Código Logístico: Fundação Biblioteca Nacional ISBN 978-85-387-6670-4
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IESDE BRASIL
2020
© 2020 – IESDE BRASIL S/A.
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Projeto de capa: IESDE BRASIL S/A. Imagem da capa: vs148 /Shutterstock
da ciência pura em
favor da sociedade.
edia C
Wikim
ck
(pura)
tersto
hut
s/S
iku
v
sla
che
Vya
PASTEUR
BOHR
Pesquisa básica ligada
Pesquisa básica pura
à aplicação
EDISON
Pesquisa aplicada
à aplicação
Disponível em: https://jornal. De maneira empírica, pode-se relacionar a ciência com artigos cien-
usp.br/ciencias/pesquisadores-
tíficos, dissertações e teses, sendo um conhecimento de ordem públi-
da-usp-desenvolvem-aplicativo-
para-diagnostico-da-covid- ca. Já a tecnologia, está mais vinculada com as patentes, por exemplo,
19/?fbclid=IwAR0acKxi4CMrx54h-
tendo um caráter, portanto, privado (REIS, 2008).
dsDX9UwzgetKAZO4d_
OsdJfD3Znv1wEfcbIrSNQeYw. Vale destacar que tanto a ciência quanto a tecnologia não podem ser
Acesso em: 19 jun. 2020.
consideradas neutras, uma vez que retratam o contexto histórico, social e
político em que estão inseridas. Dessa forma, devem ser compreendidas à
luz desse contexto, e não de maneira isolada (CASTELLANOS, 2007).
Pertencentes ao mes-
Meios de produção Próprios
tre artesão
Máquinas
Wikimedia Commons.
Vídeo
Thomas Edison e Nikola
Tesla foram responsáveis
por inúmeras invenções
e descobertas científicas
que até hoje se fazem
presentes em nosso
cotidiano. Para conhecer
um pouco mais sobre os
processos de criação da
corrente contínua e da
corrente alternada, uma
das criações de Edison e
Tesla, assista ao vídeo A
Batalha entre Gênios Niko-
la Tesla & Thomas Edison,
da National Geographic,
publicado no canal Bruno
Guida.
A invenção está relacionada à criação de algo que não produz um
Disponível em: http://youtu.be/
resultado econômico. Nesse sentido, uma descoberta que gera um TjB3t4TpsDo. Acesso em: 19 jun.
produto ou processo novo, ou melhorado, mas que não atinge o mer- 2020.
cado, será somente uma invenção, e não uma inovação.
+
criar um moinho de
=
Resultado
vento tendo como base
um livro encontrado na
Inovação Invenção prático
biblioteca da escola local. (comercialização)
Incremental Disruptiva
Sustentação Radical
Curva S 100
75
Abismo 50
34% 34%
13,5% 25
16%
2,5%
0
Inovadores
Adotantes
iniciais
Maioria
inicial
Maioria
tardia
Retardatários
Adotantes
CASTELLS, M. 10. ed. São Paulo: Paz Entre as TICs existentes, destacam-se Internet das Coisas, Big Data,
e Terra, 2009.
computação em nuvem, streaming, realidade virtual, realidade aumen-
tada e inteligência artificial.
Figura 6
Aplicações de computação em nuvem e Internet das Coisas
Stmool/ shutterstock
Servidores
Portáteis
Aplicação Desktops Indústria 4.0 Veículo autônomo Rede inteligente
Monitorização Colaboração
Conteúdo Comunicação Finança
Plataforma
Agricultura 2.0
IoT Hospital 2.0
Identidade Filas
Armazenamento Motor de Base de
de objetos execução dados
Infraestrutura
Computação Rede
Armazenamento
Tablets
Telemóveis Cidade inteligente Logística inteligente Casa inteligente
Computação em nuvem
Streaming
Embarcar
Figura 8
Processo de gestão da inovação
Reconhecimento Criatividade
e recompensa
1
Inovação Levantamento Proposta
introduzida ou de ideias
implementada
4 5 2
Implementação Aprendizagem Seleção
Tempo
Mercado M1 M2
P1 P2 P3
Produto
P4
T1 T2
Tecnologia
T3 T4
Investimento de capital/finanças
Recursos Cadeia de suprimentos
Funcionários/
Habilidades
Inteligência competitiva
Benchmarking
REFERÊNCIAS
AMPARO, K. K. dos S.; RIBEIRO, M. do C. O.; GUARIEIRO, L. L. N. Estudo de caso utilizando
mapeamento de prospecção tecnológica como principal ferramenta de busca científica.
Perspectivas em ciência da informação, v. 17, n. 4, p. 195-209, 2012.
AUDY, J. A inovação, o desenvolvimento e o papel da universidade. Estudos Avançados,
v. 31, n. 90, p. 75-87, 2017.
BAGNO, R. B.; MELO, J.; CHENG, L. C. Gestão da inovação. In: BAGNO, R. B.; PEREIRA, M. C.
(org.). Tópicos selecionados em organização industrial: um guia para o ensino superior. Belo
Horizonte: Fabrefactum, 2018.
BRASIL. Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. Estratégia Nacional
de Ciência, Tecnologia e Inovação – 2016|2022. Brasília, DF: MCTIC, 2016. Disponível em:
http://www.finep.gov.br/images/a-finep/Politica/16_03_2018_Estrategia_Nacional_de_
Ciencia_Tecnologia_e_Inovacao_2016_2022.pdf. Acesso em: 22 jun. 2020.
CANONGIA, C. et al. Foresight, inteligência competitiva e gestão do conhecimento:
instrumentos para a gestão da inovação. Gestão & Produção, v. 11, n. 2, p. 231-238, 2004.
CARMIGNIANI, J.; FURHT, B. Augmented reality: an overview. In: FURHT, B. (ed.). Handbook
of augmented reality. Londres: Springer, 2011.
CARRION, P.; QUARESMA, M. Internet da coisas (IoT): definições e aplicabilidade aos
usuários finais. HFD, v. 8, n. 15, p. 49-66, 2019.
CARVALHO, H. G. de; REIS, D. R. dos; CAVALCANTE, M. B. Gestão da inovação. Curitiba:
Aymará, 2011.
CASTELLANOS, O. F. Gestión tecnológica: de un enfoque tradicional a la inteligencia. Bogotá:
Universidad Nacional de Colombia, 2007.
