Apostila de Arrais Amador 1REV
Apostila de Arrais Amador 1REV
Apostila de Arrais Amador 1REV
Curso Shekiná
Apostila de Arrais Amador - 2011
Embarcação é uma construção flutuante, feita de madeira e/ou ferro, que transporta com
segurança, sobre a água (salgada ou doce), pessoas e/ou carga.
Meia-nau – é a parte do casco que divide os dois corpos; é um referencial de uma região da
embarcação que se situa entre a proa e a popa.
Bordos – são os lados da embarcação, ou seja, as duas partes em que o casco é dividido por
um plano que corte a proa e a popa. Um observador posicionado na linha diametral do navio e
voltado para a proa, terá boreste (BE) à sua direita e bombordo (BB) à sua esquerda.
Través – é a direção perpendicular ao plano longitudinal que corta o navio de proa a popa.
Âncoras e Amarras
Âncoras ou ferros – são peças de aço que tem uma forma especial e seu peso é adequado
ao deslocamento da embarcação e destina-se a segurar a embarcação prendendo-a ao fundo,
evitando que seja arrastada pela força da correnteza ou do vento durante o fundeio.
Danforth – É a mais comum para barcos de recreio. Destinada aos fundos de areia,
lama ou cascalho, ela possui algumas partes móveis e, por isso, é fácil de guardar a
bordo. Mais barata que os outros modelos, a "Danforth", no entanto, precisa de um
"filame" (cabo) cinco vezes maior que a profundidade do local para fixar-se.Para
fundos de areia dura, deve-se optar por "patas" finas.
Garatéia ou Fateixa – Projetada para fundos de pedra ou coral, pode ser feita
em casa, com um tubo de PVC e ferros de construção. Sua maior
ventagem é que os ganchos, se entroscarem no fundo, abrem-se com
facilidade quando o cabo for puxado. Muito usada por pescadores.
Britany Spade
Folding Cogumelo
Amarras – São correntes (ou cabos especiais) constituídas por elos que possuem como
função agüentar a força de fundeio da âncora nos fundeadouros. Liga a âncora com
embarcação.
A amarra é constituída de quartéis (cada quartel mede em média 15 braças ou 27,5 m). A
quartelada, ou seja, o comprimento total da amarra paga (solta), é chamada de filame.
Os cabos que permitem uma embarcação ser “amarrada” ao cais são chamados de espias.
Entretanto nas miúdas são denominadas “bosa”
De acordo com seu posicionamento em relação à embarcação as espias denominadas de
lançantes, espringues ou traveses. Assim a espia que “diz” para vante ou para ré em
relação ao seu posicionamento na embarcação é um lançante de proa ou de popa, conforme
o caso. A espia que “diz” para meio o meio da embarcação, quer a vante, quer a ré, é um
espringue e aquelas que são perpendiculares ao cais constituem os traveses.
Efeito do Hélice
Para o navegante “safo”, todos os fatores que influenciam uma manobra são importantes
e devem ser entendidos e conjugados corretamente para a obtenção dos efeitos desejados.
Quando o hélice gira, desloca-se para trás uma massa de água, gerando uma corrente
de descarga, Conseqüentemente, no lugar da massa que foi empurrada vão afluindo novas
massas de água, estabelecendo-se uma corrente de sucção. Entretanto, dependendo da
rotação do hélice (avante ou a ré), essas correntes têm efeitos diferentes quando se manobra
uma embarcação. Vejamos:
3) Pressão lateral das pás – Este é um efeito que ocorre devido às pás inferiores exercerem
maior esforço do que as superiores, isso porque a inferiores estão sob maior pressão, devido
a maior profundidade.
Devido à pressão lateral das pás, a popa da embarcação tende a ser empurrada para o
mesmo bordo para o qual gira o hélice, porém esse efeito só tem alguma importância no início
de um movimento, desaparecendo logo em seguida.
