à fracção de
tempo utilizada, acrescida de 10% no primeiro mês e de 50% nos três meses seguintes ao primeiro,
caducando a referida licença ou autorização decorrido que seja este último prazo, sem que se que
mostre paga a correspondente taxa, sem prejuízo da sua cobrança coerciva em procedimento de
execução fiscal e da instauração do processo de contra-ordenação.
a) Não há lugar a liquidação e cobrança da taxa de apreciação, nas situações em que esta esteja
prevista na Tabela Anexa para a emissão das licenças e das autorizações iniciais;
b) O valor das taxas da emissão da licença ou da autorização será reduzido em 40%, relativamente
ao valor das calculadas por aplicação dos correspondentes valores previstos para cada situação na
Tabela Anexa;
c) Não se aplica a determinação das taxas o previsto nas alíneas anteriores se, por iniciativa do
requerente, forem introduzidas alterações às condições do licenciamento ou autorização existentes.
Artigo 51.º
Artigo 52.º
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Artigo 53.º
Artigo 54.º
Artigo 55.º
4 - No caso referido no número anterior os pedidos de averbamento deverão ser instruídos com
certidão ou fotocópia simples do contrato de trespasse ou de cedência de exploração.
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5 - Os pedidos de alteração do titular da licença ou autorização ou de quaisquer outros factos, que a
lei imponha a necessidade de averbamento, que sejam requeridos fora do prazo fixado no n.º 1,
serão aceites, estando no entanto, sujeitos ao previsto no art. 54.º do presente Regulamento.
Artigo 56.º
3 - A cessação das licenças ou autorizações previstas nas alíneas a) e d) do n.º 1 do presente artigo,
só terá repercussão na liquidação das taxas do ano seguinte, excepto na situação da alínea a)
quando o pedido de cessação for apresentado nos prazos previstos no n.º 4 do artigo 50.º, deste
Regulamento.
Artigo 57.º
Exibição de documentos
Os titulares das licenças ou autorizações deverão fazer-se sempre acompanhar do documento
comprovativo do respectivo Alvará ou do comprovativo do pagamento da taxa devida, que exibirão
aos agentes municipais e entidades fiscalizadoras sempre que solicitado.
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TÍTULO III
Contra-ordenações
Artigo 58.º
Contra-ordenações
1 — Constituem contra -ordenações:
b) A inexactidão ou falsidade dos elementos fornecidos pelos interessados para liquidação das
taxas e outras receitas municipais ou para instrução de pedidos de isenção;
c) A falta de exibição dos documentos comprovativos do pagamento das taxas devidas, sempre
que solicitados pelas entidades fiscalizadoras, quando não especialmente previsto em diploma
legal ou noutro regulamento municipal;
2 — Nos casos previstos nas alíneas a) e b) do número anterior, o montante mínimo da coima no
caso de pessoas singulares é de metade da retribuição mínima mensal garantida e o máximo de dez,
sendo, no caso de pessoas colectivas, o montante mínimo da coima de uma retribuição mínima
mensal garantida e o máximo cem vezes aquele valor.
4 — A tentativa e negligência são sempre puníveis sendo, o montante máximo das coimas previstas
no número anterior reduzido a metade.
5 — As situações previstas nas alíneas a) e b) do número 1 podem ainda dar lugar à remoção da
situação ilícita.
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Artigo 59.º
Meios de Prova
Os objectos que sirvam ou estejam destinados a servir para a prática de qualquer das contra-
ordenações previstas no artigo anterior, ou os que foram por esta produzidos e, ainda, quaisquer
outros que forem susceptíveis de servir de prova, podem ser apreendidos provisoriamente, sendo
restituídos logo que se torne desnecessária a sua apreensão ou após a decisão condenatória
definitiva, salvo se o Município pretender declará-los perdidos.
Artigo 60.º
Competência
A competência para determinar a instrução dos processos de contra-ordenação e para a aplicação
das coimas pertence ao Presidente da Câmara Municipal, com a faculdade de delegação nos termos
legais.
Artigo 61.º
Sanções acessórias
1 - Sem prejuízo da aplicação das coimas a que se refere o artigo 58º, são ainda aplicáveis as
seguintes sanções acessórias, a determinar em função da gravidade da infracção e da culpa do
agente:
e) Privação do direito de participar em arrematações ou concursos públicos que tenham por objecto a
empreitada ou a concessão de obras públicas municipais, o fornecimento de bens e serviços, a
concessão de serviços públicos que seja da competência da autarquia e a atribuição de licenças ou
alvarás;
2 - As sanções referidas nas alíneas b) a g) do número anterior têm a duração máxima de dois anos,
contados a partir da decisão condenatória definitiva.
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TÍTULO IV
Garantias fiscais
Artigo 62.º
Garantias
1 - Os sujeitos passivos das taxas para as autarquias locais podem reclamar ou impugnar a
respectiva liquidação.
2 - A reclamação é deduzida perante o órgão que efectuou a liquidação da taxa no prazo de 30 dias a
contar da notificação da liquidação.
3 - A reclamação presume-se indeferida para efeitos de impugnação judicial se não for decidida no
prazo de 60 dias.
8 - Compete ao órgão executivo a cobrança coerciva das dívidas ao Município provenientes de taxas,
encargos de mais valias e outras receitas de natureza tributária que devam cobrar, aplicando-se o
Código de Procedimento e de Processo Tributário, com as necessárias adaptações.
9 - Sempre que o sujeito passivo deduzir reclamação ou impugnação e for prestada nos termos da lei
garantia idónea, não será negada a prestação do serviço, a emissão da autorização ou a continuação
da utilização de bens do domínio público e privado autárquico.
TÍTULO V
Disposições finais
Artigo 63.º
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c) A lei que estabelece o quadro de competências e o regime jurídico de funcionamento dos órgãos
dos municípios e das freguesias;
2 – Quaisquer notas ou observações exaradas na Tabela de Taxas anexa obrigam quer os serviços,
quer os interessados.
Artigo 64º
Regime transitório
1– As taxas a que se refere a Tabela anexa a este Regulamento, bem como os agravamentos nela
previstos, aplicam-se a todos os casos em que as mesmas taxas venham a ser liquidadas e pagas
após a sua entrada em vigor, mesmo que tenham por base processos que neste momento se
encontram pendentes.
Artigo 65.º
Artigo 66.º
Artigo 67.º
Entrada em vigor
O presente regulamento e a tabela anexa entram em vigor no dia 02 de janeiro de 2016
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TABELA DE TAXAS E OUTRAS RECEITAS MUNICIPAIS
CAPÍTULO I 1,002
SERVIÇOS DIVERSOS
Quadro I
Prestação de serviços e concessão de documentos
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Descrição Taxa €
1. Alvarás não especialmente contemplados nesta Tabela, quando não excepcionados por Lei. 6,77
3. Os documento referidos nos números 3, 5 a, 6, 9, 11 e 12, poderão ser requeridos com carácter de urgência, devendo
ser satisfeitos no prazo de dois dias após a apresentação do requerimento, ou da data do despacho deste, conforme a
satisfação do pedido dependa ou não desta última formalidade. A estas petições cobrar-se-á o dobro das taxas fixadas.
4. Aos valores previstos no ponto 7, acresce Iva à taxa legal em vigor.
Quadro II
Vistorias e averbamentos
Descrição Taxa €
1. Vistorias a unidades móveis 47,71
2. Vistorias não incluídas, em capítulo próprio, ou não taxáveis por legislação especial – por cada
uma 37,02
3. Averbamentos de alvarás sanitários concedidos pela Portaria n.º 6 065, de 30 de Março de 1929
36,80
4. Averbamentos não especialmente previstos nesta Tabela ou em regulamento especial 31,87
1. Será devido o pagamento de nova taxa, quando as vistorias, previstas nos n.ºs 1 e 2, se não realizarem por
responsabilidade do requerente.
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Quadro III
Inspecção de ascensores, monta-cargas, escadas mecâni-cas e tapetes rolantes (exclui monta-cargas
de carga inferior a 100 Kg) — Alínea d) do nº7 do artigo 64º da lei 169/99 de 18 de Setembro com a
redacção introduzida pela lei 5-A/2002 Decreto-Lei 320/2002 de 28 de Dezembro
Descrição Taxa €
1. Inspecções periódicas e reinspecções - por cada elevador 30,25
2. Inspecções extraordinárias – por cada 30,25
3. Inquéritos a acidentes decorrentes da utilização ou das operações de manutenção 30,25
4. Selagem de elevador 28,39
1. Aos valores anteriores acresce o preço pelo serviço prestado pela entidade inspectora de elevadores.
Quadro IV
Serviços do encargo de particulares
Descrição Taxa €
Taxa devida pelo procedimento de avaliação de encargos decorrentes de serviços prestados da
responsabilidade de particulares 23,36
1. Acresce à taxa anterior o custo do serviço prestado;
2. Os serviços referidos no quadro anterior abrangem as demolições, reparações, arranque de árvores, remoção de
entulhos, sucatas, desobstruções de vias públicas e outros, da responsabilidade de particulares quando estes, notificados, não
os executem no prazo fixado ou quando, em razão do dano público, imponham remoção imediata.
Quadro V
Descrição Taxa €
1. Palco 6mx9m – por unidade:
a. Com cobertura 472,76
b. Sem cobertura 379,98
2. Palco 5mx3m – por unidade:
a. Com cobertura 358,12
b. Sem cobertura 272,96
3. Barreiras – por unidade: 7,20
4. Cadeiras – por unidade: 1,04
5. Acresce por cada dia ou fracção – por unidade:
a. Palco 6mx9m (10% da taxa aplicada em 1.b) 37,99
b. Palco 5mx3m (10% da taxa aplicada em 2.b) 27,30
c. Barreiras (10% da taxa aplicada em 3) 0,71
d. Cadeiras (10% da taxa aplicada em 4) 0,10
1. A cedência dos bens previstos está sujeita às condições seguintes:
a. As taxas estabelecidas no ponto 5, não incluem os dias da montagem e da desmontagem;
b. Nos casos em que a cedência dos equipamentos referidos, seja autorizada sem transporte, montagem e
desmontagem, as taxas a cobrar serão as constantes no ponto 5, desde o dia de levantamento ao dia da
devolução dos elementos cedidos;
c. Aos valores previstos acresce Iva à taxa legal em vigor.
2. Os danos causados pelo extravio ou estrago dos bens cedidos serão da responsabilidade da entidade requerente;
Quadro VI
Cedência de utilização de autocarro – por cada quilómetro ou fracção
Descrição Taxa €
1. Requisição de autocarros 19,11
2. Por cada Km ou fracção (acresce ao valor previsto em 1.)
a) À semana
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1. Autocarro com 27 ou mais lugares 0,94
2. Autocarro com menos de 27 lugares 0,76
b. Ao fim-de-semana
1. Autocarro com 27 ou mais lugares 1,10
2. Autocarro com menos de 27 lugares 0,95
1. Aos valores previstos acresce Iva à taxa legal em vigor.
Quadro VII
Taxa devida pela cedência de utilização do hangar, por aeronave ou monomotor
Descrição Taxa €
1. Período de um dia ou fracção 4,14
2. Período mensal 79,70
CAPÍTULO II
LICENCIAMENTOS
Quadro VIII
Licenças diversas
Descrição Taxa €
1. Taxa pela apreciação do processo com vista a obtenção do Alvará de licença 37,88
2. Emissão da licença ou autorização administrativa 81,56
Quadro IX
Exercício de caça
Descrição Taxa €
As taxas são fixadas em legislação especial
Quadro X
Actividade de guarda-nocturno
Descrição Taxa €
1. Taxa pela apreciação do processo com vista a obtenção de licença; 37,88
2. Emissão ou renovação de licença (validade trienal); 65,19
Quadro XI
Vendedor ambulante de lotarias
Descrição Taxa €
1. Taxa pela apreciação do processo com vista a obtenção de licença 19,00
2. Emissão ou renovação de licença, por ano ou fracção 32,66
Quadro XII
Actividade de arrumador de automóveis
Descrição Taxa €
1. Taxa pela apreciação do processo com vista a obtenção de licença; 28,39
2. Emissão ou renovação de licença, por ano ou fracção; 48,92
Quadro XIII
Actividade de acampamentos ocasionais
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Descrição Taxa €
1. Taxa pela apreciação do processo com vista a obtenção de licença; 37,88
2. Emissão da Licença por dia ou fracção. 65,29
Quadro XIV
Actividade de exploração de máquinas automáticas, mecânicas e electrónicas de diversão – por
máquina
Descrição Taxa €
1. Taxa pela apreciação do processo com vista a obtenção do Alvará de licença 36,68
2. Registo 287,16
3. Segunda via do título de registo 87,35
4. Averbamento por transferência de propriedade 87,35
5. Emissão de licença de exploração:
a. Semestral; 179,39
b. Anual. 287,16
Quadro XV
Realização de espectáculos desportivos e divertimentos públicos nas vias, jardins e demais lugares
públicos ao ar livre
Descrição Taxa €
1. Taxa pela apreciação do processo com vista a obtenção de licença; 39,52
2. Emissão de licença para a realização de provas desportivas com carácter de competição;
20,52
3. Emissão de licença para manifestações desportivas não enquadráveis no ponto anterior;
30,78
4. Emissão de licença para realização de outros divertimentos de carácter não desportivo. 30,78
Quadro XVI
Funcionamento de recintos de espectáculos e divertimentos públicos
Descrição Taxa €
1. Taxa pela apreciação do processo com vista a obtenção de Alvará de Licença; 12,55
2. Emissão de licença de funcionamento de recintos itinerantes ou improvisados, por cada e por
semana ou fracção; 13,11
3. Vistorias para efeitos de emissão de licença de recintos itinerantes/improvisados ou de licença
acidental de recintos. 14,74
Quadro XVII
Descrição Taxa €
1. Taxa pela apreciação do processo com vista a obtenção de licença; 37,88
2. Emissão da licença. 81,56
Quadro XVIII
Actividade de realização de leilões em lugares públicos – por cada
Descrição Taxa €
1. Taxa pela apreciação do processo com vista a obtenção de licença. 37,88
2. Emissão de licença:
a. Sem fins lucrativos; 24,45
b. Com fins lucrativos. 81,56
Quadro XIX
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Actividade de fogueiras queimas e queimadas – por cada
Descrição Taxa €
1. Taxa pela apreciação do processo com vista a obtenção de licença; 19,21
2. Emissão da licença. 24,68
Quadro XX
Peditórios
Descrição Taxa €
1. Taxa pela apreciação do processo com vista a obtenção de licença; 18,89
2. Emissão de licença, por dia, no máximo de 7 dias. 16,26
Quadro XXI
Descrição Taxa €
1. Licença de aluguer para veículos ligeiros - por veículo (a definir por concurso público)
2. Averbamentos 32,66
3. Passagem de duplicados, segundas vias ou substituição de documentos deteriorados, destruídos
ou extraviados - por cada 48,92
4. Vistoria ao veículo 81,56
Quadro XXII
Emissão e autenticação de horários de funcionamento
Descrição Taxa €
1. Emissão e/ou autenticação de horário de funcionamento (por cada) 74,90
2. Pelo alargamento do horário para além do horário fixado (por cada) 81,56
Quadro XXIII
Pedreiras, Saibreiras, outros inertes e minas
Descrição Taxa €
1. Organização, apreciação e encaminhamento – por cada 44,45
2. Emissão de alvará de licenciamento 92,70
3. Averbamento em nome de outro titular 34,62
4. Vistoria 92,70
Quadro XXIV
Emprego de substâncias explosivas
Descrição Taxa €
1. Emprego de substâncias explosivas
a. Por cada requisição 83,97
b. Informação sobre a idoneidade dos requerentes de licença para utilização de explosivos
– por cada 94,13
CAPÍTULO III
AMBIENTE E QUALIDADE DE VIDA
Quadro XXV
Ensaios e medições acústicas
Descrição Taxa €
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1. Avaliação do critério de incomodidade – artigo 13º, ponto 1 alínea b) do Dec-lei nº 9/2007, de 17
de Janeiro, com as alterações introduzidas pelo Dec-Lei nº 278/2007, de 1 de Agosto; 947,72
2. Avaliação dos valores limite de exposição – artigo 11º do Dec-lei nº 9/2007, de 17 de Janeiro,
com as alterações introduzidas pelo Dec-Lei nº 278/2007, de 1 de Agosto; 947,72
3. Avaliação do índice de isolamento sonoro a:
a. Sons de condução aérea entre espaços contíguos; 133,97
b. Sons de percussão entre espaços contíguos; 133,97
c. Sons aéreos de fachadas e elementos de fachada. 133,97
4. Avaliação do Tempo de Reverberação; 133,97
Quadro XXVI
Danos em espaços ajardinados e mobiliário e equipamento urbano ou outros bens do domínio público
ou privado municipal
Descrição Taxa €
Taxa devida pelo procedimento de avaliação de danos 50,01
1. À taxa prevista acresce o valor referente à reposição do bem, calculado tendo em consideração o custo das
remunerações, prestações de serviços, materiais, equipamentos e administrativos necessários a integral reparação.
Quadro XXVII
Limpeza de Terrenos
Descrição Taxa €
Taxa devida pelo procedimento de avaliação, limpeza e desmatação de terrenos 109,84
1. À taxa prevista acresce o valor referente ao preço pelo serviço prestado de limpeza e desmatação de terreno, calculado
tendo em consideração o custo das remunerações, prestações de serviços, materiais, equipamentos e administrativos
necessários à integral reparação.
Quadro XXVIII
Descrição Taxa €
1. Taxa pela apreciação do processo com vista a obtenção de licença; 88,02
2. Emissão da Licença. 31,66
Quadro XXIX
Limpeza de fossas e colectores
Descrição Taxa €
1. Deslocação de auto-cisterna – por cada deslocação 33,42
1. Aos valores previstos acresce Iva à taxa legal em vigor.
Quadro XXX
Remoção e recolha de veículos
Descrição Taxa €
Em conformidade com a Portaria 1424/2001 de 13 de Dezembro
1. Aos valores previstos acresce Iva à taxa legal em vigor.
Quadro XXXI
Serviço Veterinário Municipal (Canil/Gatil)
Descrição Taxa €
1. Recolha e Captura de animais:
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a. Captura de animal na via pública; 47,82
b. Recolha de animal vivo a pedido do dono; 30,57
c. Recolha de cadáver de animal de companhia morto em casa do proprietário. 24,68
2. Hospedagem e alimentação por animal e por dia ou fracção; 22,94
3. Occisão de animal; 35,26
4. Destruição de cadáver de animal. 46,96
CAPITULO IV
COMPLEXO MUNICIPAL DA QUINTA DA GRUTA
Quadro XXXII
Actividades da Escola de Educação Ambiental
Descrição Taxa €
1. Taxa de participação em actividades nos sectores: laboratório, horta, animais, cozinha, ateliers e
visitas temáticas / por participante
a. Manhã das 9h00 às 12h30m 1,26
Quadro XXXIII
Cedência de utilização de espaços, por hora
Descrição Taxa €
1. Auditório do Palacete
a. Das 9h00m às 17h00m 33,31
b. Das 17h00m às 00h00m 53,18
c. Fins-de-semana, feriados e equiparados 66,59
2. Auditório da Escola Ambiental:
a. Das 9h00m às 17h00m 33,31
b. Das 17h00m às 00h00m 53,18
c. Fins-de-semana, feriados e equiparados 66,49
1. Aos valores previstos acresce Iva à taxa legal em vigor, quando aplicável.
Quadro XXXIV
Cedência de utilização de equipamentos, por período ou fracção
Descrição Taxa €
1. Utilização de equipamentos audiovisuais, informáticos ou outros:
a. Das 9h00m às 17h00m 53,28
b. Das 17h00m às 00h00m 85,16
c. Fins-de-semana, feriados e equiparados 106,45
1. Aos valores previstos acresce Iva à taxa legal em vigor.
CAPITULO V
OCUPAÇÃO DO DOMÍNIO PÚBLICO
Quadro XXXV
Ocupação do domínio público aéreo
Descrição Taxa €
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1. Taxa pela apreciação do processo com vista a obtenção de licença; 44,45
2. Com alpendres fixos ou articulados, toldos e similares não integrados na estrutura dos edifícios -
por metro quadrado e por ano: 25,11
3. Antenas de operadores de telecomunicações, instaladas no domínio público – por ano e por
unidade:
a. Instaladas no domínio público - por cada e por ano 4.367,43
b. Instaladas em propriedade particular com projecção para o domínio público - por cada e
por ano 2.183,71
4. Fios telegráficos, telefónicos ou eléctricos, por metro linear ou fracção e por ano 5,02
5. Passarelas e outras ocupações - por metro quadrado da projecção sobre a via pública e por ano
10,05
6. Outras ocupações do espaço aéreo – por metro quadrado e por ano 10,05
Quadro XXXVI
Construções ou instalações especiais no solo ou subsolo
Descrição Taxa €
1. Taxa pela apreciação do processo com vista a obtenção de licença; 44,45
2. Postes e marcos – cada:
a. Para suporte de fios telegráficos, telefónicos ou eléctricos – por ano; 83,52
b. Para colocação de anúncios – por ano 66,81
c. Marco receptáculo de correio – por ano 66,81
3. Depósitos – por metro cúbico ou fracção e por ano:
a. À superfície.
Capacidade até 10 m3 19,98
Capacidade > 10 m3 60,07
b. Subterrâneos
Capacidade até 10 m3 13,32
Capacidade > 10 m3 40,08
4. Pavilhões, quiosques e similares – por metro quadrado e por ano. 16,70
5. Instalações provisórias, por motivo de festejos, pistas de automóveis, carrosséis e similares – por
metro quadrado e por dia; 0,32
6. Circos e instalações similares de natureza sociocultural - por metro quadrado e por dia; 0,01
7. Ocupação com venda ambulante – por metro quadrado e por ano; 33,42
8. Veículos automóveis estacionados, para exercício de comércio e indústria – por cada veículo e
por dia; 49,90
9. Reboques e semi-reboques estacionados para o exercício de comércio e indústria – por cada
dia; 167,06
10. Veículos pesados estacionados para o exercício de comércio e indústria – por cada veículo e por
dia; 208,55
11. Outras ocupações que impliquem danificação do pavimento sem prejuízo da obrigatoriedade de
reposição - valas e outras, por metro linear, por 15 dias ou fracção; 10,05
12. Painéis, outdoors, muppies e semelhantes – por metro linear de frente e por ano; 25,01
13. Outras construções ou instalações especiais no solo ou subsolo - por metro quadrado e por ano.
8,31
Quadro XXXVII
Ocupações diversas
Descrição Taxa €
1. Taxa pela apreciação do processo com vista a obtenção de licença; 37,13
2. Aparelhos de ar condicionado, fixos no exterior de edifícios – por cada e por ano ou fracção:
66,59
3. Dispositivos destinados a anúncios e reclamos – por metro quadrado e por ano; 55,59
4. Esplanadas (mesas, cadeiras, guarda-sóis, guarda-ventos e similares) – por metro quadrado e
por mês ou fracção;
a. Abertas; 2,40
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b. Fechadas, fixas ou amovíveis, não integradas em edifícios. 6,88
5. Expositores e vitrinas – por metro quadrado e por mês; 55,59
6. Tubos, condutas e outros cabos condutores e semelhantes – por metro linear ou fracção e por
ano:
a. Para uso agrícola 0,42
b. Para outros fins:
1. Aéreos; 6,88
2. Subterrâneos. 2,95
7. Cabine ou posto telefónico – por ano. 88,88
8. Posto de transformação, cabines eléctricas e semelhantes – por m2 ou fracção e por ano
4,38
9. Carris – por metro linear de via ou fracção e por ano 4,38
10. Rampas fixas para acesso a garagens, estações de serviço, parques de estacionamento e
semelhantes – por metro linear e por ano:
a. De prédios ou instalações afectas ao exercício de comércio e indústria ou serviços, por
cada metro linear ou fracção e por ano; 13,87
b. De outros prédios ou instalações, por cada metro linear ou fracção e por ano. 11,14
11. Outras ocupações da via pública – por metro quadrado e por mês. 6,66
Quadro XXXVIII
Equipamentos – por metro quadrado ou fracção
Descrição Taxa €
1. Taxa pela apreciação do processo com vista a obtenção de licença; 44,45
2. Pela colocação de equipamentos (balanças, grelhadores, arcas congeladoras ou de conservação
de gelados, máquinas de tiragem de gelados, bebidas, tabacos e semelhantes, máquinas de diversão
e outras) – por metro quadrado e por cada ano ou fracção. 55,69
Quadro XXXIX
Instalações abastecedoras de carburantes, ar e água
Descrição Taxa €
1. Taxa pela apreciação do processo com vista a obtenção de licença; 62,90
2. Bombas ou aparelhos abastecedores de carburantes, instalados ou abastecendo na via pública –
por cada e por ano 147,40
3. Bombas, aparelhos ou tomadas abastecedoras de ar ou água, instalados ou abastecendo na via
pública – por cada e por ano 147,40
4. Bombas amovíveis ou fixas de mistura para motociclos instaladas ou abastecendo na via pública -
por cada e por ano. 147,40
2. Todos os ocupantes da via pública com quaisquer instalações devem manter os locais limpos e asseados, sem
dano ou perigo para a segurança dos transeuntes e, quando da retirada, são responsáveis pelos estragos resultantes
da instalação.
CAPITULO VI
OCUPAÇAO DE DOMÍNIO PRIVADO MUNICIPAL
Quadro XL
Ocupação de solo com eventos temporários
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Descrição Taxa €
1. Taxa pela ocupação de solo com eventos temporários – por metro quadrado ou fracção;
4,27
2. Acresce ao valor anterior, por cada dia além do primeiro. 1,31
CAPITULO VII
CONDUÇÃO E REGISTO DE VEÍCULOS
Quadro XLI
Licenças de condução
Descrição Taxa €
1. Emissão da licença incluindo impresso; 4,48
2. Averbamentos efectuados na licença de condução; 5,58
3. Renovação de licenças de condução; 4,48
4. Trocas de licenças de condução; 5,58
5. De segundas vias, da licença de condução. 6,66
CAPITULO VIII
PUBLICIDADE
Quadro XLII
Publicidade sonora
Descrição Taxa €
1. Taxa pela apreciação do processo com vista a obtenção de licença; 50,23
2. Com aparelhos de rádio ou de televisão, altifalantes ou outros aparelhos sonoros, emitindo, com
fins publicitários, na ou para a via pública:
a. Por semana; 5,24
b. Por mês; 16,92
c. Por ano. 162,46
Quadro XLIII
Publicidade em meios aéreos
Descrição Taxa €
1. Taxa pela apreciação do processo com vista a obtenção de licença; 50,23
2. Publicidade em aviões, balões de ar quente, zepplin, parapentes e outros – por cada e por dia.
22,50
Quadro XLIV
Publicidade em veículos
Descrição Taxa €
1. Taxa pela apreciação do processo com vista a obtenção de licença; 43,47
2. Veículos de particulares ou de empresas, por metro quadrado e viatura:
a. Por mês ou fracção; 2,18
b. Por ano. 21,52
3. Veículos utilizados exclusivamente para o exercício da actividade de publicidade - por metro
quadrado e viatura:
a. Por mês ou fracção; 2,90
b. Por ano. 28,06
4. Publicidade em transportes públicos – por metro quadrado e viatura:
a. Por mês ou fracção; 2,68
b. Por ano. 25,76
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5. Outra publicidade em veículos – por metro quadrado e viatura:
a. Por mês ou fracção; 4,38
b. Por ano. 43,01
Quadro XLV
Publicidade em mobiliário urbano
Descrição Taxa €
1. Taxa pela apreciação do processo com vista a obtenção de licença; 50,23
2. Muppies, abrigos de transportes públicos e outros equipamentos semelhantes que sejam
utilizados como suportes publicitários – por metro quadrado;
a. Por mês ou fracção; 5,63
b. Por ano. 44,33
Quadro XLVI
Publicidade em edifícios, andaimes e outras construções
Descrição Taxa €
1. Taxa pela apreciação do processo com vista a obtenção de licença; 50,23
2. Anúncios luminosos ou iluminados – por metro quadrado:
a. Por mês ou fracção; 4,70
b. Por ano. 45,10
3. Anúncios electrónicos e outros semelhantes – por metro quadrado:
a. Por mês ou fracção; 6,22
b. Por ano. 60,07
4. Placas, tabuletas ou semelhantes – por metro quadrado:
a. Por mês ou fracção; 9,41
b. Por ano. 90,18
5. Lonas, telas, faixas e outros similares – por metro quadrado:
a. Por mês ou fracção; 2,74
b. Por ano. 30,03
6. Publicidade em toldos ou similares – por metro quadrado:
a. Por mês ou fracção; 4,70
b. Por ano. 45,10
7. Publicidade em portas e montras, (vinil, cortinas, cartazes e outros similares) – por metro
quadrado:
a. Por mês ou fracção; 3,07
b. Por ano. 30,03
8. Outra publicidade não mensurável em área – por metro linear:
a. Por mês ou fracção; 0,94
b. Por ano. 9,05
9. Outra publicidade em edifícios, andaimes e outras construções, por metro quadrado:
a. Por mês ou fracção; 2,34
b. Por ano. 22,50
1. O valor da taxa a pagar pelo licenciamento não pode ser inferior ao correspondente a 0,5 m2.
Quadro XLVII
Campanhas publicitárias de rua
Descrição Taxa €
1. Taxa pela apreciação do processo com vista a obtenção de licença; 56,11
2. Distribuição de panfletos publicitários – por milhar/dia; 43,01
3. Distribuição de produtos – por dia; 64,53
4. Provas de degustação – por dia; 64,53
5. Outras acções promocionais de rua de natureza publicitária – por dia. 64,53
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Quadro XLVIII
Publicidade diversa
Descrição Taxa €
1. Taxa pela apreciação do processo com vista a obtenção de licença 50,23
2. Painéis e outdoors – por metro quadrado:
a. Por mês ou fracção; 5,63
b. Por ano. 54,16
3. Painéis rotativos e anúncios electrónicos – por metro quadrado:
a. Por mês ou fracção; 6,77
b. Por ano. 64,96
4. Pendões, bandeiras e bandeirolas e outros similares – por cada
a. Por mês ou fracção; 2,18
b. Por ano. 21,62
5. Colunas, pórticos, totens e outros similares – por metro quadrado:
a. Luminosos ou iluminados;
1. Por mês ou fracção; 3,72
2. Por ano. 36,03
b. Sem qualquer tipo de iluminação.
1. Por mês ou fracção; 2,34
2. Por ano. 22,50
6. Cartazes a afixar nas vedações, tapumes, muros paredes ou outros locais confinantes com a via
pública – por cartaz e por mês; 13,54
7. Publicidade em guarda-sóis e guarda-ventos – por unidade e por mês ou fracção; 22,50
8. Outros meios de publicidade não incluídos nos números anteriores – por metro quadrado:
Quadro XLIX
Alterações ao suporte publicitário e averbamento de substituição do titular
Descrição Taxa €
1. Alteração ao suporte publicitário – por cada; 40,40
2. Averbamento da substituição do titular do licenciamento de publicidade – por cada. 37,45
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5. Todos os ocupantes da via pública com quaisquer suportes ou distribuidores de publicidade devem manter os
locais limpos e asseados, sem dano ou perigo para a segurança dos transeuntes e, quando da retirada, são
responsáveis pelos estragos resultantes da instalação.
6. Estão isentas de pagamento de licença as simples tabuletas indicativas dos serviços públicos, hospitais e
farmácias, sem prejuízo da respectiva colocação dever ser previamente autorizada pela Câmara.
7. As taxas deste Capítulo acumulam com as fixadas no Capitulo V, sempre que se verifique a ocupação da via
pública;
CAPITULO IX
MERCADOS E FEIRAS
Quadro L
Mercado Coronel Moreira
Descrição Taxa €
1. Lojas - de A a L, sector A - por mês: 44,77
2. Arrecadação – Sector A – por mês 37,34
3. Lojas L e M sector G - por mês: 57,32
4. Bancas do sector B, incluindo o terrado adjacente - por mês e cada:
a. Bancas 1, 10, 11 e 20; 15,51
b. Bancas 2 a 9 e 12 a 19; 10,38
5. Bancas do sector C, incluindo o terrado adjacente - por mês e cada:
a. Bancas 1, 10, 11 e 20 15,51
b. Bancas 2 a 9 e 12 a 19 10,38
6. Mesas de panos, sector D, incluindo o terrado adjacente (de 1/2 a 31/32) - por mês e cada par;
12,89
7. Bancas de peixe do sector E (1 a 10) por mês e por cada lugar; 12,11
8. Mesas do sector F (de 1/2 a 19/20) por mês e cada par; 13,76
9. Lugares no posto de venda de carne, sector G - por mês e cada:
a. Lugares 1 e 8; 24,94
b. Lugares 2 a 7. 24,02
10. Lugares de terrado por dia e cada:
a. Anexo ao sector A – lugares 1 a 5; 2,74
b. Anexo ao sector B – lugares 22 a 31; 2,29
c. Sector D – lugares 0,65
d. Sector E – lugares 0,65
e. Anexo ao sector F – lugares 11 a 21; 2,40
f. Anexo ao sector G:
1. Lugares 1 a 4 1,73
2. Lugares 5 a 10 3,49
Quadro LI
Mercado de Pedrouços
Descrição Taxa €
1. Lojas - de A a L - por mês e cada; 56,89
2. Lojas – de M a Q – por mês e cada; 30,78
3. Loja R – por mês 61,47
4. Barracas - 1 a 20 - por mês e cada; 14,63
5. Barracas novas - de 1 a 18 - por mês e cada; 36,35
6. Lugares de terrado - por metro quadrado e por dia - cada: 0,42
Quadro LII
Mercado da Maia
Descrição Taxa €
1. Lojas 1 a 3 – por mês e cada 30,78
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2. Barracas 1 e 15 – por mês e cada 21,06
3. Barracas 2 a 14 e 16 – por mês e cada 22,16
4. Lugares de terrado com toldo, por mês e cada:
a. Lugares 1 a 3, 5 e 9 a 11 21,19
b. Lugares 4, 6, 7 e 8 12,79
c. Lugares 12 a 52 9,51
d. Lugares 53 a 62 26,53
5. Lugares de terrado - por metro quadrado e por dia - cada: 0,42
Quadro LIII
Feira de velharias e antiguidades
Descrição Taxa €
1. Ocupação de terrado – por semestre:
a. Tipo I (6,00 x 5,20 = 31,00 m2) 12,01
b. Tipo II (6,00 x 3,50 = 21,00 m2) 8,09
c. Tipo III (3,60 x 3,50 = 12,60 m2) 4,80
d. Eventuais 4,80
Quadro LIV
Actividades de venda ambulante
Descrição Taxa €
1. Para venda ambulante, incluindo o custo do cartão:
a. Sem viatura auto 21,06
b. Com viatura auto. 40,29
2. Revalidação ou segunda via do cartão de vendedor ambulante:
a. Sem viatura auto 19,00
b. Com viatura auto 33,64
CAPITULO X
CONTROLO METROLÓGICO DE INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO
Quadro LV
Taxas devidas pelo controlo metrológico
Descrição Taxa €
As taxas devidas pelo controlo metrológico de instrumentos de medição são as fixadas nos termos do n.º 2 do artigo 12.º do
Decreto-Lei n.º 202/83, de 19 de Maio, e pelo Despacho conjunto dos Ministérios da Indústria e Energia e da Administração
Interna de 19 de Setembro de 1984.
