Frutos Comestíveis Da Amazônia - V. 1
Frutos Comestíveis Da Amazônia - V. 1
Frutos Comestíveis Da Amazônia - V. 1
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\ MUSEU PARAENSE EMíLlO GOELDI
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Frutas comestíveis
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Paulo B. (evekante
Museu Gceldi, Bolsisto do CNPq
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Entregue para publicação em 30/6171 \ --}' 1972
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.' INDICE
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INTRODUÇÃO . 7
Ar< ACARDIÁCEA
Anacardium gigante um (cajuí) . 9
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Anacardium microcarpum (cajuí) . 11
Anacardium negrense (cajutim) . 11
Anacardium occidentale (caju) . 11
Anacardium spruceanum (cajuaçu) . 13
Mangífera indica (manga) . 13
Poupartia amazonica (fruta-de-cedro) . 19
Spondias dulcis (cajarana) . 21
Spondias lutea (taperebá) . 21
ANONÁCEA
APOCINÁCEA
BROMELL.\CEA
CARICÁCEA
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. ~ Carica papaya (mamão) . 37
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1
LEGUMINOSA-CESALPINIÓIDEA
CARIOCARÁCEA
ICACINÁCEA
LAURÁCEA
LECITIDÁCEA
LEGUMINOSA-PAPILIONÓIDEA
\', INTRODUÇÃO
.
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e
As frutas, como é notório, constituem uma das mais ricas fontes
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I'
de elementos nutritivos para a alimentação humana, razão porque seu
j estudo, sob qualquer prisma, sempre é oportuno. Em relação às fru-
tas da Amazônia, pouco se tem escrito. Huber (1904), o maior pes-
I )
quisador da botânica amazônica, no início dêste século, dedicou um ca-
pítulo ao assunto, abordando, sobretudo, aorígem e distribuição geográ-
fica das principais árvores frutíferas do Pará. Ducke (1946), com uma
larga soma de observações científicas sôbre nossa flora, se ocupou da
;\ cultura précolombiana na Amazônia brasileira de algumas espécies fru-
tíferas, comestíveis, ou não. Le Cointe (1947), depois de uma vida
i,J inteira dedicada aos problemas da história natural amazônica, legou-nos
i~ uma preciosa fonte de informações, resumidas no seu dicionário de
plantas úteis da Amazônia. Embora necessitando atualmente de nova
\: revisão, constitui, ainda valioso roteiro para qualquer interessado na
i flora hileiana e seus inúmeros produtos. Finalmente, Fonsêca (1954),
faz um amplo relato das frutas do Brasil no qual, entretanto, nota-se
certas discordâncias em relação a algumas espécies amazônicas.
A idéia de organizar-se um catálogo das frutas indígenas e acli-
matadas na região surgiu quando, percorrendo as feiras e mercados da
capital e interiores do Estado, notamos a ocorrência de um considerá-
vel número de espécies frutíferas, cuja classificação botânica, muitas
vêzes, constituia sérias dúvidas. Foram então programadas visitas se-
manais, levadas a efeito naqueles locais durante um período de qua-
tro anos consecutivos, findo o qual, pudemos assinalar um total de 110
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espécies de frutas comestíveis e dispor de material para estudos e
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Em muitas publicações onde aparecem nomes científicos de plan-
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tas, é freqüente o emprêgo de binômios, há muito em desuso, bem como
classificações errôneas. Daí, ser um dos objetivos primários do pre-
sente trabalho, tanto quanto possível, o emprêgo correto e atualizado
dos nomes científicos, de acôrdo com as mais recentes revisões taxo- ANACARDIACEA
nômicas.
Com raras exceções, as descrições foram baseadas em material Anacaxldium giganteum Hanc. ex Engler. CAJUÍ
vivo e, do mesmo modo, são originais as estampas ilustrativas. O pre-
sente trabalho será concluído em dois ou mais volumes, obedecendo com referência ao tamanho do fruto; "ca-
a ordem alfabética das famílias. Aos nomes científicos se seguirão os juaçu", alusivo a porte volumoso da árvore;
"caju-da-mata", porque seu habitat natural é
nomes vulgares, geralmente aquêles mais conhecidos e de uso geral a mata; "oloi", em língua Tiriyó. (est. I)
na região.
Pela prestimosa colaboração na aquisição de material para estu- A espécie é largamente distribuída pela Hiléia inteira (Amazô-
do e pelas úteis informações, expressamos nossos agradecimentos à nia e Guianas) e alcança, ao Sudeste, a zona de transição das floras,
inúmeras pessoas amigas, em especial à nossa colega M. E, van den no Maranhão e em Mato Grosso (Ducke, 1939: 15). Muito freqüente
Berg e ao nosso desenhista, sr. Rafael F. Alvarez, pelos desenhos, nas matas do estuário, sobretudo região Bragantina e também no bai-
executados com esrnêro. xo Tocantins. Excepcionalmente é encontrada em estado cultivado.
Arvore de porte majestoso, com um tronco atingindo até 40 m
de altura e mais de 1 m de diâmetro, copa bastante larga, porém com
pouca altura. Fôlhas com pecíolo no máximo até 1,5 em, lâmina car-
tácea ou sucoriácea, obovada, ápice arredondado, base cuneadá, até
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20 cm de comprimento por 12 cm na parte mais larga. Nervura prin-
cipal bem desenvolvida e proeminente na face inferior, nervuras late-
rais sub-retas e paralelas. Inflorescência em panícula amplo-ramifica-
da, geralmente com os ramos secundários e terciários inseridos quase
perpendicularmente sôbre os outros que os sustentam. Flôres perfu-
madas, pequenas, cêrca de 6-7 mm, a princípio róseas e depois verme-
lhas: corola com 5 pétalas livres, e reflexas na antese, estames em nú-
mero de 8, conatos na base, desiguais, geralmente só um fértil e bas-
tante desenvolvido; ovário oblíquo, encimado por um estilete subuloso,
com estígma obsoleto. Pedúnculo (pseudo-fruto) hipertrofiado, alcan-
çando até 7 em de comprimento, por 5 em na parte mais larga, carnoso-
sucoso, de côr vermelha. O fruto (castanha) é uma drupa sub-renifor-
me, com mesaearpo resinoso. O pseudo-fruto contém um suco agrido-
ce, de côr rósea, com o qual prepara-se um vinho de sabor agradável.
Algumas árvores produzem "frutos" estremamente ácidos. A casta-
nha chega até 2,5 cm de comprimento e contém uma amêndoa que pode
ser aproveitada, mas somente depois de sêca e assada, sendo tão sabo-
rosa quanto a do caju comum (A. ccckientelei , O "ca]ui" ocorre em
abundância nas matas do Parque Nacional do Tumucumaque, alto rio Paru
-8- -9-
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de Oeste, constituindo um indispensável alimento para os índios dêsse
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Parque, os quais comem o "fruto" ao natural ou então preparam com
êle uma bebida, de mistura com a mandioca (Manihot utilissima), muito
apreciada pelos referidos índios.
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A frutificação tem início geralmente em dezembro, prolonqando-
f·· -se até, mais ou menos abril. Muitas vêzes determinados indivíduos
h só frutificam a intervalos de dois anos.
