12 (Anuário Docente Nogueira)
12 (Anuário Docente Nogueira)
12 (Anuário Docente Nogueira)
RESUMO: A utilização da energia elétrica pela espécie humana está consolidada há Palavras-chave:
mais de um século e a perspectiva para o futuro, indica um contínuo crescimento. A Ensino de Física, Mecânica
Quântica, concepções de alunos,
energia elétrica disponível na natureza não é preparada para o uso direto e contínuo, análise de currículos.
sendo necessária sua geração por meio da conversão de energias naturais. A geração
termelétrica representa uma grande fatia do total mundial, entretanto é destacada
como um dos maiores geradores dos gases responsáveis pelo efeito estufa. Outro Keywords:
grande problema ambiental é a produção e destinação de lixo, que apresenta potencial Physics teaching; quantum
energético se tratado termicamente e pode ser convertido em energia elétrica. O mechanics; student conception,
curricula analysis.
trabalho tem por objetivo a avaliação da sustentabilidade da geração de energia por
meio da incineração de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) da cidade de São Paulo. Neste
estudo são considerados os aspectos técnicos, econômicos, sociais e ambientais na
geração de energia com a queima de combustível fóssil no Complexo Termoelétrico de
Piratininga, comparativamente com aqueles provenientes de uma usina a ser projetada
para a incineração de RSU da cidade de São Paulo.
ABSTRACT: The use of electric power is consolidated by mankind for over a century
and prospects for the future, indicating a continuous growth. The power available in
nature is not prepared to use direct and continuous, requiring his generation through
conversion of natural energies. Thermal generation represents a large share of world
total, however, is highlighted as one of the largest generators of greenhouse gases.
Another major environmental problem is the production and disposal of garbage, with
the potential energy is heat treated and can be converted into electrical energy. The
paper aims at assessing the sustainability of power generation through incineration
of municipal solid waste (MSW) from São Paulo. In this study, are considered the
technical, economic, social and environmental factors in power generation by burning
fossil fuel in the Thermoelectric Complex Piratininga compared with those from a
plant to be designed for the incineration of MSW in the city of Sao Paulo.
Artigo Original
Recebido em: 18/12/2012
Avaliado em: 28/12/2012
Publicado em: 19/05/2014
Publicação
Anhanguera Educacional Ltda.
Coordenação
Instituto de Pesquisas Aplicadas e
Desenvolvimento Educacional - IPADE
Correspondência
Sistema Anhanguera de
Revistas Eletrônicas - SARE
rc.ipade@anhanguera.com
1. Introdução
A Mecânica Quântica vem sendo progressivamente utilizada nas mais diversas áreas do
conhecimento. No campo da Tecnologia, ela possibilitou o desenvolvimento de muitos
dos instrumentos que utilizamos cotidianamente, tais como os televisores, celulares,
e computadores. Na área da saúde, diversos exames e tratamentos, em particular os de
diagnóstico por imagens e os tratamentos de radioterapia, utilizam características quânticas
da matéria. Também é crescente sua presença fora das áreas acadêmicas, como argumento
em analogias filosóficas e até mesmo como motivos de criação artística, ainda que nem
sempre de maneira apropriada.
Podemos esperar que esta presença da Mecânica Quântica na vida prática e no
imaginário seja ainda maior no futuro, à medida em que novas tecnologias se desenvolvam
calcadas em suas bases teóricas. Neste quadro, compreender a descrição quântica da
Natureza , ainda que de maneira superficial, pode jogar um papel importante no exercício
de diversas profissões e, por isso, começa a se tornar relevante numa formação profissional
de boa qualidade.
No entanto, apesar da importância deste conhecimento, há poucos canais que permitam
um contato apropriado por parte daqueles que não tem formação profunda de matemática
e física. Buscando minorar este problema, se tem observado na literatura um número
crescente de propostas para a introdução destes conteúdos tanto no Ensino Superior como
no Ensino Médio (Ostermann e Moreira, 2001; Greca e Moreira, 2001; Pantoja et al., 2011).
