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MACAPÁ
2022
UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP
MACAPÁ
2022
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SUMÁRIO
Sumá rio
1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................5
3 ASPECTOS CONCEITUAIS......................................................................................8
.4 BASES TEÓRICAS....................................................................................................9
CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................................16
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................................17
A INTERAÇÃO DA CRIANÇA COM TRANSTORNO DO ESPECTRO
AUTISTA(TEA)NA COMUNIDADE
Francileide de Araújo da Silva1
Marcela Camile da Silva Barros2
Salém Brito Ferreira3
Vithória Costa Oliveira4
Natanael Perreira Isacksson5
ABSTRACT: The work presents studies on the interaction of the child with (ASD)
and the insertion of social relationships of the child with Autistic Spectrum in the
school community. This paper aims to address the difficulties faced by students
with autism spectrum disorder in their learning, for their inclusion in the school
environment. We used a bibliographic research, scientific articles, manuals,
magazines and specialized websites with the purpose of reporting a reality that
nowadays is actively present in school environments. It is necessary a pedagogical
support that subsidizes creative, expressive, responsible and safe practices.
Keywords: school; student; learning.
1
Graduanda do Curso de Licenciatura em Pedagogia pela Universidade Paulista UNIP
2
Graduanda do Curso de Licenciatura em Pedagogia pela Universidade Paulista UNIP
3
Graduando do Curso de Licenciatura em Pedagogia pela Universidade Paulista UNIP
4
Graduanda do Curso de Licenciatura em Pedagogia pela Universidade Paulista.
5
Orientador do TCC de Licenciatura Plena em Pedagogia pela Universidade Paulista - UNIP
1 INTRODUÇÃO
A presente abordagem visa uma análise acerca da inserção dos alunos com
transtorno do Espectro Autista (TEA) na comunidade escolar. Ressaltando o papel do
educador, como agente facilitador da aprendizagem adequada a esta realidade, em
virtude do desenvolvimento atípico nas interações sociais e na comunicação que
apresentam os alunos com autismo.
Para isso, a análise tem como objetivo apresentar as dificuldades enfrentadas
pelos alunos com TEA em sua aprendizagem, sendo necessário que o professor
promova o seu desenvolvimento intelectual, cognitivo e social, observando as
especificidades pertinentes ao autismo, permitindo a interação no ambiente escolar de
modo efetivo.
Nesse sentido, é relevante que a escola promova a implementação de práticas
pedagógicas que assistam os alunos com necessidades educacionais especiais.
Sendo necessário possibilitar a interação da criança, buscando o desenvolvimento de
suas habilidades, através de políticas de educação inclusiva, oportunizando um ensino
focado na equidade.
A metodologia utilizada trata-se de pesquisa de cunho bibliográfico,
apresentando a análise teórica de autores como: Lev Semionovitch Vigotsky, Mikhail
Mikhailovich Bakhtin, Jerome Seymour Bruner, Jean William Fritz Piaget, Paulo Reglus
Neves Freire. Bem como, a análise de literatura especializada, tais como: revistas,
teses e artigos dispostos sobre o tema proposto, contribuindo para o embasamento
teórico em questão.
O presente artigo apresenta a seguinte estrutura:
Introdução: discorremos sobre a relevância acerca da inclusão educacional de
crianças com autismo, nossas questões de pesquisa, objetivos e justificativa;
Contexto Histórico: apresentamos o delineamento histórico acerca do TEA;
Bases Conceituais: são descritas as bases conceituais do Transtorno do
Espectro Autista enfatizando as teorias dos autores Vygotsky e Bakhtin;
Bases Teóricas: trata de diferentes teorias de autores como Jerome Seymour
Bruner, Jean William Fritz Piaget, Paulo Reglus Neves Freire.
Aportes Legais: apresentamos a análise da legislação pertinente ao tema
proposto, Declaração Universal do Direitos Humanos (1948), Declaração de
Salamanca (1994), Constituição(1998), LDB 9394 (1996) e Lei Berenice Piana (2012);
Por fim, nas Considerações Finais, expomos a nossa compreensão sobre os
resultados de nosso trabalho.
2 CONTEXTO HISTÓRICO SOBRE O AUTISMO
2.1 A ORIGEM DO AUTISMO
O termo autismo foi cunhado pelo psiquiatra suíço Eugem Bleuler, no ano
de 1911. Segundo o citado especialista, autismo teria com caracteristica “a fuga da
realidade para o alheamento do mundo cotidiano, para outro mundo, fato que foi
observado em pacientes esqusofrênicos”. (BLEULER, 2005 apud DURVAL, 2011).