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Anacardium microcarpum Ducke
caju-do-campo
CAJUÍ
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Frutifcação geralmente de janeiro a março.
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hipótese de sua origem brasileira o fato de que, das 22 espécies des-
critas para o gênero Anacardium, apenas duas ou três não são nativas
do Brasil. Mais da metade das espécies conhecidas são citadas como
nativas da Amazônia brasileira e áreas limítrofes, também brasileiras,
dadas êsses que permitem admitir que o cajueiro. teria seu lndiqenato
na Amazônia, de ande lrradlou sua cultura para a resto do mundo
tropical.
O cajueiro. é árvore de porte baixo e tronco tortuosa, com os ra-
mos, às vêzes tocando ao sala, chegando. mesmo a rastejar. "É céle-
bre a cajueiro do Pirangi, no Estado da Rio Grande do Norte; esta ár-
vore ocupa uma superfície de dois mil (2.000) metros quadradas" (Pei-
xoto, 1960: 10). Flôres em panículas terminais, polígamas, isto é, flô-
res hermafroditas e flôres unisexuais masculinas na mesma planta
(andromanoecia de Linneu); cálice de 5 sépalas subcarnosas, corola
de 5-6 pétalas livres, imbricadas na perfloração, linear lanceoladas, re-
flexas na antese, brancacentas e depois avermelhadas na fauce. Es-
tames de 7-10, conatos na base, de comprimentos desiguais tenda um
bastante desenvolvido e exerto. Ovário obllquo-obovado, com um es-
tilete robusto e subulado. Fruto (castanha), uma drupa reniforme com
mesocarpo resinoso, pedúnculo (pseuda-fruta) de forma variada, ver-
melho ou amarela. Floração a partir de abril-maio, ainda no período
chuvoso, havendo, no início, somente flôres masculinas vindo, algumas
semanas depois, as flôres hermafroditas. Normalmente a frutificaçãa
ocorre de julho a dezembro, às vêzes até janeiro.
_ 1?_ - 13-
antigos nomes populares e até em sanscrito (amra) . Encontra-se ain-
da no estado selvagem nas florestas do Ceilão, regiões ao pé do Hl-
,ir malaia e ilhas Andaman, no Golfo de Bengala, provàvelmente ao lado
de outras espécies do gênero. Cultivada hoje, em tôdas as regiões
A.
tropicais e até subtropicais do mundo. Trazida da Africa pelos portu-
ié guêses foi introduzi da no continente americano, primeiramente no Bra-
sil, de onde irradiou sua cultura para as demais terras do Nôvo Mundo,
aclimatando-se com sucesso.
Em Belém cio Pará a mangueira assume destaque como planta
i cultivada, de início na arborização das avenidas, ruas e praças, conte-
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rindo-lhes paisagem caracterlsica, o que valeu à capital paraense o ept-
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pequenas, polígamas (hermafroditas e unisexuais masculinas), reunidas
em panículas terminais, com 4-5 sépalas e igual número de pétalas, amo
bas imbricadas, com um disco carnoso, 5-lobado; as flôres de ambos os
tipos contém apenas um estame desenvolvido e fértil e, às vêzes, 3-4
t minúsculos estaminódios; ovário globoso, com estilete lateral. Fruto,
f uma drupa carnosa subglobosa, sub-reniforme ou subcordiforme, putame
(endocarpo ou caroço) comprimido lateralmente, lenhoso-fibroso e longi-
t tudinalmente sulcado, semente constituída de dois volumosos cotilédo-
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nes plano-convexos (1).
Notável é o número de variedades e formas da manga em todo o
t mundo, particularmente na India, onde já foram descritas cêrca de um
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f milhar (Popenoe, 1953 : 1988). No Pará, particularmente em Belém e ci ..
~ dades próximas, principais centros de nossas observações, encontram-se
Ê
1 diversas variedades bem definidas conservando nomes de aceitação ge-
1 ral, bem como algumas, cuja designação popular é muito contraditória.
" Essas variações da M. indica decorre da facilidade com que os indivíduos
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variados portes, tamanho de fruto, côr e sabor, formas essas muitas vê-
zes nítidas ou quase imperceptíveis. A seguir damos uma lista das prin-
cipais variedades e formas mais comuns na região.
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C Comum - Predomina na arborização da cidade e fornece a maioria dos
i frutos para o mercado.
Est. 3 - A nacardium occidentale: 1) fruto; 2) flor hermafrodita; 3) flor masculina. s
f
Mangijera indica: 4) flor feminina; 5) flor masculina. Spondias lutea : ô flor;
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~ ( 1) - Para descrição mais completa, e minunciosa biologia floral, consultar Lutz, 1926.
7) fruto e caroço. Carica papaya: 8) flor feminina. Citrulus vulgaris : 9) flor
masculina 10) estame; 11) flor feminina. t
J
-14 - f' -15 -
Becuri - Casca amarela, polpa abundante, macia e pouco fibrosa, pesan-
do em média 300 9 e o caroço, 30 g.
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alongada do fruto e depressão ventral pouco pronunciada.
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ácido. Pêso entre 450-750 9 e caroço, de 25-40 g.
I
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to pouco conhecida em Belém, parecendo existir somente no Horto Mu-
nicipal. Polpa pràticamente sem fibras, delicada, macia, de cheiro e
sabor incomparáveis. Devido essas excepcionais qualidades, tentati-
vas são feitas naquele Horto para a propagação vegetativa, visto os in-
f divíduos resultantes de sementes degenerarem sempre.
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1 Poupartía amazonica Ducke FRUTA-DE-CEDRO
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estaminódios inseridos por baixo de um disco reticulado-rugoso,
com 5 lóculos e 5 estiletes curtos.
menores em panículas maiores, geralmente com 10 estames inseridos
por baixo do disco levemente crenado, ovário rudimentar
ovário
Indivíduos masculinos com flôres
presente.
, í Fruto. uma drupa subpentágona, depressa, geralmente de 4-5 cm de diâ-
,
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metro de 2-3 cm de altura, casca amarela e mesocarpo sucoso, de sa-
bor acldulado, porém agradável, empregado no preparo de refrescos e
Est. 5 - Mongiiera indica: I) manga cametá; 2) chana; 3) cacau; 4) bacuri; aperitivos; pesa de 30-40 g. Na época da floração a árvore perde tôda
5) cheiro; 6) côco ,
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- 19-
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:'.fcMi a folhagem. Inélivfduos plantados de sementes no Horto do Museu
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Goeldi, em junho de 1967, com pouco mais de três anos atingiram 4 m
de altura. Os frutos amadurecem normalmente de, maio a julho.
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'Spondias dulcis Forst. CAJARANA
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Indígena nas Ilhas da Sociedade e de Fiji, no Pacífico e largamen-
te dispersa nos trópicos. Foi introduzida na Jamaica em 1872 e, provà-
velmente, por intermédio de Caiena checou até aqui, onde é comum
nos pomares domésticos.