O entendimento desse efeito é simples, basta imaginar
que quando o hélice inicia o movimento de rotação ele
se soltaria, caso não estivesse preso no eixo. Para que
bordo ele seguiria?
Obviamente para o mesmo bordo da rotação. Porém,
como ele não se solta do eixo, a popa recebe este
esforço.
O leme tem por finalidade dar direção a uma embarcação e mantê-la a caminho, no rumo
determinado. É por meio do leme que se faz a embarcação guinar. Ele é disposto na popa e
só tem ação quando a embarcação está em movimento (ressalvados os casos de correnteza),
uma vez que o seu efeito é resultante da força das águas, em movimento, sobre sua porta. O
leme é comandado por um timão, por uma roda de leme ou por uma cana de leme.
Ao girarmos o timão ou a roda do leme para um bordo a proa da embarcação irá para
esse bordo. Já com a cana do leme, ao empurrá-la para boreste (BE) por exemplo, a proa irá
para bombordo (BB) e vice-versa.
Vamos considerar uma embarcação com marcha avante e leme a meio; neste caso, a
embarcação está submetida a duas forças opostas:
Agora, se carregarmos o leme para um dos bordos, por exemplo, boreste, a força de
resistência passa a exercer uma forte pressão na porta do leme, sendo esta pressão
denominada de pressão normal. A pressão normal é responsável pela guinada da
embarcação.
Portanto, podemos resumir, dizendo que, quando carregamos o leme para um dos
bordos, estando a embarcação com seguimento para vante, o efeito do leme é o seguinte:
Com a embarcação com seguimento para ré, o efeito do leme é contrário do que foi
apresentado acima (seguimento avante), ou seja, a pressão normal é exercida de ré para
vante, sobre a porta do leme, obrigando a popa a guinar para o bordo em que está o leme e a
proa, ao contrário. Concluindo, podemos dizer que o efeito evolutivo do leme depende:
A ação evolutiva de uma embarcação com transmissão eixo-hélice e equipada com leme
convencional, exigem do navegante um raciocínio no sentido de conjugar os efeitos do leme e
do hélice nas várias situações de manobra.
Embarcação e hélice em marcha avante – A ação do leme tem seu maior efeito e, pode-se
dizer, que o efeito do propulsor no governo da embarcação é praticamente imperceptível, a
não ser no momento em que a embarcação está
vencendo a inércia, ocasião em que o propulsor
provoca um pequeno abatimento da popa para BE e
uma tendência de a proa guinar para BB (Hélice com
passo direito) devido ao efeito da pressão lateral.
À medida que a embarcação adquire seguimento, o
efeito de esteira sobrepõe-se ao efeito da pressão
lateral, passando o governo a depender inteiramente da ação do leme.
Embarcação com seguimento para vante e hélice dando atrás – No início deste
movimento, ou seja, embarcação com seguimento adiante e hélice dando a trás, a ação
evolutiva do leme tem preponderância até que ocorra a mudança do movimento da
embarcação. Vejamos cada caso:
1) Leme a meio – No início, não há nenhum efeito evolutivo preponderante, a não ser a
redução do seguimento para avante.
Embarcação com seguimento para ré e hélice dando avante – Neste caso, como já
dissemos, o efeito evolutivo do leme é bem menos significativo do que com a embarcação
com seguimento avante. Porém, na seqüência deste movimento, aumenta a ação evolutiva do
leme em decorrência da corrente de descarga.
1) Leme a meio – No início do movimento, não existem efeitos preponderantes, a não ser
a diminuição da velocidade para a ré da embarcação. Na seqüência do movimento, à medida
que a embarcação perde o seguimento, o efeito da pressão lateral das pás tende a levar a
popa para BE e a proa para BB (passo direito). Esta tendência é bastante reduzida e, em
alguns casos, de difícil percepção.
2) Leme a bombordo – Caso o seguimento para ré seja grande, o efeito evolutivo do
leme poderá ter alguma preponderância, mas na seqüência do movimento, devido aos efeitos
da corrente de descarga e pressão lateral das pás, tenderá a levar a popa para BE e a proa
para BB, a princípio, lentamente, depois com mais rapidez.