GABARITO
1. A observação de pássaros está localizada no quadrante inferior esquerdo, onde cons-
tam os estudos que não estão voltados às aplicações práticas, mas que buscam exa-
minar fenômenos específicos (gerando pouco conhecimento). O exemplo do estudo
de Mendel sobre ervilhas localiza-se no quadrante superior à esquerda, que repre-
senta a pesquisa básica pura, em que há a busca por novos conhecimentos, sem uma
aplicação prática (pelo menos em um primeiro momento). A linha de montagem de
Henry Ford está posicionada no quadrante no canto inferior direito (pesquisa aplica-
da), que não tem como objetivo criar conhecimentos, mas focar em aplicações práti-
cas. A descoberta dos raios X pelo físico alemão Wilhelm Conrad Röntgen está situada
no quadrante do canto superior direito, em que há uma intensa procura por novos
conhecimentos com a busca por aplicações práticas.
3. (Reposta pessoal). Vale lembrar que os cinco grupos de indivíduos classificados con-
forme o tempo que aderem a uma inovação são: 1) inovadores (2,5% da população),
que constituem os primeiros a experimentar um produto, caracterizados como indiví-
duos dispostos a correr riscos; 2) adotantes iniciais (13,5% do total), tidos como for-
madores de opinião, sentem-se estimulados a experimentar as inovações já testadas
pelos inovadores; 3) maioria inicial (34% da população), tomam a decisão de testar
um novo produto após saber a opinião e conhecer os benefícios apontados pelos
dois primeiros grupos; 4) maioria tardia (34% dos indivíduos), aguardam uma ampla
disseminação da inovação para tomarem uma decisão de aquisição; e 5) retardatá-
rios (16% do total), grupo muito resistente às mudanças, que só adere a uma inovação
(algumas vezes nem a adota) quando a maioria da população já a utiliza, ressaltando
que são indivíduos com baixo acesso aos canais de comunicação.
m
ed
ki
ia
C omm
ons raciocínio de Schumpeter, o desenvolvimento econômico ocorre por
meio de um processo dinâmico alicerçado nas denominadas inova-
Biografia ções radicais, em que há descontinuidade no processo econômico.
Segundo ele, as novas tecnologias substituem as antigas, em um mo-
Wikimedia Commons
Quadro 1
Cinco revoluções tecnológicas: principais indústrias e infraestruturas.
• Automóveis produzidos em
massa.
• Redes de estradas, rodovias,
• Óleo e combustíveis baratos.
Quarta: portos e aeroportos.
Era da produ-
• Petroquímicos (sintéticos).
Idade do petróleo, ção em massa • Redes de dutos de óleo.
• Motor de combustão interna
do automóvel e (“fordismo”) de • Eletricidade universal (indús-
para automóveis, transporte,
da produção em automóveis e de tria e residências).
tratores, aviões, tanques de
massa materiais sinté-
guerra e eletricidade. • Telecomunicações analógi-
(1940-1990) ticos
cas mundiais (telefone, telex
• Eletrodomésticos.
e cabograma) com e sem fio.
• Alimentos refrigerados e con-
gelados.
• Telecomunicações digitais
• A revolução da informação. mundiais (cabo, fibra ótica,
rádio e satélite).
Quinta: • Microeletrônica barata.
Era da mi- • Internet/correio eletrônico e
Idade da informa- • Computadores, software.
croeletrônica outros serviços eletrônicos.
ção e das teleco- • Telecomunicações.
e das redes de • Fonte múltipla, uso flexível,
municações
computadores • Instrumentos de controle. redes de eletricidade.
(1990-?)
• Biotecnologia auxiliada por • Ligações de transporte físico
computador e novos materiais. multimodal de alta velocida-
de (por terra, ar e água).
* Essas indústrias tradicionais adquiriram um novo papel e um novo dinamismo ao servirem como material e combustível do
mundo das ferrovias e maquinaria.
Figura 2
Sequência recorrente na relação entre o capital financeiro e o capital produtivo em uma onda
longa de desenvolvimento.
Grau de difusão
da revolução Período de Intervalo de Período de
tecnológica instalação reacomodação desprendimento
Onda MATURIDADE
anterior
Wikimedia Commons
No século XV, diante de uma crise do feudalismo, surgiu um conjun-
to de práticas econômicas denominadas mercantilismo, que estimulava
a acumulação de reservas de metais preciosos sob a intervenção do
Estado. Esse movimento representava a passagem do período feudal
para o capitalismo.
Natata/Shutterstock
econômico a partir do final do século XVIII (SOETE; WEEL, 1999). Os
progressos materiais que mais chamam atenção nesse período são:
1) a alteração da fonte de energia humana e animal pelo vapor; 2)
recursos mecânicos substituindo aptidões humanas; e 3) aperfeiçoa-
mento das técnicas de extração e transformação das matérias-primas
(LANDES, 1994).
Max Weber (1864-1920) foi
Essa conjunção de fatores acabou por criar um cenário propício à um dos mais conceituados so-
racionalização e especialização do trabalho, muito bem apontadas por ciólogos da história. Nascido na
Alemanha, suas ideias tiveram
Weber (1972) como um novo modelo de administração. Em seu livro, repercussão ainda nas áreas de
A ética protestante e o espírito do capitalismo, Weber identifica o surgi- filosofia, ciência política, eco-
mento das burocracias em paralelo ao início do capitalismo, conside- nomia, direito e administração.
Uma de suas mais importantes
rando a economia monetária, o princípio do Estado-nação centralizado contribuições foi estabelecer
e a propagação da ética protestante, a qual justificava o trabalho como a racionalização da sociedade
capitalista moderna.
um dom divino e incentivava a formação de poupança em detrimen-
Biografia
Biografia
Wikimedia Commons
Wikimedia Commons
canal Mr. Libertário.
Wikimedia Commons
bem como a acumulação do capital (ROSENBERG, 2006).
Wikimedia Commons
No início do século XX, houve uma disseminação da inovação tecno-
lógica. Nessa fase, o motor à combustão, a eletricidade e a administra-
ção científica do trabalho (fordismo/taylorismo) exerceram significativo
impacto sobre a sociedade. Outros acontecimentos marcantes do pe-
ríodo foram a Revolução Russa de 1917, a Primeira Guerra Mundial
(1914-1918) e o início da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). É im-
portante destacar que os investimentos realizados em pesquisa militar
durante o período de guerra propiciaram o surgimento de novos seto-
res, como o eletroeletrônico (GASPAR, 2015).