É uma árvore de porte mediano, copa descontínua, ramos alon-
gados com tufos de fôlhas nas extremidades. Fôlhas compostas lm-
parimpinadas, de 25-60 em, folíolos opostos ou subopostos de 7-11 ju-
gos. Inflorescência em panículas lassas, terminais, flôres pequenas,
polígamas (hermafroditas e unisexuadas masculinas). Fruto elipsói-
deo ou sub-arredondado, variando de 6-10 cm de comprimento e 5-9 cm
de diâmetro, podendo pesar até 3759, casca amarelo-ouro ou pardacen-
ta, polpa agridoce e endocarpo revestido de acúleos irregulares. Fru-
tos maduros, regularmente de dezembro até julho do ano seguinte.
- 20- Il:r",
- 21-
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ANONACEA
araticum-açu (est. 8)
- 22-
- 23-
Annona muricata L. GRAVIOLA
(est. 9)
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amàreladas., grandés, solitárias, no tronco principal ou ao longo dos ra-
mos; cálice com 3sé~alas reduzidas, corola com 6 pétalas em dois ver-
tlcllos (3+3), péJàl;1k do verticilo externo de prefloracão valvar, com
5·6 em de compriJq~to e 4 em de largura, espesso-carnosa, cordiformes,
com ápice acuminado; pétalas do verticilo interno imbricadas, menores,
delgadas e côncavas, com a base unguiculada. Estames numerosos, sô-
bre o receptáculo, filetes curtos, mais ou menos escudiformes, conecti- 5
vo subpeltado, com um par de anteras extrorsas, lineares, paralelas,
abrindo por fendas longitudinais. Carpêlos numerosos, agrupados em
forma de cúpula acima dos estames, uniloculados e uniovulados. Fru-
to, um sincarpo ovóideo, casca de côr verde (mesmo no fruto maduro)
e ornada de aréolas tendo ao centro das mesmas um pequeno acúleo
carnoso e recurvado; polpa branca, sucosa, agridoce, de cheiro e sabor
muito agradáveis; sementes numerosas, cêrca de 1,7 cm, de côr negra,
ainda no fruto, depois, castanho-claras. O pêso de um fruto varia en-
tre 750-2700 g (2). A graviola é muito apreciada em forma de sorvete, ou
ao natural, com açúcar, sendo o preparo do vinho menos comum. En-
contra-se nas feiras, pràticamente durante todo o ano.
- 24- - 25-
Annona squamosa L. ATA
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Annona mucosa Jacq.) (3).
(est.
BIRlBÁ
- 26- - 27-
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mentares e mais ou menos trianqulares. Estames numerosos, com um
milímetro de altura, arrteras extrorsas e conectivo peltado acima das
anteras; carpelos numerosos, uniloculares, uniovulados, aderentes uns
aos outros por um líquido viscoso, estilete denso-piloso com estigma
capitado e volumoso. Fruto, um sincarpo ovóideo ou globoso, forma-
do pelos ovários que se tornam carnosos e se soldam na maturação,
casca amarelada, munida de saliências escamiformes e carnosas; pol-
pa abundante, sucosa, de sabor adocicado e agradável, sementes nume-
rosas, pardo-olíváceas. O pêso do fruto pode chegar a 1350 g e as di-
mensões a 14 cm de altura por 16 cm de diâmetro, na parte mais larga.
Não sendo próprio para doces, compotas .etc., somente é consumido
ao natural. A rigor pode aparecer nas feiras durante todo o ano, sen-
do mais abundante de janeiro a junho.
APOCINÁCEA
tia
dondada, medindo 2,5-3 em de diâmetro, casca de côr verde, polpa mu-
cilaginosa de sabor doce e apreciável, contendo de 10-25 sementes acha-
tadas. Floresce de junho a setembro, com frutos maduros de outubro
a março. A floração tem magnífico efeito ornamental de vez que coin-
cide com a queda quase total das fôlhas; as flôres, de um belo róseo,
Est. 10 - Annona squamosa: 1) ramo florífero; 2 fruto. Rollinia mucosa: 3) em contraste com o verde da mata se destacam, mesmo observadas à
androceu e gineceu; 4) estarne; 5) carpelo; 6) semente; 7) ramo florífcro; maior distância.
8) cálice; 9) detalhe da corola; 10) fruto.
- 28- - 29-
Couma macrocarpa Barb. Rodr. SORVA GRANDE
- 30- -31 -
Flôres róseas, de 15-20 mm de altura e também semelhantes às das es-
pécies acima e, ainda, com frutos menores, com mesmo sabor. Tôda
a planta contém abundante látex branco, potável e doce. Floresce ge-
ralmente de maio a agôsto, com frutos maduros até março do ano
seguinte.
Ao lado de outras espécies, principalmente da família sapotá-
cea, produtoras da matéria prima para a fabricação da goma de mascar
(chewing gum), o látex das sôrvas, sobretudo de C. macrocarpa e
C. utill s, já foi extensivamente explotado na região amazônica, com
aquela finalidade. Após solidificado em compactos blocos era expor-
tado com o nome de sôrva. Hoje êsse comércio está sensivelmente re-
duzido. Afora o emprêgo acima, a sôrva tem inúmeras utilidades para
os habitantes da região, a começar pelos frutos, doces e saborosos.
O látex coagulado tem emprêgo no calafeto de embarcações, sendo
também sorvido com café ou em forma de mingaus, de mistura com
outros ingredientes. O conhecimento e uso dêsse látex pelos nativos,
vem de tempos remotos pois, Baena (1839: 424), faz referência a uma
"tradição que as casas assim dos brancos como dos indianos, eram
caiadas com tabatinga combinada com a goma de sorveíra para lhe dar
maior perseverança
a8
Sem dúvidas, como outras frutas, a mangaba já era conhecida
dos indígenas antes da descoberta do Brasil, pelo que se depreende
ê.
das informações de Soares de Souza (1587, 2 : 11): "Na visinhança do 9~
mar da Bahia se dão umas arvores nas campinas e terras fracas, que
se chamam mangabeiras. .. Esta fruta se come toda sem deitar nada Est . 12 - Couma utilis: I) estígma; 2) gineceu ; 3) flor; 4) ramo frutífero.
Hancornia speciosa: 5) semente; 6) fruto; 7) flor; 8) detalhe da flor; 9) botão
fora ... que é muito medicinal e gostosa". floral; 10) ramo.
- 33-
Pelo fato dessa planta apresentar-se sob uma multiplicidade de escuro, espêsso-carnoso ,de 1-1,5 cm de espessura, contendo no inte-
formas, várias espécies foram descritas para o gênero Hancornia po- rior uma polpa doce, comestível e saborosa a qual encerra numerosas
rém os trabalhos taxonômicos mais recentes concluiram pelo status " sementes achatadas. A casca da árvore fornece abundante látex bran-
monoespecífico do gênero, considerando as outras entidades como si- co, de sabor amargo muito conceituado na medicina popular. Frutos
nônimos, formas ou variedades. Entre as mais completas obras taxo- maduros geralmente em fevereiro e março.
nômicas sôbre a mangabeira, destacam-se: M. Argovien (1860),
Schumann (1895) e Monachino (1945), esta última sendo bastante mi-
nuciosa nas descrições da espécie e variedades, sinonímia e nomes in- BROMELlACEA
dígenas, entretanto carece de ilustrações.