3) Leme a boreste – O efeito evolutivo do leme é um pouco maior que no caso anterior,
levando a popa para BE e aproa para BB (passo direito). Na seqüência do movimento, à
medida que a embarcação perde o seguimento, a proa tende para BE e a
popa para BB, devido ao efeito da corrente de descarga e a pressão lateral das pás.
Podemos ainda desatracar usando uma corrente favorável. Se ela estiver pela proa,
folgamos os cabos a vante, mantendo os de ré apertados. A proa se afasta do cais e a popa
permanece junto a ele. Logo após folgamos os cabos a ré; a popa também afastará,
permitindo uma desatracação sem maiores dificuldades.
Se a corrente estiver pela popa, adotamos o procedimento inverso, o que nos levará
também a uma fácil desatracação.
Manobra de atracação
A aproximação, neste caso, deve ser feita com um Ângulo aproximado de 30º, formado
entre a linha do cais ou píer e a linha longitudinal da embarcação, com o menor seguimento
possível.
2) Atracação por BE sem vento e sem corrente – Nesta manobra, deve se tentar uma
aproximação o mais paralelo possível do cais ou píer,
com pouco seguimento. Passa-se o primeiro cabo pela
proa (lançante de proa), coloca-se o leme a BB e a
máquina a ré (somente para diminuir o seguimento para
avante) sem, no entanto, quebrá-lo. Desta forma, a
tendência da proa é guinar para BE e a popa para BB .
3) Atracação com corrente ou vento pela proa – Se a corrente ou vento for paralela ao cais,
deve-se fazer uma aproximação o mais paralela possível, isto é, com o menor ângulo de
forma a aproá-la. Assim que for possível, passa-se o primeiro cabo pela proa e pára-se a
máquina, deixando que a embarcação encoste.
7) Atracação com Vento ou Corrente Paralela ao Cais - Procure atracar sempre contra a
correnteza ou vento. Aproxima-se do cais com um ângulo de cerca
de 30°, com a máquina adiante devagar. Assim que possível
passar um lançante de proa e parar a máquina. O vento ou
corrente ajudará a encostar a popa.
Conclusões:
A melhor ocasião para executar uma manobra de atracação é no estofo de maré
(maré parada), quando normalmente não existe corrente;
Sempre que possível, utilize o vento ou corrente pela proa, pois facilita o governo e
é mais fácil de controlar a aproximação;
Utilize sempre os cabos (lançantes e springs) para auxiliar na atracação,
preferencialmente as de proa, pois são muito eficazes para quebrar a guinada; e
Em toda manobra de atracação, o ferro (âncora) de bordo deve está pronto para se
largado. Em caso de emergência, não hesite em usá-los.
Manobra de desatracação
4) Largar do Cais com vento ou Corrente pela Popa - Largar todos os cabos (lançantes e
springs), exceto o lançante de proa, coloque o leme na direção ao cais, entre com o lançante
de proa e, quando a popa estiver safa, leme a meio e máquinas atrás devagar.
Fundear e Suspender
Fundear ou ancorar - É a manobra de lançar uma âncora ao fundo para com ela manter a
embarcação segura e parada em determinado local no mar, rio, lagoa ou açude. Requer do
navegante alguns cuidados especiais para assegurar que o ferro unhe no fundo e segure a
embarcação no local desejado.
O primeiro passo para se obter sucesso nessa manobra é a escolha correta do local de
fundeio.
Fundeadouro – A escolha do fundeadouro requer uma análise, por parte de navegante, que
deverá considerar os seguintes itens: área abrigada de vento e corrente, profundidade
adequada, tença do fundo, o fundo não deve ter grandes declives e deve haver bastante
espaço para o giro.