Wikimedia Commons
Gaspar (2015, p. 269), considerando as mudanças ocorridas nesse
período, afirma que “[o] novo padrão produtivo, com base na produção
e no consumo de massa, elevada capacidade de geração de emprego e
uso intensivo de energia, encontra assim as condições propícias para
se generalizar”. Esse período intercalou, então, o surgimento da teo-
ria da administração científica defendida por Frederick Winslow Taylor
Frederick Winslow Taylor (1856-
(1856-1915). 1915), engenheiro mecânico
nascido nos Estados Unidos. É
As ideias de Taylor rapidamente se disseminaram pelo mundo in- considerado o pai da adminis-
dustrializado, sendo que o foco estava no chamado chão de fábrica, tração científica, sendo que suas
ideias fundamentaram o modelo
buscando observar a forma como cada operário trabalhava. Um dos de administração doravante
principais adeptos da teoria de Taylor foi Henry Ford (1863-1947), denominado taylorismo, em
que se buscava obter máximo
utilizando sistemas de produção em massa (linha de produção) em
rendimento evitando esforços
sua empresa. desnecessários. Entre suas obras,
destaca-se o livro Os princípios
No fim da década de 1880 e início dos anos 1890, a eletricidade da administração científica (1911).
demonstrava uma elevada capacidade de geração de novos investi-
mentos. De acordo com Tigre (2006), o setor elétrico foi oligopolizado
Glossário
desde sua origem, uma vez que estava ancorado na utilização de “mo-
oligopólio: situação de mer-
nopólios temporários”, com base em produtos inovadores que dificul-
cado em que poucas empresas
tavam sua reprodução. A possibilidade de competir em um mercado possuem controle da maior parte
com tal característica requeria alto investimento em pesquisa e desen- do mercado.
volvimento (P&D), marketing, serviços aos clientes e relações públicas.
Para tanto, era necessário competência institucional bem mais elevada Curiosidade
do que com relação ao modelo de empresa familiar próprio da Revolu- A linha de montagem
ção Industrial. inaugurada por Henry Ford em
1913 é vista como uma das
O estabelecimento de grandes empresas veio acompanhado então mais importantes inovações em
processos de todos os tempos.
do aumento dos laboratórios de P&D bem como de sua formalização.
As pequenas empresas também ganharam importância, em função de
suas atividades de P&D desenvolvidas em conjunto com as universida-
des e com as inovações ligadas à área militar (TIGRE, 2006).
Wikimedia Commons
O período referente à Quarta Revolução Tecnológica é marcado pelo
fim da Segunda Guerra Mundial e pela decisão de 44 nações de se reu-
nirem e firmarem o Acordo de Bretton Woods, em 1944. O acordo criou
novas instituições, como o Banco Internacional para a Reconstrução e
o Desenvolvimento (BIRD), atualmente denominado Banco Mundial, e o
Fundo Monetário Internacional (FMI). Outro destaque do período foi a
criação, em 1945, da Organização das Nações Unidas (ONU), além do
início de um longo período de Guerra Fria (GASPAR, 2015), que consis-
tia em uma tensão político-ideológica entre os Estados Unidos (capita-
lismo) e a União Soviética (comunismo), momento esse caracterizado
Filme
por não haver nem paz, nem guerra declarada.
Tempos Modernos (original em
inglês: Modern Times) faz uma O período ainda compreende a criação, em 1960, da Organização
crítica sobre o sistema vigente na dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), bem como, na década de
época, em que os trabalhadores das
linhas de montagem sofriam com 1970, de uma crise de proporções mundiais, centrada especialmente
os abusos e a negligência impostos nos Estados Unidos, país que ocupava a liderança econômica global
a eles.
Direção: Charlie Chaplin. Estados (GASPAR, 2015). Tal crise foi motivada pelo apoio norte-americano a
Unidos. Charlie Chaplin Film Israel em um conflito militar entre países árabes, fazendo com que a OPEP
Corporation, 1936.
declarasse um embargo petrolífero, aumentando vertiginosamente o
preço do barril de petróleo.
Wikimedia Commons
Gráfico 1
Porcentagem de empresas que implementaram inovações de produto e/ou processo no Brasil,
de 2000 a 2017.
50,0%
40,0%
30,0%
Porcentagem
20,0%
10,0%
0,0%
2000 2003 2005 2008 2011 2014 2017
Ano
Gráfico 2
Brasil: comparação dos dispêndios em P&D com o produto interno bruto (PIB), por setor, 2000-2017.
1,50 1,34
1,27 1,26 1,26
1,16 1,20
1,08 1,13 1,12 1,14 1,13
1,05 1,06 1,01 1,00 0,96 1,00 0,99
1,00
0,62 0,69 0,67 0,70 0,66
0,59 0,60 0,63
0,57 0,56 0,57 0,58
Percentual
0,00
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Ano
Gráfico 3
Posição do Brasil no ranking do Índice Global de Inovação (2011-2019)
80
70 69 69 66
64 61 64
60 58
Posição no ranking
47
40
20
0
2011 2012 2013 2013 2015 2016 2017 2018 2019
Ano Curiosidade
Fonte: Elaborado pela autora com base em WIPO, 2019c.
A Suíça ocupa o primeiro lugar
Com relação a outro importante indicador de inovação, o de artigos no Índice Global de Inovação
pelo nono ano consecutivo
publicados em periódicos científicos indexados em bases de dados sig-
(2011-2019). De acordo com
nificativas, foi utilizada a pesquisa de publicações de artigos brasileiros a OMPI, tal resultado ocasiona
publicados em periódicos científicos indexados pela Scopus, uma das um volume expressivo de
pedidos de patentes e de
bases de dados bibliográficos mais prestigiada do mundo. pedidos concedidos, bem como
bens manufaturados de alta
Gráfico 4
tecnologia (WIPO, 2019a).
Número de artigos brasileiros publicados em periódicos científicos indexados pela Scopus,
2000-2018.
48443
45057
50000 40797
35552
40000 32918
32953
30000 18829 20894 26247
15242 16295
20000
10000
0
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Ano
Fonte: Elaborado pela autora com base em Brasil, 2018.
90000
80000
70000
60000
50000
Quantidade
40000
56667
59614
61147
64432
30000
47138
51535
53243
30634
32890
36014
38788
39590
43233
20000
27649
26658
32261
24444
17821
20013
10000
10711
11638
11314
12321
13912
15650
17286
18996
20603
21591
22894
5318
6040
6894
8094
8093
8989
9366
9915
0
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Ano
Doutores Mestres
Gráfico 6
Pedidos de patente depositados, 2008-2017.
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Ano do depósito
Fonte: Elaborado pela autora com base em INPI, 2018.
Saiba mais
Para conhecer um pouco mais sobre a inovação na China e o que o Brasil pode apren-
der com a experiência chinesa, leia a reportagem A China passou da imitação para a
inovação – e o que o Brasil pode aprender com isso, de Mariana Fonseca, publicado no site
Pequenas Empresas & Grandes Negócios.
