Lei Complementar 27 2009 Cariacica ES

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LEI COMPLEMENTAR Nº 27, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2009.

INSTITUI O CÓDIGO TRIBUTÁRIO DO


MUNICÍPIO DE CARIACICA E DÁ
OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º Esta Lei Complementar, denominada Código Tributário do Município de Cariacica,


define os tributos municipais, as hipóteses de incidência, base de cálculo, alíquotas,
estipula as obrigações principais e acessórias, estabelece normas sobre a administração
tributária, concede isenções e dá outras providências, com fundamento na Constituição
Federal, na Constituição do Estado, na Lei Orgânica do Município e nas Legislações
Tributárias Nacional e Estadual.

TÍTULO I
DO SISTEMA TRIBUTÁRIO MUNICIPAL

Capítulo Único
DA ESTRUTURA

Art. 2º Integram o Sistema Tributário do Município de Cariacica:

I - os impostos:

a) Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN;


b) Imposto Sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU;
c) Imposto Sobre Transmissão Inter Vivos, a qualquer título, por ato oneroso de bens
imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de
garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição - ITBI.

II - as taxas:

a) taxas decorrentes do exercício do poder de polícia do Município;


b) taxas decorrentes da utilização efetiva ou potencial dos serviços públicos, específicos e
divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;

III - as contribuições:

a) Contribuição de Melhoria, decorrente de obras públicas;


b) Contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública - COSIP.

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TÍTULO II
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA

Capítulo I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 3º A atribuição de arrecadar ou fiscalizar os tributos municipais, ou de executar leis,


serviços, atos ou decisões administrativas, não compreende a delegação da competência
tributária, nem confere à autoridade administrativa ou ao órgão arrecadador, o direito de
modificar os conceitos e as normas estabelecidas nesta Lei Complementar.

Capítulo II
LIMITAÇÃO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA

SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 4º Por força de disposições constitucionais são imunes aos impostos municipais:

I - o patrimônio, a renda ou os serviços da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos


Municípios;

II - os templos de qualquer culto;

III - o patrimônio, a renda ou os serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações,
as entidades sindicais dos trabalhadores, as instituições de educação e assistência social
sem fins lucrativos, observados os requisitos fixados no art. 5º desta Lei;

IV - o livro, o jornal e os periódicos, assim como o papel destinado à sua impressão.

§ 1º O disposto no inciso I deste artigo é extensivo às autarquias, no que se refere ao


patrimônio, à renda e aos serviços vinculados às suas finalidades essenciais ou dela
decorrentes, mas não se estende, porém, aos serviços públicos concedidos, nem exonera
o promitente-comprador da obrigação de pagar imposto que incida sobre o imóvel objeto de
promessa de compra e venda.

§ 2º O disposto no presente artigo não exclui a atribuição ás entidades nele referidas, da


condição de responsáveis pelo tributo e não as dispensa da prática de atos assecuratórios
do cumprimento de obrigações tributárias por terceiros.

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§ 3º A empresa pública que explora atividade não monopolizada sujeita-se ao mesmo


regime tributário aplicável às empresas privadas.

§ 4º A imunidade de bens imóveis dos templos compreende:

a) a igreja ou o edifício principal onde se celebra a cerimônia pública;


b) o convento, a escola paroquial, a escola dominical, os anexos por força de
compreensão, inclusive a casa ou residência especial do pároco ou pastor, pertencentes à
comunidade religiosa, desde que não empregados para fins econômicos e esteja edificada
em terreno contíguo ao do templo.

SEÇÃO II
DISPOSIÇÕES ESPECIAIS

Art. 5º O disposto no inciso III, do art. 4º é subordinado à observância dos seguintes


requisitos, pelas entidades nele referidas:

I - não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a título de lucro
ou participação no seu resultado;

II - aplicarem integralmente no País, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos


institucionais;

III - manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de


formalidades legais, capazes de assegurar sua exatidão.

§ 1º Na falta de cumprimento do disposto neste artigo ou no § 2º do art. 4º, a autoridade


competente poderá suspender a aplicação do benefício.

§ 2º Os serviços a que se refere o inciso III do art. 4º são exclusivamente os diretamente


relacionados com os objetivos institucionais das entidades nele referidas, previstos nos
respectivos estatutos ou atos constitutivos.

§ 3º Quando se tratar de entidades de assistência social sem fins lucrativos, os objetivos


institucionais dessas entidades serão comprovados, ainda, mediante apresentação de
certificado, devidamente atualizado, emitido pelo Conselho Municipal de Assistência Social
de Cariacica - COMASC, instituído pela Lei Municipal nº 3175 de 22 de dezembro de 1995,
alterada pela Lei Municipal 3776 de 25 de outubro de 1999, ou por outra norma em vigor.

TÍTULO III
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO

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Capítulo I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 6ºEste Título dispõe sobre a fase litigiosa do procedimento administrativo, de


determinação da exigência do crédito tributário do Município, decorrente de impostos, taxas
e contribuições, restituição de tributo indevido; reconhecimento administrativo de
imunidade, de isenção e não incidência e consultas para esclarecimento de dúvidas quanto
ao entendimento e aplicação deste Código e da Legislação Tributária Supletiva e da
execução administrativa das respectivas decisões.

Art. 7º Sem prejuízo de outros direitos e garantias individuais assegurados pela


Constituição da República Federativa do Brasil, o processo administrativo tributário será
informado pelos princípios da ampla instrução probatória, da motivação, da celeridade e da
economia processual.

Art. 8º Para os efeitos deste Título, entende-se por:

I - Fazenda Pública, os órgãos da administração municipal, as autarquias municipais ou


quem exerça função delegada por lei municipal, de arrecadar os créditos tributários e de
fiscalizar ou de outro modo, aplicar a legislação respectiva;

II - contribuinte, o sujeito passivo a qualquer título, na relação jurídica material que decorra
obrigação tributária.

Capítulo II
DAS NORMAS PROCESSUAIS

SEÇÃO I
DOS PRAZOS

Art. 9ºOs prazos serão contínuos, excluindo na sua contagem, o dia do início e incluindo-
se o do vencimento.

Parágrafo Único - Os prazos só se iniciam ou vencem em dia de expediente normal no


órgão em que tramita o processo ou em que deva ser praticado o ato.

SEÇÃO II
DA INTIMAÇÃO

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Art. 10A ciência dos despachos e decisões dos órgãos da administração tributária
preparadores e julgadores dar-se-ão por intimação pessoal.

§ 1º Não sendo possível a intimação pessoal do contribuinte, poderá ser ela feita na pessoa
de seu mandatário com poderes suficientes, ou prepostos idôneos.

§ 2º Os despachos interlocutórios que não afetem a defesa do contribuinte independem de


intimação.

§ 3º Quando, em um mesmo processo, for interessado mais de um contribuinte, em relação


a cada um deles serão atendidos os requisitos fixados nesta seção para as intimações.

Art. 11 A intimação far-se-á:

I - pela ciência direta ao contribuinte, mandatário ou preposto, provada com sua assinatura
ou, no caso de recusa, certificada pelo funcionário competente;

II - por carta registrada, com recibo de volta ou por sistema eletrônico de comunicação fac
símile (fax) ou e-mail (correio eletrônico), mediante confirmação do recebimento da
mensagem;

III - por edital;

§ 1º Para os efeitos desta Lei Complementar, equivale a intimação direta ao interessado, a


que for feita através de remessa por carta, com aviso de recebimento, ao seu domicílio
tributário.

§ 2º Far-se-á a intimação por edital, em órgão de divulgação oficial ou em jornal de


circulação local, no caso de encontrar-se o contribuinte em lugar incerto e não sabido.

§ 3º A recusa da ciência não agrava nem diminui a pena.

§ 4º A intimação atenderá, sucessivamente, ao previsto nos incisos deste artigo, na ordem


de possibilidade de sua efetivação.

Art. 12 Considera-se feita a intimação:

I - se direta, na data do respectivo "ciente";

II - se por carta, na data do recibo de volta (AR), ou se for omitida, 30 (trinta dias) dias após
a data de entrega constante do carimbo da agência postal;

III - se por meio eletrônico, na data da confirmação do recebimento da mensagem;

IV - se por edital, 15 (quinze) dias após a sua publicação.

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Capítulo III
DO INÍCIO DO PROCEDIMENTO

Art. 13 O procedimento fiscal terá início com a ocorrência de uma das seguintes situações:

I - a notificação preliminar;

II - a lavratura de auto de infração se não depender de notificação preliminar;

III - a apreensão de notas fiscais, livros ou quaisquer documentos;

IV - a emissão de notificação de lançamento.

§ 1º O início do procedimento fiscal exclui a espontaneidade do contribuinte em relação a


atos anteriores e, independentemente de intimação, a dos demais envolvidos nas infrações
verificadas.

§ 2º Excetua-se o disposto no parágrafo acima quando se tratar de atraso de pagamento


do ISSQN, que poderá ser efetuado espontaneamente com os percentuais de multa
previstos no art. 137, até o 25º (vigésimo quinto) dia, após o prazo previsto para o
pagamento do imposto.

SEÇÃO I
DA NOTIFICAÇÃO PRELIMINAR

Art. 14A Notificação Preliminar será expedida para o contribuinte proceder, no prazo de 10
(dez) dias a apresentação de livros, registros e documentos fiscais e contábeis, bem como
quaisquer outros elementos, a critério da autoridade fiscal.

§ 1º A autoridade fiscal, atendendo a circunstâncias especiais, poderá prorrogar o prazo


por período não superior a 10 (dez) dias.

§ 2º Esgotado o prazo de que trata este artigo, sem o atendimento ou recusa da solicitação
formulada, lavrar-se-á auto de infração.

§ 3º Expedida a notificação preliminar ficará o contribuinte sob ação fiscal, sujeitando- se


às penalidades relativas às infrações cometidas até a data da ciência da notificação,
observado o disposto no parágrafo único do art. 13.

Art. 15

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Art. 15Fica o fisco dispensado da obrigação de expedir a notificação preliminar, devendo


o contribuinte ser imediatamente autuado quando houver prova do descumprimento de
obrigações acessórias, desde que devidamente autorizado pela chefia imediata.

SEÇÃO II
DO AUTO DE INFRAÇÃO

O auto de infração será lavrado por servidor competente, sendo instruído com os
Art. 16
elementos necessários à fundamentação da exigência e conterá obrigatoriamente:

I - a qualificação do autuado e o número de inscrição no Cadastro de Contribuintes do


Município;

II - a atividade geradora do tributo;

III - o local, a data e hora da lavratura;

IV - a descrição do fato;

V - a disposição legal infringida e a penalidade aplicável;

VI - a determinação da exigência e a intimação para cumpri-la no prazo previsto;

VII - a assinatura do autuante e a indicação do seu cargo ou função.

§ 1º Antes do processamento do procedimento fiscal, o chefe do setor responsável pelo


controle do ISSQN ou quem por ele for designado, poderá determinar o saneamento da
peça fiscal, inclusive sua substituição, se assim julgar necessário.

§ 2º As omissões ou incorreções do auto não acarretarão nulidade, quando do processo


constarem elementos suficientes para determinação da infração e do infrator, podendo ser
corrigidas por determinação da autoridade competente, desde que devolvido o prazo para
manifestação do contribuinte.

§ 3º A assinatura do contribuinte não constitui formalidade essencial à validade do auto de


infração, não implica em confissão, nem sua recusa agravará a pena.

§ 4º Se o infrator ou quem o representar, não puder ou não quiser assinar o auto, far-se-á
menção dessa circunstância.

§ 5º O auto de infração poderá ser acumulado com o termo de apreensão do documentário


fiscal.

§ 6º A lavratura do auto de infração será fundamentada com o termo de fiscalização

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quando este for exigido.

SEÇÃO III
DO TERMO DE FISCALIZAÇÃO

Art. 17 A autoridade fiscal que proceder ao levantamento e diligências lavrará, sob sua
responsabilidade termos circunstanciados do que apurar, onde constarão,
obrigatoriamente, as datas iniciais e finais do período fiscalizado, contratos e a relação de
documentos examinados.

§ 1º Ao fiscalizado dar-se-á copia do termo, autenticada pela autoridade contra recibo no


original.

§ 2º A recusa recibo, que será declarada pela autoridade, não aproveita nem prejudica o
fiscalizado.

SEÇÃO IV
DA NOTIFICAÇÃO DE LANÇAMENTO

Art. 18A notificação de lançamento será expedida pelo órgão que administra o tributo e
conterá, obrigatoriamente:

I - a qualificação do notificado e as características do imóvel, quando for o caso;

II - o valor do crédito tributário e o prazo para recolhimento ou impugnação;

III - a disposição legal infringida se for o caso e o valor da penalidade;

IV - a assinatura do chefe do órgão expedidor ou do servidor autorizado e a indicação do


seu cargo ou função.

SEÇÃO V
DA REPRESENTAÇÃO

Art. 19 O servidor que verificar a ocorrência de infração à Legislação Tributária do


Município e não for competente para formalizar a exigência, comunicará o fato, em
representação circunstanciada, ao seu chefe imediato, que adotará as providências

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necessárias.

Art. 20 Recebida a representação, a Secretaria de Finanças determinará as diligências


necessárias à apuração da veracidade do fato, e, se for o caso, aplicação da legislação
tributaria vigente, ou, ainda, o arquivamento da representação.

Capítulo IV
DISPOSIÇÕES GERAIS

SEÇÃO I
DO CONTRADITÓRIO

Art. 21 A impugnação do lançamento tributário instaura a fase litigiosa do procedimento.

A impugnação, que terá efeito suspensivo, será apresentada pelo contribuinte, sob
Art. 22
pena de perempção, no prazo de 30 (trinta) dias contados a partir da data da ciência do
lançamento.

Art. 23A impugnação, assinada pelo representante legal da pessoa física ou jurídica, ou
por seu procurador legalmente constituído, será formulada em petição escrita, que indicará:

I - a autoridade julgadora a quem é dirigida;

II - a qualificação do impugnante e o número da Inscrição no Cadastro de Contribuintes do


Município;

III - os motivos de fato e de direito em que se fundamenta;

IV - as diligências que o impugnante pretende sejam efetuadas, expostos os motivos que a


justifiquem.

Parágrafo Único - É vedado reunir em uma só impugnação a defesa de lançamentos


tributários diferentes, ainda que versando sobre assunto da mesma natureza, ou referindo-
se ao mesmo contribuinte.

A impugnação será apresentada ao Protocolo Geral do Município, já instruída com


Art. 24
os documentos em que se fundar.

Parágrafo Único - O servidor que receber a petição dará o respectivo recibo ao


apresentante.

Admitir-se-á a devolução dos documentos anexados ao processo, mediante recibo,


Art. 25
desde que fique cópia autenticada e a medida não prejudique a sua instrução.

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Parágrafo Único - A autenticação que se refere o caput deste artigo poderá ser realizada
pelo servidor que receber os documentos.

Art. 26Recebida a impugnação pelo setor responsável pelo controle do ISSQN, o


processo será encaminhado ao autor da peça fiscal, que apresentará réplica às razões da
impugnação, quando solicitará a manutenção, alteração ou anulação da peça fiscal, o
encaminhando à autoridade julgadora competente para julgamento, no prazo estabelecido
em normas regulamentadoras.

§ 1º O autor da peça fiscal, ou seu substituto designado, independentemente de


determinação, poderá realizar os exames e diligências que julgar convenientes para
esclarecimento do processo.

§ 2º Ocorrendo a apuração de fatos novos, revisão do auto de infração ou de juntada de


documentos pelo replicante, este notificará o autuado, reabrindo-lhe novo prazo para se
manifestar nos autos.

Art. 27 Decorrido o prazo para impugnação, sem que o sujeito passivo a tenha
apresentado, será o lançamento tributário encaminhado ao setor responsável pela Dívida
Ativa para que seja efetuada a inscrição do crédito.

Parágrafo Único - Antes de proceder o encaminhamento do Auto de Infração para a Dívida


Ativa, a chefia imediata saneará o lançamento, nos requisitos legais, para evitar a
ocorrência de nulidades.

SEÇÃO II
DA COMPETÊNCIA

Art. 28 O julgamento do processo compete:

I - em primeira instância, à Junta de Impugnação Fiscal (JIF);

II - em segunda instância, ao Conselho Municipal de Contribuintes (CMC);

III - em instância especial, ao Secretário Municipal de Finanças.

Capítulo V
DO JULGAMENTO

SEÇÃO I

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DO JULGAMENTO EM PRIMEIRA INSTÂNCIA

Art. 29A impugnação será julgada no prazo de 90 (noventa) dias, a partir da entrega no
órgão incumbido do julgamento.

Parágrafo Único - O prazo disposto no caput deste artigo poderá, a critério do presidente da
JIF, ser prorrogado sempre que houver nova solicitação de informações ou de anexação de
documentos necessários à decisão.

Art. 30A decisão de primeira instância será fundamentada em parecer final


circunstanciado, à vista dos elementos contidos nos autos.

Art. 31 As decisões de primeira instância concluirão pelo provimento ou não da


impugnação, ou ainda pelo seu refazimento, quando ocorrerem erros na qualificação do
contribuinte e no cálculo, casos em que a Fazenda Pública Municipal lavrará novo auto de
infração, acompanhado de termo de fiscalização, quando for o caso, reabrindo novos
prazos ao contribuinte.

Art. 32As decisões de primeira instância que concluírem pelo provimento da impugnação,
resultando em cancelamento do lançamento tributário, ou demais situações que a JIF julgar
necessárias, deverão ser remetidas de ofício ao CMC.

§ 1º O recurso será interposto, mediante declaração na própria decisão.

§ 2º Não sendo interposto a remessa, o servidor que verificar o fato, representará à


autoridade imediata, no sentido de que seja observada aquela formalidade.

§ 3º Quando o crédito tributário for inferior a 500,00 (quinhentos reais), em decisão


favorável ao contribuinte, não caberá a remessa de ofício previsto no caput.

A decisão conterá relatório resumido do processo, fundamentos legais, conclusão e


Art. 33
ordem de intimação.

Parágrafo Único - A JIF dará "ciência" da decisão ao contribuinte, intimando-o, quando for o
caso, a cumpri-la no prazo de 30 (trinta) dias, na forma do disposto no art. 12.

Art. 34Da decisão de primeira instância, que concluir pela intempestividade da


impugnação, caberá recurso sem efeito suspensivo.

SEÇÃO II
DO JULGAMENTO EM SEGUNDA INSTÂNCIA

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Art. 35 O julgamento em segunda instância processar-se-á de acordo com o Regimento


Interno do CMC, que será estabelecido em norma regulamentadora.

Art. 36 Da decisão proferida em processos contenciosos de primeira instância, caberá


recurso voluntário ao CMC, dentro do prazo de 30 (trinta) dias, contados a partir da data da
ciência da decisão.

§ 1º O recurso voluntário, poderá versar sobre parte da quantia exigida, desde que o
recorrente pague, no prazo recursal, a parte não litigiosa.

§ 2º Decorrido o prazo para interposição de recurso voluntário, sem que o sujeito passivo o
tenha apresentado, será o processo encaminhado ao setor responsável pela Dívida Ativa
para que seja efetuada a inscrição do crédito tributário.

O recurso será julgado no prazo de 90 (noventa) dias, a partir da entrega no órgão


Art. 37
incumbido do julgamento.

Parágrafo Único - O prazo previsto no caput deste artigo poderá, a critério do presidente do
CMC, ser prorrogado sempre que houver nova solicitação de informações ou de anexação
de documentos necessários à decisão.

Aplica-se no que couber ao julgamento da segunda instância o disposto na Seção I


Art. 38
deste Capítulo.

SEÇÃO III
DO RECURSO ESPECIAL

Art. 39Da decisão de segunda instância, contrária à Fazenda Municipal, caberá remessa
à instância especial, sempre que for divergente da decisão de primeira instância.

§ 1º A remessa especial será interposto no prazo de 30 (trinta) dias, contados da data da


decisão.

§ 2º Quando o crédito tributário for inferior a 1.000,00 (um mil reais), em decisão favorável
ao contribuinte, não caberá a remessa especial previsto no caput.

SEÇÃO IV
DA DEFINITIVIDADE E DA EXECUÇÃO DAS DECISÕES

Art. 40 São definitivas:

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I - as decisões finais da primeira instância, não sujeitas a recurso de oficio, esgotado o


prazo para recurso voluntário;

II - as decisões de segunda instância, não sujeitas a recurso especial, esgotado o prazo da


intimação.

III - as decisões da instância especial.

§ 1º As decisões de primeira instância, na parte em que forem sujeitas a recurso de oficio,


não se tomarão definitivas.

§ 2º As decisões de segunda instância, na parte em que forem sujeitas a recurso especial,


não serão definitivas.

§ 3º No caso de recurso voluntário parcial, tomar-se-á definitiva, desde logo, a parte da


decisão que não tenha sido objeto de recurso.

Art. 41 O cumprimento das decisões consistirá:

I - se favoráveis à Fazenda Municipal:

a) no pagamento, pelo sujeito passivo, da importância da condenação;


b) na inscrição da dívida, para subseqüente cobrança, por ação de execução fiscal.

II - e favoráveis ao sujeito passivo, na compensação ou restituição dos tributos quando


couber.

SEÇÃO V
DA RESTITUIÇÃO

Art. 42O sujeito passivo tem direito à restituição total ou parcial do tributo indevidamente
pago, nos seguintes casos:

I - cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou maior que o devido em face


da legislação tributária, ou da natureza ou circunstâncias materiais do fato gerador
efetivamente ocorrido;

II - erro da identificação do sujeito passivo na determinação da alíquota, no cálculo do


montante do débito ou na elaboração ou conferência de qualquer documento relativo ao
pagamento;

III - reforma ou revogação de decisão condenatória.

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Art. 43A restituição total ou parcial de tributos, além da atualização do valor a restituir, dá
lugar a restituir, na mesma proporção, os juros de mora e as penalidades pecuniárias que
tiverem sido indevidamente recolhidos, salvo as referentes às infrações de caráter formal
não prejudicadas pela causa da restituição.

Art. 44 A restituição de tributos que comportem, por sua natureza, transferência do


respectivo encargo financeiro somente será feita a quem prove haver assumido referido
encargo, ou, no caso de tê-lo transferido a terceiro, estar por este expressamente
autorizado a recebê-la.

Art. 45O pedido de restituição que dependerá de requerimento do interessado, somente


será conhecido desde que juntada notificação que acuse crédito do contribuinte ou prova
do pagamento do tributo, com as razões da ilegalidade ou irregularidade do pagamento.

Art. 46O direito de pleitear a restituição total ou parcial do tributo extingue-se no prazo de
05 (cinco) anos, contados:

I - nas hipóteses dos incisos I e II, do art. 42, da data da extinção do crédito tributário;

II - na hipótese do inciso III, do mesmo artigo, da data em que se tomar definitiva a decisão
administrativa ou transitar em julgado a decisão judicial que tenha reformado, anulado ou
revogado a decisão condenatória.

Art. 47 A autoridade responsável pela administração tributária, poderá autorizar, em


despacho, a compensação de crédito tributário com crédito líquido e certo, vencido ou
vincendo, do sujeito passivo contra a Administração, mediante estipulação de condições e
garantias para cada caso, conforme dispuser regulamento do Executivo Municipal.

SEÇÃO VI
DO RECONHECIMENTO ADMINISTRATIVO DE ISENÇÕES, IMUNIDADES E
BENEFÍCIOS FISCAIS

Art. 48 Nas hipóteses em que a concessão de isenção, imunidade ou benefício tributário


de qualquer natureza dependa de reconhecimento administrativo, este deverá ser
expressamente requerido pelo interessado, em procedimento administrativo tributário
específico.

§ 1º A análise do pedido de reconhecimento administrativo subordina-se a que o


requerimento mediante o qual se processa seja instruído com os elementos comprobatórios
do preenchimento das condições legais exigidas, nos moldes em que disciplinado, para
cada caso pela administração tributária.

§ 2º No curso do procedimento poderão ser determinadas diligências ou perícias,

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necessárias à sua instrução, cabendo ao interessado, sob pena de arquivamento sumário,


franquear aos agentes para tanto designados o exame de sua documentação, arquivos e
outros elementos pertinentes, bem como prestar as informações e declarações dele
exigidas.