Como indicativo da crescente importância do tema, vale notar que o livro “Teoria quântica:
estudos históricos e implicações culturais”, foi o vencedor da categoria Ciências Exatas do
Prêmio Jabuti 2011 (Freire Jr. et al, 2010).
Dentro desse contexto, apresentamos um projeto, denominado “Compreensão de
aplicações da Mecânica Quântica por Alunos de Graduação da Anhanguera Educacional:
Necessidade e Viabilidade” que tinha por objetivo geral desenvolver novas abordagens para
a apresentação de tópicos relevantes da Mecânica Quântica (MQ) acessíveis a estudantes
de graduação, de modo a suprir esta importante lacuna em suas formações, permitindo
inclusive uma melhor compreensão das aplicações tecnológicas existentes em seus campos
de atuação. Para isso, foram propostas análises de três aspectos relevantes: diagnóstico dos
alunos, análise de currículos de cursos das áreas de exatas onde aplicações de MQ fossem
relevantes e busca de bibliografia que fosse apropriada para o estudo de alunos com o perfil
determinado no diagnóstico. Resultados preliminares, porém, exigiram que se realizasse
uma mudança de enfoque, em que o diagnóstico dos alunos passou a ocupar um papel
central no trabalho, em detrimento de outros aspectos que inicialmente havíamos proposto
abordar.
3. metodologia
Este projeto se desenvolveu de acordo com os parâmetros metodológicos descritos abaixo
para cada fase de sua realização.
Na análise dos alunos tivemos duas vertentes paralelas. A primeira, que englobou
unidades das três regiões citadas, teve por objetivo traçar um perfil das características dos
estudantes tanto no que diz respeito a concepções a priori sobre os temas relacionados à
Física Quântica quanto identificar algumas características sócio-culturais deste grupo.
A segunda vertente, desenvolvida somente no DF, teve um desdobramento desta
análise, envolvendo a aplicação de um segundo questionário a respeito de temas específicos
que foram apresentados aos alunos em um ciclo de palestras. Após sua realização, os
questionários foram reaplicados para avaliar a evolução destas percepções. Vale acrescentar
que a pesquisa a respeito do perfil dos alunos foi realizada em colaboração do Prof. Dr.
Ronni Geraldo Gomes de Amorim, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
de Goiás/Campos Luziânia/Departamento de Áreas Acadêmicas.
4. revisão bibliográfica
Nessa seção, apresentamos as principais discussões encontradas na literatura a respeito de
como difundir conceitos de MQ. Na seção 4.1, apresentamos aquelas que dizem respeito à
apresentação de conceitos básicos para alunos de graduação. Na seção 4.2, trabalhos que
discutem a necessidade de atualização dos currículos de cursos da área de exatas.
e fazer considerações acerca das questões interpretativas. Desta forma surge a necessidade
de se reavaliar os currículos dos cursos superiores de MQ, especificamente no tocante a sua
característica intensamente matemática.
Alguns artigos sugerindo confecção de experimentos podem ser interessantes para que
o professor elabore um roteiro de laboratório, mas vários deles não abordam especificamente
como utilizar os experimentos para se ensinar mecânica quântica. Assim, o professor que
utilizar estes materiais deve criar um roteiro das habilidades, competências e conteúdos a
serem desenvolvidos com os alunos e uma metodologia para sua aplicação em sala de aula.
Uma exceção é o trabalho de Cavalcante e Tavolaro (2001) em que os autores apresentam
materiais didáticos de baixo custo e mostram como utilizá-los para realizar experimentos
de interferência.
Em nossa busca encontramos também artigos que versam sobre tópicos específicos
como nanotecnologia e supercondutividade e voltados para a utilização de recursos
computacionais que pudessem simular experimentos caros e sofisticados envolvendo
fenômenos quânticos.
Para Fiolhais e Trindade (2003), o uso de recursos computacionais para o ensino dessa
disciplina apresentam 5 modalidades: aquisição de dados por computador; modelagem e
simulação; materiais multimídia; realidade virtual; e busca de informações na internet.