REFERÊNCIAS
ARBIX, G.; MIRANDA, Z. Políticas de inovação em nova chave. Estudos avançados, São
Paulo, v. 31, n. 90, p. 49-73, maio/ago. 2017. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.
php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142017000200049. Acesso em: 16 jul. 2020.
AREND, M.; FONSECA, P. C. D. Brasil (1955-2005): 25 anos de catching up , 25 anos de falling
behind. Revista de Economia Política, v. 32, n. 1, p. 33-54, jan./mar. 2012.
BRASIL. Decreto n. 9.283, de 7 de fevereiro de 2018. Diário Oficial da União, Poder Executivo,
Brasília, DF, 8 fev. 2018. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-
2018/2018/Decreto/D9283.htm. Acesso em: 17 jul. 2020.
BRASIL. Lei n. 10.973, de 2 de dezembro de 2004. Diário Oficial da União, Poder Legislativo,
Brasília, DF, 3 dez. 2004. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-
2006/2004/lei/l10.973.htm. Acesso em: 17 jul. 2020.
BRASIL. Lei n. 11.196, de 21 de novembro de 2005. Diário Oficial da União, Poder Legislativo,
Brasília, DF, 22 nov. 2005. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-
2006/2005/Lei/L11196.htm. Acesso em: 17 jul. 2020.
BRASIL. Lei n. 13.243, de 11 de janeiro de 2016. Diário Oficial da União, Poder Legislativo,
Brasília, DF, 12 jan. 2016. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2016/lei/l13243.htm. Acesso em: 17 jul. 2020.
BRASIL. Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. Comparações internacionais –
produção científica, 2018. Disponível em: https://www.mctic.gov.br/mctic/opencms/
indicadores/detalhe/comparacoesInternaconais/Producao_cientifica_8.3.1.html. Acesso
em: 22 jun. 2020.
2. (Resposta pessoal). A glocalização é uma tendência mundial e, portanto, deve ser con-
siderada sob vários aspectos, especialmente os relacionados ao marketing, pois a pro-
dução de bens em massa, como anteriormente, cede lugar agora à customização no
sentido de atender aos anseios dos consumidores. Um bom exemplo de glocalização
é a ação da Coca-Cola, no Festival Folclórico de Parintins, no Amazonas, desde 2007.
As duas agremiações, Garantido e Caprichoso, tradicionais rivais na região, possuem
como cores o vermelho e o azul, respectivamente. Para não perder consumidores
fãs do boi Caprichoso, pelo fato da lata ser da cor vermelha, foi lançada uma edição
especial na cor azul.
Figura 1
Modelo de inovação linear
2
Science push (também denominado
Desenvolvimento Lançamento technology push) é um movimento
Pesquisa Pesquisa Surgimento
no mercado predominante na década de 1940,
aplicada de uma do produto ou
básica que pode ser compreendido como
ideia processo
o processo ocorrido por meio do
impulso pela ciência (CAMPANÁRIO,
2002).
Figura 2
Modelo linear de inovação science push
Figura 3
Modelo linear de inovação demand pull
Economia e sociedade
Adoção
Demandas utilidade
+ Market pull
Processo de inovação industrial
+ Science push
Pesquisa POSICIONAMENTO
Novos produtos
Oportunidades INVENÇÃO IMPLEMENTAÇÃO
pública NO MERCADO e serviços
Capacidades Tecnologia
tecnológicas absorvida
Conhecimentos científicos e tecnológicos
Fonte: Kline e Rosenberg, 1986 apud Carvalho, Reis e Cavalcante, 2011, p. 44.
f f f f
f
f
F
Buscar
Como podem
ser encontradas
oportunidades
para inovação?
Selecionar
O que fazer – e
por quê?
Implementar
Como fazer isso
acontecer?
Aprender
Como obter os
benefícios do
processo?
Fonte: Adaptada de Tidd, Bessant e Pavitt, 2005; Carvalho, Reis e Cavalcante, 2011.
Artigo
http://www.cc.faccamp.br/ojs-2.4.8-2/index.php/RMPE/article/view/827/pdf
Licenciamento
Mercado de
outra empresa
Spin-offs de tecnologia
Novo mercado
Base tecnológica
interna
Mercado atual
Base tecnológica
externa
Fornecimento de tecnologia
P D
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste capítulo vimos os principais modelos de inovação reconhecidos
mundialmente: o linear, o paralelo, o Tidd, Bessant e Pavitt e o de inovação
aberta ou open innovation.
O primeiro deles, modelo linear, é o mais antigo e simples de todos.
Nele considera-se que o processo de inovação ocorre de maneira sequen-
cial, com as atividades sendo desenvolvidas uma após a outra. Apesar de
suas limitações, é ainda bastante utilizado.
Como o modelo linear não abrange todas as interações possíveis entre
as etapas, acaba por abrir caminho para outros sistemas. Tanto o modelo
de inovação paralelo quanto seu desdobramento, denominado chain-linked,
foram desenvolvidos considerando a retroalimentação entre as fases, por
meio de feedbacks que possibilitam o aperfeiçoamento do processo.
Já o modelo denominado Tidd, Bessant e Pavitt caracteriza-se por possuir
etapas bem delimitadas e ser muito interativo. Ele é composto de quatro
REFERÊNCIAS
ANDRADE, E. C. de; CHARVET, P. Inovação: o que é o como podemos integrá-la à educação?
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GABARITO
1. O modelo de inovação linear science push é impulsionado pela pesquisa básica, en-
quanto o modelo de inovação linear demand pull é impelido pela demanda do mer-
cado consumidor.
3. Muito embora os dois modelos tenham um formato semelhante (de funil), de acordo
com Chesbrough (2003), os modelos anteriores ao open innovation (como é o caso
do modelo Tidd, Bessant e Pavitt) são considerados modelos de inovação fechada.
Sendo assim, a principal diferença entre os dois modelos é o fato de um realizar ati-
vidades de P&D apenas internamente (Tidd, Bessant e Pavitt), enquanto o outro está
aberto para a realização de atividades de P&D de maneira colaborativa com outras
empresas (open innovation). Dessa forma, o primeiro modelo não prevê, por exem-
plo, a geração de spin-offs decorrentes do processo inovativo, nem o licenciamento
da propriedade intelectual não utilizada para outras organizações, como ocorre no
modelo de inovação aberta.
