Lista1 19 PDF

1a Lista de exercı́cios de Estruturas Algébricas - MTM 3304000 - Módulos, submódulos,
teoremas do isomorfismo e sequências exatas.

Profa. Virgı́nia Silva Rodrigues
1) Mostre que para o R módulo à esquerda R R, todo R-submódulo de R é um ideal à esquerda de

R e reciprocamente. O mesmo raciocı́nio vale para RR .
Mostre também que os Z-submódulos de Zn , n ≥ 2, são exatamente os subgrupos de Zn .
2) Seja R um anel com unidade. Exiba um exemplo de um R-módulo que não seja unitário. O fato
de um anel possuir unidade não implica necessariamente que módulos sobre tal anel sejam unitários.
Em aula foi feito um exemplo, pense em outro!
3) Sejam I um ideal à esquerda de um anel R e M um R-módulo à esquerda.

n
P
(i) Mostre que se S é um subconjunto não vazio de M , então IS = { ri mi : n ∈ N; ri ∈ I e mi ∈ S}
i=1
é um submódulo de M .
(ii) Se I é um ideal, então M/IM é um R/I-módulo com a ação de R/I dada por (r +I)(m+IM ) :=
rm + IM .
4) Mostre que se M é R-módulo simples (isto é, seus únicos R-submódulos são {0} e M ) então M é
isomorfo ao R-módulo quociente R/I, onde I é um ideal à esquerda de R maximal. (Lembrando: Um
ideal à esquerda I de R é dito maximal se I 6= R e se J é um ideal à esquerda de R tal que I ⊆ J ⊆ R,
então J = I ou J = R).
5) Dar um exemplo de um Z-módulo onde dois submódulos quaisquer sejam sempre não isomorfos.
6) Se f : M → M um morfismo de R-módulos tal que f 2 = f , então M = Ker(f ) ⊕ Im(f ).
7) Sejam M um R-módulo simples e f : M → N um R-homomorfismo não-nulo. Então f é um

monomorfismo. Mostre se N também é simples, então f é um isomorfismo.
8) Prove que se m e n são dois inteiros relativamente primos, o único Z-homomorfismo f : Zm → Zn

é o homomorfismo nulo.
9) Seja M um Z-módulo finito tal que o conjunto dos seus submódulos é totalmente ordenado por
inclusão. Prove que existe um número primo p tal que o número de elementos de M é uma potência
de p. (Sugestão: tente usar o 1o Teorema de Sylow).
10) Sejam M e N R-módulos, consideremos HomR (M, N ) = {f : M → N : tal que f é R-

homomorfismo}. Mostre que se R é comutativo então HomR (M, N ) possui uma estrutura de R-módulo.
Em geral, HomR (M, N ) é sempre um grupo abeliano e não um R-módulo.
11) Seja f : M → N um R-homomorfismo. Chamamos conúcleo e coimagem de f , respectivamente

aos conjuntos:
Coker(f ) = N/Im(f ) e Coim(f ) = M/Ker(f ).
(i) Mostre que f é a inclusão canônica, então Coker(f ) = N/M . O que é, neste caso, Coim(f ) ?
(ii) Seja j : N → Coker(f ) a projeção canônica. Prove que j ◦ f = 0 e que se g : N → N 0 é um
R-homomorfismo tal que g ◦ f = 0, então existe único R-homomorfismo g 0 : Coker(f ) → N 0 tal que
g 0 ◦ j = g. O diagrama abaixo expressa a situação acima.
f j
M /N / Coker(f )
u
u
g u0
zu u g
N0
(iii) Seja P um R-módulo e λ : N → P um R-homomorfismo tal que λ ◦ f = 0 e tal que para todo
R-homomorfismo g : N → N 0 , que verifica g ◦ f = 0, existe único h : P → N 0 que verifica h ◦ λ = g.
Prove que P é isomorfo a Coker(f ).
(iv) Use o item (ii) acima para obter outra demonstração para o Teorema do homomorfismo.
12) (i) Se M é um módulo sobre um anel comutativo R e x ∈ M , então AnR (x) = {r ∈ R : rx = 0}

é um ideal de R. Se AnR (x) 6= 0, então x é dito um elemento de torção; caso contrário, x é dito livre
de torção.
(ii) Se R é um domı́nio de integridade, então o conjunto T (M ) de todos os elementos de torção de

M é um submódulo de M (T (M ) é chamado submódulo de torção).
(iii) Se T (M ) = M então M é dito um módulo de torção e se T (M ) = 0 então M é dito um módulo

livre de torção. Dê um exemplo de um módulo de torção e de um livre de torção.
(iv) Mostre que (ii) pode ser falsa para um anel comutativo que não seja domı́nio de integridade.
De (v) a (vii) R é um domı́nio de integridade.
(v) Se f : M → N é um R-homomorfismo então f (T (M )) ⊂ T (N ). Portanto, a restrição de

fT : T (M ) → T (N ) é um R-homomorfismo.
(vi) Se 0 → N → M → P é uma seqüência exata de R-módulos então o é 0 → T (N ) → T (M ) →

T (P ).
(vii) Se g : M → N é R-epimorfismo então gT : T (M ) → T (N ) pode não ser um epimorfismo.

f g h
13) Prove que se a sequência M −→ N −→ K −→ P de R-módulos é exata, então são equivalentes:
(i) f é epimorfismo;
(ii) Im(g) = 0;
(iii) h é monomorfismo.
f g
14) Prove que a sequência E −→ G −→ H é exata se, e só se, existem módulos S, T e homomorfismos
α : E → S, β : S → G, γ : G → T e θ : T → H tais que o diagrama abaixo seja comutativo
f g
E? /G /H
?? ? @@ ~>
?? @@@ ~~
α ?? γ @@ ~~
β ~~ θ
S T
α θ β γ
e as sequências E −→ S −→ 0, 0 −→ T −→ H e 0 −→ S −→ G −→ T −→ 0 são exatas.
15) Para o diagrama comutativo abaixo, admita por hipótese que a sequência horizontal (1) seja
exata. Mostre então que a sequência horizontal (2) é exata se, e somente se, a sequência vertical (3) é
exata.
0 (3)
f g
0 / M0 / M1 / M2 /0 (1)
id id h1
f g1
0 / M0 / M1 / M3 (2)
16) (The five Lemma) “O lema das cinco”. Seja o diagrama comutativo abaixo, em que as sequências
horizontais são exatas
f1 f2 f3 f4
M1 / M2 / M3 / M4 / M5
α1 α2 α3 α4 α5
g1 g2 g3 g4
N1 / N2 / N3 / N4 / N5
Prove que
(i) Se α1 é epimorfismo e α4 é monomorfismo, então Ker(α3 ) = f2 (Ker(α2 )). Se, além disso, α2 é
monomorfismo, então α3 é monomorfismo.
(ii) Se α5 é monomorfismo e α2 é epimorfismo, então g3−1 (Im(α4 )) = Im(α3 ). Se, além disso, α4 é
epimorfismo, então α3 é epimorfismo.
(iii) Se α1 , α2 , α4 e α5 são isomorfismos então α3 é isomorfismo.
17) Sejam S, T submódulos de um R-módulo M . Definindo adequadamente os homomorfismos,

prove que o seguinte diagrama é comutativo e que todas as filas e colunas do mesmo são sequências
exatas.
0 0 0

0 /S∩T /S / S/(S ∩ T ) /0

0 /T /M / M/T /0

0 / T /(S ∩ T ) / M/S / M/(S + T ) /0

0 0 0

Lista1 19 PDF

Enviado por

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

Lista1 19 PDF

Enviado por

Dados do documento

Título original

Direitos autorais

Formatos disponíveis

Compartilhar este documento

Compartilhar ou incorporar documento

Opções de compartilhamento

Você considera este documento útil?

Este conteúdo é inapropriado?

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

Lista1 19 PDF

Enviado por

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

1a Lista de exercı́cios de Estruturas Algébricas - MTM 3304000 - Módulos, submódulos,

teoremas do isomorfismo e sequências exatas.

1) Mostre que para o R módulo à esquerda R R, todo R-submódulo de R é um ideal à esquerda de

3) Sejam I um ideal à esquerda de um anel R e M um R-módulo à esquerda.

6) Se f : M → M um morfismo de R-módulos tal que f 2 = f , então M = Ker(f ) ⊕ Im(f ).

7) Sejam M um R-módulo simples e f : M → N um R-homomorfismo não-nulo. Então f é um

8) Prove que se m e n são dois inteiros relativamente primos, o único Z-homomorfismo f : Zm → Zn

10) Sejam M e N R-módulos, consideremos HomR (M, N ) = {f : M → N : tal que f é R-

11) Seja f : M → N um R-homomorfismo. Chamamos conúcleo e coimagem de f , respectivamente

12) (i) Se M é um módulo sobre um anel comutativo R e x ∈ M , então AnR (x) = {r ∈ R : rx = 0}

(ii) Se R é um domı́nio de integridade, então o conjunto T (M ) de todos os elementos de torção de

(iii) Se T (M ) = M então M é dito um módulo de torção e se T (M ) = 0 então M é dito um módulo

De (v) a (vii) R é um domı́nio de integridade.

(v) Se f : M → N é um R-homomorfismo então f (T (M )) ⊂ T (N ). Portanto, a restrição de

(vi) Se 0 → N → M → P é uma seqüência exata de R-módulos então o é 0 → T (N ) → T (M ) →

(vii) Se g : M → N é R-epimorfismo então gT : T (M ) → T (N ) pode não ser um epimorfismo.

17) Sejam S, T submódulos de um R-módulo M . Definindo adequadamente os homomorfismos,

Você também pode gostar