CAPITULO XI
INSTALAÇÕES DESPORTIVAS E DE RECREIO
Quadro LVI
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Actividade Desportiva - Geral
Descrição Taxa €
1. Inscrição – por ano (Ginástica, Ténis e Piscinas) 13,43
2. Renovação – por ano (Ginástica, Ténis e Piscinas) 13,43
Quadro LVII
Complexo Municipal de Ginástica
Descrição Taxa €
1. Ginástica artística/Acrobática/rítmica/Trampolins - pagamento mensal:
a. Iniciação (2 horas/4 dias por semana); 69,55
b. Competição (3 horas/6 dias por semana); 152,86
2. Ginástica bebés (18 a 36 meses) - pagamento mensal:
a. 1 h / 1 dia por semana; 17,81
b. 1h30m / 1 dia por semana; 29,59
c. 1h / 2 dias por semana. 39,52
3. Minis (3 a 5 anos) - pagamento mensal:
a. 1 h / 1 dia por semana; 20,41
b. 1h30m / 1 dia por semana; 30,57
c. 1h / 2 dias por semana; 40,73
d. 1h30m / 2 dias por semana; 61,03
e. 1h / 3 dias por semana. 61,03
4. Play-Gym (6 a 16 anos) - pagamento mensal:
a. 1h / 1 dia por semana; 14,09
b. 1h30m / 1 dia por semana; 21,19
c. 1h / 2 dias por semana; 28,18
d. 1h30m / 2 dias por semana; 42,25
e. 1h / 3 dias por semana; 42,25
f. 1h / 4 dias por semana. 56,44
5. Ginástica para adultos (> 18 e ≤ 60 anos) - pagamento mensal:
a. 1h / 1 dia por semana; 12,89
b. 1h / 2 dias por semana; 25,66
c. 2h / 2 dias por semana; 51,31
d. 2h / 3 dias por semana. 76,96
6. Ginástica sénior (> 60 anos) - pagamento mensal:
a. 1h / 1 dia por semana; 12,89
b. 1h / 2 dias por semana. 25,66
7. Prep. Ensino Superior - pagamento mensal:
a. 1h / 1 dia por semana; 23,16
b. 1h / 2 dias por semana; 46,39
c. 2h / 2 dias por semana; 92,70
d. 2h / 3 dias por semana. 138,67
8. Manutenção/Fitness – pagamento mensal:
a. aeróbica 30m / 2 dias por semana; 15,40
b. step 1h / 1 dia por semana; 15,40
c. funky 1h / 1 dia por semana; 15,40
d. funky 1h / 2 dias por semana; 30,89
e. Localizada 1h / 3 dias semana; 46,28
f. Outras 1h/ 4 dias por semana. 61,69
9. Dança do ventre – pagamento mensal:
a. 1h / 1 dia por semana; 16,26
b. 1h / 2 dias por semana; 32,66
c. 1 h / 3 dias por semana; 48,92
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d. 1h / 4 dias por semana. 65,29
10. Musculação e cardio-fitness – pagamento mensal:
a. 1h / 1 dia por semana 16,70
b. 1h / 2 dias por semana 33,31
c. 1h / 3 dias por semana 50,01
d. 1h / 4 dias por semana 66,59
11. Danças de salão – pagamento mensal:
a. 1h / 2 dias por semana 31,66
b. 1 h / 3 dias por semana 47,49
c. 1h / 4 dias por semana 63,33
12. Artes marciais, Tai-Chi-Chuan, Ioga, Capoeira - pagamento mensal:
a. 1h / 1 dia por semana 10,91
b. 1h / 2 dias por semana 21,72
c. 1h / 3 dias por semana 32,66
d. 1h / 4 dias por semana 43,57
13. Saúde e Bem-estar – pagamento mensal:
a. 1h / 1 dia por semana 12,44
b. 1h30m / 1 dia por semana 18,67
c. 1h / 2 dias por semana 24,90
d. 1h / 3 dias por semana 37,23
14. Cartões - Regime livre - pagamento mensal:
a. Cartão Ouro Musc. + Fitness 82,99
b. Cartão Ouro Musc. 79,70
c. Cartão Ouro Fitness 55,69
15. Cartões - das 8h às 17h + Sábado - pagamento mensal:
a. Cartão Prata Musc + Fitness 66,81
b. Cartão Prata Musc. 63,99
c. Cartão Prata Fitness 44,77
16. Sauna – Pagamento único 4,38
17. Aula livre – Pagamento único:
a. 1h 4,38
b. 1h30m 6,55
c. 2h 8,84
18. Entradas – Pagamento único:
a. Espectáculos, saraus e galas
b. Campeonatos e torneios
19. Cursos, Workshops, Acções de Formação, Conferências, colóquios, Outros – Pagamento único
a. 4 h
b. 8 h
c. 10 h
d. 20 h
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a. Por hora 2,84
b. Por mês:
1. Por hora /semana 11,36
2. Livre 338,48
1. As taxas por frequência de aulas com três ou mais horas de utilização semanal previstas nos pontos
1;3;4;5;7;8;9;10;11;12 e 13, tem uma redução de 20% e 30%, respectivamente sobre o valor a cobrar.
2. As taxas de utilizações com cartôes, previstas nos pontos 14 e 15, têm uma redução de 20%.
3. Ao valor de taxas constante no ponto 16 acresce IVA à taxa legal em vigor.
4. Os utilizadores com mais de 60 anos e menos de 15, têm uma redução de 20% sobre a taxa cobrar.
5. As taxas constantes dos pontos 18 e 19 serão fixadas sobre deliberação do executivo, tendo por base a estrutura de
custos associada ao respectivo evento, sem prejuízo de poder verificar-se isenção ou redução das mesmas, sempre que tal
seja deliberado nos termos do previsto no artigo 7º nº 7 do presente regulamento.
Quadro LVIII
Complexo Municipal de Ténis
Descrição Taxa €
1. Aulas Grupo – pagamento mensal:
a. Mini-ténis 1h/semana 14,42
b. Mini -ténis estabelecimento de ensino 1h/semana 14,42
c. Programa jovem 1.º experiência 1h/semana 14,42
d. Nível 1, 2, 3, 4 e 5
1. 2h/semana 36,03
2. 3h/semana 54,05
3. 4h/semana 72,05
4. 5h/semana 89,53
5. 6h/semana 108,10
6. 7h/semana 126,11
7. 8h/semana 144,13
8. 9h/semana 162,13
9. 10h/semana 180,16
10. 11h/semana 197,62
11. 12h/semana 216,18
12. 13h/semana 233,66
13. 14h/semana 251,12
14. 15h/semana 269,68
2. Aulas Individuais:
a. Série de 10 Horas; 360,31
b. Uma aula. 36,03
3. Programa de Férias:
a. Alunos de Escola de Ténis da Maia
1. Uma semana 3h/dia; 269,68
2. Uma semana 5h/dia. 449,85
b. Outros alunos:
1. Uma semana 3h/dia; 269,68
2. Uma semana 5h/dia. 449,85
4. Torneios
a. Alunos da Escola de Ténis da Maia
1. Torneios internos; 10,91
2. Torneio de mini-ténis. 8,73
b. Outros atletas
1. Torneios internos; 13,11
2. Torneio de mini-ténis; 10,91
3. Outros. 43,67
5. Cedência de utilização de court em terra batida
a. Singulares:
1. Sem Luz 8,09
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2. Com luz – nível 1 12,55
3. Com luz – nível 2 15,19
b. Pares:
1. Sem Luz 8,41
2. Com luz – nível 1 13,01
3. Com luz – nível 2 15,61
c. Cartões pré-pagos:
1. Séries de 10 entradas sem luz 83,85
2. Séries de 10 entradas com luz - nível 1 129,93
3. Séries de 10 entradas com luz - nível 2 156,14
4. Séries de 20 entradas sem luz 167,70
5. Séries de 20 entradas com luz - nível 1 259,86
6. Séries de 20 entradas com luz - nível 2 312,27
6. Cedência de utilização de Instalações para a realização de torneios e eventos organizados por
terceiros – por court e por hora 22,37
7. Cedência de utilização de court em outros pisos:
a. Semana e Fim-de-semana:
1. Horário Diurno 5,24
2. Horário Nocturno – Nível 1 9,17
3. Horário Nocturno – Nível 2 12,21
b. Cartões Pré-pagos:
1. Horário Diurno – Série de 10 52,51
2. Horário Diurno – Série de 20 105,04
3. Horário Nocturno – Série de 10 – Nível 1 91,93
4. Horário Nocturno – Série de 10 – Nível 2 122,50
5. Horário Nocturno - Série de 20 – Nível 1 183,42
6. Horário Nocturno - Série de 20 – Nível 2 244,58
8. Cedência de utilização de Parede de Escalada Interior:
a. Utilização única / hora 2,84
b. Utilização mensal:
1. 1 h /semana 11,36
2. 2 h / semana 22,71
3. Utilização Livre 340,65
1. As inscrições em Torneios carecem de legislação própria definidas pelas respectivas associações e federações.
2. As taxas para frequência de 3 (três) ou mais horas semanais têm, respectivamente, uma redução de 20% e 30%, sobre
a taxa a cobrar.
3. Os utilizadores com mais de 60 anos e menos de 15 anos, têm uma redução de 20% sobre a taxa a cobrar.
Quadro LIX
Complexo Municipal de Piscinas
Descrição Taxa €
I – PISCINAS COBERTAS:
1. Natação/banho livre:
a. Jovens até 15 anos/ por hora; 2,40
b. Adultos > 60 anos; 2,84
c. Jovens ≥15 ou adultos ≤ 60 anos; 2,84
d. Séries de 10 entradas:
1. Jovens até 15 anos; 23,92
2. Adultos > 60 anos; 28,62
3. Jovens ≥15 ou adultos ≤ 60 anos. 28,62
e. Séries de 20 entradas:
1. Jovens até 15 anos; 47,94
2. Adultos > 60 anos; 57,21
3. Jovens ≥15 ou adultos ≤ 60 anos. 57,21
2. Escolas de Natação:
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a. Aulas 1 vez por semana:
1. Bebés 2-4 anos; 15,40
2. Crianças dos 5 aos 15 anos; 18,35
3. Adultos >60 anos; 19,43
4. Jovens ≥15 ou adultos ≤ 60 anos. 22,04
b. Aulas 2 vezes por semana:
1. Bebés 2-4 anos; 24,57
2. Crianças dos 5 aos 15 anos; 29,26
3. Adultos > 60 anos; 31,12
4. Jovens ≥15 ou adultos ≤ 60 anos. 35,26
c. Aulas 3 vezes por semana:
1. Bebés 2-4 anos; 36,90
2. Crianças dos 5 aos 15 anos; 44,00
3. Adultos > 60 anos; 46,61
4. Jovens ≥15 ou adultos ≤ 60 anos. 52,96
3. Hidroginástica:
a. Aulas 1 vez por semana:
1. Adultos > 60 anos; 19,21
2. Jovens > 15 ou adultos ≤ 60 anos. 19,21
b. Aulas 2 vezes por semana:
1. Adultos > 60 anos; 34,62
2. Jovens > 15 ou adultos ≤ 60 anos. 34,62
c. Aulas 3 vezes por semana:
1. Adultos > 60 anos; 51,97
2. Jovens > 15 ou adultos ≤ 60 anos. 51,97
4. Hidrobike:
a. Aulas 1 vez por semana; 40,29
b. Aulas 2 vezes por semana; 77,31
c. Aulas 3 vezes por semana. 115,83
5. Natação/ Infantários e Outros:
a. Infantários – pagamento mensal (valor por turma):
1. Aulas 1 vez por semana; 255,50
2. Aulas 2 vezes por semana; 409,45
3. Aulas 3 vezes por semana. 611,43
b. Escolas públicas – pagamento mensal (valor por turma):
1. Aulas 1 vez por semana; 255,50
2. Aulas 2 vezes por semana; 409,45
3. Aulas 3 vezes por semana. 611,43
6. Cedência de utilização dos Tanques – pagamento único:
a. Semana e Fim-de-semana/ por hora:
1. Tanque de 25m; 120,10
2. Tanque de 12m; 52,96
3. Chapinheiro. 9,17
II – PISCINAS DESCOBERTAS:
1. Natação banho livre
a. Utilização por 5 horas
1. Jovens até 15 anos; 3,93
2. Adultos> 60 anos; 3,93
3. Jovens ≥15 ou adultos ≤ 60 anos. 3,93
b. Utilização por dia
1. Jovens até 15 anos; 7,86
2. Adultos > 60 anos; 7,86
3. Jovens ≥15 ou adultos ≤ 60 anos. 7,86
2. Cedência de utilização dos Tanques:
a. Semana e Fim-de-semana/ por hora:
1. Tanque de 25m; 78,62
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2. Tanque de 12m; 32,76
3. Chapinheiro. 6,55
1. Os utilizadores com mais de 60 anos e menos de 15 anos, têm uma redução de 20% sobre a taxa a cobrar.
2. As taxas previstas nos pontos 5a e 5b, quando os utilizadores forem infantários Oficiais, IPSS e Escolas Públicas do
Ensino Básico e Secundário do Concelho da Maia têm uma redução de 50% sobre a taxa a cobrar.
3. As taxas para frequência de aulas com 3 (três) ou mais horas de utilização semanal têm, respectivamente, uma redução
de 20% e 30%, sobre a taxa a cobrar.
4. As crianças com idade inferior a 3 (três) anos de idade estão isentas de pagamento da taxa prevista para a utilização
para banho livre, e desde que acompanhadas de um adulto.
Quadro LX
Pista de Atletismo
Descrição Taxa €
1. Cedência de utilização individual da pista:
a. Semana e Fim-de-semana/ por hora:
1. Horário Diurno; 1,09
2. Horário Nocturno. 1,21
2. Cedência de utilização da pista para eventos:
a. Semana e Fim-de-semana
1. Horário Diurno – 3 horas; 156,14
2. Horário Nocturno – 3 horas. 171,42
Quadro LXI
Grandes Campos de Jogos
Descrição Taxa €
1. Relvado Natural
A. Estádio Municipal Prof. José Vieira de Carvalho:
a. Semana e Fim-de-semana
1. Horário Diurno
a. 1 h 545,93
b. 1h 30m 818,89
2. Horário Nocturno
a. 1 h 660,57
b. 1 h 30m 982,67
B. Outros Estádios/Campos:
a. Semana e Fim-de-semana
1. Horário Diurno
a. 1 h 185,62
b. 1h 30m 278,43
2. Horário Nocturno
a. 1 h 218,37
b. 1 h 30m 327,55
2. Relvado Sintético
a. Semana e Fim-de-semana
1. Horário Diurno
a. 1 h 60,07
b. 1h 30m 89,53
2. Horário Nocturno
a. 1 h 72,05
b. 1 h 30m 109,19
3. Campo Pelado
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a. Semana e Fim-de-semana
1. Horário Diurno
a. 1 h 25,55
b. 1h 30m 38,34
2. Horário Nocturno
a. 1 h 31,55
b. 1 h 30m 47,28
Quadro LXII
Pavilhões Desportivos
Descrição Taxa €
1. Semana e Fim-de-semana
a. 1 h 57,21
b. 1 h 30m 85,71
Quadro LXIII
Polidesportivos Municipais ao ar livre
Descrição Taxa €
1. Semana e Fim-de-semana
a. 1 h 5,24
b. 1 h 30m 7,86
9. O pagamento das taxas deve ser efectuado na integra e sem quaisquer interrupções, independentemente da frequência,
excepto quando o utilizador apresente declaração médica comprovativa por prazo inferior a 90 (noventa) dias por ano de
impossibilidade para a prática de actividade física.
10. As colectividades, legalmente constituídas e com sede na área do Município da Maia, têm uma redução de 90% do valor
de quaisquer taxas pela utilização das instalações desportivas no desenvolvimento das suas actividades, mediante a prévia
formalização do contrato programa de desenvolvimento desportivo.
11. As isenções ou reduções previstas não são acumuláveis entre si, nem com outras isenções ou reduções previstas em
legislação e regulamento específico ou neste regulamento, à excepção do n.º 1.
CAPITULO XII
OBRAS, URBANIZAÇÃO E LOTEAMENTOS
Descrição Taxa €
Em matéria de urbanização e edificação, aplica-se o disposto no Regulamento Municipal de Taxas e
Encargos nas Operações Urbanísticas.
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CAPITULO XIII
PROTECÇÃO CIVIL
Quadro LXIV
Saída de Viaturas
Descrição Taxa €
1. Taxa pela apreciação do processo associado á saída de viaturas 13,64
2. Acresce à taxa anterior o custo por Km da saída de viaturas:
a. Ligeiras 0,43
b. Pesadas 1,10
Quadro LXV
Desencarceramento e Limpeza
Descrição Taxa €
1. Taxa pela apreciação do processo desencarceramento e limpeza 40,18
1. Acresce à taxa anterior o custo do material e o custo do serviço prestado.
Quadro LXVI
Utilização de fogo-de-artifício ou outros artefactos pirotécnicos durante o designado período crítico de
incêndios
Descrição Taxa €
1. Taxa pela apreciação do processo com vista a obtenção da autorização 41,05
2. Emissão da Licença ou autorização 41,05
Quadro LXVII
Simulacros e recomendação sinalética
Descrição Taxa €
1. Vistoria de preparação:
a. Estabelecimentos de ensino privados; 30,14
b. Empresas e outras instituições privadas. 30,14
2. Participação como observadores:
a. Estabelecimentos de ensino privados; 23,48
b. Empresas e outras instituições privadas. 23,48
Quadro LXVIII
Actividades diversas
Descrição Taxa €
1. Análise do estado sanitário de uma árvore; 16,92
2. Procedimento para corte de árvores ou de ramos destas em situações de emergência; 23,48
3. Vistoria de estados de limpeza de terrenos; 16,92
4. Outras vistorias; 36,68
5. Balizamento, corte e/ou regulação de tráfego; 30,14
6. Acompanhamento de colectividades, associações e outras instituições em eventos ou
actividades de culto – por cada dois elementos. 30,14
CAPITULO XIV
POLÍCIA MUNICIPAL
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Quadro LXIX
Certificados de Registo de Cidadão da união Europeia
Descrição Taxa €
1. Pela emissão do certificado de registo de cidadão da união Europeia (em conformidade com a portaria
1637/2006 de 17 de Outubro);
2. Pela emissão em caso de extravio, roubo ou deterioração do certificado de registo de cidadão da União
europeia Europeia (em conformidade com a portaria 1637/2006 de 17 de Outubro).
CAPÍTULO XV
BIBLIOTECA
Quadro LXX
Taxas diversas
Descrição Taxa €
1. Taxa pelo serviço de empréstimo inter bibliotecas; 5,02
2. Emissão de 2ª via do cartão de utilizador. 3,17
CAPITULO XVI
COMISSÃO ARBITRAL MUNICIPAL
Quadro LXXI
Taxas diversas
Descrição Taxa €
1. Determinação do coeficiente de conservação 168,91
2. Definição de obras necessárias para obtenção do nível de conservação superior 84,46
3. Submissão de um litígio a decisão da CAM, no âmbito da respectiva competência decisória
168,91
4. As taxas previstas nos números 1 e 2 são reduzidas a um quarto quando se trate de várias
unidades de um mesmo edifício, para cada unidade adicional à primeira
5. Custo de impressão do modelo simplificado e seus anexos em papel, por cada folha 0,27
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REGULAMENTO MUNICIPAL DE TAXAS E ENCARGOS NAS OPERAÇÕES URBANÍSTICAS
Preâmbulo
O Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro veio estabelecer um regime jurídico profundamente inovador em matéria de
licenciamento municipal das operações de loteamento, das obras de urbanização e das edificações.
Nos termos do artigo 3.º desse diploma legal, no exercício do seu poder regulamentar próprio, os municípios aprovam regu-
lamentos de urbanização e ou edificação, bem como regulamentos relativos ao lançamento e liquidação de taxas e presta-
ção de caução.
Em particular com as alterações sofridas pelo Regime Jurídico da Urbanização e Edificação pela Lei n.º 60/2007, de 4 de
Setembro, que introduziu inovadoras figuras como a comunicação prévia, confirmou-se a obsolescência do actual Regula-
mento Municipal de Taxas e Encargos nas Operações Urbanísticas e respectiva Tabela, e a necessidade de repensar, de
raiz, um novo instrumento regulamentar que permitisse enquadrar as novas exigências legislativas.
Da mesma forma, as alterações ocorridas na legislação financeira da actividade municipal e transição para a esfera de
responsabilidade das autarquias de muitos assuntos administrativos que eram da competência da Administração Central ou
do Governo Civil — nomeadamente no domínio dos postos de abastecimento de combustíveis e áreas de serviços, teleco-
municações, licenciamento industrial, equipamentos desportivos, divertimentos públicos e ascensores e tapetes rolantes —
reforçam a necessidade de uma revisão profunda do Regulamento existente.
Igualmente, a evolução que se tem vindo a verificar na prática urbanística municipal e a reflexão construtiva que sobre a
mesma tem vindo a ser feita internamente e pelos órgãos da Administração Central, designadamente a Inspecção Geral de
Finanças, implica que se simplifiquem procedimentos internos, se actualizem valores de taxas, se afine a forma de cálculo
de algumas delas e se determine com maior precisão as situações em que se justifica ou pode justificar-se a dispensa ou
redução de taxas. A este propósito, considerou-se que, para além de dispensas ou reduções de taxas motivadas pelo rele-
vante interesse municipal da operação a ser levada a cabo ou por considerações de natureza social e científica, deveriam
as freguesias e as empresas de capitais integralmente municipais continuar a beneficiar de dispensa de taxas, pela espe-
cial relação que detém com o Município da Maia.
Por último, incluiu-se neste Regulamento a questão das cedências e compensações por materialmente se configurarem
como tributos muito próximos das taxas, porque indissociavelmente vinculados ao respeito do princípio da proporcionalida-
de.
Nos termos do disposto no artigo 241.º da Constituição da República Portuguesa, das alíneas a) e e), do n.º 2, do artigo
53.º, da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, da alínea c) do artigo 10.º, artigo 15.º e artigo 55.º da Lei das Finanças Locais,
aprovada pela Lei n.º 2/2007, de 15 de Janeiro, das alíneas a) e b) do n.º 1 do artigo 6.º e do artigo 8.º do Regime Geral
das Taxas das Autarquias Locais, aprovado pela Lei n.º 53-E/2006, de 29 de Dezembro, da Lei Geral Tributária, aprovada
pelo Decreto–Lei n.º 398/98, de 17 de Dezembro, do Código de Procedimento e de Processo Tributário, com as alterações
que lhe foram introduzidas pela Lei n.º 15/2001, de 5 de Junho, e do artigo 3.º, 44.º, n.º 4, e 116.º do Decreto-Lei n.º 555/99,
de 16 de Dezembro, na sua redacção actual, a Assembleia Municipal, sob proposta da Câmara Municipal, aprova o seguin-
te Regulamento Municipal de Taxas e Encargos nas Operações Urbanísticas do concelho da Maia.
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Ano 2016
Capítulo I
Âmbito e objecto
Artigo 1.º
Incidência objectiva
1. O presente regulamento tem como objecto a definição das regras relativas às taxas e demais encargos devidos pelas
diversas operações inerentes à urbanização e edificação, designadamente, pela apreciação de processos, pela emis-
são de alvarás ou pela admissão de comunicação prévia, pela realização, reforço e manutenção de infra-estruturas
urbanísticas, adiante designada por TMU, bem como aos demais encargos urbanísticos, exigíveis nos termos da lei.
2. O presente Regulamento aplica-se a todo o território do município da Maia, sem prejuízo do disposto na lei e nos pla-
nos municipais ou especiais de ordenamento do território.
3. As taxas e demais encargos previstos do presente regulamento aplicam-se ainda às operações urbanísticas cuja exe-
cução seja ordenada pela Câmara Municipal, nos termos da lei.
Artigo 2.º
Incidência Subjectiva
1. O sujeito activo gerador da obrigação de pagamento das taxas e outras receitas previstas nas tabelas anexas ao pre-
sente regulamento é o Município da Maia.
2. O sujeito passivo é a pessoa singular ou colectiva e outras entidades legalmente equiparadas que, nos termos da lei e
do presente regulamento, esteja vinculado ao cumprimento da prestação mencionada no artigo anterior.
3. Estão sujeitos ao pagamento de taxas e outras receitas previstas no presente regulamento e tabela anexa, o Estado,
os fundos e serviços autónomos e as entidades que integram o Sector empresarial do Estado e das Autarquias Locais.
Artigo 3.º
Definições
Para efeitos de aplicação do presente regulamento, entende-se por:
a) Unidade funcional ou unidade de ocupação: cada um dos espaços autónomos de um edifício associados a uma
determinada utilização.
b) Fracção: parte de unidade de medida ou de tempo.
c) Superfície de pavimentos: soma total de pavimentos de construção destinados ou não à habitação, incluindo metade
das áreas da cave destinada a estacionamento e dos arrumos de apoio às ocupações dos pisos superiores.
d) Área bruta de construção: a soma das superfícies de todos os pisos situados acima e abaixo do solo, incluindo esca-
das, caixas de elevador, alpendres e anexos, excluem-se os sótãos sem pé direito regulamentar para fins habitacionais,
os terraços, as galerias exteriores públicas e as áreas cobertas destinadas a estacionamento quando localizadas em
cave.
Artigo 4.º
Isenções, Dispensas e Reduções
1. Estão isentas do pagamento das taxas previstas no presente regulamento as entidades públicas ou privadas que bene-
ficiem do regime de isenção de taxas previsto em preceito legal, bem como as pessoas colectivas de utilidade pública,
as instituições particulares de solidariedade social, relativamente aos actos e factos que sejam de interesse municipal e
2
Ano 2016
que se destinem à directa e imediata realização dos seus fins, desde que lhes tenha sido concedida pelo Ministério das
Finanças isenção do respectivo IRC.
2. Estão ainda isentas do pagamento das taxas as freguesias e as empresas de capitais exclusivamente municipais rela-
tivamente aos actos e factos decorrentes da prossecução dos seus fins estatutários e directamente relacionados com
os poderes delegados pelo município.
3. Ficam dispensadas de pagamento total ou parcial da Taxa Municipal de Urbanização, nos termos do Quadro anexo a
este artigo:
a) As pessoas singulares ou colectivas que realizem operações urbanísticas que promovam a salvaguarda e melho-
ria de edifícios cujo valor arquitectónico ou histórico seja expressamente reconhecido em plano municipal de orde-
namento do território;
b) As cooperativas e as associações culturais, humanitárias, religiosas, desportivas ou recreativas legalmente consti-
tuídas, relativamente a actos e factos que sejam de interesse municipal e se destinem à directa e imediata realiza-
ção dos seus fins estatutários;
c) As operações urbanísticas que, em casos devidamente justificados, por razões de ordem social ou interesse colec-
tivo, a Câmara Municipal delibere reduzir ou isentar da taxa;
d) As pessoas singulares ou colectivas que realizem operações urbanísticas que promovam a transferência de activi-
dades industriais ou de armazenagem, devidamente licenciadas, com evidentes impactes ambientais negativos,
existentes em áreas residenciais, para áreas empresariais, previstas em PMOT’s;
e) As pessoas singulares que desenvolvam trabalhos de carácter pedagógico/científico, no que se refere às taxas de
reprodução de documentos escritos ou desenhados;
4. O requerimento dos interessados deve ser instruído com todos os elementos que permitam a apreciação da preten-
são, designadamente de estudos técnicos, dos estatutos das entidades em causa, ou de documento comprovativo do
estabelecimento de ensino ou de investigação.
5. A deliberação da Câmara Municipal que se pronuncie sobre o preenchimento dos requisitos para a isenção de taxas
ou delibere a dispensa ou redução das mesmas deve ser sempre fundamentada, debruçando-se especificadamente
sobre as razões para o deferimento ou indeferimento do pedido apresentado e sobre, se for caso disso, a graduação
da redução a conceder.
6. Nos casos previstos na alínea e) a Câmara Municipal delega competência no Presidente da Câmara com faculdade de
subdelegação.
7. O requerimento a que se refere o n.º 4 pode ser apresentado após a liquidação da taxa e antes do decurso do prazo
para o respectivo pagamento, devendo, em qualquer caso, a deliberação da Câmara Municipal ter lugar até trinta dias
após a recepção do pedido.
8. A apresentação do pedido mencionado no número anterior suspende o decurso do prazo de pagamento.
9. No âmbito de um contrato de urbanização podem ser definidos os termos de isenção ou redução das taxas apuradas,
respeitados os requisitos previstos no presente artigo.
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Ano 2016
Tipologia das situações Redução passível de ser concedida e respectivos critérios
Pessoas singulares ou colectivas que realizem opera- A redução pode ir de 25% a 75% consoante a natureza da
ções urbanísticas que promovam a salvaguarda e operação urbanística e a classificação do imóvel
melhoria de edifícios cujo valor arquitectónico ou histó-
rico seja expressamente reconhecido em plano munici-
pal de ordenamento do território
Cooperativas e associações culturais, religiosas, des- A redução pode ir de 25% a 100% consoante a natureza da
portivas ou recreativas legalmente constituídas, relati- operação urbanística e o grau da sua contribuição para a
vamente a actos e factos que sejam de interesse muni- satisfação das necessidades do Município
cipal e se destinem à directa e imediata realização dos
seus fins estatutários
Pessoas singulares ou colectivas que realizem opera- Redução de 25% a 100%, a definir em função da natureza da
ções urbanísticas que, em casos devidamente justifica- operação urbanística
dos, por razões de ordem social ou interesse colectivo,
a Câmara Municipal delibere reduzir ou isentar da taxa
As pessoas singulares ou colectivas que realizem ope- Redução de 25% a 75%, a definir em função da natureza da
rações urbanísticas que promovam a transferência de operação urbanística, das melhorias introduzidas ao nível
actividades industriais ou de armazenagem, devida- ambiental, paisagístico e de qualificação do território concelhio
mente licenciadas, com evidentes impactes ambientais
negativos, existentes em áreas residenciais, para áreas
empresariais, previstas em PMOT’s
Pessoas singulares que desenvolvam trabalhos de Redução de 75% ou 100% consoante o número de fotocópias
carácter pedagógico/científico, no que se refere às seja superior ou inferior a 100
taxas de reprodução de documentos escritos ou dese-
nhados
Capítulo II
Liquidação
Secção I
Disposições gerais
Artigo 5.º
Conceito de liquidação
A liquidação das taxas e outras receitas previstas no presente regulamento traduz-se na determinação do montante a pagar
e resulta da aplicação dos indicadores previstos em fórmulas do presente Regulamento ou valores constantes da tabela
anexa ao processo.
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Ano 2016
Artigo 6.º
Regras relativas à Liquidação
1. O cálculo das taxas e outras receitas municipais, cujo quantitativo esteja indexado ao ano, mês, semana ou dia, far-
se-á em função do calendário, considerando-se semana de calendário o período de Segunda-feira a Domingo.
2. Os valores actualizados devem ser arredondados, conforme se apresentar o terceiro algarismo depois da vírgula:
a) Se for inferior a 5, arredonda-se para o cêntimo mais próximo por defeito;
b) Se for igual ou superior a 5, arredonda-se para o cêntimo mais próximo por excesso.
Artigo 7.º
Supervisão da liquidação
1. Compete ao Departamento de Finanças e Património supervisionar o processo de liquidação e cobrança das taxas e
outras receitas previstas no presente regulamento.
2. Para o efeito previsto no número anterior, deverá ser disponibilizado ao Departamento de Finanças e Património,
sempre que solicitada, toda a documentação relacionada com a arrecadação da receita.
Artigo 8.º
Revisão do acto de Liquidação
1. Poderá haver lugar à revisão do acto de liquidação pelo respectivo serviço liquidador, por iniciativa do sujeito passivo
ou oficiosa, nos prazos estabelecidos na Lei Geral Tributária e com fundamento em erro de facto ou de direito.
2. A anulação de documentos de cobrança ou a restituição de importâncias pagas, que resultem da revisão do acto de
liquidação, compete ao Departamento de Finanças e Património, mediante proposta prévia e devidamente fundamen-
tada dos serviços, confirmada pelo respectivo dirigente e homologada pelo Presidente da Câmara.
3. A revisão de um acto de liquidação do qual resultou prejuízo para o Município obriga o serviço liquidador respectivo a
promover, de imediato, a liquidação adicional.
4. Para efeitos do número anterior, o sujeito passivo será notificado por carta registada com aviso de recepção dos fun-
damentos da liquidação adicional, do montante a pagar, do prazo de pagamento, constando, ainda, a advertência de
que o não pagamento no prazo implica a sua cobrança coerciva nos termos legais.
5. Quando o quantitativo resultante da liquidação adicional for igual ou inferior a 2,50€ não haverá lugar à cobrança.
6. Verificando-se ter havido erro de cobrança, por excesso, deverão os serviços, independentemente de reclamação do
interessado, promover, de imediato, a restituição nos termos do n.º 4 do artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 163/79, de 31 de
Maio, desde que não tenha decorrido o prazo previsto na Lei Geral Tributária sobre o pagamento.
Artigo 9.º
Efeitos da liquidação
1. Não pode ser praticado nenhum acto ou facto material de execução sem prévio pagamento das taxas e outras receitas
previstas no presente regulamento e sua tabela anexa, salvo nos casos expressamente permitidos na lei.
2. Sem prejuízo da responsabilidade contra-ordenacional que daí resulte, nos termos do artigo 45º, quando o erro do
acto de liquidação for da responsabilidade do sujeito passivo, nomeadamente por falta ou inexactidão dos elementos
que estivesse obrigado a fornecer, nos termos das normas legais e regulamentares aplicáveis, este será responsável
pelas despesas que a sua conduta tenha causado.
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Secção II
Artigo 10.º
Procedimento de Liquidação
1. A liquidação das taxas e outras receitas municipais previstas no presente regulamento constará de documento próprio,
designado nota de liquidação, no qual deverá fazer-se referência aos seguintes elementos:
a) Identificação do sujeito passivo;
b) Discriminação do acto, facto ou contrato sujeito a liquidação;
c) Enquadramento no regulamento ou na sua tabela anexa;
d) Cálculo do montante a pagar, resultante da conjugação dos elementos referidos nas alíneas b) e c);
e) Eventuais isenções, dispensas ou reduções aplicáveis.
2. O Departamento de Finanças e Património deve proceder à liquidação das taxas em conjunto com a proposta de
deferimento do pedido de licenciamento ou de autorização ou, o mais tardar, até 30 dias a partir da data do deferimen-
to.
3. Exceptuam-se do disposto no número anterior as situações de deferimento tácito, nas quais o Município deve proce-
der à liquidação das taxas no prazo máximo de 30 dias a contar do requerimento do interessado.
Artigo 11.º
Notificação da liquidação
1. Da notificação da liquidação deverá constar a decisão, os fundamentos de facto e de direito, os meios de defesa con-
tra o acto de liquidação, o autor do acto e a menção da respectiva delegação ou subdelegação de competências, bem
como o prazo de pagamento voluntário.
2. A liquidação será notificada ao interessado por carta registada com aviso de recepção, conjuntamente ou não com o
acto de deferimento da licença ou autorização requerida.
3. A notificação considera-se efectuada na data em que for assinado o aviso de recepção e tem-se por efectuada na
própria pessoa do notificando, mesmo quando o aviso de recepção haja sido assinado por terceiro presente no domi-
cílio do requerente, presumindo-se, neste caso, que a carta foi oportunamente entregue ao destinatário.
4. No caso de o aviso de recepção ser devolvido pelo facto de o destinatário se ter recusado a recebê-lo ou não o ter
levantado no prazo previsto no regulamento dos serviços postais e não se comprovar que entretanto o requerente
comunicou a alteração do seu domicílio fiscal, a notificação será efectuada nos 15 dias seguintes à devolução, por
nova carta registada com aviso de recepção, presumindo-se a notificação se a carta não tiver sido recebida ou levan-
tada, sem prejuízo de o notificando poder provar justo impedimento ou a impossibilidade de comunicação da mudança
de residência no prazo legal.
5. A notificação pode igualmente ser levantada nos serviços administrativos do Município, devendo o notificado ou seu
representante assinar um comprovativo de recebimento, que terá os mesmos efeitos do aviso de recepção.
6. Após a recepção da notificação, o notificado terá 10 dias úteis para se pronunciar por escrito sobre a liquidação efec-
tuada, devendo, caso o faça, ser emitido novo acto de liquidação até 10 dias após o termo daquele prazo.
7. Findo o prazo previsto no n.º anterior sem que tenha havido pronúncia do notificado, considera-se assente a notifica-
ção inicialmente efectuada.
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Ano 2016
Secção III
Autoliquidação
Artigo 12.º
Conceito
A autoliquidação refere-se à determinação do valor da taxa a pagar pelo sujeito passivo, seja ele o contribuinte directo, o
seu substituto legal ou o responsável legal.
Artigo 13.º
Termos da autoliquidação
1. No caso de deferimento tácito, caso a Administração não liquide a taxa no prazo estipulado no artigo 10.º, n.º 3, pode
o sujeito passivo depositar ou caucionar o valor que calcule nos termos do presente Regulamento.
2. Nas hipóteses de comunicação prévia, quando não haja lugar à emissão de alvará único, a liquidação é feita pelo
sujeito passivo, de acordo com os critérios previstos no presente Regulamento.
3. O sujeito passivo pode, nas hipóteses previstas no número anterior, solicitar que os serviços do Departamento de
Finanças e do Património prestem informações sobre o montante previsível a liquidar de taxas.
4. Nos casos de operações urbanísticas promovidas pela administração pública, a Câmara Municipal deve, no momento
em que profira o parecer sobre as mesmas, indicar o valor presumível das taxas a suportar.
5. As entidades a que alude o n.º anterior liquidarão as taxas de acordo com o procedimento de autoliquidação.
Artigo 14.º
Prazo para a autoliquidação
A autoliquidação das taxas referidas no número anterior deve decorrer até um ano após a data da aprovação, emissão da
licença ou admissão da comunicação prévia.
Capítulo III
Pagamento e cobrança
Artigo 15.º
Momento do pagamento
1. A cobrança das taxas devidas pela realização das operações urbanísticas é efectuada antes da emissão do alvará de
licença ou autorização da respectiva operação ou do início execução das obras ou da utilização da obra.
2. Será adiantado o valor da emissão do alvará ou dos aditamentos, ou de admissão de comunicação prévia, de acordo
com o disposto para as taxas devidas pela remoção dos obstáculos administrativos à realização de operações urba-
nísticas, no momento em que as mesmas sejam requeridas.
3. No caso do requerimento previsto no n.º anterior ser deferido, este valor será descontado ao montante final da taxa a
pagar.
4. Na hipótese de indeferimento do requerimento previsto no n.º 2, o Município reterá o montante pago a título de taxa
pela apreciação do procedimento administrativo, de modo a cobrir os custos com a organização do processo.
5. As taxas relativas à emissão de informação prévia, vistorias, operações de destaque e demais assuntos administrati-
vos são cobradas com a apresentação do correspondente pedido.
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Ano 2016
Artigo 16.º
Formas de pagamento
1. As taxas e demais encargos são pagos em numerário, excepto nas situações expressamente previstas na lei ou no
presente regulamento, em que se admite o pagamento em espécie.