Figura 1
ic
/M
Cadeia de valor
ns
mo
om
ia C
Wikimed
Atividades de apoio
Infraestrutura da empresa
Michael Eugene Porter (1947)
é um economista e professor da Gestão de Recursos Humanos
Mar
Universidade de Harvard (EUA). Desenvolvimento tecnológico
gem
Autor de diversos livros nas áreas
de administração e economia, Aquisição/Compras
possui bastante influência no
campo da competitividade
Ma
empresarial. Logística de Logística de Marketing
rge
Operações Serviços
entrada saída e vendas
m
Atividades primárias
Fonte: Adaptada de Porter, 1998, p. 37.
De acordo com Silva (2004), para cada elo da cadeia de valor existem
aspectos estruturais, internos e sistêmicos a serem considerados:
1. Estruturais: relacionados ao mercado em que a empresa está
inserida, e podem ou não ser monitorados por ela. Por exemplo,
o controle exercido por agências reguladoras (não tem domínio)
ou a demanda por um produto afetada por uma campanha de
marketing realizada pela empresa (tem controle).
2. Internos: formados pelos fatores dos quais a empresa possui
controle (como o estabelecimento de preços), ressaltando
que uma alteração em qualquer um dos elos da cadeia exerce
influência sobre os demais. Dessa forma, é pertinente que a
empresa, de posse das informações a respeito das mudanças,
possa estabelecer seus objetivos estratégicos para obter o lucro
almejado.
3. Sistêmicos: elementos não controláveis pela empresa, mas que
exercem influência sobre o negócio, tais como o aumento de um
imposto existente ou a criação de um novo.
Globalização
Customização de produtos
Figura 2
Exemplo de engenharia reversa
Modelo-CAD Medição
Medição Nuvem
De acordo com Tigre (2019), a engenharia reversa não pode ser con-
siderada uma simples cópia, uma vez que muitas das peças e o próprio
processo de produção podem estar protegidos por patentes ou segre-
do industrial. Nesse sentido, não basta compreender o funcionamento,
mas é necessário possuir capacidade tecnológica para alterar o objeto
Aliás, muitas das fabricantes de produtos originais acabam falindo, Saiba mais
e várias empresas, para não deixar seu parque industrial subutilizado, Para ampliar seu conhe-
cimento a respeito da
implementam setores de engenharia reversa com o propósito de desen- engenharia reversa, leia o
volver réplicas próprias de peças utilizadas na produção, por exemplo. texto O que é engenharia
reversa?, publicado por
Assim, nem sempre a engenharia reversa pode ser vista como uma Oliver Hautsch no site
vantagem competitiva, pois é muito mais custoso instalar um depar- TecMundo.
tamento responsável por isso em uma empresa do que seria adquirir Disponível em: https://www.
tecmundo.com.br/pirataria/2808-
a peça do fabricante original, caso ele não tivesse falido. No caso de o-que-e-engenharia-reversa-.htm.
empresas de base tecnológica, normalmente o investimento em en- Acesso em: 20 out. 2020.
Biotecnologia
Ela tanto pode ser concebida em seu sentido mais amplo, conside-
rando o manuseio de animais, plantas e microrganismos, com foco em
resultados econômicos, quanto no sentido mais restrito em que está
relacionada ao uso de avançadas técnicas de biologia molecular e celu-
lar (BRASIL, 2020b). A Figura 3 apresenta algumas das aplicações possí-
veis da biotecnologia.
Biotecnologia
Engenharia Cultura de
Clonagem Células Biocombus-
Genética tecidos e
de animais tronco tíveis
(transgênicos) células
Figura 4
Escala nanométrica
Wikimedia Commons
Microscópio eletrônico
Olhos
Microscópio ótico
Molécula
Vírus pequena
Orbital
Maçã Célula eletrônico
Formiga
Átomo
Humano Abelha Pelo Bactéria DNA
Glossário
Área Aplicações
Para conhecer um pouco mais bem como de aplicações customizadas (MATTOS; GUIMARÃES, 2012),
sobre a aplicação da nanotecno- resultando em impactos positivos ao meio ambiente e melhoria na
logia na agricultura, leia o texto qualidade de vida (FERREIRA; RANGEL, 2009). O investimento global
Nanotecnologia a favor de uma
agricultura mais sustentável, de em nanopartículas é de aproximadamente US$ 40 bilhões por ano,
Guilherme Profeta, no site do sendo que os países que mais destinam recursos para programas e
Jornal Cruzeiro do Sul. Disponível
patentes na área são a China, a Coreia do Sul, os Estados Unidos e o
em: https://www.jornalcruzeiro.
com.br/uniso-ciencia/nano- Japão (FERREIRA; RANGEL, 2009).
tecnologia-a-favor-de-uma-a-
Energias renováveis
gricultura-mais-sustentavel/.
Acesso em: 20 out. 2020. Compreendem aquelas energias provenientes de recursos naturais
inesgotáveis, como luz, água, vento, entre outros. Dentre algumas das
energias renováveis existentes podem ser citadas a eólica (energia do
vento), hídrica (energia da água), solar (luz e calor do sol), biomassa
(matéria orgânica, de origem animal ou vegetal), geotérmica (calor
originário do interior da Terra) e energia oceânica (aproveitamento
das ondas do mar). Por outro lado, as energias não renováveis são
aquelas baseadas na utilização de combustíveis fósseis que não têm
disponibilidade contínua pela natureza, compreendendo petróleo e
derivados, gás natural, carvão e combustíveis nucleares.
0,5%
Geotérmico
2,1%
Solar
4,8%
Eólica
2,4%
Biocombustível e resíduos
10,1%
Nuclear
38,0%
Carvão
2,9%
Petróleo e derivados
23,0%
Gás natural
16,2%
Hídrica
Gráfico 2
Geração elétrica no Brasil, por fonte (2019).
Outras
2,3%
Solar
1,1%
Eólica
8,9% Biomassa
8,3% Nuclear
2,6% Carvão
Petróleo e derivados
2,4%
1,3% Gás natural
9,6% Hídrica
63,5%
Vídeo
0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0%
Conheça a Usina de
Ondas de Pecém, a pri- Fonte: Brasil, 2019b.
meira da América Latina a
utilizar o movimento das Após a exposição de alguns dados importantes acerca da matriz
ondas do mar para a pro-
dução de energia elétrica.
energética brasileira (energia renovável e não renovável); da produção
Assista ao vídeo Usina de mundial bruta de eletricidade – por fonte –; dos países com maior con-
Ondas, produzido pela
Coppe UFRJ.
sumo de energia elétrica no mundo e da geração elétrica no Brasil – por
fonte –, serão abordados alguns aspectos adicionais acerca das princi-
Disponível em: https://youtu.be/
EEmM6Qxnd_w. Acesso em: 20 pais fontes de energias renováveis no Brasil. A Figura 6 apresenta fotos
out. 2020.
que ilustram tais fontes: eólica, solar, hídrica e biomassa.