Na região a principal importância econômica da mangabeira resi- Ananas comosus (L.) Merril, varo (A. sativus Schult,
de no aproveitamento dos frutos para o consumo ao natural ou para a A. ananas vos«, Ananassa sativa Lindl., Brome/ia ananas L.
ABACAXI
fabricação de sorvetes e compotas. Aparecem regularmente no merca- B. comosa L.) (5)
do de Belém, a partir de setembro, até março do ano seguinte.
Segundo a rnarona dos naturalistas e historiadores o abacaxi é
Parahancornía amapa (Hub.) Ducke AMAPÁ originário do continente americano e, muito provàvelmente do Brasil.
Embora sem mencionar dados concretos há quem afirme ter-se origi-
(est , 13)
nado em Pernambuco.
Espécie nativa da Amazônia, habitando a mata virgem úmida de Extensivamente cultivado em todos os países tropicais pelos
terra firme ou várzea alta, preferindo solo humoso, por tôda a região, seus excelentes frutos. Sua designação universal é ..ananás", sendo
com preferência mais acentuada apenas ao estuário. o nome" abacaxi" restrito ao Brasil e Paraguai. Botânicamente o aba-
I: uma árvore de tronco reto, podendo atingir até 25 m de altura (4). caxi (ou ananás na designação universal) corresponde à variedade cul-
Fôlhas opostas de consistência mole-cartácea, quando novas ,de um ver- tivada, com diversas formas hortícolas, enquanto que, a variedade e
de pálido, pecíolo cerca de 5 mm, lâmina oblongo-elíptica, geralmente suas formas conhecidas na região pelo nome de ..ananás", vem a ser a
Ig, variedade típica, geralmente de sabor inferior ao do abacaxi. Freqüen-
de 7-9 cm de comprimento e 2-3 cm de largura, base aguda e ápice dis-
tintamente acuminado, nervura central mais ou menos elevada em am- temente encontrado em estado espontâneo nas capoeiras ou vegetação
bas as faces, nervuras laterais delicadas, pouco conspícuas, em ângulo I,~ aberta, porém com frutos de qualidade inferior.
'1 Fruto múltiplo, resultante de uma inflorescência na qual as inú-
quase reto com a nervura central e perfeitamente anastomosadas jun- li·
to à margem. Inflorescências terminais ou subterminais, corimbo- I~ meras flôres, compactamente reunidas, soldam-se com sépalas, péta-
cimosas e multifloras, nas extremidades dos últimos raminhos. Flor las e ovários durante o processo de maturação, originando uma infru-
branco-amarelada, cêrca de 1 cm de altura, cálice com 4 sépalas arre- tescência, particularmente designada de soros e (do grego, soros:
dondadas no ápice, margem membranosa, porção central-basal engros- agrupamento, a multidão). Também é denominado stncerpo, que signi-
sada, ligeiramente pubescente; corola sinistrorsa, mais ou menos hi- fica frutos unidos, ligados. Pode ser encontrado nas feiras de Belém,
pocrateriforme, com 5 lobos oblongos e pubescentes na base; 5 esta- pràticamente durante todo o ano, porém o climax da produção verifica-
mes inseridos a meia altura do tubo, numa porção di latada, anteras es- -se entre agôsto e outubro, ou até dezembro. Fora dessa época, a
treito-ovaladas, filetes planos e reduzidos. Ovário ovato-cônico, denso- maioria dos frutos é de qualidade medíocre (6).
seríceo, incompletamente bilocular e multiovulado, estilete linear, de ----
2-2,5 mm, estígma cônico-cilíndrico, com a base dilatada e ápice biloba- .,,\ ( 5) _ Sinonímia de acôrdo com Srnith (1955 : 253) .
( 6) _ Segundo informações de pessoas idôneas, em Tarauacá, Estado do Acre, culti
do. Fruto, uma baga globosa até 8 em de diâmetro, pericarpo roxo- i' va-se um abacaxizeiro cujos frutos atingem um pêso de até vinte quilos (20 k) .
!~. Encontramos essa variedade culrivada em Ananindeua, na granja do sr. Rai-
I
( 4) - Um exemplar existente 110Horto do Museu Goeldi, plantado por J. Huber em mundo N. da Silva, onde, segundo o mesmo, já houve produção de frutos pe-
1900, mede atualmente, 25 m de altura c ~5 em de diâmetro no tronco (DAP). "1 sando até quatorze quilos (14 k) .
I
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- 34- - 35-
CARICACEA
CARIOCARACEA
(est. 14)
- 36-
- 37-
pando-crenada e nervação tipicamente saliente na face inferior. Inflo-
rescência terminal, corimbiforme, com um ráquis até 20 cm de compri-
mento. Fruto drupáceo, contendo geralmente 1-2 sementes, mais raro
3-4, apresentando formas variadas, conforme o número destas; epicar-
po (casca) espêsso, de côr pardo-cinza multilenticeloso e, quando no
fruto maduro, separa-se fàcilmente dos caroços. O mesocarpo (parte
comestível) é constituído de u'a massa butirosa, amarela .ou branco-
amarelada, cuja camada mais interna envolve a parte exterior do endo-
carpo, esta, composta de numerosos espinhos finos, rijos e penetran-
tes, exigindo, pois, muita cautela quando se abre o caroço para extrair
a amêndoa. O pêso do fruto varia de 350-750 g, dependendo do núme-
ro de sementes. A parte comestível é aquela polpa amarela que en-
volve o caroço, depois de cozido. Segundo Le Cointe (1947: 404), a
polpa fornece 76% de uma banha branca e fina. Frutos nas feiras, em
abundância, de março a maio, às vêzes até junho.
CRISOBALANACEA (Rosácea)
f'ATURA
Couepía bracteosa Benth.
, ~
\ -. (est. 15, fig. 1-4)
_ ~A_
- 39-
o "pajurá" raramente aparece nas feiras de Belém sendo, tam-
bém pouco conhecido nesta cidade. Ao contrário, no Amazonas é mui-
to comum, encontrado nas feiras de Manaus na primeira metade
do ano.
:J.
ajuru, guajiru (est. 17, fig , 1-6)
Pequena árvore ou arbusto litorâneo, freqüente nas praias do Est 15 _ Couepia bracteosa: 1) ramo; 2 e 3) caroço seccionado e inteiro; 4) fru-
Brasil tropical, penetrando no rio Amazonas até a bôca do Xingu (Le to. Parinari montana : 5) caroço; 6) folha; 7) fruto.
- 40-
I - 41 -
t
I
/f~\
Cointe, ibid. : 210), cultivada na Asia, África e até na América do Nor-
te. Fruto, uma drupa de polpa branca, unisperma, arredondada ou ovóí-
êf~~
1'·.··•••....
dea, cêrca de 3 cm, de côr vermelha ou atropurpúrea (quase preta). ~
~
).1.·.
IA"~ \
De pouca importância como alimento devido sua insipidez, tendo seu
maior atrativo na vistosa coloração da casca. Pode muito bem ser cul-
(: ~~ '.
tivado fora de seu habitat natural. as praias marítimas. em terrenos me- , (-. ,./':'.f' .\ 1 2 \\ :1 t .
nosos e pobres. Começa a frutificar por volta de setembro. ;,'. . \ J 1\ t··:: .' ~.