2. As taxas e demais encargos podem ser pagas directamente nos serviços de tesouraria ou por transferência bancária.
3. Para efeitos do disposto no número anterior, encontram-se afixados nos serviços de tesouraria e nos locais de estilo e
disponibilizados na Internet o presente Regulamento, bem como o número da conta bancária à ordem da Câmara
Municipal e o nome da respectiva instituição bancária.
4. O pagamento de taxas e demais encargos em espécie, seja por compensação, seja por dação em cumprimento
depende de uma deliberação específica da Câmara Municipal para o efeito, com possibilidade de delegação no seu
Presidente, da qual conste a avaliação objectiva dos bens em causa.
Artigo 17.º
Pagamento em prestações
1. Mediante requerimento fundamentado, poderá a Câmara Municipal autorizar o pagamento das taxas e outras receitas
previstas no presente regulamento e sua tabela anexa em prestações mensais.
2. Salvo disposição legal ou regulamentar em contrário, o número de prestações mensais não poderá ser superior ao
prazo de execução fixado à operação e, em qualquer caso, a trinta e seis prestações, devendo, tratando-se da taxa
municipal de urbanização ou compensação, ser prestada caução nos termos do art. 54º do RJUE.
3. O valor de cada uma das prestações não poderá ser inferior a uma unidade de conta, conforme estipulado no Código
do Procedimento e Processo Tributário.
4. O pagamento de cada prestação deverá ocorrer durante o mês a que esta corresponder, sendo devidos juros em
relação às prestações em dívida liquidados e pagos em cada prestação.
5. A falta de pagamento de qualquer prestação implica o vencimento imediato das seguintes, assegurando-se a execu-
ção fiscal da dívida remanescente mediante a extracção da respectiva certidão de dívida.
Artigo 18.º
Prazos de pagamento
1. O prazo para pagamento voluntário das taxas e outras receitas previstas no presente regulamento e sua tabela anexa
é de 30 dias a contar da notificação para pagamento.
2. Os prazos para pagamento contam-se de forma contínua.
3. O prazo que termine em sábado, domingo ou dia feriado transfere-se para o primeiro dia útil imediatamente seguinte.
4. Nas situações de revisão do acto de liquidação que implique uma liquidação adicional, o prazo para pagamento volun-
tário é de 15 dias a contar da notificação para pagamento.
Artigo 19.º
Extinção do procedimento
1. Sem prejuízo do disposto no número seguinte, o não pagamento das taxas e outras receitas municipais no prazo
estabelecido para o efeito implica a extinção do procedimento.
2. Poderá o interessado obstar à extinção do procedimento, desde que efectue o pagamento da quantia liquidada nos 15
dias seguintes ao termo do prazo de pagamento respectivo.
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Ano 2016
Artigo 20.º
Cobrança Coerciva
1. Na hipótese de pagamento por prestações, o prazo de pagamento voluntário das taxas e outras receitas municipais
liquidadas e que constituam débitos ao Município, começam a vencer juros de mora à taxa legal de 1% ao mês de
calendário ou fracção, fixada no Decreto-Lei n.º 73/99, de 16 de Março.
2. Consideram-se em débito todas as taxas e outras receitas municipais, relativamente às quais o interessado usufruiu
de facto, do serviço ou do benefício, sem o respectivo pagamento.
3. O não pagamento das taxas e outras receitas municipais implica a extracção das respectivas certidões de dívida e seu
envio aos serviços competentes, para efeitos de execução fiscal.
Artigo 21.º
Garantias
1. À reclamação graciosa ou impugnação judicial da liquidação e cobrança de taxas e demais receitas de natureza fiscal
aplicam-se as normas do Regime Geral das Taxas das Autarquias Locais e, com as necessárias adaptações, a Lei
Geral Tributária e as do Código de Procedimento e de Processo Tributário.
2. A dedução de reclamação ou impugnação contra o acto de liquidação das taxas não constitui obstáculo à execução
dos actos materiais de urbanização, caso seja prestada garantia idónea nos termos da lei.
Capítulo IV
Taxa devida pela remoção dos obstáculos administrativos à realização de operações urbanísticas
Secção I
Operações de loteamento, obras de urbanização e remodelação de terrenos
Artigo 22.º
Emissão do alvará de licença de loteamento com obras de urbanização
1. Nos casos referidos no n.º 3 do artigo 76.º do Regime Jurídico da Urbanização e Edificação, a emissão do alvará de
licença de loteamento e de admissão de obras de urbanização está sujeita ao pagamento da taxa fixada no Quadro I
da tabela anexa ao presente regulamento, sendo esta composta de uma parte fixa e de outra variável em função do
número de lotes, fogos, unidades de ocupação, prazos de execução e do tipo de infra-estruturas, previstos nessas
operações urbanísticas.
2. No caso de qualquer aditamento ao alvará único, resultante da sua alteração, que titule um aumento do número de
fogos ou de lotes, é também devida a taxa referida no número anterior, incidindo a mesma, contudo, apenas sobre o
aumento autorizado.
3. Qualquer outro aditamento ao alvará único referido no n.º 1 do presente artigo está igualmente sujeito ao pagamento
da taxa devida pela emissão/reformulação do título respectivo.
Artigo 23.º
Emissão de alvará de licença ou admissão de comunicação prévia de loteamento
1. A emissão do alvará de licença de loteamento ou a admissão de comunicação prévia de loteamento está sujeita ao
pagamento da taxa fixada no Quadro II da tabela anexa ao presente regulamento, sendo esta composta de uma parte
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Ano 2016
fixa e de outra variável em função do número de lotes, fogos e unidades de ocupação, previstos nessas operações
urbanísticas.
2. No caso de qualquer aditamento ao alvará de licença ou de admissão de comunicação prévia de loteamento resultan-
te da sua alteração, que titule um aumento do número de lotes, fogos ou unidades de ocupação, é também devida a
taxa referida no número anterior, incidindo a mesma, contudo, apenas sobre o aumento autorizado.
3. Qualquer outro aditamento ao alvará de licença ou à admissão de comunicação prévia de loteamento está igualmente
sujeito ao pagamento da taxa devida pela emissão/reformulação do título respectivo.
Artigo 24.º
Emissão de alvará de licença ou comunicação prévia de obras de urbanização
1. A emissão do alvará de licença de obras de urbanização está sujeita ao pagamento da taxa fixada no Quadro III da
tabela anexa ao presente regulamento, sendo esta composta de uma parte fixa e de outra variável em função do pra-
zo de execução e do tipo de infra-estruturas, previstos para essa operação urbanística.
2. Qualquer aditamento ao alvará de licença de obras de urbanização está igualmente sujeito ao pagamento da taxa
referida no número anterior, apenas sobre o aumento autorizado.
Artigo 25.º
Emissão de alvará de licença ou admissão de comunicação prévia de trabalhos de remodelação dos terrenos
A emissão do alvará de licença ou autorização para trabalhos de remodelação dos terrenos, tal como se encontram defini-
dos na alínea l) do artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, está sujeita ao pagamento das taxas fixadas
no Quadro IV da tabela anexa ao presente regulamento, sendo esta composta de uma parte fixa e de outra variável, deter-
minada em função da superfície ou volume a que corresponda a operação urbanística.
Secção II
Obras de Edificação e outras operações urbanísticas
Artigo 26.º
Emissão de alvará de licença ou admissão de comunicação prévia de obras de edificação
1. A emissão do alvará de licença ou autorização para obras de construção, reconstrução, ampliação ou alteração, está
sujeita ao pagamento das taxas fixadas no Quadro V da tabela anexa ao presente regulamento, variando estas con-
soante o uso ou fim a que a obra se destina, da área bruta a edificar e o respectivo prazo de execução.
2. Em caso de qualquer aditamento ao alvará de licença ou admissão de comunicação prévia de obras de edificação
resultante da sua alteração, que titule um aumento do número de fogos ou unidades de ocupação, e uso das mesmas,
é também devida a taxa referida no número anterior, incidindo a mesma, contudo, apenas sobre o aumento ou altera-
ção autorizado.
3. Qualquer outro aditamento ao alvará de licença ou autorização de obras de edificação está igualmente sujeito ao
pagamento da taxa referida no número um deste artigo.
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Ano 2016
Artigo 27.º
Situações particulares de alvará de licença ou de admissão de comunicação prévia
1. A emissão do alvará de licença ou de admissão de comunicação prévia de construções, reconstruções, ampliações,
alterações de edificações ligeiras previstas no Quadro VI da tabela anexa ao presente regulamento, está sujeita ao
pagamento da taxa nele fixada, variando esta em função da área bruta de construção e ou da cubicagem prevista na
operação em causa, e do respectivo prazo de execução.
2. Em caso de qualquer aditamento ao alvará ou à admissão de comunicação prévia de obras previstas no número ante-
rior é também devida a taxa referida no número anterior, incidindo a mesma, contudo, apenas sobre o aumento ou
alteração autorizado.
3. A demolição de edifícios e de outras construções, se sujeita a licença ou a comunicação prévia, está sujeita ao paga-
mento da taxa para o efeito fixada no Quadro VI da tabela anexa ao presente regulamento.
Secção III
Alvará de Autorização de Utilização
Artigo 28.º
Autorização de utilização e de alteração de uso
1. A emissão de Alvará de autorização de utilização e alteração ao uso está sujeita ao pagamento da taxa fixada no
Quadro VII da tabela anexa ao presente regulamento, variando esta em função do número de fogos, ou unidades de
ocupação e seus anexos.
2. Ao montante referido no número anterior acrescerá o valor determinado em função do número de metros quadrados
dos fogos, unidades de ocupação e seus anexos cuja utilização ou sua alteração seja requerida.
Artigo 29.º
Autorização de utilização ou suas alterações previstas em legislação específica
1. A emissão de licença de utilização ou suas alterações relativa, designadamente, a estabelecimentos de restauração e
de bebidas; estabelecimentos de comércio ou de armazenagem de produtos alimentares, estabelecimentos de comér-
cio de produtos não alimentares e de prestação de serviços cujo funcionamento pode envolver riscos para a saúde e
segurança das pessoas; e estabelecimentos hoteleiros e meios complementares de alojamento turístico, está sujeita
ao pagamento das taxas fixadas no Quadro VII da tabela anexa ao presente capítulo, variando esta em função do tipo
de estabelecimento, do número de estabelecimentos e da sua área.
2. No âmbito do licenciamento de estabelecimentos industriais é devido à Câmara Municipal o pagamento das taxas
previstas no artigo 25.º, do Decreto-Lei n.º 69/2003, de 10 de Abril, calculadas de acordo com o disposto na Portaria
n.º 470/2003, de 11 de Junho.
3. O industrial será ainda responsável pelo pagamento das despesas decorrentes de obrigações legais ou sempre que
se verificar a inobservância das prescrições técnicas obrigatórias, que impliquem a realização de colheitas de amos-
tras, ensaios laboratoriais ou quaisquer outras avaliações necessárias para apreciação das condições do exercício da
actividade industrial.
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Ano 2016
Secção IV
Situações Especiais
Artigo 30.º
Emissão de alvarás de licença parcial
A emissão do alvará de licença parcial na situação referida no n.º 7 do artigo 23.º do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de
Dezembro, está sujeita ao pagamento da taxa fixada no Quadro VIII da tabela anexa ao presente regulamento.
Artigo 31.º
Renovação
Nos casos referidos no artigo 72.º do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, a emissão do alvará resultante de reno-
vação da licença ou admissão de comunicação prévia está sujeita ao pagamento da taxa prevista para a emissão do título
caducado.
Artigo 32.º
Prorrogações
Nas situações referidas nos artigos 53.º n.º 3 e 58.º n.º 5 do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, a concessão de
nova prorrogação está sujeita ao pagamento da taxa fixada de acordo com o seu prazo, estabelecida no Quadro IX da
tabela anexa ao presente regulamento.
Artigo 33.º
Execução por fases
1. Em caso de deferimento do pedido de execução por fases, nas situações referidas nos artigos 56.º e 59.º do Decreto-
Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, a cada fase corresponderá um aditamento ao alvará ou à admissão de comunica-
ção prévia, sendo devidas as taxas previstas no presente artigo.
2. Na fixação das taxas ter-se-á em consideração a obra ou obras a que se refere a fase ou aditamento.
3. Na determinação do montante das taxas será aplicável o estatuído nas Secções I e II do presente Capítulo, consoante
a natureza das operações urbanísticas.
Artigo 34.º
Licença especial relativa a obras inacabadas
Nas situações referidas no artigo 88.º do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, a concessão da licença especial para
conclusão da obra está sujeita ao pagamento de uma taxa, fixada de acordo com o seu prazo, estabelecida no Quadro X da
tabela anexa ao presente capítulo.
Artigo 35.º
Informação prévia
O pedido de informação prévia ou da sua renovação, nos termos previstos na Lei, está sujeito ao pagamento das taxas
fixadas no Quadro XI da tabela anexa ao presente regulamento.
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Ano 2016
Secção V
Actos Diversos
Artigo 36.º
Ocupação do domínio público
A ocupação de espaços públicos, por motivos de obras, está sujeita ao pagamento das taxas fixadas no Quadro XII da
tabela anexa ao presente regulamento.
Artigo 37.º
Vistorias
1. A realização de vistorias por motivo da realização de obras ou exigidas por lei, está sujeita ao pagamento das taxas
fixadas no Quadro XIII da tabela anexa ao presente regulamento.
2. Conjuntamente com o pedido de vistoria, os interessados deverão informar a Câmara das áreas passíveis de reposi-
ção ou limpeza, devendo anexar ao mesmo informação descritiva dos trabalhos a efectuar.
3. Não se efectuando a vistoria por factos imputados ao requerente, ou se esta se realizar e for desfavorável, são devi-
das novas taxas no novo pedido de vistoria.
4. As vistorias poderão ser requeridas de forma faseada, quando se tratar de obras sujeitas a licenciamento faseado, nos
termos do disposto na lei.
Artigo 38.º
Operações de destaque
O pedido de certidão de destaque ou a sua reapreciação, bem como a emissão da certidão relativa ao destaque, estão
sujeitos ao pagamento das taxas fixadas no Quadro XIV da tabela anexa ao presente regulamento.
Artigo 39.º
Recepção de obras de urbanização
Os actos de recepção provisória ou definitiva de obras de urbanização estão sujeitos ao pagamento das taxas fixadas no
Quadro XV da tabela anexa ao presente regulamento.
Artigo 40.º
Despesas de Publicação
1. A emissão de alvará de loteamento ou da admissão de comunicação prévia de loteamento e obras de urbanização e
de obras de urbanização fica condicionada ao depósito da importância de 200,00 €, para despesas com a publicação
de edital nos termos do n.º 2, do artigo 78.º, do Regime Jurídico da Urbanização e Edificação, a qual será devolvida
deduzidos os encargos com a referida publicação acrescidos de 10 % para portes e expediente, na sequência de
requerimento do interessado.
2. Sempre que haja lugar a discussão pública, nos termos do disposto no Regime Jurídico da Urbanização e Edificação,
ficará o interessado na operação urbanística condicionado ao depósito da importância de 300 € para despesas com a
publicação de edital, a qual será devolvida deduzidos os encargos com a referida publicação acrescidos de 10 % para
portes e expediente, na sequência de requerimento do interessado.
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Ano 2016
Artigo 41.º
Cauções
Sem prejuízo do disposto no Regime Jurídico da Urbanização e Edificação em matéria de prestação de cauções, deverão
os promotores de obras que impliquem a reposição ou execução de pavimentos na via pública levantados ou danificados
ou a limpeza das vias públicas deterioradas por argamassas ou outros materiais efectuar caução, de acordo com a Quadro
XVI da tabela anexa ao presente regulamento.
Artigo 42.º
Serviços administrativos
Os actos e operações de natureza administrativa e técnica, a praticar no âmbito das operações urbanísticas, estão sujeitos
ao pagamento das taxas e demais encargos fixados no Quadro XVII da tabela anexa ao presente regulamento.
Artigo 43.º
Agravamento de taxas
1. As taxas previstas no Quadro XVII da tabela anexa podem ser agravadas em 25% sempre que os pedidos sejam
efectuados com a classificação de urgente.
2. Tais pedidos são tratados com prioridade e são satisfeitos no prazo de 3 dias a contar da data de entrega, salvo
quando sujeito a despacho ou deliberação, caso em que serão satisfeitos no primeiro dia útil a contar daquele.
Secção VI
Contra-ordenações
Artigo 44.º
Contra-ordenações
1. Constituem contra-ordenações:
a) A prática de acto ou facto sem o prévio pagamento das taxas e outras receitas municipais, salvo nos casos
expressamente permitidos;
b) A inexactidão ou falsidade dos elementos fornecidos pelos interessados para liquidação das taxas e outras recei-
tas municipais;
c) A não prestação da informação tributária solicitada e necessária à cobrança e liquidação das taxas municipais.
2. Nos casos previstos na alínea a) do número anterior aplicam-se as coimas previstas para a falta de licenciamento ou
sem que haja sido efectuada e admitida comunicação prévia.
3. A infracção prevista na alínea b) do número 1 é punida com coima graduada de 150€ a 2.500€, tratando-se de pessoa
singular, e de 300€ a 5.000€, tratando-se de pessoa colectiva.
4. A infracção prevista na alínea c) do número 1 é punida com coima graduada de 250€ a 7.500€, tratando-se de pessoa
singular, e de 500€ a 15.000€, tratando-se de pessoa colectiva.
Artigo 45.º
Competência e instrução
A competência para determinar a instauração de processos de contra-ordenação, para designar o instrutor e para a aplica-
ção das coimas pertence ao Presidente da Câmara, podendo ser delegada em qualquer membro do Executivo.
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Ano 2016
Capítulo III
Taxa pela realização, reforço e manutenção de infra-estruturas urbanísticas (TMU)
Secção I
Disposições Gerais
Artigo 46.º
Natureza e fins
Constitui taxa pela realização, reforço e manutenção de infra-estruturas urbanísticas, abreviadamente designada por TMU,
a contraprestação devida ao Município pelas utilidades prestadas aos cidadãos com a realização, manutenção e reforço de
infra-estruturas urbanísticas no âmbito de operações urbanísticas que ocorram na área do concelho da Maia.
Artigo 47.º
Infra-estruturas urbanísticas
Consideram-se infra-estruturas urbanísticas para efeitos de aplicação desta taxa:
a) A execução de trabalhos de construção, ampliação ou reparação da rede viária;
b) A execução de trabalhos de urbanização inerentes a equipamentos urbanos tais como parques de estacionamen-
to, passeios, jardins, espaços livres de recreio ou lazer e arborização de espaços públicos;
c) A construção, ampliação e reparação de redes de abastecimento de água e drenagem de águas residuais e plu-
viais, assim como os inerentes órgãos de tratamento;
d) A construção, ampliação e reparação da rede de abastecimento de energia eléctrica e iluminação pública e de
outras redes de infra-estruturas urbanas da responsabilidade do Município.
e) A construção de equipamentos de apoio à educação, à saúde, ao desporto, à cultura e ao lazer.
Artigo 48.º
Âmbito de aplicação
1. A TMU incide sobre as seguintes operações:
a) Operações de loteamento;
b) Obras de urbanização;
c) Construção de edifícios;
d) Ampliação de edifícios;
2. A TMU não substitui a cobrança de outros encargos de âmbito municipal, sujeitos a regime próprio, designadamente os
referentes a taxas ou tarifas inerentes à ligação às redes públicas, a reembolsos com a execução de ramais de infra-
estruturas de abastecimento e drenagem ou os correspondentes à compensação pela não cedência de espaços verdes
e de utilização colectiva, equipamentos de utilização colectiva e estacionamento público.
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Ano 2016
Secção II
Cálculo
Artigo 49.º
Cálculo do valor da Taxa Municipal pela Realização, Reforço e Manutenção de Infra-estruturas Urbanísticas
1. A Taxa é determinada em função do custo das infra-estruturas e equipamentos gerais a executar pela Câmara Muni-
cipal, da localização das operações urbanísticas, dos usos e tipologias das edificações, tendo ainda em conta o plano
plurianual de investimentos municipais.
2. Para efeitos de aplicação desta taxa, são consideradas as zonas geográficas assinaladas nas plantas anexas:
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3. A Taxa é calculada de acordo com a seguinte fórmula:
PPI
Taxa = K 1 × K 2 × C × S + K 3 × × Ω2
Ω1
4. Os coeficientes e factores constantes da fórmula apresentada no número anterior têm o seguinte significado e assu-
mem os seguintes valores:
a) Taxa (euros) – é o valor da taxa devida ao município pela realização e reforço de infra-estruturas urbanísticas;
b) K1 – coeficiente que traduz a influência do uso, da localização e da tipologia de acordo com os valores constantes
do quadro seguinte:
23
Ano 2016
c) K2 – coeficiente que traduz o nível de infra-estruturação existente no local e variável em função da necessidade de
se complementar com a execução das seguintes infra-estruturas:
d) K3 – coeficiente que traduz a influência do valor médio dos últimos quatro anos do investimento municipal na exe-
cução de infra-estruturas urbanísticas e equipamentos públicos destinados à educação, saúde, cultura, desporto e
lazer, tomando o valor de 0.308, revisto anualmente pelo Orçamento Municipal e publicitado por Edital e no sítio
Internet do Município.
e) C – valor em euros correspondente ao valor médio da construção por metro quadrado a fixar anualmente, de acor-
do com o artigo 39.º do Código do Imposto Municipal sobre Imóveis.
f) S – representa a superfície total de pavimentos de construção destinados ou não à habitação, incluindo metade
das áreas da cave destinada a estacionamento e dos arrumos de apoio às ocupações dos pisos superiores.
g) PPI – valor total do investimento previsto no plano plurianual de investimentos para execução de infra-estruturas
urbanísticas e equipamentos públicos destinados a educação, saúde, cultura, desporto e lazer, reportados ao qua-
driénio, tomando o valor de 12.195.003 €, valor esse a ser revisto anualmente pelo Orçamento Municipal e publici-
tado por Edital e no sítio Internet do Município.
2
h) 1 - área total do concelho, urbana e urbanizável, correspondente a 36 103 336 m , valor este que será actualiza-
do sempre que haja alterações à delimitação administrativa da área do Município.
2
i) 2 – área total do terreno objecto da operação urbanística (em m )
Artigo 50.º
Deduções à TMU em loteamentos e em edifícios geradores de impacto urbanístico relevante
1. Para efeitos do cumprimento do disposto no n.º3, do artigo 25.º, do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, pode-
rá autorizar-se deduções à taxa pela realização de infra-estruturas urbanísticas, na sequência de celebração de con-
trato entre a Câmara Municipal e o interessado, que verta os compromissos assumidos entre as partes.
2. Só será admitida a dedução à taxa, calculada nos termos do artigo anterior, sempre que o loteador ou promotor exe-
cutar, por sua conta, infra-estruturas que venha a entregar ao município, designadamente infra-estruturas viárias,
redes públicas de saneamento, redes de águas pluviais, redes de abastecimento de água, que, ainda que se situem
para além dos limites exteriores da área objecto do loteamento ou operação urbanística, se liguem directamente ao
empreendimento, ao configurarem-se como um elemento essencial para a viabilização deste.
3. A determinação dos montantes a deduzir e correspondentes a estas situações de excepção, serão quantificadas para
cada situação por avaliação efectuada pela comissão de avaliação de terrenos a alienar pelo Município, definida,
anualmente, através de deliberação de Câmara Municipal.
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Ano 2016
Artigo 51.º
Substituição da TMU por lotes ou parcelas
1. A Câmara Municipal poderá acordar, com o interessado, a substituição da totalidade ou de parte do quantitativo da
Taxa devida por parcelas de terrenos e ou lotes de construção.
2. No caso do quantitativo da Taxa ser totalmente substituído por parcelas de terrenos e/ou lotes, deverão estes possuir
um valor equivalente à taxa a pagar, definido pela comissão de avaliação de terrenos constituída anualmente através
de deliberação de Câmara Municipal.
3. Para efeitos do disposto no número anterior, a substituição do quantitativo em numerário da Taxa por parcelas ou
lotes será objecto de acordo entre as partes, sendo as parcelas transferidas para o município integradas no domínio
privado deste.
Artigo 52.º
Taxa Complementar pela Manutenção de Infra-estruturas Urbanísticas
Nas comunicações prévias referentes a edificação a erigir em área abrangida por operação de loteamento, cujo título tenha
sido emitido há mais de 6 anos, há lugar ao pagamento do valor que resulta da aplicação dos critérios previstos no artigo
49.º, tomando K2 o valor de 0,75 por força da manutenção da infra-estruturas existentes e 2 o valor de 0.
Capítulo IV
Compensações
Artigo 53.º
Compensações ao Município
Sempre que, pelas razões previstas na lei, não haja lugar a cedências para os fins definidos no RJUE, ou as mesmas não
se justifiquem, fica o proprietário obrigado ao pagamento de uma compensação ao município, em numerário ou em espécie,
nos termos definidos nos artigos seguintes.
Artigo 54.º
Compensação em numerário
1. No caso da compensação ser em numerário, o seu quantitativo será estabelecido de acordo com a seguinte fórmula:
Q(euros) = K 1 × Ac × C + K 2 × 30 × C 1 , em que:
25
Ano 2016
C 0.12297
D 0.11179
E 0.13415
F 0.13415
G 0.11179
Comércio A 0.13415
B 0.13415
C 0.12297
D 0.11179
E 0.13415
F 0.13415
G 0.11179
Serviços A 0.13415
B 0.13415
C 0.12297
D 0.11179
E 0.13415
F 0.13415
G 0.11179
Armazéns e Indústrias A 0.13415
B 0.13415
C 0.12297
D 0.11179
E 0.13415
F 0.13415
G 0.11179
c) Ac, corresponde à área de terreno objecto de compensação que deveria ser cedida ao Município para espaços
verdes e de utilização colectiva, bem como para a instalação de equipamentos públicos, calculada de acordo com
os parâmetros de dimensionamento definidos pelo Plano Municipal de Ordenamento do Território em vigor ou,
caso este não preveja, pela Portaria n.º 1136/2001, de 25 de Setembro.
d) C, valor em euros correspondente ao valor médio da construção por metro quadrado a fixar anualmente, de acordo
com o artigo 39.º do Código do Imposto Municipal sobre Imóveis.
e) K2 – número de estacionamentos em falta, públicos ou privados, exigíveis nos termos dos instrumentos de pla-
neamento aplicáveis.
f) C1 – Valor em euros correspondente ao custo do metro quadrado referente ao estacionamento em falta, tomando o
valor de 50 €.
Artigo 55.º
Compensações em espécie
1. O pagamento da compensação prevista no artigo anterior, poderá, a requerimento do interessado, ser autorizado a
efectuar-se, no todo ou em parte, em espécie, através de cedências de lotes, parcelas de terrenos no mesmo prédio
ou noutros prédios distintos da operação urbanística a efectuar, ou fracções autónomas.
2. Os lotes, parcelas de terreno, ou fracções autónomas cedidas nos termos deste artigo integram-se no domínio privado
do Município.
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Ano 2016
3. No caso do quantitativo da compensação ser substituído por parcelas de terrenos e/ou lotes, deverão estes possuir um
valor equivalente àquela, que será definido pela comissão de avaliação de terrenos constituída anualmente através de
deliberação de Câmara Municipal.
Artigo 56.º
Alterações
Quando houver lugar a alteração ao alvará ou à admissão de comunicação prévia que titula a operação urbanística, e daí
decorra alteração de uso ou aumento dos parâmetros urbanísticos inicialmente aprovados, haverá lugar ao pagamento de
compensação que será igual à diferença entre o valor inicialmente pago e o que seria devido pela nova utilização e/ou
pelos novos parâmetros aplicáveis, nos termos do presente Regulamento, não havendo lugar, em qualquer caso, a reem-
bolso por parte da Câmara Municipal.
Artigo 57.º
Pagamento em prestações
Ao pagamento da compensação por prestações serão aplicáveis os artigos 17.º e 20.º do presente Regulamento, com as
devidas adaptações.
Capítulo V
Disposições Finais
Artigo 58.º
Actualização
As taxas e demais receitas municipais previstas nas tabelas anexas ao presente regulamento serão actualizadas em Janei-
ro de cada ano pelo Orçamento da Autarquia, de acordo com a taxa de inflação.
Artigo 59.º
Norma revogatória
Com a entrada em vigor do presente regulamento são revogados os regulamentos e todas as disposições de natureza
regulamentar, aprovadas pelo município da Maia, em data anterior à aprovação do presente regulamento e que com o
mesmo estejam em contradição.
Artigo 60.º
Entrada em vigor
O presente regulamento entra em vigor no dia útil seguinte à sua publicação em Diário da República.
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.
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Ano 2016
TABELA ANEXA
Quadro I
Taxas devidas pela emissão do alvará de licença de loteamento com obras de urbanização
Quadro II
Taxas devidas pela emissão do alvará de licença ou comunicação prévia de loteamento
Quadro III
Taxas devidas pela emissão do alvará de licença ou comunicação prévia de obras de urbanização
1. Emissão de cada título/admissão
1.1. Cada alvará e/ou aditamento 186,09
1.2. Cada admissão 155,34
1.3. Acresce por cada especialidade 28,95
1.4. Acresce por cada período de 30 dias ou fracção 7,44
Quadro IV
Taxas devidas pela emissão do alvará ou admissão de comunicação prévia de trabalhos de remodelação
de terrenos
1. Terraplanagens e outras obras que, não integradas na área da edificação, com
projecto aprovado, alterem a topografia local
1.1. Cada alvará e/ou aditamento 140,35
1.2. Cada admissão 109,58
2
1.3. Acresce por cada m ou fracção 0,71
2. Aterros e desaterros destinados à acomodação de matérias líquidas ou sólidas que
alterem a topografia local
2.1. Cada alvará e/ou aditamento 55,48
2.2. Cada admissão 39,42
2.3. Acresce por cada m3 ou fracção 10,85
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Quadro V
Taxas devidas pela emissão do alvará de licença ou admissão de comunicação prévia de obras de
edificação
1. Emissão de cada título/admissão
1.1. Cada alvará e/ou aditamento 171,31
1.2. Cada admissão 136,40
1.3. Acresce por cada fogo ou unidade de ocupação 10,85
1.4. Acresce por cada m2 ou fracção 0,71
1.5. Acresce por cada período de 30 dias ou fracção 7,44
Quadro VI
Taxas devidas em casos especiais
1. Licença pela utilização de solos 109,29
2
1.1. Acresce por m ou fracção 0,71
2. Instalação de infra-estruturas de suporte a estações de radiocomunicações e
respectivos acessórios 561,76
3. Corpos salientes de construção na parte projectada sobre a via pública, logradouro
público ou outros lugares públicos, sendo varandas, janelas de sacada ou semelhantes, por
pavimento e por m2 69,19
4. Demolição de edifícios 101,39
4.1. Acresce por m2 de pavimento 0,71
5. Abertura de poços, incluindo a construção de resguardos, cada 43,35
6. Construção de acessos viários, inseridos em processos de edificação, quando não se
integrem no domínio público, por cada m2 de área ocupada 0,71
Quadro VII
Taxas devidas pela autorização de utilização
1. Emissão de autorização de utilização e suas alterações de edifícios novos, ampliados,
reconstruídos ou alterados
1.1. Cada título 49,68
a) Acresce por fogo ou unidade de ocupação 7,23
b) Acresce por cada m2 ou fracção 0,71
1.2. Acresce à taxa cobrada no ponto 1.1., sendo estabelecimento de restauração e ou
bebidas, com ou sem espaço de dança 10,42
2
a) Acresce por cada m de área destinada a utentes 7,23
1.3. Acresce à taxa cobrada no ponto 1.1., sendo Empreendimento Turístico 41,63
a) Acresce por cada unidade de alojamento 7,23
b) Acresce por cada m2 ou fracção 0,71
1.4. Acresce à taxa cobrada no ponto 1.1., sendo recintos de espectáculos e
divertimentos públicos e parques de campismo 41,63
2
a) Acresce por cada m de área ocupada 7,23
1.5. Acresce à taxa cobrada no ponto 1.1., sendo Áreas de Serviço, Instalações de
Abastecimento e/ou de Armazenamento de Combustíveis 10,42
2
a) Acresce por cada m de área ocupada 7,23
1.6. Acresce à taxa cobrada no ponto 1.1., sendo Instalações Industriais Tipo 4 10,42
a) Acresce por cada m2 de área de construção 7,23
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Quadro VIII
Taxas devidas pela emissão de alvará de licença parcial
30% do valor da
taxa devida pelo
alvará de licença
1. Emissão de licença parcial em caso de construção da estrutura e contenção periférica definitivo
Quadro IX
Taxas devidas por prorrogações
1. Prorrogação do prazo para a execução de obras em fase de acabamentos 31,50
1.1. Acresce, à taxa antecedente, por cada período de 30 dias ou fracção 7,44
Quadro X
Taxas devidas pela emissão de licença especial relativa a obras inacabadas
1. Emissão de licença especial para conclusão de obras inacabadas 31,50
1.1. Acresce por cada período de 30 dias ou fracção 7,44
Quadro XI
Taxas devidas pela informação prévia
1. Pedido de informação prévia e cada aditamento ao mesmo 68,42
2
1.1. Acresce por cada m de área de construção prevista no Quadro Síntese de Áreas ou
Quadro Síntese dos Parâmetros Urbanísticos 0,32
Quadro XII
Taxas devidas pela ocupação do domínio público por motivo de obras
1. Tapumes, ou outros resguardos, incluindo cabeceiras 17,57
1.1. Acresce por m2 de superfície da via pública ocupada 1,45
1.2. Acresce por metro linear 0,71
1.3. Acresce por cada período de 30 dias ou fracção 7,44
2. Andaimes 17,57
2.1. Acresce por andar ou pavimento a que correspondam 1,45
2.2. Acresce por metro linear 0,71
2.3. Acresce por cada período de 30 dias ou fracção 7,44
3. Outras ocupações, bem como aquelas que impliquem danificação de pavimento, sem
prejuízo da obrigatoriedade de reposição
3.1. Cada ocupação 17,57
3.2. Acresce por metro linear 0,71
3.3. Acresce por cada período de 30 dias ou fracção 7,44
Quadro XIII
Taxas devidas pela realização de vistorias
1. Vistoria a realizar para efeitos de emissão de autorização de utilização - Artigo 65.º do
RJUE
1.1. Cada Vistoria 44,89
1.2. Acresce por cada fogo ou unidade de ocupação 7,23
Página 3 2016
2. Vistorias para efeitos de emissão de autorização de utilização relativa à ocupação de
espaços destinados a serviços de restauração e ou de bebidas com ou sem espaço de
dança
2.1. Cada vistoria 45,34
2.2. Acresce por m2 ou fracção 0,71
3. Vistorias para efeitos de emissão de autorização de utilização relativa à ocupação de
espaços destinados a estabelecimentos de comércio ou armazenagem por grosso de
produtos alimentares e clínicas veterinárias
3.1. Cada vistoria 77,47
2
3.2. Acresce por m ou fracção 0,71
4. Vistorias para efeitos de emissão de autorização de utilização relativa à ocupação de
espaços destinados a empreendimentos hoteleiros e meios complementares de alojamento
turístico, parques de campismo e conjuntos turísticos
4.1. Cada vistoria 45,34
4.2. Acresce por cada estabelecimento comercial, ou por cada estabelecimento de
restauração e ou bebidas 45,34
4.3. Acresce por cada unidade de alojamento 7,23
2
4.4. Acresce por m ou fracção 0,71
5. Vistorias para efeitos de Instalação de Áreas de Serviço, Instalações de
Abastecimento e ou de Armazenamento de Combustíveis
5.1. Cada vistoria 111,72
2
5.2. Acresce por m ou fracção 0,71
6. Vistoria para constituição de Propriedade Horizontal
6.1. Cada vistoria 52,12
6.2. Acresce por fogo ou unidade de ocupação 10,85
2
6.3. Acresce por m ou fracção 0,71
7. Vistorias para efeitos de emissão de licença de utilização, requeridas ao abrigo do
RAU, por cada fogo ou unidade de ocupação
7.1. Cada vistoria 52,12
7.2. Acresce por cada fogo ou unidade de ocupação 10,85
2
7.3. Acresce por m ou fracção 0,71
8. Vistorias de salubridade e segurança - Artigo 90.º, do RJUE 63,02
8.1. Acresce por cada fogo ou unidade de ocupação 10,85
2
8.2. Acresce por m ou fracção 0,71
9. Vistorias a Recintos de Espectáculos e Divertimentos Públicos 48,54
10. Outras vistorias não previstas nos números anteriores 44,89
Quadro XIV
Taxas devidas por operações de destaque
1. Por pedido ou reapreciação 41,16
2. Pela emissão da certidão de destaque 60,98
Quadro XV
Taxas devidas por recepção de obras de urbanização
1. Recepção provisória de obras de urbanização – cada vistoria 66,84
2. Recepção definitiva de obras de urbanização – cada vistoria 74,07
2.1. Acresce às taxas cobradas nos pontos antecedentes, por cada fogo ou unidade de
ocupação 10,85
Página 4 2016
Quadro XVI
Cauções
Quadro XVII
Taxas devidas pela prestação de serviços diversos
1. Apresentação de requerimento
1.1. Sendo de obras de construção, reconstrução, ampliação ou modificação, e
respectivos aditamentos 60,12
1.2. Sendo operações de loteamento e respectivos aditamentos 108,75
1.3. Sendo de apresentação de propriedade horizontal 45,59
1.4. Sendo de junção de elementos 5,81
1.5. Sendo para depósito da Ficha Técnica da Habitação 5,38
1.6. Sendo quaisquer outros requerimentos ou petições 17,57
2. Averbamento
2.1. Em processo de obras de edificação ou loteamento 24,27
2.2. Em processos de instalação de estabelecimentos ao abrigo de legislação especial,
designadamente, estabelecimentos industriais de tipo 4 40,65
2.3. Outros averbamentos 24,27
3. Buscas, aparecendo ou não o objecto 28,90
4. Emissões de certidões
4.1. Sendo de carácter não específico 34,91
4.2. Sendo de Autorização de Localização Industrial 69,25
4.3. Sendo de Autorização de Localização Comercial 83,71
Página 5 2016
5. 5. Emissão de certidão da aprovação de edifício em regime de propriedade
horizontal
5.1. Cada 12,31
5.2. Acresce por cada fogo ou unidade de ocupação 10,85
6. Cópias de documentos (peças escritas), pela primeira página
6.1. Sendo autenticada 10,74
6.2. Sendo simples 7,69
6.3. Acresce por cada página 0,55
7. Cópias de documentos (peças desenhadas)
7.1. Sendo de formato A4 7,69
7.2. Acresce por cada tamanho A4 ou fracção 1,13
8. Fornecimento de informação estatística
8.1. Taxa fixa por pedido 8,16
8.2. Acresce por variável 0,55
9. Fornecimento, a pedido dos interessados, de segundas vias de documentos, em
substituição dos originais extraviados ou em mau estado - cada A4 5,00
10. Fornecimento de desenhos ou plantas topográficas ou outras existentes nos arquivos
municipais, em papel de cópia, ou semelhante e em formato digital protegido
10.1. Cada planta de localização 5,00
10.2. Cada planta topográfica 10,83
10.3. Acresce por cada tamanho A4 ou fracção 1,13
11. Fornecimento a terceiros, e em suporte magnético, de cópias do levantamento
aerofotogramétrico do Concelho (Cartografia Digital), escala base 1/1000 - área mínima de
40 hectares 16,86
11.1. Acresce por hectare 4,83
12. Marcação de alinhamento e nivelamento de obras - cada visita à obra 32,44
13. Numeração de prédios, por cada número de polícia fornecido 11,47
14. Fornecimento do Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável
14.1. Publicação Completa - Edição Técnica 18,22
14.2. Publicação Completa - Edição Prestígio 30,33
Página 6 2016
FUNDAMENTAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA DO VALOR DAS TAXAS DO
MUNICÍPIO DA MAIA
- Tabela Anexa ao Regulamento de Liquidação e Cobrança de Taxas e Outras Receitas Municipais –
1
1. ENQUADRAMENTO
O Regime Geral das Taxas das Autarquias Locais (RGTAL), que entrou em vigor no passado dia 1 de Janeiro de 2007, prevê que a
aplicação das taxas municipais em vigor, a alteração do seu valor e a criação de novas das taxas deve passar a subordinar-se à exigência
de que os regulamentos a aprovar pelas autarquias locais contenham obrigatoriamente (Art.º 8.º, n.º 2, da Lei n.º 53-E/2006, de 29 de
Dezembro):
Segundo o disposto no Art.º 3.º do RGTAL, as taxas municipais são tributos que assentam na prestação concreta de um serviço público
local, na utilização privada de bens do domínio público e privado das autarquias locais ou na remoção de um obstáculo jurídico ao
comportamento dos particulares, quando tal seja atribuição das autarquias locais, nos termos da lei. Neste sentido, elas incidem sobre
utilidades prestadas aos particulares ou geradas pela actividade dos municípios, designadamente:
b) Pela concessão de licenças, prática de actos administrativos e satisfação administrativa de outras pretensões de carácter
particular;
2
e) Pela gestão de equipamentos públicos de utilização colectiva;
O presente relatório visa cumprir o estipulado no Art.º 8.º, n.º 2, do RGTAL quanto à fundamentação económico-financeira do valor das
taxas previstas na tabela anexa ao “Projecto de Regulamento de Liquidação e Cobrança de Taxas e Outras Receitas Municipais” que a
Câmara Municipal da Maia pretende adoptar a partir do dia 1 de Janeiro de 2010. Para o efeito, considerou-se o disposto no n.º 1 do seu
Art.º 4.º, que consagra o princípio da equivalência jurídica. De acordo com este princípio, o valor das taxas das autarquias locais é fixado
tendo em conta o princípio da proporcionalidade, não devendo ultrapassar o custo da actividade pública local (o custo da contrapartida)
ou o benefício auferido pelo particular. Considerou-se, igualmente, o postulado no n.º 2 do mesmo artigo, que admite que as taxas podem
ser fixadas com base em critérios de desincentivo à prática de certos actos ou operações, desde que respeitada a necessária
proporcionalidade.