§ 3º As isenções, imunidades ou outros benefícios tributários, uma vez reconhecidos


inicialmente, retroagirão à data de entrada no protocolo geral do requerimento, abrangendo
as prestações ou parcelas de tributos cujos prazos de pagamento hajam vencido desde
então.

Art. 49Verificada, a qualquer tempo, a inobservância das condições exigidas para o


reconhecimento administrativo ou o desaparecimento das que o tenha motivado, será o ato
concessivo de benefício tributário, ou a imunidade, invalidado ou suspenso, conforme o
caso.

Art. 50O reconhecimento administrativo de isenção, imunidade ou benefício tributário não


gera direito adquirido e será obrigatoriamente invalidado ou suspenso, conforme o caso,
por ato de ofício, sempre que se apure que o beneficiado não satisfazia ou deixou de
satisfazer as condições, ou não cumpria ou deixou de cumprir os requisitos para a
concessão do favor, cobrando-se o crédito atualizado acrescido de juros de mora:

I - com imposição de penalidade cabível, nos casos de dolo ou simulação do beneficiado,


ou de terceiro em benefício daquele; ou

II - sem imposição de penalidades, nos demais casos.

SEÇÃO VII
DA CONSULTA

Art. 51 Aos sujeitos passivos dos tributos municipais é assegurado o direito de consulta,
para esclarecimento de dúvidas relativas ao entendimento e aplicação deste Código e de
legislação tributária complementar e supletiva, dos respectivos regulamentos e atos
administrativos de caráter normativo.

§ 1º Estende-se o direito de consulta, a qualquer pessoa física ou jurídica de direito público


e privado, inclusive aos órgãos da administração municipal, desde que mantenham
qualquer relação ou interesse com a legislação tributária.

§ 2º A consulta será dirigida ao setor responsável da administração tributária, ao qual


caberá a resposta.

§ 3º A resposta da consulta, que dispensar o sujeito passivo de obrigações tributárias, será


imediatamente comunicada à JIF, para efeito de apreciação e julgamento em primeira
instância e, caso mantida a resposta, será remetida de ofício ao CMC.

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16/100

Art. 52 A petição de consulta indicará:

I - a autoridade a suem é dirigida; e

II - os fatos, de modo concreto e sem qualquer reserva, em relação aos quais o interessado
deseje conhecer a aplicação da legislação tributária.

Nenhum procedimento fiscal será instaurado contra o sujeito passivo, relativamente


Art. 53
à espécie consultada, a partir da apresentação da consulta, até o 30º (trigésimo) dia
subseqüente à data da ciência da decisão.

Art. 54A consulta não suspende o prazo para pagamento do tributo, antes ou depois de
sua apresentação.

Art. 55 No caso de consulta formulada por entidade representativa de categoria


profissional, os efeitos referidos no art. 53 só alcançam seus associados, depois de
cientificada a consulente da decisão.

Art. 56 Não produzirá efeito a consulta formulada:

I - em desacordo com o art. 52;

II - por quem estiver sob procedimento fiscal instaurado para apurar fatos que se
relacionem com a matéria consultada;

III - por quem estiver sido intimado a cumprir obrigação relativa ao fato objeto da consulta;

IV - quando o fato já tiver sido objeto de decisão anterior, ainda não modificada, proferida
em consulta ou litígio, em que tenha sido parte o consulente;

V - quando o fato estiver disciplinado em ato normativo ou resolução, publicados antes da


apresentação;

VI - quando o fato estiver definido ou declarado em disposição literal da lei tributária; ou

VII - quando não descrever, completa e exatamente, a hipótese a que se referir, ou não
contiver os elementos necessários à solução, salvo se a inexatidão ou omissão for
escusável pela autoridade julgadora.

Art. 57 Quando a resposta à consulta acarretar em exigibilidade de obrigação tributária,


cujo fato gerador já houver ocorrido, a autoridade competente, ao notificar ao interessado
da conclusão, determinará o cumprimento da mesma, no prazo de 30 (trinta) dias, contados
da ciência.

§ 1º É facultado ao interessado que discordar da exigência constante do caput deste artigo,

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apresentar razões fundamentadas à JIF, no prazo de 30 (trinta) dias, a contar da


notificação, pedindo revisão.

§ 2º O consulente poderá recorrer da decisão de primeira instância, ao CMC, dentro do


prazo de 30 (trinta) dias, a contar da ciência.

Art. 58A autoridade de primeira instância remeterá de ofício, de decisão favorável ao


consulente, sempre que:

I - a hipótese sobre a qual versar a consulta, envolver complexa questão jurídica com
divergência doutrinária;

II - a resposta dada à consulta contrariar, no todo ou em parte, sendo dada pelo órgão
encarregado do tributo ou normas de arrecadação já adotadas.

Não cabe pedido de reconsideração, da decisão de segunda instância proferida em


Art. 59
processo de consulta.

Art. 60A resposta dada à consulta terá efeito normativo quando adotado em circular
expedida pela autoridade fiscal competente.

Parágrafo Único - Ressalvadas as hipóteses dos parágrafos 1º e 2º do art. 57, a resposta


dada à consulta será adotada no prazo máximo de 30 (trinta) dias, pelo consulente,
contados da data da ciência.

Capítulo VI
DA COMPOSIÇÃO DOS ÓRGÃOS JULGADORES

SEÇÃO I
DA JUNTA DE IMPUGNAÇÃO FISCAL

A Junta de Impugnação Fiscal (JIF), órgão de julgamento de primeira instância será


Art. 61
composta de 02 (dois) membros e 01 (um) presidente, que será sempre a autoridade
responsável pelo controle do ISSQN.

§ 1º Os membros da JIF, assim como seus suplentes, serão nomeados pelo Chefe do
Poder Executivo, por indicação do Secretário Municipal de Finanças, escolhido dentre os
servidores da Secretaria, de reconhecida competência em administração tributária.

§ 2º Para cada membro da JIF serão nomeados 02 (dois suplentes).

§ 3º O mandato dos membros da JIF será de 2 (dois) anos, sendo permitida a recondução.

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Art. 62A JIF reunir-se-á ordinariamente, uma vez por semana e, extraordinariamente,
sempre que convocada pelo seu presidente.

A JIF, por intermédio de seu presidente, requisitará, ao Secretário Municipal de


Art. 63
Finanças, servidores para desenvolver seus trabalhos administrativos.

§ 1º Entre os servidores requisitados, o presidente indicará aquele que irá desenvolver a


função de secretário.

§ 2º Os trabalhos da JIF serão desenvolvidos conforme dispuser o seu regimento interno, a


ser instituído por norma regulamentadora, prevendo, inclusive, a instituição de critérios e
valores de gratificação a ser paga aos servidores designados para nela prestarem serviços.

SEÇÃO II
DO CONSELHO MUNICIPAL DE CONTRIBUINTES

Art. 64 O Conselho Municipal de Contribuintes (CMC) órgão de julgamento de segunda


instância será composto de 09 (nove) membros, incluindo o presidente, e 1 (um)
representante da Fazenda Pública do Município, todos nomeados pelo Chefe do Poder
Executivo Municipal.

Art. 65 A composição do CMC será a seguinte:

I - Município: 04 (quatro) representantes;

II - Contribuintes: 04 (quatro) representantes.

§ 1º Cada representante do CMC, inclusive o representante da Fazenda Pública Municipal


terá 02 (dois) suplentes, nomeados pelo Chefe do Poder Executivo.

§ 2º Os membros do CMC serão indicados da seguinte forma:

a) os representantes do Município e o presidente, pelo Secretário Municipal de Finanças,


devendo a escolha recair em servidores daquela Secretaria, ativos ou inativos, com
reconhecida competência em administração tributária;
b) os representantes da Fazenda Pública, pelo Procurador Geral, devendo a escolha recair
em Procuradores Municipais;
c) os representantes dos contribuintes, em lista tríplice, apresentada ao Chefe do Poder
Executivo:

1) pela Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo;

2) pela Associação Comercial deste Município;

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19/100

3) pelo Conselho de Contabilidade delegacia deste Município;

4) pela Federação das Associações de Moradores de Cariacica.

§ 3º As entidades acima mencionadas, depois de notificadas pelo Chefe do Poder


Executivo, terão o prazo de 30 (trinta) dias para que façam a indicação de seus
representantes.

§ 4º O descumprimento do prazo estabelecido no parágrafo anterior acarretará a livre


escolha dos respectivos representantes pelo Chefe do Poder Executivo.

Art. 66O mandato dos membros do CMC e do representante da Fazenda Pública será de
02 (dois) anos, sendo permitida a recondução.

Além da competência estabelecida no inciso II do art. 28, o CMC é, ainda,


Art. 67
competente para:

I - opinar, por solicitação do Secretário Municipal de Finanças, em questões que versem


sobre matéria tributária;

II - sugerir ao Secretário Municipal de Finanças medidas para aperfeiçoamento do sistema


tributário;

III - propor ao Chefe do Poder Executivo medidas necessárias a melhor organização do


processo fiscal;

IV - modificar seu regimento interno, submetendo-o à aprovação do Chefe do Poder


Executivo;

V - representar de forma circunstanciada, ao Secretário Municipal de Finanças, sobre


ocorrência de descumprimento ou infração à legislação tributária do Município, por servidor
ou autoridade pertencente àquela Secretaria.

Art. 68O CMC, por intermédio de seu presidente, requisitará servidores para desenvolver
seus trabalhos administrativos.

§ 1º Entre os servidores requisitados, o presidente indicará aquele que irá desenvolver a


função de secretário.

§ 2º Os trabalhos do CMC serão desenvolvidos conforme dispuser o seu regimento interno,


a ser instituído por norma regulamentadora, prevendo, inclusive, a instituição de critérios e
valores de gratificação a ser paga aos membros, ao representante da Fazenda Pública e
aos servidores designados para nele prestarem serviços.

Capítulo VII

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DA DÍVIDA ATIVA

Art. 69 Constitui dívida ativa tributária do Município a proveniente de impostos, taxas,


contribuições e multas tributárias de qualquer natureza, atualização monetária e juros de
mora, regularmente inscritos na repartição administrativa competente, depois de esgotado o
prazo fixado para pagamento pela legislação tributária ou por decisão final proferida em
processo regular.

Art. 70 Constitui dívida ativa não tributária os demais créditos da Fazenda Pública, tais
como, multas de qualquer origem ou natureza, exceto as tributárias, foros, laudêmios,
aluguéis ou custo de ocupação, custas processuais, preços de serviços prestados por
estabelecimentos públicos, indenizações, reposições, restituições, alcances dos
responsáveis definitivamente julgados, bem como os créditos decorrentes de obrigações
em moeda estrangeira, de sub-rogação de hipoteca, fiança, aval ou outra garantia, de
contratos em geral ou de outras obrigações legais, depois de esgotado o prazo fixado para
pagamento.

A inscrição do crédito tributário ou não tributário, na dívida ativa, sujeita o devedor à


Art. 71
multa de 20% (vinte por cento) calculada sobre o valor do crédito não pago no vencimento,
devidamente atualizado.

Parágrafo Único - A multa aplicada na conformidade do disposto no caput deste artigo, bem
como os juros de mora, terão redução de 50% (cinqüenta por cento) quando ocorrer o
pagamento integral e à vista do crédito.

Art. 72 A dívida ativa regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez.

§ 1º A presunção a que se refere este artigo é relativa e pode ser ilidida por prova
inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou de terceiro a quem a aproveite.

§ 2º A fluência de juros de mora e a aplicação dos índices de correção monetária não


excluem a liquidez do crédito.

Art. 73 O termo de inscrição da dívida ativa conterá, obrigatoriamente:

I - o nome do devedor, dos co-responsáveis e, sempre que conhecido, o domicílio ou


residência de um e de outros;

II - o valor originário da dívida a que corresponde, bem como o termo inicial e a forma de
calcular os juros demora e demais encargos previstos em lei ou contrato;

III - a origem, a natureza e o fundamento legal ou contratual da dívida;

IV - a indicação se for o caso, de estar a dívida sujeita à atualização monetária, bem como

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o respectivo fundamento legal e o termo inicial para o cálculo;

V - a data e o número da inscrição no registro de dívida ativa; e

VI - o número do processo administrativo ou do auto de infração, se neles estiver apurado o


valor da dívida.

§ 1º A certidão da dívida ativa conterá, além dos previstos neste artigo, a indicação do livro
e da folha de inscrição e será autenticada pela autoridade competente.

§ 2º As dívidas relativas ao mesmo devedor, quando oriundas de vários lançamentos e


tributos, poderão ser englobadas em uma única certidão.

§ 3º Na hipótese do parágrafo anterior a ocorrência de qualquer forma de suspensão,


extinção ou exclusão de crédito tributário não invalida a certidão, nem prejudica os demais
créditos, objeto da cobrança.

§ 4º O termo de inscrição e a certidão de dívida ativa poderão ser preparados e numerados


por processo manual, mecânico ou eletrônico, desde que atendam aos requisitos
estabelecidos neste artigo.

§ 5º Inscrita e Ajuizada a dívida, serão devidos, também, custas e honorários de advogado,


na forma da lei.

Como medida prévia ou preparatória ao ajuizamento, à administração tributária


Art. 74
promoverá a cobrança extrajudicial da dívida ativa.

§ 1º A cobrança extrajudicial será realizada mediante notificação do sujeito passivo para


efetuar o respectivo recolhimento.

§ 2º Caso não seja recolhido o tributo após a cobrança extrajudicial será ajuizada
execução da dívida.

Art. 75 Os órgãos encarregados da administração tributária cumprem e esgotam suas


funções com a emissão da certidão de dívida ativa, cabendo-lhes, entretanto, prestar as
informações sobre matéria de fato pertinente à sua constituição, sempre que requisitadas
pela unidade à qual esteja afeta a causa.

Parágrafo Único - Será dispensado de execução judicial o montante cujo valor seja inferior
ao dos respectivos custos da mesma, observado o disposto no artigo 320.

Capítulo VIII
DAS CERTIDÕES

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Art. 76A prova de quitação de tributos devidos ao Município será feita exclusivamente por
Certidão Negativa e no caso de ITBI por Certidão de Quitação, regularmente expedidas
pelo setor responsável.

§ 1º As certidões serão fornecidas após o registro da quitação no sistema eletrônico de


processamento de dados, no prazo de até 10 (dez) dias, contados da data da solicitação.

§ 2º As certidões poderão ser expedidas pela Internet, no site oficial do Município.

§ 3º O prazo de validade dos efeitos da Certidão Negativa é de 60 (sessenta) dias,


contados da data de sua expedição.

§ 4º Constará, obrigatoriamente, na Certidão Negativa, o prazo de validade de 60


(sessenta) dias.

§ 5º As certidões fornecidas não excluem o direito da Fazenda Pública Municipal cobrar, a


qualquer tempo, os débitos que venham a ser posteriormente apurados, inclusive aqueles
porventura existentes e não cobrados quando do fornecimento de certidões anteriores.

Art. 77 Será fornecida Certidão Positiva com efeito de Negativa, sempre que:

I - tratar-se de débito parcelado, estando atualizado o pagamento das parcelas, caso em


que a certidão terá validade até a data do vencimento da parcela subseqüente;

II - tratar-se de débito para os quais existam impugnação e recurso administrativo nos


termos do processo tributário administrativo na forma desta Lei;

III - tratar-se de depósito do montante integral do crédito tributário exigido e de débitos em


curso cobrança executiva em que tenha sido efetivada sua penhora;

IV - tratar-se de concessão de medida liminar em mandado de segurança;

V - tratar-se de concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies


de ação judicial;

Parágrafo Único - A certidão de que se trata esse artigo terá validade de 30 (trinta) dias,
devendo nela constar, obrigatoriamente, este prazo.

Art. 78 Quando se tratar de prova de quitação de tributos junto aos órgãos da


Administração Municipal, a mesma será efetivada através do Nada Consta, documento que
terá validade diária.

Parágrafo Único - Nos casos em que a Certidão Negativa ou Certidão Positiva com efeito
de Negativa, for exigência de legislação específica, não se aplica o disposto no caput deste
artigo.

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Capítulo IX
DO PARCELAMENTO

Art. 79Poderão ser pagos através de parcelamento, os créditos do Município, mediante


assinatura do termo de confissão de dívida e compromisso de pagamento:

I - que tenham sido objeto de lançamento de ofício;

II - que sejam denunciados espontaneamente pelo sujeito passivo para fins de


parcelamento;

III - inscritos em dívida ativa.

§ 1º No caso de pagamento de parcelas, após a data do vencimento estabelecida no termo


de confissão de dívida e compromisso de pagamento, aplica-se os percentuais de multa
previstos no art. 137, e os juros de mora previstos nesta Lei Complementar.

§ 2º Quando ocorrer a perda do parcelamento previsto no inciso II deste artigo, lavrar-se-á


auto de infração, devendo ser deduzido da base de cálculo o valor do tributo já pago.

Art. 80A autoridade responsável pelo setor poderá, mediante Termo de Confissão de
Dívida e Compromisso de Pagamento, autorizar o parcelamento de crédito de qualquer
natureza.

§ 1º Poderá ser parcelado o crédito de qualquer natureza, oriundo da inscrição em Dívida


Ativa, lançamento de ofício, autos de infração, ou denunciado espontaneamente pelo
sujeito passivo, sendo, neste último caso, aplicado apenas ao ISSQN variável.

§ 2º É vedado o parcelamento proveniente de ITBI e de ISSQN retido de terceiros, antes de


sua inscrição em Dívida Ativa.

Art. 81A concessão do parcelamento será efetivada através do Termo de Confissão de


Dívida e Compromisso de Pagamento, onde deverá constar:

I - nome e assinatura do devedor ou responsável;

II - cópias do contrato social, documentos pessoais e inscrição no CNPJ ou CPF;

III - inscrição municipal, quando houver e endereço atualizado;

IV - valor total da dívida na unidade monetária nacional e a previsão de atualização das


parcelas;

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V - descrição dos autos de infração e tributos que deram origem a dívida;

VI - número de parcelas concedidas;

VII - valor das parcelas;

VIII - data de vencimento de cada parcela.

Norma Regulamentadora definirá os critérios, número de parcelas, limitada a 120


Art. 82
(cento e vinte), valor da parcela mínima, dentre outras providências necessárias à
implementação do parcelamento.

Capítulo X
DA CORREÇÃO MONETÁRIA E DOS JUROS DE MORA

Art. 83Os créditos de qualquer natureza, não pagos nos prazos legais, inscritos em dívida
ativa ou não, e os valores referentes a multas e outros acréscimos legais, estabelecidos em
quantias fixas nesta Lei, serão atualizados monetariamente a partir de 1º de janeiro de
cada exercício, com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo - Especial
(IPCA-E) apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) acumulado no
exercício anterior.

§ 1º O Chefe do Poder Executivo anualmente publicará ato normativo indicando o valor do


IPCA-E.

§ 2º Na a aplicação IPCA-E, o Chefe do Poder Executivo poderá determinar a aplicação do


índice acumulado em período diverso do estabelecido no caput.

§ 3º As multas de mora e por infrações, relacionadas com o recolhimento de impostos e


taxas, serão aplicadas sobre o valor do débito, devidamente atualizado.

§ 4º No caso de extinção do IPCA-E ou se declarada sua inaplicabilidade, será adotado


outro índice que venha a ser instituído por ato do Chefe do Poder Executivo.

Os tributos devidos quando não pagos nos prazos previstos na legislação tributária,
Art. 84
serão acrescidos de juros de mora de 1% (um por cento) ao mês, contados a partir da
ocorrência do fato gerador, calculados sobre o valor do tributo devido e não pago, ou pago
a menor, atualizado monetariamente, considerando como mês completo qualquer fração
dele.

§ 1º Os juros de mora previstos no caput deste artigo, passarão a incidir:

I - no caso do ISSQN de base anual fixa, a partir da data do vencimento das parcelas,
conforme norma regulamentadora;

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II - no caso do ITBI, a partir de sua inscrição em dívida ativa;

§ 2º Em se tratando de IPTU, ISSQN e Taxas, lançados por exercício, o valor


correspondente aos juros de mora somente será adicionado ao tributo, atualizado
monetariamente, no ato da inscrição em dívida ativa.

§ 3º Havendo impugnação ou interposição de recurso, a contagem dos juros será


interrompida na data do lançamento e quando julgados improcedentes, no todo ou em
parte, a impugnação ou recurso, a contagem dos juros retornará à data do lançamento,
incidindo, inclusive, após a inscrição em dívida ativa.

Art. 85 Sobre os créditos de qualquer natureza inscritos em dívida ativa, incidirão juros de
mora de 1% (um por cento) ao mês ou fração deste, observado o disposto no art. 84, a
partir da sua inscrição até a data de sua regularização.

TÍTULO IV
DO IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA - ISSQN

Capítulo I
HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA E SUJEITO PASSIVO

SEÇÃO I
DA INCIDÊNCIA

Art. 86O Imposto sobre Serviço de Qualquer Natureza tem como hipótese de incidência a
prestação de serviços, previstos na lista constante do Anexo I deste Código, ainda que
esses não se constituam como atividade preponderante do prestador.

§ 1º O imposto incide também sobre o serviço proveniente do exterior do País ou cuja


prestação lá se tenha iniciado.

§ 2º Ressalvadas as exceções expressas na lista de serviços, os serviços nela


mencionados não ficam sujeitos ao Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de
Mercadorias e Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de
Comunicação, ainda que sua prestação envolva fornecimento de mercadorias.

§ 3º O Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza incide ainda sobre os serviços


prestados mediante a utilização de bens e serviços públicos explorados economicamente
mediante autorização, permissão ou concessão, com o pagamento de tarifa, preço ou
pedágio pelo usuário final do serviço.

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§ 4º A incidência do imposto não depende da denominação dada ao serviço prestado.

Art. 87 O imposto não incide sobre:

I - as exportações de serviços para o exterior do País;

II - a prestação de serviços em relação de emprego, dos trabalhadores avulsos, dos


diretores e membros de conselho consultivo ou de conselho fiscal de sociedades e
fundações, bem como dos sócios-gerentes e dos gerentes-delegados;

III - o valor intermediado no mercado de títulos e valores mobiliários, o valor dos depósitos
bancários, o principal, juros e acréscimos moratórios relativos a operações de crédito
realizadas por instituições financeiras.

Parágrafo Único - Não se enquadram no disposto no inciso I deste artigo os serviços


desenvolvidos no Brasil, cujo resultado aqui se verifique, ainda que o pagamento seja feito
por residente no exterior.

Art. 88 Na hipótese da prestação de serviços enquadrar-se em mais de uma atividade


prevista na lista de serviços constante do Anexo I deste Código, haverá tantas incidências
quantas forem as espécies de serviços.

Parágrafo Único - Nos casos previstos neste artigo, o sujeito passivo deverá manter
escrituração que permita diferenciar as receitas específicas das várias atividades, sob pena
de ser calculado o imposto mediante a aplicação da alíquota mais elevada para os diversos
serviços.

Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito


Art. 89
presumido, anistia ou remissão, ou quaisquer outros benefícios ou incentivos fiscais,
somente serão concedidos ou revogados por lei específica de iniciativa do Poder Executivo.

Art. 90 São isentos do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza:

I - os serviços prestados pelas empresas públicas e sociedades de economia mista,


instituídas pelo Município;

II - os serviços recreativos e esportivos patrocinados pelas seguintes entidades:

a) Federação de Futebol do Estado do Espírito Santo ou pelos clubes a ela filiados;


b) Outras federações de esportes, inclusive, amadores ou pelos clubes a elas filiados;
c) Organizações estudantis desde que devidamente registradas no órgão competente.

III - os clubes recreativos, os esportivos e a câmara de dirigentes lojistas sediados no


Município, pelos serviços prestados aos seus associados, desde que atendidas,
concomitantemente, as seguintes condições:

a) não possuírem finalidade lucrativa;

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b) seus diretores não perceberem remuneração a qualquer título;


c) aplicarem seus recursos em obras e atividades que visem aumentar o bem-estar de seus
associados.