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Lícania tomentosa (8th.) Fr. (Moquilea tomentosa Bth.) OITI il/ i:.~.," ... )" "\ 'i' I "'1 1
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1/
Espécie introduzi da do Nordeste e cultivada, principalmente para ~~, .
snmbreamento de ruas e praças, tendo crescimento meio lento. Flo- ~' .. -
resc~ geralmente entre julho e agôsto, com frutos maduros entre de-
zembro e janeiro, comestíveis, porém pouco apreciados pela maioria
das pessoas.
-42 - - 43-
J
CUCURBlTÁCEA
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CitrulIus vulgaris Schrad MELANCIA
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muito menos de tratos culturais. Daí produzirem frutos de tamanho re·
duzido e geralmente
japonês, sobretudo
de sabor
daquêle especializado
medíocre.
em fruticultura,
Com o advento
houve a in-
do imiqrante
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trodução de variedades
técnica de adubação.
hortícolas selecionadas, aliada à sua peculiar
Assim, os frutos que agora aparecem nos mero
.
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cados, são de volumes e qualidades excepcionais.
GUTtFERA
- 44- - 45-
.J....
algo fibrcs a. de côr de abóbora; sementes de 1-4, ovaladas, planu-
convexas e envolvidas pelo endocarpo. A polpa é consumida geral-
mente em mace ração com açúcar, ou em forma de salada com frutas,
podendo ainda servir para o preparo de licor.
A planta propaqa-se com muita facilidade por sementes as quais
qerminarn com 12·18 dias, podendo florescer a partir dos 8 anos. Co-
mumente os frutos aparecem nas feiras durante todo. o ano, entretanto
sua maior produção é de junho D dezembro. ~
(cst . 19)
(7) - No Município de Marapanim, região do Salgado, há um lugarejo denominado Est. 18 - Mammea americana : 1) caroço; 2) fruto; 3) semente seccionada;
Bacuriteua, nome êste oriundo da extrema abundância do bacurizeiro, nesse lugar. 4) estrne; 5) flor hermafrodita; 6) ramo; 7) flor masculina.
- 46- - 47-
na, contendo uma resina vermelho-amarelada, característica da família,
,.í,i que deve ser evitada quando se come o fruto ao natural. É empregado,
principalmente. na fabricação de sorvete, doce e compota, contudo mui-
to consumido ao natural.
'I Floresce regularmente entre junho e julho. seguindo-se a que-
li
da das fôlhas. Geralmente a queda dos frutos tem início em dezem-
bro, prolongando-se até maio do ano seguinte; o clímax da safra está
nos meses de fevereiro e março.
.,V ~
- 48- L-,' - 49-
~
tante, sendo de tamanho reduzido, com a casca amarela, coriácea, mu-
ricada e pronunciadamente áspera. Tem a mesma época de frutifica-
ção da outra e pouco aparecem nas feiras, pois não são muito procura-
4
dos devido seu escasso conteúdo comestível e sabor mais ácido.
HUMIRIACEA
uxi-pucu
- 50- - 51 -
~]
te com 10 meses. R. Lima e P. Ledoux, realizando idêntico experimen-
to, no IPEAN, conseguiram a germinação com nove meses (9). Acredi-
ta-se que êsse período possa ser sensIvelmente reduzido com a des·
truição parcial do endocarpo ou simplesmente seccionando-o, eviden-
temente sem prejudicar a semente. O mesocarpo do "uxí " é rico em
lipídios e dêle pode ser extraído um óleo de côr amarelo-citrina, ligei-
ramente esverdeado e sem sabor apreciável. Pinto (1956: 189), ao
determinar os caracteres físico-químicos dêsse óleo, chegou à conclu-
são de que" são bastante aproximados dos referidos para o óleo de oli-
va; apenas o índice de iôdo e refração são pouco inferiores.
priedades organolépticas são as mais aproximadas possíveis".
As pro-
Embo-
g]
ra êsses excelentes característicos do óleo de "uxi ", o seu aproveita-
mento torna-se ante-econômico devido a exiguidade da polpa, produção
de frutos relativamente pouca, para .industrialização, além da desvan-
tagem de ser uma planta muito dispersa, levando muitos anos para fru-
tificar, porisso, com poucas possibilidades para interessar sua cultura. ~.
- 52- - 53-
\
"I
I
ICACINACEA
Poraqueiba paraensís Ducke MARI
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urnari, rnari prêto
~Ét"/:':':"'f!'U
s·:t';;;J1:1 ,r,c- [ ;:i.·:;'i( rões, espontânea ou cultivada. É uma árvore de porte mediano com
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So'f-'I'''''.i!'J',; ".S1j};:-!\~~
'<.,;z/ \'.'~\ fôlhas subcoriáceas. largo-elipticas ou ovaladas, de 12-29 em de com-
i1
-
I
~ , til\
lU
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primento e 7-15cm de largura, com a base arredondada ou obtusa e
ápice curto-acuminado; nervura central fortemente desenvolvida e ner-
vuras laterais de 4-6 pares e arqueadas. Inflorescência em pequenas
panículas espiciformes com flôres pequenas, pentâmeras. Fruto. uma
drupa elipsóidea de 6-8 em de comprimento, casca fina, amarelo-alaran-
jada, com mesocarpo carnoso-oleoso, cêrca de 5 mm de espessura. Al-
gumas vêzes encontram-se frutos de casca roxo-escura, pelo que são
designados "rnarl-prêto ", É apenas uma variação de côr, Os frutos
são consumidos ao natural, freqüente com farinha de mandioca e, as-
sim, muito apreciado pelas classes populares. Encontrados. nas feiras,
em quantidade, de janeiro a junho.
LAURACEA
Persea americana Mlll., varo americana (Persea gratissima
Gaert., Persea persea (L) Cook, Laurus persea L.) ABACATE
(est . 23)
- 55-
- 54-
É cultivado em todos os países tropicais por causa de seus ex-
I, celentes frutos, cujas propriedades alimentícias fazem com que sejam
, considerados mais como alimento de que como sobremesa. Fruto, uma
baga, variando muito na forma, côr, tamanho, etc. O tipo mais comum
da região é o chamado ••abate-de-pescoço", freqüentemente cultivado
LECITIDACEA
11
Bertholletia excelsa Humb. et Bompl. (B. nobilis
Miers). CASTANHA DO PARÁ
- 56- - 57-
,.l
altura e cêrca de 2 m de diâmetro. Ducke (1954: 15) assinala que" a
famosa castanheira do Pará, pode só em casos excepcionais chegar a
50 metros, porém seu tronco não ramificado (quando na mata virgem)
até a copa pequena, pode medir 3 metros de diâmetro". Recentemenle
no rio Jari, o coletor botânico do IPEAN, Nilo T. Silva, teve oportunida-
de de medir uma das maiores castanheiras ali derrubadas. Seu com
primento total foi de 62 m e o diâmetro do tronco, de 4,30 m.