Uma revisão realizada por Araújo et al. (2004), referente aos recursos computacionais
utilizados no ensino da Física em nível médio e superior apontou sete categorias de
trabalhos, que puderam ser discriminadas segundo sua aplicabilidade computacional no
ensino de Física: Instrução e avaliação mediada pelo computador; Modelagem e simulação
computacional; Coleta e análise de dados em tempo real; Recursos multimídia; Comunicação
à distância; Resolução algébrica/numérica e visualização de soluções matemáticas; Estudo
de processos cognitivos. No entanto, segundo os autores, o ensino na mecânica quântica foi
identificada apenas na categoria “Resolução algébrica/numérica e visualização de soluções
matemáticas” incluindo artigos de pesquisas em ensino e/ou propostas pedagógicas
envolvendo resolução algébrica relativas à problemas de física e também apresentação das
soluções matemáticas graficamente.
Contrapondo a esta visão, Müller e Wiesner (2002), da Universidade de Munique,
propõem a utilização de softwares educativos no ensino de mecânica quântica num curso
introdutório oferecido aos alunos de Ensino Médio, onde, segundo os autores, os conteúdos
eram compatíveis à população em questão. A proposta foi aplicar explorativamente neste
curso dois softwares do tipo “bancada virtual”, um relacionado ao experimento de fenda
dupla realizado com feixes de elétrons e outro no interferômetro de Mach-Zahnder. Para
tanto, foram utilizados roteiros exploratórios previamente elaborados. Além disso, o
curso também inovou abordando os princípios básicos da mecânica ondulatória, sem se
referenciar previamente à modelos atômicos como aqueles semiclássicos de Bohr. Uma vez
que esta proposta foi realizada com alunos de Ensino Médio, poderia ser aplicada também
em cursos introdutórios a alunos do Ensino Superior de instituições particulares, sem que
haja a necessidade de pré-requisitos para o curso.
Por outro lado, tradicionalmente, os cursos de graduação em engenharia apresentam
a seguinte estrutura: “disciplinas básicas e disciplinas profissionais”. As primeiras versam
sobre ciências básicas (física e matemática principalmente), ao passo que a segunda é
composta por um conjunto de disciplinas cujos conteúdos são específicos para cada
modalidade de engenharia. Este núcleo é complementado por disciplinas eletivas de caráter
mais geral (Maines, 2001). Todas estas disciplinas são encaradas de modo separado, não se
relacionando, como se pertencessem a universos distintos.
Mesmo dentro de cada uma dessas estruturas, as disciplinas que as compõe também
não se relacionam. As atividades de ensino apresentam-se compartimentadas não sendo
capazes de gerarem uma visão coerente de conjunto. Neste contexto, a principal característica
da prática docente universitária tem sido a de apenas proporcionar um volume cada vez
maior de informações aos estudantes (Ferreyra e González, 2000).
Assim, não existe uma articulação entre os professores acerca das disciplinas que
ministram. Esta articulação se faz necessária, pois, normalmente, o aluno não é capaz de
relacionar as disciplinas (Simon et al, 2003).
O problema é complexo e seria ingenuidade de nossa parte acreditar em soluções únicas.
Pensamos que existe a necessidade de mudanças reais na estrutura das aulas, alterando os
procedimentos de trabalhos que se desenvolvem em sala de aula (Almeida et al, 2004). A
exposição do professor continua (e continuará) sendo essencial, porém, os alunos precisam
ser preparados para isso. Ou seja, tais exposições serão de grande utilidade se vierem a
preencher uma lacuna no conhecimento dos alunos. A psicologia educacional nos explica
que isso tem grande probabilidade de ocorrer quando, dada uma situação-problema, os
alunos estão intrigados buscando um tipo de solução. Para isso, já propuseram algumas
hipóteses e tentaram testá-las, mas mesmo assim não obtiveram soluções satisfatórias. Neste
contexto, o professor deixa de ser um transmissor de informações para ser um orientador de
“pesquisadores novatos” (Burns e Chisholm, 2005).