Manobra para fundear – A manobra que descrevemos a seguir é uma forma padrão e segura
de executar um fundeio, entretanto, sabemos que muitas vezes não é possível segui-la à
risca, seja por restrição da área ou por causa de outras embarcações que já estejam
fundeadas. Vejamos qual é a seqüência:
Aproximação do local de fundeio aproado ao vento ou à corrente (o de maior força),
com velocidade apropriada (reduzida);
Parar a máquina a uma distância do local escolhido de aproximadamente três vezes o
cumprimento da embarcação, deixando-a seguir somente com o seguimento;
Chegando no local do fundeio, larga-se o ferro e, ao mesmo tempo, dá-se máquinas
atrás, o necessário para que a amarra não embole sobre o ferro e que o ferro unhe com
segurança;
O filame (quantidade de amarra usada) necessário em um fundeio depende da
situação do local, das condições de tempo, além do tipo de ferro que está sendo usado.
Porém, como regra geral, pode-se utilizar de 3 a 7 vezes a profundidade do local;
Por fim, deve certificar-se de que o ferro agüentou, isto é, de que o ferro unhou o
fundo, e isso deve ser feito mediante observação da amarra, que deverá mostrar-se ora
tesa, ora branda.
Fundeadouro
Se for previsto mal tempo, podemos ainda aumentar, por medida de segurança, a
quantidade de amarra para oito (8) vezes a profundidade do local.
É o conjunto de regras que, tendo a força de lei, prescreve como deveremos conduzir as
embarcações na presença de outras, bem como, informá-las de nossas intenções ou ações,
por sinais de apito, por luzes ou por marcas diurnas, de maneira que possamos
desenvolver manobras corretas e seguras, afastando assim do perigo do abalroamento
(colisão). O RIPEAM se aplica a todas as embarcações em mar aberto e águas interiores.
Copilado por: Manuel Mendes – (85) 8538-8116
Apostila de Arrais Amador - 2011
A manobras para evitar Colisão deve ser franca e positiva, o que, normalmente, significa
dizer:
Altere o rumo de maneira ampla;
Varie a velocidade para mais ou menos de maneira sensível;
Manobre com bastante antecedência. Nunca espere o último momento.
LUZES E SINAIS
Identificação de luzes
Devem ser exibidas pelas embarcações, a fim de evitar acidentes e garantir a segurança
do tráfego aquaviário.
As regras referentes às luzes devem ser observadas do pôr do sol ao nascer do sol, não
devendo ser exibidas outras luzes que possam originar confusão.
Mesmo de dia, com visibilidade normal, use as marcas adequadas à situação.
SINAIS SONOROS
Aproximando-se de uma
Um (1) apito longo curva ou de um canal
estreito ou via de acesso
Observe com calma o quadro auto-explicativo a seguir que define o que a maioria das
embarcações emite sonoramente em suas manobras, sob baixa visibilidade.
PLACAS DE SINALIZAÇÃO
TIPOS DE NAVEGAÇÃO
Navegação Costeira ou visual – É aquela feita à vista de terra, valendo-se o navegante de
acidentes naturais e artificiais tais como: montanhas, ilhas, faróis, faroletes, torres, edifícios,
etc., existentes ou dispostos, adequadamente, em terra, para determinar a posição da
embarcação.
Navegação Estimada – É aquela feita à vista de terra ou não, quando obtemos a posição da
embarcação pela aplicação dos fatores tempo e velocidade a partir de uma posição conhecida
ou presumida e segundo a direção navegada.
Navegação Astronômica – É aquela que se vale da observação dos corpos celestes (sol,
lua, estrelas e planetas), para a determinação da posição da embarcação. Normalmente, só
usada em alto mar.
Todos esses métodos podem ser combinados e constituem uma série de operações
realizadas durante o caminho percorrido pela embarcação, o qual denominamos derrota.
COORDENADAS GEOGRÁFICAS
A Terra tem uma forma própria e a figura geométrica que mais se aproxima dessa
forma é o elipsóide, porém, para fins de navegação, adota-se uma esfera como modelo de
forma da Terra – Esfera Terrestre.