O tronco da castanheira é caracteristicamente cilíndrico, reto,
desprovido de ramos, com a casca grosso-rimosa e áspera, de copa pe-
quena. Fôlha: pecíolo de 5-6 cm de comprimento, em forma de ca-
lha, com um delicado tomento; lâmina cartáceo-coriácea, verde brilhosa
I na face superior e verde-pálido na inferior, geralmente de 25-35 cm de
-58 - - 59-
Lecythis usitata Miers, varo paraensis (Ducke) Knuth
(Lecythis paraensis Huber). SAPU'CAIA
!]
tencia à espécie botânica Lecythis paraensis Huber, uma árvore de por-
te mediano, característica das matas de várzea alta e de terra firme do
baixo Amazonas. Uma outra espécie, L. usitata Miers, também ocor-
rendo do baixo Amazonas ao estuário em matas de terra firme, distin-
t guia-se daquela pelos frutos e sementes menores, com pouca cotação
comercial. Estudando a família Lecythidaceae, Knuth (1939: 63), re-
duziu a espécie de Huber à categoria de variedade de L. usitata, basea-
do no fato de que o tamanho e a forma dos pixídios variam considera-
velmente até na mesma árvore.
- 60 -
- 61-
I
"
I (est . 27, tig . 2-3)
t Árvore que atinge 35 m de altura e 1 m de diâmetro no tronco,
I
sem sapopernas, com raízes grossas, superficiais e subsuperficlals.
I
2 muito alonqadas, encontrada somente no Município de Mazaqão, T, F.
do Arnapá. Esta espécie distingue-se da anterior pelas sépalas tornen-
f
tosas e botão floral nitidamente purpúreo. Além do mais. o fruto apr e-
~l
;:;
:
'J " "".3
senta-se globoso, sem gibosidade e, na zona calicar as sépalas
tem em forma de pequena pontas mais ou menos
persis-
llqnificadas. Se-
gundo observações baseadas em 42 árvores, durante os anos de 1957
." .
...'."" ..•..,-,. a 1965, o cíclo biológico - antese, frutificação e deiscência é inferior a
i 12 meses. Frutos maduros, na primeira metade do ano. (10).
~ I ,I
Pachylecythís egleri Ledoux SAPUCAIA GRANDE
I
(est. 27, figo 1)
mudubim, mendubi
i~. estado
Brasil
espontâneo
Central
mesmo que, provàvelmente,
ou Paraguai.
tenha
Ao monografar o gênero,
se originado
Hoehne
no
(1920),
- 63-
- 62
.1~
I
considera 11 espécies válidas, com numerosas variedades e formas,
•. t T' cujo centro de dispersão acha-se entre Paraguai e Mato Grosso (Brasil
Central), com predominância neste. Assim, conclui êsse autor que
A. hypogaea é natural do Brasil, mas hoje dispersada sob muitas varie-
dades e formas de cultura, por todos os países da Africa, Asia e Eu-
ropa meridional, assim como na América do Norte.
'~l Há muito era o amendoim cultivado no Pará, porém em escala di-
minuta. Só recentemente, com o surto da indústria de 'óleos comestí-
veis na região, é que foi incrementada a sua cultura.
l
A. hypogaea é uma planta herbácea, com alguns ramos prostra-
dos e frutificação hipógea, isto é, os frutos se desenvolvem e amadu-
recem sob a terra e constituem um alimento muito nutritivo. Segundo
Hill (7952: 342), uma libra (453,6 g) fornece 2700 cal, enquanto que,
li"1~~ uma libra de carne fornece somente 900 cal.
í'
seruaia, iogá marí (est. 28, fig. 1-2)
I Encontra-se dispersa em muitas partas da Amazônia, porém sua
ti área de maior ocorrência, como temos observado, local iza-se entre San-
r: tarém e Manaus. É uma árvore pequena, entre 6-8 m de altura, copa
i ampla e tronco às vêzes tortuoso, muito característica de beira de rio.
t'I
~,
Fôlhas pinadas, geralmente de 9-12 jugos, flôres amarelas, dispostas em
cachos vistosos. O fruto é uma vagem cilíndrica, alcanaçndo até
1·~iiJ...
I; 1i.•.
70 cm de comprimento e 2-3 cm de diâmetro, com as suturas lisas e
contínuas e casca torulosa.
septos transversais.
Sementes discóides, envolvidas por uma
polpa sucosa agridoce e comestível, separadas no interior do fruto, por
Ainda não foram constatados os frutos, nas fei-
ras de Belém. Normalmente é oferecido a venda às pessoas que via-
- 64- - 65-
vivo, pesada (1,22), dura, incorruptível e muito difícil de se traba-
.,. Ihar devido a pequenas concreções resinosas que estragam a ferramen-
i ta (Ducke, 1949 : 97). Fornece uma resina conhecida como" [utaicica "
ou "copal ", empregada na indústria de vernizes. Essa resina exsuda
em quantidade do caule, dos ramos e até dos frutos, solidihcando-se
na própria árvore ou caindo 110 solo, junto ::10 tronco anele é qeralmen-
te encontrada em estado meio fóssil. em blocos de até J kq. Êsse é o
! tipo de resina mais procurado no comércio. Da espêssa casca. remo-
vida por inteiro do tronco, os índios preparam canoas de regular tama-
I
1
I
nho. O "[utai"
dêle extraindo-se
dos aparelhos
O fruto
é muito
Lima seiva
respiratórios
estimado por
que é empregada
e urinários.
é uma vagem indeiscente,
suas
grossa,
propriedades
no combate
subcilíndrica,
ruedlcinals,
8S doenças
até 15 em
de comprimento, contendo uma polpa sêca, farinácea, comestível, de sa-
bor e cheiro muito característicos. Geralmente floresce de agôsto a
outubro e, quatro meses depois amadurecem os frutos.
LEGUlVIINOSA - MIMOSÚIDEA
- 66- li
- 67-
"
'~
1
ti!
d'ealtura, com tronco relativamente baixo e copa ampla. A madeira,
>muito forte, é empregada como bom combustível. Fôlhas pinadas,
de 3-4 jugos, folíolos elíptico-oblonogs, de 6-13 cm, por 2-4 cm, os su-
periores sempre maiores, geralmente o dôbro dos inferiores, nervuras
laterais delicadas ,arqueadas e acentuadamente dirigidas para o ápice.
Na época da floração aparecem novas fôlhas, flácidas e de um verde
esmaecido, tornando-se firmes e de um verde mais pronunciado em
plena frutificação. Inflorescência espiciforme, cêrca de 2 cm de com-
primento, densiflora, flôres de 1-1,5 cm, corola esverdeada, estames
em número de 28-30. Fruto maduro verde-pardacento, até 20 cm de
comprimento e 2 cm de largura, em forma de arco ou reto, plano, con-
tendo 12-14 sementes de côr verde envolvida por escassa polpa adoci-
cada, comestível. Floresce e frutifica geralmente entre julho e se-
tembro.
(est. 30)
I, - 69-
- 68-
\ I -:
A forma verdadeiramente espontânea é a variedade parviflora Benth.
de frutos e flôres menores que a var. tipica.
O ingàzeiro é uma árvore de porte mediano, atingindo até 15 m de
altura, de crescimento e frutificação rápidos. Indivíduos plantados em
março de 1957 no Horto do Museu Goeldi floresceram pela primeira vez
em maio de 1959, pouco mais de dois anos, quando mediram de 6-7 m.