Para que essas ideias possam funcionar é preciso primeiro ter uma boa atividade, um
bom problema que não seja de solução trivial, permita várias soluções e que os alunos sejam
capazes de enfrentá-lo propondo e testando hipóteses. Para isso, as atitudes de professores
e alunos diante do ensino também devem mudar. Talvez esta seja uma das grandes
dificuldades, pois neste processo não caberá mais atitude passiva cultivada ao longo de
vários anos na academia. Para a resolução de um problema mais próximo daqueles que
serão encontrados nas indústrias é preciso ter atitudes pró-ativas frente à realidade.
quântica, sendo que esta última é extremamente importante quando o objetivo é entender a
microestrutura dos materiais.
As pesquisas realizadas por Perfoll e Rezende Jr (2006) acerca do ensino de Física
Moderna Contemporânea para o ensino de Engenharia incluiu a análise das estruturas dos
cursos de graduação em Engenharia de 177 Instituições de Ensino Superior, tanto Privadas
quanto Públicas em todas as regiões do país, sendo que somente 54 destas disponibilizaram
o ementário, resultando em 161 matrizes curriculares analisadas, de diversas áreas de
Engenharia. Esse trabalho mostrou que já existe um número grande de Instituições que, por
iniciativa própria, abordam a Física Moderna Contemporânea em seus currículos. Contudo,
segundo esses autores, esses dados não indicam necessariamente que a Física do século XX
já esteja inserida satisfatoriamente no Ensino Superior.
A mecânica quântica é introduzida nos cursos universitários de forma ainda fortemente
relacionada com elementos da Física Clássica, considerando seus pressupostos mais básicos
e complexos, seus fundamentos, além de toda a sua história, como a mecânica newtoniana.
Essa abordagem tradicional, contudo, direciona para um segundo plano o fato de que
os objetos de estudo quânticos são advindos de uma natureza diversa daqueles objetos
clássicos (Guerra et al, 1998). Nesse sentido, muitos problemas filosóficos e de aprendizagem
emergem ao pensar o ensino da MQ como conteúdo para o Ensino Superior (Greca et al,
2001). Ou seja, as abordagens típicas não criam condições para que os alunos aprendam os
fenômenos e princípios da MQ, sendo esta matéria considerada “esotérica” e com poucas
ligações com o mundo real.
Além disso, Rocha et al (2010), apontam que em vários cursos o ensino de MQ trabalha
muito mais com a resolução de problemas envolvendo equações diferenciais e poucos
aspectos relacionados aos conceitos fundamentais. Assim, colocam a necessidade de se
criarem cursos complementares de curta duração para alunos de licenciatura e outras áreas
(entre elas a engenharia) em que sejam abordados tópicos de MQ numa linguagem menos
matemática, mas que sejam discutidos os conceitos fundamentais desta teoria. Os autores
propõem que nestes “mini-cursos” sejam abordados os experimentos de fenda dupla,
superposição de ondas, superposição de vetores no plano, estados quânticos e observáveis e
espaços lineares. Além disso, consideram importante a abordagem dos primeiros postulados
da MQ e suas implicações, como por exemplo, o emaranhado quântico, os relógios atômicos
e a criptografia quântica.
Na opinião de Perfoll e Junior (2006) engenheiros competentes, atualizados e com
amplo treinamento em pesquisa são a condição essencial do avanço da pesquisa industrial e
da criação de novos produtos, de novos materiais e de serviços nas áreas tecnológicas. Para
tanto, o ensino de graduação em Engenharia dever ser modernizado e atividades de pesquisa
interdisciplinares devem ser induzidas e apoiadas. E com a presença cada vez mais marcante
5. resultados
Apresentamos nessa seção os principais resultados obtidos nos mapeamentos de perfil e da
percepção dos alunos nas três regiões (seções 5.1 a 5.3). Estes resultados foram apresentados
e discutidos em maior detalhe nos trabalhos para publicação (Simon et al, 2012; Silva et al,
Barros et al).
Mesmo quando estimulados a refletir sobre a relação entre física quântica e o estudo
de elétrons, átomos e moléculas, apenas 25,6% dos alunos afirmaram existir tal relação. No
entanto, quando solicitados que explicitassem estas relações, metade apresentou respostas
vagas e inapropriadas. A grande maioria (67,3%) afirmou não saber e apenas 4 sujeitos
afirmaram não haver tal relação.