IV - os concertos, recitais, shows, exibições cinematográficas e espetáculos similares,


quando sua renda for destinada integralmente a entidades assistenciais sem fins lucrativos;

V - os espetáculos circenses, teatrais apresentados neste Município por companhias


nacionais;

VI - os profissionais autônomos que exercem as seguintes atividades:

a) estética e higiene pessoal;


b) carregadores do Ceasa-Cariacica.
c) higienização, lavagem e limpeza em geral;
d) mecânica, funilaria, pintura, borracharia e eletricidade de automóveis;
e) tapeçaria em geral;
f) segurança e vigilância patrimonial;
g) preparo e servimento de alimentos e congêneres;
h) modelagem, afiação, instalação, montagem e conserto de utensílios, aparelhos,
máquinas e equipamentos;
i) jardinagem;
j) conserto, restauração, conservação e lustração de bolsas, calçados e congêneres;
k) alfaiataria e costuras em geral;
l) datilografia, digitação e congêneres;

§ 1º A isenção prevista nas alíneas "a" a "l", refere-se somente aos serviços prestados por
profissionais autônomos, com ou sem estabelecimento fixo, e desde que a prestação de
serviços seja executada exclusivamente sob a forma de trabalho pessoal do próprio sujeito
passivo, sem auxílio de empregados ou não, não compreendidas as atividades para cujo
exercício exija-se escolaridade de nível superior ou técnico de nível médio.

§ 2º O reconhecimento administrativo das isenções previstas neste artigo independe de


requerimento do interessado.

§ 3º ficam isentos do pagamento do imposto sobre serviços de qualquer natureza, os


profissionais autônomos de nível médio ou superior, até 02 (dois) anos após a conclusão do
curso, desde que requerida na forma das normas regulamentadoras.

SEÇÃO II
DO FATO GERADOR

Art. 91 O fato gerador do imposto ocorre no momento da prestação do serviço, sendo

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irrelevantes para sua caracterização:

I - a denominação dada ao serviço prestado;

II - a natureza jurídica da operação de prestação do serviço;

III - a validade jurídica do ato praticado;

IV - o resultado financeiro obtido;

V - o pagamento dos serviços prestados.

§ 1º Ainda que o fato gerador não lenha ocorrido, poderá ser considerado presumido, nos
termos das normas regulamentadoras.

§ 2º No caso de serviço onde a prestação seja continuada, o fato gerador ocorre no último
dia de cada mês no qual o serviço tenha sido prestado.

§ 3º No caso do ISSQN fixo anual, o fato gerador ocorre no dia 31 de janeiro de cada
exercício, ou, em se tratando de início de atividade, na data considerada como inicial no
Cadastro de Contribuintes do Município;

SEÇÃO III
DO ESTABELECIMENTO

Art. 92 Considera-se estabelecimento prestador o local, edificado ou não,


independentemente de titularidade, onde o sujeito passivo desenvolva a atividade de
prestar serviços, de modo permanente ou temporário, no todo ou em parte, e que configure
unidade econômica ou profissional, sendo irrelevantes pra caracterizá-lo as denominações
de sede, filial, agência, posto de atendimento, posto de coleta, sucursal, escritório de
representação ou contato ou quaisquer outras que venham a ser utilizadas.

Parágrafo Único - Pode ser identificada a existência de unidade econômica ou profissional,


entre outros, pelos seguintes elementos, isolada ou conjuntamente:

I - manutenção de pessoal, material, máquinas, instrumentos e equipamentos necessários


à execução dos serviços;

II - estrutura organizacional ou administrativa;

III - inscrição nos órgãos previdenciários;

IV - indicação como domicílio fiscal para efeito de outros tributos;

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V - permanência ou ânimo de permanecer no local, para exploração econômica de


atividade de prestação de serviços, exteriorizada através da indicação do endereço em
impressos, formulários, correspondência, contrato de locação do imóvel, contas de telefone,
de energia elétrica, água, gás, propaganda e publicidade, em nome do prestador, seu
representante ou preposto;

VI - local da realização de eventos que configurem fato gerador do imposto, quando for o
caso;

VII - prestação de serviços da lista anexa quando forem prestados no Município, ainda que
em estabelecimento de terceiros.

Art. 93O serviço considera-se prestado e o imposto devido estabelecimento prestador ou,
na falta do estabelecimento, no local de domicílio do prestador, exceto nas hipóteses
previstas nos incisos I a XX, quando o imposto será devido neste Município, ainda que os
prestadores não estejam nele estabelecidos ou domiciliados:

I - do estabelecimento do tomador ou intermediário do serviço ou, na falta de


estabelecimento, onde ele estiver domiciliado, na hipótese de serviço importado do exterior
nos termos do § 1º do art. 86;

II - da instalação de andaimes, palcos, coberturas e outras estruturas, no caso dos serviços


descritos no subitem 3.05 da lista anexa;

III - da execução da obra, no caso dos serviços descritos nos subitens 7.02 e 7.19 da lista
anexa;

IV - da demolição, no caso dos serviços descritos no subitem 7.04 da lista anexa;

V - das edificações em geral, estradas, pontes, portos e congêneres, no caso dos serviços
descritos no subitem 7.05 da lista anexa;

VI - da execução da varrição, coleta, remoção, incineração, tratamento, reciclagem,


separação e destinação final de lixo, rejeitos e outros resíduos quaisquer, no caso dos
serviços descritos no subitem 7.09 da lista anexa;

VII - da execução da limpeza, manutenção e conservação de vias e logradouros públicos,


imóveis, chaminés, piscinas, parques, jardins e congêneres, no caso dos serviços descritos
no subitem 7.10 da lista anexa;

VIII - da execução da decoração e jardinagem, do corte e poda de árvores, no caso dos


serviços descritos no subitem 7.11 da lista anexa;

IX - do controle e tratamento do efluente de qualquer natureza e de agentes físicos,


químicos e biológicos, no caso dos serviços descritos no subitem 7.12 da lista anexa;

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X - do florestamento, reflorestamento, semeadura, adubação e congêneres, no caso dos


serviços descritos no subitem 7.16 da lista anexa;

XI - da execução dos serviços de escoramento, contenção de encostas e congêneres, no


caso dos serviços descritos no subitem 7.17 da lista anexa;

XII - da limpeza e dragagem, no caso dos serviços descritos no subitem 7.18 da lista anexa;

XIII - onde o bem estiver guardado ou estacionado, no caso dos serviços descritos no
subitem 11.01 da lista anexa;

XIV - dos bens ou do domicílio das pessoas vigiados, segurados ou monitorados, no caso
dos serviços descritos no subitem 11.02 da lista anexa;

XV - do armazenamento, depósito, carga, descarga, arrumação e guarda do bem, no caso


dos serviços descritos no subitem 11.04 da lista anexa;

XVI - da execução dos serviços de diversão, lazer, entretenimento e congêneres, no caso


dos serviços descritos nos subitens 12.01, 12.02, 12.03, 12.04, 12.05, 12.06, 12.07, 12.08,
12.09, 12.10, 12.11, 12.12, 12.14, 12.15, 12.16 e 12.17 da lista anexa;

XVII - da execução dos serviços de transportes, no caso dos serviços descritos pelo
subitem 16.01 da lista anexa;

XVIII - do fornecimento de mão-de-obra, no caso dos serviços descritos pelo subitem 17.05
da lista anexa;

XIX - da feira, exposição, congresso ou congênere a que se referir o planejamento,


organização e administração, no caso dos serviços descritos pelo subitem 17.10 da lista
anexa;

XX - do porto, aeroporto, ferroporto, terminal rodoviário, ferroviário ou metroviário, no caso


dos serviços descritos pelo subitem 20.01 da lista anexa.

§ 1º No caso dos serviços a que se refere o subitem 3.04 da lista anexa, considera-se
ocorrido o fato gerador e devido o imposto neste Município caso haja extensão de ferrovia,
rodovia, postes, cabos, dutos e condutos de qualquer natureza, objetos de locação,
sublocação, arrendamento, direito de passagem ou permissão de uso, compartilhado ou
não.

§ 2º No caso dos serviços de exploração de rodovias, mediante cobrança de preço ou


pedágio dos usuários a que se refere o subitem 22.01 da lista anexa, considera-se ocorrido
o fato gerador e devido o imposto neste Município pela extensão de rodovia explorada.

§ 3º Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no local do estabelecimento prestador


nos serviços executados em águas marítimas, excetuados os serviços descritos pelo
subitem 20.01 da lista anexa.

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Art. 94Para efeito de cumprimento da obrigação tributária, principal e acessória, entende-


se autônomo cada estabelecimento do mesmo titular, salvo disposição de lei em contrário.

SEÇÃO IV
DO SUJEITO PASSIVO

Art. 95O sujeito passivo é a pessoa obrigada ao pagamento do imposto ou penalidade


pecuniária.

Parágrafo Único - Entende-se como sujeito passivo da obrigação principal:

I - contribuinte: qualquer pessoa física ou jurídica, quando realize prestação de serviços


diretamente ou com ajuda de terceiros, independente da existência de estabelecimento;

II - responsável: quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de


disposição expressa de lei, independente da existência de estabelecimento.

Art. 96 São responsáveis pelo crédito tributário decorrente do ISSQN, estando obrigados
ao recolhimento integral do imposto devido, multa e acréscimos legais, independentemente
de ter sido efetuada sua retenção:

I - o tomador ou intermediário de serviço proveniente do exterior do país ou cuja prestação


lá se tenha iniciado; e

II - as pessoas jurídicas tomadoras ou intermediárias dos seguintes serviços:

a) cessão de andaimes, palcos, coberturas e outras estruturas de uso temporário, conforme


descrito no subitem 3.05 da lista anexa;
b) execução, por administração, empreitada ou subempreitada, de obras de construção
civil, hidráulica ou elétrica e de outras obras semelhantes, inclusive sondagem, perfuração
de poços, escavação, drenagem e irrigação, terraplanagem, pavimentação, concretagem e
a instalação e montagem de produtos, peças e equipamentos (exceto o fornecimento de
mercadorias produzidas pelo prestador de serviços fora do local da prestação dos serviços,
que fica sujeito ao ICMS), conforme descrito no subitem 7.02 da lista anexa;
c) demolição, conforme descrito no subitem 7.04 da lista anexa;
d) reparação, conservação e reforma de edifícios, estradas, pontes, portos e congêneres
(exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador dos serviços, fora do
local da prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICMS), conforme descrito no subitem
7.05 da lista anexa;
e) varrição, coleta, remoção, incineração, tratamento, reciclagem, separação e destinação
final de lixo, rejeitos e outros resíduos quaisquer, conforme descrito no subitem 7.09 da
lista anexa;

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f) limpeza, manutenção e conservação de vias e logradouros públicos, imóveis, chaminés,


piscinas, parques, jardins e congêneres, conforme descrito no subitem 7.10 da lista anexa;
g) decoração e jardinagem, inclusive corte e poda de árvores, conforme descrito no subitem
7.11 da lista anexa;
h) controle e tratamento de efluentes de qualquer natureza e de agentes físicos, químicos e
biológicos, conforme descrito no subitem 7.12 da lista anexa;
i) florestamento, reflorestamento, semeadura, adubação e congêneres, conforme descrito
no subitem 7.16 da lista anexa;
j) escoramento, contenção de encostas e serviços congêneres, conforme descrito no
subitem 7.17 da lista anexa;
k) limpeza e dragagem de rios, portos, canais, baías, lagos, lagoas, represas, açudes e
congêneres, conforme descrito no subitem 7.18 da lista anexa;
l) acompanhamento e fiscalização da execução de obras de engenharia, arquitetura
urbanismo, conforme descrito no subitem 7.19 da lista anexa;
m) guarda e estacionamento de veículos terrestres automotores, de aeronaves e de
embarcações, conforme descrito no subitem 11.01 da lista anexa;
n) vigilância, segurança ou monitoramento de bens e pessoas, conforme descrito no
subitem 11.02 da lista anexa;
o) fornecimento de mão-de-obra, mesmo em caráter temporário, inclusive de empregados
ou trabalhadores, avulsos ou temporários, contratados pelo prestador de serviço, conforme
descrito no subitem 17.05 da lista anexa; planejamento, organização e administração de
feiras, exposições, congressos e congêneres, conforme descrito no subitem 17.10 da lista
anexa.
q) serviços de coleta, remessa ou entrega de correspondências, documentos, objetos, bens
ou valores, inclusive pelos correios e suas agências franqueadas; courrier e congêneres,
conforme descrito no subitem 26.01 da lista anexa;

III - as pessoas jurídicas abaixo relacionadas, tomadoras ou intermediárias de todos os


serviços da lista anexa:

a) as companhias de aviação;
b) as operadoras de turismo;
c) as instituições financeiras;
d) as sociedades seguradoras;
e) as agências de publicidade e propaganda;
f) os órgãos da administração pública indireta da União e dos Estados;
g) os shoppings centers, os condomínios e os loteamentos fechados;
h) as empresas concessionárias, subconcessionárias e permissionárias de serviços
públicos;
i) os hospitais;
j) os planos de saúde e demais pessoas jurídicas enquadradas nos subitens 4.22 e 4.23;
k) as instituições de educação, de assistência social, filantrópicas ou beneficentes, os
clubes sociais e esportivos, as entidades declaradas de Utilidade Pública sem fins
lucrativos.

IV - as pessoas jurídicas tomadoras ou intermediárias de todos os serviços previstos na


lista anexa, quando o prestador do serviço não for inscrito regularmente no Cadastro de

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Contribuintes do Município ou quando obrigado, deixar de emitir nota fiscal ou outro


documento autorizado pelo Município;

V - o proprietário do imóvel e o dono da obra, desde que sejam pessoas físicas, pelo
imposto incidente sobre os serviços previstos nos subitens 7.02, 7.04 e 7.05 da lista anexa.

VI - as administrações públicas municipal, estadual e federal, diretas e indiretas, ficam


responsáveis pela retenção na fonte do imposto incidente sobre todos os serviços tomados
junto a terceiros, conforme dispuser as normas regulamentadoras.

Parágrafo Único - As retenções previstas nas alíneas "a" a "k" do inciso III e inciso VI deste
artigo, só serão obrigatórias, quando se tratar do imposto devido neste Município.

Exclui-se da retenção na fonte o imposto cujos prestadores de serviços gozem de


Art. 97
imunidade, isenção ou de qualquer forma legal de não incidência, embora enquadrados nas
condições previstas nesta Seção.

§ 1º Os prestadores de serviços que se enquadram no disposto deste artigo são obrigados


a apresentar ao contratante dos serviços, a comprovação dessa condição, mediante
certidão expedida pelo setor responsável deste Município, sob pena de retenção do
respectivo imposto.

§ 2º A fonte pagadora fica obrigada ao recolhimento do imposto, mesmo que, em se


aplicando ao prestador o disposto neste artigo, não tenha exigido a certidão a que se refere
o parágrafo anterior.

Art. 98 A retenção do imposto é obrigatória:

I - no ato do pagamento de quaisquer serviços de que trata o art. 96, observado seu
parágrafo único e o disposto no inciso III do art. 101.

II - pelo cartório do juízo, na data do pagamento ou crédito, ou do ato em que, por qualquer
forma, o recebimento se torne disponível para o prestador, no caso de serviços prestados
no curso de processo judicial.

Art. 99O responsável pela retenção fica obrigado ao recolhimento do imposto ainda que
goze de imunidade, isenção, ou qualquer forma de não incidência do imposto.

§ 1º Se comprovado o recolhimento do imposto devido pela prestação dos serviços antes


do pagamento dos mesmos, cessará sua responsabilidade pela retenção.

§ 2º No caso do recolhimento do imposto pelo prestador dos serviços após a efetivação do


pagamento dos mesmos, se sujeita o seu tomador às penalidades cabíveis pelo não
cumprimento da obrigação acessória, relativa à falta da retenção na data do pagamento.

Art. 100 As fontes pagadoras deverão fornecer aos prestadores de serviços documento

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comprobatório da retenção do imposto, com indicação da natureza e o preço dos serviços


executados, o nome e o número do CNPJ/CPF do prestador, sua inscrição, se houver, o
mês de referência do serviço prestado, a data da retenção e pagamento ao prestador, o
endereço e a atividade do prestador.

Parágrafo Único - O modelo do documento para comprovação da retenção do imposto


retido na fonte será estabelecido por norma regulamentadora.

Art. 101 Quando o imposto estiver sujeito à retenção na fonte, observar-se-á o seguinte:

I - havendo o pagamento do serviço ao prestador e a respectiva retenção do imposto


devido, o seu recolhimento deverá ser efetuado no mês subseqüente àquele em que se der
a retenção, em dia fixado em norma regulamentadora, considerando-se dispensado o
contribuinte, da obrigação principal e demais encargos legais.

II - havendo o pagamento do serviço ao prestador e não sendo feita a devida retenção do


imposto, a omissão implicará na responsabilidade subsidiária do prestador dos serviços
pelo cumprimento da obrigação tributária, aplicando-se, nesses casos, a regra geral que
adota como mês de competência do imposto o da prestação do serviço, sem prejuízo das
penalidades cabíveis ao seu tomador, pelo não cumprimento da obrigação acessória,
relativa à falta da retenção.

III - prestado o serviço e não havendo o respectivo pagamento até o segundo mês
subseqüente ao da sua prestação, o imposto deverá ser recolhido pelo seu tomador no mês
imediatamente posterior àquele em que se consumar o prazo acima referido, em dia fixado
em norma regulamentadora, incidindo, ainda, nessa hipótese, a responsabilidade
subsidiária do prestador do serviço.

§ 1º Não havendo o cumprimento do disposto no inciso III, aplicar-se-á a regra geral que
adota como mês de competência do imposto, o da prestação do serviço, incidindo ainda,
nesta hipótese, a responsabilidade subsidiária do prestador do serviço.

§ 2º Para os efeitos desta Lei Complementar, a responsabilidade do prestador dos serviços


é subsidiária nos casos em que a Fazenda Pública Municipal, adota como ordem de
preferência para o lançamento e cobrança do crédito tributário, inicialmente a pessoa do
tomador dos serviços, e se, esgotada essa possibilidade, supletivamente, a do seu
prestador.

Art. 102O não recolhimento da importância retida, no prazo estabelecido nas normas
regulamentadoras, será considerado apropriação indébita, sujeitando-se o infrator às
penalidades previstas nesta Lei Complementar.

Art. 103 São também responsáveis solidariamente:

I - a pessoa física ou jurídica, pelo crédito tributário devido pelo alienante, quando venha a
adquirir fundo de comércio ou estabelecimento prestador de serviços, na hipótese de
cessação por parte deste na exploração da atividade;

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II - a pessoa física ou jurídica, pelo crédito tributário devido pelo alienante, até a data do
ato, quando adquirir fundo de comércio ou estabelecimento prestador de serviços e
continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra denominação ou razão social, ou
sob firma ou nome individual, na hipótese do alienante prosseguir na exploração ou iniciar
dentro de 6 (seis) meses, a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em
outro ramo de atividade;

III - a pessoa jurídica que resulte de fusão, transformação ou incorporação, pelo crédito
tributário da pessoa jurídica já fusionada, transformada ou incorporada;

IV - a pessoa jurídica que tenha absorvido patrimônio de outra, em razão de decisão


judicial, pelo crédito tributário da pessoa jurídica cindida, até a data do ato;

V - o espólio, pelo crédito tributário do "de cujus", até a data da abertura da sucessão e o
inventariante pelo crédito tributário devido pelo espólio;

VI - o sócio remanescente ou seu espólio, pelo crédito tributário da pessoa jurídica extinta,
caso continue a respectiva atividade, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma
individual;

VII - o sócio, no caso de liquidação de sociedade de pessoas, pelo crédito tributário da


sociedade;

VIII - o administrador judicial, pelo crédito tributário devido pela massa falida ou pelo
concordatário.

SEÇÃO V
DA INSCRIÇÃO

Art. 104Os sujeitos passivos são obrigados a promover sua abertura de inscrição no
Cadastro de Contribuintes do Município (CCM), bem como suas alterações, suspensões
temporárias, reativação e encerramento, nas formas e prazos estabelecidos em normas
regulamentadoras.

Art. 105A inscrição de que trata o art. 104 será promovida para tantos quantos forem os
estabelecimentos ou locais de atividade, e cada inscrição terá um documento
comprobatório que é intransferível, devendo ser substituído sempre que venha a ocorrer
modificação em seus dados.

Art. 106A Administração Tributária poderá promover, de ofício, a abertura, a alteração, a


suspensão temporária, a reativação e o cancelamento de inscrições com disponibilidade
parcial ou total dos dados do sujeito passivo, sem prejuízo das penalidades cabíveis, nos

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termos das normas regulamentadoras.

Art. 107A suspensão temporária ou o encerramento da inscrição não extingue débitos


existentes ou que venham a ser apurados posteriormente.

Capítulo II
DAS OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS

SEÇÃO I
DA OBRIGAÇÃO PRINCIPAL E DA BASE DE CÁLCULO

SUBSEÇÃO I
DA BASE DE CÁLCULO

Art. 108 A base de cálculo do imposto é o preço do serviço.

§ 1º Para os efeitos deste artigo, considera-se preço tudo o que for devido em virtude da
prestação do serviço, incluído todas as importâncias, despesas acessórias, juros,
acréscimos, bonificações ou outras vantagens financeiras, remuneradas em dinheiro, bens,
serviços ou direitos, inclusive a título de reembolso, reajustamento ou dispêndio de
qualquer natureza, sem prejuízo do disposto nesta seção.

§ 2º A base de cálculo do imposto devido pelas empresas que realizem agenciamento na


importação por conta e ordem de terceiros, bem como pelas agências de turismo na
organização de viagens ou de excursões é o valor correspondente ao agenciamento, não
sendo incluídos nela os valores financeiros comprovadamente recebidos a título de
reembolso das despesas vinculadas exclusivamente àquela prestação de serviços.

§ 3º No caso das agências de turismo de que trata o § 3º, serão incluídos na base de
cálculo os valores das comissões e demais vantagens obtidas pelas reservas e pelas
vendas das passagens.

§ 4º Na prestação do serviço a que se refere o subitem 22.01 da lista anexa, a base de


cálculo será a parcela da receita obtida pela arrecadação do pedágio em toda a concessão
da rodovia, multiplicada por um fator obtido pela divisão do trecho situado neste Município
pela extensão total da concessão.

§ 5º Na prestação de serviços a que se refere o subitem 3.04 da lista anexa, a base de


cálculo será a parcela do valor total do respectivo serviço, multiplicada por um fator obtido
pela divisão do trecho situado neste Município, pela extensão total da ferrovia, rodovia,
cabos, dutos e condutos de qualquer natureza ou por um fator obtido pela divisão do
número de postes existentes, pelo número total de postes da concessão.

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§ 6º Quando o serviço for remunerado em moeda estrangeira, a base de cálculo será


obtida pela sua conversão em moeda nacional no último dia útil do mês da ocorrência do
fato gerador.

Art. 109 Quando os serviços forem prestados sob a forma de trabalho pessoal do próprio
contribuinte, o imposto será calculado de forma fixa, considerando uma base de cálculo
mensal estimada e fixa, na forma a seguir:

§ 1º Para os efeitos desse artigo, considera-se estimada mensalmente a base de calculo


de:

I - R$ 2.600,00 (dois mil e seiscentos reais) para a atividade a qual se exija escolaridade de
nível superior;

II - R$ 1.600,00 (um mil e seiscentos reais) para a atividade a qual se exija escolaridade de
nível técnico ou tecnológico;

III - R$ 800,00 (oitocentos reais) para a atividade a qual não se exija formação ou
especialização;

§ 2º Para os efeitos desse artigo, considera-se estimada mensalmente a base de cálculo


em R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), para as atividades prestadas por sociedades de
profissionais enquadradas nos subitens 4.01, 4.05, 4.06, 4.08, 4.10, 4.12, 4.13, 4.14, 4.15,
4.16, 5.01, 7.01, 17.14, 17.16, 17.19, 17.20, 27.01, 29.01, 30.01, 36.01 e 38.01 da lista de
serviços anexa à presente Lei Complementar, por profissional habilitado, sócio, empregado
ou não, que prestem serviços em nome da sociedade, embora assumindo responsabilidade
pessoal nos termos da lei aplicável.

Art. 110 Na falta do preço do serviço, a base de cálculo é o valor corrente de serviço
similar.