Meridiano – É o circulo máximo que vai do pólo Sul ao pólo Norte. A quantidade de
meridianos é infinita e para cada ponto da Terra passa um meridiano.
Equador – É o circulo máximo perpendicular ao eixo da Terra, portanto eqüidistante dos pólos
e que divide a esfera terrestre em Hemisfério Norte e Hemisfério Sul.
Paralelos – Como o próprio nome está dizendo, são círculos menores paralelos ao plano do
Equador. Assim como os meridianos, o número de paralelos é infinito.
BALIZAMENTO
É o conjunto de regras
aplicadas aos sinais fixos e flutuantes,
visando a indicar as margens dos
canais, as entradas de portos, de rios
ou de qualquer via navegável, além de
delimitar áreas perigosas ou perigos
isolados.
Balizas são dispositivos feitos de ferro ou de concreto que contêm um objeto em seu tope
(parte mais alta) de forma geométrica variável e não apresentam luz.
Bombordo: Para serem deixadas por bombordo por quem entra nos portos.
• cor: verde
• formato: cilíndrico, pilar ou charuto
• tope (se houver): cilindro verde
• luz (quando houver):
• cor: verde
• ritmo: qualquer, exceto Lp (2+1)
Boreste: Para serem deixadas por boreste por quem entra nos portos.
• cor: encarnada
• formato: cônico, pilar ou charuto
• tope (se houver): cone encarnado com o
vértice para cima
• luz (quando houver):
• cor: encarnada
• ritmo: qualquer, exceto Lp (2+1).
Canal preferencial a boreste: Utilizado quando um canal se bifurca e o canal preferencial for
a boreste.
c) Perigo isolado: O sinal de perigo isolado é aquele construído sobre, ou fundeado junto ou
sobre um perigo que tenha águas navegáveis em toda a sua volta.
e) Balizamento especial: Sinais que indicam uma área ou característica especial mencionada
em documentos náuticos. Exemplo: bóias oceanográficas; sinais de separação de tráfego;
área de despejos; área de exercícios militares; cabo ou tubulação submarina; área de
recreação; prospecções geológicas; dragagens; varreduras; ruínas; áreas de segurança e
outros fins especiais.
• cor: amarela
• formato: opcional, mas sem conflitar com os outros sinais
• tope (se houver): formato de X amarelo
• luz (quando houver):
• cor: amarela
CARTA NÁUTICA
No Brasil todas as cartas oficiais são produzidas pela Diretoria de Hidrografia e Navegação
(DHN) da Marinha do Brasil.
A utilização de uma carta náutica deverá sempre ser acompanhada da seguinte publicações: Carta
12000 -“Símbolos, Abreviaturas e Termos” usados nas cartas náuticas brasileiras.
Rumo é uma linha traçada na carta náutica, com direção e sentido definidos. Uma
embarcação para ir de um ponto a outro, deve seguir um rumo.
Declinação Magnética (dmg) É o ângulo entre os nortes Verdadeiro e Magnético. Ela varia
não só em função do local na superfície da Terra onde é medida, como também anualmente
com o passar do tempo. É contada para oeste ou para leste do norte verdadeiro. A carta
náutica apresenta o valor da declinação magnética local no interior das rosas dos ventos.
Mv = 150°
dmg = 20 W(+)
Mmg = Mv + dmg
Mmg= 170°
COMBATE A INCÊNDIO
COMBUSTÍVEL
COMBURENTE
CALOR ( temperatura de ignição )
Tirando-se um dos elementos desse triângulo a combustão será eliminada. Assim, para
combatermos um incêndio, temos três (3) regras básicas:
∗ A remoção do material combustível - Não havendo o que queimar não pode haver incêndio.
PRIMEIROS SOCORROS
A grande maioria dos acidentes poderia ser evitada; porém, quando eles ocorrem, alguns
conhecimentos simples podem diminuir o sofrimento, evitar complicações futuras e até mesmo salvar
vidas. Os primeiros socorros são procedimentos que na maioria das vezes salvam e/ou diminuem o
sofrimento do acidentado.