1 2
Wikimedia Commons
4
3
Energia hídrica
Energia eólica
Energia solar
Biomassa
Quadro 3
Vantagens e desvantagens de algumas energias renováveis
Tipo de energia
Vantagens Desvantagens
renovável
(Continua)
REFERÊNCIAS
AGÊNCIA CÂMARA. Audiência debate uso de energia eólica na Dinamarca. Portal da Câmara
dos Deputados, 25 maio 2008. Disponível em: https://www.camara.leg.br/noticias/118285-
audiencia-debate-uso-de-energia-eolica-na-dinamarca/. Acesso em: 21 out. 2020.
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GABARITO
1. Segundo Silva (2004), os aspectos relacionados a cada elo da cadeia de valor são os
internos, os sistêmicos e os estruturais. Os internos são aqueles em que a empresa
pode intervir. Por serem controlados pela empresa, devem ser bem planejados para
contribuir com a vantagem competitiva frente à concorrência. Como exemplo, pode
ser citada a criação de um produto novo que amplie o segmento de mercado atual da
empresa. Já os aspectos sistêmicos compreendem os elementos que não estão sob
o controle da empresa, mas que acabam por afetar sua capacidade competitiva. Para
exemplificar, pode-se imaginar um cenário em que a queda do nível de emprego afete
o rendimento da população e consequentemente o nível de consumo. Por último,
estão os aspectos estruturais, que consistem naqueles que estão relacionados com
o mercado no qual a empresa atua, podendo ser ou não monitorados por ela, como a
relação com os fornecedores.
Figura 1
Categorias que envolvem os direitos de propriedade intelectual
Propriedade intelectual
Figura 2
Modalidades de direitos de propriedade intelectual
Propriedade intelectual
Programa de computador
concorrência desleal
Indicação geográfica
Desenho industrial
Direitos conexos
Direito de autor
Cultivar
Patente
Marca
1 Direito autoral
•• Direitos de autor
•• Direitos conexos
2 Propriedade industrial
•• Marca
Uma marca tem de apresentar caráter distintivo e não deve ser en-
ganosa. Em alguns países, o registro, por exemplo, de marcas olfati-
vas, sonoras e gustativas é permitido. Entretanto, no Brasil, o registro
dessas espécies de sinais não é permitido por não serem visualmente
perceptíveis (OMPI/INPI, 2018); além disso, em nosso país também não
são incluídas marcas tácteis (JUNGMANN; BONETTI, 2010a).
Conheça um pedido
podendo ser um produto ou um processo.
de patente deposita-
do pela Apple com o
•• Desenho industrial
intuito de aumentar a
privacidade do usuário de
É o aspecto ornamental de objetos ou estilos gráficos compostos por
smartphone. linhas e cores que possam ser empregadas objetivando a fabricação in-
Disponível em: https://olhardigital. dustrial. Essa modalidade de propriedade industrial protege o aspecto
com.br/noticia/apple-registra-
patente-de-tecnologia-anti-
externo do objeto e não sua utilidade prática (OMPI/INPI, 2018).
curiosos/98184. Acesso em: 29
Para que se realize o registro de um desenho industrial, um objeto
out. 2020.
deve ser considerado novo e original em seu aspecto externo. Porém,
objetos de caráter estritamente artístico não são passíveis de registro.
Há que observar ainda que o aspecto do objeto deve estar desasso-
ciado da função técnica, sendo nesse caso protegido como modelo de
utilidade (BOCCHINO; CONCEIÇÃO, 2008).
naturais ou humanos.
Quadro 1
Propriedade Intelectual
Propriedade intelectual
Onde
Bens Título Prazo de
Legislação requerer
imateriais concedido validade
no Brasil
Direito autoral
Certificado
Indicação de Registro Indefinido. Não se extingue
Lei n. 9.279/1996 INPI
geográfica de Indicação pelo uso.
Geográfica
Lei n. 9.279/1996
Segredo
(art. 195) e
industrial e
Lei n. 12.529/2011,
repressão à _ _ _
(Estrutura o Sistema
concorrência
Brasileiro de Defesa da
desleal
Concorrência)
(Continua)
• 15 anos a partir da
Proteção sui generis
data de concessão do
• Serviço Nacional
certificado de proteção de
de Proteção de
cultivar.
Certificado Cultivares - SNPC
Lei n. • 18 anos a partir da data
Cultivar de Proteção (Ministério da
9.456/1997 de concessão do certifica-
de Cultivar Agricultura, Pe-
do de proteção de cultivar
cuária e Abasteci-
- para as videiras, árvores
mento - MAPA) .
frutíferas, florestais e
ornamentais.
Conhecimen-
to tradicional
Lei n.
(associado ao _ _ _
13.123/2015
patrimônio
genético)
Figura 3
Ciclo virtuoso do sistema de propriedade intelectual
Geração de riqueza
Retorno econômico
Disseminação de
Reconhecimento
reconhecimento
A fim de aprofundar o
conhecimento sobre
as relações entre a
propriedade intelectual e
o desenvolvimento eco-
Criatividade Cultura e tecnologia
nômico, recomenda-se a
Inovação Qualidade de vida
leitura do livro Proprieda-
de intelectual e desenvolvi-
Fonte: Adaptada de Jungmann e Bonetti, 2010b. mento econômico.
Essas mudanças impactam o cotidiano das pessoas, ocasionando SHERWOOD, R. M. 1. ed. São Paulo:
EDUSP, 1992.
um aumento na qualidade de vida. Assim, há geração de riqueza pela
comercialização de produtos inovadores e disseminação de reconhe-
cimento da importância dos inventos e seus respectivos inventores.
Licenças de
Despesas de Pedidos de Prospecção Execução de tecnologia Receita de
Negociação que geram
pesquisa patente de empresas transferência licença
renda
Empresas Geração de
start-up empregos
Fonte: Elaborada pela autora com base em Rogers, Yin e Hoffmann, 2000; Deitos, 2002.
Quadro 2
Formas de transferência de tecnologia
Forma de transfe-
Características
rência de tecnologia
Refere-se à contratação efetuada por terceiros de atividades de pesquisa vol-
Pesquisa contratada tadas a um assunto específico, bem como projetos tecnológicos oriundos de
universidades.
Ocorre quando empresas demandam serviços técnicos especializados junto às
Prestação de serviços
universidades.
A consultoria diz respeito a um trabalho mais específico e de menor envolvi-
Consultorias/assessorias mento. Já na assessoria ocorre um envolvimento contínuo em todas as fases
de um trabalho específico.