Art. 111 O valor da prestação de serviço, sem prejuízo da aplicação das penalidades
cabíveis, poderá ser arbitrado pela autoridade fiscal na ocorrência de pelo menos uma das
seguintes hipóteses:

I - o sujeito passivo não possuir ou não colocar à disposição da autoridade fiscal os


elementos necessários à comprovação do preço, incluídos os casos de perda, extravio ou
inutilização de livros ou documentos fiscais;

II - for constatado que os livros ou documentos fiscais estejam omissos ou, pela
inobservância de formalidades intrínsecas ou extrínsecas, não mereçam fé;

III - fundada suspeita de atos qualificados em lei como crimes ou contravenções ou que,
mesmo sem essa qualificação, sejam praticados com dolo, fraude ou simulação, atos esses
evidenciados pelo exame de livros e documentos do sujeito passivo, ou apurados por

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quaisquer meios diretos ou indiretos;

IV - fundada suspeita de que os valores lançados nos documentos fiscais, não reflitam o
preço real da prestação dos serviços;

V - declaração nos documentos fiscais de valores notoriamente inferiores ao preço corrente


dos serviços prestados;

VI - não prestar o sujeito passivo, após regularmente intimado, os esclarecimentos exigidos


pela fiscalização ou prestar esclarecimentos insuficientes ou que não mereçam fé;

VII - no caso de serviços prestados sem a determinação do preço.

Parágrafo Único - O arbitramento referir-se-á, exclusivamente, aos fatos ocorridos no


período em que se verificarem os pressupostos mencionados nos incisos deste artigo.

Art. 112 Nas hipóteses previstas no art. 111, o arbitramento poderá ser baseado, conforme
o caso:

I - nos pagamentos de impostos efetuados pelo mesmo ou por outros contribuintes de


mesma atividade, em condições semelhantes;

II - nas peculiaridades inerentes à atividade exercida;

III - nos fatos ou aspectos que exteriorizem a situação econômico-financeira do sujeito


passivo;

IV - no preço corrente dos serviços oferecidos à época a que se referir à apuração;

V - no valor dos materiais empregados na prestação de serviços e outras despesas, tais


como salários e encargos, aluguéis, instalações, energia, comunicações e assemelhados.

§ 1º O arbitramento não inclui a incidência de correção monetária, acréscimos moratórios e


multa sobre o débito de imposto que venha a ser apurado, nem da penalidade por
descumprimento da obrigação acessória que lhe sirva de pressuposto.

§ 2º O lançamento decorrente de arbitramento será realizado mediante processo


administrativo, e prevalecerá até que, através de avaliação contraditória, venha a ser
modificado em razão de decisão processual.

Art. 113 O montante do imposto integra sua própria base de cálculo, constituindo-se
eventuais destaques, mera indicação para fins de controle.

SUBSEÇÃO II
DA ALÍQUOTA

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A alíquota do ISSQN, dos serviços especificados na lista anexa, fica estabelecida


Art. 114
em 5% (cinco por cento).

Art. 115 Adotar-se-á regime especial de recolhimento mensal do imposto quando a


prestação de serviço ocorrer sob a forma de trabalho pessoal do próprio contribuinte,
devendo o valor da base de cálculo ser estimado e fixo mensal, não compreendida a
importância paga a título de remuneração do trabalho profissional do próprio prestador de
serviços:

§ 1º Sobre as bases de cálculo constantes dos incisos I, II e III, do § 1º, do artigo 109, § 1º,
inciso I dessa Lei, adotar-se-á a alíquota 2,5 % (dois vírgula cinco por cento).

II - atividade para a qual se exija escolaridade de nível técnico ou tecnológico;

III - atividade para a qual não se exija formação ou especialização;

§ 2º Sobre a base de cálculo das atividades prestadas pelas sociedades de profissionais,


constantes do § 2º, do artigo 109 dessa Lei, adotar-se-á a alíquota 2,5 % (dois vírgula cinco
por cento), calculada em relação a cada profissional habilitado, sócios, empregados ou
não, que prestem serviços em nome da sociedade, embora assumindo responsabilidade
pessoal nos termos da lei aplicável.

§ 3º Para efeitos deste artigo, considera-se prestação de serviços sob a forma de trabalho
pessoal aquela em que todas as etapas de elaboração e execução de seu objeto sejam
efetuadas diretamente pelo profissional autônomo ou pelos profissionais habilitados, sócios,
empregados ou não das sociedades de profissionais, que prestem serviços em nome das
mesmas.

§ 4º O disposto no § 2º somente se aplica à sociedade de profissionais, constituída sob a


forma de sociedade simples nos termos da lei civil, cujos profissionais, sócios, empregados
ou não, sejam habilitados ao exercício da mesma atividade, e prestem serviço sob a forma
de trabalho pessoal em nome da sociedade, assumindo, cada um dos profissionais
habilitados, responsabilidade pessoal nos termos da legislação específica.

§ 5º O disposto no § 2º não se aplica à sociedade:

I - constituída sob as formas de sociedades empresárias nos termos da lei civil;

II - que tenha pessoa jurídica como sócia;

III - que seja sócia de outra pessoa jurídica;

IV - que tenha participação no capital de outra pessoa jurídica;

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V - que tenha sócio não habilitado para o exercício de atividade correspondente ao serviço
prestado pela sociedade;

VI - que desenvolva atividade diversa daquela a que estejam habilitados profissionalmente


os sócios;

VII - que tenha sócio que dela participe tão-somente para aportar capital ou administrar;

VIII - que utilize o trabalho de auxiliares ou terceiros - desde que exerçam a mesma
atividade profissional do sócio contribuinte autônomo - em qualquer etapa da execução da
atividade precípua da sociedade quando, excluindo-se a participação desses auxiliares ou
terceiros, tome-se inviável a prestação do serviço.

IX - que seja ou possua filial, agência, posto de atendimento, sucursal, escritório de


representação ou contato, ou qualquer outro estabelecimento descentralizado.

§ 6º O reconhecimento do enquadramento estabelecido no § 2º, ocorrerá necessariamente,


em decorrência de requerimento dirigido a JIF de acordo com artigo 48 desta Lei, devendo,
obrigatoriamente, ser comprovado o atendimento dos requisitos estabelecidos neste artigo.

§ 8º O disposto no parágrafo anterior será renovado de dois em dois anos,


obrigatoriamente, por meio de requerimento dirigido à JIF, a partir de 1º janeiro de 2010.

SUBSEÇÃO III
DO LANÇAMENTO

Art. 116 O lançamento do imposto se fará:

I - por homologação, mediante recolhimento pelo sujeito passivo do imposto


correspondente às operações tributadas em cada mês, independente de qualquer aviso,
notificação ou prévio exame da autoridade administrativa;

II - de ofício, nas seguintes hipóteses:

a) para as descritas no art. 115, §§ 1º e 2º;


b) em conseqüência de ação fiscal, podendo ser lançado através de Notificação de
Lançamento ou por Auto de Infração e,
c) outras a serem estabelecidas em normas regulamentadoras.

§ 1º A Administração Tributária poderá proceder ao lançamento de ofício para cobrança do


imposto incidente nos serviços descritos na lista anexa, ainda que o fato gerador não tenha
ocorrido assegurada à imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se
realize o fato gerador presumido na forma a ser fixada em normas regulamentadoras.

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§ 2º O imposto devido na forma dos § 1º e 2º do art. 115, correspondente ao exercício em


que ocorrer a abertura ou o encerramento da inscrição no cadastro mobiliário, bem como a
exercícios anteriores a tais eventos, deve ser lançado no ato da inscrição ou do
encerramento, em tantos duodécimos, quantos forem os meses de atividade no ano da
inscrição ou do encerramento, ou ainda, referente aos exercícios anteriores, considerando-
se mês a fração ainda que de 1 (um) dia.

SUBSEÇÃO IV
DOS REGIMES DE PAGAMENTO DO IMPOSTO

Art. 117 O sujeito passivo enquadrado no lançamento por homologação fará o


recolhimento do imposto conforme os seguintes regimes:

I - regime de apuração mensal;

II - regime de estimativa.

Parágrafo Único - O procedimento de recolhimento do imposto seguirá os dispositivos de


normas regulamentadoras.

Art. 118O imposto por homologação deverá ser recolhido, sem os acréscimos legais, em
data a ser definida por normas regulamentadoras.

Parágrafo Único - Quando ocorrer o pagamento a maior do ISSQN, no regime de apuração


mensal, esse poderá ser aproveitado nos recolhimentos subseqüentes, nos termos das
normas regulamentadoras.

Art. 119 O valor do imposto a recolher pelo sujeito passivo enquadrado no regime de
estimativa será determinado pelo setor responsável pelo controle SQN, e prevalecerá
enquanto não revisto, sem prejuízo da apuração de eventuais diferenças.

§ 1º O sujeito passivo será enquadrado e mantido no regime de estimativa a critério do


setor responsável pelo controle do ISSQN.

§ 2º Os valores das prestações de serviços e o do imposto a ser recolhido serão estimados


em função dos dados declarados pelo sujeito passivo ou apurados de ofício, obedecendo a
critérios estabelecidos em norma regulamentadora.

Art. 120 As reclamações e recursos relacionados com o enquadramento ou fixação da


estimativa, poderão ser apresentados nos termos definidos em normas regulamentadoras e
não suspenderão a exigibilidade do valor das parcelas estimadas.

Art. 121 Normas regulamentadoras poderão fixar as datas para pagamento do imposto

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objeto dos lançamentos de ofício previstos no art. 115, § 1º e 2º, número de parcelas, bem
como estabelecer percentual de redução a ser aplicado para os pagamentos realizados em
cota única, desde que não superior a 10% (por cento).

SEÇÃO II
DAS OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS

Art. 122 As pessoas físicas ou jurídicas sujeitas à inscrição no Cadastro de Contribuintes


do Município na condição de contribuintes ou responsáveis, conforme as operações de
prestações de serviços realizadas, ainda que não tributadas ou isentas do imposto, são
obrigadas relativamente a cada inscrição, a emitir documentos fiscais, manter escrituração
fiscal destinada ao registro das operações de serviços prestados ou tomados, e atender as
exigências da Administração Tributária, inclusive, para a emissão de documentos por
cupom fiscal ou por meios eletrônicos, conforme disposto em normas regulamentadoras.

§ 1º Os modelos de documentos, cupons e livros fiscais, a forma e o prazo de sua emissão


e escrituração, bem como as disposições sobre dispensa ou obrigatoriedade de
manutenção, serão estabelecidos em normas regulamentadoras expedidas pela
Administração Tributária.

§ 2º Os documentos, os impressos de documentos, os livros das escritas contábil, fiscal e


comercial, os programas e arquivos magnéticos e eletrônicos, armazenados por qualquer
meio, são de exibição obrigatória ao fisco, devendo ser conservados pelo prazo
estabelecido na legislação tributária.

§ 3º O reconhecimento da imunidade, a outorga da isenção ou qualquer outro benefício


fiscal, não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias previstas na legislação
vigente.

§ 4º Nos termos da legislação, os contribuintes, ainda que não tributados ou isentos, devem
manter afixado, em local visível no estabelecimento, o documento de licença ou renovação
para localização e funcionamento, constando necessariamente razão social, número de sua
inscrição no Cadastro de Contribuintes do Município.

A confecção de documentos, inclusive, cupom fiscal ou a utilização de meios


Art. 123
magnéticos ou eletrônicos, se dará conforme normas regulamentadoras.

Art. 124Os documentos fiscais previstos nesta Lei Complementar, bem como a utilização
de meios magnéticos ou eletrônicos, somente poderão ser conferidos e utilizados mediante
prévia autorização do setor responsável pelo controle do ISSQN.

Capítulo III
DA ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA DO ISSQN

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As funções da Administração Tributária, quanto ao imposto, serão exercidas pelo


Art. 125
setor responsável pelo controle do ISSQN, subordinado à Secretária Municipal de
Finanças.

Art. 126 As funções inerentes à fiscalização do cumprimento das obrigações tributárias


previstas na presente Lei Complementar, incluindo a aplicação de penalidades por infração
a seus dispositivos, serão exercidas, privativamente, por servidores lotados no setor
responsável pela fiscalização de rendas com designação específica para tal função.

Parágrafo Único - Os servidores mencionados no caput do presente artigo, no exercício de


suas funções, deverão exibir quando solicitado pelo sujeito passivo, documento de
identidade funcional expedida pelo Município e autorização para início da ação fiscal
emitida pela autoridade responsável pelo controle do ISSQN.

Art. 127A legislação tributária aplica-se às pessoas físicas ou jurídicas, sujeito passivo ou
não, inclusive, as que gozem de imunidade ou isenção.

Os sujeitos passivos do imposto facilitarão, por todos os meios a seu alcance, o


Art. 128
lançamento, a fiscalização e a arrecadação tributária, ficando especialmente obrigados a:

I - apresentar declarações e demais documentos, e a escriturar em livros próprios as


operações de que decorra obrigação tributária, segundo as normas desta Lei
Complementar e das normas regulamentadoras;

II - comunicar a Administração Tributária dentro de 60 (sessenta) dias, contados da


ocorrência, qualquer alteração capaz de gerar, modificar ou extinguir obrigação tributária;

III - franquear à Administração Tributária o exame de qualquer documento que, de algum


modo, se refira a operações ou situações que constituam fato tributário, ou que sirva como
comprovante da veracidade dos dados consignados em quaisquer documentos fiscais;

IV - prestar, sempre que solicitado pelas autoridades competentes, informações e


esclarecimentos que, a juízo da Administração Tributária, se refiram a fato imponível de
obrigação tributária.

Art. 129 O movimento tributável realizado em determinado período pode ser apurado por
meio de levantamento fiscal, podendo ser considerados, entre outros, os valores dos
serviços prestados, serviços recebidos, despesas, porte do estabelecimento, ramo de
atividade, encargos diversos, lucro e outros elementos informativos a serem estabelecidos
nas normas regulamentadoras.

§ 1º No levantamento fiscal podem ser usados quaisquer meios indiciários, desde que
fundamentados.

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§ 2º O levantamento fiscal pode ser revisado sempre que surjam fatos não considerados
anteriormente quando de sua elaboração.

Art. 130 São obrigados a colocar à disposição da Administração Tributária, os impressos,


os documentos, os livros, os programas e os arquivos magnéticos e eletrônicos,
armazenados por quaisquer meios, relacionados com o imposto, e a prestar informações
solicitadas, os seguintes:

I - as pessoas inscritas ou obrigadas à inscrição no cadastro mobiliário ou que tomem parte


nas operações ou prestações sujeitas ao imposto;

II - os que, embora não sujeitos à inscrição no cadastro mobiliário, sejam tomadores,


intermediários ou prestadores de serviços, relacionados ao imposto devido neste Município;

III - os serventuários da justiça;

IV - os servidores públicos, os responsáveis e os servidores de empresas públicas, de


sociedades em que o Poder Público seja acionista majoritário, de sociedades de economia
mista ou de fundações;

V - os bancos, as instituições financeiras, os estabelecimentos de crédito em geral, as


empresas seguradoras e as empresas de arrendamento mercantil (leasing);

VI - os administradores judiciais e os inventariantes;

VII - os leiloeiros, os corretores, os despachantes e os liquidantes;

VIII - as empresas de administração de bens;

IX - as pessoas físicas ou jurídicas responsáveis pela escrituração fiscal relativa ao sujeito


passivo;

X - os concessionários e os permissionários de serviços públicos;

§ 1º A obrigação prevista neste artigo, ressalvada a exigência de prévia autorização


judicial, não abrange a prestação de informações quanto a fatos sobre os quais o
informante esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão do cargo, ofício,
função, ministério, atividade ou profissão.

§ 2º Até o término da fiscalização os elementos de verificação a que se refere o caput


permanecerão à disposição da Administração Tributária.

Art. 131As empresas seguradoras, empresas de arrendamento mercantil (leasing), os


bancos, as instituições financeiras e outros estabelecimentos de crédito são obrigados a
franquear à Administração Tributária o exame de contratos, duplicatas e triplicatas,
promissórias e outros documentos que se relacionem com o ISSQN.

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Art. 132Ficam sujeitos à apreensão, livros, documentos, impressos, papéis, programas e


arquivos magnéticos e eletrônicos, armazenados por quaisquer meios, bens e mercadorias
que constituam prova material de infração à legislação tributária.

§ 1º Havendo fundada suspeita de infração ou irregularidade, contrárias à legislação


tributária, a autoridade fiscal designada poderá, a fim de que não se altere o estado de fato,
determinar a lacração de imóveis, móveis, equipamentos e demais utensílios onde se
presumam arquivados quaisquer elementos que possam constituir prova do ilícito, ainda
que armazenados por processo magnético ou eletrônico, bem como proceder a sua
apreensão, para fins de instauração ou instrução de procedimento administrativo.

§ 2º No caso de deslacração, a mesma se dará mediante termo específico, na presença do


responsável pelo estabelecimento e da autoridade fiscal responsável pelo ato,
acompanhada de outra autoridade fiscal como testemunha.

Art. 133Da apreensão administrativa deve, obrigatoriamente, ser lavrado termo no ato da
apreensão, assinado pelo detentor ou, sendo o caso, pelo depositário designado pela
autoridade que fizer a apreensão.

Art. 134 A devolução do bem, livro, documento, impresso, papel, programa e arquivo
magnético ou eletrônico apreendidos, somente poderá ser feita se, a critério do fisco, não
for prejudicar a comprovação da infração, devendo ser efetuada através de termo de
devolução.

Parágrafo Único - Quando o livro, documento, impresso, papel, programa e arquivo


magnético ou eletrônico devam permanecer retidos, a autoridade fiscal poderá, segundo
sua avaliação, determinar, a pedido do interessado, que deles se extraia, total ou
parcialmente, cópia para entrega ao fiscalizado, retendo os originais.

Art. 135 Sem prejuízo das penalidades previstas nesta Lei Complementar, a autoridade
fiscal designada poderá solicitar o auxílio de força policial, quando vítima de embaraço ou
desacato no exercício de suas funções, ou quando necessário à efetivação de medida
prevista na legislação tributária, ainda que não se configure fato definido em lei como crime
ou contravenção.

Capítulo IV
DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES

SEÇÃO I
EFEITOS DO NÃO PAGAMENTO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

Art. 136

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Art. 136O crédito tributário não pago em seu vencimento será corrigido monetariamente,
mediante aplicação de coeficientes de atualização, nos termos da legislação própria, desde
o seu vencimento até a data de sua efetiva liquidação.

Art. 137Sem prejuízo das demais medidas administrativas e judiciais cabíveis, a falta ou
atraso no pagamento do crédito tributário implicará a cobrança de multa de mora de 0,4%
(quatro décimos por cento) ao dia sobre o valor do crédito devido e não pago, ou pago a
menor, atualizado monetariamente, a partir do dia imediatamente seguinte ao de seu
vencimento, observada a imposição máxima de 10% (dez por cento).

Parágrafo Único - No caso de parcelamento do ISSQN variável denunciado


espontaneamente pelo contribuinte, a multa de mora será de 30% (trinta por cento), sendo
o número de parcelas igual ao dos meses em atraso e limitado a 12 (doze) vezes.

SEÇÃO II
PENALIDADES PELO DESCUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA PRINCIPAL

Art. 138 O descumprimento da obrigação tributária principal, instituída pela legislação do


ISSQN, quando constatado por meio de ação fiscal, ou denunciado após o seu início, fica
sujeito às seguintes penalidades:

I - multa de 50% (cinqüenta por cento) aplicada ao sujeito passivo, sobre o valor atualizado
do imposto devido e não pago, ou pago a menor, exceto nos casos de dolo, fraude ou
simulação;

II - multa de 150% (cento e cinqüenta por cento), aplicada ao sujeito passivo, sobre o valor
atualizado do imposto devido e não pago, ou pago a menor, quando:

a) da situação prevista no art. 102;


b) da aquisição de certidão negativa de débitos estando inadimplente com a Fazenda
Pública;
c) quando caracterizado dolo, fraude ou simulação;

§ 1º Salvo prova inequívoca feita em contrário, presume-se o dolo em qualquer das


seguintes circunstâncias:

I - contradição evidente entre os livros e documentos da escrita fiscal e os elementos das


declarações e documentos de arrecadação apresentados às repartições municipais;

II - manifesto desacordo entre os preceitos legais e regulamentares no tocante às


obrigações tributárias e a sua aplicação por parte do sujeito passivo;

III - remessa de informes ou comunicações falsas ao fisco, com respeito aos fatos
tributários e à base de cálculo de obrigações tributárias;

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IV - omissão de lançamento nos livros, fichas, declarações ou documentos de arrecadação,


de bens e atividades que constituam fatos geradores de obrigações tributárias.

§ 2º A notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao


lançamento exclui a espontaneidade quanto a fatos anteriores e, independentemente de
notificação, a dos demais envolvidos nas infrações verificadas, salvo disposição em
contrário das normas regulamentadoras.

Art. 139Exclusivamente para o caso de pagamento integral e à vista do crédito tributário


os valores da multa aplicada pelo descumprimento da obrigação tributária principal e dos
juros demora, terão as seguintes reduções.

I - de 50% (cinqüenta por cento) sobre o valor da multa e dos juros de mora se o respectivo
lançamento, apurado através de auto de infração, for quitado em parcela única e integral,
no prazo de 30 (trinta) dias, contados da data da ciência do auto de infração;

II - de 20% (vinte por cento) sobre o valor da multa e dos juros de mora se o respectivo
lançamento, apurado através de auto de infração, for quitado em parcela única e integral,
antes do prazo que determina sua inscrição em dívida ativa, nos casos em que ocorra
impugnação ou interposição de recurso.

§ 1º O pagamento efetuado na conformidade deste artigo implica a desistência da


impugnação e renúncia aos recursos eventualmente oferecidos independentemente de
requerimento expresso nesse sentido.

§ 2º O disposto no presente artigo não se aplica à multa imposta por motivo de dolo, fraude
ou simulação.

SEÇÃO III
PENALIDADES PELO DESCUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA ACESSÓRIA

As infrações às normas estabelecidas nesta Lei Complementar e por suas normas


Art. 140
regulamentadoras sujeitam o infrator às seguintes penalidades:

I - extravio ou emissão fora do prazo de validade de qualquer documento fiscal: multa de


R$ 50,00 (cinqüenta reais) por documento;

II - falta de emissão de documento fiscal quando obrigados, ou, quando emitido, estiver
adulterado ou com importância diversa do valor dos serviços: multa de R$ 650,00
(seiscentos e cinqüenta reais);

III - falta de inscrição do Cadastro de Contribuintes do Município, no prazo regulamentar ou

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descumprimento do disposto no § 4º do artigo 122 da presente Lei Complementar:

a) por pessoa jurídica ou equiparada: multa de 200,00 (duzentos reais);


b) por profissional autônomo: multa de R$ 70,00 (setenta reais).

IV - falta de comunicação, no prazo regulamentar, de qualquer alteração cadastral ou


encerramento de atividade:

a) por pessoa jurídica ou equiparada: multa de R$ 250,00 (duzentos e cinqüenta reais);


b) por profissional autônomo: multa de R$ 100,00 (cem reais).

V - recusa de exibição de documentos fiscais, embaraço da ação do fisco, sonegação de


documentos necessários à apuração do imposto ou quando obrigados à retenção do
imposto, deixar de fazê-la: multa de R$ 400,00 (quatrocentos reais);

VI - confecção, para si ou para terceiros, de notas fiscais ou outros documentos fiscais sem
prévia autorização do fisco, ou em desacordo com essa, ter em seu poder, para proveito
próprio ou de terceiros, documentos fiscais sem a autorização para sua confecção: multa
de R$ 1000,00 (mil reais);

VII - deixar de estar de posse dos livros fiscais ou, ainda, que deles tenha posse, não
mantê-los devidamente escriturados ou autenticados: multa de R$ 150,00 (cento e
cinqüenta reais);

VIII - emissão de documentos fiscais em desacordo com as normas regulamentadoras ou


sem a necessária observação da sua ordem numérica e cronológica: multa de R$ 150,00
(cento e cinqüenta reais);

IX - utilização de equipamento de processamento de dados para emissão, armazenamento


ou transmissão de documentos fiscais com vício, fraude ou simulação: multa de R$ 500,00
(quinhentos reais) por equipamento;

X - Deixar de proceder o recadastramento mobiliário no prazo legal ou regulamentar: multa


de R$ 300,00 (trezentos reais);

XI - funcionar com alvará ou renovação para localização e funcionamento com prazo de


validade expirado: multa de R$ 150,00 (cento e cinqüenta reais);

XII - adulterar, falsificar documentos de arrecadação, certidões, alvarás de licença e demais


documentos fiscais emitidos pelo Município: multa de R$ 1000,00 (mil reais);

XIII - demais infrações à legislação tributária para a qual não haja penalidade específica:
multa de R$ 300,00 (trezentos reais), por infração;

§ 1º Para os efeitos deste artigo considera-se documento fiscal todos os livros,


autorizações, documentos, impressos e declarações que sejam exigidos pelo fisco.

