Trabalho de Finanças Publicas
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Maputo
Outubro/2021
Vitorino Jonas Manjate
Orientador:
Maputo
Outubro/2021
Índice
1 Introdução ................................................................................................................................ 1
3 Conclusão................................................................................................................................ 9
1 Introdução
O presente trabalho debruça-se em torno da discussão sobre a Análise do impacto do Sistema
Tributário Autárquico na promoção do bemestar social e melhoria das condições de vida dos
munícipes, O Sistema Tributário Moçambicano encontra-se consagrado no artigo 56 da Lei n.º
15/2002, de 26 de Junho, integrando: Impostos nacionais e Impostos autárquicos. A
necessidade de modernização e fortalecimento dos órgãos de gestão da administração tributária
levou o Governo a criar a Autoridade Tributaria de Moçambique através da Lei 1/2006 de 22 de
Março de 2006.
No quadro da Lei nº 1/2008 (Lei de Finanças Municipais), o Sistema Tributário Autárquico integra
os seguintes impostos e outros tributos:
A entrada em vigor desta nova configuração do Sistema Tributário Autárquico efectivou-se com
a publicação do Código Tributário Autárquico, aprovado pelo Decreto nº 63/2008, de 30 de
Dezembro.
Com estas notas introdutórias, descrevem-se de seguida os elementos essenciais de cada um dos
tributos que actualmente integram o Sistema Tributário Autárquico do País.
taxas de 4%, 3%, 2% e 1%, consoante a classificação das diferentes autarquias (níveis A, B, C e
D, respectivamente).
Incidência:
O Imposto Predial Autárquico incide sobre o valor patrimonial dos prédios urbanos situados no
território da respectiva autarquia, entendendo-se por prédio urbano toda a parcela de terreno,
abrangendo os edifícios e construções nela incorporados ou assentes com carácter de permanência,
desde que:
Faça parte do património de uma pessoa singular ou colectiva ou a esta possa imputar-se o
respectivo uso ou fruirão sem o pagamento de uma renda;
Seja susceptível de, em condições normais, produzir rendimento e esteja afecto a quaisquer fins
que não sejam a agricultura, silvicultura ou pecuária.
Entende-se como tendo carácter de permanência os edifícios ou construções existentes, ainda que
móveis por natureza, sempre que afectos a fins não transitórios, e designadamente quando se
acharem assentes no mesmo local por um período superior a seis meses;
No regime de propriedade horizontal ou outra forma de condomínio, cada fracção autónoma será
havida como constituindo um prédio.
Isenções:
Estão isentos do Imposto Predial Autárquico os prédios urbanos construídos de novo, na parte
destinada a habitação, por um período de cinco anos a contar da data da licença de habitação.
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Taxas aplicáveis:
As taxas de imposto são de 0,4% e 0,7%, respectivamente, consoante se trate de prédios destinados
a habitação ou a quaisquer outros fins.
As taxas do Imposto Predial Autárquico aplicam-se sobre o valor patrimonial dos prédios urbanos.
Nos termos do Código Tributário Autárquico ainda formalmente em vigor, a taxa por actividade
económica reveste a natureza de “licença de porta aberta”, sendo devida pelo exercício de qualquer
actividade de natureza comercial ou industrial, incluindo a prestação de serviços, no território da
respectiva autarquia, desde que exercida num estabelecimento.
A especial natureza deste tributo, que não reúne um dos elementos essenciais de tipificação de
uma “taxa”, designadamente ao não ter por correspondência uma contra-prestação directa por
parte da administração autárquica, justifica a sua configuração autónoma no actual Código
Tributário Autárquico.
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O pagamento da taxa por actividade económica não prejudica a cobrança das licenças para o
exercício da respectiva actividade (alvarás) legalmente previstas em outros regulamentos, ou a
imposição das convenientes taxas de serviços pela apresentação de petições de qualquer natureza
junto da administração autárquica, ou devidas pela concessão de licenças.
O Imposto Autárquico sobre Veículos visa substituir nas autarquias o correspondente imposto do
Estado, e entrou em vigor com a publicação do Código Tributário Autárquico aprovado pelo
Decreto nº 63/2008, de 30 de Dezembro.
Ficam a ele sujeitos os proprietários dos veículos passíveis de imposto, quer sejam pessoas
singulares quer colectivas, de direito público ou privado, residentes na respectiva autarquia,
presumindo-se como tal, até prova em contrário, as pessoas em nome dos quais os mesmos se
encontrem matriculados ou registados.
O Imposto Autárquico de Sisa visa substituir nas autarquias o correspondente imposto do Estado,
e entrou em vigor com a publicação do Código Tributário Autárquico aprovado pelo Decreto nº
63/2008, de 30 de Dezembro.
A Contribuição de Melhorias é definida como contribuição especial devida pela execução de obras
públicas de que resulte valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como
limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.
O seu lançamento poderá ter lugar quando para os imóveis situados na respectiva zona de
influência beneficiem das seguintes obras públicas, realizadas pela autarquia por administração
directa ou indirecta:
As obras públicas a executar poderão surgir de iniciativa quer da autarquia quer de pelo menos 2/3
dos proprietários ou possuidores a qualquer título de imóveis situados na zona de influência da
obra a realizar;
Nos casos em que a obra seja da iniciativa da autarquia, o plano das obras deve ter o acordo prévio
de pelo menos 2/3 dos proprietários ou possuidores a qualquer título dos imóveis beneficiados pela
obra;
A contribuição de melhorias deve ser calculada tendo em conta a despesa realizada com a obra,
que será repartida entre os imóveis beneficiados, devendo estipular-se a possibilidade de
pagamento em prestações, no máximo de 12;
O contribuinte que pagar de uma só vez a contribuição de melhorias gozará de um desconto de
15% sobre o valor total da respectiva quota-parte.
A fixação das tarifas a aplicar cabe à Assembleia Autárquica, sempre que possível na base do
critério de recuperação de custos.
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3 Conclusão
As tarifas e taxas pela prestação de serviços resultam da prestação de serviços públicos que o CM
presta, tais como: recolha, depósito e tratamento de lixos; conservação e tratamento de esgotos;
transportes urbanos colectivos de pessoas e mercadorias; manutenção de jardins e mercados;
manutenção de vias. As taxas e tarifas acima referidas, são resultantes do pagamento de serviços
fornecido pela autarquia local, não tendo por isso o carácter de imposto, e os preços são fixados
pela AM e sempre que possível, na base de recuperação de custos.
As taxas por licenças concedidas correspondem, dentre outras, as taxas que as autarquias cobram
para concessão de licenças para a realização de actividades tais como: infraestruturas e
equipamento simples; loteamento; de execução de obras particulares; de ocupação de via pública
por motivos de obras e de utilização de edifícios; uso e aproveitamento de solo da autarquia.
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4 Referências bibliográficas
CHIBOLECA, Gil. Módulo do Curso de Licenciatura em Administração Pública – Finanças
Públicas, ISCED, Beira.
https://sopra-educacao.com/2021/02/16/sistema-tributario-autarquico-em-mocambique/
https://www.portaldogoverno.gov.mz/por/Empresas/Registos/Registos-nas-Financas/Descricao-
Geral
https://biblioteca.hegoa.ehu.eus/downloads/19268/%2Fsystem%2Fpdf%2F3023%2FProteccao_S
ocial.pdf
http://www.repositorio.uem.mz/bitstream/258/511/1/2018%20-
%20Pedro%2C%20Marcelo%20B.%20Maluarte.pdf