3
2. BASES TEÓRICAS DA FUNDAMENTAÇÃO
A fundamentação económico-financeira das taxas municipais é uma temática que nunca atraiu de forma significativa a atenção dos
economistas em Portugal. Com efeito, quando se consulta a literatura especializada sobre finanças públicas e sobre finanças locais, não
são muitos os trabalhos que se encontram sobre esta matéria. Os trabalhos desenvolvidos/coordenados pelo José Silva Costa (professor
catedrático da Faculdade de Economia da Universidade do Porto) em meados da década de 90 constituem uma excepção nesta matéria,
1
servindo hoje como referência para este tipo de trabalho .
Analisando a bibliografia existente sobre a fundamentação económico-financeira das taxas municipais, imediatamente se conclui que
existe uma enorme diversidade de tipologias de taxas municipais. O mesmo acontece com os referenciais de fixação dessas taxas, que
em certos casos é o custo da contrapartida, mas em muitos outros é o benefício, o custo de oportunidade, a capacidade económica, as
externalidades negativas ou, mesmo, o mercado. Os Quadro 2-1 a 2-8 procuram sintetizar as principais tipologias de taxas municipais e os
seus referenciais de fixação.
Quadro 2-1: Principais tipologias de taxas municipais de secretaria e seus referenciais de base
Existe um primeiro grupo de taxas que se centram em procedimentos administrativos e que, frequentemente, se designam por taxas de
secretaria. Todas as taxas deste tipo costumam ter como referencial o custo. Algumas delas são sujeitas a factores de incentivo e
desincentivo. O critério de incidência é geralmente o custo da contrapartida (Quadro 2-1).
1 Costa, José S. (1995), “Uma Proposta de Metodologia de Revisão da Tabela de Taxas dos Municípios Portugueses”, Revista de Administração Local, n.º 146.
Costa, José S., Mário R. Silva, Joaquim S. Carvalho e Armando D. Gomes (1998), Taxas e Tarifas Municipais, ISFEP (Estudo elaborado para a Comissão de Coordenação da Região
Norte).
4
Quadro 2-2: Principais tipologias de taxas municipais de urbanização e edificação e seus referenciais de base
Tipologia Referencial da Contrapartida Base Critérios
de Taxas Taxa Incentivo Desincentivo da Taxa Incidência Incidência
Taxas c/ referencial de custo
(i) Alvarás e/ou comunicação prévia de operações de
loteamentos e remodelação de terrenos (componente Custo Prestação do serviço Vários Custo da contrapartida
fixa)
(ii) Alvarás e/ou comunicação prévia de obras de
Custo Prestação do serviço Vários Custo da contrapartida
urbanização e edificação (componente fixa)
(iii) Licenças ou autorizações de utilização Custo Prestação do serviço Vários Custo da contrapartida
(iv) Vistorias Custo Prestação do serviço Vários Custo da contrapartida
(v) Informação simples e prévia Custo Prestação do serviço Vários Custo da contrapartida
Taxas c/ referencial de benefício
(i) Alvarás e/ou comunicação prévia de operações de Sempre
Benefício Tempo de duração da obra Tempo Benefício/desincentivo
loteamentos e remodelação de terrenos (pelo tempo)
(ii) Alvarás e/ou comunicação prévia de obras de Sempre
Benefício Tempo de duração da obra Tempo Benefício/desincentivo
urbanização e edificação (pelo tempo)
(iii) Anexos, corpos salientes, varandas, escadas
Benefício Por vezes Autorização Área Benefício/desincentivo
exteriores, demolições, terraplanagens
Depois, existe um segundo grupo de taxas que incidem sobre operações urbanísticas e que, frequentemente, se designam por taxas de
urbanização e edificação. Do ponto de vista da receita, esta é a tipologia de taxas mais importante para os municípios. A componente fixa
associada a este tipo de taxas (apreciação) tem como referencial o custo. A parte variável tem frequentemente como referencial o
benefício, sendo depois complementada por factores de desincentivo frequentemente associados ao tempo (Quadro 2-1).
5
Quadro 2-3: Principais tipologias de taxas municipais de ocupação do domínio público e seus referenciais de base
Tipologia Referencial da Contrapartida Base Critérios
de Taxas Taxa Incentivo Desincentivo da Taxa Incidência Incidência
Taxas por ocupações do domínio público por mobiliário urbano
Benefício
Tamanho da
(i) Ocupação do espaço aéreo (Regra) Sempre Ocupação Dom. Público Desincentivo
ocupação
Tamanho da
(ii) Ocupação do solo Benefício Por vezes Ocupação Dom. Público Benefício/Incentivo
ocupação
Taxas por ocupações do domínio público por equipamento de concessionárias públicas
Benefício Tamanho da
(i) Ocupação do espaço aéreo Por vezes Ocupação Dom. Público Benefício (Regra)
(Regra) ocupação
Benefício Tamanho da
(ii) Ocupação do solo Regra Ocupação Dom. Público Benefício/Incentivo
(Regra) ocupação
Benefício Tamanho da
(iii) Ocupação do sub-solo Regra Ocupação Dom. Público Benefício/Incentivo
(Regra) ocupação
Taxas por ocupações do domínio público por instalações Ocupação Dom. Público e/ou
Benefício Sempre N.º de Bombas Benefício/Desincentivo
abastecedoras de carburantes líquidos, ar e água concessão da autorização
Taxas por ocupações do domínio público por motivo de Externalidade Tamanho da
Sempre Ocupação Dom. Público Desincentivo
obras Negativa ocupação
Taxas por outras ocupações do domínio público (ocupação
do solo)
Custo de Tamanho da
(i) Rampas Até 3m Sup. 3m Ocupação Dom. Público Custo oportunidade
oportunidade ocupação
Tamanho da
(ii) Outras Benefício Por vezes Por vezes Ocupação Dom. Público Benefício (Regra)
ocupação
Existe, também, um terceiro grupo de taxas incidentes sobre a ocupação do espaço público. Nesta tipologia encontramos essencialmente
taxas por ocupações por mobiliário urbano, por equipamentos de concessionárias públicas, por instalações abastecedoras de carburantes
líquidos, ar e água e por motivos de obras. Em regra, estas taxas têm como referencial o benefício, embora existam casos cujo referencial
são as externalidades negativas ou o custo de oportunidade (Quadro 2-3).
6
Quadro 2-4: Principais tipologias de taxas municipais de publicidade e seus referenciais de base
Tipologia Referencial da Contrapartida Base Critérios
de Taxas Taxa Incentivo Desincentivo da Taxa Incidência Incidência
Externalidade
Publicidade sonora Sempre Externalidade Negativa Tempo Benefício/Desincentivo
Negativa
Externalidade
Publicidade na via pública Sempre Externalidade Negativa N.º de impressos Benefício/Desincentivo
Negativa
Depois, temos um quarto grupo de taxas incidentes sobre a publicidade. Nesta tipologia encontramos as taxas por publicidade sonora, por
publicidade na via pública, por exposição no exterior de estabelecimentos e por afixação de cartazes, placards e similares. Estas taxas
seguem sempre um de dois referenciais: as externalidades negativas ou o benefício (Quadro 2-4).
Quadro 2-5: Principais tipologias de taxas municipais de tráfego e aparcamento e seus referenciais de base
Tipologia Referencial da Contrapartida Base Critérios
de Taxas Taxa Incentivo Desincentivo da Taxa Incidência Incidência
Custo da contrapartida
Parcómetros Mercado Sempre Ocupação Dom. Público Tempo
privado/(Des)incentivo
Custo da contrapartida
Parques de estacionamento Mercado Ás vezes Ás vezes Ocupação Dom. Público Tempo
privado/(Des)incentivo
Custo da
Outras Custo Prestação do serviço Custo
contrapartida
Num quinto grupo aparecem as taxas incidentes sobre tráfego e aparcamento. Nesta tipologia encontramos essencialmente as taxas
associadas a parcómetros e a parques de estacionamento. Estas taxas, por regra, têm como referencial o mercado, podendo depois ser
corrigidas por factores de incentivo ou de desincentivo (Quadro 2-5).
7
Quadro 2-6: Principais tipologias de taxas municipais de ambiente e higiene pública e seus referenciais de base
Tipologia Referencial da Contrapartida Base Critérios
de Taxas Taxa Incentivo Desincentivo da Taxa Incidência Incidência
Custo da Custo/
Ambiente e higiene pública, excepto cemitérios Custo Sempre Prestação do serviço
contrapartida Incentivo
Custo da Custo/
Cemitérios - inumação Custo Às vezes Prestação do serviço
contrapartida Incentivo
Depois, num sexto grupo aparecem as taxas associadas a ambiente e higiene pública. Nesta tipologia encontramos as taxas ligadas a
cemitérios e a ambiente e higiene pública em sentido mais lato. Estas taxas seguem com frequência como referencial o custo, embora a
ocupação de jazigos e ossários e a concessão de terrenos para sepulturas perpétuas e jazigos sigam o referencial da capacidade de
pagamento
8
Quadro 2-6).
Quadro 2-7: Principais tipologias de taxas municipais de cultura e desporto e seus referenciais de base
Tipologia Referencial da Contrapartida Base Critérios
de Taxas Taxa Incentivo Desincentivo da Taxa Incidência Incidência
Cultura - Bibliotecas, museus, espaços culturais Custo Sempre Prestação do serviço Custo da contrapartida Custo/Incentivo
Desporto - piscinas, pavilhões, campos Custo Sempre Prestação do serviço Custo da contrapartida Custo/Incentivo
Num sétimo grupo aparecem as taxas associadas à cultura e desporto. Nesta tipologia encontramos as taxas ligadas a bibliotecas,
museus, espaços culturais, piscinas, pavilhões desportivos, etc. Por regra, estas taxas seguem como referencial o custo. A correcção por
factores de incentivo está sempre presente nestas taxas (Quadro 2-7).
9
Quadro 2-8: Principais tipologias de taxas municipais ligadas a actividades económicas e seus referenciais de base
Tipologia Referencial da Contrapartida Base Critérios
de Taxas Taxa Incentivo Desincentivo da Taxa Incidência Incidência
Inspecção e fiscalização sanitária Custo Sempre Prestação do serviço Custo da contrapartida Custo/Incentivo
Ocupação de mercados e lojas municipais Benefício Sempre Ocupação Dom. Público Tamanho da ocupação Benefício/Incentivo
Muitas
Ocupação do terrado em feiras Benefício Ocupação Dom. Público Tamanho da ocupação Benefício/Incentivo
vezes
Benefício/Incentivo
Actividades económicas na via pública Benefício Às vezes Às vezes Ocupação Dom. Público Tamanho da ocupação
/Desincentivo
Rendimentos da propriedade Benefício Sempre Ocupação Dom. Público Tamanho da ocupação Benefício/Incentivo
Licenciamentos eventos no domínio público Custo Prestação do serviço Custo da contrapartida Custo
Emissão e autenticação de horários de funcionamento Custo Prestação do serviço Custo da contrapartida Custo
Por último, num oitavo grupo, aparecem as taxas associadas às actividades económicas. Nesta tipologia encontramos taxas muito
diversas, umas incidentes sobre o licenciamento de estabelecimentos e actividades, outras sobre inspecção e fiscalização sanitária,
outras ainda sobre exercício de actividade, ocupação de espaço, utilização de equipamentos, rendimentos da propriedade, licenciamento
de eventos, emissão de horários de funcionamento e controlo metrológico. O referencial deste tipo de taxas divide-se entre o custo e o
benefício, sendo depois frequente a sua correcção por factores de incentivo ou desincentivo (
10
Quadro 2-8).
Analisando a escassa bibliografia existente sobre a fundamentação económico-financeira das taxas municipais, rapidamente se conclui
que a fórmula geral que deve ser usada para o cálculo teórico das taxas municipais deverá ser:
Taxa Teórica = C x B x ID
Nesta fórmula, C representa o custo com a prestação do serviço que é contrapartida da taxa, B representa o coeficiente de benefício para
o utente e ID o coeficiente da componente normativa, onde valores inferiores à unidade correspondem a um incentivo e valores
superiores à unidade correspondem a um desincentivo.
Segundo a literatura relevante nesta matéria, o custo deverá ser sempre um referencial de base para o cálculo das taxas, desde que o seu
apuramento seja possível. O benefício deverá ser referencial a par do custo sempre que fizer sentido que a taxa aplicada exceda este
último (equivalendo portanto a B > 1, onde B - 1 se assume como o “mark-up” sobre o custo), o que acontecerá numa das seguintes três
situações: (i) quando o benefício privado gera externalidades negativas; (ii) quando o benefício privado resulta da utilização do domínio
público; (iii) quando o benefício privado apresenta uma magnitude muito superior ao custo com a prestação do serviço que é contrapartida
da taxa.
Nestes casos, parece adequado fixar uma tabela de valores para o coeficiente de benefício de acordo com situações-tipo (ver Quadro 2-9).
Para os restantes casos, a escolha do referido coeficiente terá que ser feita casuisticamente.
11
Por sua vez, o incentivo ou desincentivo deverá resultar das opções de política municipal para cada área em concreto de aplicação de
taxas. Assim, em situações onde se pretende introduzir um factor de desincentivo, deverá ter-se ID > 1. Em situações onde se pretende
introduzir um factor de incentivo, deverá ter-se ID < 1. Naturalmente que, em situações de neutralidade, deverá ter-se ID = 1.
Existem, porém, situações onde não é adequado (ou não é possível) fazer a aplicação da metodologia proposta. Isso acontece, sobretudo,
nos casos onde o referencial das taxas é o benefício, o mercado ou as externalidades. Nestes casos, será necessário encontrar um
referencial alternativo que substitua a componente do custo (C) na fórmula anterior. Se designarmos esse referencial alternativo por OR, a
fórmula anterior virá:
Taxa Teórica = OR x B x ID
Nesta fórmula, OR representa o outro referencial que serve de base à fixação da taxa, B representa o coeficiente de benefício para o
utente e ID o coeficiente da componente normativa, onde valores inferiores à unidade correspondem a um incentivo e valores superiores
à unidade correspondem a um desincentivo. Em muitos casos, faz sentido retirar desta fórmula o coeficiente de benefício B, uma vez que
o OR capta directamente o seu efeito.
Existem duas abordagens possíveis para a definição de OR. A primeira consiste em aproximar o valor do referencial da taxa, estimando-se
directa ou indirectamente o benefício ou a externalidade subjacente. A segunda, consiste em arbitrar um item de referência ao qual é
atribuído um valor prévio para o coeficiente de benefício e para o coeficiente de incentivo/desincentivo. Neste segundo caso, teremos
então para a rubrica de referência:
A partir daqui, calculam-se os coeficientes para as rubricas remanescentes de cada categoria de taxas. A conclusão sobre a adequação de
cada taxa passa, neste contexto, pela análise comparativa dos coeficientes de incentivo/desincentivo resultantes deste cálculo.
12
3. OBJECTIVOS E METODOLOGIA DOS TRABALHOS
O objectivo central do presente trabalho é cumprir o estipulado no Art.º 8.º, n.º 2, do RGTAL quanto à fundamentação económico-
financeira do valor das taxas previstas da tabela anexa ao “Projecto de Regulamento de Liquidação e Cobrança de Taxas e Outras
Receitas Municipais” que a CM da Maia pretende adoptar em 2010. Tendo em conta que este é o primeiro exercício do tipo desenvolvido
no Município da Maia, este trabalho visa também aproveitar a oportunidade para se fazer uma análise global das possibilidades de
alterações das taxas em vigor e de criação de novas taxas no município, procurando-se estruturar uma tabela de taxas mais coerente e
completa. Por último, o exercício de fundamentação deverá ainda permitir ajustar o valor das taxas nos casos em que o montante das
taxas anteriormente cobrado pela Autarquia se desvia significativamente do princípio da proporcionalidade.
Para cumprir o estipulado no Art.º 8.º, n.º 2, do RGTAL e atingir os objectivos descritos no parágrafo anterior, torna-se necessário
desenvolver um trabalho sistemático de análise das tabelas de taxas locais em vigor no Município da Maia, de classificação dessas taxas,
de estimação do custo da actividade pública (ou, em casos especiais, de aproximação do benefício auferido pelos particulares) que está
subjacente a cada taxa e de análise da razoabilidade de introdução de critérios de incentivo ou desincentivo à prática de certos actos ou
operações.
Para assegurar o desenvolvimento destes trabalhos, a Sigma Team Consulting segue uma metodologia de trabalho baseada em quatro
passos essenciais:
a) Recolha de informação sobre o(s) regulamento(s) e tabela(s) de taxas municipais em vigor;
b) Avaliação da conformidade legal das taxas da tabela de taxas em vigor e análise global das possibilidades de criação de novas
taxas;
c) Elaboração de nova tabela de taxas em harmonização com o novo regime de taxas e a legislação específica relevante;
d) Fundamentação económico-financeira de todas as taxas da nova tabela.
Os trabalhos iniciam-se, portanto, com a recolha exaustiva de informação sobre o(s) regulamento(s) e tabela(s) de taxas locais em vigor no
município em estudo e com o processo de avaliação da conformidade legal das taxas incluídas no(s) presente(s) regulamento(s) e
tabela(s) de taxas locais. Segue-se o processo de elaboração de nova tabela de taxas em harmonização com o novo regime de taxas e a
legislação específica relevante. Este processo obriga à apresentação pela equipa técnica de consultores de uma proposta das disposições
jurídicas regulamentares e de uma nova estrutura de tabela de taxas a adoptar. Depois, os serviços competentes do município analisam,
alteram, validam e propõem os limites de incidência, isenções e valores das taxas.
13
Estabilizada a nova tabela, passa-se à fundamentação económico-financeira de todas as taxas municipais que lhe estão subjacentes. O
essencial desta fundamentação passa por apurar para cada taxa praticada pelo município o valor de uma “taxa teórica” respectiva,
justificável sob a óptica económico-financeira (isto é, com base nos custos e na utilização de coeficientes de benefício incidentes sobre
esses custos) e política.
Esta fase envolve três componentes essenciais abarcando duas problemáticas essenciais, uma económica e outra política A primeira,
estritamente económica, respeita à caracterização da matriz de custos e factores produtivos entendidos como recursos humanos e
materiais que concorrem directa e indirectamente para a produção de bens ou prestação de serviços com taxas associadas. A segunda,
também de cariz económico, respeita ao apuramento dos custos directos e indirectos da actividade pública que está subjacente à
aplicação de cada taxa. Por último, a terceira, envolve a análise da razoabilidade da existência de critérios benefício e de
incentivo/desincentivo à prática de certos actos ou operações nos casos em que as taxas propostas pelo município exibam desvios
negativos ou positivos face aos custos apurados. Nos casos em que as taxas são calculadas através de fórmula, como é o caso das taxas
pela realização, manutenção e reforço de infra-estruturas urbanísticas, o processo é um pouco diferente e baseia-se essencialmente na
análise detalhada da fórmula per si bem como na simulação de situações-tipo que permitam confrontar os valores cobrados com o custo
da actividade pública subjacente (este processo desenvolve-se, geralmente, através da selecção e análise de uma amostra representativa
de processos passados).
A primeira componente, relativa à caracterização da matriz de custos e factores produtivos, traduz-se pela identificação e sistematização
dos custos que o município suporta actualmente com recursos humanos e materiais que concorrem directa e indirectamente para a
produção de bens ou prestação de serviços que têm taxas associadas. Em grande medida, este trabalho resume-se à recolha e
compilação de todos os custos que o município incorre na contraprestação que está associada à taxa cobrada. É um trabalho sensível,
muito ancorado nas contas da contabilidade financeira do município e/ou da sua contabilidade analítica (sempre que tal informação se
mostra disponível), efectuado em estreita colaboração com os serviços financeiros da Câmara Municipal, que consiste em isolar os custos
da unidade orgânica (Departamento/Divisão/Secção) com responsabilidade central na tramitação de cada tipologia de taxa a
fundamentar. Entre os principais encargos objecto de escrutínio destacam-se os relacionados com mão-de-obra directa e indirecta, com
materiais consumíveis e com encargos gerais associados à exploração da unidade orgânica responsável pela produção de bens ou
prestação de serviços com taxas associadas.
14
A segunda componente, ainda de cariz económico-financeiro, prende-se com o apuramento da estimativa do custo da actividade pública
que está na base da aplicação de cada taxa e compreende duas fases. A primeira envolve o “desenho” e compreensão do workflow que
está subjacente, na prática, ao processamento das taxas objecto de estudo. Este procedimento facilita a identificação de uma forma mais
clara e rigorosa de quais os recursos humanos envolvidos, directa e indirectamente, no processo e qual o seu grau de envolvimento com o
mesmo. Por outras palavras, permite determinar os tempos-padrão com mão-de-obra directa (MOD) que estão associados a um
determinado fluxo relativo à tramitação de uma determinada tipologia de taxas e, por outro lado, facilita a obtenção de coeficientes de
imputação que possibilitam fazer uma aproximação ao “consumo” de mão-de-obra indirecta (vereação, direcção dos serviços e serviços
comuns e complementares, etc.) e à imputação dos encargos gerais (combustíveis, electricidade, água, comunicações, amortizações,
etc.).
Este expediente permite, posteriormente, avançar para uma segunda fase cujo alcance visa proceder ao cálculo de custos directos e
indirectos subjacentes aos “serviços” prestados. Após apurar o número de minutos que, em circunstâncias normais, um determinado
processo demora a ser tramitado, procura-se determinar qual o custo médio por minuto dos recursos humanos envolvidos, obtendo assim
o custo da MOD. O tempo-padrão dispendido com MOD vai-se revelar um referencial útil e expedito para aferir acerca do custo da mão-de-
obra indirecta (MOI) e dos encargos gerais, pois dada a natureza indirecta destes com o “objecto/serviço” gerador do custo, necessitam
de um “indexante”. Deste modo, torna-se exequível determinar o custo médio/minuto da MOI (bem como o custo médio/minuto dos
encargos gerais) e imputá-los (em função do tempo-padrão dispendido com MOD) ao custo da contrapartida que o município está a
prestar. Como ilustra a Figura 3-1, na maioria das taxas, a custo da contrapartida é sobretudo explicado pelo “peso” que o tempo de MOD
assume em todo o processo (quer de forma directa, quer de forma indirecta), condicionando os custos indirectos. Acresce que existem
taxas com maior preponderância de componente administrativa e outras na qual a componente técnica é mais vincada. Para além disso,
com frequência, os encargos com MOD administrativa e MOD técnica tendem a ser distintos, concorrendo para custos/minuto
divergentes. Esta realidade aconselha, portanto, um enfoque o mais detalhado possível nos cálculos dos tempos-padrões da MOD. O
desglosse da MOD em MOD administrativa e MOD técnica, sempre que factível, concorre para uma fundamentação económico-financeira
mais criteriosa, assumindo-se como um vector de fundamentação adicional.
15
Figura 3-1: Sinopse da metodologia de fundamentação económico-financeira das taxas municipais
A terceira componente envolve juízos de natureza eminentemente política, embora justificáveis do ponto de vista económico. Prende-se
com a análise da razoabilidade de desvios existentes e visa dar cumprimento ao disposto no n.º 2 do Art.º 4.º do RGTAL, que admite que
as taxas (respeitando a necessária proporcionalidade) podem ser fixadas com base em critérios de benefício e/ou de desincentivo à
prática de certos actos ou operações. Nesta componente, desenvolve-se um exercício de aproximação dos coeficientes de benefício para
cada item bem como dos coeficientes de incentivo/desincentivo. A fixação dos coeficientes de benefício é feita seguindo o mais possível
os valores de referência encontrados na literatura da especialidade. A fixação dos coeficientes de incentivo/desincentivo é efectuada
tendo em conta os objectivos essenciais do município em matéria económica, social e ambiental, sendo portanto natural que distintos
municípios adoptem diferentes abordagens face a esta problemática, prevejam distintas magnitudes de actuação e adoptem
posicionamentos discrepantes espelhando “idiossincrasias” muito próprias.
Em casos mais particulares, onde o referencial das taxas se encontra totalmente desligado do custo, torna-se essencial recorrer outros
indexantes que permitam aproximar com a alguma fiabilidade o referencial relevante.
16
4. FUNDAMENTAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA DAS TAXAS
O presente capítulo sistematiza os resultados essenciais do processo de fundamentação económico-financeira da tabela anexa ao
“Projecto de Regulamento de Liquidação e Cobrança de Taxas e Outras Receitas Municipais” que a Câmara Municipal da Maia pretende
adoptar a partir do dia 1 de Janeiro de 2010. A sua construção seguiu de perto as bases teóricas da fundamentação de taxas municipais
sintetizadas no Capítulo 2 deste relatório e a metodologia descrita no seu Capítulo 3. O contexto do seu desenvolvimento correspondeu,
em larga medida, a um exercício simultâneo de fundamentação e de revisão/actualização da tabela pré-existente. Neste contexto, mais
do que fundamentar a tabela existente, procurou-se fundamentar uma “nova” tabela, aspecto que permitiu que as taxas a adoptar pelo
município tenham vindo a corresponder largamente às taxas teóricas por nós apuradas.
No primeiro caso, o apuramento do custo, eventualmente corrigido por coeficiente de benefício e coeficientes de incentivo ou
desincentivo, esteve na origem do cálculo de uma taxa teórica. Esta taxa, por sua vez, serviu de referência à definição dos valores a cobrar
pela Câmara Municipal. Por esta razão, como se poderá verificar mais à frente, quando não há uma coincidência total entre os dois
montantes, há pelo menos uma aproximação muito significativa entre estes. Nas situações em que se consideraram coeficientes de
benefício distintos de 1 (situações não neutrais), assumiu-se que, em média, o coeficiente a atribuir às actividades económicas seria de
2,5.
No segundo caso, em que o valor da taxa a cobrar reflecte a participação da Câmara Municipal no benefício do particular, pediu-se aos
responsáveis do município envolvidos neste trabalho para fazerem uma proposta dos valores a cobrar e, seguidamente, recorreu-se à
comparação entre aqueles valores e os montantes de referência para o benefício, concluindo-se que os primeiros representavam uma
parcela muito reduzida dos segundos, não comprometendo o respeito pelo princípio da proporcionalidade.
Neste ponto introdutório ao exercício de fundamentação das taxas, cabe ainda mencionar que, no apuramento da componente variável,
recorreu-se, em muitas circunstâncias, à situação-tipo (situação representativa dos processos do município) para o desenvolvimento dos
17
trabalhos. Daqui resulta que, nesses casos, o município assume um custo social nos processos que ficam aquém da dimensão-tipo e nas
restantes partilha com o promotor parte do benefício deste que lhe está associado.
Para além disso, interessa salientar que algumas tipologias específicas de taxas exigiram a utilização de metodologias mais específicas de
apuramento de custos e fundamentação. Isso aconteceu, principalmente, nas taxas ligadas ao desporto, aos mercados e feiras, à
utilização de autocarros e à saída de viaturas ligadas à protecção civil. Estes casos encontram uma fundamentação mais desenvolvida
nas secções que seguidamente lhe são dedicadas.
Finalmente, realça-se o facto de em algumas taxas (sobretudo as respeitantes à ocupação do domínio público e à publicidade), existirem
valores distintos a cobrar consoante se esteja na presença de uma situação inicial de licenciamento ou de uma renovação. Neste último
caso, a apreciação deixa de ser cobrada e o licenciamento é reduzido em 40% . A taxa de renovação corresponde, assim, a 60% da taxa
de licenciamento, materializando a participação aproximada do município no benefício auferido pelo requerente. Dado que as situações
em que existem renovações se encontram devidamente identificadas ao longo deste capítulo de fundamentação, dispensaremos a sua
fundamentação individualizada.
Esta primeira categoria de taxas engloba um conjunto de itens directamente associados a serviços administrativos. O valor de todas as
taxas consideradas nesta categoria atende ao custo da contrapartida, eventualmente corrigido por um coeficiente de desincentivo.
Encontram-se nesta última situação o fornecimento a pedido dos interessados, de segundas vias de documentos, a confiança de processo
requerido para fins judiciais ou outros de reconhecido interesse público ou privado e as fotocópias de outros documentos, sendo que para
os três itens se considerou um coeficiente de desincentivo de 1,5.
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Quadro 4-1: Elementos de suporte à fundamentação das taxas devidas pela prestação de serviços e concessão de documentos
Custos da Contrapartida Coef. de Coef. de Coef. Taxa Taxa
Descrição Directos Indirectos Totais Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Adoptada
1. Alvarás não especialmente contemplados nesta Tabela,
1,43 4,80 6,23 1,00 1,00 1,00 6,23 6,20
quando não excepcionados por Lei
2. Apresentação de requerimentos ou outras petições de
interesse particular ou respectiva reapreciação, não 1,19 1,86 3,05 1,00 1,00 1,00 3,05 3,00
especialmente previsto em capítulo próprio
3. Atestados ou documentos análogos e suas
1,43 4,84 6,27 1,00 1,00 1,00 6,27 6,30
confirmações – cada.
4. Autos ou termos de qualquer espécie, excluídos os de
1,19 3,76 4,95 1,00 1,00 1,00 4,95 5,00
posse – cada
5. Certidões, por cada lauda, ainda que incompleta
a. Sendo de teor 2,85 4,99 7,84 1,00 1,00 1,00 7,84 7,80
b. Sendo narrativa 5,71 5,26 10,97 1,00 1,00 1,00 10,97 11,00
6. Fotocópias de documentos arquivados
a. Sendo autenticada 2,65 4,19 6,84 1,00 1,00 1,00 6,84 6,80
b. Não sendo autenticada 0,71 4,12 4,83 1,00 1,00 1,00 4,83 4,80
7. Fotocópias de outros documentos
a. Papel A3 0,14 0,14 0,28 1,00 1,00 1,50 0,41 0,40
b. Papel A4 0,14 0,09 0,23 1,00 1,00 1,50 0,34 0,35
8. Rubrica em livros, por cada rubrica
a. Até 10 rubricas 0,24 3,65 3,89 1,00 1,00 1,00 3,89 3,90
b. Por cada rubrica adicional 0,01 0,16 0,17 1,00 1,00 1,00 0,17 0,17
9. Fornecimento a pedido dos interessados, de segundas
vias de documentos, em substituição dos originais 1,43 4,84 6,27 1,00 1,00 1,50 9,41 9,40
extraviadas ou em mau estado - cada.
10. Confiança de processo requerido para fins judiciais ou
outros de reconhecido interesse público ou privado – por 3,57 1,58 5,15 1,00 1,00 1,50 7,72 7,70
cada período de 5 dias
11. Conferência e autenticação de documentos – por cada
0,43 4,75 5,18 1,00 1,00 1,00 5,18 5,10
lauda
12. Outros serviços ou actos não especialmente previstos
1,43 4,84 6,27 1,00 1,00 1,00 6,27 6,20
nesta Tabela ou em legislação especial.
A atribuição deste coeficiente de desincentivo justifica-se com base na vontade de penalizar a perda de documentos originais, no primeiro
caso, desencorajar a saída de processos da Câmara Municipal, no segundo caso, e o serviço em causa, no terceiro, dado que este último
não faz parte das atribuições específicas da Câmara Municipal. Pelas razões expostas, conclui-se que os valores cobrados respeitam o
princípio da proporcionalidade.
19
4.2.2. Taxas devidas por vistorias e averbamentos
Esta categoria de taxas contempla quatro itens: vistorias a unidades móveis, vistorias não incluídas, em capítulo próprio, ou não taxáveis
por legislação especial, averbamentos de alvarás sanitários concedidos pela Portaria n.º 6 065, de 30 de Março de 1929, averbamentos
não especialmente previstos nesta Tabela ou em regulamento especial.
A taxa devida pelos quatros itens corresponde, na íntegra, ao custo da contrapartida. Deste modo, está assegurado o respeito pelo
princípio da proporcionalidade.
4.2.3. Taxas devidas pela inspecção de ascensores, monta-cargas, escadas mecânicas e tapetes rolantes
Esta tipologia de taxas inclui quatro itens: inspecções periódicas e reinspecções, inspecções extraordinárias, inquéritos a acidentes
decorrentes da utilização ou das operações de manutenção e selagem de elevador.