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§ 2º A aplicação das penalidades previstas neste artigo será feita sem prejuízo da exigência
do imposto e das providências necessárias à instauração da ação penal quando cabível.

Art. 141No descumprimento de mais de uma obrigação acessória, apurado numa mesma
ação fiscal, será considerada uma única infração, sujeitando-se o infrator a penalidade mais
grave, dentre as previstas.

Parágrafo Único - O disposto no caput deste artigo, não se aplica quando do


descumprimento previsto no inciso V do art. 140.

Art. 142As multas por infrações às normas estabelecidas nesta Lei Complementar serão
acrescidas de 50% (cinqüenta por cento) por reincidência.

§ 1º Considera-se reincidência a repetição de infração de um mesmo dispositivo, pela


mesma pessoa física ou jurídica, depois de transitada em julgado a decisão administrativa
referente à infração anterior.

§ 2º Não será considerada reincidência a repetição de fato decorrido após 02 (dois) anos,
contados do primeiro dia do exercício seguinte à aplicação da penalidade.

Art. 143As multas previstas nessa Seção, quando do seu pagamento integral e à vista
terão as mesmas reduções estabelecidas no art. 139.

Capítulo V
DOS BENEFÍCIOS FISCAIS

Art. 144Os serviços descritos nos itens 1, 4 e 8 e seus subitens e nos subitens 10.05,
10.09, 14,04, 16.01, 17.19, 33.01 da lista anexa, terão a alíquota de 3% (três por cento).

Art. 145Os serviços descritos no item 4 e seus subitens da lista anexa, terão a alíquota de
2% (dois por cento), desde que a empresa prestadora de tais serviços apresente
regularidade junto à Fazenda Municipal, relativa ao recolhimento do ISSQN.

§ 1º As empresas prestadoras dos serviços descritos no caput, que tenham débito junto à
Fazenda Municipal na data da publicação desta Lei Complementar, só farão jus à alíquota
de 2% (dois por cento), no primeiro dia do mês posterior à regularização do débito.

§ 2º Perderão o benefício previsto neste artigo, as empresas que forem autuadas pelo não
recolhimento ou pelo inadimplemento de parcelamento espontâneo, relativos ao ISSQN,
retomando à alíquota prevista no art. 144, a partir do primeiro dia do mês seguinte a
inscrição do crédito tributário em dívida ativa.

§ 3º No caso de parcelamento de crédito tributário originado do lançamento do ISSQN,

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inscrito em dívida ativa, o benefício previsto neste artigo será cancelado quando do seu
inadimplemento, retomando à alíquota prevista no art. 144.

§ 4º A empresa que perder o benefício previsto neste artigo terá direito a retomá-lo
somente a partir do primeiro dia do exercício posterior ao da regularização do débito.

TÍTULO V
DO IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE PREDIAL E TERRITORIAL URBANA

Capítulo I
DA HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA E DO FATO GERADOR

Art. 146O imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana tem como hipótese de
incidência à propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel, construído ou não,
localizado na zona urbana do Município.

§ 1º Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se por zona urbana, toda a área
assim definida por ato do Poder Executivo Municipal, bem como a urbanizável ou de
expansão urbana e ainda, as constantes de loteamentos destinados à habitação, indústria,
comércio, prestação de serviços e os destinados a sítio de recreio.

§ 2º Para os efeitos deste artigo, considera-se como urbano o imóvel localizado em região
beneficiada com pelo menos dois dos seguintes serviços públicos;

a) meio-fio ou pavimentação, com canalização de águas pluviais;


b) abastecimento de água;
c) sistema de esgoto sanitário;
d) rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar;
e) centro de educação infantil ou escola ou posto de saúde, a uma distância máxima de 03
(três) quilômetros do imóvel considerado.

§ 3º O imposto incide sobre o bem imóvel localizado fora da zona urbana, que seja utilizado
como sítio, chácara de recreio ou lazer, ainda que não possua os melhoramentos previstos
nos termos do parágrafo anterior.

§ 4º Os imóveis utilizados para atividades industriais ou comerciais, mesmo não integrando


loteamentos aprovados, serão considerados como pertencentes à zona urbana, para fins
de incidência do imposto.

§ 5º O imposto não incide sobre bem imóvel localizado na zona rural do Município, ainda
que possua edificações comerciais, industriais ou residenciais, cuja destinação econômica
seja agropecuária ou agroturismo.

§ 6º O imposto não incide sobre o bem imóvel que, mesmo localizado na zona urbana, seja

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utilizado, comprovadamente, em exploração extrativa vegetal, agrícola, pecuária ou


agroindustrial.

I - A não incidência se limitará à área efetivamente utilizada nos fins indicados neste
parágrafo. A área eventualmente não utilizada estará sujeita ao imposto.

II - Para fruir do benefício previsto neste parágrafo o contribuinte deverá requerê-lo na


forma do art. 48;

III - No ato do requerimento o contribuinte deverá juntar;

a) Comprovante de cadastro de produtor rural junto a Secretaria da Fazenda do Estado do


Espírito Santo ou CNPJ;
b) Apresentação da DOT Declaração de Obrigação Tributária da Participação dos
Municípios na Arrecadação do ICMS, relativa ao exercício anterior, somente quando houver
saídas a declarar;
c) Pagamento do Imposto Territorial Rural;
d) Outros documentos, a critério da autoridade fiscal responsável pelo tributo, que
comprove sua condição de produtor rural.

Art. 147 Considera-se ocorrido o fato gerador no primeiro dia de janeiro de cada ano,
ressalvados os casos de edificações construídas no decorrer do exercício cujo fato gerador
ocorrerá, inicialmente, no primeiro dia do exercício seguinte ao da concessão do habite-se
ou de sua ocupação.

Art. 148 A incidência do imposto independe do cumprimento de quaisquer exigências


legais, regulamentares ou administrativas do imóvel perante o Município, sem prejuízo das
penalidades cabíveis, por eventual irregularidade e do cumprimento das obrigações
acessórias exigíveis, observado, inclusive, o disposto no art. 172, § 1º.

Capítulo II
DO SUJEITO PASSIVO E DOS RESPONSÁVEIS

Art. 150O sujeito passivo do imposto é o proprietário do imóvel, o titular do domínio útil ou
o possuidor do imóvel a qualquer título.

Parágrafo Único - Para efeito de inscrição no cadastro imobiliário serão considerados


contribuintes e figurarão como inscritos o cônjuge, o convivente e os condôminos nos
casos em que o imóvel tenha mais de um proprietário, titular de domínio útil ou possuidor.

Art. 150 São pessoalmente responsáveis:

I - o adquirente, pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos, assim como seu

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cônjuge, companheiro ou condômino;

II - o sucessor a qualquer título e o cônjuge, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data
da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão ou do
legado que a cada um couber, ou da meação;

III - o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão.

IV - o síndico e os condôminos, solidária e sucessivamente.

V - o proprietário, mesmo que tenha transacionado onerosa ou gratuitamente o imóvel,


enquanto esse não tiver prova de quitação, quando houver, da transação;

Capítulo III
DA BASE DE CÁLCULO

Art. 151 A base de cálculo do IPTU é o valor venal do bem alcançado pela tributação.

Art. 152O valor venal dos imóveis urbanos será obtido pela soma do valor venal do terreno
e da construção, se houver, de conformidade com as normas, fórmulas e métodos fixados
pela Planta Genérica de Valores Imobiliários do Município de Cariacica - PGVI, Anexo II.

SEÇÃO I
DA AVALIAÇÃO DOS TERRENOS

Art. 153O valor venal do terreno corresponderá ao resultado da multiplicação de sua área
pelo valor unitário do metro quadrado constante da PGVI referida no artigo anterior,
aplicando-se, ainda, os fatores de correção nela previstos.

Parágrafo Único - Quando se tratar de imóvel não edificado, que possua mais de 1 (uma)
testada, o seu valor venal terá por base o logradouro de maior valor.

Art. 154 Os logradouros ou trechos de logradouros que não constem na PGVI, terão seus
valores fixados pelo responsável pelo Cadastro Imobiliário e homologados pelo Secretário
Municipal de Finanças.

SEÇÃO II
DA AVALIAÇÃO DAS CONSTRUÇÕES

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Art. 155O valor venal das edificações será obtido através do produto de sua área total
construída, pelo valor unitário de reprodução da construção, aplicando-se, ainda, os fatores
de correção fixados pela PGVI.

§ 1º O imóvel construído que abrigue mais de uma unidade autônoma terá tantos
lançamentos quantos forem essas unidades, dividindo-se a área do terreno pela
quantidade de unidades, obedecendo a fórmula prevista no Quadro VII, do Anexo II.

§ 2º Quando se tratar de imóvel edificado, que possua acesso, para mais de um


logradouro, o valor do terreno será calculado pelo valor do Vlm² do logradouro de maior
valor.

Art. 156Poder-se-á adotar como valor venal o indicado pelo sujeito passivo, sempre que
superior ao registrado no Cadastro Imobiliário.

Art. 157Aplicar-se-á o critério de arbitramento para apuração do valor venal do imóvel,


quando o sujeito passivo ou responsável impedir o levantamento dos elementos
necessários ou se a edificação for encontrada fechada em 03 (três) visitas consecutivas do
representante do fisco.

Art. 158O Chefe do Poder Executivo constituirá, sempre que necessário, uma comissão
de avaliação, integrada por servidores do Poder Público Municipal e representantes da
sociedade civil, com a finalidade de elaborar e atualizar a PGVI.

§ 1º Em caso de impossibilidade de formação da comissão referida no caput, o Chefe do


Poder Executivo Municipal poderá corrigir os valores constantes da PGVI, utilizando-se de
índice de atualização monetária adotado pelo Município, não caracterizando, esta correção,
majoração do tributo.

§ 2º O percentual de atualização deverá ser divulgado por ato do Chefe do Poder Executivo
Municipal até 31 de dezembro do exercício anterior ao que produzirá seus efeitos.

Capítulo IV
DAS ALÍQUOTAS

Art. 159 As alíquotas do imposto são as seguintes:

I - 0,20% (zero vírgula vinte por cento) para imóveis edificados, com finalidades
residenciais;

II - 0,225% (zero vírgula duzentos e vinte e cinco por cento) para imóveis edificados com
finalidades comerciais, industriais e de prestação de serviços;

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III - 1,0% (um por cento) para imóveis não edificados;

IV - 0,20 (zero vírgula vinte por cento) para os imóveis não edificados representados por
lotes de terreno originário de parcelamento ou desmembramento do solo urbano de
propriedade do loteador ou administrado por esse, até a primeira operação de venda, desde
que o loteador esteja adimplente perante o município na data do lançamento e recebimento
da obrigação principal de todos os imóveis de sua propriedade e/ou administrados por
esse, passando a ter alíquota de 0,40 (zero vírgula quarenta por cento) caso não comprove
regularidade fiscal de todos os tributos junto à Fazenda Municipal;

V - 1,0% (um por cento) para aqueles considerados excedentes na forma do disposto no
inciso III do art. 160.

VI - 1,2% (um vírgula dois por cento), para os imóveis não edificados, situados em
logradouros dotados de pavimentação, rede de esgoto sanitário ou drenagem pluvial e rede
de abastecimento de água.

§ 1º A alíquota constante do inciso III sofrerá acréscimo progressivo de 0,25% (vinte e


cinco centésimos por cento) ao ano até o máximo de 5% (cinco por cento), quando os
imóveis não edificados com uma área terreno maior ou igual a 3.000 m² (três mil metros
quadrados), estiverem situados em logradouros dotados de pavimentação, esgoto sanitário
ou pluvial, abastecimento de água.

§ 2º O acréscimo progressivo, previsto no parágrafo anterior, será aplicado a partir do


terceiro exercício financeiro seguinte ao da publicação desta Lei Complementar.

§ 3º O início da construção licenciada pelo setor responsável, sobre o terreno, exclui o


acréscimo progressivo de que trata o § 1º deste artigo.

§ 4º A paralisação da obra por prazo superior a 06 (seis) meses consecutivos, determinará


o retomo da alíquota com o acréscimo progressivo, de acordo com o previsto no § 1º deste
artigo.

§ 5º Sempre que ocorrer transmissão imobiliária nos imóveis que se enquadram no § 1º,
sua alíquota retomará àquela prevista no inciso III deste artigo.

§ 6º Decorrido o prazo de 2 (dois) anos sem que se inicie construção devidamente


licenciada junto ao órgão responsável, o imóvel transmitido, conforme o parágrafo anterior,
sujeitar-se-á à progressividade prevista no § 1º deste artigo.

§ 7º Quando da ocorrência da primeira transação que dispõe o inciso IV, a alíquota a ser
aplicada no exercício seguinte ao da operação será aquela presente no inciso III.

§ 8º No caso do parágrafo anterior, quando não houver êxito na transação ou desistência


das partes, em que o imóvel retomar para o loteador, no exercício seguinte a esse retomo a
alíquota a ser aplicada permanecerá aquela prevista no inciso III.

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§ 9º A ocorrência do fato descrito no § 7º, deverá ser comunicada ao chefe do setor


responsável, no prazo de 30 dias, devendo vir acompanhada de documentos que
comprovem a transação, termo de quitação do imóvel junto com os documentos pessoais
do comprador, certidão de nascimento/casamento, sob pena de multa estabelecida no
inciso V, do artigo 184 dessa Lei.

Art. 160 É considerado imóvel sem edificação, para efeito de incidência do imposto, a
existência de:

I - prédio em construção, até o último dia do exercício correspondente ao da concessão do


habite-se ou de sua ocupação;

II - prédio em estado de ruína ou de qualquer modo inadequado à utilização de qualquer


natureza ou as construções de natureza temporária;

III - áreas excedentes de terrenos edificados, superiores a 8 (oito) vezes a área da


construção, aplicáveis a terrenos com área não inferior a 600m² (seiscentos metros
quadrados).

Capítulo V
DA ISENÇÃO

Art. 161 São isentos do imposto:

I - as áreas ocupadas por florestas e demais formas de vegetação, declaradas como de


preservação permanente e ou monumentos naturais identificados de acordo com a
legislação pertinente;

II - os imóveis tombados ou sujeitos às restrições impostas pelo tombamento vizinho, bem


como aqueles identificados como de interesse de preservação, na forma da legislação
pertinente;

III - os imóveis edificados e as áreas de terrenos cedidos gratuitamente para uso da


Municipalidade, através de contrato de comodato, enquanto durar a cessão;

IV - o imóvel edificado de propriedade do ex-combatente, integrante da Força


Expedicionária Brasileira, desde que nele resida, ou nele esteja residindo a sua viúva ou
ex- companheira e seja apresentado o certificado de campanha.

V - a propriedade imóvel única do sujeito passivo da obrigação, quando por ele ocupada
para moradia e desde que o valor venal do referido imóvel não exceda à quantia de R$
10.000,00 (dez mil reais);

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VI - O imóvel residencial de propriedade de aposentado ou pensionista, desde que se


inclua na conjugação total das seguintes condições:

a) que o imóvel seja utilizado como residência própria, sendo ainda exigido que o
contribuinte esteja em dia com os débitos de impostos alusivos a demais imóveis que
possua;
b) perceber remuneração mensal no valor de até 3 (três) salários mínimos.

VII - O imóvel de entidade declarada como de utilidade pública, sem fins lucrativos, quando
comprovadamente utilizada como sede para sua finalidade essencial.

§ 1º A definição dos procedimentos para obtenção da isenção do imposto, para os imóveis


definidos no inciso constante deste artigo, à exceção do inciso V, será disciplinado em
norma regulamentadora.

§ 2º O reconhecimento da isenção do imposto para os imóveis definidos nos incisos IV e


VI, deverá ser requerido até o vencimento da cota única do mesmo.

§ 3º A renovação do reconhecimento da isenção do imposto para os imóveis definidos nos


incisos IV e VI de que trata § 2º, deverá ser renovada anualmente, devendo o beneficiário
comparecer ao Município apresentando documentos que comprovem a garantia de
continuidade do benefício concedido, sob pena de cancelamento do benefício em questão.

Capítulo VI
DA INSCRIÇÃO NO CADASTRO IMOBILIÁRIO

Art. 162Todos os imóveis, inclusive os que gozarem de imunidade ou isenção, situados na


zona urbana do Município como definida neste Código, deverão ser inscritos, pelo sujeito
passivo, no Cadastro Imobiliário.

§ 1º Quando se tratar de imóvel não edificado, o sujeito passivo deverá eleger o domicílio
tributário.

§ 2º Serão inscritos de ofício, também, imóveis de propriedade da União, dos Estados, dos
Municípios, de representações consulares e de embaixadas estrangeiras.

Art. 163Com o objetivo de efetivar a inscrição no Cadastro Imobiliário do Município, fica o


sujeito passivo obrigado a comparecer ao setor responsável, munido do título de
propriedade ou do compromisso de compra e venda, para as necessárias anotações.

Parágrafo Único - A inscrição deverá ser efetuada no prazo de 60 (sessenta) dias, contados
da data da escritura definitiva ou da promessa de compra e venda do imóvel.

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Art. 164 Deverão ser obrigatoriamente comunicadas ao setor responsável pelo Cadastro
Imobiliário, no prazo de 60 (sessenta) dias, todas as ocorrências verificadas com relação ao
imóvel, que possam afetar a base de cálculo e a identificação do sujeito passivo da
obrigação tributária.

Art. 165 Os cartórios ficam obrigados a exigir, sob pena de responsabilidade, na forma do
art. 134, inciso VI, do Código Tributário Nacional, conforme o caso, certidão de aprovação
de loteamento, de cadastramento e de remanejamento de área, para efeito de registro de
loteamento, averbação de remanejamento de imóvel ou de lavratura e registro de
instrumento de transferência ou venda do imóvel.

Art. 166 O Cadastro Imobiliário compreende:

I - os terrenos vagos existentes ou que venham a vagar, desde que considerados urbanos;

II - as edificações existentes ou que venham a ser construídas nas áreas urbanas ou


urbanizáveis;

Art. 167São de inscrição obrigatória no Cadastro Imobiliário os imóveis existentes como


unidades autônomas, e os que venham a surgir por desmembramento ou remembramento
dos atuais, ainda que sejam beneficiadas por isenção ou imunidade.

Parágrafo Único - Unidade autônoma é aquela que permite uma ocupação ou utilização
privativa e que seu acesso se faça independentemente das demais ou igualmente com as
demais, por meio de áreas de acesso ou circulação comum a todos, mas nunca através de
outra.

Art. 168 Nos casos de requerimento referentes aos incisos abaixo, os sujeitos passivos
ficam dispensados de apresentarem certidão de cadastramento, cabendo unicamente ao
setor responsável, verificar, antes do deferimento, se o contribuinte está inscrito:

I - habite-se, licença para edificação ou construção, reforma, demolição ou ampliação;

II - remanejamento de áreas;

III - aprovação de projetos/plantas.

Art. 169 A inscrição dos imóveis no Cadastro Imobiliário será promovida:

I - pelo proprietário ou seu representante legal ou pelo respectivo possuidor a qualquer


título;

II - por qualquer dos condôminos;

III - de ofício, pelo setor responsável:

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a) em se tratando de próprio federal, estadual, municipal ou entidade autárquica;


b) após o prazo estabelecido para o adquirente, quando denunciada pelo transmitente ou
por informações do cartório de registro geral de imóveis;
c) através de levantamento cadastral.

Art. 170O sujeito passivo deverá declarar, ao setor responsável, dentro de 60 (sessenta)
dias, contados da respectiva ocorrência:

I - a aquisição de imóvel edificado ou não;

II - a modificação de uso;

III - a mudança de endereço para entrega de notificações;

IV - outros atos ou circunstâncias que possam afetar a incidência do imposto.

Art. 170 Os responsáveis por loteamento ou incorporação imobiliária ficam obrigados a


fornecer a Secretaria de Finanças, no prazo de 60 (sessenta) dias a contar do primeiro dia
do mês subseqüente à comercialização, relação dos lotes, nome e endereço dos
compradores, acompanhada das cópias dos respectivos documentos que comprovem a
transação, a fim de ser feita a anotação no cadastro imobiliário.

Parágrafo Único - O não cumprimento do disposto no caput sujeitará o proprietário do


loteamento à penalidade prevista no inciso V do artigo 184, da presente Lei.

Art. 171As construções feitas sem licença ou em desacordo com as normas municipais
serão inscritas e lançadas, de ofício, apenas para efeitos fiscais.

§ 1º A inscrição e os efeitos, no caso deste artigo, não criam direito ao proprietário, ao


titular do domínio útil ou ao possuidor a qualquer título, e não excluem o direito da
repartição de exigir a adaptação da edificação às normas e prescrições legais ou a sua
demolição independentemente das sanções cabíveis.

§ 2º A inscrição no cadastro imobiliário será atualizada sempre que se verificar qualquer


alteração da situação anterior do imóvel.

Art. 173 Até o dia 20 (vinte) de cada mês, os oficiais de registro de imóveis, na
conformidade do disposto no inciso I, art. 197 do Código Tributário Nacional, enviarão a
Secretária Municipal de Finanças, extratos ou comunicações de atos relativos a imóveis,
tais como: transferências, averbações, inscrições ou transcrições realizadas no mês
anterior.

Capítulo VII
DO LANÇAMENTO E DA ARRECADAÇÃO

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Art. 174 O lançamento do imposto é anual e será feito para cada imóvel ou unidade
imobiliária independente, ainda que contíguo, levando-se em conta sua situação à época
da ocorrência do fato gerador, que reger-se-á pela lei então vigente.

§ 1º O lançamento do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana poderá ser


feito em conjunto com os demais tributos que recaírem sobre o imóvel.

§ 2º O lançamento do imposto não implica reconhecimento da legitimidade da propriedade,


do domínio útil ou da posse do imóvel.

§ 3º O lançamento será feito no nome sob o qual estiver inscrito o imóvel no Cadastro
Imobiliário.

§ 4º Os sujeitos passivos do imposto terão ciência do lançamento por meio de notificação


pessoal ou por editais publicados em jornal local.

§ 5º É assegurada ao sujeito passivo transparência no lançamento do imposto, através de


informações relativas ao imóvel, que justificam o valor apurado, a serem indicadas no
documento de arrecadação próprio para a cobrança do imposto, que deverá conter,
obrigatoriamente, pelo menos, os seguintes elementos:

I - áreas do terreno e da edificação, respectivamente;

II - valores, por metro quadrado e venal, do terreno e da edificação, respectivamente;

III - alíquotas incidentes;

Art. 175 No caso de condomínio, figurará o lançamento em nome deste.

§ 1º Quando se tratar de loteamento figurará o lançamento em nome do proprietário do


loteamento, até que seja outorgada a escritura definitiva da unidade vendida.

§ 2º Verificando-se a outorga de que trata o inciso anterior, os lotes vendidos serão


lançados em nome do comprador ou compradores, no exercício subseqüente ao em que se
verificar a alteração no Cadastro Imobiliário.

§ 3º Quando o imóvel estiver sujeito a inventário, figurará o lançamento em nome do


espólio; feita a partilha, será transferido para os nomes dos sucessores, os quais se
obrigam a promover a regularização e transferência perante o setor responsável, dentro no
prazo de 30 (trinta) dias, contados da partilha ou adjudicação.

§ 4º Os imóveis pertencentes a espólio, cujo inventário esteja sobrestado, serão lançados


em nome do mesmo o qual responderá pelo tributo até que, julgado o inventário, se façam
as necessárias modificações.