Atualmente, com menos de 15 anos já estão prestes a desaparecerem
pela morte freqüente dos ramos maiores, disso podendo-se concluir que
~~'
". o ciclo de vida do I, edulis não chegue aos 20 anos. Fôlhas compostas
'. de 4-6 jugos, ráque ferrugíneo-tomentoso, folíolos cartáceos, elípticos
ou ovalados, os inferiores sempre menores, base arredondada ou obtusa,
nervuras laterais uniformemente paralelas. Inflorescências espiclfor-
mes, reunidas em vários grupos, geralmente de 4-5 espigas nas áxllas
~ das fôlhas terminais e subterminais. Flôres perfumadas, sésseis, aden-
sadas no ápice do pedúnculo; cálice esverdeado, tubuloso, corola bran-
~.i.. co-esverdeada, tubulosa, de 1-2 em de altura tendo o têrço superior alar-
li gado e dividido em 5 pequenos lobos dentiformes; estames em tôrno
fi de 80, filetes delicados, unidos em tubo até o meio. Fruto, uma va-
gem indiscente, de côr verde, longitudinalmente multisulcado, de com-
primento variável, podendo atingir até 1 m de comprimento; sementes
de 3-3,5 em de comprimento, cotilédones negro-luzidios e testa mem-
branosa, revesti da externamente por uma polpa branca, macio-fibrosa,
adocicada (11); germinação precoce, às vêzes ainda dentro do fruto
normalmente amadurecido.
~poca de floração e frutificação, variando de um indivíduo para
outro, por essa razão aparecem frutos nas feiras quase todo o ano.
Das espécies de "Inqás" comestíveis é esta a mais conhecida e mais
apreciada.
Est. 30 - Inga ciflflamomea; I) fruto; 2) inflorescência; (11) - Indivíduos procedentes de Tabatinga, fronteira com a Colômbia, são cultivados
3) corte do fruto; ~ em Ananindeua, na granja do sr. Raimundo N. da Silva e apresentam excepcio-
4) semente; 5) flor; 6) folha.
." nais qualidades, tais como; frutos alcançando até 1,70 m de comprimento, poLpa
volumosa, sucos a e doce.
- 70-
-71 -
dades da Amazônia brasileira, mas ela ocorre em todo o Brasil tropical
extra-amazônico (no Ceará nas serras onde é chamada •.ingaí") até
S. Paulo, e árvores de procedência sulista se encontram cultivadas nas
praças de Manaus; Peru, Colombia, Guiana". Novas coleções indicam
mais as seguintes localidades: Bujaru (de onde procedem os indiví-
duos cultivados no Horto do Museu Goeldi), Almerim, Monte Alegre,
Estado do Acre e Venezuela.
Arvore pequena, variando de 4-8 rn, habitando as capoeiras de ter-
ra firme. Fôlhas bijugas, raro trijugas, com o ráque estreito-alado ou
nudiúsculo, folíolos subsésseis, elíptlcos, 'de 9-16 cm, por 4-7 em, os ln-
feriores sempre menores, ápice acuminado ou obtuso-acumlnado, base
estreitada e assimétrica. Inflorescência em espigas alongadas, cêrca
de 6 cm de comprimento, em número de 2-4 na áxlla das fôlhas. Flor
brancacenta, com 9-10 mm de altura, cálice tubuloso-carnpanulado, com
2,5 mm de altura, corola com 4-5 dentes estreitos, estames em torno de
45, ligados em tubo da mesma altura da corola. Fruto, uma vagem pla-
na, mais ou menos engrossada na região mediana, de tamanho variado,
as maiores até 6 em de comprimento, por 2,5 cm de largura, as meno-
res com 2 cm de comprimento e 2,5 cm de largura (largura maior que
o comprimento). Sementes com uma polpa escassa, de sabor adoci-
cado. Floresce a partir de agôsto, havendo abundância de frutos no
mês de janeiro.
- 72- -73-
Ing'a heterophylla Willd. tNGÁ CHICHICA
-75 -
- 74-
5 mm de altura, corola estreito-tubulosa, ligeiramente arqueada, bran-
ca, externamente serícea, cêrca de 2 cm de comprimento, com 4-5 den-
tes agudos; tubo estaminal da mesma altura da corola, as vezes ultra-
passando. Fruto quando jovem, verde-pardacento, plano, reto ou cur-
vo, com as suturas bem salientes; quando maduro, engrossado, de côr
ferrugínea, até 16 cm de comprimento, por 2-2,5 cm de espessura, ge-
ralmente apresentando constrições nos lugares das sementes não de-
senvolvidas; sementes oblongas, cerca de 13 mm de comprimento, en-
volvida por uma polpa branca, adocicada. ~,também, um fruto de pou
co valor, pelo seu escasso conteúdo comestível. Floração e frutifica
ção, principalmente, nos meses de julho e agôsto.
!
Amazonas e estuário, encontrada em estado silvestre, raro cultivado.
Arvore de porte mediano, ou mesmo arbustivo, chegando até 10 m de
altura. Ramos jovens denso-ferrugíneo-vilosos, percorridos por saliên-
, .
cias aristadas as quais, passando pelas cicatrizes foliares, formam li-
nhas em zigue-zague; essas cicatrizes persistem até no tronco, em for-
ma de semicírculos. Fôlhas de 3-2 jugos, de tamanho muito variável;
nas brotações, ou indivíduos jovens, o âmbito pode chegar a 60 cm de
comprimento por 75 cm de largura, com os folíolos superiores medindo
41 em por 24 em, os inferiores, 28 em por 14 cm; pecíolo comum 30 em
de comprimento e ala até 4,5 cm de largura. Fôlhas dos ramos adul-
tos, com um âmbito de 24 cm por 32 cm; folíolos superiores de 15·20 em
por 8-12 em de largura, os inferiores, de 5-7 em por 3-5 em, ráque de
7-12 em de comprimento e ala até 1,5 cm de largura. Nos dois casos os
folíolos têm forma largo-elítica, base arredondada ou subcordada, ápi-
ce obtuso e ligeiramente apiculado e, arnbas as faces revesti das de pê-
los velutinoso-ferrugíneos. Inflorescências espiciformes, na áxila das
fôlhas terminais, ráque rufo-viloso cêrca de 7 em, com flôres sésseis,
agrupadas no ápice. Flôres até 9,5 cm de comprimento; cálice tubu-
loso, rufo-seríceo, de 3-4 cm de altura, com dentes lineares; corola tu-
bulosa, cêrca de 4,5 cm, denso-seríceo-vilosa, alargada para a extremi-
dade, com 5-6 lobos; estames numerosos, até 9,5 cm de comprimento,
Est. 33 - Inga thibaudiana ; 1 e 2) frutos; 3) flor; 4) corte do fruto; 5) semen-
ligados em tubo até mais ou menos à altura da corola; ovário subcllín-
te; 6) folha. lnga vclutilla; 7) fruto; 8) corte do mesmo; 9) antera; 10) inflo- drico, levemente sinuoso. Fruto, uma vagem indeiscente, plano-espês-
rescêncía; 11) ramo f1orífero. sa, arqueada ou sub-reta, até 27 cm de comprimento e 3-5 cm de largu-
-76 -
-77 -
ra, denso-ferrugíneo-hirsuta; sementes cêrca de 1,5 em, envolvidas por
uma polpa branca, doce e comestível. Floresce e frutifica a partir de r CALENDARIO FRUTfcOLA
maio e, raramente são encontrados nas feiras. O nome" ingá-de-fogo" r NOME CIENTíFICO
J()M~
1._ .. _
VIII r.;,AR
._-_ ...