As spin-offs acadêmicas consistem em empresas que emergem do meio acadê-
Criação de novas
mico, com o objetivo de comercializar um novo produto ou processo oriundo
empresas (spin-offs)
de pesquisa acadêmica.
Não está dentro do escopo de atividades das universidades a comercialização
de seus inventos. Dessa forma, uma possibilidade de transferir a tecnologia
Licenciamento de
gerada é por meio do licenciamento. Nesse caso, a universidade cede ao setor
patentes
produtivo o direito à propriedade intelectual sob sua proteção em troca do
recebimento de royalties.
Relaciona-se à transferência de titularidade sobre a propriedade intelectual a
Cessão de direitos
outro, que, a partir de então, pode usufruir dela da maneira que lhe convier.
Fonte: Elaborado pela autora com base em Garnica e Torkomian, 2005.
Artigo
https://periodicos.ufsc.br/index.php/eb/article/view/1518-2924.2018v23n51p95
Triângulo
de
Sábato
UNIVERSIDADE EMPRESA
Figura 6
Sistema nacional de inovação
Contexto
macroeconômico e
regulatório
Sistema de
Infraestruturas de
educação e
comunicação
treinamento
Redes globais de inovação
Geração, difusão e uso do conhecimento
Capacidades
regionais de
Clusters de
e redes da
indústrias
Sistemas
inovação
empresa
Outros
Sistema de
grupos de
ciência
pesquisa
Instituições de
apoio
Desempenho do país
Crescimento, criação de emprego, competitividade
Figura 7
Tríplice hélice
Governo
Organizações híbridas
Universidade Indústria
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A propriedade intelectual é uma importante ferramenta de proteção
ao conhecimento humano, pois assegura reconhecimento e retorno eco-
nômico aos criadores (ao favorecer o reinvestimento em P&D) e ainda
propicia ganhos à sociedade, como elevação de renda, geração de empre-
gos e incremento na qualidade de vida da população.
Dentre as subdivisões existentes na propriedade intelectual, há o di-
reito autoral, a propriedade industrial e a proteção sui generis, que, neste
capítulo, foram explorados em suas diversas subdivisões.
Em adição a esses aspectos, a relação entre a propriedade intelectual
e o desenvolvimento econômico também se revelou muito importante,
devendo ser estimulada tanto em países desenvolvidos quanto naqueles
em desenvolvimento.
Além da atividade-meio de gestão da propriedade intelectual desen-
volvida especialmente nos NITs das ICTs, abordamos os aspectos da ati-
vidade-fim de transferência de tecnologia da esfera acadêmica ao setor
produtivo, bem como a significativa cooperação entre universidades e
empresas.
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GABARITO
1. Os três requisitos de patenteabilidade são: novidade; aplicação industrial e atividade
inventiva. O primeiro critério, de novidade, é considerado quando não há conheci-
mento técnico contido no estado da arte, abrangendo como tal a informação à dis-
posição do público antes do depósito da patente. O segundo requisito, da aplicação
industrial, pressupõe que a invenção tenha por finalidade a produção em escala. Por
último, o terceiro critério, de atividade inventiva, exige que um perito da área avalie
se a invenção não decorre de modo óbvio do estado da arte, necessitando envolver
criatividade na criação.
Figura 1
Principais atores do SNCTI
Poder Executivo Poder Legislativo Sociedade
Políticos
Institutos Federais e
Universidades Instituições de C&T (ICT) Parques Tecnológicos
Operadores
Estaduais de CT&I
de CT&I
1 Poder Executivo
2 Poder Legislativo
3 Sociedade
Segundo a Lei de Inovação, em seu artigo 2º, inciso X, parque tecno- Atenção
lógico se refere a um:
As Organizações da Sociedade
complexo planejado de desenvolvimento empresarial e tecnoló- Civil – OSCs (anteriormente
gico, promotor da cultura de inovação, da competitividade indus- denominadas organizações
trial, da capacitação empresarial e da promoção de sinergias em não governamentais – ONGs),
“são entidades nascidas da livre
atividades de pesquisa científica, de desenvolvimento tecnológi-
organização e da participação
co e de inovação, entre empresas e uma ou mais ICTs, com ou social da população que
sem vínculo entre si. (BRASIL, 2004) desenvolvem ações de interesse
público sem visarem ao lucro.
No cenário brasileiro há atualmente 47 parques tecnológicos distri- Essas organizações constituem
buídos da seguinte forma: 2 na Região Norte; 4 na Região Centro-Oeste; atores sociais e políticos cada vez
7 na Região Nordeste; 15 na Região Sul; e 19 na Região Sudeste. Desta- mais presentes nas democracias
contemporâneas” (IPEA, 2020).
que ao Estado de São Paulo, que sozinho reúne 11 dessas instituições
Assim, “Organização Social (OS)
(BRASIL, 2018d). é outra qualificação outorgada
pela administração pública para
•• Institutos de Pesquisa do MCTIC (atual MCTI) entidades sem fins lucrativos,
para que possam receber de-
O MCTI compreende 20 Institutos de Pesquisa (Figura 2), divididos
terminados benefícios do poder
em Unidades de Pesquisa (UPs) e Organizações Sociais (OS). Essas en- público (dotações orçamentárias,
tidades são responsáveis pela disseminação de conhecimento e, tam- isenções fiscais, etc.) com vistas
à realização dos seus fins”
bém, pelo estímulo à inovação dentro de suas respectivas áreas de
(IPEA, 2020).
atuação (BRASIL, 2017; BRASIL, 2020b).
*Organizações Sociais
Fonte: Brasil, 2017, p. 31.
•• Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs)
Reservoir Dots/Shutterstock
5 4 4 2
1
1 5
5 1
1
3
13
44
2 21
4
9
Fonte: Brasil, 2017, p. 37.
Vale destacar que por meio dos INCTs já foram firmadas cerca de
1.800 parcerias nacionais e 1.300 internacionais, além da formação de
muitos em mestrado, doutorado e pós-doutorado (INCT, 2020).
•• Incubadoras de empresas
•• Lei de Inovação
•• Lei do Bem
Por outro lado, algumas limitações da Lei do Bem devem ser consi-
Saiba mais deradas, como a exigência de tributação pelo Lucro Real, sendo que no
A fim de saber quantas país a maioria das empresas usa o Simples Nacional, bem como a ne-
empresas se beneficiam
da Lei do Bem atualmen- cessidade de estimativa de lucros no exercício. Para a pequena parcela
te, bem como conhecer de empresas que utiliza a tributação pelo Lucro Real – em sua maioria
melhorias propostas
para essa legislação, leia empresas de grande porte –, segundo Matias-Pereira (2013), a imposi-
o texto Senado discute ção de aferimento de lucros no exercício representa um contratempo,
modernização da lei que
incentiva pesquisa e inova- uma vez que os altos custos dos investimentos em tecnologia acabam
ção, publicado pelo site por gerar lucro apenas no período seguinte, o que interfere em sua
UOL/Agência Brasil.
utilização no período de implantação do projeto (ZITTEI et al., 2016).