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§ 5º O lançamento dos imóveis pertencentes à massa falida ou sociedade em liquidação


será feito em nome das mesmas, mas a notificação será endereçada aos seus
representantes legais, anotando-se os nomes e endereços nos registros.

§ 6º Em caso de litígio sobre o domínio da propriedade, o lançamento mencionará tal


circunstância, bem como o nome dos litigantes, dos possuidores da propriedade, a
natureza do feito e o juízo por onde tramita a ação, bem como o número do processo.

Considera-se regularmente efetuado o lançamento, com a entrega da notificação a


Art. 176
qualquer das pessoas indicadas nos arts. 149 e 150, a seus prepostos ou representantes
legais.

§ 1º Comprovada a impossibilidade de entrega de notificação a qualquer das pessoas


referidas neste artigo, ou no caso de recusa de seu recebimento por parte daquelas, a
notificação far-se-á por meio de aviso de recebimento ou por edital.

§ 2º O edital poderá ser feito globalmente para todos os imóveis que se encontrarem na
situação prevista no parágrafo anterior.

Capítulo VIII
DO PAGAMENTO E PRAZOS

Art. 177A arrecadação do imposto é anual, podendo ser efetuado o pagamento em cota
única ou, em parcelas, a critério do sujeito passivo, na forma e prazos dispostos em norma
regulamentadora.

Parágrafo Único - O sujeito passivo que optar pelo recolhimento do IPTU e taxas em cota
única, até a data do vencimento, terá direito a um desconto de até 20% (vinte por cento).

Capítulo IX
DA REVISÃO DE LANÇAMENTO

Art. 178Será admitido pedido de revisão de lançamento que tenha sido protocolado,
tempestivamente, conforme dispuser a norma regulamentadora.

Far-se-á, ainda, revisão de lançamento, sempre que se verificar erro na fixação da


Art. 179
base de cálculo, ainda que os elementos indutivos dessa fixação hajam sido apurados
diretamente pelo fisco.

Capítulo X

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DAS INFRAÇÕES E DAS PENALIDADES

Art. 180Constituem infrações às normas do IPTU toda ação ou omissão que importe em
inobservância às suas disposições.

As infrações a esta Lei Complementar referentes ao IPTU, serão punidas com as


Art. 181
seguintes penalidades:

I - multa;

II - proibição de transacionar com o Poder Público Municipal;

III - suspensão ou cancelamento de benefícios e incentivos,

Art. 182Por inobservância das disposições desta Lei Complementar, serão aplicadas as
seguintes multas:

I - demora;

II - por infração.

Art. 183A multa moratória, no caso de pagamento espontâneo do tributo após o prazo
regulamentar, será aplicada nos percentuais de 0,4% (zero vírgula quatro por cento) por dia
de atraso, até o limite máximo de 10% (dez por cento) em caso de pagamento.

Art. 184 As multas por infração serão aplicadas de acordo com o seguinte escalonamento:

I - R$ 50,00 (cinqüenta reais) nos casos de deixar de comunicar a aquisição do imóvel, ou


quaisquer outros atos ou circunstâncias que possam alterar a identificação do imóvel no
Cadastro Imobiliário;

II - R$ 100,00 (cem reais), nos casos em que:

a) deixar de comunicar a modificação de uso da edificação para efeito de inscrição e


lançamento;
b) deixar de apresentar, dentro dos prazos previstos outros elementos básicos à
caracterização de fato gerador de obrigação tributária.

III - R$ 200,00 (duzentos reais), nos casos em que:

a) negar-se a prestar informações ou tentar embaraçar, iludir, dificultar ou impedir a ação


dos agentes do fisco;
b) não atender, no prazo previsto, a notificação feita pela fiscalização.

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IV - R$ 300,00 (trezentos reais), nos casos em que:

a) instruir pedidos de isenção, de reconhecimento de imunidade ou redução do imposto com


documento que contenha falsidade, no todo ou em parte;
b) fornecer por escrito ao fisco, dados ou informações inverídicas.

§ 1º A aplicação da multa por infração é excluída pela denúncia espontânea do infrator,


acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo e dos acréscimos cabíveis.

§ 2º Não se considera denúncia espontânea a apresentada após o início de qualquer


procedimento administrativo ou medida de fiscalização relacionada com a infração.

V - R$ 600,00 (seiscentos reais), no caso em que o proprietário de loteamento ou


responsável legal, deixar de cumprir o que estabelece o § 9º, do artigo 159 ou o artigo 171,
todos dessa lei.

VI - R$ 1000,00 (mil reais) nos casos em que for confirmada a falsificação ou a adulteração
de documentos de arrecadação, certidões e demais documentos fiscais emitidos pelo
Município;

Art. 185Poderão ser suspensas ou canceladas as concessões dadas ao contribuinte,


quando ocorrer infração à legislação do IPTU.

Parágrafo Único - A pena prevista neste artigo só será aplicada no caso de cessação das
condições que deram origem à concessão do benefício.

TÍTULO VI
DO IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO INTER VIVOS DE BENS IMÓVEIS

Capítulo I
DA HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA

Art. 186O Imposto Sobre Transmissão Inter Vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de
bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os
de garantia, bem como cessão de direitos à sua aquisição, tem como hipóteses de
incidência:

I - a transmissão da propriedade ou do domínio útil de bens imóveis, por natureza ou por


acessão física.

II - a transmissão de direitos reais sobre imóveis, exceto os direitos reais de garantia;

III - a cessão de direitos relativos às transmissões referidas nos incisos anteriores;

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IV - a compra e venda pura ou condicional;

V - a instituição, a transmissão e substituição de fideicomisso inter vivos, quando onerosa;

VI - a procuração em causa própria e/ou seu substabelecimento, quando o instrumento


contiver os elementos essenciais à compra e venda de bens imóveis ou de direitos a eles
relativos.

VII - a transmissão de fideicomisso inter vivos, quando onerosa;

VIII - a sub-rogação de imóveis gravados ou inalienáveis;

IX - a dação em pagamento;

X - a permuta;

XI - a arrematação, a adjudicação e a remissão;

XII - a cessão do direito do arrematante ou adjudicatário;

XIII - a transferência de direitos sobre construções existentes em terreno alheio, ainda que
feita ao proprietário do solo;

XIV - a cessão onerosa do direito à sucessão aberta;

XV - a instituição e extinção de usufruto, convencional ou testamentário, sobre bens


imóveis, se onerosa;

XVI - a transmissão onerosa de domínio útil;

XVII - as divisões para extinção de condomínio, sobre o excesso, quando qualquer


condômino receber quota parte material cujo valor seja maior do que o da sua quota parte
ideal;

XVIII - a separação judicial ou divórcio, sobre o excesso na partilha, quando, por ato
oneroso, um dos cônjuges receber bens cujo valor seja maior do que a meação que lhe
caberia na totalidade dos bens;

XIX - qualquer ato judicial ou extrajudicial inter vivos, não especificado neste artigo, que
importe ou se resolva em transmissão, a título oneroso, de bens imóveis, por natureza ou
acessão física, ou de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia.

Art. 187 O imposto é devido quando os bens transmitidos, ou sobre os quais versarem os
direitos cedidos se situarem no território do Município, ainda que a mutação patrimonial
decorra de contrato celebrado fora da sua circunscrição territorial.

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Parágrafo Único - Cada transmissão implicará um fato gerador distinto.

Art. 188 Será devido novo imposto quando as partes resolverem a retratação do contrato
que já houver sido lavrado e transcrito, bem assim quando o vendedor exercer o direito de
prelação.

Art. 189 Consideram-se bens imóveis, para efeito do imposto:

I - o solo, com sua superfície, os seus acessórios e adjacências naturais, as árvores e os


frutos pendentes, o espaço aéreo e o subsolo;

II - tudo quanto o homem incorporar permanentemente ao solo, como a semente lançada a


terra, os edifícios e as construções, de modo que não possa retirar sem destruição, fratura
ou dano.

Capítulo II
DO SUJEITO PASSIVO

Art. 190O sujeito passivo do imposto é o adquirente dos bens imóveis ou dos direitos reais
sobre imóveis, exceto os de garantia, o cessionário de direito a sua aquisição, o fiduciário e
o fideicomissário, na hipótese prevista pelo art. 194, § 3º a 4º.

§ 1º Nas permutas, cada contratante pagará o imposto sobre o valor do bem adquirido.

§ 2º Quando ocorrer à transmissão onerosa da nua-propriedade ou a extinção onerosa do


usufruto, o imposto será pago:

I - relativamente à nua-propriedade, pelo adquirente;

II - relativamente ao usufruto:

a) pelo instituidor, quando for feita a sua instituição;


b) pelo nu-proprietário, no momento de sua extinção, exceto o previsto no inciso V do art.
191.

Capítulo III
DA NÃO INCIDÊNCIA

Art. 191 O imposto não incide sobre:

I - nas transmissões de bens imóveis em que figurem como adquirentes a União, os

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Estados, o Distrito Federal e os Municípios, vedação que, relativamente à aquisição de


bens vinculados a suas finalidades essenciais ou delas decorrentes, é extensiva às
autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;

II - nas transmissões em que figurem como adquirentes os partidos políticos, inclusive suas
fundações, as entidades sindicais dos trabalhadores, as instituições de educação e de
assistência social, sem fins lucrativos, de bens imóveis relacionados com suas finalidades
essenciais desde que atendidos outros requisitos estabelecidos em lei;

III - sobre as transmissões de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa


jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrentes
de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, ressalvado o disposto no art.
192;

IV - nas transmissões de desincorporação dos bens e direitos transmitidos na forma do


inciso III deste artigo, quando reverterem aos primitivos alienantes;

V - na extinção do usufruto, quando o nu-proprietário for o instituidor;

VI - sobre a construção ou parte dela, devidamente licenciada pelo Município de Cariacica,


desde que comprovadamente realizada pelo adquirente, incidindo o imposto somente
sobre o valor do que tiver sido construído pelo transmitente;

Art. 192O disposto no inciso III do artigo anterior, não se aplica quando a pessoa jurídica
adquirente tiver como atividade preponderante à venda, a locação ou o arrendamento de
bens imóveis, ou a cessão de direitos a eles relativos.

§ 1º Considera-se caracterizada a atividade preponderante referida neste artigo quando


mais de 50% (cinqüenta por cento) da receita operacional da pessoa jurídica adquirente
nos 12 (doze) meses anteriores à aquisição, decorrer de transações mencionadas neste
artigo.

§ 2º Se a pessoa jurídica adquirente iniciar suas atividades a menos de 12 (doze) meses da


aquisição, apurar-se-á a preponderância levando-se em conta os meses até então
decorridos.

§ 3º Se a pessoa jurídica adquirente iniciar suas atividades após a aquisição, apurar-se-á a


preponderância levando-se em conta os 12 (doze) primeiros meses seguintes à data da
aquisição.

§ 4º Verificada a preponderância referida neste artigo, tornar-se-á devido o imposto nos


termos da lei vigente à data da aquisição, sobre o valor dos bens ou direitos apurados na
data do pagamento.

Capítulo IV

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DAS ALÍQUOTAS

Art. 193 As alíquotas do imposto são as seguintes:

I - 1,0% (um por cento) sobre o valor da primeira transação nas transmissões realizadas
através do sistema de cooperativa habitacional ou outro programa de habitação popular
que tenha a participação do Município.

II - 2,0% (dois por cento) sobre o valor das demais transmissões.

Capítulo V
DA BASE DE CÁLCULO

Art. 194A base de cálculo do imposto é o valor real dos bens ou direitos transmitidos ou
cedidos, apurado por ação determinada pela administração tributária, a qual poderá valer-
se de um ou mais dos seguintes elementos:

I - planta genérica de valores imobiliários;

II - pesquisa dos valores praticados pelo mercado imobiliário;

III - a declaração do valor de qualquer das partes envolvidas na transmissão, sendo essa
quando necessário, atualizada monetariamente, quando a declaração de transmissão
protocolada pelo adquirente ou interessando trouxer o valor da transação em moeda
extinta;

§ 1º O valor da base de cálculo determinado pela administração tributária, ou mesmo


quando declarado pelo sujeito passivo e aceito pela administração tributaria, não poderá ser
inferior ao valor fixado na planta genérica de valores imobiliários.

§ 2º Na arrematação ou leilão, na remissão, na adjudicação de imóveis ou de direitos a eles


relativos, a base de cálculo será o valor estabelecido pela avaliação judicial ou
administrativa, ou o preço pago, se este for maior.

§ 3º Nas tomas ou reposições inter vivos, a base de cálculo será o valor venal da fração
ideal excedente, o imposto será pago, pelo fiduciário, com redução de 50% (cinqüenta por
cento), e pelo fideicomissário, quando entrar na posse dos bens ou direitos, também com a
mesma redução.

§ 4º Na transmissão de fideicomisso inter vivos, o imposto será pago, pelo fiduciário, com
redução de 50% (cinqüenta por cento), e pelo fideicomissário, quando entrar na posse dos
bens ou direitos, também com a mesma redução.

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§ 5º Extinto o fideicomisso por qualquer motivo e consolidada a propriedade, o imposto


deve ser recolhido no prazo de 30 (trinta) dias do ato extinto.

§ 6º O fiduciário que puder dispor dos bens e direitos, quando assim proceder, pagará o
imposto de forma integral.

§ 7º Nas transmissões dos direitos reais de usufruto, uso, habitação, ou renda


expressamente constituída sobre imóveis, mesmo em caráter vitalício, a base de cálculo
corresponderá ao rendimento presumido do bem durante a duração do direito real, limitada,
porém a um período de 5 (cinco) anos.

§ 8º Nas transmissões do Sistema Financeiro de Habitação, a base de cálculo será a


avaliação feita pelo respectivo Agente Financeiro, corrigida monetariamente pelo valor da
Unidade de Referência desse sistema vigente à data do pagamento do imposto, ou o valor
apurado pelo Município se esse for maior.

§ 9º Quando se tratar de imóvel rural a apuração da base de cálculo do ITBI será procedida
com base nos valores auferidos no mercado imobiliário, observando-se todas as
benfeitorias existentes no imóvel, tais como plantações, casa da sede e de caseiros,
currais, cercas, e outros, a localização do imóvel, sua forma, dimensão e utilidade,
conforme disposto em norma regulamentadora.

Art. 195 O Chefe do Poder Executivo poderá estabelecer por intermédio de norma
regulamentadora, os critérios e procedimentos a serem adotados na apuração da base de
cálculo do imposto.

Capítulo VI
DO LANÇAMENTO

Art. 196O lançamento do imposto será efetuado de ofício ou por declaração, na repartição
fazendária.

O lançamento de ofício será efetuado através de procedimento fiscal instaurado


Art. 197
pela Administração Tributária, visando apurar a base de cálculo do imposto.

§ 1º O procedimento fiscal será efetuado por servidores responsáveis pelo lançamento,


designados por ato do Secretário Municipal de Finanças.

§ 2º Quando da apuração da base de cálculo for constatada ou alegada discordância entre


os elementos do cadastro imobiliário e os declarados pelo contribuinte ou preposto, tais
como: os elementos básicos, áreas, fatores de valorização e depreciação, deverá o
servidor responsável proceder à apuração com base nos elementos existentes e

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constatados em vistoria realizada no imóvel.

§ 3º Confirmada a discordância de que trata o parágrafo anterior a autoridade fiscal através


da chefia imediata encaminhará expediente ao órgão que administra o cadastro imobiliário
para que seja procedida as alterações que produzirão seus efeitos para o exercício
seguinte para o Imposto Sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU.

§ 4º O procedimento fiscal deverá ser concluído pelo servidor responsável, no prazo


máximo de 05 (cinco) dias úteis, contados da designação, prorrogáveis por ato da chefia
imediata.

Art. 198 O lançamento do imposto será homologado pelo chefe do setor responsável,
devendo o sujeito passivo, no prazo máximo de 30 (trinta) dias contados a partir da data da
ciência do mesmo, efetuar o pagamento.

§ 1º O sujeito passivo que não concordar com o lançamento poderá impugná-lo no prazo
estabelecido no caput deste artigo.

§ 2º A impugnação de que trata o parágrafo anterior será dirigida ao chefe do setor


responsável, e deverá ser fundamentada tecnicamente, devendo estar acompanhada de
laudo de avaliação assinado por perito.

§ 3º O chefe do setor responsável designará outro servidor, para que em conjunto com o
autor do lançamento, caso este não esteja impedido legalmente, proceda à sindicância
visando apurar o alegado na impugnação.

§ 4º A revisão devidamente justificada, conforme prevê o parágrafo 2º do presente artigo,


será submetida ao chefe do setor responsável, para análise e decisão.

§ 5º A decisão da impugnação de que trata este artigo será final e esgotará o contraditório
na esfera administrativa municipal.

Capítulo VII
DO PAGAMENTO

Art. 199 O pagamento do imposto será efetuado:

I - antes da lavratura do instrumento que servir de base à transmissão;

II - nas transmissões por título particular, mediante sua indispensável apresentação à


repartição fiscal, no prazo de 30 (trinta) dias de sua ocorrência;

III - nas transmissões oriundas de sentença judicial, no prazo de 30 (trinta) dias contados
da data do trânsito em julgado da decisão;

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IV - nas transmissões por escrituras públicas lavradas em outras unidades federativas do


País, no prazo de 30 (trinta) dias contados de sua lavratura.

V - até 30 (trinta) dias contados da data da ciência da decisão da impugnação de que trata
o caput do art. 198.

VI - até 30 (trinta) dias após a data da assinatura, pelo agente financeiro, de instrumento de
hipoteca, quando se tratar de transmissão ou cessão, financiadas pelo Sistema Financeiro
de Habitação.

§ 1º Esgotado o prazo de 30 (trinta) dias contados a partir da ciência da homologação do


lançamento ou da decisão da impugnação, sem que tenha ocorrido o pagamento do
imposto, será aplicada multa moratória de 0,4% (quatro décimos percentuais) sobre o valor
do referido imposto, por dia de atraso, até o limite máximo de 10% (dez por cento).

§ 2º Após decorridos 60 (sessenta) dias contados a partir da data da ciência da


homologação do lançamento, sem que tenha ocorrido o pagamento do imposto transmissão
ou ocorrido sua impugnação, o débito será inscrito em Dívida Ativa.

Capítulo VIII
DAS PENALIDADES

Art. 200As infrações às disposições desta Lei Complementar, referentes ao ITRI, serão
punidas com multa:

I - de 20% (vinte por cento) do valor do imposto devido, mediante autuação fiscal, e de 10%
(dez por cento) se pagos espontaneamente quando:

a) total ou parcialmente omitido o pagamento do imposto devido;


b) ocultada a existência de frutos pendentes ou outra circunstância que influa positivamente
no valor do imóvel.

II - R$ 1000,00 (mil reais) nos casos em que for confirmada a falsificação ou a adulteração
de documentos de arrecadação, certidões e demais documentos fiscais emitidos pelo
Município;

III - R$ 1500,00 (mil e quinhentos reais) nos casos em que houver o descumprimento por
parte do contribuinte, do responsável legal ou dos serventuários da justiça, pelo disposto no
artigo 203.

IV - R$ 1700,00 (mil e setecentos reais) nos casos em que houver o descumprimento por
parte do contribuinte, do responsável legal ou dos serventuários da justiça, pelo disposto

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nos artigos 192 e 203.

Art. 201 As pessoas físicas e jurídicas que explorarem atividades imobiliárias, inclusive,
construtoras e incorporadoras, por conta própria ou por administração, que deixarem de
cumprir obrigações principal e acessória dificultando a identificação do sujeito passivo do
imposto, à época da ocorrência do fato gerador e verificação sobre o recolhimento, ficam
sujeitas à mesma multa prevista no inciso III do artigo 200.

Art. 202Os escrivães e demais servidores da justiça e os registradores facilitarão aos


servidores fiscais, nos cartórios e ofícios de registro de imóveis o exame dos livros, autos e
papéis que interessem à arrecadação e fiscalização do imposto, para verificação do exato
cumprimento do disposto nesta Lei Complementar.

Art. 203 Os tabeliães, escrivães e oficiais de registros de imóveis e de registro de títulos e


documentos e quaisquer outros serventuários da justiça, quando da prática de atos que
importem transmissão de bens imóveis ou de direitos a eles relativos, bem como suas
cessões, exigirão que os interessados apresentem certidão de quitação do ITBI, previsto no
art. 76, o qual será transcrito em seu inteiro teor no instrumento respectivo.

§ 1º No caso da não exigência da certidão, os serventuários da justiça descritos no caput


deste artigo, respondem solidariamente pelos atos em que intervierem ou pelas omissões
de que forem responsáveis, estando sujeitos à penalidade prevista no inciso III do artigo
200.

§ 2º No caso da não exigência da certidão para a hipótese de incidência descrita no artigo


192, os serventuários da justiça descritos no caput deste artigo, respondem solidariamente
pelos atos em que intervierem ou pelas omissões que forem responsáveis, estando sujeitos
à penalidade prevista no inciso IV do artigo 200.

Capítulo I
DA CONTRIBUIÇÃO PARA CUSTEIO DO SERVIÇO DE RUMINAÇÃO PÚBLICA - COSIP

SEÇÃO I
DA HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA

A Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública - COSIP tem como


Art. 204
hipótese de incidência a prestação, pelo Município, dos serviços de melhoramento,
manutenção, expansão e fiscalização do sistema de iluminação pública e incidirá,
mensalmente, sobre cada uma das unidades autônomas de imóveis situados em
logradouros servidos por iluminação pública, contendo ou não edificação.

§ 1º Considera-se ocorrido o fato gerador da COSIP, para imóveis edificados, no último dia
de cada mês do exercício em que ocorrer a prestação do serviço e para os imóveis não

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edificados, no dia 10 de janeiro do exercício em que irá ocorrer a prestação do serviço.

§ 2º Define-se como iluminação pública, para fins de hipótese de incidência da COSIP, o


fornecimento de iluminação para ruas, praças, avenidas, túneis, passagens subterrâneas,
jardins, vias, estradas, passarelas, abrigos de usuários de transportes coletivos, e outros
logradouros de domínio público, de uso comum e livre acesso, de responsabilidade de
pessoa jurídica de direito público ou por esta delegada mediante concessão ou permissão,
incluído o fornecimento destinado à iluminação de monumentos, fachadas, fontes
luminosas e obras de arte de valor histórico, cultural ou ambiental, localizadas em áreas
públicas e definidas por meio de legislação específica, excluído o fornecimento de energia
elétrica que tenha por objetivo qualquer forma de propaganda ou publicidade.

SEÇÃO II
DA BASE DE CÁLCULO E DA ARRECADAÇÃO

Art. 205O valor da contribuição será lançada com base na multiplicação das alíquotas
correspondentes às faixas de consumo constantes na Tabela XIII, do Anexo III, pela base
de calculo fixada em R$ 1 47,47,MWh (cento e quarenta e sete reais e quarenta e sete
centavos por megawatt-hora).

Quando se tratar de imóvel não edificado, a COSIP será lançada anualmente, no


Art. 206
carnê do Imposto sobre a Propriedade Territorial e Predial Urbano - IPTU, à razão de 0,1
(um décimo) de R$ 20,00 (vinte reais), por metro linear da testada voltada para o
logradouro.

§ 1º Quando se tratar de imóvel não edificado, com testada voltada para mais de um
logradouro, a testada considerada será a de maior dimensão.

§ 2º A atualização monetária da base de cálculo da COSIP dependerá da autorização da


Câmara, conforme estabelecido no art. 13, inciso II da Lei Orgânica Municipal.

Art. 207 O Município fará a cobrança da Cosip dos imóveis ligados à rede de distribuição
de energia, diretamente, ou por intermédio da concessionária dos serviços de energia
elétrica.

§ 1º Quando se tratar de imóvel não edificado, a COSIP será lançada anualmente, no


carnê do IPTU, aplicando-se as mesmas normas daquele imposto, quanto às datas,
descontos para pagamento em cota única, número de parcelas, correção monetária, juros
de mora, penalidades e inscrição em dívida ativa.

§ 2º Fica o Poder Executivo autorizado a firmar contrato com a concessionária de energia


elétrica, para a arrecadação da COSIP.