~1~1-lzl~IOI~I~I>IN
lc:t..lwrc:rIWI<J..I-.,"'"")rCJluJ:::>
~1~1:l::1'?1'?1«1(/)IOIZIO
o
H-+-i II W11t
~ L...L-L
provém da coloração rufo-ferrugínea do revestimento piloso encontra- ANACARDIUM GIGANTEUM CAJUI
do nos ramos jovens e, sobretudo nos frutos, lembrando a côr do fogo.
A. NEGRENSE
A. MICROCARPUM CAJU DOCAJUTIM
CAMPO _ •
A. OCCIDENTALE CAJU, - -_.
A. SPRUCEANUM CAJUI H
MANGIFERA INDICA
POUpARTIA· AMAZONICA
MANGA f--+. ---
JACAIACÁ - H-+- --,.J:t
._I__~.I
SUMMARY '·,~l~'
.~ SPONDIAS DULCIS
S. LUTEATAPERIBA
ANNONA DENSICOMA
CAJARAN~ f--+-t-
ARATlCUM DO MATO -
• __
I 1-
-tt
A.MONTANA ARATICUM ! -t I I 1 __ ,_
---ti
It has been catalogued 110 species of edibles fruits in the
A.MURICATA GRAVIOLA _ _ _ _
amazonian region. Of the natives species (65% from the above A. SQUAMOSA ATA _
amount), some of them are cultived, while another are only known in
ROLLlNIA MUCOSA BIRIBÁ -
wild conditions. The majority of the fruits listed here appear in the COMÁ GUIANENSIS • SÔRVAl-I- _
C. MACROCARPA SORVA GRANDEt-t- __ _
markets of Belem only at certain season of the year. Accordingly it C. UTILlS SORVINHAt-t- _ _
is noted on the included calendar, the periodo of greatest abundance is HANCORNIA SPECIOSA MANGAB.l\ t-t-I- -
PARAHANCORNIA AMAPA AMAPA - 1-- -
from Octobei--November until April-May. In the present paper the
-11 t-r-
!
ANANAS COMOSUS ABACA.?<I' - - - -
author describes 55 specíes of fruits and illustrates 51 species, giving CARICA PAPAYA MAMAO
more emphasis to the lndlqennus, chiefly those less known. The CARIOCAR VILLOSUM PIQUIÂ _ _
scientific names used are' according to the most recent taxonomic COUEPIA BRACTEOSA PAJURÁ __
C. LONGIPENDULA CASTANHA DE GALINHA _
revtsions. The rernatnder of the fruits will be appreciated in a second f G. SUBCORDATA UMARIRAN~ __
publication:
-.
' / .
CHRYSOBALANUS
LlCANIA
PARINARI
TOMENTOSA
MONTANA
ICACO
,0lTl
PAJURA DA MATA
AGlR4 -H--'
1---
~-4--1--,-
-Mf
CITRULLUS VULGARIS MELANCIA __
CUCUMIS MELO MELÃO
MAMMEA AMERICANA ABRICÓ •
PLATONIA INSIGNIS BACURí
RHEEDIA MACROPHYLLA BACURIPARi H-+-++_
R.BENTHAMIANA BACURIPARISELVAGEM H-t-+
;~.
ENDOPLEURA
DUCKESIA
UOHI
VERR UCOSA UCHI CORÔA
UCHI_
_
-+-
~ . PORAQ UEIBA PARAENSIS (PARÁ) UMARI H-+--+-H
r r P. SERICEA (AMAZONAS)' UMARI t--+--+--+--+--i
L' PERSEA AMERICANA ABACATE 1-1-+-1--+-+-14
BERTHOLLETIA EXCELSA CASTANHA DO PARÁ .•_ .,-
LECYTHIS USITATA' SAPUCAIA.
L. AMAPAENSIS SAPUCAIA DO AMAPÁ
PACHYLECYTHIS' EGLERI SAPUCAIA GRANDE
ARACHIS HYPOGAEA AMENDOIM
CASSIA LEIANDRA . MARIMARI -1-
HYMENAEA
TAMARINDUS
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INDICA
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INGA ALBA INGA CHICHICA _ _
I. CINNAMOMEA INGA-AÇÚ _ _ ,_ .•._
I. EDULlS INGÁ _ _ ,_
- 78-
I. FAGIFOLlA
I. FALCISTIPULA
I. HETEROPHYLLA
I. THIBAUDIANA
I. VELUTINA .
lNG~ CURURU
INGA CHICHICA
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f Amapá
Amendoim
.
.
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63 laçapucaia
.
.
40
61
i Ananás . 35 Ingá.................. 67, 69
Araticum . 23 Ingá-açu . 69
"~
li
Araticum-açu . 23 Ingá-cipá . 69
§ Aratlcum-do-rnato . 23 Ingá-chichica. . . . .. 67, 73, 74
~ Ata . 27 Ingá curumim . 71
f ~=--Bacupari . . . 49 Ingá cururu . 71
í Bacuri . 46 Ingá-de-fogo . 77
Bacuri-pari . 49 Ingá-de-macaco. . . . . . .. 71, 74
Bacurl-pari selvagem . 49 Ingaí . 74
Biribá . 27 Ingá-mari . 65
Brazilnuts . 57 Ingá-turi . 67
Caju-tlm . 11 Ingá-xixica . 67
Cajá . 21 Jacaiacá . 19
Caja-mirim . 21 Jatobá .. " '" . 65
Cajá-manga . 21 Jutaí . 65
Cajarana . 21 Jutaí-açu . 65
Caju . 11 Jutaí grande . 65
Cajuaçu 9, 13 Kumã-uaçu . 31
Caju-da-mata . 9 Mamão . 37
Caju-do-campo . 11 ~::::·Manga . 13
Cajuí 9, 11, 13 Mangaba . 32
Caju-nariz . 11 Mari . 55
Cajutim . 11 Marimari . 65
Castanha-de-galinha . 40 Mari-prêto . 55
Castanha-do-Brasil . 57 Marirana . 40
Castanha-do-Maranhão . 57 Melancia . 44
- 82-
- 83-
Melão 44 Seruaia 65
Mendubi 63 Sorva 29, 31
Mudubim 63 Sorva grande 31
Noix de Pará 57 Sorva pequena 31
Nuez de Brazil 57 Sorvinha 31
Oiti 42 Sugar-Ápple it
Pajurá 38 Tamarindo 67'
Pajurá-da-mata 42 Taperebá 21
Pajurá-pedra 42 Taperebá-açu 19
Paránuss 57 Taperebá-cedro 19
Parinari 42 Taperebá-do-sertão 21
.Pinha ~ " 27 Uxi }............ 50
Piquiá 37 Uxi-coroa 52
Sapucaia 61 Uxi-pucu 50
:' Sapucala-do-Arnapá 63 Umari 55
Sapucaia grande 63 Umarirana 40
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