Quadro 4-3: Elementos de suporte à fundamentação de taxas devidas pela inspecção de ascensores, monta-cargas, escadas mecânicas e tapetes
rolantes
Custos da Contrapartida
Coef. de Coef. de Coef. de Taxa
Descrição Directos Indirectos Totais Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Taxa Adoptada
1. Inspecções periódicas e reinspecções - por cada
1,56 26,10 27,66 1,00 1,00 1,00 27,66 27,70
elevador
2. Inspecções extraordinárias – por cada 1,56 26,10 27,66 1,00 1,00 1,00 27,66 27,70
3. Inquéritos a acidentes decorrentes da utilização ou
1,56 26,10 27,66 1,00 1,00 1,00 27,66 27,70
das operações de manutenção
4. Selagem de elevador 0,94 25,13 26,07 1,00 1,00 1,00 26,07 26,00
5. Aos valores anteriores acresce o preço pelo serviço
n.a. n.a. n.a. - - - n.a. n.a.
prestado pela entidade inspectora de elevadores
20
Em todos os itens, o valor a cobrar atende ao custo da contrapartida. Deste modo, está assegurado o respeito pelo princípio da
proporcionalidade.
21
4.2.5. Taxas devidas pela cedência de utilização de palcos, barreiras ou cadeiras, incluindo transporte, montagem e
desmontagem
A cedência de palcos, barreiras ou cadeiras é taxada por unidade, sendo que no caso dos palcos atende-se, também, à sua área e ao
facto de ter ou não cobertura. Em todos os casos, está ainda prevista uma taxa por prazo de cedência.
Quadro 4-5: Elementos de suporte à fundamentação de taxas devidas pela cedência utilização de palcos, barreiras ou cadeiras, incluindo
transporte, montagem e desmontagem
Custos da Contrapartida Coef. de Coef. de Coef. de Taxa Taxa
Descrição Directos Indirectos Totais Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Adoptada
1. Palco 6mx9m – por unidade:
a. Com cobertura 299,63 133,22 432,85 1,00 1,00 1,00 432,85 433,00
b. Sem cobertura 239,71 108,02 347,73 1,00 1,00 1,00 347,73 348,00
2. Palco 5mx3m – por unidade:
a. Com cobertura 226,01 102,26 328,27 1,00 1,00 1,00 328,27 328,00
b. Sem cobertura 171,22 79,23 250,45 1,00 1,00 1,00 250,45 250,00
3. Barreiras – por unidade: 6,41 0,25 6,66 1,00 1,00 1,00 6,66 6,60
4. Cadeiras – por unidade: 0,92 0,03 0,95 1,00 1,00 1,00 0,95 0,95
5. Acresce por cada dia ou fracção - por unidade:
a. Palco 6mx9m (10% da taxa aplicada em 1.b.) n.a n.a n.a - - - n.a 34,80
b. Palco 5mx3m (10% da taxa aplicada em 2.b.) n.a n.a n.a - - - n.a 25,00
c. Barreiras (10% da taxa aplicada em 3) n.a n.a n.a - - - n.a 0,66
d. Cadeiras (10% da taxa aplicada em 4) n.a n.a n.a - - - n.a 0,10
A taxa devida pela cedência de palcos, barreiras ou cadeiras, sem incluir o prazo de cedência, atende exclusivamente ao custo da
contrapartida. A taxa por prazo de cedência corresponde a uma parcela reduzida (10%) do montante cobrado pelas taxas que a
antecedem e pretende desencorajar a cedência por prazos longos, acomodando o custo de oportunidade que daí decorre para o
município. Conclui-se, assim, estar garantido o respeito pelo princípio da proporcionalidade.
22
mapa de registo de transportes de autocarros, a realização do mapa de viagem e todo o tratamento administrativo inerente, tarefas estas
asseguradas por um funcionário e pelo Chefe de Divisão da DTT. Por outro, existe uma taxa indexada ao número de Km percorridos em
cada viagem, diferenciando a situação da utilização ter lugar à semana ou fim-de-semana, bem como a dimensão do autocarro, tendo em
conta as viaturas com mais ou menos de 27 lugares, uma vez que os custos associados são também distintos.
Quadro 4-6: Elementos de suporte à fundamentação da taxa devida pelo processamento administrativo do pedido de requisição de autocarro
MOD (€) MOI (€) S. Complementares (€) Consumíveis (€) Encargos Gerais (€) Total (€)
2,97 1,14 7,80 0,27 5,20 17,40
No que respeita à taxa administrativa, os dados apurados permitiram concluir que cada processo de utilização de autocarros requer uma
apreciação pelo(s) funcionários administrativos de 20 minutos, pelo que o valor teórico desta taxa ronda os 17,5 € (Quadro 4-6).
No que respeita à “taxa operacional”, ela deve incorporar os seguintes custos: Custo com Mão-de-Obra (Motorista), Custo com
Combustíveis, Custo com Manutenção e Limpeza e Amortizações do Equipamento. Quanto à componente de Mão-de-Obra, a única que
varia com a natureza do período de utilização do autocarro, é possível apurar o valor-hora do motorista em cada um dos períodos
considerados. O Quadro 4-7 sistematiza este valor.
Transformando este valor horário num valor por quilómetro à luz dos valores médios das distâncias percorridas em cada um dos períodos
considerados, chegamos a um custo de 0,21 € para o horário laboral, de 0,32 € para o horário pós-laboral e de 0,43 € para o fim-de-
semana (
Quadro 4-8).
Quadro 4-8: Custo por quilómetro dos motoristas, em função do período da viagem
23
Quanto ao combustível, os autocarros com mais de 27 lugares têm um consumo médio de 0,376 litros por quilómetro, enquanto que os
autocarros de menor dimensão têm um consumo de 0,17 litros. Tomando um valor de referência do combustível de 1,36 €, o custo por
quilómetro cifra-se nos 0,35 € e nos 0,23 €, respectivamente. Quanto a custos de manutenção, tomando por referência os custos globais
em 2007 e os quilómetros percorridos, qualquer dos autocarros tem um custo de cerca de 0,13 € por quilómetro.
Quadro 4-9: Elementos de suporte à fundamentação das taxas ao quilómetro pela utilização dos autocarros
Descrição MOD (€) Combustíveis (€) Amortização (€) Manutenção (€) Valor (€)
Laboral 0,21 0,79
27
lugares
O valor das amortizações foi calculado com base nos preços de mercados para autocarros novos com as características dos actuais
autocarros da CM da Maia, assumindo-se uma depreciação num máximo de 1 milhão de Km. Chegou-se, assim, a um valor de 0,10 € por
Km para autocarros com 27 ou mais lugares e a um valor de 0,07 € para autocarros com menos de 27 lugares.
À luz de tais dados e de forma a promover a simplificação administrativa destes processos, a Câmara Municipal da Maia pretende
diferenciar as taxas apenas entre semana e fim-de-semana. Assim, ao fim-de-semana, o custo por Km obtém-se directamente e
corresponde a 1,01 € para autocarros com 27 ou mais lugares e a 0,86 € para autocarros com menos de 27 lugares. À semana,
assumindo-se uma média simples, o custo por Km para autocarros com 27 ou mais lugares é de cerca de 0,85 € e para autocarros com
menos de 27 lugares é de cerca de 0,70 €. Estas são, portanto, as taxas teóricas associadas a cada situação (Quadro 4-10).
24
Quadro 4-11: Elementos de suporte à fundamentação de taxas devidas pela cedência de utilização de autocarros
a. À semana
1. Autocarro com 27 ou mais lugares 0,85 1,00 1,00 1,00 0,85 0,85
2. Autocarro com menos de 27 lugares 0,70 1,00 1,00 1,00 0,70 0,70
b. Ao fim-de-semana
1. Autocarro com 27 ou mais lugares 1,01 1,00 1,00 1,00 1,01 1,01
2. Autocarro com menos de 27 lugares 0,86 1,00 1,00 1,00 0,86 0,86
Os valores a cobrar ao nível administrativo e operacional atendem exclusivamente ao custo da contrapartida e não sofrem qualquer
correcção por coeficientes de benefício ou de incentivo/desincentivo, respeitando-se portanto o princípio da proporcionalidade (Quadro
4-17).
4.2.7. Taxas devidas pela cedência de utilização do hangar por aeronave ou monomotor
Esta taxa é calculada com base no prazo de utilização, estando previstos valores a cobrar por período de um dia ou fracção e por período
mensal.
Quadro 4-12: Elementos de suporte à fundamentação de taxas devidas pela cedência de utilização do hangar, por aeronave ou monomotor
Custos da Contrapartida
Coef. de Coef. de Coef. Taxa Taxa
Descrição Directos Indirectos Totais Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Adoptada
1. Período de um dia ou fracção - - 2,44 1,00 1,00 1,25 3,80 3,80
2. Período mensal 61,47 30,20 91,67 1,00 0,80 1,00 73,34 73,00
O valor a cobrar pela cedência de utilização do hangar pelo período mensal escora-se no custo da contrapartida, corrigido de um
coeficiente de incentivo de 0,80, espelhando a vontade do executivo em estimular esta tipologia de cedências, procurando optimizar a
25
utilização da capacidade instalada da infra-estrutura municipal, rendibilizando-a. A taxa homóloga, pelo período diário, está em linha com
a primeira, ainda que ligeiramente onerada (25%), como forma a desincentivar as cedências mais episódicas e descontinuadas ou, se
preferirmos, a encorajar as cedências por períodos mensais.
Decorre do exposto que as taxas em epígrafe cumprem o postulado pelo princípio da proporcionalidade.
4.3. Licenciamentos
4.3.1. Taxas devidas por licenças diversas
Esta tipologia de taxa abrange uma fase de apreciação do processo e uma fase de emissão de licença ou autorização administrativa.
Quadro 4-13: Elementos de suporte à fundamentação de taxas devidas pela emissão de licenças diversas
Custos da Contrapartida Coef. de Coef. de Coef. de Taxa Taxa
Descrição Directos Indirectos Totais Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Adoptada
1. Taxa pela apreciação do processo com vista a
obtenção do Alvará de licença 7,23 27,50 34,73 1,00 1,00 1,00 34,73 34,70
2. Emissão da licença ou autorização administrativa 3,61 26,28 29,89 2,50 1,00 1,00 74,73 74,70
Em ambos os casos, o valor a cobrar reflecte o custo da contrapartida, sendo que no segundo se procede a uma correcção por um
coeficiente de benefício de 2,5. Considera-se, neste e nos restantes casos do presente Relatório, que a taxa pela apreciação do processo
é neutra do ponto de vista do benefício, devendo este ser acomodado somente na fase subsequente. A atribuição do coeficiente de
benefício pretende acomodar a participação do município no benefício potencial da actividade económica licenciada. Pela explicação
apontada, as taxas em causa cumprem o princípio da proporcionalidade.
Quadro 4-14: Elementos de suporte à fundamentação de taxas devidas pelo licenciamento da actividade de guarda-nocturno
Custos da Contrapartida
Coef. de Coef. de Coef. de Taxa Taxa
Descrição Directos Indirectos Totais Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Adoptada
26
1. Taxa pela apreciação do processo com vista a obtenção de
7,23 27,50 34,73 1,00 1,00 1,00 34,73 34,70
licença
2. Emissão ou renovação de licença 3,61 26,28 29,89 2,00 1,00 1,00 59,78 59,70
Os valores a cobrar reflectem o custo da contrapartida, corrigido, no segundo caso, por um coeficiente de benefício de 2. A consideração
do coeficiente de benefício pretende acomodar a participação do município no benefício potencial da actividade em causa, considerando-
se que este é inferior ao benefício médio da globalidade das actividades. Pelas razões expostas, o valor das taxas integrantes da tipologia
supracitada cumprem o princípio da proporcionalidade.
Quadro 4-15: Elementos de suporte à fundamentação de taxas devidas pelo licenciamento da actividade de vendedor ambulante de lotarias
Custos da Contrapartida Coef. de Coef. de Coef. de Taxa Taxa
Descrição Directos Indirectos Totais Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Adoptada
1. Taxa pela apreciação do processo com vista a obtenção de
7,23 27,50 34,73 1,00 0,50 1,00 17,37 17,40
licença
2. Emissão ou renovação de licença, por ano ou fracção 3,61 26,28 29,89 2,00 0,50 1,00 29,89 29,90
Os valores a cobrar atendem ao custo da contrapartida, corrigido por um coeficiente de benefício de 2 no segundo caso, e por um
coeficiente de incentivo de 0,5 em ambos os casos. A atribuição do coeficiente de benefício justifica-se com base nos mesmos
pressupostos da categoria anterior de taxas. A consideração de um coeficiente de incentivo de 0,5 baseia-se na vontade política de
encorajar o licenciamento da actividade de venda ambulante de lotarias. Em suma, os itens desta tipologia de taxas garantem o
cumprimento pelo princípio da proporcionalidade.
Quadro 4-16: Elementos de suporte à fundamentação de taxas devidas pelo licenciamento da actividade de arrumador de automóveis
Custos da Contrapartida Coef. de Coef. de Coef. de Taxa Taxa
Descrição Directos Indirectos Totais Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Adoptada
1. Taxa pela apreciação do processo com vista a obtenção de
7,23 27,50 34,73 1,00 0,75 1,00 26,05 26,00
licença
2. Emissão ou renovação de licença, por ano ou fracção 3,61 26,28 29,89 2,00 0,75 1,00 44,84 44,80
27
Os valores a cobrar atendem ao custo da contrapartida, corrigido por um coeficiente de benefício de 2 no segundo caso e por um
coeficiente de incentivo de 0,75 em ambos os casos. A atribuição do coeficiente de benefício justifica-se com base nos pressupostos já
anteriormente mencionados. A consideração do coeficiente de incentivo baseia-se na vontade política de encorajar o licenciamento da
actividade de arrumador de automóveis, considerando-se, contudo, que o estímulo a este licenciamento deve ser menor que o da tipologia
anterior de taxas. Pelos motivos avançados, a tipologia de taxas em epígrafe cumpre o princípio da proporcionalidade.
Quadro 4-17: Elementos de suporte à fundamentação de taxas devidas pelo licenciamento da actividade de acampamentos ocasionais
Custos da Contrapartida Coef. de Coef. de Coef. de Taxa Taxa
Descrição Directos Indirectos Totais Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Adoptada
1. Taxa pela apreciação do processo com vista a obtenção de
7,23 27,50 34,73 1,00 1,00 1,00 34,73 34,70
licença
2. Emissão de licença, por dia ou fracção 3,61 26,28 29,89 2,00 1,00 1,00 59,78 59,80
Quer num caso quer noutro, o valor a cobrar atende ao custo da contrapartida, corrigido por um coeficiente de benefício de 2 no segundo
caso. As razões para a consideração deste benefício são as apontadas para as tipologias anteriores. Conclui-se, assim, que os valores
cobrados garantem o respeito pelo princípio da proporcionalidade.
4.3.7. Taxas devidas pela actividade de exploração de máquinas automáticas, mecânicas e electrónicas de diversão
Esta tipologia de taxas desdobra-se nas fases de apreciação do processo, registo, emissão de segunda via do título do registo,
averbamento por transferência de propriedade e emissão de licença de exploração.
Quadro 4-18: Elementos de suporte à fundamentação de taxas devidas pelo licenciamento da actividade de exploração de máquinas automáticas,
mecânicas e electrónicas de diversão (por cada máquina)
Custos da Contrapartida Coef. de Coef. de Coef. de Taxa Taxa
Descrição Directos Indirectos Totais Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Adoptada
1. Taxa pela apreciação do processo com vista a obtenção do 7,23 26,45 33,68 1,00 1,00 1,00 33,68 33,60
Alvará de licença
2. Registo 3,61 25,61 29,22 3,00 1,00 3,00 263,00 263,00
3. Segunda via do título de registo 1,81 25,18 26,99 1,00 1,00 3,00 80,98 80,00
4. Averbamento por transferência de propriedade 1,81 25,18 26,99 1,00 1,00 3,00 80,98 80,00
5. Emissão de licença de exploração
28
a. Semestral - - 131,50 1,00 1,00 1,25 164,37 164,30
Em todos os casos, o valor a cobrar reflecte o custo da contrapartida, corrigido por um coeficiente de desincentivo de 3, sendo que, em
alguns casos, também se considera um coeficiente de benefício. No que toca este último, a taxa de apreciação e o averbamento de
transferência de propriedade assumem uma posição neutral, em linha com os itens análogos previstos no presente relatório. A segunda
via do título de registo assume também uma posição neutral, dado que o benefício é já atendido no registo. Nos restantes itens, é
considerado um coeficiente de benefício de 3, o que tem implícito a assunção de um benefício potencial maior neste tipo de actividade do
que na média das actividades consideradas no presente Relatório. A emissão de licença de exploração, quando semestral, atende, na
justa proporção, ao valor da taxa pelo licenciamento anual, corrigido por um ónus de 25% que procura desencorajar os licenciamentos por
horizontes temporais mais reduzidos, evitando duplicações na tramitação administrativa dos processos. Pelas razões expostas, conclui-se
que os valores cobrados respeitam o princípio da proporcionalidade.
4.3.8. Taxas devidas pela realização de espectáculos desportivos e divertimentos públicos nas vias, jardins e
demais lugares públicos ao ar livre
Esta tipologia de taxas contempla a fase de apreciação do processo e a fase de emissão de licença, estando previstas licença para a
realização de provas desportivas com carácter de competição, licença para manifestações desportivas não enquadráveis no ponto
anterior e licença para realização de outros divertimentos de carácter não desportivo.
Quadro 4-19: Elementos de suporte à fundamentação de taxas devidas pelo licenciamento de realização de espectáculos desportivos e
divertimentos públicos nas vias, jardins e demais lugares públicos ao ar livre
Custos da Contrapartida Coef. de Coef. de Coef. de Taxa Taxa
Descrição Directos Indirectos Totais Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Adoptada
1. Taxa pela apreciação do processo com vista a obtenção de
18,94 29,32 48,26 1,00 0,75 1,00 36,19 36,20
licença
2. Emissão de licença para a realização de provas desportivas com
9,47 28,20 37,67 1,00 0,50 1,00 18,83 18,80
carácter de competição
3. Emissão de licença para manifestações desportivas não
9,47 28,20 37,67 1,00 0,75 1,00 28,25 28,20
enquadráveis no ponto anterior
4. Emissão de licença para realização de outros divertimentos de
9,47 28,20 37,67 1,00 0,75 1,00 28,25 28,20
carácter não desportivo
Os valores a cobrar atendem ao custo da contrapartida, sendo corrigido por coeficientes de incentivo de 0,75 em todos os casos com
excepção da emissão de licença para a realização de provas desportivas com carácter de competição, em que o coeficiente assume o
29
valor 0,5. A atribuição de coeficientes de incentivo traduz a vontade política de encorajar as actividades em causa, sendo especialmente
notória nas provas desportivas com carácter de competição. Em suma, os valores a cobrar respeitam o princípio da proporcionalidade.
Em todos os casos, os valores a cobrar atendem ao custo da contrapartida, corrigido por um coeficiente de benefício de 1,5 nos dois
últimos itens. A consideração deste coeficiente está em linha com o benefício potencial da média das actividades consideradas no
presente Relatório. Por outro lado, o custo da contrapartida é corrigido por um incentivo de 75% que pretende promover as actividades em
causa.
Quadro 4-20: Elementos de suporte à fundamentação de taxas devidas pelo licenciamento do funcionamento de recintos de espectáculos e
divertimentos públicos
Custos da Contrapartida Coef. de Coef. de Coef. de Taxa Taxa
Descrição Directos Indirectos Totais Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Adoptada
1. Taxa pela apreciação do processo com vista a obtenção de
16,50 29,32 45,82 1,00 0,25 1,00 11,45 11,50
Alvará de Licença
2. Emissão de licença de funcionamento de recintos itinerantes ou
4,12 27,64 31,76 1,50 0,25 1,00 11,91 12,00
improvisados, por cada e por semana ou fracção
3. Vistorias para efeitos de emissão de licença de recintos
8,25 28,20 36,45 1,50 0,25 1,00 13,67 13,50
itinerantes/improvisados ou de licença acidental de recintos
4.3.10. Taxas devidas pela actividade de agências ou postos de venda de bilhetes para espectáculos ou
divertimentos públicos
Esta tipologia de taxas contempla uma fase de apreciação e uma fase de emissão de licença. Em ambos os casos, os valores a cobrar
reflectem o custo da contrapartida, corrigido, tal como na tipologia anterior, por um coeficiente de benefício de 2,5 no segundo item.
Quadro 4-21: Elementos de suporte à fundamentação de taxas devidas pelo licenciamento da actividade de agências ou postos de venda de
bilhetes para espectáculos ou divertimentos públicos
Custos da Contrapartida Coef. de Coef. de Coef. de Taxa Taxa
Descrição Directos Indirectos Totais Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Adoptada
30
1. Taxa pela apreciação do processo com vista a obtenção de licença 7,23 27,50 34,73 1,00 1,00 1,00 34,73 34,70
2. Emissão da licença 3,61 26,28 29,89 2,50 1,00 1,00 74,73 74,70
Conclui-se, assim, que os itens em causa garantem o respeito pelo princípio da proporcionalidade.
Quadro 4-22: Elementos de suporte à fundamentação de taxas devidas pelo licenciamento da realização de leilões em lugares públicos (por cada
leilão)
Custos da Contrapartida Coef. de Coef. de Coef. de Taxa Taxa
Descrição Directos Indirectos Totais Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Adoptada
1. Taxa pela apreciação do processo com vista a obtenção de licença 7,23 27,50 34,73 1,00 1,00 1,00 34,73 34,70
2. Emissão de licença
a. Sem fins lucrativos 3,61 26,28 29,89 1,00 0,75 1,00 22,42 22,40
b. Com fins lucrativos 3,61 26,28 29,89 2,50 1,00 1,00 74,73 74,70
A taxa devida pela apreciação do processo com vista à obtenção de licença atende exclusivamente ao custo da contrapartida.
Por sua vez, a taxa devida emissão de licença a pedido de actividades sem fins lucrativos, atende ao custo da contrapartida, corrigido por
um coeficiente de incentivo de 0,75, assumindo-se uma posição neutral no que respeita o benefício. Já no que toca a emissão de licença
a pedido de actividades com fins lucrativos, o custo da contrapartida é corrigido por um coeficiente de benefício de 2,5, assumindo-se
uma posição neutral no que respeita ao incentivo. A distinção entre os dois itens resulta dos diferentes benefícios potenciais das
actividades em causa e da vontade de apoiar as actividades sem fins lucrativos.
Quadro 4-23: Elementos de suporte à fundamentação de taxas devidas pelo licenciamento da actividade de fogueiras e queimadas (por cada
actividade)
Custos da Contrapartida Coef. de Coef. de Coef. de Taxa Taxa
Descrição Directos Indirectos Totais Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Adoptada
31
1. Taxa pela apreciação do processo com vista a obtenção de
7,67 27,51 35,18 1,00 0,50 1,00 17,59 17,60
licença
2. Emissão de licença 3,84 26,27 30,11 1,50 0,50 1,00 22,58 22,60
Em ambos os casos, os valores a cobrar reflectem o custo da contrapartida, corrigido por um coeficiente de benefício de 1,5 no segundo
item e por um coeficiente de incentivo de 0,5 em ambos os itens. A consideração daquele coeficiente de benefício tem implícita a
participação do município no benefício potencial do particular, considerando-se que este fica, porém, abaixo do benefício médio da
globalidade das actividades. Por sua vez, a atribuição do coeficiente de incentivo pretende acomodar a vontade de encorajar o
licenciamento destas actividades, dada a importância de que se reveste o seu exercício dentro dos parâmetros legais. Conclui-se, assim,
que os itens em causa respeitam o princípio da proporcionalidade.
Quadro 4-24: Elementos de suporte à fundamentação de taxas devidas pelo licenciamento de peditórios
Custos da Contrapartida
Coef. de Taxa
Coef. de Coef. de Taxa
Descrição Directos Indirectos Totais Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Adoptada
1. Taxa pela apreciação do processo com vista a obtenção de licença 7,23 27,50 34,73 1,00 0,50 1,00 17,37 17,30
2. Emissão de licença, por dia, no máximo de 7 dias 3,61 26,28 29,89 1,00 0,50 1,00 14,95 14,90
Em ambos os casos, os valores a cobrar atendem ao custo da contrapartida, corrigido por um coeficiente de incentivo de 0,5. Este
coeficiente visa reflectir a vontade do município em apoiar este tipo de iniciativa. Conclui-se, assim, que os itens em causa respeitam o
princípio da proporcionalidade.
4.3.14. Taxas devidas pelo exercício da actividade de transportes de aluguer em veículos ligeiros de passageiros
Nesta categoria de taxas, estão previstos quatro itens: licença de aluguer para veículos ligeiros (não sujeita a fundamentação, uma vez
que é definida por concurso público), averbamentos, passagem de duplicados, segundas vias ou substituição de documentos
deteriorados, destruídos ou extraviados e vistoria ao veículo.
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Quadro 4-25: Elementos de suporte à fundamentação de taxas devidas pelo licenciamento da actividade de transporte de aluguer em veículos
ligeiros de passageiros
Custos da Contrapartida Coef. de Coef. de Coef. de Taxa Taxa
Descrição Directos Indirectos Totais Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Adoptada
1. Licença de aluguer para veículos ligeiros - por veículo (a definir por
n.a. n.a. n.a. - - - n.a. -
concurso público)
2. Averbamentos 3,61 26,28 29,89 1,00 1,00 1,00 29,89 29,90
3. Passagem de duplicados, segundas vias ou substituição de documentos
3,61 26,28 29,89 1,00 1,00 1,50 44,84 44,80
deteriorados, destruídos ou extraviados - por cada
4. Vistoria ao veículo 3,61 26,28 29,89 2,50 1,00 1,00 74,73 74,70
Nos averbamentos, atende-se unicamente ao custo da contrapartida. Já na passagem de duplicados, segundas vias ou substituição de
documentos deteriorados, destruídos ou extraviados e na vistoria ao veículo, para além do custo da contrapartida, tem-se também em
conta um coeficiente de desincentivo de 1,5 e, no caso das vistorias ao veículo, acomoda-se um coeficiente de benefício de 2,5. A
atribuição do coeficiente de benefício justifica-se pelo facto de em causa estar uma actividade que, do ponto de vista do benefício
potencial, se encontra em linha com a média da generalidade das actividades económicas. Por seu turno, a atribuição do coeficiente de
desincentivo resulta da vontade de desencorajar a prestação de serviços em causa. Pelas razões expostas, conclui-se que os itens em
apreço dão cumprimento ao princípio da proporcionalidade.
Quadro 4-26: Elementos de suporte à fundamentação de taxas devidas pela emissão e autenticação de horários de funcionamento
Custos da Contrapartida
Coef. de Coef. de Coef. de Taxa Taxa
Descrição Directos Indirectos Totais Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Adoptada
1. Emissão e/ou autenticação de horário de funcionamento
1,81 25,66 27,47 2,50 1,00 1,00 68,67 68,60
(por cada)
2. Pelo alargamento do horário para além do horário fixado
3,61 26,28 29,89 2,50 1,00 1,00 74,73 74,70
(por cada)
33
Em ambos os casos, os valores a cobrar reflectem o custo da contrapartida, corrigido por um coeficiente de benefício de 2,5. Este
coeficiente pretende acomodar a participação do município no benefício potencial das actividades económicas em causa. Pelas razões
expostas, conclui-se que os itens em causa dão cumprimento ao princípio da proporcionalidade.
4.3.16. Taxas devidas pelo licenciamento de pedreiras, saibreiras, outros inertes e minas
Esta categoria de taxas desdobra-se na organização, apreciação e encaminhamento, na emissão de alvará de licenciamento, no
averbamento em nome de outro titular e na vistoria.
Quadro 4-27: Elementos de suporte à fundamentação de taxas devidas pelo licenciamento da actividade de pedreiras, saibreiras, outros inertes e
minas
Custos da Contrapartida Coef. de Coef. de Coef. de Taxa Taxa
Descrição Directos Indirectos Totais Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Adoptada
1. Organização, apreciação e encaminhamento – por cada 12,69 28,02 40,71 1,00 1,00 1,00 40,71 40,70
2. Emissão de alvará de licenciamento 6,34 27,63 33,97 2,50 1,00 1,00 84,91 84,90
3. Averbamento em nome de outro titular 4,23 27,49 31,72 1,00 1,00 1,00 31,72 31,70
4. Vistoria 6,34 27,63 33,97 2,50 1,00 1,00 84,91 84,90
O valor a cobrar em todos os casos atende ao custo da contrapartida, corrigido, com excepção da organização, apreciação e
encaminhamento e do averbamento, por um coeficiente de benefício de 2,5, que reflecte a participação do município no benefício
potencial do particular. O tratamento dado ao primeiro e terceiro itens segue a lógica que preside à definição o valor a cobrar nos itens
análogos do presente relatório. Pelas razões expostas, conclui-se que os Itens em causa dão cumprimento ao princípio da
proporcionalidade.
34
Em ambos os casos, o valor a cobrar atende ao custo da contrapartida, corrigido por um coeficiente de desincentivo de 2,5, que reflecte a
participação do município no benefício potencial do particular. Deste modo, esta categoria de taxas respeita o princípio da
proporcionalidade.
Quadro 4-29: Elementos de suporte à fundamentação de taxas devidas por ensaios e medições acústicas
Custos da Contrapartida Coef. de Coef. de Taxa Taxa
Coef. de
Benefício Incentivo Teórica Adoptada
Descrição Directos Indirectos Totais Desincentivo
1. Avaliação do critério de incomodidade – artigo 13º, ponto 1 alínea b)
do Dec-lei nº 9/2007, de 17 de Janeiro, com as alterações introduzidas
265,80 81,64 347,44 2,50 1,00 1,00 868,61 868,00
pelo Dec-Lei nº 278/2007, de 1 de Agosto
2. Avaliação dos valores limite de exposição – artigo 11º do Dec-lei nº
9/2007, de 17 de Janeiro, com as alterações introduzidas pelo Dec-Lei
265,80 81,64 347,44 2,50 1,00 1,00 868,61 868,00
nº 278/2007, de 1 de Agosto
3. Avaliação do índice de isolamento sonoro a
a. Sons de condução aérea entre espaços contíguos 33,22 15,86 49,08 2,50 1,00 1,00 122,69 122,70
b. Sons de percussão entre espaços contíguos 33,22 15,86 49,08 2,50 1,00 1,00 122,69 122,70
c. Sons aéreos de fachadas e elementos de fachada 33,22 15,86 49,08 2,50 1,00 1,00 122,69 122,70
4. Avaliação do Tempo de Reverberação 33,22 15,86 49,08 2,50 1,00 1,00 122,69 122,70
5. Avaliação do Nível de Avaliação do ruído particular de equipamentos
33,22 15,86 49,08 2,50 1,00 1,00 122,69 122,70
colectivos do edifício
6. Avaliação do Nível sonoro contínuo equivalente 55,37 22,12 77,49 2,50 1,00 1,00 193,73 193,70
Em todos os casos, atende-se ao custo da contrapartida, corrigido por um coeficiente de benefício de 2,5. Este coeficiente traduz a
participação do município no benefício potencial do particular. Como resultado dos motivos expostos, estes itens respeitam o princípio da
proporcionalidade.
35
4.4.2. Taxas devidas por danos em espaços ajardinados e mobiliário e equipamento urbano ou outros bens do
domínio público ou privado municipal
A taxa devida pelo procedimento de avaliação de danos reflecte unicamente o custo da contrapartida. Como tal, respeita o princípio da
proporcionalidade.
Quadro 4-30: Elementos de suporte à fundamentação de taxas devidas por danos em espaços ajardinados e mobiliário e equipamento urbano ou
outros bens do domínio público ou privado municipal
Custos da Contrapartida Coef. de Coef. de Coef. de Taxa Taxa
Descrição Directos Indirectos Totais Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Adoptada
Taxa devida pelo procedimento de avaliação de danos 30,94 14,88 45,82 1,00 1,00 1,00 45,82 45,80
Quadro 4-31: Elementos de suporte à fundamentação de taxas devida pela limpeza de terrenos
Custos da Contrapartida Coef. de Coef. de Coef. de Taxa Taxa
Descrição Directos Indirectos Totais Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Adoptada
Taxa devida pelo procedimento de avaliação, limpeza e
76,72 23,92 100,64 1,00 1,00 1,00 100,64 100,60
desmatação de terrenos
A taxa devida pelo procedimento de avaliação, limpeza e desmatação de terrenos reflecte unicamente o custo da contrapartida. Como tal,
respeita o princípio da proporcionalidade.
4.4.4. Taxas devidas pela licença especial de ruído para o exercício de actividades ruidosas de carácter temporário
Esta tipologia de taxas abrange uma fase de apreciação e uma fase de emissão de licença.
Quadro 4-32: Elementos de suporte à fundamentação de taxas devidas pela emissão de licenças especial de ruído para o exercício de actividades
ruidosas de carácter temporário
Custos da Contrapartida Coef. de Coef. de Coef. de Taxa Taxa
Descrição Directos Indirectos Totais Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Adoptada
1. Taxa pela apreciação do processo com vista a obtenção de
20,10 33,66 53,76 1,00 1,00 1,50 80,64 80,60
licença
2. Emissão da licença 1,67 17,72 19,39 1,00 1,00 1,50 29,08 29,00
36
Em ambos os casos, atende-se ao custo da contrapartida, corrigido por um coeficiente de desincentivo de 1,5, que pretende desencorajar
o exercício destas actividades. Deste modo, os itens em causa respeitam o princípio da proporcionalidade.
Quadro 4-33: Elementos de suporte à fundamentação de taxas devidas pela limpeza de fossa e colectores
Custos da Contrapartida Coef. de Coef. de Coef. de Taxa Taxa
Descrição Directos Indirectos Totais Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Adoptada
1. Deslocação de auto-cisterna, por cada deslocação 17,81 12,86 30,67 1,00 1,00 1,00 30,67 30,60
Nesta tipologia de taxas, os valores a cobrar são fixadas em legislação especial, pelo que ficam dispensadas de fundamentação
económico-financeira.
Nesta tipologia de taxas estão contempladas a recolha e captura de animais, a hospedagem e alimentação, a occisão de animal e a
destruição de cadáver de animal.
Quadro 4-34: Elementos de suporte à fundamentação de taxas devidas pelo serviço veterinário municipal
Custos da Contrapartida Coef. de Coef. de Coef. de Taxa
Descrição Directos Indirectos Totais Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Taxa Adoptada
1. Recolha e Captura de animais
a. Captura de animal na via pública 28,86 14,99 43,85 1,00 1,00 1,00 43,85 43,80
b. Recolha de animal vivo a pedido do dono 14,43 13,53 27,96 1,00 1,00 1,00 27,96 28,00
c. Recolha de cadáver de animal de companhia morto
9,62 13,04 22,66 1,00 1,00 1,00 22,66 22,60
em casa do proprietário
2. Hospedagem e alimentação por animal e por dia ou
5,05 15,97 21,02 1,00 1,00 1,00 21,02 21,00
fracção
3. Occisão de animal 9,11 23,25 32,36 1,00 1,00 1,00 32,36 32,30
4. Destruição de cadáver de animal 19,24 23,71 42,95 1,00 1,00 1,00 42,95 43,00
37
Em todos os casos, o valor a cobrar reflecte exclusivamente o custo da contrapartida. Está-se, assim, perante itens que respeitam o
princípio da proporcionalidade.
Quadro 4-35: Elementos de suporte à fundamentação de taxas devidas pelas actividades da Escola de Educação Ambiental
Custos da Contrapartida Coef. de Coef. de Coef. de Taxa Taxa
Descrição Directos Indirectos Totais Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Adoptada
1. Taxa de participação em actividades nos sectores:
laboratório, horta, animais, cozinha, ateliers e visitas
temáticas / por participante
a. Manhã das 9h00 às 12h30m 17,32 28,62 45,94 1,00 0,75 1,00 1,15 1,15
b. Tarde das 14h00 às 17h30m 17,32 28,62 45,94 1,00 0,75 1,00 1,15 1,15
Assim, para a situação-tipo, o particular paga 34,45 € ( = 1,15* 30), cobrindo o custo inerente à prestação de serviço, corrigido pelo
referido coeficiente de incentivo. Como explicado no ponto 4.1. deste relatório, para situações que fiquem aquém da situação-tipo, o
município assume um custo social e para situações que fiquem além da situação-tipo, o município participa no benefício do particular.
Pelas razões expostas, os itens desta categoria de taxas asseguram o respeito pelo princípio da proporcionalidade.
Em todos os casos se atende ao custo da contrapartida (que reflecte o número de horas de cada horário), embora este seja corrigido por
um coeficiente de incentivo de 0,75, justificado com base na vontade de apoiar a utilização dos equipamentos em causa. Nos horários
compreendidos entre as 17h e as 00h e aos fins-de-semana, assumem-se coeficientes de benefício superiores à unidade.
38
Quadro 4-36: Elementos de suporte à fundamentação de taxas devidas pela cedência de espaços (por hora)
Custos da Contrapartida Coef. de Coef. de Coef. de Taxa Taxa
Descrição Directos Indirectos Totais Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Adoptada
1. Auditório do Palacete, por hora
a. Das 9h00m às 17h00m 10,95 29,70 40,65 1,00 0,75 1,00 30,49 30,50
b. Das 17h00m às 00h00m 10,94 29,68 40,62 1,60 0,75 1,00 48,75 48,70
c. Fins-de-semana, feriados e equiparados 10,94 29,68 40,62 2,00 0,75 1,00 60,93 61,00
2. Auditório da Escola Ambiental, por hora
a. Das 9h00m às 17h00m 10,95 29,70 40,65 1,00 0,75 1,00 30,49 30,50
b. Das 17h00m às 00h00m 10,94 29,68 40,62 1,60 0,75 1,00 48,75 48,70
c. Fins-de-semana, feriados e equiparados 10,94 29,68 40,62 2,00 0,75 1,00 60,93 60,90
Conclui-se, assim, que os itens desta categoria de taxas cumprem o princípio da proporcionalidade.