Art. 208

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Art. 208No caso de celebrado o contrato de que trata o artigo anterior, que dentre outras
condições, deverá constar a obrigatoriedade da concessionária em recolher mensalmente o
produto da arrecadação da COSIP, em conta vinculada a estabelecimento bancário,
fornecendo a este, até o último dia do mês imediatamente posterior, o demonstrativo da
origem da arrecadação recolhida, bem como as informações cadastrais de interesse do
Município.

SEÇÃO III
DO CONTRIBUINTE

Art. 209Contribuinte é todo aquele que possua ligação de energia elétrica regular privada
ou pública ao sistema de fornecimento de energia.

Parágrafo Único - Equipara-se ao contribuinte o proprietário, o titular do domínio útil ou o


possuidor a qualquer título de imóvel não edificado.

SEÇÃO IV
DAS ISENÇÕES

Art. 210 São isentos da COSIP:

a) os próprios municipais, quando utilizados exclusivamente para seus respectivos


serviços;
b) os templos de qualquer culto e suas extensões com as mesmas finalidades.

Capítulo II
DA CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA

SEÇÃO I
DO FATO GERADOR E DA INCIDÊNCIA

Art. 211 A contribuição de melhoria tem como fato gerador o benefício decorrente da
realização de obras públicas, tendo como limite total à despesa realizada.

Art. 212 A Contribuição de melhoria será devida pela execução das seguintes obras:

I - abertura, alargamento, pavimentação, iluminação, arborização, esgotos e outros

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melhoramentos de logradouros públicos;

II - construção ou ampliação de parques, jardins, campos de esportes, pontes, túneis e


viadutos;

III - construção ou ampliação de sistema de trânsito rápido, inclusive as obras e edificações


necessárias ao seu funcionamento;

IV - serviços e obras de abastecimento de água potável, instalações de redes elétricas,


telefônicas, transportes e comunicações em geral ou suprimento de gás e instalações de
comunidades públicas;

V - aterros e embelezamento em geral, inclusive desapropriação em desenvolvimento do


plano de aspecto paisagístico;

VI - construção de muros contra desmoronamento, inundação e ressaca, obras de


saneamento e drenagem em geral, diques, cais e retificação de rios e canais;

VII - construção e pavimentação de estradas de rodagem.

Art. 213 As obras ou melhoramentos que justifiquem a cobrança da contribuição de


melhoria enquadrar-se-ão em dois programas:

I - ordinário, quando referente a obras preferenciais e de iniciativa da própria Administração


Municipal;

II - extraordinário, quando se referir à obra de menor interesse, solicitada por, pelo menos
2/3 (dois terços) dos proprietários de imóveis a serem beneficiados.

Art. 214 Reputam-se feitas pelo Município e, em decorrência disso, sujeitas a Contribuição
de Melhoria, as obras executadas em convênio com o Estado ou a União, tomando como
limite de contribuição o valor com o qual participe da execução.

Art. 215É devedor da contribuição de melhoria o proprietário, o titular do domínio útil, bem
assim o ocupante ou possuidor do imóvel a qualquer título.

Parágrafo Único - A contribuição de melhoria será rateada, inclusive, entre os imóveis dela
isentos, de forma que o valor a eles atribuídos não venha ser diluído entre as demais
propriedades.

Art. 216 É lícito ao Município cobrar a contribuição de melhoria das obras em andamento,
desde que 20 (vinte) dias antes da sua conclusão sejam baixados os editais ou
notificações.

SEÇÃO II

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DA BASE DE CÁLCULO

Art. 217A contribuição de melhoria terá como limite o custo das obras, computadas as
despesas de estudos, projetos, fiscalização, desapropriação, administração, execução e
financiamento, inclusive prêmios de reembolso e outras despesas próprias de
financiamento.

Art. 218 O valor da contribuição de melhoria será rateado entre os imóveis diretamente
beneficiados, corresponderá a:

I - 50% (cinqüenta por cento) do custo total das obras, no caso de construção de rodovias;

II - 80% (oitenta por cento) do custo total das obras, nos demais casos.

Art. 219O valor da contribuição de melhoria será distribuído proporcionalmente ao valor


venal de cada propriedade existente na área beneficiada.

SEÇÃO III
DO PROGRAMA ORDINÁRIO DE OBRAS

Art. 220A contribuição de melhoria realizada pelo programa ordinário, dar-se-á quando se
tratar de obras preferenciais e de interesse público, cuja iniciativa seja da própria
Administração.

Parágrafo Único - No caso previsto neste artigo, a contribuição de melhoria só será devida
após o cumprimento de todas as formalidades constantes deste capítulo.

SEÇÃO IV
DO PROGRAMA EXTRAORDINÁRIO DE OBRAS

Art. 221Dar-se-á contribuição de melhoria pelo programa extraordinário, quando se tratar


de obra de interesse direto de proprietários de imóveis de uma mesma região.

Art. 222 As obras decorrentes do programa extraordinário só serão iniciadas após ter sido
feita a caução correspondente a 30% (trinta por cento) do valor da obra.

Parágrafo Único - Se no prazo de 90 (noventa) dias, contados a partir da notificação ou


editais, não for efetivada a caução de que trata o caput deste artigo, será feita a devolução
das quantias até então depositadas.

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SEÇÃO V
DO LANÇAMENTO E DA ARRECADAÇÃO

Antecedendo o lançamento o Município fará publicar na imprensa ou notificará


Art. 223
pessoalmente os proprietários de imóveis beneficiados pelas obras a serem executadas,
devendo constar entre outros os seguintes elementos:

I - memorial descritivo do projeto;

II - orçamento do custo da obra;

III - valor da parcela do custo da obra a ser absorvido pelo contribuinte;

IV - delimitação das obras beneficiadas;

V - determinação do fator de absorção da valorização para as zonas beneficiadas;

§ 1º Os contribuintes terão prazo de 20 (vinte) dias para impugnação dos critérios


estabelecidos neste artigo, contados da publicação do edital ou da notificação.

§ 2º Decorrido o prazo previsto no parágrafo anterior, e decididas às impugnações,


proceder-se-á ao lançamento definitivo.

Art. 224 O lançamento da contribuição de melhoria será feito por notificação pessoal ou por
edital, devendo constar a forma e os prazos de seu pagamento e outros elementos que
possam interessar à identificação do imóvel e do respectivo contribuinte.

O pagamento da contribuição de melhoria poderá ocorrer junto ou separadamente


Art. 225
com o imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana.

§ 1º O pagamento feito de uma só vez, quando o seu valor for igual ou inferior a R$ 50,00
(cinqüenta reais).

§ 2º Observado o limite mínimo previsto no parágrafo anterior, o valor da contribuição de


melhoria a ser pago anualmente não poderá ultrapassar a 6% (seis por cento) do valor
venal do imóvel.

§ 3º Se o contribuinte efetuar o pagamento da contribuição de melhoria de uma só vez


dentro do prazo de 30 (trinta) dias, contados da notificação, terá direito à redução de 10%
(dez por cento) do seu valor.

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SEÇÃO VI
DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES

Art. 226Constituem infrações às normas da contribuição de melhoria, toda ação ou


omissão que importe em inobservância às suas disposições.

Parágrafo Único - A responsabilidade por infração independe da intenção do agente ou do


responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato.

As infrações a esta Lei Complementar, relativas à contribuição de melhoria, serão


Art. 227
punidas com as seguintes penalidades:

I - multa de mora;

II - proibição de transacionar com as repartições municipais;

III - suspensão ou cancelamento de benefícios.

Art. 228 A multa de mora será devida por atraso até 10 (dez) dias do pagamento das
parcelas, à razão de 0,5% (zero vírgula cinco por cento) ao mês.

Parágrafo Único - A aplicação da multa prevista neste artigo, não exclui a correção
monetária do débito, quando devida.

Art. 229Os contribuintes que estiverem em débito com a Fazenda Municipal não poderão
receber créditos de qualquer natureza, participar de licitação para fornecimento de materiais
ou serviços, nem assinar contratos ou receber licenças e certidões.

Parágrafo Único - A proibição de que trata este artigo não se aplica quando haja
impugnação ou recurso interposto na forma desta Lei Complementar.

Art. 230Poderão ser suspensos ou cancelados os benefícios concedidos ao contribuinte


da contribuição de melhoria, quando ocorrer desvirtuamento das condições exigidas para
sua obtenção.

SEÇÃO VII
DA ISENÇÃO

Art. 231 São isentos da contribuição de melhoria:

I - os imóveis de propriedade da União, do Estado e do Município, bem como aqueles que


lhes sejam cedidos por comodato;

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II - os templos de qualquer culto; e

III - as entidades filantrópicas ou beneficentes.

TÍTULO VIII
DAS TAXAS DECORRENTES DO PODER DE POLÍCIA

Art. 232 Considera-se poder de polícia a atividade da administração municipal que,


limitando, disciplinando, vistoriando ou fiscalizando direitos, interesses ou liberdade, regula
a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público, concernente à
segurança, à higiene, à saúde, meio ambiente, à ordem, aos costumes, à disciplina de
produção e do mercado, ao exercício e condições de funcionamento da atividade
econômica dependente de concessão ou autorização do poder público, à tranqüilidade
pública ou ao respeito à propriedade e ao direito individual ou coletivo, no território do
Município.

Art. 233 O exercício regular do poder de polícia dá origem à cobrança das taxas de licença
para:

I - localização e autorização de funcionamento;

II - fiscalização anual para funcionamento e renovação do respectivo alvará;

III - exercício de comércio eventual ou ambulante;

IV - execução de obras;

V - ocupação de áreas em vias e logradouros públicos;

VI - publicidade em geral;

VII - parcelamento do solo;

VIII - outorga de permissão e fiscalização dos serviços de transporte de passageiros;

IX - vigilância sanitária.

Capítulo I
DA TAXA DE LICENÇA PARA LOCALIZAÇÃO E AUTORIZAÇÃO DE FUNCIONAMENTO

SEÇÃO I

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DA HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA

Art. 234 A hipótese de incidência da taxa de licença para localização e autorização de


funcionamento é o exercício regular do poder de polícia no licenciamento e autorização,
obrigatória, para o início das atividades de estabelecimentos pertencentes a quaisquer
pessoas físicas ou jurídicas, comerciais, industriais, profissionais, prestadores de serviços
e outro que venham a exercer atividades no Município, ainda que em recinto ocupado por
outro estabelecimento ou por residência;

Art. 235Para os efeitos desta taxa, considera-se estabelecimento o local do exercício de


qualquer atividade industrial, comercial, de prestação de serviços ou profissional, em
caráter permanente ou eventual.

Art. 236 Nenhum estabelecimento sujeito ao recolhimento da taxa poderá instalar-se ou


iniciar suas atividades neste Município, sem a prévia licença para localização e o
pagamento da taxa devida.

§ 1º O licenciamento será reconhecido pela emissão do Alvará ou Certificado de Registro


de Autônomo, que ficará em local visível do estabelecimento, para melhor identificação do
contribuinte.

§ 2º A critério do setor responsável e atendendo as condições previstas em norma


regulamentadora, poderá ser autorizado funcionamento provisório.

Art. 237A taxa de licença para localização e autorização de funcionamento será devida
uma única vez no ato do registro e licenciamento do estabelecimento no Cadastro de
Contribuintes do Município e toda vez que se verificar mudança de local do
estabelecimento, da atividade ou do ramo da atividade.

Art. 238No caso de estabelecimento que explora mais de um ramo de atividade, a taxa
será aquela de maior valor.

SEÇÃO II
DO SUJEITO PASSIVO

Art. 239Os sujeitos passivos das taxas são os comerciantes, industriais, profissionais,
prestadores de serviços e outros, estabelecidos ou não.

SEÇÃO III
DO CÁLCULO DA TAXA E DA ARRECADAÇÃO

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Art. 240 A taxa será calculada de acordo com a Tabela I do Anexo III.

Art. 241A taxa, que independe de lançamento de ofício será devida e arrecadada
conforme dispuser norma regulamentadora.

SEÇÃO IV
DO ALVARÁ DE LICENÇA PARA LOCALIZAÇÃO

Art. 242A licença para localização e autorização de funcionamento do estabelecimento


será concedida pela Secretaria de Finanças, mediante expedição do competente Alvará,
por ocasião da respectiva abertura ou instalação.

§ 1º O alvará, que independe de requerimento, será expedido mediante o pagamento da


respectiva taxa, sendo o seu modelo estabelecido em norma regulamentadora.

§ 2º É obrigatório o pedido de nova autorização e expedição de novo alvará, sempre que


houver a mudança do local do estabelecimento, da atividade ou ramo da atividade inclusive
a adição de outros ramos de atividades, concomitantemente com aqueles já permitidos.

§ 3º A modificação da licença deverá ser requerida em até 30 (trinta) dias, a contar da data
em que se verificar a alteração.

§ 4º Nenhum estabelecimento poderá prosseguir em suas atividades, sem possuir o alvará


devidamente atualizado.

SEÇÃO V
DO ESTABELECIMENTO

Art. 243 Considera-se estabelecimento o local do exercício de qualquer atividade


comercial, industrial, profissional, de prestação de serviço e similar, ainda que exercida no
interior de residência, com localização fixa ou não.

Art. 244Para efeito desta taxa serão considerados a filial, a sucursal, o escritório de
negócios, a agência, o depósito, o estande, o quiosque, o trailer, veículos ou
assemelhados, o barco ou embarcação estabelecimentos distintos, além dos que:

I - embora no mesmo local, ainda que com idêntico ramo de negócio, pertençam a
diferentes pessoas físicas ou jurídicas;

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II - embora com idêntico ramo de negócio e sob a mesma responsabilidade, estejam


situados em prédios distintos ou locais diversos.

SEÇÃO VI
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 245A transferência ou a venda do estabelecimento ou o encerramento da atividade


deverão ser comunicados à repartição competente, mediante requerimento protocolado no
prazo de até 30 (trinta) dias, contados daqueles fatos.

As atividades cujo exercício dependa de autorização de competência exclusiva do


Art. 246
Estado e da União, não estão isentas da taxa de licença para localização e autorização de
funcionamento.

Capítulo II
DA TAXA DE FISCALIZAÇÃO PARA FUNCIONAMENTO E RENOVAÇÃO DO
RESPECTIVO ALVARÁ

SEÇÃO I
DA HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA

Art. 247A taxa de fiscalização anual para funcionamento e renovação do respectivo alvará,
tem como hipótese de incidência o exercício regular do poder de polícia do Município,
consubstanciado na vigilância constante e potencial, aos estabelecimentos licenciados,
para efeito de verificar, quando necessário, ou por constatação fiscal de rotina:

I - se o funcionamento do exercício da atividade continua atendendo às normas


concernentes as posturas, aos costumes, ao meio ambiente, à segurança, à moralidade e à
ordem, emanados do poder de polícia municipal, legalmente instituído;

II - se o estabelecimento e o local do exercício da atividade ainda atendem às exigências


mínimas de funcionamento.

III - se ocorreu ou não mudança da atividade ou ramo da atividade;

IV - se não houver violação a qualquer exigência legal ou regulamentar relativa ao exercício


da atividade.

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SEÇÃO II
DO SUJEITO PASSIVO

Art. 248 Qualquer pessoa, física ou jurídica, inscrita no Cadastro de Contribuintes do


Município, que se dedique à indústria, ao comércio, à realização de operações financeiras,
à produção, à prestação de serviços, à unidade de apoio administrativo, financeiro e de
comunicação e ou atividades similares.

SEÇÃO III
DO CÁLCULO DA TAXA, DO LANÇAMENTO E DA ARRECADAÇÃO

Art. 249 A taxa será calculada conforme a Tabela II do Anexo III e cobrada, anualmente,
será lançada em nome do sujeito passivo, com base nos dados do Cadastro de
Contribuintes do Município, podendo ser lançada isoladamente ou em conjunto com outros
tributos, e da notificação de lançamento deverá constar, obrigatoriamente, a indicação dos
elementos distintivos de cada tributo e dos respectivos valores.

Parágrafo Único - Nos exercícios subseqüentes ao do início de suas atividades, o sujeito


passivo a que se refere este artigo pagará, anualmente, a taxa, conforme o prazo indicado
na notificação de lançamento.

SEÇÃO IV
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 250 A licença poderá ser cassada e determinado o fechamento do estabelecimento, a


qualquer tempo, desde que deixem de existir as condições que legitimaram a concessão da
licença, ou quando o contribuinte, mesmo após a aplicação das penalidades cabíveis, não
cumprir as determinações da Administração para regularizar, no prazo de até 30 (trinta)
dias, a situação do estabelecimento.

Capítulo III
DA TAXA DE LICENÇA PARA EXERCÍCIO DE COMÉRCIO OU ATIVIDADE EVENTUAL
OU AMBULANTE

SEÇÃO I
DA HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA

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Art. 251 Considera-se como hipóteses de incidência da taxa:

I - o comércio ou atividade eventual, o que for exercido em determinadas épocas do ano,


especialmente por ocasião de festejos ou comemorações, bem como os exercidos em
instalações removíveis, colocados nas vias ou logradouros públicos, como balcões,
barracas, mesas, tabuleiros e assemelhados;

II - o comércio ou atividade ambulante, estabelecimento, instalações ou localização fixa,


que for exercido individualmente, sem estabelecimento, instalações ou localização fixa.

SEÇÃO II
DO SUJEITO PASSIVO

O sujeito passivo da taxa é o comerciante eventual ou ambulante, sem prejuízo da


Art. 252
responsabilidade solidária de terceiro, se aquele for empregado ou agente deste.

SEÇÃO III
DO CÁLCULO DA TAXA E DA ARRECADAÇÃO

Art. 253 A taxa será calculada de acordo com a Tabela III do Anexo III.

Art. 254A taxa, que independe de lançamento de ofício, será arrecadada no ato do
licenciamento ou do início da atividade.

Parágrafo Único - No caso de eventos que tenham funcionamento regular, a taxa poderá
ser cobrada por período, conforme dispuser norma regulamentadora.

SEÇÃO IV
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 255 Serão definidas em norma regulamentadora as atividades que podem ser
exercidas em instalações removíveis colocadas nas vias ou logradouros públicos.

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Capítulo IV
DA TAXA DE LICENÇA PARA EXECUÇÃO DE OBRAS

SEÇÃO I
DA HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA

Art. 256 A hipótese de incidência é a aprovação de projeto e fiscalização de execução de


obras.

SEÇÃO II
DO SUJEITO PASSIVO

Art. 257Sujeito passivo da taxa é o proprietário, o titular do domínio útil ou o possuidor dos
imóveis em que se façam as obras.

Art. 258A taxa de licença para execução de obras é devida em todos os casos de
construção, reconstrução, reforma ou demolição.

SEÇÃO III
DO CÁLCULO DA TAXA E DA ARRECADAÇÃO

Art. 259 Calcula-se a taxa, de conformidade com a Tabela IV do Anexo III.

Art. 260A taxa, que independe de lançamento de ofício, será arrecadada no ato do
licenciamento da obra.

SEÇÃO IV
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 261 Entendem-se como obras, para efeito de incidência da taxa, dentre outras, a
construção, reforma, ampliação ou demolição de edificação e muros ou qualquer outra obra
de construção civil e a terraplenagem em terrenos particulares.

Parágrafo Único - Nenhuma obra poderá ser iniciada, sem prévio pedido de licença ao
Município e pagamento da respectiva taxa.

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Capítulo V
DA TAXA DE LICENÇA PARA OCUPAÇÃO DE ÁREAS EM VIAS E LOGRADOUROS
PÚBLICOS

SEÇÃO I
DA HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA

Art. 262 A hipótese de incidência é ocupação de área, feita mediante instalação provisória
de balcão, barraca, mesa, tabuleiro, quiosque, aparelho e qualquer outro móvel ou
utensílio, depósito de material para fim comercial ou de prestação de serviços e
estacionamento de veículos em local permitido.

SEÇÃO II
DO SUJEITO PASSIVO

Art. 263Sujeito passivo da taxa é a pessoa física ou jurídica que ocupar área em via ou
logradouro público, mediante licença prévia do órgão municipal competente.

SEÇÃO III
DO CÁLCULO DA TAXA E DA ARRECADAÇÃO

A taxa, que independe de lançamento de ofício, será arrecadada de acordo com a


Art. 264
Tabela V do Anexo III, no ato de licenciamento.

Parágrafo Único - No caso de eventos que tenham funcionamento regular, a taxa poderá
ser cobrada por período, conforme dispuser norma regulamentadora.

SEÇÃO IV
DISPOSIÇÕES GERAIS

Sem prejuízo do tributo e multas devidos, o Município apreenderá e removerá


Art. 265
para os seus depósitos, quaisquer objetos ou mercadorias deixados em locais não

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permitidos ou colocados em vias e logradouros públicos, sem o obrigatório licenciamento.

§ 1º O mesmo procedimento previsto no caput será adotado em relação ao licenciado


quando contrariar as condições da licença concedida.

§ 2º Os objetos e mercadorias apreendidos serão devidamente relacionados e, sempre que


possível, na presença do infrator ou de duas testemunhas, encaminhados ao depósito
municipal.

O infrator deverá, dentro de 30 (trinta) dias, promover a retirada dos objetos e


Art. 266
mercadorias apreendidos, mediante o pagamento dos tributos e demais cominações legais.

§ 1º Posteriormente ao prazo que se refere este artigo, os objetos e mercadorias serão


avaliados por uma comissão constituída de 3 (três) funcionários e levados a leilão
administrativo nos termos da legislação vigente.

§ 2º Não se incluem nas disposições do § 1º deste artigo os bens perecíeis, os quais serão
doados a entidades filantrópicas do Município.

§ 3º Do produto do leilão a que se refere o § 1º serão deduzidos os valores


correspondentes a tributos e demais ônus fiscais.

§ 4º Verificando-se saldo positivo no leilão, será o valor devolvido ao infrator mediante


requerimento devidamente assinado e protocolado, cabendo a instrução do processo à
Autoridade Administrativa.

§ 5º Os bens apreendidos e que apresentem início de decomposição deverão ser


inutilizados, lavrando-se o respectivo termo.

§ 6º Quando os bens apreendidos indicarem ser objeto de contrafação ou houver fundada


suspeita de que sejam decorrentes de ilícito, serão encaminhados à autoridade policial
acompanhados da devida representação.

§ 7º O infrator não terá direito a qualquer indenização.

Capítulo VI
DA TAXA DE LICENÇA PARA PUBLICIDADE EM GERAL

SEÇÃO I
DA HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA

Art. 267A hipótese de incidência é a publicidade levada a efeito através de quaisquer


instrumentos de divulgação ou comunicação, de todo tipo ou espécie, processo ou forma,

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inclusive os que contiverem, dentre outros, cartazes, outdoors, letreiros, faixas, programas,
quadros, painéis, posters, placas, anúncios e mostruários, fixos ou volantes, distribuídos,
pintados, pregados ou afixados em paredes, muros, postes, veículos e vias públicas,
propaganda falada em lugares públicos, por meio de amplificadores de voz, alto-falantes e
propagandistas, letreiros, fachadas, placas, marcas, logomarcas, símbolos e sinais de
empresas ou quaisquer entidades civis, comerciais ou industriais e de prestação de
serviços.

§ 1º Excetuam-se da hipótese de incidência as publicidades veiculadas em jornais,


revistas, emissoras de rádios e televisões.

§ 2º Considera-se como publicidade para efeito de cobrança da taxa:

I - os anúncios colocados em lugares de acesso ao público ainda que mediante cobrança


de ingressos, assim como os que forem de qualquer forma visíveis da via pública;

II - a publicidade externa, entendida como aquela que estiver na parte interna de


estabelecimentos e seja visível da via pública.

SEÇÃO II
DO SUJEITO PASSIVO

Art. 268 O sujeito passivo da taxa é a pessoa física ou jurídica que:

I - fizer qualquer espécie de anúncio ou publicidade.

II - explorar ou utilizar a divulgação de anúncios ou publicidade de terceiros.

Art. 269 São solidariamente obrigados pelo pagamento da taxa:

I - aquele a quem o anúncio ou publicidade aproveitar, quanto ao anunciante ou ao objeto


anunciado;

II - o proprietário, o locador ou o cedente de espaço em bem imóvel ou móvel, inclusive


veículos;

III - a agência de publicidade.