Disponível em: https://noticias.
uol.com.br/ultimas-noticias/ De acordo com estudo desenvolvido por Matias-Pereira (2013,
agencia-brasil/2020/06/12/
senado-discute-modernizacao- p. 240), “a Lei do Bem, em que pesem as dificuldades e deficiências na
de-lei-que-incentiva-pesquisa- sua implantação, apresenta-se como um instrumento relevante para
e-inovacao.htm. Acesso em: 19
nov. 2020. estimular as empresas nacionais, por meio da concessão de incentivos
fiscais, à inovação no Brasil”.
Figura 4
Ministérios do Governo Federal e suas respectivas agências de fomento
Ministério da
Ciência, Tecnologia
e Inovações (MCTI)
Ministério da
Educação (MEC)
Ministério da
Economia
Quais são as principais agências Organização pública criada em 1951, que “tem como principais atri-
públicas de fomento à inovação
buições fomentar a pesquisa científica, tecnológica e de inovação e pro-
no Brasil?
mover a formação de recursos humanos qualificados para a pesquisa,
em todas as áreas do conhecimento” (BRASIL, 2020a).
Figura 5
Concessão de bolsas de pós-graduação da Capes no Brasil em 2019
Reservoir Dots/Shutterstock
RR
AP
AM PA MA
CE
RN
PB
PI
PE
AC AL
RO TO
SE
MT BA
DF
GO
MG
MS ES
SP
De 1 até 765 RJ
PR
De 766 até 1,976
Fonte: Labiak Junior, Matos e Lima, 2011, p. 73, adaptada de McGee, 2000.
136 Tecnologias aplicadas e inovação
Conforme é possível verificar na Figura 6, o empreendimento inicia
com uma ideia, sendo então financiado por um investidor anjo (ou vá-
rios). Assim, com a expansão dos negócios, há a entrada do capitalista
de risco, responsável não somente pelo aporte financeiro, mas tam-
bém por compartilhar a gestão empresarial. Com a consolidação do
empreendimento ocorre a saída das figuras do investidor anjo e do ca-
pitalista de risco, abrindo novas possibilidades à empresa recém-criada.
•• Crowdfunding
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diversos são os atores que compõem um sistema de inovação. No
caso do Brasil, o SNCTI é formado por agentes políticos, agências de fo-
mento e operadores de CT&I.
De acordo com as informações apresentadas neste capítulo foi
possível perceber que aos atores políticos cabe a responsabilidade de
criar normas de funcionamento do sistema. Já as agências de fomento
são incumbidas de prover as condições de cumprimento das resoluções
advindas dos atores políticos. Enfim, aos operadores de CT&I pertence a
função de operacionalização das ações de inovação programadas.
Cabe destaque ao coordenador do SNCTI, o MCTI, que possui a res-
ponsabilidade de estabelecer as políticas nacionais de inovação, bem
como a condução de duas importantes agências de fomento, a Finep e o
CNPq. Além do MCTI, os Ministérios da Economia e da Educação também
exercem papel importante ao comandarem outras duas agências funda-
mentais no estímulo à inovação: o BNDES e a Capes, respectivamente.
REFERÊNCIAS
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org.br/. Acesso em: 19 nov. 2020.
ALVES, M. C. A SBPC e as fundações de amparo à pesquisa. Ciência e Cultura, v. 70, n. 4,
p. 8–10, 2018.
ANDRADE, A. M. De. O Papel das Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTS) nos processos
de licenciamento e transferência de tecnologias. 2016. Dissertação (Curso de Mestrado em
Economia) – Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão.
ANPEI - Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras.
Lei do Bem, 2019. Disponível em: http://anpei.org.br/leis-de-incentivo/lei-do-bem/. Acesso
em: 19 nov. 2020.
ANPEI - Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras. O
que é o Rota 2030: e como a indústria pode se beneficiar, 2020. Disponível em: https://anpei.
org.br/rota-2030-o-que-e/. Acesso em: 19 nov. 2020.
ARIENTE, E. A.; BABINSKI, D. DE O. Impressões sobre o novo decreto do Marco Legal
de Ciência, Tecnologia e Inovação. Consultor Jurídico, 17 abr. 2018. Opinião. Disponível
em: https://www.conjur.com.br/2018-abr-17/opiniao-impressoes-decreto-marco-legal-
inovacao. Acesso em: 19 nov. 2020.
BNDES - Banco Nacional do Desenvolvimento. 2020. Quem somos. Disponível em: http://
www.bndes.gov.br/wps/portal/site/home/quem-somos. Acesso em: 19 nov. 2020.
BOCCHINO, L. de O. et al. Publicações da Escola da AGU: propriedade intelectual - conceitos
e procedimentos. Brasília: Advocacia-Geral da União, 2010.
BRASIL. Emenda Constitucional n. 85, de 26 de fevereiro de 2015. Diário Oficial da União,
Poder Legislativo, Brasília, DF, 27 fev. 2015. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
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BRASIL. Lei n. 8.248, de 23 de outubro de 1991. Diário Oficial da União, Poder Executivo,
Brasília, DF, 24 out. 1991. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8248.
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BRASIL. Lei n. 10.973, de 2 de dezembro de 2004. Diário Oficial da União, Poder Executivo,
Brasília, DF, 3 dez. 2004. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-
2006/2004/Lei/L10.973.htm. Acesso em: 19 nov. 2020.
BRASIL. Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. Bônus tecnológico.
Brasília, DF: MCTIC, 2018a. Disponível em: http://antigo.mctic.gov.br/mctic/opencms/
GABARITO
1. Dentre os agentes políticos podem ser citados o Congresso Nacional e as agências re-
guladoras. Quanto às agências de fomento, o BNDES e a Finep. Por último, em relação
aos operadores de CT&I, as universidades e os parques tecnológicos.
2. Um dos benefícios trazidos pela Lei de Inovação foi a possibilidade de as ICTs compar-
tilharem seus laboratórios de P&D com empresas inovadoras. Já a Lei do Bem possi-
bilita a dedução de 50% no IPI na aquisição de equipamentos e máquinas destinados
à P&D. Por fim, o Marco Legal da CT&I permite que pesquisadores de instituições
públicas possam se afastar de suas funções por um período determinado para traba-
lhar na indústria.