Quadro 4-37: Elementos de suporte à fundamentação de taxas devidas pela utilização de equipamentos (por período ou fracção)
Custos da Contrapartida Coef. de Coef. de Coef. de Taxa Taxa
Descrição Directos Indirectos Totais Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Adoptada
1. Utilização de equipamentos audiovisuais,
informáticos ou outros, por período
a. Das 8h30m às 17h00m 6,64 58,44 65,08 1,00 0,75 1,00 48,81 48,80
b. Das 17h00m às 00h00m 6,64 58,40 65,04 1,60 0,75 1,00 78,05 78,00
c. Fins-de-semana, feriados e equiparados 6,64 58,40 65,04 2,00 0,75 1,00 97,57 97,50
Em qualquer um dos horários, o valor a cobrar reflecte o custo da contrapartida, corrigido por um coeficiente de incentivo de 0,75,
justificado com base na vontade de apoiar a utilização dos equipamentos em causa. Nos horários compreendidos entre as 17h e as 00h e
aos fins-de-semana, assumem-se coeficientes de benefício superiores à unidade. Conclui-se, assim, que os itens desta categoria de taxas
cumprem o princípio da proporcionalidade.
39
4.6. Ocupação do domínio público
4.6.1. Taxas devidas pela ocupação do domínio público aéreo
Nesta tipologia de taxas, existe uma fase de apreciação dos processos e uma fase de emissão de licenças, que varia de acordo com as
ocupações (alpendres, toldos e similares, antenas de telecomunicações, fios telegráficos, telefónicos ou eléctricos, passarelas e outras
ocupações do espaço aéreo).
Quadro 4-38: Elementos de suporte à fundamentação de taxas devidas pela ocupação do domínio público aéreo
Custos da Contrapartida Taxa Adoptada
Coef. de Coef. de Coef. de Taxa Taxa (renovações
Descrição Directos Indirectos Totais Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Adoptada 60%)
1. Taxa pela apreciação do processo com
12,69 28,02 40,71 1,00 1,00 1,00 40,71 40,70
vista a obtenção de licença;
2. Com alpendres fixos ou articulados, toldos
e similares não integrados na estrutura dos 3,17 27,42 30,59 2,00 1,00 1,50 22,94 23,00 13,80
edifícios - por metro quadrado e por ano:
3. Antenas de operadores de
telecomunicações, instaladas no domínio
público – por ano e por unidade.
a. Instaladas no domínio público - por cada
- - - - - - 4.000,00 4.000,00
e por ano
b. Instaladas em propriedade particular
com projecção para o domínio público - por - - - - - - 2.000,00 2.000,00
cada e por ano
4. Fios telegráficos, telefónicos ou eléctricos,
3,17 27,42 30,59 2,00 1,00 1,50 4,59 4,60 2,76
por metro linear ou fracção e por ano
5. Passarelas e outras ocupações - por m2 da
3,17 27,42 30,59 2,00 1,00 1,50 9,18 9,20 5,52
projecção sobre a via pública e por ano
6. Outras ocupações do espaço aéreo – por
3,17 27,42 30,59 2,00 1,00 1,50 9,18 9,20 5,52
metro quadrado e por mês
A taxa pela apreciação do processo com vista a obtenção de licença atende exclusivamente ao custo da contrapartida.
A taxa pela emissão de licença relativa a alpendres fixos ou articulados, toldos e similares não integrados na estrutura dos edifícios
reflecte o custo da contrapartida, corrigido por um coeficiente de benefício de 2. Este coeficiente justifica-se com base na participação do
município no benefício potencial do particular. Para o cálculo do valor a cobrar, teve-se ainda em conta a situação-tipo (4 metros
quadrados), sendo que para ela o particular paga uma taxa que equivale, grosso modo, ao custo da contrapartida, corrigido pelo benefício
(4* 23 € 30,59 *2). Como já foi explicado atrás, sempre que se está perante um processo com uma dimensão inferior à da situação-
tipo, o município assume um custo social e sempre que se está perante uma dimensão superior à da situação-tipo, o município partilha
com o particular o benefício deste.
40
A taxa pela emissão de licença relativa a antenas de operadores de telecomunicações, instaladas no domínio público encontra a sua
justificação no benefício do particular (empresas operadoras de telemóveis), constituindo uma parcela deste. Com efeito, utilizando-se
como proxy (por defeito) daquele referencial a renda média mensal paga na área do município pelos operadores de telecomunicações
móveis em domínio privado (850 €), conclui-se que o valor a cobrar pela taxa supracitada corresponde a uma fatia que não chega a 20%
daquele montante no caso das antenas instaladas em propriedade particular e de 40% no caso das antenas instaladas no domínio
público.
A taxa pela emissão de licença relativa a fios telegráficos, telefónicos ou eléctricos reflecte o custo da contrapartida, corrigido por um
coeficiente de benefício de 2 (justificado pela razão já apontada) e por um coeficiente de desincentivo de 1,5, que pretende internalizar a
externalidade negativa decorrente desta ocupação, dado o seu nível de perigosidade. O valor a cobrar reflecte ainda a situação-tipo (20
metros lineares). Assim, para a dimensão tipo, o particular paga aproximadamente o custo da contrapartida, corrigido pelos aludidos
coeficientes ( 20* 4,60 30,59*2*1,5).
A taxa pela emissão relativa a passarelas e outras ocupações e a taxa pela emissão relativa a outras ocupações do domínio aéreo,
atendem também ao custo da contrapartida, corrigido por um coeficiente de benefício de 2 e por um coeficiente de desincentivo de 1,5
que pretende penalizar estas ocupações. Também nestes casos o valor a cobrar teve em conta as situações-tipo (10 metros quadrados).
Pelas razões avançadas, conclui-se que os itens em apreço respeitam o princípio da proporcionalidade.
41
4.6.2. Taxas devidas por construções ou instalações especiais no solo ou subsolo
À semelhança da tipologia anterior, nesta categoria de taxas há lugar a uma taxa pela apreciação do processo e uma taxa pela emissão
de licença de acordo com as ocupações previstas
Quadro 4-39: Elementos de suporte à fundamentação de taxas devidas por construções ou instalações especiais no solo ou subsolo
Taxa Adoptada
Custos da Contrapartida Coef. de Coef. de Coef. de Taxa Taxa (renovações
Descrição Directos Indirectos Totais Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Adoptada 60%)
1. Taxa pela apreciação do processo com
12,69 28,02 40,71 1,00 1,00 1,00 40,71 40,70 24,42
vista a obtenção de licença;
2. Postes e marcos – cada:
a. Para suporte de fios telegráficos,
3,17 27,42 30,59 2,00 1,00 1,25 76,48 76,50 45,90
telefónicos ou eléctricos – por ano;
b. Para colocação de anúncios – por ano 3,17 27,42 30,59 2,00 1,00 1,00 61,18 61,20 36,72
c. Marco receptáculo de correio – por ano 3,17 27,42 30,59 2,00 1,00 1,00 61,18 61,20 36,72
3. Depósitos – por metro cúbico ou fracção e
por ano:
a. À superfície
1. Capacidade até 10 m3 3,17 27,42 30,59 2,00 1,00 1,50 18,35 18,30 10,98
2. Capacidade > 10 m3 3,17 27,42 30,59 6,00 1,00 1,50 55,06 55,00 33,00
b. Subterrâneos
1. Capacidade até 10 m3 3,17 27,42 30,59 2,00 1,00 1,00 12,24 12,20 7,32
2. Capacidade > 10 m3 3,17 27,42 30,59 6,00 1,00 1,00 36,71 36,70 22,02
4. Pavilhões, quiosques e similares – por
3,17 27,42 30,59 2,50 1,00 1,00 15,30 15,30 9,18
metro quadrado e por ano
5. Instalações provisórias, por motivo de
festejos, pistas de automóveis, carrosséis e 3,17 27,42 30,59 1,50 1,00 1,00 0,31 0,30 0,18
similares – por metro quadrado e por dia
42
Cont.
Taxa Adoptada
Custos da Contrapartida Coef. de Coef. de Coef. de Taxa Taxa (renovações
Descrição Directos Indirectos Totais Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Adoptada 60%)
6. Circos e instalações similares de natureza
3,17 27,42 30,59 1,50 0,25 1,00 0,01 0,01 0,01
sociocultural - por metro quadrado e por dia
7. Ocupação com venda ambulante de
3,17 27,42 30,59 1,50 1,00 1,00 30,59 30,60 18,36
tabuleiros – por metro quadrado e por ano
8. Veículos automóveis estacionados, para
exercício de comércio e indústria – por cada 3,17 27,42 30,59 1,50 1,00 1,00 45,89 45,70 27,42
veículo e por dia;
9. Reboques e semi-reboques estacionados
para o exercício de comércio e indústria – por 3,17 27,42 30,59 2,50 1,00 2,00 152,96 153,00 91,80
cada dia;
10. Veículos pesados estacionados para o
exercício de comércio e indústria – por cada 3,17 27,42 30,59 2,50 1,00 2,50 191,20 191,00 114,60
veículo e por dia;
11. Outras ocupações que impliquem
danificação do pavimento sem prejuízo da
3,17 27,42 30,59 1,00 1,00 1,50 9,18 9,20 5,52
obrigatoriedade de reposição - valas e outras,
por metro linear, por 15 dias ou fracção
12. Painéis, mupies, outdoors e semelhantes
3,17 27,42 30,59 2,50 1,00 1,50 22,94 22,90 13,74
– por metro linear de frente e por mês;
13. Outras construções ou instalações
especiais no solo ou subsolo - por metro 3,17 27,42 30,59 2,50 1,00 1,00 7,65 7,60 4,56
quadrado e por ano
No caso de a ocupação se consubstanciar em postes ou marcos, atende-se, nas três situações previstas (para suporte de fios telegráficos,
telefónicos ou eléctricos, para colocação de anúncios e marco receptáculo de correio), ao custo da contrapartida, corrigido por um
coeficiente de benefício de 2. Adicionalmente, no caso de suporte de fios telegráficos, telefónicos ou eléctricos, é ainda considerado um
coeficiente de desincentivo de 1,25, que pretende penalizar este tipo de ocupação, pelo nível de perigosidade que acarreta. Por outro
lado, os circos e instalações similares de natureza sociocultural são incentivados com uma redução de taxa de 75%.
No que se refere aos depósitos, quer estejam à superfície quer sejam subterrâneos, a taxa em causa atende ao custo da contrapartida,
corrigido por um coeficiente de benefício de 2 nos casos de capacidade inferior ou igual a 10 m3 e de 6 no caso de capacidade superior.
Quando os depósitos são à superfície, tem-se também em conta um coeficiente de desincentivo de 1,5, que pretende penalizar este tipo
de ocupação. Os valores a cobrar consideram ainda a respectiva situação-tipo (5 metros cúbicos em todos os casos). Assim, quando em
43
causa está a volumetria correspondente à situação-tipo, o particular paga um montante aproximadamente igual ao custo da contrapartida,
corrigido pelos referidos coeficientes.
Relativamente a pavilhões, quiosques e similares, o valor a cobrar reflecte o custo da contrapartida, corrigido por um coeficiente de
benefício de 2,5 (coeficiente máximo atribuído nesta tipologia de taxas) e, ainda, a área da situação-tipo (5 metros quadrados).
No que toca a instalações provisórias, por motivo de festejos, pistas de automóveis, carrosséis e similares, o valor a cobrar atende ao
custo da contrapartida, corrigido por um coeficiente de benefício de 1,5, e à situação-tipo (150 metros quadrados).
Quanto a circos e instalações similares de natureza sociocultural, o valor da taxa a cobrar reflecte o custo da contrapartida, corrigido por
um coeficiente de benefício de 1,5 e por um coeficiente de incentivo de 0,75, atendendo ainda à situação-tipo (1000 metros quadrados).
Aquele coeficiente de incentivo justifica-se pela natureza das actividades em causa, que o município pretende encorajar.
No que concerne a ocupação com venda ambulante de tabuleiros, o valor da taxa a cobrar repercute o custo da contrapartida, corrigido
por um coeficiente de benefício de 1,5, e ainda a área correspondente à situação-tipo (1,5 metros quadrados).
Quando a ocupação do domínio público se materializa na utilização de veículos automóveis estacionados para exercício de comércio e
indústria, reboques e semi-reboques estacionados para o exercício de comércio e indústria e veículos pesados estacionados para o
exercício de comércio e indústria, os valores a cobrar reflectem o custo da contrapartida corrigidos por coeficientes de benefício (1,5 no
primeiro caso e 2,5 nos dois últimos, espelhando o distinto benefício auferido pelos particulares em questão) e por coeficientes de
desincentivo nas duas últimas situações (2 para reboques e semi-reboques e 2,5 para veículos pesados). Os coeficientes de desincentivo
pretendem traduzir o incómodo causado pela ocupação da via pública por este tipo de veículos.
Nos casos de outras ocupações que impliquem danificação do pavimento sem obrigatoriedade de reposição, o valor a cobrar reflecte o
custo da contrapartida, corrigido por um coeficiente de desincentivo de 1,5, justificado com base no eventual transtorno decorrente de
tais ocupações.
Quando a ocupação do domínio público se consubstancia na utilização de painéis, outdoors, mupies e semelhantes, atende-se ao custo
da contrapartida, corrigido por um coeficiente de benefício de 2,5 e por um coeficiente de desincentivo de 1,5, atendendo-se ainda à
situação-tipo (5 metros lineares). A consideração do coeficiente de desincentivo prende-se com o eventual transtorno causado por este
tipo de estruturas, que em muitos casos funcionam como barreira física.
44
Por último, quando em causa estão outras construções ou instalações especiais no solo ou subsolo, o valor a cobrar reflecte o custo da
contrapartida, corrigido por um coeficiente de benefício de 2,5, e a área da situação-tipo (10 metros quadrados).
Pelas razões avançadas, conclui-se que os itens em apreço respeitam o princípio da proporcionalidade.
A taxa pela apreciação do processo com vista a obtenção de licença reflecte integralmente o custo da contrapartida. Por seu turno, as
taxas por emissão de licença atendem ao custo da contrapartida, eventualmente corrigido por coeficientes de benefício e coeficientes de
incentivo ou desincentivo, e, nos casos em que a taxa é variável, à situação-tipo, seguindo-se a lógica que presidiu à definição de valores
da categoria de taxas anterior.
45
Quadro 4-40: Elementos de suporte à fundamentação de taxas devidas por ocupações diversas
Taxa
Custos da Contrapartida Adoptada
Coef. de Coef. de Coef. de Taxa Taxa (renovações
Descrição Directos Indirectos Totais Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Adoptada 60%)
1. Taxa pela apreciação do processo com
6,34 27,63 33,97 1,00 1,00 1,00 33,97 34,00
vista a obtenção de licença
2. Aparelhos de ar condicionado, fixos no
12,69 28,02 40,71 1,00 1,00 1,50 61,07 61,00 36,60
exterior de edifícios – por ano ou fracção
3. Dispositivos destinados a anúncios e
12,69 28,02 40,71 2,50 1,00 1,00 50,89 50,90 30,54
reclamos – por metro quadrado e por ano
4. Esplanadas (mesas, cadeiras, guarda-sóis,
guarda-ventos e similares) – por metro
quadrado e por mês ou fracção
a. Abertas 12,69 28,02 40,71 2,50 0,50 1,00 2,21 2,20 1,32
b. Fechadas, fixas ou amovíveis, não
12,69 28,02 40,71 2,50 0,50 1,00 6,36 6,30 3,78
integradas em edifícios
5. Expositores e vitrinas – por metro
12,69 28,02 40,71 2,50 1,00 1,00 50,89 50,90 30,54
quadrado e por mês
6. Tubos, condutas e outros cabos
condutores e semelhantes – por metro linear
ou fracção e por ano
a. Para uso agrícola 12,69 28,02 40,71 1,50 0,50 1,00 0,44 0,40 0,24
b. Para outros fins
1. Aéreos 12,69 28,02 40,71 2,50 1,00 1,25 6,36 6,30 3,78
2. Subterrâneos 12,69 28,02 40,71 1,00 1,00 1,00 2,71 2,70 1,62
7. Cabine ou posto telefónico – por ano 12,69 28,02 40,71 2,00 1,00 1,00 81,43 81,40 48,84
8. Posto de transformação, cabines eléctricas
12,69 28,02 40,71 1,00 1,00 1,00 4,07 4,00 2,40
e semelhantes – por m2 ou fracção e por ano
9. Carris – por metro linear de via ou fracção
12,69 28,02 40,71 1,00 1,00 1,00 4,07 4,00 2,40
e por ano
46
Cont.
Taxa Adoptada
Custos da Contrapartida Coef. de Coef. de Coef. de Taxa Taxa (renovações
Descrição Directos Indirectos Totais Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Adoptada 60%)
10.Rampas fixas para acesso a garagens,
estações de serviço, parques de
estacionamento e semelhantes – por metro
linear e por ano
a. De prédios ou instalações afectas ao
exercício de comércio e indústria ou serviços, 12,69 28,02 40,71 2,50 1,00 1,00 12,72 12,70 7,62
por cada metro linear ou fracção e por ano
b. De outros prédios ou instalações, por
12,69 28,02 40,71 1,00 1,00 1,00 10,18 10,20 6,12
cada metro linear ou fracção e por ano
11. Outras ocupações da via pública – por
12,69 28,02 40,71 1,50 1,00 1,00 6,11 6,10 3,66
metro quadrado e por dia
No que toca o coeficiente de benefício, partindo-se de uma situação neutral nos aparelhos de ar condicionado, nos tubos subterrâneos,
nos postos de transformação, nos carris e nas rampas de outros prédios ou instalações, passou-se para um coeficiente de 2 no caso de
cabine ou posto telefónico e para 2,5 nas restantes situações (com excepção das outras ocupações da via pública cuja taxa é de 1,5),
reflectindo-se, assim, a passagem de ausência para participação crescente do município no benefício potencial auferido pelo particular.
Relativamente ao coeficiente de incentivo, todas as situações são neutrais, com excepção dos licenciamentos de tubos e condutas para
fins agrícolas e das esplanadas, o que denota, nestes casos, a vontade política de apoiar as actividades em causa, onerando-as em
apenas em 50% do custo corrigido da contrapartida.
Quanto ao coeficiente de desincentivo, predominam também situações de neutralidade, com excepção dos aparelhos de ar condicionado
(coeficiente 1,5) e dos tubos e condutas, quando aéreos (coeficiente 1,25). As situações de não neutralidade pretendem penalizar as
externalidades negativas resultantes das ocupações em causa.
Nos casos das taxas variáveis, consideraram-se, ainda, as situações-tipo expressas em metros quadrados ou em metros lineares,
conforme quadro baixo.
47
Quadro 4-41: Elementos de suporte à fundamentação de taxas devidas por ocupações diversas - situação-tipo
Descrição Situação-tipo
1. Taxa pela apreciação do processo com vista a obtenção de licença n.a.
2. Aparelhos de ar condicionado, fixos no exterior de edifícios – por ano ou fracção n.a.
3. Dispositivos destinados a anúncios e reclamos – por metro quadrado e por mês 2
4. Esplanadas (mesas, cadeiras, guarda-sóis, guarda-ventos e similares) – por metro quadrado e por mês ou fracção
a. Abertas 23
b. Fechadas, fixas ou amovíveis, não integradas em edifícios 8
5. Expositores e vitrinas – por metro quadrado e por mê 2
6. Tubos, condutas e outros cabos condutores e semelhantes – por metro linear ou fracção e por ano
a. Para uso agrícola 70
b. Para outros fins
1. Aéreos 20
2. Subterrâneos 15
10.Rampas fixas para acesso a garagens, estações de serviço, parques de estacionamento e semelhantes – por metro linear e por ano
a. De prédios ou instalações afectas ao exercício de comércio e indústria ou serviços, por cada metro linear ou fracção e por ano 8
b. De outros prédios ou instalações, por cada metro linear ou fracção e por ano 4
11. Outras ocupações da via pública – por metro quadrado e por dia 10
Assim, para as situações-tipo elencadas, a taxa a cobrar corresponde aproximadamente ao custo da contrapartida, eventualmente corrido
por coeficientes de benefício e incentivo/desincentivo.
Pelas razões avançadas, conclui-se que os itens em apreço respeitam o princípio da proporcionalidade.
48
A taxa pela apreciação do processo com vista a obtenção de licença atende integralmente ao custo da contrapartida.
Quadro 4-42: Elementos de suporte à fundamentação de taxas devidas por equipamentos (por m2 ou fracção)
Custos da Contrapartida Coef. de Taxa Adoptada
Coef. de Coef. de Desincentivo Taxa Taxa (renovações
Descrição Directos Indirectos Totais Benefício Incentivo Teórica Adoptada 60%)
1. Taxa pela apreciação do processo com
12,69 28,02 40,71 1,00 1,00 1,00 40,71 40,70
vista a obtenção de licença
2. Pela colocação de equipamentos
(balanças, grelhadores, arcas congeladoras
ou de conservação de gelados, máquinas de
tiragem de gelados, bebidas, tabacos e 3,17 27,42 30,59 2,50 1,00 1,00 50,99 51,00 30,60
semelhantes, máquinas de diversão e outras)
– por metro quadrado e por cada ano ou
fracção
Por sua vez, a taxa pela emissão de licença para colocação de equipamentos (balanças, grelhadores, arcas congeladoras ou de
conservação de gelados, máquinas de tiragem de gelados, bebidas, tabacos e semelhantes, máquinas de diversão e outras) foi calculada
por m2 ou fracção por forma a reflectir o custo da contrapartida, tendo sido corrigida por um coeficiente de benefício de 2,5. A área da
situação-tipo considerada para o efeito foi de 1,5 metros quadrados. Deste modo, quando em causa está a situação-tipo, o particular paga
um montante aproximado ao custo da contrapartida corrigido pelo referido coeficiente de benefício (1,5 * 60 € 30,59 € * 2,5).
49
Quadro 4-43: Elementos de suporte à fundamentação de taxas devidas por instalações abastecedoras e carburantes, ar e água
Custos da Contrapartida Coef. de Taxa Adoptada
Coef. de Coef. de Desincentivo Taxa Taxa (renovações
Descrição Directos Indirectos Totais Benefício Incentivo Teórica Adoptada 60%)
1. Taxa pela apreciação do processo com vista
10,41 28,02 38,43 1,00 1,00 1,50 57,65 57,60
a obtenção de licença
A taxa pela apreciação do processo com vista a obtenção de licença atende ao custo da contrapartida, corrigido por um coeficiente de
desincentivo de 1,5, traduzindo este último a vontade de penalizar este tipo de ocupação, dado o seu nível de perigosidade. Já as
restantes taxas, para além de atenderem ao custo da contrapartida, corrigido por um coeficiente de desincentivo de 1,5, resultam ainda
de um ajustamento por um coeficiente de benefício de 3 (o coeficiente máximo considerado nas taxas que compõem a ocupação do
domínio público). Pelas razões expostas, conclui-se que os itens em apreço respeitam o princípio da proporcionalidade.
50
A primeira taxa atende exclusivamente ao custo da contrapartida. A segunda, que pretende penalizar prazos elevados de ocupação do
solo, equivale a aproximadamente 30% do valor do primeiro, percentagem que parece ser razoável. Conclui-se, assim, que os itens em
causa respeitam, o princípio da proporcionalidade.
Em todos os casos atende-se ao custo da contrapartida, sendo que nas segundas vias de licença de condução se considera também um
coeficiente de desincentivo de 1,5 com o intuito de penalizar a prestação de serviços em causa.
Quadro 4-45: Elementos de suporte à fundamentação de taxas devidas por licenças de condução
Custos da Contrapartida Coef. de Coef. de Coef. de Taxa Taxa
Descrição Directos Indirectos Totais Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Adoptada
1. Emissão da licença incluindo impresso 1,78 2,32 4,10 1,00 1,00 1,00 4,10 4,10
2. Averbamentos efectuados na licença de condução 2,38 2,77 5,15 1,00 1,00 1,00 5,15 5,10
3. Renovação de licenças de condução 1,78 2,32 4,10 1,00 1,00 1,00 4,10 4,10
4. Trocas de licenças de condução 2,38 2,77 5,15 1,00 1,00 1,00 5,15 5,10
5. De segundas vias, da licença de condução 1,78 2,32 4,10 1,00 1,00 1,50 6,15 6,10
4.9. Publicidade
4.9.1. Taxas devidas por publicidade sonora
Esta tipologia de taxa abrange uma componente fixa, correspondente a uma taxa de apreciação, e uma componente variável,
correspondente à emissão de licença, feita em função do prazo (semana, mês ou ano).
A taxa pela apreciação do processo com vista a obtenção de licença atende exclusivamente ao custo da contrapartida. Por sua vez, a
emissão de licença para aparelhos de rádio ou de televisão, altifalantes ou outros aparelhos sonoros, emitindo, com fins publicitários, na
ou para a via pública atende ao custo da contrapartida, corrigido por um coeficiente de desincentivo de 1,50, que pretende penalizar as
externalidades negativas resultantes deste tipo de publicidade, e por um coeficiente que pretende acautelar para a edilidade uma parte
do benefício decorrente da tipologia de licenciamento em epígrafe, assumindo este o valor 3 para o período anual. Com efeito, conclui-se
51
que os custos com a tramitação do licenciamento cifram-se em 33,07€, quer o licenciamento se processe pelo período de um ano, um
mês ou de uma semana. Deste modo, a taxa mensal será proporcional à taxa anual, corrigida por um coeficiente de 1,25 visando
desencorajar as ineficiências processuais decorrentes dos licenciamentos por períodos mais curtos de tempo e o respectivo
estrangulamento dos serviços. Nesta situação, o coeficiente de benefício é neutral, pois assumimos que o benefício é decorrente da
tipologia de licenciamento em causa e não da sua duração. Em paralelo, a taxa semanal devida pelo licenciamento de publicidade sonora
com aparelhos de rádio ou de televisão, altifalantes ou outros aparelhos sonoros, emitindo, com fins publicitários, na ou para a via pública
é proporcional à taxa mensal, corrigida de idêntico coeficiente de desincentivo, pelos mesmos motivos. Uma vez mais, o coeficiente de
benefício pauta-se pela neutralidade.
Quadro 4-46: Elementos de suporte à fundamentação de taxas devidas por publicidade sonora
Taxa adoptada
Custos da Contrapartida Coef. de Coef. de Coef. de Taxa Taxa (renovações
Descrição Directos Indirectos Totais Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Adoptada 60%)
1. Taxa pela apreciação do processo com vista a
13,40 32,61 46,01 1,00 1,00 1,00 46,01 46,00
obtenção de licença
2. Com aparelhos de rádio ou de televisão,
altifalantes ou outros aparelhos sonoros,
emitindo, com fins publicitários, na ou para a via
pública
a. Por semana - - 3,87 1,00 1,00 1,25 4,84 4,80 2,88
b. Por mês - - 12,40 1,00 1,00 1,25 15,50 15,50 9,30
c. Por ano 3,35 29,72 33,07 3,00 1,00 1,50 148,80 148,80 88,80
52
A taxa pela apreciação do processo com vista a obtenção de licença atende exclusivamente ao custo da contrapartida. Por seu turno, a
emissão de licença para publicidade em aviões, balões de ar quente, zeppelin, parapentes e outros, atende ao custo da contrapartida,
corrigido por um coeficiente de 2,5, e ao número de dias da situação-tipo (4 dias). Assim, para o prazo-tipo, o particular paga uma taxa
equivalente ao custo da contrapartida, corrigido pelo referido coeficiente de benefício (20,60 € * 4 33,07 € * 2,5). Deste modo, as
taxas em apreço garantem o cumprimento pelo princípio da proporcionalidade.
Quadro 4-48: Elementos de suporte à fundamentação de taxas devidas por publicidade em veículos
Taxa
Custos da Contrapartida Adoptada
Coef. de Coef. de Coef. de Taxa Taxa (renovações
Descrição Directos Indirectos Totais Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Adoptada 60%)
1. Taxa pela apreciação do processo com
7,23 32,61 39,84 1,00 1,00 1,00 39,84 39,80
vista a obtenção de licença
2. Veículos de particulares ou de empresas,
por metro quadrado e viatura
a. Por mês ou fracção - - 1,64 1,00 1,00 1,25 2,05 2,00 1,20
b. Por ano 1,81 29,71 31,52 2,50 1,00 1,00 19,70 19,70 11,82
3. Veículos utilizados exclusivamente para o
exercício da actividade de publicidade - por
metro quadrado e viatura
a. Por mês ou fracção - - 2,14 1,00 1,00 1,25 2,68 2,65 1,60
b. Por ano 3,61 30,69 34,30 3,00 1,00 1,00 25,72 25,70 15,42
53
Cont.
Taxa Adoptada
Custos da Contrapartida Coef. de Coef. de Coef. de Taxa Taxa (renovações
Descrição Directos Indirectos Totais Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Adoptada 60%)
4. Publicidade em transportes públicos – por
metro quadrado e viatura
a. Por mês ou fracção - - 1,97 1,00 1,00 1,25 2,46 2,45 1,47
b. Por ano 1,81 29,71 31,52 3,00 1,00 1,00 23,64 23,60 14,16
5. Outra publicidade em veículos – por metro
quadrado e viatura
a. Por mês ou fracção - - 3,28 1,00 1,00 1,25 4,10 4,00 2,40
b. Por ano 1,81 29,71 31,52 2,50 1,00 1,00 39,40 39,40 23,40
A taxa pela apreciação do processo com vista a obtenção de licença atende exclusivamente ao custo da contrapartida.
Nesta tipologia de taxas, as emissões de licença anual reflectem o custo da contrapartida, corrigido por um coeficiente de benefício, para
a situação-tipo. O coeficiente de benefício atende à natureza da publicidade que é feita em veículos. Assim, a publicidade em veículos
utilizados exclusivamente para o efeito é mais taxada que os restantes itens (com coeficiente de benefício de 3 para a publicidade em
transportes públicos e de 2,5 na restante publicidade em veículos).
Por sua vez, a emissão de licença por mês ou fracção procura ser proporcional à taxa anual, corrigida por um coeficiente de 1,25 visando
desincentivar as ineficiências processuais decorrentes dos licenciamentos por períodos mais curtos de tempo e o respectivo
estrangulamento dos serviços. Também aqui, o coeficiente de benefício é neutral, pois assumimos que o benefício é decorrente da
tipologia de licenciamento em causa e não da sua duração.
Assim, considerando-se as áreas-tipo de 4 metros quadrados para todos os casos com excepção do item respeitante a outra publicidade
em veículos, caso em que a situação-tipo é de 2 metros quadrados, verifica-se que o valor a cobrar ao ano corresponde aproximadamente,
nestas situações-tipo, ao custo da contrapartida, ajustado pelo respectivo coeficiente de benefício. Por seu lado, as respectivas taxas por
mês ou fracção, atendem proporcionalmente ao custo corrigido da contrapartida decorrente do benefício, ainda que corrigido
adicionalmente de um ligeiro desincentivo, desencorajador de redundâncias processuais.
Conclui-se, portanto, que o valor das taxas em apreço garante o cumprimento pelo princípio da proporcionalidade.
54
4.9.4. Taxas devidas pela publicidade em mobiliário urbano
Nesta tipologia de taxas, é considerada uma componente fixa, correspondente a uma taxa de apreciação, e uma componente variável,
correspondente à emissão de licença, por metro quadrado.
Quadro 4-49: Elementos de suporte à fundamentação de taxas devidas por publicidade em mobiliário urbano
Taxa Adoptada
Custos da Contrapartida Coef. de Coef. de Coef. de Taxa Taxa (renovações
Descrição Directos Indirectos Totais Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Adoptada 60%)
1. Taxa pela apreciação do processo com
13,40 32,61 46,01 1,00 1,00 1,00 46,01 46,00 27,60
vista a obtenção de licença
2. Muppies, abrigos de transportes públicos e
outros equipamentos semelhantes que sejam
utilizados como suportes publicitários – por
metro quadrado;
a. Por mês ou fracção; - - 4,13 1,00 1,00 1,25 5,17 5,15 3,09
b. Por ano. 3,35 29,72 33,07 6,00 1,00 1,00 40,60 40,60 29,76
A taxa pela apreciação do processo com vista à obtenção de licença atende exclusivamente ao custo da contrapartida.
A taxa devida pela emissão anual de licença observa também o custo da contrapartida, corrigido por um coeficiente de benefício de 6,
atendendo ainda, em simultâneo, à situação tipo.
Paralelamente, a emissão de licença por mês ou fracção segue uma lógica de proporcionalidade face à taxa anual, corrigida por um
coeficiente de 1,25, intentando desencorajar as redundâncias processuais associadas a licenciamentos por períodos mais curtos de
tempo. Também aqui, o coeficiente de benefício é neutral, pois assumimos que o benefício é decorrente da tipologia de licenciamento em
causa e não da sua duração.
Deste modo, tendo em conta as áreas-tipo de 4 metros quadrados para cada um dos itens, constata-se que, para as situações-tipo, a taxa
a cobrar coincide com o custo da contrapartida, corrigido pelos referidos coeficientes de benefício. Em simultâneo, as respectivas taxas
por mês ou fracção, atendem proporcionalmente ao custo corrigido da contrapartida, prevendo adicionalmente um ligeiro desincentivo
(1,25), desestimulando as redundâncias processuais.
Conclui-se, portanto, que, também nesta categoria, as taxas respeitam o princípio da proporcionalidade.
55
4.9.5. Taxas devidas pela publicidade em edifícios, andaimes e outras construções
Também neste caso é considerada uma componente fixa, correspondente a uma taxa de apreciação, e uma componente variável,
correspondente à emissão de licença, que atende ao tipo de publicidade e à sua dimensão. Assim, são aqui considerados os casos de
publicidade em anúncios luminosos ou iluminados, em anúncios electrónicos, em placas e tabuletas, em lonas, telas e faixas, em toldos
ou similares, em portas e montras, outra publicidade não mensurável em área e outra publicidade em edifícios, andaimes e outras
construções.
Quadro 4-50: Elementos de suporte à fundamentação de taxas devidas por publicidade em edifícios, andaimes e outras construções
Taxa Adoptada
Custos da Contrapartida Coef. de Coef. de Coef. de Taxa Taxa (renovações
Descrição Directos Indirectos Totais Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Adoptada 60%)
1. Taxa pela apreciação do processo com
13,40 32,61 46,01 1,00 1,00 1,00 46,01 46,00
vista a obtenção de licença
2. Anúncios luminosos ou iluninados– por
metro quadrado
a. Por mês ou fracção - - 3,44 1,00 1,00 1,25 4,31 4,30 2,58
b. Por ano 3,35 29,72 33,07 2,50 1,00 1,00 41,33 41,30 24,78
3. Anúncios electrónicos e outros
semelhantes – por metro quadrado
a. Por mês ou fracção - - 4,59 1,00 1,00 1,25 5,74 5,70 3,42
b. Por ano 3,35 29,72 33,07 2,50 1,00 1,00 55,11 55,00 33,00
4. Placas, tabuletas ou semelhantes – por
metro quadrado
a. Por mês ou fracção - - 6,89 1,00 1,00 1,25 8,61 8,60 5,16
b. Por ano 3,35 29,72 33,07 2,50 1,00 1,00 82,66 82,60 49,56
56
Cont.
Taxa Adoptada
Custos da Contrapartida Coef. de Coef. de Coef. de Taxa Taxa (renovações
Descrição Directos Indirectos Totais Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Adoptada 60%)
5. Lonas, telas, faixas e outros similares – por
metro quadrado
a. Por mês ou fracção - - 2,07 1,00 1,00 1,25 2,58 2,50 1,50
b. Por ano 3,35 29,72 33,07 2,50 1,00 1,00 27,55 27,50 16,50
6. Publicidade em toldos ou similares – por
metro quadrado
a. Por mês ou fracção - - 3,44 1,00 1,00 1,25 4,31 4,30 2,58
b. Por ano 3,35 29,72 33,07 2,50 1,00 1,00 41,33 41,30 24,78
7. Publicidade em portas e montras, (vinil,
cortinas, cartazes e outros similares) – por
metro quadrado
a. Por mês ou fracção - - 2,30 1,00 1,00 1,25 2,87 2,80 1,68
b. Por ano 3,35 29,72 33,07 2,50 1,00 1,00 27,55 27,50 16,50
8. Outra publicidade não mensurável em área
– por metro linear
a. Por mês ou fracção - - 0,69 1,00 1,00 1,25 0,86 0,85 0,51
b. Por ano 3,35 29,72 33,07 2,50 1,00 1,00 8,27 8,30 4,98
9. Outra publicidade em edifícios, andaimes e
outras construções, por metro quadrado
a. Por mês ou fracção - - 1,72 1,00 1,00 1,25 2,15 2,15 1,29
b. Por ano 3,35 29,72 33,07 2,50 1,00 1,00 20,67 20,60 12,36
A taxa pela apreciação do processo com vista a obtenção de licença reflecte integralmente o custo da contrapartida.
Por seu turno, as taxas por emissão de licença anual atendem ao custo da contrapartida, corrigido por um coeficiente de benefício (2,5), e
à situação tipo.
Deste modo, atendendo às situações-tipo (de 1 metro quadrado para placas e tabuletas, de 1,5 metros quadrados para anúncios
electrónicos, de 2 metros quadrados para anúncios luminosos ou iluminados e para toldos ou similares, de 3 metros quadrados para
publicidade em portas e montras e para outra publicidade em edifícios, andaimes e outras construções, por mês, de 4 metros quadrados
para lonas e outra publicidade em edifícios, andaimes e outras construções, por ano e, finalmente, 10 metros lineares para outra
publicidade não mensurável), constata-se que, para estes casos, a taxa anual a cobrar coincide, grosso modo, com o custo da
contrapartida, corrigido pelos referidos coeficientes de benefício. Uma vez mais, as respectivas taxas por mês ou fracção, atendem
57
proporcionalmente ao custo corrigido da contrapartida, incorporando um ténue desincentivo, procurando penalizar assim as ineficiências
processuais resultantes de licenciamentos por períodos curtos de tempo.
A taxa pela apreciação do processo com vista a obtenção de licença reflecte o custo da contrapartida, corrigido por um coeficiente de
desincentivo de 1,5, acomodando este último a vontade de penalizar o facto deste tipo de publicidade poder gerar externalidades
negativas.
Quadro 4-51: Elementos de suporte à fundamentação de taxas devidas por campanhas publicitárias de rua
Taxa Adoptada
Custos da Contrapartida Coef. de (renovações
Coef. de Coef. de Desincentivo Taxa Taxa 60%)
Descrição Directos Indirectos Totais Benefício Incentivo Teórica Adoptada
1. Taxa pela apreciação do processo com
3,61 30,69 34,30 1,00 1,00 1,50 51,44 51,40
vista a obtenção de licença
2. Distribuição de panfletos publicitários – por
1,81 29,71 31,52 2,50 1,00 1,50 39,40 39,40 23,64
milhar/dia
3. Distribuição de produtos – por dia 1,81 29,71 31,52 2,50 1,00 1,50 59,11 59,10 35,46
4. Provas de degustação – por dia 1,81 29,71 31,52 2,50 1,00 1,50 59,11 59,10 35,46
5. Outras acções promocionais de rua de
1,81 29,71 31,52 2,50 1,00 1,50 59,11 59,10 35,46
natureza publicitária – por dia
A emissão de licença para os vários tipos de publicidade aqui atendidos reflecte o custo da contrapartida, corrigido por coeficientes de
desincentivo iguais aos da taxa de apreciação e por coeficientes de benefício de 2,5, acomodando, ainda, a respectiva situação-tipo.
Assim, tendo em conta que as situações-tipo em termos de duração são de 2 dias para a distribuição de panfletos e/ou provas ou acções
promocionais, a taxa a cobrar coincide, grosso modo, com o custo da contrapartida, corrigido pelos referidos coeficientes de benefício e
desincentivo.
58
Pelas razões apontadas, o conjunto destes itens dá cumprimento ao princípio da proporcionalidade.
59
Quadro 4-52: Elementos de suporte à fundamentação de taxas devidas por publicidade diversa
Taxa Adoptada
Custos da Contrapartida Coef. de Coef. de Coef. de Taxa Taxa (renovações
Descrição Directos Indirectos Totais Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Adoptada 60%)
1. Taxa pela apreciação do processo com vista
13,40 32,61 46,01 1,00 1,00 1,00 46,01 46,00
a obtenção de licença
2. Painéis e outdoors – por metro quadrado:
a. Por mês ou fracção; - - 4,13 1,00 1,00 1,25 5,15 5,15 3,09
b. Por ano. 3,35 29,72 33,07 6,00 1,00 3,00 49,60 49,60 29,76
3. Painéis rotativos e anúncios electrónicos –
por metro quadrado:
a. Por mês ou fracção; - - 4,96 1,00 1,00 1,25 6,20 6,20 3,72
b. Por ano. 3,35 29,72 33,07 6,00 1,00 3,00 59,52 59,50 35,70
4. Pendões, bandeiras e bandeirolas e outros
similares – por cada
a. Por mês ou fracção; - - 1,65 1,00 1,00 1,25 2,07 2,00 1,20
b. Por ano. 3,35 29,72 33,07 6,00 1,00 1,00 19,84 19,80 11,88
5. Colunas, pórticos, totens e outros similares –
por metro quadrado:
a. Luminosos ou iluminados
1. Por mês ou fracção; - - 2,76 1,00 1,00 1,25 3,44 3,40 2,04
2. Por ano. 3,35 29,72 33,07 4,00 1,00 1,00 33,07 33,00 19,80
b. Sem qualquer tipo de iluminação
1. Por mês ou fracção; - - 1,72 1,00 1,00 1,25 2,15 2,15 1,29
2. Por ano. 3,35 29,72 33,07 2,50 1,00 1,00 20,67 20,60 12,36
60
Cont.
Taxa Adoptada
Custos da Contrapartida Coef. de Coef. de Coef. de Taxa Taxa (renovações
Descrição Directos Indirectos Totais Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Adoptada 60%)
6. Cartazes a afixar nas vedações, tapumes,
muros paredes ou outros locais confinantes 3,35 29,72 33,07 2,50 1,00 1,50 12,40 12,40 7,44
com a via pública – por cartaz e por mês:
7. Publicidade em guarda-sóis e guarda-ventos
3,35 29,72 33,07 2,50 1,00 1,00 20,67 20,60 12,36
– por unidade e por mês ou fracção;
8. Outros meios de publicidade não incluídos
nos números anteriores – por metro quadrado:
a. Por mês ou fracção; - - 1,72 1,00 1,00 1,25 2,15 2,15 1,29
b. Por ano. 3,35 29,72 33,07 2,50 1,00 1,00 20,67 20,60 12,36
A taxa pela apreciação do processo com vista a obtenção de licença reflecte exclusivamente o custo da contrapartida.
Por seu turno, a emissão de licença para a taxa base nos vários tipos de publicidade aqui atendidos reflecte o custo da contrapartida,
corrigido por coeficientes de benefício diferenciados, e à situação-tipo (excepto no caso de pendões, bandeiras e bandeirolas e outros
similares).
Os coeficientes de benefício atribuídos são mais elevados quando em causa está o licenciamento de entidades no exercício exclusivo de
actividade publicitária, atribuindo-se coeficientes menores nas restantes situações.
De referir, ainda, que na emissão de licença para cartazes a afixar nas vedações, tapumes, muros paredes ou outros locais confinantes
com a via pública, se atribuiu um coeficiente de desincentivo de 1,5, e que na emissão de licença para painéis e outdoors e para painéis
rotativos e anúncios electrónicos se atribuiu um coeficiente de desincentivo de 3, de modo a acomodar as externalidades negativas que
decorrem destes tipos de publicidade.
Assim, para as situações-tipo de 12 metros quadrados nos painéis e outdoors, 10 metros quadrados nos painéis rotativos e anúncios
electrónicos, nos pendões, bandeiras e bandeirolas e nos cartazes e metros quadrados nos restantes casos, verifica-se que a taxa a
cobrar corresponde aproximadamente, ao custo da contrapartida, corrigido pelos referidos coeficientes de benefício e pelo coeficiente de
desincentivo.
Sempre que a taxa pelo licenciamento apresenta periodicidades distintas (ano vs. mês ou fracção), tomamos como referência a taxa
anual, sendo que a taxa pelo licenciamento mensal (ou fracção) é um duodécimo desta, onerada através de um coeficiente de 1,25,
61
vertendo um desencorajamento latente por parte do executivo face aos licenciamentos por horizontes temporais inexpressivos,
causadores de redundâncias e ineficiências na instrução dos referidos licenciamentos.
4.9.8. Taxas devidas por alterações ao suporte publicitário e averbamento da substituição do titular
Neste caso, são contempladas as taxas por alteração ao suporte publicitário e por averbamento da substituição do titular do
licenciamento de publicidade.
Quadro 4-53: Elementos de suporte à fundamentação de taxas devidas a alterações ao suporte publicitário e averbamento da substituição do
titular
Custos da Contrapartida Coef. de Coef. de Coef. de Taxa Taxa
Descrição Directos Indirectos Totais Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Adoptada
1. Alteração ao suporte publicitário - por cada 6,70 30,68 37,38 1,00 1,00 1,00 37,38 37,00
2. Averbamento da substituição do titular do licenciamento de
3,61 30,69 34,30 1,00 1,00 1,00 34,30 34,30
publicidade – por cada
Em ambos os itens, o valor a cobrar acompanha o custo da contrapartida, não havendo lugar a qualquer correcção, seja pela via do
benefício ou do incentivo/desincentivo. O tratamento neutral que, do ponto de vista do benefício, é dado ao averbamento segue a lógica
dos restantes averbamentos contemplados no presente Relatório.
Pelos motivos expostos, conclui-se que esta tipologia de taxas respeita o princípio da proporcionalidade.
62
Quanto às taxas relativas à ocupação de espaços nos Mercados e Feiras Municipais (sejam eles lojas, bancas, mesas, barracas ou lugares
em edificado ou de terrado), a computação deste tipo de taxas tomou como valor de referência o “custo geral de ocupação por m2”. Neste
sentido, procedeu-se à determinação das seguintes parcelas:
Custos correntes directos por mercado (Encargos Gerais de Funcionamento – Água, Electricidade, Segurança, Comunicações,
Limpeza, Manutenção, Funcionários afectos);
Custos correntes indirectos (Imputação de valores relativos a Serviços Complementares da Autarquia, incluindo a Vereação e o
Director de Serviço);
Investimentos (Amortização dos Investimentos realizados ou Yield aplicável à rentabilização dos terrenos).
Quadro 4-54: Áreas, custo de construção e valor de amortização anual dos mercados da Maia
Mercado Área Global (m 2) Área Construída (m 2) Custo de Construção (€) Amortização Anual (€)
Mercado Coronel Moreira 5.300 1.060 587.134 23.485
Uma vez que todos os mercados da Maia existem há já vários anos e não foi possível computar o custo efectivo de construção dos
mesmos, utilizou-se como “proxy” para o seu valor a cifra imputável ao custo de construção por m2 que resulta da Portaria nº 1374/2007,
de 22 de Outubro para as localidades da Zona I (em que se inclui o Concelho da Maia), que ascende aos 553,90 € por m2. De notar ainda
que, em relação a qualquer dos mercados, foi considerada uma percentagem de 20% de zona edificada no conjunto das áreas brutas de
implantação dos mesmos e um prazo de vida útil de 25 anos para cada um dos equipamentos, assim dando origem aos valores
reproduzidos no Quadro 4-54.
Quadro 4-55: Áreas, valorização do terreno não edificado e “rendimento” anual dos mercados da Maia
63
Por sua vez, a valorização das áreas não edificadas teve por base o valor de mercado estimativo dos terrenos no concelho da Maia
(100€/m2), pressupondo-se que os mesmos devem gerar para o município uma yield de 2% ao ano, correspondente a uma recuperação
do seu valor em 50 anos (Quadro 4-55).
Quadro 4-56: Custos de manutenção, encargos gerais de funcionamento e demais encargos de operação e gestão
Com base no levantamento dos custos suportados no decurso do ano de 2007, foi também possível apurar as restantes componentes
associadas aos custos directos e indirectos de funcionamento, bem como os custos de manutenção de cada um dos mercados (Quadro
4-56).
Partindo destes elementos, apuraram-se os “custos gerais de ocupação por m2” de base para cada um dos mercados da Maia, quer em
relação a lugares edificados, quer a lugares não edificados (terrado). A definição dos valores para o Mercado da Maia e a Feira de
Velharias e Antiguidades – que ocupa o mesmo espaço uma vez por mês – foi realizada mediante uma repartição de 80%/20% dos
valores globais apurados para o Mercado da Maia. Os respectivos custos encontram-se sistematizados no Quadro 4-57.
Uma vez apurado o custo geral de ocupação por m2, o cálculo da taxa teórica respectiva teve como base a área específica de implantação
dos espaços, a periodicidade de usufruto implícita (anual, mensal, diária) e os coeficientes que procuram reflectir o benefício resultante
para o particular (em função da tipologia da área, do período de abertura, da localização do espaço, do estado de conservação do espaço,
etc.). Pontualmente, as especificidades do espaço cedido, o interesse social do desenvolvimento de certa actividade e a orientação
64
genérica de apoio municipal às actividades económicas que se socorrem destes mercados como canal de distribuição dos seus produtos
levou também à utilização de coeficientes de incentivo.
No caso do Mercado Coronel Moreira, os coeficientes de benefício encontram-se compreendidos entre 1,25 e 2,0, sendo que a média
está abaixo de 1,5. Assumiu-se, portanto, níveis de benefício modestos, sobretudo se se tiver em conta que estamos perante actividades
económicas. No respeitante ao incentivo, consideraram-se níveis em torno dos 25% a 35% para lugares edificados e níveis em torno dos
75% para lugares no terrado (Quadro 4-58).
Quadro 4-58: Elementos de suporte à fundamentação de taxas devidas pela cedência de espaços no Mercado Coronel Moreira
65
Cont.
b. Anexo ao sector B – lugares 22 a 31; 6 6,75 1,25 0,25 1,00 2,11 2,10
e. Anexo ao sector F – lugares 11 a 21; 8 9,01 1,25 0,20 1,00 2,25 2,20
f. Anexo ao sector G:
No Mercado de Pedrouços, os coeficientes de benefício encontram-se também compreendidos entre 1,25 e 2,0, fixando-se a média em
torno de 1,5. No respeitante ao incentivo, consideraram-se níveis em torno dos 45% para lugares edificados e de 35% para lugares no
terrado (Quadro 4-59).
Quadro 4-59: Elementos de suporte à fundamentação de taxas devidas pela cedência de espaços no Mercado de Pedrouços
1. Lojas - de A a L - por mês e cada 20 75,87 1,25 0,55 1,00 52,16 52,10
2. Lojas - de M a Q - por mês e cada 9 34,14 1,50 0,55 1,00 28,17 28,20
4. Barracas - 1 a 20 - por mês e cada: 4,3 16,31 1,50 0,55 1,00 13,46 13,40
5. Barracas novas - de 1 a 18 - por mês e cada 8 30,35 2,00 0,55 1,00 33,38 33,30
6.Lugares de terrado - por metro quadrado e por dia -
1 0,49 1,25 0,65 1,00 0,40 0,40
cada:
66
Quadro 4-60: Elementos de suporte à fundamentação de taxas devidas pela cedência de espaços no Mercado da Maia
2. Barracas 1 e 15 – por mês e cada 7,5 17,56 2,00 0,55 1,00 19,31 19,30
3. Barracas 2 a 14 e 16 - por mês e cada 10,5 24,58 1,50 0,55 1,00 20,28 20,30
No Mercado da Maia, os coeficientes de benefício encontram-se igualmente compreendidos entre 1,25 e 2,0, fixando-se a média em torno
de 1,5. No respeitante ao incentivo, consideraram-se níveis de 45% para lugares edificados e de 70% para lugares no terrado com toldo (
67
Quadro 4-60).
Quadro 4-61: Elementos de suporte à fundamentação de taxas devidas pela cedência de espaços na Feira de Velharias e Antiguidades
a. Tipo I (6,00 x 5,20 = 31,00 m2) 31 29,21 1,50 0,25 1,00 10,95 11,00
b. Tipo II (6,00 x 3,50 = 21,00 m2) 21 19,78 1,50 0,25 1,00 7,42 7,40
c. Tipo III (3,60 x 3,50 = 12,60 m2) 12,6 11,87 1,50 0,25 1,00 4,45 4,40
Relativamente à Feira de Velharias e Antiguidades, os coeficientes de benefício foram fixados transversalmente em 1,5. No respeitante ao
incentivo, consideraram-se níveis transversais de75% (Quadro 4-61).
68
Quadro 4-62: Elementos de suporte à fundamentação de taxas devidas pelo licenciamento da actividade de venda ambulante
Custos da Contrapartida
Coef. de Coef. de Coef. de Taxa Taxa
Descrição Directos Indirectos Totais Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Adoptada
1. Para venda ambulante, incluindo o custo do cartão
Sem viatura auto 4,53 26,30 30,83 1,25 0,50 1,00 19,27 19,30
Com viatura auto 9,07 27,82 36,89 2,00 0,50 1,00 36,89 36,90
2. Revalidação ou segunda via do cartão de vendedor
ambulante
Sem viatura auto 2,27 25,53 27,80 1,25 0,50 1,00 17,37 17,40
Com viatura auto 4,53 26,30 30,83 2,00 0,50 1,00 30,83 30,80
Finalmente, quanto à emissão de licenças para a actividade de venda ambulante, estão previstas taxas para a primeira apreciação do
processo (incluindo o custo do cartão) e para a renovação da licença ou emissão da segunda via do cartão. Este processo é tratado
administrativamente na Divisão de Licenciamentos das Actividades Económicas da CM da Maia. Os valores a cobrar reflectem o custo da
contrapartida, corrigido por coeficientes de benefício e de incentivo (
69
Quadro 4-62).
A consideração de coeficientes de benefício pretende acomodar a participação do município no benefício potencial da actividade em
causa. A consideração de coeficientes de incentivo pretende acomodar a vontade do município de promover a manutenção deste tipo de
actividades no concelho. Pelas razões expostas, o valor das taxas integrantes na tipologia supracitada cumprem o princípio da
proporcionalidade.
Quadro 4-63: Elementos de suporte à fundamentação de taxas devidas pela inscrição/renovação nas actividades desportivas
Custos da Contrapartida
Coef. de Coef. de Coef. de Taxa Taxa
Descrição Directos Indirectos Totais Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Adoptada
1. Inscrição – por ano (Ginástica, Ténis e Piscinas) 9,30 3,00 12,30 1,00 1,00 1,00 12,30 12,30
2. Renovação – por ano (Ginástica, Ténis e Piscinas) 9,30 3,00 12,30 1,00 1,00 1,00 12,30 12,30
Relativamente às taxas de inscrição/renovação para a prática desportiva em geral, estas enquadram-se na prestação de serviços de
natureza administrativa, sendo directamente fundamentadas com base no custo de contrapartida assumido pelo município da Maia.
70
Estes processos são tratados administrativamente no Departamento de Fomento Desportivo da Câmara Municipal da Maia. Os valores a
cobrar das taxas integrantes da tipologia supracitada cumprem, portanto, o princípio da proporcionalidade.
Seguindo-se os princípios gerais aplicáveis aos equipamentos municipais de utilização colectiva, a fundamentação das demais taxas
aplicáveis às instalações desportivas e de recreio sob a responsabilidade da CM da Maia visou determinar o valor justo por unidade de
utilização de referência (normalmente um custo hora ou mês pela utilização do equipamento ou pela frequência das modalidades
disponibilizadas). Para o efeito, começou-se por determinar o valor-hora de referência para cada uma das 52 instalações desportivas
existentes ou a abrir brevemente sob a gestão da Câmara Municipal da Maia. Para cada uma destas instalações, foi efectuado o
levantamento dos custos de construção e equipamento, tendo-se definido um prazo de vida útil de 20 anos para a generalidade das
instalações desportivas, com excepção dos parques desportivos (12 anos), e de 10 anos para o equipamento instalado.
Procedeu-se, ainda, à aferição dos custos médios de manutenção anual e das despesas de funcionamento (água, luz, gás, segurança,
limpeza, comunicações e sistema informático de apoio à gestão – CEDIS). Finalmente, procedeu-se à alocação de custos dos recursos
humanos directa e indirectamente afectos à gestão e funcionamento das instalações desportivas, incluindo-se aqui a imputação dos
tempos despendidos com estas tarefas pelos Senhores Presidente da Câmara, Vereador do Pelouro, Director do Departamento e Chefe de
Divisão.
O valor assim determinado (“custo teórico anual de funcionamento dos equipamentos”) foi posteriormente dividido pelo número de horas
de funcionamento das várias instalações desportivas, o qual oscila em função das horas de abertura diárias (entre 3, para os campos de
relva natural, e 7, para as piscinas cobertas), uma vez que todas as instalações (com excepção das piscinas da Quinta da Gruta) estão
abertas, em média, 12 meses por ano e 30 dias por mês. De notar ainda que, uma vez que a tabela de taxas harmoniza os valores
praticados para certos tipos de instalações (como os campos de jogos, os pavilhões ou os polidesportivos) para os quais, à luz da
metodologia seguida, foram apurados custos teóricos ligeiramente diferenciados entre si, foi calculado um valor médio de referência entre
todas as instalações de cada uma dessas tipologias.
71
Campos de Relva Natural 105,65 100,29
Estádio da Maia 319,56 296,61
Complexo de Ténis (por Court) 19,87 18,54
Pavilhões 43,63 40,51
Polidesportivos 3,98 n.a.
Parques Desportivos 2,99 n.a.
Pista de Atletismo 52,63 47,72
De igual forma, atendendo a que algumas das ocupações têm lugar em período nocturno e o mesmo requer o recurso à iluminação, foram
apurados os custos inerentes da electricidade, de forma a distinguir o custo do equipamento em função do período de utilização. Os
dados apurados à luz destes pressupostos e dos cálculos que lhes estão subjacentes, que serviram como referência para a cedência de
instalações ou para a determinação do “custo teórico anual de funcionamento do equipamento” a imputar às diferentes actividades que
nelas têm lugar, são, para o conjunto das instalações com excepção dos complexos de ginástica e piscinas, os que constam do Quadro
4-64.
Descrição Tanque Principal, de 25m (€) Tanque de Iniciação, 12m (€) Chapinheiro (€)
Piscinas Cobertas 110,82 48,69 8,39
Piscinas Descobertas (Quinta da Gruta) 72,17 30,07 6,01
Além disso, cumpre ressalvar que certas instalações se encontram subdivididas em vários espaços que funcionam autonomamente e que
são, por essa via, passíveis de ocupação independente, como a tabela de taxas acaba por ilustrar. É esse o caso dos oito courts de ténis
existentes no Complexo de Ténis Municipal, dos ginásios, salas e demais espaços do Complexo de Ginástica ou dos sub-equipamentos
das piscinas cobertas e da Quinta da Gruta (tanques principais, tanques de iniciação e chapinheiros).
Quadro 4-66: Custo de referência/hora dos sub-espaços do Complexo de Ginástica (Valores em Euros)
Sala de
Ginásio 1 Ginásio 2 Ginásios 3 e 4 Musculação Sala de Fitness Posto Médico Sala de Reuniões Sala de Apoio Loja
53,70 29,83 19,89 35,80 29,83 3,98 1,99 1,99 1,99
Por sua vez, o Complexo de Ginástica reparte-se por 4 ginásios, 1 Sala de Musculação, 1 Sala de Fitness, 1 Posto Médico, 1 Sala de
Reuniões, 1 Sala de Apoio e 1 Loja, para as quais foi também apurado o custo de referência específico (Quadro 4-66).
72
Através de avaliações dos valores de mercado respectivos, importou-se em 50.000 € o custo de instalação das paredes de escalada e da
sauna, o que, assumindo o prazo de vida útil de 10 anos que foi adoptado para os equipamentos e adicionando os demais custos de
funcionamento, operação e gestão leva à determinação de um valor horário de 31,26 € para a parede de escalada e de 32,23 € para a
sauna.
A outro nível, para o cálculo das taxas incidentes sobre a disponibilização de modalidades específicas – que carecem de
acompanhamento técnico –, mormente nos complexos de ginástica e ténis e nas piscinas, foi apurado o custo horário de cada monitor, a
duração mensal das actividades abrangidas pela taxa e a taxa de ocupação média de utentes em cada uma das modalidades.
Se a remuneração dos monitores varia com a especificidade da modalidade, a taxa de ocupação é função da modalidade considerada, do
público-alvo e do espaço em que a mesma se desenvolve (que deu origem à imputação do custo de infra-estrutura antes mencionado).
Nalguns casos, nomeadamente nas piscinas, verificam-se situações de utilização simultânea dos tanques por mais do que uma aula ou
por utilizadores livres em paralelo com o decurso das aulas. Nessas situações particulares, procedeu-se a uma repartição adicional do
custo da infra-estrutura por todos os seus potenciais utilizadores simultâneos de forma a obter-se o valor mais justo possível e a respeitar-
se o princípio da proporcionalidade entre os valores das taxas aplicáveis às diferentes situações-tipo.
Sempre que as taxas aplicáveis correspondessem a múltiplos de ocupação/utilização dos espaços ou frequência das aulas
disponibilizadas, foi feita a extrapolação simples dos valores apurados para a unidade base, no respeito estrito pelo princípio da
proporcionalidade (ex: o custo para a frequência de aulas de 2 horas por semana será exactamente o dobro da frequência de aulas de 1
hora por semana).
Quadro 4-67: Elementos de suporte à fundamentação das taxas pela frequência de actividades no Complexo Municipal de Ginástica
Apuramento dos
Custos da Contrapartida
Nº de Coef. De Coef. de Coef. de Taxa Taxa
Descrição Horas Custo Total Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Adoptada
1. Ginástica artística/Acrobática/rítmica/Trampolins - pagamento mensal:
a. Iniciação (2 horas/4 dias por semana); 32 63,70 1,00 1,00 1,00 63,70 63,70
73
b. Competição (3 horas/6 dias por semana); 72 143,32 1,00 1,00 1,00 143,32 140,00
2. Ginástica bebés (18 a 36 meses) - pagamento mensal:
a. 1 Hora/1 dia por semana; 4 18,08 1,00 0,90 1,00 16,27 16,30
b. 1h30m / 1 dia por semana; 6 27,12 1,00 1,00 1,00 27,12 27,10
c. 1h / 2 dias por semana. 8 36,16 1,00 1,00 1,00 36,16 36,20
3. Minis (3 a 5 anos) - pagamento mensal:
a. 1 Hora/1 dia por semana; 4 18,65 1,00 1,00 1,00 18,65 18,70
b. 1h30m / 1 dia por semana; 6 27,97 1,00 1,00 1,00 27,97 28,00
c. 1h / 2 dias por semana; 8 37,29 1,00 1,00 1,00 37,29 37,30
d. 1h30m / 2 dias por semana; 12 55,94 1,00 1,00 1,00 55,94 55,90
e. 1h / 3 dias por semana. 12 55,94 1,00 1,00 1,00 55,94 55,90
4. Play-Gym (6 a 16 anos) - pagamento mensal:
a. 1 Hora/1 dia por semana; 4 12,91 1,00 1,00 1,00 12,91 12,90
b. 1h30m / 1 dia por semana; 6 19,37 1,00 1,00 1,00 19,37 19,40
c. 1h / 2 dias por semana; 8 25,83 1,00 1,00 1,00 25,83 25,80
d. 1h30m / 2 dias por semana; 12 38,74 1,00 1,00 1,00 38,74 38,70
e. 1h / 3 dias por semana; 12 38,74 1,00 1,00 1,00 38,74 38,70
f. 1h / 4 dias por semana. 16 51,66 1,00 1,00 1,00 51,66 51,70
74
Cont.
Apuramento dos
Custos da Contrapartida
Nº de Coef. De Coef. de Coef. de Taxa Taxa
Descrição Horas Custo Total Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Adoptada
5. Ginástica para adultos (> 18 e ≤ 60 anos) - pagamento mensal:
a. 1 Hora/1 dia por semana; 4 11,75 1,00 1,00 1,00 11,75 11,80
b. 1h / 2 dias por semana; 8 23,50 1,00 1,00 1,00 23,50 23,50
c. 2h / 2 dias por semana; 16 47,01 1,00 1,00 1,00 47,01 47,00
d. 2h / 3 dias por semana. 24 70,51 1,00 1,00 1,00 70,51 70,50
6. Ginástica sénior (> 60 anos) - pagamento mensal:
a. 1 hora/1 dia por semana; 4 11,75 1,00 1,00 1,00 11,75 11,80
b. 1h / 2 dias por semana. 8 23,50 1,00 1,00 1,00 23,50 23,50
7. Prep. Ensino Superior - pagamento mensal:
a. 1 Hora/1 dia por semana; 4 21,23 1,00 1,00 1,00 21,23 21,20
b. 1h / 2 dias por semana; 8 42,46 1,00 1,00 1,00 42,46 42,50
c. 2h / 2 dias por semana; 16 84,93 1,00 1,00 1,00 84,93 84,90
d. 2h / 3 dias por semana. 24 127,39 1,00 1,00 1,00 127,39 127,00
8. Manutenção/Fitness – pagamento mensal:
a. aeróbica 30m / 2 dias por semana; 4 14,13 1,00 1,00 1,00 14,13 14,10
b. step 1h / 1 dia por semana; 4 14,13 1,00 1,00 1,00 14,13 14,10
c. funky 1h / 1 dia por semana; 4 14,13 1,00 1,00 1,00 14,13 14,10
d. funky 1h / 2 dias por semana; 8 28,27 1,00 1,00 1,00 28,27 28,30
e. Localizada 1h / 3 dias semana; 12 42,40 1,00 1,00 1,00 42,40 42,40
f. Outras 1h/ 4 dias por semana. 16 56,53 1,00 1,00 1,00 56,53 56,50
75
Cont.
Apuramento dos
Custos da Contrapartida
Nº de Coef. De Coef. de Coef. de Taxa Taxa
Descrição Horas Custo Total Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Adoptada
9. Dança do ventre – pagamento mensal:
a. 1 Hora/1 dia por semana; 4 14,94 1,00 1,00 1,00 14,94 14,90
b. 1h / 2 dias por semana; 8 29,89 1,00 1,00 1,00 29,89 29,90
c. 1 Hora/3 dias por semana; 12 44,83 1,00 1,00 1,00 44,83 44,80
d. 1h / 4 dias por semana. 16 59,77 1,00 1,00 1,00 59,77 59,80
10. Musculação e cardio-fitness – pagamento mensal:
a. 1 Hora/1 dia por semana 4 15,27 1,00 1,00 1,00 15,27 15,30
b. 1h / 2 dias por semana 8 30,53 1,00 1,00 1,00 30,53 30,50
c. 1 Hora/3 dias por semana 12 45,80 1,00 1,00 1,00 45,80 45,80
d. 1h / 4 dias por semana 16 61,06 1,00 1,00 1,00 61,06 61,00
11. Danças de salão – pagamento mensal:
a. 1h / 2 dias por semana 8 29,03 1,00 1,00 1,00 29,03 29,00
b. 1 Hora/3 dias por semana 12 43,54 1,00 1,00 1,00 43,54 43,50
c. 1h / 4 dias por semana 16 58,05 1,00 1,00 1,00 58,05 58,00
12. Artes marciais, Tai-Chi-Chuan, Ioga, Capoeira - pagamento mensal:
a. 1 Hora/1 dia por semana 4 9,97 1,00 1,00 1,00 9,97 10,00
b. 1h / 2 dias por semana 8 19,94 1,00 1,00 1,00 19,94 19,90
c. 1 Hora/3 dias por semana 12 29,90 1,00 1,00 1,00 29,90 29,90
d. 1h / 4 dias por semana 16 39,87 1,00 1,00 1,00 39,87 39,90
76
Cont.
Apuramento dos
Custos da Contrapartida
Nº de Coef. De Coef. de Coef. de Taxa Taxa
Descrição Horas Custo Total Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Adoptada
13. Saúde e Bem-estar – pagamento mensal:
a. 1 Hora/1 dia por semana 4 11,38 1,00 1,00 1,00 11,38 11,40
b. 1h30m / 1 dia por semana 6 17,07 1,00 1,00 1,00 17,07 17,10
c. 1 Hora/2 dias por semana 8 22,76 1,00 1,00 1,00 22,76 22,80
d. 1h / 3 dias por semana 12 34,14 1,00 1,00 1,00 34,14 34,10
14. Sauna - Pagamento único 1 4,03 1,00 1,00 1,00 4,03 4,00
15. Aula livre - Pagamento único
Contudo, a CM da Maia também disponibiliza o acesso livre, sem limite de visitas, a determinadas modalidades de ginástica (Musculação
e/ou Fitness) mediante a aquisição de “Cartões Ouro” e “Cartões Prata”. A diferença entre estas duas modalidades de cartões resulta dos
horários a que cada um dos utentes tem acesso, seja o totalmente livre (“Cartão Ouro”) ou o horário restrito entre as 8h e as 17h nos dias
da semana ou Sábado o dia todo (“Cartão Prata”). Uma vez que o objectivo do município da Maia é diluir os seus utentes pelos vários
horários de utilização disponíveis, diminuindo a sobrelotação das turmas/equipamentos nas horas de ponta, aplica-se um coeficiente de
incentivo de 0,8 ao custo apurado para o “Cartão Prata”. Ainda relativamente a este tipo de taxas, não sendo possível efectuar o custeio
de um número indeterminado de utilizações, socorremo-nos da situação-tipo dos utentes que dispõem de acesso livre, os quais, ainda
assim, utilizam estes equipamentos por norma quatro vezes/horas por semana
77
Quadro 4-68).
78
Quadro 4-68: Elementos de suporte à fundamentação das taxas dos Cartões de Acesso ao Complexo Municipal de Ginástica
Apuramento dos
Custos da Contrapartida
Nº de Coef. De Coef. de Coef. de Taxa Taxa
Descrição Horas Custo Total Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Adoptada
14. Cartões - Regime livre - pagamento mensal:
a. Cartão Ouro Musc. + Fitness 16 76,50 1,00 1,00 1,00 76,50 76,00
b. Cartão Ouro Musc. 16 73,28 1,00 1,00 1,00 73,28 73,00
c. Cartão Ouro Fitness 16 51,24 1,00 1,00 1,00 51,24 51,00
15. Cartões - das 8h às 17h + Sábado - pagamento mensal:
a. Cartão Prata Musc + Fitness 16 76,50 1,00 0,80 1,00 61,20 61,20
b. Cartão Prata Musc. 16 73,28 1,00 0,80 1,00 58,62 58,60
c. Cartão Prata Fitness 16 51,24 1,00 0,80 1,00 40,99 41,00
Ainda no âmbito do Complexo de Ginástica, a Câmara Municipal da Maia promove a realização de diversos tipos de eventos, desde
espectáculos, saraus e galas a campeonatos e torneios, para os quais suporta, além do custo de utilização infra-estrutura, o orçamento
global de cada uma das iniciativas.
Quadro 4-69: Elementos de suporte à fundamentação das taxas pela realização de eventos no Complexo Municipal de Ginástica
Apuramento dos
Custos da Contrapartida
Nº de Coef. De Coef. de Coef. de Taxa Taxa
Descrição Horas Custo Total Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Adoptada
18. Entradas - pagamento único
a. Espectáculos, saraus e galas n.a. - - - - - -
b. 8 h 8 - - - - - -
c. 10 h 10 - - - - - -
d. 20 h 20 - - - - - -
e. 30 h 30 - - - - - -
Por outro lado, a CM Maia também organiza Cursos, Workshops, Acções de Formação, Conferências, Colóquios e acções análogas, nas
quais suporta igualmente os honorários dos monitores/prelectores. Face à variabilidade dos encargos associados aos diferentes tipos de
79
iniciativas, as taxas em epígrafe resultam da deliberação do executivo, tendo por base a estrutura de custos associada a cada evento
específico.
Quadro 4-70: Elementos de suporte à fundamentação das taxas pela cedência de utilização de espaços e equipamentos no Complexo Municipal
de Ginástica
Apuramento dos
Custos da
Contrapartida
Nº de Custo Coef. De Coef. de Coef. de Taxa Taxa
Descrição Horas Total Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Adoptada
21. Cedência de utilização de Ginásio 1 - por hora 1 53,70 1,00 1,00 1,00 53,70 53,00
22. Cedência de utilização de Ginásio 2 - por hora 1 29,83 1,00 1,00 1,00 29,83 29,80
23. Cedência de utilização de Ginásio 3 - Sala 3A/ Sala 3B - por hora 1 19,89 1,00 1,00 1,00 19,89 19,90
24. Cedência de utilização de Sala Fitness - por hora 1 29,83 1,00 1,00 1,00 29,83 29,80
25. Cedência de utilização de Salas de Apoio - por hora 1 1,99 1,00 1,00 1,00 1,99 2,00
26. Cedência de utilização de Loja - por hora 1 1,99 1,00 1,00 1,00 1,99 2,00
27. Cedência de utilização de Sala de Musculação/Cardio-Fitness - por hora 1 35,80 1,00 1,00 1,00 35,80 35,00
28. Cedência de utilização de Gabinete médico - por hora 1 3,98 1,00 1,00 1,00 3,98 4,00
29. Encargos de luz inerentes à cedência
a. Nível 1/hora 1 0,59 1,00 1,00 1,00 0,59 0,60
b. Nível 2/hora 1 1,17 1,00 1,00 1,00 1,17 1,15
30. Cedência de utilização de Parede de Escalada
a. Utilização única/ hora 1 2,60 1,00 1,00 1,00 2,60 2,60
b. Utilização mensal
1. Por hora/semana 4 10,42 1,00 1,00 1,00 10,42 10,40
2. Livre 16 312,60 1,0 1,0 1,0 312,60 310,00
Finalmente, a tabela de taxas relativas ao Complexo de Ginástica contempla a possibilidade de cedência de utilização de todos os
espaços e equipamentos existentes neste Complexo, com base no seu “custo horário teórico de funcionamento”, já antes explicitado. De
igual forma, foi possível apurar o custo com os encargos de luz inerentes à cedência, sejam estes de nível 1 ou 2 de acordo com o volume
de iluminação (Quadro 4-70).