A bordo de uma embarcação sempre existe a possibilidade de nos depararmos com situações de
emergência, em que seja necessária a nossa atuação para salvar uma pessoa ou para evitar que o
seu estado piore após um acidente.
Alguns acidentes são mais comuns de ocorrer a bordo do que em terra, tais como: quedas por
escorregões no convés, batidas com a cabeça, queimaduras em motores, choques elétricos,
insolação, enjôo, etc. Esses acidentes podem ter por conseqüências fraturas, queimaduras,
sangramentos, além da necessidade de transportar corretamente o acidentado para outro local mais
apropriado a bordo.
Conceito de primeiros socorros = Os primeiros socorros são atendimentos básicos e simples dados
à vítima no local do acidente ou próximo a este.
Não se esqueça de que um atendimento de emergência mal feito pode comprometer ainda
mais a saúde da vítima.
∗ Se existe hemorragia, estanque-a mais rápido possível. Uma grande perda de sangue
pode conduzir à morte.
∗ O acidentado deve ser mexido o menos possível e com a maior suavidade. Se tiver que
deslocá-lo faça cuidadosamente, pois qualquer solavanco repentino pode agravar
seriamente o estado provocado por um traumatismo.
∗ A posição do acidentado deve ser cômoda e permitir-lhe respirar o melhor possível. Alargue
a roupa do acidentado em volta do pescoço, peito e abdômen.
∗ Não tire do acidentado mais roupa do que o necessário. E quando o fizer faça-o com
cuidado.
∗ Jamais presuma que um acidentado está morto até que tenha executado certos
testes.
CHOQUE ELÉTRICO
O Choque elétrico por vezes não provoca mais do que um incômodo passageiro, mas em
casos graves o acidentado perde os sentidos, pode ter convulsões, deixar de respirar e dar a
impressão de ter morrido. Nestas circunstâncias, não perca tempo, a vida do acidentado ainda
poderá ser salva. Procure seguir a seguinte seqüência:
∗ Se não for possível cortar a corrente, tome precauções contra qualquer choque e tente
puxar o acidentado pela roupa. Use materiais secos e isolantes.
O que fazer
Afogamentos
não perder tempo tentando retirar água dos pulmões da vítima;
checar imediatamente os sinais vitais (análise primária);
não havendo respiração ou pulso, iniciar as técnicas de
ressuscitação imediatamente;
mantenha a vítima aquecida;
ministre o oxigênio;
trate o estado de choque;
informar ao médico se o afogamento ocorreu em água
doce, salgada ou piscina; e
não tente resgatar ninguém da água, se você não for treinado para isso. Apenas jogue
algum material flutuante para a vítima agarrar e chame por socorro especializado
(salva-vidas).
Esta seqüência deve ser feita da seguinte forma: se você estiver sozinho, faça dois
sopros para cada quinze pressões no coração; se houver alguém o ajudando, faça um
sopro para cada cinco pressões.
Fratura = É a quebra de um osso causada por uma pancada muito forte, uma queda ou
esmagamento. Há dois tipos de fraturas: as fechadas, e as expostas.
Fratura exposta - quando o osso quebrado sai do lugar, rompendo a pele e deixando
exposta uma de suas partes. Este tipo de fratura pode causar infecção.
Contusão = É uma área afetada por uma pancada ou queda sem ferimento externo. Pode
apresentar sinais semelhantes aos indicadores de uma fratura fechada. Se o local estiver
arroxeado, é sinal de que houve hemorragia sob a pele (hematoma).
Hemorragias
A hemorragia ocorre quando um vaso sangüíneo é lesado e deixa sair o sangue, quando
esta é visível à superfície do corpo disse-se que é hemorragia externa. A hemorragia externa
pode ser:
A hemorragia Arterial faz com que o acidentado perca grande quantidade de sangue
em poucos minutos. É esse tipo de hemorragia que põe a vida em perigo.