Outro importante avanço para o conhecimento do transtorno do espectro
autista ocorreu em 1943, com a publicação da obra intitulada “Distúrbios Autísticos do
Contato Afetivo”, de autoria do psiquatra austríaco Leo Kanner. Este trabalho
cientifico descreveu o comportamento de 11 crianças que apresentavam em comum
“um isolamento excessivo na fase inicial da vida e uma tendência obsessiva pela
manutenção de mesmices” (SOUZA, 2011).
Não olvidando, que foi Kenner que forjou o termo “autismo infantil
precoce”, pois em suas pesquisas observou que, certos sintomas se manifestavam
desde, o que hodiernamente, definimos como primeira infância. Kenner relatou que
esses infantes, tendiam à repetição, sendo hábeis em classificar, enumerar, ordenar,
organizar ou memorizar. (SOUZA, 2011).
No ano subsequente (1944), o pediatra austríaco Johann "Hans" Friedrich Karl
Asperger, que deu nome à Síndrome de Asperger, publicou o trabalho nomeado “Die
Autistichen Psychopathen im Kindersaltern”. Neste Asperger, relatou pacientes com atitudes
semelhantes as observadas por Bleuler, a não ser por uma linguagem superior e função
cognitiva menos comprometida.
As décadas de 1950 e 1960, definiram-se pela diversidade de pesquisas e
confusões sobre o TEA. Em grande parte esse tumulto ocorreu em face das
pesquisas se debruçaram apenas no aspecto social do TEA, desprezando o fator
genético. Neste período Kanner, novamente ficou sobre os holofotes da comunidade
cientifica ao propor o termo “mãe geladeira”. Esse termo, definia que a origem do
autismo, estava em mães emocionalmente distantes de seus filhos. A tese de Kanner
se tornou conhecida fora da academia, através do livro “ A Fortaleza Vazia” do
psicanalista Bruno Bettelheim.
Até o final da década de 70 do século XX, o autismo não era visto como
um transtorno e sim como uma forma de esquizofrenia infantil, e como tal era
classificado como uma espécie de psicose. Sendo que as edições de 1952 e 1968 do
Manual Diagnóstico e Estatístico de Doenças Mentais – DSM – publicado pela
Associação Americana de Pisiquiatria, o autismo era um subgrupo da esquzofrenia
infantil. (APA, 1952 e 1968).
Somente em 1979, o britânico Micheal Rutter, alvitrou uma nova definição
para o que então se considerava uma subespécie de psicose, propondo como um
transtorno distinto, indepedente da esquisofrenia. Para Rutter, o TEA, que então era
conhecido somente por autismo, era caracterizado por atrasos e desvios sociais, e
que estes não se originavam somente na deficiência intelectual, problemas na
comunição, que a semelhança dos desvios sociais, não eram exclusivos de uma
escassez intelectual, comportamentos esteoreotipados e maneirismo, certos
pesquisadores porpõem a tríade diagnóstica: comunicação, socialização e
imaginação (WING; GOULD,1979).
Em consequencia dos avanços conquistados por Lorna Winge e outros em
1980, a 3ª edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-
III), o autismo se converteu no protótipo de um novo grupo de transtornos do
desenvolvimento reunidos sob o título de transtornos globais do desenvolvimento
(APA, 1980).
A psiquatra Lorna Wing, que faleceu aos 85 anos, no ano de 2014,
revolucionaou o estudo do Transtorno do Espectro Autista. Sua pesquisa redefiniu a
forma como o autismo era visto, propiciando uma compreensão holistica do
transtorno autista. Seu trabalho serviu de suporte para oa ambientes de
aprendizagem altamente controlados, que foram utilizados no tratamento do TEA na
década de 1980.
Em 1994, um estudo internacional avaliou novos critérios para o autismo,
analisando mais de 1.000 casos. A síndrome de Asperger foi adicionada ao DSM, expandindo
o escopo do autismo para incluir casos mais leves nos quais os indivíduos tendem a ser mais
funcionais.
Apenas no ano de 2015, ou seja, mais de um século após o TEA ser
primitivamente diagnosticado pela primeira vez, o DSM-5, abrange todas as categorias de
autismo em um único diagnóstico: Transtorno do Espectetro Autista (TEA), sendo que a partir
desse momento a síndrome de Asperger deixa de seer considerada uma condição separada.