80
prática da modalidade. Mais uma vez, para o cálculo das taxas incidentes sobre as aulas ministradas foi apurado o custo horário de cada
monitor, a duração mensal das actividades abrangidas pela taxa e a taxa de ocupação média de utentes em cada uma das modalidades,
tendo também presente que o complexo se reparte por oito courts distintos.
Quadro 4-71: Elementos de suporte à fundamentação das taxas pela frequência de aulas no Complexo Municipal de Ténis
Apuramento dos
Custos da Contrapartida
Nº de Custo Coef. De Coef. de Coef. de Taxa Taxa
Descrição Horas Total Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Adoptada
1. Aulas Grupo – pagamento mensal:
a. Mini-ténis 1h/semana 4 13,20 1,00 1,00 1,00 13,20 13,20
b. Mini -ténis estabelecimento de ensino 1h/semana 4 13,20 1,00 1,00 1,00 13,20 13,20
c. Programa jovem 1.º experiência 1h/semana 4 13,20 1,00 1,00 1,00 13,20 13,20
d. Nível 1, 2, 3, 4 e 5
1. 2h/semana 8 32,99 1,00 1,00 1,00 32,99 33,00
2. 3h/semana 12 49,48 1,00 1,00 1,00 49,48 49,50
3. 4h/semana 16 65,98 1,00 1,00 1,00 65,98 66,00
4. 5h/semana 20 82,47 1,00 1,00 1,00 82,47 82,00
5. 6h/semana 24 98,97 1,00 1,00 1,00 98,97 99,00
81
Cont.
Apuramento dos
Custos da Contrapartida
Nº de Custo Coef. De Coef. de Coef. de Taxa Taxa
Descrição Horas Total Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Adoptada
6. 7h/semana 28 115,46 1,00 1,00 1,00 115,46 115,50
7. 8h/semana 32 131,96 1,00 1,00 1,00 131,96 132,00
8. 9h/semana 36 148,45 1,00 1,00 1,00 148,45 148,50
9. 10h/semana 40 164,95 1,00 1,00 1,00 164,95 165,00
10. 11h/semana 44 181,44 1,00 1,00 1,00 181,44 181,00
11. 12h/semana 48 197,94 1,00 1,00 1,00 197,94 198,00
12. 13h/semana 52 214,43 1,00 1,00 1,00 214,43 214,00
13. 14h/semana 56 230,93 1,00 1,00 1,00 230,93 230,00
14. 15h/semana 60 247,42 1,00 1,00 1,00 247,42 247,00
2. Aulas Individuais
a. Série de 10 Horas 10 329,90 1,00 1,00 1,00 329,90 330,00
b. Uma aula 1 32,99 1,00 1,00 1,00 32,99 33,00
3. Programa de Férias
a. Alunos de Escola de Ténis da Maia
1. Uma semana 3h/dia 15 247,42 1,00 1,00 1,00 247,42 247,00
2. Uma semana 5h/dia 25 412,37 1,00 1,00 1,00 412,37 412,00
b. Outros alunos:
1. Uma semana 3h/dia 15 247,42 1,00 1,00 1,00 247,42 247,00
Todas as taxas a cobrar pela frequência de aulas no Complexo Municipal de Ténis atendem, assim, ao custo da contrapartida. Fica,
portanto, garantido o cumprimento do princípio da proporcionalidade.
Para lá da disponibilização da frequência das aulas, a Câmara Municipal da Maia também procede à cedência dos espaços do complexo
para utilizações particulares. A avaliação do custo de referência para a cedência de courts ou equipamentos (Parede de Escalada) – o
“custo teórico anual de funcionamento dos equipamentos” –, que equivale também ao montante a imputar às diferentes actividades que
neles têm lugar, foram já apresentadas. Todavia, vale a pena discriminar os valores inerentes a cada tipologia de utilização possível,
constantes do Quadro 4-72. Neste quadro, evidencia-se também a possibilidade da cedência comportar diferentes níveis de iluminação,
82
com custos de electricidade especificados e diferenciados, ou de poder ser traduzida na aquisição de carteiras de entradas ou cartões
pré-pagos. Nestes casos, tal como também antes foi sugerido, estabeleceu-se uma lógica de total equivalência das verbas que assegura
inequivocamente a proporcionalidade dos valores praticados para as diferentes taxas.
Quadro 4-72: Elementos de suporte à fundamentação das taxas pela cedência de utilização de instalações e equipamentos no Complexo
Municipal de Ténis
Apuramento dos
Custos da Contrapartida
Nº de Custo Coef. De Coef. de Coef. de Taxa Taxa
Descrição Horas Total Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Adoptada
5. Cedência utilização de Court em terra batida
a. Singulares:
1. Sem Luz 1 18,54 1,00 0,40 1,00 7,41 7,40
2. Com luz – nível 1 1 19,20 1,00 0,60 1,00 11,52 11,50
3. Com luz – nível 2 1 19,87 1,00 0,70 1,00 13,91 13,90
b. Pares:
1. Sem Luz 1 19,20 1,00 0,40 1,00 7,68 7,70
2. Com luz – nível 1 1 19,87 1,00 0,60 1,00 11,92 11,90
3. Com luz – nível 2 1 20,47 1,00 0,70 1,00 14,33 14,30
c. Cartões pré-pagos:
1. Séries de 10 entradas sem luz 10 192,04 1,00 0,40 1,00 76,82 76,80
2. Séries de 10 entradas com luz - nível 1 10 198,73 1,00 0,60 1,00 119,24 119,00
3. Séries de 10 entradas com luz - nível 2 10 204,70 1,00 0,70 1,00 143,29 143,00
4. Séries de 20 entradas sem luz 20 384,08 1,00 0,40 1,00 153,63 153,60
5. Séries de 20 entradas com luz - nível 1 20 397,45 1,00 0,60 1,00 238,47 238,00
6. Séries de 20 entradas com luz - nível 2 20 409,40 1,00 0,70 1,00 286,58 286,00
83
Cont.
Apuramento dos
Custos da Contrapartida
Nº de Custo Coef. De Coef. de Coef. de Taxa Taxa
Descrição Horas Total Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Adoptada
6. Cedência de utilização de instalações para realização de torneios e
1 20,47 1,00 1,00 1,00 20,47 20,50
eventos organizados por 3.ºs por court/h
7. Cedência de utilização de Court em outros pisos:
a. Semana e Fim-de-semana:
1. Horário Diurno 1 12,03 1,00 0,40 1,00 4,81 4,80
2. Horário Nocturno – Nível 1 1 14,03 1,00 0,60 1,00 8,42 8,40
3. Horário Nocturno – Nível 2 1 16,03 1,00 0,70 1,00 11,22 11,20
b. Cartões Pré-pagos:
1. Horário Diurno – Série de 10 10 120,28 1,00 0,40 1,00 48,11 48,10
2. Horário Diurno – Série de 20 20 240,56 1,00 0,40 1,00 96,22 96,20
3. Horário Nocturno – Série de 10 - Nível 1 10 140,28 1,00 0,60 1,00 84,17 84,20
4. Horário Nocturno – Série de 10 - Nível 2 10 160,28 1,00 0,70 1,00 112,19 112,20
5. Horário Nocturno - Série de 20 - Nível 1 20 280,56 1,00 0,60 1,00 168,33 168,00
6. Horário Nocturno - Série de 20 - Nível 2 20 320,56 1,00 0,70 1,00 224,39 224,00
8. Cedência de utilização de Parede de Escalada Interior:
a. Utilização única/ hora 1 2,60 1,00 1,00 1,00 2,60 2,60
b. Utilização mensal
1. 1 Hora/semana 4 10,42 1,00 1,00 1,00 10,42 10,40
2. 2 Horas/ semana 8 20,84 1,00 1,00 1,00 20,84 20,80
3. Livre 16 312,60 1,00 1,00 1,00 312,60 312,00
As taxas pela cedência dos espaços do complexo para utilizações particulares atendem globalmente ao custo da contrapartida, sendo
depois corrigidas por factores diferenciados de incentivo que acomodam simultaneamente objectivos de política social do município e
estímulos a uma utilização mais eficiente dos espaços nos diferentes horários.
84
Quadro 4-73: Valor de inscrição em Torneios organizados por Entidades Terceiras
Ainda no Complexo Municipal de Ténis, a autarquia cede por vezes os courts para a realização de torneios, quer abertos aos alunos da
Escola de Ténis da Maia, quer a outros jovens ou atletas de outras idades. A contrapartida é, porém, determinada por essas Associações
e/ou Federações, sendo actualmente praticados os valores constantes do
85
Quadro 4-73.
Quadro 4-74: Elementos de suporte à fundamentação das taxas pela utilização das Piscinas Cobertas
Apuramento dos
Custos da Contrapartida
Nº de Custo Coef. De Coef. de Coef. de Taxa Taxa
Descrição Horas Total Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Adoptada
1. Natação/banho livre:
a. Jovens até 15 anos/ por hora n.a. 2,19 1,00 1,00 1,00 2,19 2,20
b. Adultos > 60 anos n.a. 2,62 1,00 1,00 1,00 2,62 2,60
c. Jovens ≥15 ou adultos ≤ 60 anos; n.a. 2,62 1,00 1,00 1,00 2,62 2,60
d. Séries de 10 entradas:
1. Jovens até 15 anos; n.a. 21,93 1,00 1,00 1,00 21,93 21,90
2. Adultos > 60 anos; n.a. 26,18 1,00 1,00 1,00 26,18 26,20
3. Jovens ≥15 ou adultos ≤ 60 anos. n.a. 26,18 1,00 1,00 1,00 26,18 26,20
86
Cont.
Apuramento dos
Custos da Contrapartida
Nº de Custo Coef. De Coef. de Coef. de Taxa Taxa
Descrição Horas Total Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Adoptada
e. Séries de 20 entradas:
1. Jovens até 15 anos; n.a. 43,87 1,00 1,00 1,00 43,87 43,90
2. Adultos > 60 anos; n.a. 52,36 1,00 1,00 1,00 52,36 52,40
3. Jovens ≥15 ou adultos ≤ 60 anos. n.a. 52,36 1,00 1,00 1,00 52,36 52,40
6. Cedência de utilização dos Tanques: Único
a. Semana e Fim de Semana/ por hora:
1. Tanque de 25m; 1 110,82 1,00 1,00 1,00 110,82 110,00
2. Tanque de 12m; 1 48,69 1,00 1,00 1,00 48,69 48,50
3. Chapinheiro. 1 8,39 1,00 1,00 1,00 8,39 8,40
No caso da cedência integral da utilização das piscinas ou dos seus sub-espaços (Tanque de 25 m, Tanque de Iniciação ou Chapinheiro), o
apuramento do custo da contrapartida foi efectuado a partir do “custo horário teórico de funcionamento” já antes explicitado.
Nas cedências individuais, o apuramento do custo da contrapartida teve ainda em linha de conta a capacidade média destes
equipamentos, ao nível do número médio de utentes que o mesmo comporta/deve comportar em simultâneo.
A aquisição de séries de entradas ou a diferenciação entre o período de utilização (meio-dia/dia) respeitou estritamente o princípio da
proporcionalidade face aos valores horários apurados.
As taxas adoptadas pelo município da Maia atendem, assim, ao custo da contrapartida. Fica, portanto, garantido o cumprimento do
princípio da proporcionalidade.
87
Quadro 4-75: Elementos de suporte à fundamentação das taxas pela utilização das Piscinas Descobertas
Apuramento dos
Custos da Contrapartida
Nº de Custo Coef. De Coef. de Coef. de Taxa Taxa
Descrição Horas Total Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Adoptada
1. Natação banho livre
a. Cedência por 5 horas
1. Jovens até 15 anos; 5 3,61 1,00 1,00 1,00 3,61 3,60
2. Adultos> 60 anos; 5 3,61 1,00 1,00 1,00 3,61 3,60
3. Jovens ≥15 ou adultos ≤ 60 anos. 5 3,61 1,00 1,00 1,00 3,61 3,60
b. Cedência por dia
1. Jovens até 15 anos; 10 7,22 1,00 1,00 1,00 7,22 7,20
2. Adultos > 60 anos; 10 7,22 1,00 1,00 1,00 7,22 7,20
3. Jovens ≥15 ou adultos ≤ 60 anos. 10 7,22 1,00 1,00 1,00 7,22 7,20
2. Cedência de utilização dos Tanques:
a. Semana e Fim-de-semana/ por hora:
1. Tanque de 25m; 1 72,17 1,00 1,00 1,00 72,17 72,00
2. Tanque de 12m; 1 30,07 1,00 1,00 1,00 30,07 30,00
3. Chapinheiro. 1 6,01 1,00 1,00 1,00 6,01 6,00
Para lá deste tipo de cedências, a Câmara Municipal da Maia tem em funcionamento uma Escola de Natação que funciona nas piscinas
cobertas e que compreende aulas para diferentes públicos-alvo (em função nomeadamente do seu escalão etário) e, bem assim, as
modalidades de hidroginástica e hidrobike. Para o cálculo do custo da contrapartida associado à disponibilização destas modalidades
específicas foi apurado o custo horário de cada monitor, a duração mensal das actividades abrangidas pela taxa e a taxa de ocupação
média de utentes em cada uma das modalidades. Se a remuneração dos monitores varia com a especificidade da modalidade, a taxa de
ocupação é função da modalidade considerada, do público-alvo e do espaço em que a mesma se desenvolve (que deu origem à
imputação do custo de infra-estrutura antes mencionado).
Nestas piscinas é comum verificar-se situações de utilização simultânea dos tanques por mais do que uma aula ou por utilizadores livres
em paralelo com o decurso das aulas. Nessas situações particulares, procedeu-se a uma repartição adicional do custo da infra-estrutura
por todos os seus potenciais utilizadores simultâneos de forma a obter-se o valor mais justo possível e a respeitar-se o princípio da
proporcionalidade entre os valores das taxas aplicáveis às diferentes situações-tipo.
88
Nos casos em que as taxas aplicáveis correspondem a múltiplos de ocupação/utilização dos espaços ou frequência das aulas
disponibilizadas, foi feita a extrapolação simples dos custos apurados para a unidade base, no respeito estrito pelo princípio da
proporcionalidade, pese embora se aplique um coeficiente de incentivo às taxas aplicáveis a utilizações mais intensas das aulas como
forma de incentivar a fidelização dos utentes à prática desportiva e a esta modalidade em particular. Insere-se ainda neste grupo de taxas
a possibilidade de cativação de uma aula ou séries de aulas por turmas compostas exclusivamente por alunos de certos infantários ou
Escolas Públicas, casos esses em que a taxa a aplicar se reporta ao conjunto dos alunos e não ao valor aplicável a cada um
individualmente. Fica, assim, garantido o princípio da proporcionalidade.
Quadro 4-76: Elementos de suporte à fundamentação das taxas pela frequência de aulas de Natação, Hidroginástica ou Hidrobike
Apuramento dos
Custos da Contrapartida
Nº de Custo Coef. De Coef. de Coef. de Taxa Taxa
Descrição Horas Total Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Adoptada
2. Escolas de Natação:
a. Aulas 1 vez por semana:
1. Bebés 2-4 anos; 4 14,06 1,00 1,00 1,00 14,06 14,10
2. Crianças dos 5 aos 15 anos; 4 16,77 1,00 1,00 1,00 16,77 16,80
3. Adultos >60 anos; 4 17,78 1,00 1,00 1,00 17,78 17,80
4. Jovens ≥15 ou adultos ≤ 60 anos. 4 20,21 1,00 1,00 1,00 20,21 20,20
b. Aulas 2 vezes por semana:
1. Bebés 2-4 anos; 8 28,13 1,00 0,80 1,00 22,50 22,50
2. Crianças dos 5 aos 15 anos; 8 33,54 1,00 0,80 1,00 26,83 26,80
3. Adultos > 60 anos; 8 35,56 1,00 0,80 1,00 28,45 28,50
4. Jovens ≥15 ou adultos ≤ 60 anos. 8 40,43 1,00 0,80 1,00 32,34 32,30
89
Cont.
Apuramento dos
Custos da Contrapartida
Nº de Custo Coef. De Coef. de Coef. de Taxa Taxa
Descrição Horas Total Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Adoptada
c. Aulas 3 vezes por semana:
1. Bebés 2-4 anos; 12 42,19 1,00 0,80 1,00 33,75 33,80
2. Crianças dos 5 aos 15 anos; 12 50,31 1,00 0,80 1,00 40,25 40,30
3. Adultos > 60 anos; 12 53,34 1,00 0,80 1,00 42,67 42,70
4. Jovens ≥15 ou adultos ≤ 60 anos. 12 60,64 1,00 0,80 1,00 48,51 48,50
3. Hidroginástica:
a. Aulas 1 vez por semana:
1. Adultos > 60 anos; 4 17,63 1,00 1,00 1,00 17,63 17,60
2. Jovens >15 ou adultos ≤ 60 anos 4 17,63 1,00 1,00 1,00 17,63 17,60
b. Aulas 2 vezes por semana:
1. Adultos > 60 anos; 8 35,25 1,00 0,90 1,00 31,73 31,70
2. Jovens >15 ou adultos ≤ 60 anos 8 35,25 1,00 0,90 1,00 31,73 31,70
c. Aulas 3 vezes por semana:
1. Adultos > 60 anos; 12 52,88 1,00 0,90 1,00 47,59 47,60
2. Jovens >15 ou adultos ≤ 60 anos 12 52,88 1,00 0,90 1,00 47,59 47,60
4. Hidrobike:
a. Aulas 1 vez por semana; 4 36,87 1,00 1,00 1,00 36,87 36,90
b. Aulas 2 vezes por semana; 8 70,75 1,00 1,00 1,00 70,75 70,80
c. Aulas 3 vezes por semana. 12 106,13 1,00 1,00 1,00 106,13 106,10
5. Natação/ Infantários e Outros:
a. Infantários - pagamento mensal (Valor por turma)
1. Aulas 1 vez por semana; 4 234,77 1,00 1,00 1,00 234,77 234,00
2. Aulas 2 vezes por semana; 8 469,54 1,00 0,80 1,00 375,63 375,00
3. Aulas 3 vezes por semana. 12 704,31 1,00 0,80 1,00 563,45 560,00
b. Escolas Públicas - pagamento mensal (por turma)
1. Aulas 1 vez por semana; 4 234,77 1,00 1,00 1,00 234,77 234,00
2. Aulas 2 vezes por semana; 8 469,54 1,00 0,80 1,00 375,63 375,00
3. Aulas 3 vezes por semana. 12 704,31 1,00 0,80 1,00 563,45 560,00
90
dispersos pelo concelho e que são propriedade da CM da Maia. Entre o leque de campos de jogos municipais existentes no concelho da
Maia, destaca-se o Estádio Municipal Prof. Dr. José Vieira de Carvalho, uma vez que esta infra-estrutura teve um custo de construção
bastante superior aos demais equipamentos, estando necessariamente dotada de melhores condições de usufruto para os cidadãos,
razão pela qual se diferencia as taxas a aplicar a esta infra-estrutura desportiva face às demais.
Quadro 4-77: Elementos de suporte à fundamentação das taxas pela cedência de utilização dos Grandes Campos de Jogos
Apuramento dos
Custos da Contrapartida
Nº de Custo Coef. De Coef. de Coef. de Taxa Taxa
Descrição Horas Total Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Adoptada
1. Relvado Natural
Estádio Municipal Prof. Dr. José Vieira de Carvalho
a. Semana e Fim-de-semana
1. Horário Diurno
a. 1 Hora 1 296,61 1,00 1,00 1,70 504,24 500,00
b. 1 Hora e 30 minutos 1,5 444,92 1,00 1,00 1,70 756,36 750,00
2. Horário Nocturno
a. 1 Hora 1 319,56 1,00 1,00 1,90 607,16 605,00
b. 1 Hora e 30 minutos 1,5 479,34 1,00 1,00 1,90 910,74 900,00
Outros Estádios/ Campos
a. Semana e Fim-de-semana
1. Horário Diurno
a. 1 Hora 1 100,29 1,00 1,00 1,70 170,49 170,00
b. 1 Hora e 30 minutos 1,5 150,44 1,00 1,00 1,70 255,74 255,00
91
Cont.
Apuramento dos
Custos da Contrapartida
Nº de Custo Coef. De Coef. de Coef. de Taxa Taxa
Descrição Horas Total Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Adoptada
2. Horário Nocturno
a. 1 Hora 1 105,65 1,00 1,00 1,90 200,74 200,00
b. 1 Hora e 30 minutos 1,5 158,48 1,00 1,00 1,90 301,10 300,00
2. Relvado Sintético
a. Semana e Fim-de-semana
1. Horário Diurno
a. 1 Hora 1 32,32 1,00 1,00 1,70 54,94 55,00
b. 1 Hora e 30 minutos 1,5 48,48 1,00 1,00 1,70 82,41 82,00
2. Horário Nocturno
a. 1 Hora 1 35,15 1,00 1,00 1,90 66,79 66,00
b. 1 Hora e 30 minutos 1,5 52,73 1,00 1,00 1,90 100,19 100,00
3. Campo Pelado
a. Semana e Fim-de-semana
1. Horário Diurno
a. 1 Hora 1 13,75 1,00 1,00 1,70 23,37 23,40
b. 1 Hora e 30 minutos 1,5 20,62 1,00 1,00 1,70 35,06 35,10
2. Horário Nocturno
a. 1 Hora 1 15,21 1,00 1,00 1,90 28,90 28,90
b. 1 Hora e 30 minutos 1,5 22,81 1,00 1,00 1,90 43,34 43,30
Em todos os casos, a taxa a aplicar baseia-se no “custo horário teórico de funcionamento” já antes explicitado, ao qual acresce (quando
aplicável) o custo da iluminação para os horários nocturnos. De notar que, em relação à generalidade das taxas desta categoria foi
aplicado um coeficiente de desincentivo como forma de tentar restringir a utilização destes equipamentos por um número crescente de
utentes fora da Maia, em prejuízo dos munícipes e das colectividades locais, tanto maior quanto mais apetecível o horário da cedência
face aos níveis de procura histórica registados.
92
4.12.5. Outros Equipamentos Desportivos
A Câmara Municipal da Maia possui ainda um alargado leque de instalações desportivas que estão disponíveis para a utilização individual
(no caso da pista de atletismo) ou colectiva dos cidadãos (pista de atletismo, pavilhões desportivos e polidesportivos municipais), taxando
a sua utilização em linha com o “custo horário teórico de funcionamento” já antes explicitado.
Quadro 4-78: Elementos de suporte à fundamentação das taxas pela cedência da Pista de Atletismo
Apuramento dos
Custos da Contrapartida
Nº de Custo Coef. De Coef. de Coef. de Taxa Taxa
Descrição Horas Total Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Adoptada
1. Cedência de utilização de individual da pista:
a. Semana e Fim-de-semana/ por hora:
1. Horário Diurno; 1 0,99 1,00 1,00 1,00 0,99 1,00
2. Horário Nocturno. 1 1,10 1,00 1,00 1,00 1,10 1,10
2. Cedência de utilização da pista para eventos:
a. Semana e Fim-de-semana
1. Horário Diurno – 3 horas; 3 143,15 1,00 1,00 1,00 143,15 143,00
2. Horário Nocturno – 3 horas. 3 157,90 1,00 1,00 1,00 157,90 157,00
No caso da pista de atletismo, foi possível apurar o custo com os encargos de luz inerentes à cedência, que diferenciam o valor da taxa
entre o horário diurno e nocturno. Neste caso, a cedência colectiva reporta-se à utilização da pista para a organização de eventos.
Em relação aos pavilhões desportivos (Águas Santas I, II e III, Castelo, Crestins, Gueifães I e II, Maia, Moreira, Nogueira e S. Pedro Fins) e
aos polidesportivos (Azenha Nova, Cutamas, Gemunde, Granja, Lidador, Moutidos, Paço, Pedrouços, S. Maria Avioso, S. Pedro Avioso, S.
Pedro Fins, Sobreiro, Tulipas), foi aplicado um coeficiente de desincentivo como forma de tentar restringir a utilização destes
equipamentos por um número crescente de utentes fora da Maia, em prejuízo dos munícipes e das colectividades locais.
93
Quadro 4-79: Elementos de suporte à fundamentação das taxas pela cedência dos Pavilhões e Polidesportivos Municipais
Apuramento dos
Custos da Contrapartida
Nº de Custo Coef. De Coef. de Coef. de Taxa Taxa
Descrição Horas Total Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Adoptada
Pavilhões Desportivos
1. Semana e Fim-de-semana
a. 1 Hora 1 43,63 1,00 1,00 1,20 52,35 52,40
b. 1 Hora e 30 minutos 1,5 65,44 1,00 1,00 1,20 78,53 78,50
Polidesportivos Municipais ao ar livre
1. Semana e Fim-de-semana
a. 1 Hora 1 3,98 1,00 1,00 1,20 4,77 4,80
b. 1 Hora e 30 minutos 1,5 5,97 1,00 1,00 1,20 7,16 7,20
Em todos os casos, a definição das taxas aplicáveis têm por base o respectivo custo de funcionamento e os tempos de ocupação das
infra-estruturas, garantindo-se o respeito pelo princípio da proporcionalidade.
Com base nos dados apurados, verifica-se que cada um destes processos requer uma apreciação pelo(s) funcionários da área de
protecção civil de 30 minutos, pelo que o valor teórico desta taxa ronda os 12,55 € (
Quadro 4-80).
94
Quadro 4-80: Elementos de suporte à fundamentação da taxa devida pelo processamento administrativo do pedido de saída de viatura
MOD (€) MOI (€) S. Complementares (€) Consumíveis (€) Encargos Gerais (€) Total (€)
4,02 1,76 4,16 0,31 2,30 12,55
Relativamente à componente operacional, o custo de cada saída das viaturas de protecção civil pode repartir-se nas seguintes
componentes: Custo de Mão-de-Obra (Motorista), Custo de Combustível, Custo de Manutenção, Amortização do Equipamento.
Quanto à componente de Mão-de-Obra, o valor-minuto do colaborador da protecção civil é de 0,13 €, tendo-se estimado que cada
deslocação é feita a uma velocidade média de 50 Km/hora, o que equivale a 1 minuto e 12 segundos por quilómetro. O valor a imputar é
assim de 0,16 € por quilómetro. Quanto ao valor do combustível, a viatura pesada tem um consumo médio de 0,54 € por quilómetro,
enquanto que a viatura ligeira tem um consumo médio de 0,16 € por quilómetro.
No que respeita a manutenção, tomando por referência os custos globais em 2007 e os quilómetros percorridos, a viatura ligeira tem um
custo de manutenção de 0,03 € por quilómetro e a viatura pesada de 0,24 €. O valor das amortizações foi calculado com base nos preços
de mercados para veículos novos com as características dos actuais veículos da CM da Maia, assumindo-se uma depreciação num
máximo de 300.000 quilómetros para viaturas ligeiras e de 1.000.000 para viaturas pesadas. Chegou-se, assim, a um valor de 0,07 € por
Km a viatura pesada e a um valor de 0,06 € para a viatura ligeira.
Quadro 4-81: Elementos de suporte à fundamentação das taxas ao quilómetro pela saída de viaturas
Nestas condições, conclui-se assim que a taxa teórica por Km associada à saída da viatura ligeira é de 0,41 € e a que está associada à
saída da viatura pesada é de 1,01 € (Quadro 4-81).
95
Quadro 4-82: Elementos de suporte à fundamentação de taxas devidas pela saída de viaturas
O valor cobrado nesta tipologia de taxas atende integralmente ao custo da contrapartida, assumindo coeficientes de benefício e de
incentivo/desincentivo neutrais, pelo que é respeitado o princípio da proporcionalidade.
4.14.3. Taxas devidas pela utilização de fogo-de-artifício ou outros artefactos pirotécnicos durante o designado
período crítico de incêndios
Esta tipologia de taxas contempla uma componente relativa à apreciação do processo e uma componente referente à emissão de licença
ou autorização.
Quadro 4-84: Elementos de suporte à fundamentação de taxas devidas a utilização de fogo-de-artifício ou outros artefactos pirotécnicos
durante o designado período crítico de incêndios
Custos da Contrapartida Coef. de Coef. de Coef. de Taxa Taxa
Descrição Directos Indirectos Totais Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Adoptada
1 Taxa pela apreciação do processo com vista a obtenção da
4,02 8,53 12,55 1,00 1,00 3,00 37,66 37,60
autorização
96
2. Emissão da Licença ou autorização 4,02 8,53 12,55 1,00 1,00 3,00 37,66 37,60
Em ambos os casos, o valor a cobrar atende ao custo da contrapartida, corrigido por um coeficiente de desincentivo de 3. Este coeficiente
visa traduzir a vontade de penalizar a utilização deste tipo de artefactos, dado o seu nível de perigosidade.
Pelas razões expostas, conclui-se que os itens em apreço respeitam o princípio da proporcionalidade.
O valor a cobrar em cada um dos quatro itens reflecte o custo da contrapartida, corrigido por um coeficiente de incentivo de 0,75 que
pretende encorajar este tipo de iniciativa, dada a sua relevância para a segurança dos estabelecimentos e instituições visados.
Quadro 4-85: Elementos de suporte à fundamentação de taxas devidas por simulacros e recomendações sinalética
Custos da Contrapartida Coef. de Coef. de Coef. de Taxa Taxa
Descrição Directos Indirectos Totais Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Adoptada
1. Vistoria de preparação
a. Estabelecimentos de ensino privados 16,09 20,70 36,79 1,00 0,75 1,00 27,59 27,60
b. Empresas e outras instituições privadas 16,09 20,70 36,79 1,00 0,75 1,00 27,59 27,60
2. Participação como observadores
a. Estabelecimentos de ensino privados 12,07 16,64 28,71 1,00 0,75 1,00 21,53 21,50
b. Empresas e outras instituições privadas 12,07 16,64 28,71 1,00 0,75 1,00 21,53 21,50
Pelas razões expostas, conclui-se que os itens em apreço respeitam o princípio da proporcionalidade.
97
Quadro 4-86: Elementos de suporte à fundamentação de taxas devidas por actividades diversas
Custos da Contrapartida
Coef. de Coef. de Coef. de Taxa Taxa
Descrição Directos Indirectos Totais Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Adoptada
1. Análise do estado sanitário de uma árvore 8,04 12,59 20,63 1,00 0,75 1,00 15,47 15,50
2. Procedimento para corte de árvores ou de ramos destas em
12,07 16,64 28,71 1,00 0,75 1,00 21,53 21,50
situações de emergência
3. Vistoria de estados de limpeza de terrenos 8,04 12,59 20,63 1,00 0,75 1,00 15,47 15,50
4. Outras vistorias 20,11 24,76 44,87 1,00 0,75 1,00 33,65 33,60
5. Balizamento, corte e/ou regulação de tráfego 16,09 20,70 36,79 1,00 0,75 1,00 27,59 27,60
6. Acompanhamento de colectividades, associações e outras
instituições em eventos ou actividades de culto – por cada dois 16,09 20,70 36,79 1,00 0,75 1,00 27,59 27,60
elementos
Em todos os itens, o valor a cobrar atende ao custo da contrapartida, corrigido por um coeficiente de incentivo de 0,75. A atribuição deste
coeficiente tem como intuito encorajar estas actividades, tendo em conta a sua importância para o ambiente, segurança e apoio a
eventos de culto.
Pelas razões avançadas, conclui-se que os itens supracitados respeitam o princípio da proporcionalidade.
4.16. Biblioteca
Nesta categoria, estão previstas a taxa pelo serviço de empréstimo inter-bibliotecas e a emissão de 2ª via do cartão de utilizador.
Quadro 4-87: Elementos de suporte à fundamentação de taxas devidas por serviços da biblioteca
Custos da Contrapartida Coef. de Coef. de Coef. de Taxa Taxa a
Descrição Directos Indirectos Totais Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Praticar
1. Taxa pelo serviço de empréstimo inter-bibliotecas 18,95 11,94 30,89 1,00 0,15 1,00 4,63 4,60
2. Emissão de 2ª via do cartão de utilizador 0,54 3,40 3,94 1,00 0,75 1,00 2,96 2,90
Os valores a cobrar pelos dois itens desta tipologia de taxas atendem ao custo da contrapartida, corrigido por um coeficiente de incentivo,
dado estar-se na presença de um serviço de inegável interesse para a cultura dos utentes. É, contudo, feita uma distinção no valor
daquele coeficiente, dado que, pela natureza dos serviços que estão implícitos, o município encoraja mais o primeiro item que o segundo.
98
Pelos motivos expostos, conclui-se que os itens em apreço respeitam o princípio da proporcionalidade.
Cabe, assim, à CAM (Comissão Arbitral Municipal) receber os pedidos de determinação dos Coeficientes de Conservação, monitorizá-los
na aplicação informática disponibilizada pelo Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) e encaminhá-los para os técnicos
designados pelas Ordens dos Engenheiros e Arquitectos inscritos no Portal, que procederão às vistorias necessárias, com vista à definição
dos Coeficientes de Conservação e à actualização mensal da renda.
A CAM reúne em média quatro vezes por ano, sendo que é composta por um membro designado pela Câmara Municipal da Maia, que
preside, e por 6 outros membros designados pelos Serviços de Finanças da Maia, pela Associação dos Inquilinos do Norte de Portugal,
pelos Proprietários e Agricultores do Norte de Portugal, pela Associação Empresarial da Maia, pela Ordem dos Engenheiros e pela
Associação de Restauração e Similares de Portugal, respectivamente. Face à natureza e complexidade dos processos tratados por esta
Comissão, a mesma requer a colaboração e envolvimento de outras áreas da Câmara Municipal, como sejam o Departamento Jurídico e a
Divisão de Licenciamentos das Actividades Económicas, que presta o apoio administrativo à Comissão.
No cômputo dos custos de contrapartida da taxa relativa à “Determinação do Coeficiente de Conservação” foram, assim, considerados os
encargos com remunerações do Presidente da Comissão e com as Senhas de Presença dos restantes membros (Custos Directos) e a
despesa suportada por processo com os Serviços Complementares da Autarquia, os Consumíveis e Encargos Gerais (Custos Indirectos).
Nesta rubrica incluiu-se ainda o recurso a técnicos externos (Engenheiros e Arquitectos) a quem compete efectuar as vistorias e cujo custo
importa em 72 € por vistoria (ao abrigo do artigo 13 da Portaria 1192-B/2006, de 3 de Novembro).
99
Quadro 4-88: Elementos de suporte à fundamentação das taxas da Comissão Arbitral Municipal
Custos da Contrapartida Coef. De Coef. de Coef. de Taxa
Descrição Directos Indirectos Totais Benefício Incentivo Desincentivo Teórica Taxa Adoptada
1. Determinação do coeficiente de conservação 74,60 80,08 154,68 1,00 1,00 1,00 154,68 154,70
2. Definição de obras necessárias para obtenção do
n.a n.a. n.a 1,00 1,00 1,00 n.a. 77,35
nível de conservação superior
3. Submissão de um litígio a decisão da CAM, no
n.a n.a. n.a 1,00 1,00 1,00 n.a. 154,70
âmbito da respectiva competência decisória
4. As taxas previstas nos números 1 e 2 são
reduzidas a um quarto quando se trate de várias
n.a n.a. n.a 1,00 1,00 1,00 n.a. n.a.
unidades de um mesmo edifício, para cada unidade
adicional à primeira
5. Taxa de impressão do modelo simplificado e seus
0,15 0,08 0,23 1,00 1,00 1,00 0,23 0,25
anexos em papel
De notar, também, que para as demais taxas associadas à prestação de serviços pela Comissão Arbitral Municipal foi mantida a
proporcionalidade sugerida no número 3 do Artigo 20º. do Decreto-Lei nº 161/2006. Finalmente, no que concerne à taxa de impressão do
modelo simplificado e seus anexos foi mantido o valor apurado para o custo das fotocópias simples (já antes apresentado), sem que
sobre o mesmo incida agora qualquer coeficiente de desincentivo.
A taxa devida pelos cinco itens corresponde assim, na íntegra, ao custo da contrapartida. Deste modo, está assegurado o respeito pelo
princípio da proporcionalidade.
100
5. CONCLUSÕES
O presente relatório apresenta os resultados essenciais do processo de fundamentação económico-financeira da tabela anexa ao
“Projecto de Regulamento de Liquidação e Cobrança de Taxas e Outras Receitas Municipais” que a Câmara Municipal da Maia pretende
adoptar a partir do dia 1 de Janeiro de 2010. A sua construção seguiu de perto o “estado da arte” em matéria teórica de fundamentação
de taxas municipais, baseando-se numa metodologia que procura cumprir da forma mais rigorosa possível o estipulado no Art.º 8.º, n.º 2,
do RGTAL, quanto à fundamentação económico-financeira do valor das taxas previstas.
Para o efeito, considerou-se o disposto no n.º 1 do Art.º 4.º do RGTAL, que consagra o princípio da equivalência jurídica. De acordo com
este princípio, o valor das taxas das autarquias locais é fixado tendo em conta o princípio da proporcionalidade, não devendo ultrapassar
o custo da actividade pública local (o custo da contrapartida) ou o benefício auferido pelo particular. Considerou-se, igualmente, o
postulado no n.º 2 do mesmo artigo, que admite que as taxas podem ser fixadas com base em critérios de desincentivo à prática de certos
actos ou operações, desde que respeitada a necessária proporcionalidade.
101