Observou-se ainda que 83,3% dos alunos afirmaram que as ciências exatas contribuem
tanto para o desenvolvimento de inovações tecnológicas quanto para o crescimento
econômico. Apesar disso, os comentários elaborados por eles não mostram exemplos
práticos de inovações tecnológicas nem relações concretas com o crescimento econômico
de uma nação. Alguns apenas re-escreveram as ideias apresentadas na pergunta e muitos
repetiram informações sem qualquer reflexão ou ponto de vista pessoal.
Com o objetivo de identificar grupos de respondentes com opiniões e perfis distintos,
realizou-se uma análise de cluster. Percebeu-se, por meio desta análise, que os sujeitos
pesquisados podem ser agrupados em 2 clusters distintos. O primeiro cluster é formado por
55 sujeitos e o segundo por 33 respondentes.
Nomeou-se o cluster 1 como “ignorantes ao tema”, uma vez que os alunos deste
grupo não estudaram física quântica (no Ensino Médio e na faculdade) e afirmaram não
compreenderem nada sobre o tema. Já o cluster 2 foi nomeado como “familiarizados com
o tema” visto que os alunos deste grupo mostraram algum grau de conhecimento sobre o
assunto.
O cluster 1, caracteriza-se por sujeitos que cursam, em sua maioria, até o segundo
semestre da faculdade. Todos eles afirmam não terem estudado física quântica no Ensino
Médio e não sabem dizer se há relação entre física quântica e o estudo de elétrons, átomos
e moléculas. Além disso, a grande maioria aponta que não compreendem nada sobre física
quântica, mas afirmam que há uma conexão entre ciências exatas e crescimento econômico.
O cluster 2, caracteriza-se por sujeitos que cursam, em sua maioria, do 6° semestre em diante,
sendo que alguns (21%) afirmam ter estudado física quântica no Ensino Médio. A maioria
aponta que há relação entre física quântica e o estudo de elétrons, átomos e moléculas e
todos afirmam existir uma conexão entre ciências exatas e crescimento econômico. No
entanto, quando questionados sobre seu grau de compreensão acerca da física quântica,
72% esboçaram comentários sobre o seu entendimento do tema. Entretanto, ao realizar uma
avaliação das respostas verificou-se que apenas 30% apresentaram respostas coerentes ou,
pelo menos, minimamente satisfatórias.
Assim, apesar de inúmeras propostas para a introdução de mecânica quântica no Ensino
Médio observou-se nesta pesquisa que a maioria dos alunos analisados (majoritariamente
oriundos de escola pública) afirmou nunca terem estudado este tema no Ensino Médio.
Assim, parece que as propostas elaboradas não chegam à sala de aula das escolas públicas.
6. considerações finais
A proposta do projeto desenvolvido visava discutir a necessidade e a viabilidade de se
incluírem conteúdos de MQ em cursos das áreas de exatas da Anhanguera Educacional.
Para isso, buscamos efetuar um mapeamento de perfil dos alunos e analisamos currículos
de alguns cursos e bibliografias disponíveis na literatura a respeito do tema.
Nossos estudos permitiram iniciar o traçado do perfil de estudantes de nível superior
de faculdades particulares, e é importante reiterar o fato de não termos encontrado na
literatura estudos sobre alunos de um grupo similar no que diz respeito à sua percepção de
conceitos de física, o que traz uma importância adicional aos resultados obtidos e aponta
para o interesse de aprofundarmos esse estudo, não apenas para conhecer melhor esses
alunos, mas também para podermos elaborar propostas didáticas alternativas às existentes
que lhes permita tomar contato com conceitos de MQ importantes para sua formação.
Nossa análise preliminar da literatura e dos currículos mostrou ser inviável incluir
tópicos de MQ nos cursos de graduação de maneira imediata para alunos com o perfil
encontrado, sendo necessário desenvolver maneiras alternativas às existentes. Algumas
possibilidades a curto prazo seriam a elaboração de propostas de cursos de extensão ou
pós-graduação.
Agradecimentos
À Funadesp pelo apoio financeiro. Ao Prof. Dr. Ronni Geraldo Gomes de Amorim pelas
discussões referentes ao mapeamento de perfil dos alunos.
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