Parágrafo Único - Para efeito deste artigo ficam excluídos de responsabilidade pelo
recolhimento da taxa os motoristas autônomos de veículos de aluguel providos de
taxímetro.

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SEÇÃO III
DO CÁLCULO DA TAXA, DO LANÇAMENTO E DA ARRECADAÇÃO.

A taxa será calculada por ano, mês, dia ou outra quantidade, de acordo com a
Art. 270
Tabela VI do Anexo III.

§ 1º A taxa será arrecadada por antecipação, considerando-se:

I - as iniciais, no ato da concessão da licença;

II - as posteriores, na data a ser fixada em norma regulamentadora;

Art. 271Não havendo na tabela especificação própria para a publicidade, a taxa deverá
ser paga pelo valor estipulado no item que guardar maior identidade de características.

Art. 272A taxa cobrada, anualmente, será lançada em nome do sujeito passivo, com base
nos dados do Cadastro de Contribuintes do Município, podendo ser lançada isoladamente
ou em conjunto com outros tributos, e da notificação de lançamento deverá constar,
obrigatoriamente, a indicação dos elementos distintivos de cada tributo e dos respectivos
valores.

SEÇÃO IV
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 273 As publicidades previstas neste capítulo ficam sujeitas à prévia licença da
Municipalidade e ao pagamento antecipado da taxa, mediante requerimento do sujeito
passivo.

O pedido de licença deverá ser instruído com a descrição da posição, da situação,


Art. 274
das cores, dos dizeres, das alegorias e de outras características do meio de publicidade, de
acordo com as instruções conforme dispuser norma regulamentadora.

Parágrafo Único - Quando o local em que se pretender colocar anúncio não for de
propriedade do requerente, deverá esse juntar ao requerimento a autorização do
proprietário com o comprovante da propriedade.

Art. 275 Nos instrumentos de divulgação ou comunicação deverá constar,


obrigatoriamente, o número da autorização fornecido pela repartição competente.

Art. 276Fica proibido realizar anúncio, fixar placas, cartazes, impressos ou faixas com
dizeres ou referências ofensivas à honra ou desfavoráveis a indivíduos, instituições ou
crenças.

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Art. 277 A incidência e o pagamento da taxa independem:

I - do cumprimento de quaisquer exigências legais, regulamentares ou administrativas,


relativas ao anúncio ou publicidade;

II - da licença, autorização, permissão ou concessão, outorgadas pela União, Estado ou


Município.

Capítulo VII
DA TAXA DE LICENÇA PARA PARCELAMENTO DO SOLO

SEÇÃO I
DA HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA

Art. 278 A taxa de licença para parcelamento de terrenos particulares é exigível pela
permissão outorgada pelo Município, mediante prévia aprovação dos respectivos planos ou
projetos para execução de arruamento ou loteamento, segundo o zoneamento em vigor no
Município.

SEÇÃO II
DO SUJEITO PASSIVO

Art. 279Sujeito passivo da taxa é o proprietário, o titular do domínio útil ou o possuidor dos
imóveis em que se façam os loteamentos ou parcelamento do solo.

Art. 280A licença concedida constará de alvará, no qual se mencionarão as obrigações do


loteador ou armador com referência a obras de sua responsabilidade.

SEÇÃO III
DO CÁLCULO DA TAXA E DA ARRECADAÇÃO

Art. 281Calcula-se a taxa, de conformidade com a Tabela VII do Anexo III, e será
arrecadada no ato de licenciamento das obras de execução do arruamento ou loteamento,
conforme dispuser norma regulamentadora.

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Capítulo VIII
DA TAXA DE OUTORGA DE PERMISSÃO E FISCALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE
TRANSPORTE DE PASSAGEIROS

SEÇÃO I
DA HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA

Art. 282 A taxa de outorga de permissão e fiscalização dos serviços de transportes de


passageiros tem como hipótese de incidência à concessão de outorga para exploração dos
serviços de transportes coletivos de passageiros e dos serviços de transporte de
passageiros em veículos providos de taxímetro e transportes alternativos de passageiros
por qualquer meio e bem assim a fiscalização dos mesmos serviços na forma prevista na
legislação específica.

SEÇÃO II
DO CÁLCULO DA TAXA E DA ARRECADAÇÃO

Art. 283 O cálculo da taxa será efetuado de conformidade com a Tabela VIII do Anexo III.

Art. 284O início da cobrança da taxa se dará no momento da permissão para exploração
de atividade de transporte de passageiros em âmbito municipal, e dos serviços de
transporte de passageiros em veículos providos de taxímetro e transportes alternativos de
passageiros.

Parágrafo Único - Nos exercícios subseqüentes ao do início de suas atividades, o sujeito


passivo a que se refere este artigo pagará a taxa anualmente, sendo devida sempre no
primeiro dia do exercício.

Capítulo IX
DA TAXA DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA

SEÇÃO I
DA HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA

Art. 285 A taxa de vigilância sanitária, findada no exercício do poder de polícia do

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Município, tem como fato gerador a fiscalização, efetiva ou potencial, com controle
permanente, exercida sobre as condições sanitárias de quaisquer estabelecimentos em
observância à legislação que regulamenta a matéria.

Parágrafo Único - Para efeito de incidência da taxa de vigilância sanitária, consideram- se


estabelecimentos distintos:

I - os que, embora no mesmo local, ainda que com idêntico ramo de negócios, pertençam a
diferentes pessoas físicas ou jurídicas, individualmente;

II - os que, embora com idêntico ramo de negócios e sob a mesma responsabilidade,


estejam situados em prédios distintos ou em locais diversos.

SEÇÃO II
DO SUJEITO PASSIVO

Art. 286 É a pessoa física ou jurídica que utilizar os serviços da fiscalização de vigilância
sanitária.

SEÇÃO III
DO CÁLCULO DA TAXA, DO LANÇAMENTO E DA ARRECADAÇÃO.

Art. 287 No ato da concessão do alvará sanitário, a taxa será calculada mediante a
aplicação de valor constante das Tabelas IX e X do Anexo III, podendo ser proporcional ao
número de meses de sua validade, observado o valor mínimo previsto.

§ 1º A taxa será lançada, anualmente, em nome do sujeito passivo, com base nos dados do
Cadastro de Contribuintes do Município, podendo ser lançada isoladamente ou em conjunto
com outros tributos, e da notificação de lançamento deverá constar, obrigatoriamente, a
indicação dos elementos distintivos de cada tributo e dos respectivos valores.

§ 2º Nos exercícios subseqüentes ao do início de suas atividades, o sujeito passivo a que


se refere este artigo pagará, anualmente, a taxa, conforme o prazo indicado na notificação
de lançamento, devendo solicitar a renovação do alvará sanitário.

Art. 288 A receita oriunda da taxa de vigilância sanitária integrará o Fundo Municipal de
Saúde, com repasse periódico para sua conta, sendo vinculado para o aprimoramento da
fiscalização.

SEÇÃO IV

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DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 289O alvará sanitário, que depende de requerimento, será expedido mediante o
pagamento da respectiva taxa, sendo o seu modelo estabelecido em norma
regulamentadora.

Capítulo IX
DAS TAXAS PELA UTILIZAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS

Art. 290 São taxas pela utilização de serviços públicos as de:

I - coleta e remoção de resíduos sólidos;

II - expediente.

Capítulo X
DA TAXA DE COLETA E REMOÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - TCRS

SEÇÃO I
DA HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA

Art. 291 A taxa de coleta e remoção de resíduos sólidos é devida em função dos serviços
divisíveis de coleta, transporte, tratamento e destinação final de resíduos sólidos, prestados
em regime de direito público, nos limites territoriais do Município.

Art. 292 Constitui hipótese de incidência da taxa a utilização, potencial ou efetiva, dos
serviços divisíveis de coleta, transporte, tratamento e destinação final de resíduos sólidos
domiciliares, de fruição obrigatória, prestados em regime público.

Parágrafo Único - A utilização potencial dos serviços de ta este artigo ocorre no momento
de sua colocação à disposição dos usuários, para fruição.

SEÇÃO II
DO SUJEITO PASSIVO

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Art. 293 Consideram-se sujeitos passivos da taxa todas as pessoas físicas ou jurídicas
proprietárias do domínio útil ou possuidores a qualquer título de imóveis edificados,
localizados em logradouros beneficiados com os serviços de coleta, transporte, tratamento
e destinação final de resíduos sólidos domiciliares, de fruição obrigatória.

§ 1º Enquadra-se também como possuidor todo aquele que estiver ocupando propriedade
da União, Estado ou Município, na condição de comodatário, concessionário,
permissionário ou arrendatário.

§ 2º A responsabilidade pelo pagamento da taxa será exclusiva da pessoa física ou jurídica


inscrita no Cadastro Imobiliário do Município.

SEÇÃO III
DO CÁLCULO DA TAXA, DO LANÇAMENTO E DA ARRECADAÇÃO

Art. 294 A taxa de Coleta de Resíduos Sólidos (TCRS) será calculada de acordo com
Tabela XI do Anexo III, pelo resultado da multiplicação entre Área Edificada (Ae) e o
Adicional por m² de Área Construída, somada, a Parte Fixa multiplicada pelo Fator Bairro
(Fb), constante da Tabela V do Anexo II da presente Lei, e conforme especificado a seguir:

TCRS = (Ae x Adicional por m² de Área Construída) + (Parte Fixa x Fb)

Parágrafo Único - O valor da taxa TCRS não poderá ser superior ao valor do Imposto Sobre
Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU da unidade.

Art. 295 A taxa será lançada, em nome do contribuinte, com base nos dados do Cadastro
Imobiliário, podendo ser lançada separadamente ou em conjunto com o IPTU.

§ 1º Aplicar-se-á à taxa as normas relativas ao IPTU, especialmente, no tocante às datas,


desconto para pagamento em cota única, formas e acréscimos por atraso de pagamento,
atualização monetária, juros de mora e inscrição em dívida ativa, sempre quando o
lançamento for efetuado em conjunto.

§ 2º O lançamento da taxa será anual, em nome do contribuinte, sendo devida a partir do


primeiro dia do exercício financeiro em que se der a prestação do serviço.

§ 3º O disposto neste Capítulo não se aplica aos imóveis não edificados.

Capítulo XI
TAXA DE EXPEDIENTE

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SEÇÃO I
DA HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA

Art. 296A taxa de expediente tem como fato gerador, a prestação de serviços de
expedição de documentos de interesse do contribuinte.

SEÇÃO II
DO SUJEITO PASSIVO

Art. 297 Sujeito passivo da taxa é o usuário do serviço, efetiva ou potencialmente, quando
solicitado ou não.

SEÇÃO III
DO CÁLCULO DA TAXA E ARRECADAÇÃO

Art. 298 A taxa será calculada de acordo com a Tabela XII do Anexo III.

A taxa será arrecadada mediante documento de arrecadação, conforme dispuser


Art. 299
norma regulamentadora.

Capítulo XII
DAS INFRAÇOES E PENALIDADES

Art. 300 Constituem infração as disposições das taxas:

I - iniciar atividades ou praticar atos sujeitos às taxas de licença antes de sua concessão;

II - exercer atividade diferente daquela para a qual foi licenciada;

III - exercer atividades após a baixa ou cassação da licença;

IV - deixar de efetuar o pagamento da taxa no todo ou em parte;

V - utilizar-se de meios fraudulentos ou dolosos para evitar o pagamento da taxa.

Art. 301

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Art. 301 Para as infrações às disposições das taxas de que trata esta Lei Complementar,
incidirão as seguintes penalidades:

I - multa de mora, que será aplicada quando a taxa for paga espontaneamente, fora do
prazo, no percentual de 0,4% (zero vírgula quatro por cento) por dia de atraso até o limite
máximo 10% (dez por cento);

II - multa por infração, que será aplicada de acordo com o seguinte escalonamento:

a) exercer atividade diferente daquela para a qual foi licenciada: multa de R$ 350,00
(trezentos e cinqüenta reais);
b) iniciar atividades ou praticar atos sujeitos a licenciamento antes da sua concessão: multa
de R$ 500,00 (quinhentos reais);
c) exercer atividades após a baixa da licença: multa de R$ 400,00 (quatrocentos reais);
d) utilizar meios fraudulentos ou dolosos para evitar o pagamento da taxa: multa de RS
1000,00 (mil reais).

§ 1º Poderão ser suspensos ou cancelados os licenciamentos concedidos quando ocorrer


infração à legislação das taxas.

§ 2º As multas previstas neste artigo não impedem a aplicação de outras penalidades


contidas em leis e regulamentos, decorrentes de infrações às posturas municipal, meio
ambiente e saúde pública.

Capítulo XIII
DAS ISENÇÕES

Art. 302 São isentos da taxa de licença:

I - para localização e autorização de funcionamento e fiscalização para funcionamento e de


renovação do respectivo alvará:

a) as associações de classe, entidades sindicais de trabalhadores e entidades culturais;


b) as instituições de educação, de assistência social, filantrópicas ou beneficentes, os
clubes sociais e esportivos, as entidades declaradas de Utilidade Pública sem fins
lucrativos;
c) as autarquias federais, estaduais ou municipais.

II - para o exercício de comércio eventual ou ambulante:

a) os vendedores ambulantes de livros, jornais e revistas;


b) os engraxates ambulantes.

III - para a execução de obras:

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a) a limpeza ou pintura externa e interna de prédios;


b) a construção de passeios quando do tipo aprovado pelo setor responsável;
c) a construção de barracões destinados à guarda de materiais para obras já devidamente
licenciadas.

IV - para publicidade em geral:

a) a colocação de anúncios para fins patrióticos, religiosos, eleitorais, educacionais ou


sociais;
b) os anúncios publicados em jornais, revistas ou catálogos e os irradiados ou transmitidos
em estações de radiodifusão, televisão ou internet.

Art. 303 São isentos da TCRS:

I - os próprios municipais, quando utilizados exclusivamente para seus respectivos


serviços;

II - os templos de qualquer culto e suas extensões com as mesmas finalidades;

III - os imóveis, conforme definido no inciso V do art. 161;

IV - sede de partidos políticos;

V - sede de instituições de assistência social sem fins lucrativos que cuidam de crianças,
jovens, idosos e pessoas especiais, atendidos os requisitos da lei;

VI - os imóveis previstos no inciso VI do art. 161, no percentual de 50% (cinqüenta por


cento).

Parágrafo Único - Os procedimentos para obtenção das isenções previstas neste artigo
serão definidos por meio de norma regulamentadora.

TÍTULO IX
DAS DISPOSIÇÕES ESPECIAIS

Capítulo Único
DOS PREÇOS PÚBLICOS

Art. 304Fica o Poder Executivo autorizado a fixar tabelas de preços públicos a serem
cobrados:

I - pelos serviços de natureza industrial, comercial e civil, prestados pelo Município em

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caráter de empresa e passíveis de serem explorados por empresas privadas;

II - pela prestação de serviços técnicos de demarcação e marcação de áreas de terreno, de


análise de processos para licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades
efetivas ou potencialmente degradadoras, avaliação de propriedade imobiliária e prestação
de serviços diversos;

III - pelo uso de bens do domínio municipal e de logradouros públicos, inclusive do espaço
aéreo e do subsolo;

IV - pela exploração de serviço público municipal sob o regime de concessão ou permissão.

§ 1º São serviços municipais compreendidos no inciso I:

a) transporte coletivo;
b) mercados e entrepostos;
c) matadouros;
d) fornecimento de energia.

§ 2º Ficam compreendidos no inciso II:

a) fornecimento de placas, carteiras de identificação, plantas fotográficas, heliográficas e


semelhantes;
b) prestação de serviços técnicos de demarcação e marcação de áreas de terrenos,
avaliação de propriedade imobiliária e prestação de serviços diversos;
c) prestação dos serviços de expediente;
d) outros serviços.

§ 3º Pelo uso de bem público, ficam sujeitos à tabela de preços, como permissionário, que:

a) ocuparem a qualquer título ou arrendarem áreas pertencentes ao patrimônio Município;


b) utilizarem área de domínio público.

§ 4º A enumeração referida nos parágrafos anteriores é meramente exemplificativa,


podendo ser incluídos no sistema de preços serviços de natureza semelhante prestados
pelo Município.

Art. 305 A fixação dos preços para os serviços prestados exclusivamente pelo Município
terá por base o custo unitário.

Art. 306Quando não for possível a obtenção do custo unitário, para a fixação do preço
será considerado o custo total do serviço verificado no último exercício, a flutuação nos
preços de aquisição dos fatores de produção do serviço e o volume de serviço prestado e a
prestar.

§ 1º O volume do serviço será medido, conforme o caso, pelo número de utilidades


produzidas ou fornecidas, pela média de usuários atendidos e outros elementos pelos quais

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se possa apurá-lo.

§ 2º O custo total compreenderá o custo de produção, manutenção e administração do


serviço e bem assim as reservas para recuperação do equipamento e expansão do serviço.

Fica o Poder Executivo autorizado a fixar os preços dos serviços até o limite da
Art. 307
recuperação do custo total e, além desse limite, a fixação dependerá de lei.

Art. 308Os serviços públicos municipais sejam de que natureza forem, quando sob regime
de concessão, e a exploração de serviços de utilidade pública, conforme disponha lei
específica, terão a tarifa e preço fixados por ato do Poder Executivo.

Art. 309 O não pagamento dos débitos resultantes do fornecimento de utilidades


produzidas ou do uso das instalações e bens públicos, em razão da exploração direta de
serviços municipais, acarretará decorridos os prazos regulamentares, o corte do
fornecimento ou a suspensão do uso.

Parágrafo Único - O corte de fornecimento ou a suspensão do uso de que pelos


consumidores ou usuários, previstas em lei ou regulamento específico.

Aplicam-se aos preços, no que couber, todos os dispositivos da presente Lei


Art. 310
Complementar.

TÍTULO X
DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 311 A apuração da idade da edificação para aplicação do fator de correção da idade
(Fci) previsto na formula do Quadro VII do Anexo II dessa Lei, considerar-se-á, para início
da contagem, o dia 1º de janeiro de 1998.

Parágrafo Único - A data de início de contagem estabelecida no caput não se aplica às


edificações lançadas no Cadastro Imobiliário a partir de 1º de janeiro de 2008 e também
aquelas que possuem certificado de habite-se, para as quais será considerada a data de
emissão do mesmo.

Art. 312Nenhuma pessoa física ou jurídica poderá concorrer a fornecimento de materiais e


serviços, vender diretamente ou participar de licitação para execução de obra pública,
receber créditos, sem que se ache regula do com a Fazenda Municipal, quanto a tributos e
rendas a cujo pagamento esteja obrigado.

Parágrafo Único - A exigência contida neste artigo estende-se, obrigatoriamente, à


expedição de qualquer alvará de licença.

Art. 313 Contribuinte com crédito para com o Município, e que estiver em débito, será

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obrigado a compensar o valor devido, objeto de parcelamento ou não, recebendo apenas a


diferença apurada a seu favor.

Parágrafo Único - No valor total de seu débito, serão incluídas as parcelas vencidas e
vincendas, excluindo-se o parcelamento efetuado no exercício em curso, do ISSQN FIXO,
IPTU, TAXAS e da COSIP de terrenos.

Art. 314 O Poder Executivo poderá firmar contrato com estabelecimentos bancários, ou
outros, para o recebimento dos créditos de qualquer natureza.

Art. 315As atividades da Secretaria Municipal de Finanças e dos titulares de suas carreiras
específicas, dentro de sua área de competência e atuação, terão precedência sobre os
demais setores da Administração Pública.

Art. 316 É facultada a celebração, entre o Município e o sujeito passivo da obrigação


tributária, de transação para a terminação do litígio e conseqüente extinção de créditos
tributários, mediante concessões mútuas.

Parágrafo Único - Competente para autorizar a transação é o Prefeito Municipal, que


poderá delegar essa competência ao Secretário Municipal de Finanças e/ou Procurador
Geral.

Art. 317É vedado receber créditos de qualquer natureza com dispensa de atualização
monetária.

Art. 318A critério da autoridade da administração tributária fica autorizado diferir a


cobrança de créditos tributários ou não, cujo valor total seja inferior a R$ 10,00 (dez reais).

Parágrafo Único - O valor do crédito de que dispõe o caput que resultar inferior a 10,00
(dez reais) deverá ser diferido para os períodos subseqüentes, até que o total seja igual ou
superior a R$ 10,00 (dez reais).

Art. 319 Suspende-se o pagamento do IPTU, da TCRS e COSIP relativas ao imóvel


declarado de utilidade pública para fins de desapropriação, por ato do Poder Executivo
Municipal, enquanto este não se imitir na respectiva posse.

§ 1º Imitido o Município na posse do imóvel, serão definitivamente cancelados os créditos


fiscais cuja exigibilidade tenha sido suspensa, de acordo com este artigo.

§ 2º Se caducar ou for revogado o Decreto de desapropriação ficará restabelecido o direito


da Fazenda à cobrança dos tributos mencionados no caput, a partir da data da suspensão,
com atualização do valor deste e sem multa de mora, se pago dentro de 30 (trinta) dias,
contados a partir da ciência da notificação da cobrança.

§ 3º Não ocorrendo o pagamento no prazo estabelecido no parágrafo anterior, será


aplicada multa prevista no artigo 183 desta Lei, e posterior inscrição em dívida ativa.

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Art. 320 O exercício financeiro, para os efeitos tributários, corresponderá ao ano civil.

As matérias tributárias relativas à Micro Empresa, Empresa de Pequeno Porte,


Art. 321
Empreendedor Individual, dentre outros, serão cumpridas conforme estabelecido por Lei
Complementar específica vigente.

A Secretaria Municipal de Finanças orientará a aplicação da presente Lei


Art. 322
Complementar expedindo as necessárias instruções mediante Portaria.

Art. 323Enquanto não forem revogados os atos administrativos, permanecem em vigor


aqueles que disponham sobre a matéria ou assunto, no que não conflitar com esta Lei
Complementar.

Art. 324Esta Lei Complementar entra em vigor em 1º de janeiro de 2010 e seus efeitos
somente se darão a partir dessa data, obedecidos aos critérios estipulados na Constituição
Federal no que couber.

Art. 325Ficam revogadas as disposições em contrário, especialmente as Leis nºs. 2.759


de 29 de dezembro de 1993, 3.463 de 31 de dezembro de 1997, 3.676 de 30 de dezembro
1998, 3979 de 31 de dezembro de 2001, suas alterações bem como a Lei Suplementar 11,
de 16 de janeiro de 2006 e demais leis que versem sobre matéria tributária

Cariacica (ES), 29 de dezembro de 2009.

HELDER IGNÁCIO SALOMÃO


Prefeito Municipal

ALEXANDRE ZAMPROGNO
Procurador Geral

PEDRO IVO DA SILVA


Secretário Municipal de Administração

CARLOS ROBERTO RAFAEL


Secretário Municipal de Comunicação Social

CÉLIA MARIA VILELA TAVARES


Secretária Municipal de Educação

RENATO LAURES
Secretário Municipal de Planejamento

DALVA LYRIO GUTERRA


Secretária Municipal de Finanças

GERALDO LUZIA DE OLIVEIRA JÚNIOR

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Secretário Municipal de Cultura

NILDA LÚCIA SARTORIO


Secretária Municipal de Assistência Social

ELSON LOPES RODIN


Secretário Municipal de Agricultura e Abastecimento

JOSÉ ANTÔNIO MUNALDI


Secretário Municipal de Obras

LUCIA HELENA DORNELAS GUTERRA


Secretária Municipal de Serviços e Trânsito

PEDRO GILSON RIGO


Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo

HELIOMAR COSTA NOVAES


Secretário Municipal de Meio Ambiente

CLOVIS PEREIRA NEIMEG


Auditoria Geral do Município

ALESSANDRO DE MELLO GOMES


Secretaria Municipal de Comunicação

WEYDSON FERREIRA
Secretaria Especial Coordenação Política

RICARDO VEREZA LODI


Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação

ALESSANDRO DE MELLO GOMES


Secretaria Especial de Relações Institucionais

LAURIETE CANEVA
Secretaria Municipal de Governo

JORGE LUIZ DAVEL


Secretaria Municipal de Cidadania e Trabalho

SIMONE FRANCO GARCIA


Secretaria Chefe do Gabinete do Prefeito

Download: Anexos

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