3ASPECTOS CONCEITUAIS
Bakhtin por sua vez, traz caro conceito para trabalharmos com criança
inseridas no espectro autista, que é o da linguagem em um sentido dialógico. Do
ponto de vista de Bakhtin, pode-se entender que a linguagem se dá por meio do
enunciado concreto, que é constituído de duas partes: a parte percebida ou realizada
nas palavras e a parte assumida - o horizonte espacial e de pensamento
compartilhado pelos falantes; sua característica distintiva é que ele cria inúmeras
conexões com o contexto extraverbal da vida
Com suporte nestes estimados teóricos, exporemos que através um olhar
duplice e harmônico (meio histórico-social e na linguagem dialógica), as crianças com
transtorno do espectro autista, podem ser inseridas com êxito no ambiente
educacional, em especial na educação infantil.
.4 BASES TEÓRICAS
4.1 A APRENDIZAGEM DA CRIANÇA COM TRANSTORNO DO ESPECTRO
AUTISTA SOBRE O PRISMA DAS PRINCIPAIS TEORIAS DA EDUCAÇÃO
A teoria proposta por Piaget, contribui com o debate sobre os alunos com
Transtorno do Espectro Autista, na medida que busca transportar os aspectos do
desenvolvimento cognitivo, afetivo e social para o campo do ensino-aprendizagem dos
discentes com TEA.
Por fim, não se pode esquecer da pesquisa desenvolvida por Paulo Freire.
Paulo Freire (1996, p.62) destaca que, “o respeito devido à dignidade do educando
não me permite subestimar, pior ainda, zombar do saber que ele traz consigo para a
escola”.
A teoria Freiriana nos lembra que os alunos com TEA, também trazem consigo
vivências, experiências, histórias próprias, que de maneira alguma podem ser
minimizadas ou desprezadas, pelo contrário o educador deve respeitar e utilizar a
“bagagem” trazida pelo educando com Transtorno do Espectro Autista, no intuito de
contruir pontes, visando a aprendizagem interativa.
No ano de 1948 era emitida pela ONU a Declaração Universal dos Direitos
Humanos, importante documento que reconhecia a dignidade intrínseca de todo ser
humano, conforme defendia Immanuel Kant. No entanto, ainda demoraria para a
comunidade internacional dispensar atenção a pessoas com deficiência, em especial
no que tange a educação.
Somente em 1975, a Declaração dos Direitos das Pessoas com Deficiência,
positivou importantes direitos fundamentais, aqueles que possuem algum tipo de
necessidade especial.
No âmbito do Transtorno do Espectro Autista, a principal evolução jurídica
recente, foi a Declaração de Salamanca e Linha de Ação Sobre Necessidades
Educativas Especiais (1994), que surgiu como ampliação e aprofundamento da
Conferência Mundial sobre Educação para Todos (1990).
A Declaração de Salamanca fornece diretrizes básicas para a formulação e
reforma de politicais e sistemas educacionais de acordo com o movimento de inclusão
social, é considerada um dos principais documentos mundiais que visa a inclusão
social.
A citada Declaração inova ao colocar a educação especial dentro da
estrutura básica da “educação para todos”, ou seja, refere-se a uma educação
inclusiva, onde todas as crianças possam “aprender juntas, independentemente de
quaisquer dificuldades ou diferenças que possam ter”.
A Legislação pátria não ficou alheia as transformações ocorridas no âmbito
internacional. Nesta trilha, a Constituição Cidadã de 1988 em seu artigo 5° reconhece
expressamente que todo cidadão deve ter igualdade de condições e de direitos, ainda
que possua especificidades que o distingue dos demais (BRASIL,1988).
O artigo 205, corrobora e amplia o artigo 5º, posto que define que a
educação é um direito de todos os cidadãos e uma obrigação que deve ser
assegurada pelo estado e pela família. Importante ressaltar que o mesmo art. 205,
prescreve que o objetivo da educação é trazer o pleno desenvolvimento para a pessoa
e o seu preparo para a fluição de sua cidadania, sem fazer qualquer distinção sobre
suas características físicas, sociais ou mentais.
Não podemos olvidar que o artigo 208, III, de nossa Carta Magna, traz o
dever do Estado em garantir um acolhimento personalizado, no ambiente educacional,
a todas as pessoas com deficiência, senão vejamos:
Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a
garantia de:
[...]
III -atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência,
preferencialmente na rede regular de ensino;
BRASIL. CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988 – ARTIGOS 205, 206, 208, 212, 214
(sinesp.org.br). Disponível em:https://www.sinesp.org.br/quemsomos/legis/200-
educando/material-escolar/2188-constituicao-federal-1988-artigos-205-206-208-212-
214. Acesso em: 20 nov. 22.