• procure manter o local que sangra em plano mais elevado que o coração;
• pressione firmemente o local por cerca de 10 minutos, comprimindo com um pano limpo
dobrado ou com uma das mãos. Se o corte for extenso, aproxime as bordas abertas com os
dedos e mantenha-as unidas. Ainda, caso o sangramento não cesse, pressione com mais
firmeza por mais 10 minutos;
• quando parar de sangrar, cubra o ferimento com uma gaze e prenda-a com uma atadura
firme, mas que permita a circulação do sangue; e
Observação: Quando houver sangramentos intensos nos membros e a compressão não for
suficiente para estancá-los, comprima a artéria ou a veia responsável pelo sangramento
contra o osso, impedindo a passagem de sangue para a região afetada
Queimaduras
3º grau: necrose de tecidos com áreas que variam do branco pálido ao marrom escuro
– perda da sensibilidade nas áreas necrosadas, há pouca ou nenhuma dor – exposição
de camadas mais profundas do tecido – queimaduras de 1º e 2º graus ao redor.
• não tente retirar pedaços de roupa grudados na pele. Se necessário, recorte em volta da
roupa que está sobre a região afetada;
• não use manteiga, pomada, creme dental ou qualquer outro produto doméstico sobre a
queimadura;
Insolações ou Intermações
Ambas são provadas pela ação de calor. A insolação por exposição ao calor do sol. A
intermação, por exposição ao calor radiante ou ambiental (praça de máquinas, porões, fornalhas,
etc.)
Insolação Intermação
Sintomas Sintomas
Tratamento Tratamento
LEGISLAÇÃO MARÍTIMA
No nosso país , a Autoridade Marítima é exercida pela Marinha do Brasil, por meio de um
órgão especializado denominado de Diretoria de Portos e Costas, mais conhecida pela sigla
DPC.
MULTAS VALOR
A DE R$ 40,00 A R$ 200,00
B DE R$ 40,00 A R$ 400,00
C DE R$ 40,00 A R$ 800,00
D DE R$ 40,00 A R$ 1.600,00
E DE R$ 40,00 A R$ 2.200,00
F DE R$ 80,00 A R$ 2.800,00
G DE R$ 80,00 A R$ 3.200,00
I - Mar aberto: a realizada em águas marítimas consideradas desabrigadas, podendo ser de:
b) cabotagem: a realizada entre portos ou pontos do território brasileiro, utilizando a via marítima ou
esta e as vias navegáveis interiores;
c) interior: a realizada em hidrovias interiores, assim considerados rios, lagos, canais, lagoas, baías,
angras, enseadas e áreas marítimas consideradas abrigadas.
Parágrafo Único: a navegação realizada exclusivamente nos portos e terminais aquaviários para
atendimento de embarcação e instalações portuárias é classificada como de apoio portuário.
I - multa;
Parágrafo único. As penalidades previstas nos incisos I e IV poderão ser cumuladas com
qualquer das outras.
(Normam 03)
DEFINIÇÕES
Amador - Todo aquele com habilitação certificada pela Autoridade Marítima para operar embarcações
de esportes e recreio, em caráter não-profissional.
Comandante - É a designação genérica de quem comanda a embarcação. É o responsável por tudo o
que diz respeito à embarcação, seus tripulantes e demais pessoas a bordo. Em embarcações de
esporte e recreio, a palavra “capitão”, embora não prevista na legislação, pode designar o Comandante
em face da designação de uma categoria de amadores.
Proprietário - É a pessoa física ou jurídica em nome de quem a embarcação está inscrita numa
Capitania, Delegacia ou Agência e, quando legalmente exigido, cadastrada no registro da Propriedades
Marítima, no Tribunal Marítimo.
Apreensão da Embarcação
O amador terá sua carteira de habilitação apreendida, sem prejuízo das penalidades
previstas, quando:
====================================================
Fontes de consulta: