Trbalho Corrigido
Trbalho Corrigido
Trbalho Corrigido
PROJECTO TECNOLÓGICO
13ª CLASSE
TEMA:
AUTORES
Huambo 2021/2022
República de Angola
Ministério da Educação e da Saúde
Colégio Politécnico Sol Nascente
= Huambo=
PROJECTO TECNOLÓGICO
13ª CLASSE
TEMA:
AUTORES
Huambo 2021/2022
FICHA CATALOGRÁFICA
AUTORES:
PROJECTO TECNOLÓGICO
13ª CLASSE
TEMA:
NO DE PAGINAS:
TERMO DE APROVAÇÃO
AUTORES:
PROJECTO TECNOLÓGICO
13ª CLASSE
TEMA:
DATA DE APROVAÇÃO_______/________/_________
PRESIDENTE DO CORPO DE JURÍ: ___________________________________
1º VOGAL:________________________________________________________
2ºVOGAL: ________________________________________________________
SECRETÁRIO:_____________________________________________________
Dedicatória
Dedicamos o presente trabalho aos nossos queridos pais que estiveram connosco durante
esta longa e dura caminhada e não mediram esforços para nos apoiar financeira e
emocionalmente, proporcionando o necessário para que nada faltasse no decurso dos nossos
estudos.
Agradecimento
Isaac Newton
(1643-1727)
Lista de Siglas e Abreviaturas
OBS- Observação
NB - Nota B
Pof- Professor
Dr. Doctor
Lic.- Licenciado
HBO- Huambo
Md. – Médico
p- pagina
Agradecimentos vi
Pensamento vii
Resumo viii
Introdução 12
Justificativa 13
Problema Científico 13
Hipótese de Resolução 13
Objectivo Geral 14
Objectivos Específicos 14
Caracterização Geográfica 15
Desenho Metodológico 16
1.2. Epidemiologia 17
1.7. Diagnóstico 23
1.9. Tratamento 24
1.11. Prognóstico 27
1.13. Prevenção 29
CONCLUSÃO 35
Bibliografia
Índice de Tabelas
TABELA 1: INCIDÊNCIA POR PROCEDÊNCIA 30
33
RESUMO
A Insuficiência Cardíaca (IC) é uma das doenças mais relevantes atualmente, tanto
pela sua prevalência, quanto pela sua alta incidência - graças ao envelhecimento da
população. É uma síndrome cujo diagnóstico baseia-se sobretudo nos seus achados clínicos.
Além disso, os biomarcadores têm ocupado um importante papel diagnóstico, bem como os
exames de imagem, como o Ecocardiograma, que constituem ferramenta fundamental no
direcionamento do manejo ambulatorial. O tratamento tem como objetivos principais
melhorar a condição clínica, a capacidade funcional e a qualidade de vida do paciente. Nesse
sentido, a mudança do estilo de vida e a adoção de drogas modificadoras de sobrevida
(inibidores da enzima conversora da angiotensina, bloqueadores do receptor da angiotensina
II e betabloqueadores) são fundamentais. Outras opções terapêuticas podem alterar o
prognóstico da doença (antagonistas do receptor mineralocorticoide), melhorar os sintomas
(diuréticos e digoxina) ou trazer nova perspectiva de tratamento (inibidor do receptor da
neprilisina e da angiotensina). Dito isso, conhecer a doença, bem como a ampla diversidade
de ferramentas diagnósticas e terapêuticas, é essencial para o manejo eficaz do paciente.
12
Introdução
É um órgão muscular oco que bombeia o sangue. É constituída de duas bombas que
se encontram lado a lado. Estas bombas relaxam quando tomam sangue e contraem quando
elas enviam sangue. O lado esquerdo do coração é uma bomba mais forte do que o lado
direito. A bomba mais forte recebe o sangue dos pulmões e envia-o para as células do corpo.
A bomba mais fraca recebe o sangue a partir das células de todo o corpo e envia o sangue
aos pulmões. (Sistemas do corpo Humano.app).
12
acordo com o país ou a região e as condições socioeconômicas locais. (CRUZI Guia de
Saúde).
13
relevantes. Este trabalho propõe contribuir para a busca de conscientização do tema, a
elevada prevalência da doença, a importância da adesão ao tratamento e das intervenções da
Psicologia da Saúde realizadas pelas equipes multidisciplinares. É descrito ao longo do
trabalho a indicação de cuidados paliativos em pacientes com diagnóstico de insuficiência
cardíaca em estágio avançado, onde se destaca a prática e a importância da atuação do
psicólogo diante da equipe multidisciplinar para uma visão mais integrada do processo
saúde–doença visando o bem-estar físico e psicológico dos pacientes
14
Justificativa: Tal como referenciamos anteriormente que o trabalho foi realizado no
Hospital Geral do Huambo a população em estudo corresponde à todos os doentes adultos
(Homens e Mulheres) internados com ICC.
PROBLEMA CIENTÍFICO
HIPÓTESES
15
OBJECTIVOS:
Geral
Específico
CARACTERIZAÇÃO GEOGRAFICA
16
É um Hospital escola, que está vocacionado na formação teórico prática de médicos
pela Faculdade de medicina da Universidade José Eduardo dos Santos, Formação de
especialistas, através do internato complementar médico em diversas especialidades,
formação teórico prático de estudantes de licenciaturas, dos níveis médios e ainda cursos de
capacitação nos mais diversos cursos de saúde como enfermagem, análises clínicas,
Radiografia, electromedicina, cardiopneumologia, dos institutos superiores politécnicos da
UJES, Sol Nascente, ISUP, JGM, IMS, colégio Twapandula, dois Talentos, Santa Rita de
Cacias Colegio Sol Nascente…
Metodologia
Técnica de Recolha de dados: Os dados obtidos pelos elementos do grupo, foram através
de uma ficha de recolha de dados contendo vários itens, entre eles:
Idade;
Proveniência;
Data de admissão;
Factor de Risco.
Material Usado: para o cumprimento deste trabalho usou-se – Computador, modem, pen
drive, impressora, encadernadora, papel, lápis, régua, entre outros.
Tempo de Estudo: Não fugindo das regras de um trabalho científico, a recolha de dados
teve início no dia 3 de Janeiro de 2022 e terminou no dia 14 do mesmo mês e ano. Já o
estudo observativo directo teve início no dia 15 de Janeiro de 2022 e terminou no dia 31 do
17
mesmo mês e ano. Análise dos dados e respectivas discussões se estenderam de 1 a 5 de
Fevereiro de 2022.
O déficit mecânico sistólico, seja qual for a etiologia, é a base do conceito clássico de
insuficiência cardíaca. A incapacidade de esvaziamento total da câmara cardíaca leva ao
aumento do volume e da pressão diastólica final, além da queda do volume sistólico,
levando a redução do débito cardíaco e da fração de ejeção (Bursi F, 2006).
18
No entanto outro mecanismo, que pode inclusive existir de forma isolada, é a
disfunção diastólica, onde ocorre uma deficiência no relaxamento ventricular e/ou aumento
de sua rigidez que resulta em anormalidades do enchimento e aumento na pressão de
enchimento, levando ao aumento da pressão diastólica, sem necessariamente haver
comprometimento da função sistólica. Este mecanismo pode gerar todos os sinais de
insuficiência cardíaca clássica, mesmo na ausência de déficit sistólico, seguindo os critérios
do Escore de Boston para o diagnóstico de insuficiência cardíaca (sistólicas/diastólicas),
quando for maior/igual a 05 pontos existe maior prevalência de ICFEN e quando for
maior/igual a 08 pior prognóstico na ICFEN (Hunt SA, 2001).
Estudo publicado nos Arquivos Brasileiro de Cardiologia, Março de 2010 pelo autor
Goldraich e cols, mostrou a possibilidade de definir um escore clínico para identificação de
ICFEN já na internação hospitalar onde o desepenho diagnóstico foi favorável com uma área
de 0,76 sob a curva ROC, neste e noutros estudos foram fatores prevalentes para ICFEN:
19
diastólica, podendo ou não causar a congestão pulmonar ou periférica. Pode afetar apenas
um lado, direito – insuficiência cardíaca direita e esquerdo – insuficiência cardíaca esquerda,
que nos termos atuais explica essas alterações como insuficiência cardíaca sistólica que é a
incapacidade do coração ejetar sangue de maneira suficiente, em virtude de uma alteração na
contração do coração, e insuficiência cardíaca diastólica quando à uma rigidez do musculo,
impedindo o enchimento do coração (Krishnaswamy P, 2001, p. 45.).
A maioria dos casos a IC é progressiva e permanente, então deve ser tratada com
mudanças no estilo de vida e medicamentos para evitar a insuficiência cardíaca
descompensada aguda que é a exacerbação dos sintomas, diminuição do DC e pela baixa
perfusão sistêmica. A Insuficiência Cardíaca se constitui em um dos principais problemas de
saúde pública no mundo inteiro, apresentando uma prevalência de 1 a 2% da população,
apesar do avanço clínico e tecnológico nesta área, nas últimas décadas. Em consequência,
verifica-se um alto índice de internações, que ocasionam alto custo, bem como o aumento de
re-internações, que têm sido atribuídas a não adesão ao tratamento farmacológico e às
medidas não-farmacológicas (Krishnaswamy P, 2001).
20
hospitalares por essa síndrome, gerando altos custos para países cuja população idosa é
crescente.
Entende-se que uma boa avaliação clínica pode identificar pacientes com quadros
congestivos ou hipovolêmicos com confiabilidade razoável, bem como pacientes com baixo
débito cardíaco ou normal. Estudos confirmam que os enfermeiros possuem capacidade de
realizar uma avaliação clínica confiável nesses pacientes com insuficiência cardíaca,
melhorando os seus resultados clínicos (Owan TE, 2006).
21
diagnósticos de enfermagem (DE) prioritários para pacientes com insuficiência cardíaca
descompensada.
De acordo com a FEVE Implícito na definição de Insuficência Cardíaca está o conceito de que ela
pode ser causada por anormalidade na função sistólica ou diastólica. Entretanto, é importante
ressaltar que, em muitos pacientes, coexistem ambos os tipos de disfunção (Rocha, 2019).
1.2. EPIDEMIOLOGIA
As tendências das taxas de hospitalização e mortalidade por insuficiencia cardiaca
congestiva no Mundo , entre 2018 ate 2020 os métodos foram analizados com o
diagnostico primário de ICC o numero de altas hospitalares aumentou
consideravelmente anivel do Mundo de 71% (de 42.961 em 2019 para 73.442 )e as
taxas cresceram 47% (Saúde, 2015).
A insuficiência cardíaca em África tem uma etiologia bastante diferente da
classicamente descrita na Europa, está relacionada com o grau de desenvolvimento do
continente e atinge predominantemente uma população jovem. Num trabalho de revisão
publicado recentemente se afirma que a informação existente sobre a insuficiência
cardíaca em África é pouca e refere-se ao período pré-ecocardiografia.
Damasceno, em seu estudo sobre a insuficiência cardíaca em África, pode encontrar
que numa meta-análise de estudos publicados até 2007, conseguiu reunir uma amostra
de mais de 4.500 doentes oriundos de 8 Países africanos e mostrou que a hipertensão
arterial é a principal causa de insuficiência cardíaca em África (23%) seguida das
cardiomiopatias, particularmente a dilatada e da cardiopatia reumática. A cardiopatia
isquêmica só contribuia para 2% das causas de insuficiência cardíaca (F. Ceia, 2002).
22
Para Morales, em Áfrca a Insuficiência Cardíaca muitas vezes se deve a causas
completamente desconhecidas, como a fibroelastose endomiocárdica, que consiste em
espessamento com perda de elasticidade das capas interna e média do coração
Para Damasceno, falar de Insuficiencia Cardíaca especificamente na África Sub-
Sahariana parece a partida não se justificar, pois a etiologia e a clínica da insficiência
cardiaca deveriam ter um padrão universal. Para este autor, tal não é verdade e
principalmente por 3 razões que ele aponta. Em primeiro lugar, África é um continente
devastado pela pobreza, com a maioria da população a viver com menos que 2 USD por
dia (M.R. Cowie, 2017).
As doenças infecciosas são ainda um importante peso para a Saúde Pública dos Países
Africanos. Verifica-se no entanto uma emergência de fatores de risco das doenças não
transmissiveis, particularmente a hipertensão arterial, o consumo de tabaco, a obesidade
e a diabetes, os quais irão muito em breve transformar completamente o padrão
epidemiologico da morbimortalidade em África. A segunda razão prende-se com a
estrutura etária e com a esperança de vida da população africana. Em meados de 2008,
estimava-se que haveria cerca de 967 milhões de africanos e que 400 milhões, ou seja
42% desta população teria menos de 15 anos de idade. Por outro lado, considera aquele
autor, que são vários os países em África em que a esperança de vida pouco ultrapassa
os 40 anos enquanto a maioria dos países europeus têm uma esperança de vida de cerca
de 80 anos. Em consequência, África encontra-se na generalidade numa fase mais
precoce da transição epidemiologica quando comparada à Europa e aos Estados
Unidos.
Estima-se que a síndrome de insuficiência cardíaca acometa cerca de 23 milhões de
pessoas em todo o mundo, com taxas de incidência e de prevalência alcançando
proporções epidêmicas, evidenciadas pelo considerável aumento do número de
internações e de óbitos atribuídos à insuficiência cardíaca, além do crescente gasto com
o cuidado desses pacientes1,4. A prevalência é de aproximadamente 1-2% da
população adulta em países desenvolvidos, sendo superior a 10% nos indivíduos com
mais de 70 anos de idade2. Apesar de a incidência relativa ser menor em mulheres, elas
constituem pelo menos metade dos casos de IC, devido a maior expectativa de vida
observada no sexo feminino. Dessa forma, a prevalência geral é maior nas mulheres com 80
anos ou mais de idade1. A IC apresenta mortalidade próxima de 12%, sendo maior entre
homens negros1. No Brasil, em 2007, as doenças cardiovasculares (DCV) foram a
principal causa de morte e a terceira causa de internação, sendo a IC a principal
23
condição cardíaca que leva à internação, responsável por 2,6% das internações e 6%
dos óbitos (M.R. Mehra, 2016).
1.3. CLASSIFICAÇÃO
24
New York Heart Association (NYHA) separa os pacientes em classes funcionais (CF), a
saber:
Apesar de ser uma medida subjetiva, esta última classificação pode ser utilizada para
indicar intervenções terapêuticas e para avaliar a resposta ao tratamento (D.A. Baran, 2007).
1.4. ETIOLOGIA
Visto que o prognóstico difere entre diversas causas, e o tratamento específico pode
mudar a história natural. A Figura 1.1 apresenta as principais causas de IC.
1.4.1. FISIOPATOLOGIA
27
Diminuição da atenção ou concentração;
Redução do volume de urina;
Náuseas e vômitos;
Necessidade de urinar durante a noite;
Bebês podem apresentar suor durante a alimentação (ou outra
atividade).
Alguns pacientes com insuficiência cardíaca não apresentam sintomas. Nessas pessoas, os
sintomas podem aparecer somente sob as seguintes condições:
28
O diagnóstico na maioria das vezes poderá ser feito baseado na história clínica do paciente, na
sintomatologia e no exame físico. Os exames laboratoriais e de imagem serão complementares no
diagnóstico e ajudarão no tratamento e seguimento deste pacientes (Gomes B, 2013).
Exames
1.6.1. CLÍNICA:
Dispneia em repouso = 04pts
Ortopneia = 04 pts
Dispneia paroxística noturna = 03pts
Dispneia ao caminhar em área plana = 03pts
Dispneia ao caminhar em aclives = 02
1.6.2. EXAME FÍSICO:
Anormalidade na frequência cardíaca = 01-02 pts
Pressão venosa jugular elevada = 02-03pts
Creptantes pulmonares = 01-02pts
Terceira bulha cardíaca 03pts
29
Sibilos 03pts
1.6.3. RADIOGRAFIA DO TÓRAX:
Edema pulmonar alveolar = 04pts
Edema pulmonar intersticial= 03pts
Derrame pleural bilateral = 03pts
Índice cardiotorácico superior à 0,50 = 03pts
Redistribuição de fluxo em região superior = 02pts.
1.7. FATORES DE RISCO
Os factores de risco subdividem-se em modificáveis e não modificáveis.
Um fator de risco único pode ser suficiente para causar insuficiência cardíaca, mas
uma combinação de fatores, de acordo com médicos, também pode aumentar o risco da
doença:
30
O tratamento é programado visando a preservar a vida, limitar quanto possível o
dano cerebral, diminuir as incapacidades e deformidades físicas e evitar a repetição do AVC.
O manejo de urgência dos pacientes acometidos de AVC é oposto para cada um dos dois
casos do distúrbio. No AVCi, procura-se desobstruir as artérias, permitindo maior afluxo de
sangue no cérebro, enquanto no AVCh, o tratamento é voltado para controlar a hemorragia
(Ferro, 2008).
Diante de um paciente com AVC estamos em uma constante corrida contra a tempo.
Tempo é cérebro! Portanto, quanto mais rápido for identificado o déficit e mais rápido o
paciente for tratado, maior a chance de reversão do quadro neurológico. É importante termos
em mente o tempo da janela de trombólise (4,5h como veremos adiante). E para o
tratamento adequado do paciente precisamos saber, com segurança, há quanto tempo o
déficit neurológico aconteceu. Se o paciente não consegue falar, devemos sempre perguntar
ao acompanhante, por exemplo, quando foi a última vez que o paciente foi visto bem, sem
déficit. Do mesmo modo, se o paciente já acordou com a alteração neurológica, devemos
considerar como início da alteração o horário que o paciente foi dormir (Sullivan, 1993).
Os pacientes com AVCi, com início dos sintomas inferior a 4,5 horas, com TC ou
RM de crânio sem evidência de hemorragia e com idade superior a 18 anos, serão candidatos
à trombólise com ativador do plasminogénio tecidual recombinante (rtPA- alteplase)
(Philips, 2003).
O tratamento dos pacientes com insficiência cardíaca congestiva tem por objetivo
melhorar a qualidade bem como prolongar a vida, além de evitar ou atenuar sua progressaão.
É fundamental a avaliaçäo para a detecção das causas e, se possível, seu tratamento. Além
disso, impõe-se o reconhecimento e a remoção das causas precipitantes, como infeções,
arritmias, disfunção tireoidiana, etc. Devem-se recomendar dietas hipossódicas e controle de
ingestão hídrica. Quanto ao tratamenyo medicamentoso, apoia-se principalmente no uso de
diuréticos, de digitálicos e de inibidores da enzima de conversão da angiotensina. Os
digitálicos têm indicação nos casos de insuficiência cardíaca congestiva com aumento da
área cardíaca, com predomínio da disfunção sistólica e com a frequência cardíaca elevada,
principalmente em ritmo de fibrilação atrial. Os diuréticos são importantes armas no
combate à hipovolemia, com o intuito de deslocar a curva de Frank-Starling para níveis
adequados de proporcionalidade. Atualmente, em função do estudo Rales, impõe-se a
utilização de diuréticos poupador de potássio, a espiromolactona, na rotina de tratamento da
31
insuficiência cardíaca congestiva. A associação dos nitratos com hidralazina é uma
alternativa válida aos inibidores da enzima de conversão da angiotensina em certas
situações. Da Mesma forma, os antagonistas dos receptores da angiotensina são alternativas
aos inibidores da enzima de conversão da angiotensina na insuficiência cardíaca congestiva.
Os medicamentos betabloqueadores e, em especial, o carvediol têm se mostrado importantes
armas no arsenal terapêutico da insuficiência cardíaca congestiva em situações especificas.
O tipo de tratamento a ser indicado deverá ser individualizado para cada paciente e
dependerá de alguns fatores como: A causa da insuficiência cardíaca, os sintomas e
complicações clínicas apresentados pelo paciente e o estágio da doença. O tratamento.
1.8.2. DIETA
Dietas com alto teor de sódio (> 6 g/dia) são reconhecidamente nocivas. Entretanto, a
quantidade ideal de sódio diária ainda é controversa4. A ingestão ideal parece ser
influenciada pela classe funcional. Parrinello e colaboradores demonstraram, ao avaliar
dietas com < 3 g de sódio ao dia, que houve melhora nos desfechos em pacientes com CF III
e IV, porém, houve piora naqueles com CF I e II10. Sendo assim, restrição de sódio (2-3
g/dia) é recomendada para todos os pacientes com IC e dietas mais restritas (< 2 g/dia)
devem ser consideradas na IC moderada a grave1. Restrição hídrica (< 2L/dia) é
recomendada para pacientes com hiponatremia (< 130 mEq/L) e para aqueles com retenção
líquida refratária ao uso de altas doses de diurético (Flather MD, 2000).
1.8.3. EXERCÍCIO
Apesar de atividade física intensa não ser recomendada em pacientes com IC, exercícios
leves de rotina têm se mostrado benéficos em pacientes selecionados com CF NYHA I a III.
O estudo HFACTION (A Controlled Trial Investigating Outcomes of Exercise Training) não
mostrou redução da mortalidade ou da taxa de hospitalização com a prática de atividade
33
física regular (definida como treinamento programado de intensidade moderada, 25-30
minutos/dia, 5 dias/semana). Entretanto, foi observada uma melhora significativa na
qualidade de vida, portanto, o exercício físico pode ser útil como terapia adjuvante para
melhorar o status clínico do paciente. O exercício físico não é recomendado em pacientes
com ICFER que tiveram um evento ou procedimento cardiovascular nas últimas 6 semanas;
pacientes com dispositivos cardíacos que limitam o aumento da FC; ou em pacientes com
arritmia significativa ou sinais de isquemia em testes provocativos (Flather MD, 2000).
1.8.6. BETABLOQUEADORES
35
Deve ser considerada a adição de espironolactona em todos os pacientes com ICFER
que já estejam em uso de IECA e betabloqueadores, para redução adicional da
morbimortalidade.
Essas medicações não devem ser iniciadas se a creatinina sérica estiver acima de 2,5
mg/dL, devido ao risco de hipercalemia, embora este risco aumente progressivamente com
creatinina sérica superior a 1,6mg/dL. Não se deve iniciar antagonista mineralocorticoide se
o potássio sérico estiver acima de 5,0 mEq/L, devendo ser suspenso quando acima de 5,5
mEq/L. A dose inicial é de 12,5-25 mg/dia, a qual é mantida na maioria dos pacientes,
podendo ser aumentada para até 50 mg/dia. Pacientes com taxa de filtração glomerular
estimada de 30 a 49 mL/min/1,73m2 ou com risco de hipercalemia devem iniciar o
tratamento com uma dose mais baixa, de 12,5 mg/dia. Ginecomastia pode ocorrer em até
10% dos pacientes em uso de espironolactona (Rogers JG, 2017).
No Brasil, não está disponível a combinação fixa dessas duas medicações, portanto, o
tratamento deve ser iniciado com doses baixas de ambas, hidralazina 25 mg e dinitrato de
isossorbida 20 mg, três vezes ao dia. Deve-se aumentar progressivamente até a dose-alvo de
300 mg/dia de hidralazina e 120 mg/dia de dinitrato de isossorbida4. A adesão a essa
combinação é baixa, devido ao grande número de comprimidos a serem ingeridos e aos
efeitos adversos, que incluem cefaleia, tontura e queixas gastrointestinais (Rogers JG, 2017).
1.8.10. DIURÉTICOS
Diuréticos são recomendados para reduzir sinais e sintomas de congestão volémica nos
pacientes com ICFER. Os diuréticos de alça induzem diurese mais intensa e de curta
duração quando comparados aos diuréticos tiazídicos, mas o uso combinado muitas vezes é
necessário, principalmente nos casos de edema resistente. Nessa situação, os efeitos
adversos são mais frequentes e incluem hipocalemia, hipotensão arterial e piora da função
renal, portanto, essa combinação deve ser usada com cuidado. O objetivo da diureticoterapia
é atingir o estado de euvolemia, mantendo-o com a menor dose necessária. Os pacientes
devem ser treinados a fazer o próprio ajuste da dose dos diuréticos e, para tanto, é
importante o controle diário do peso matutino, após esvaziar a bexiga. Se houver piora da
dispneia e aumento do edema acompanhados de um ganho ponderal > 2 kg em um período
de três dias, a dose do diurético deve ser aumentada, retornando à dose anterior uma vez
ocorrida a regressão dos sintomas (Rogers JG, 2017).
1.8.11. DIGOXINA
O estudo DIG mostrou que, em pacientes com ICFER, a digoxina reduz hospitalização,
mas não mortalidade. A adição da digoxina ao esquema terapêutico deve ser feita após a
37
introdução de todas as medicações que comprovadamente reduzem mortalidade, nas doses
apropriadas. Nesse cenário, se o paciente permanecer sintomático, a digoxina é uma opção,
podendo reduzir sintomas e aumentar a tolerância aos exercícios.
O tratamento é comumente iniciado e mantido com uma dose diária que varia entre
0,125 e 0,25mg. Baixas doses (0,125 mg/dia ou 0,25 mg em dias alternados) podem ser usadas em
pacientes idosos (>7 anos) ou com disfunção renal para prevenir intoxicação. Os principais efeitos
colaterais são: arritmias cardíacas , sintomas gastrointestinais (anorexia, náusea, vômitos) e
queixas neurológicas (alterações visuais, desorientação, confusão mental) (Stevenson LW,
2009).
38
Nem todos os pacientes respondem favoravelmente à CRT2. Fatores associados ao
sucesso da CRT incluem: ritmo sinusal, QRS ≥ 150 ms, padrão de bloqueio de ramo
esquerdo e FE ≤ 35%8. A CRT deve ser considerada nos pacientes que permanecem
sintomáticos, a despeito de terapia medicamentosa otimizada, e que apresentam
características potencialmente associadas a uma boa resposta à CRT. Pacientes que não
apresentam essas características, mas ainda assim têm QRS alargado, podem ser
considerados para a CRT, porém, o número de respondedores será reduzido8. A CRT pode
ainda ser considerada nos pacientes com indicação de implante de marca passo (Mozaffarian
D, 2007).
O transplante cardíaco (TxC) é um tratamento aceitável para o estágio final da IC. Ele
aumenta a sobrevida, a tolerância aos exercícios, a qualidade de vida e o retorno ao trabalho. No
Brasil, o transplante cardíaco (TxC) é a única opção viável para a maioria dos pacientes com
IC avançada. O TxC deve ser considerado uma opção de tratamento, com suas indicações e
contraindicações, sendo que, após indicado , não deve ser postergado, pois quanto pior é o
estado clínico do receptor, maior é a mortalidade perioperatória, principalmente quando o TxC é
realizado em caráter de urgência. Dispositivos de assistência ventricular, que podem ser utilizados
como “ponte” para o TxC, ainda são pouco disponíveis no nosso meio (Stevenson LW,
2009).
O TxC está indicado nos pacientes com IC em estágio final que apresentam sintomas
refratários e prognóstico reservado, sem outras opções terapêuticas disponíveis. Os pacientes
devem estar motivados, bem informados e emocionalmente estáveis, sendo capazez de
aderir ao tratamento intensivo requerido posteriormente (Mozaffarian D, 2007).
Identificar e corrigir a causa da IC é essencial, uma vez que algumas delas são
potencialmente tratáveis e/ou reversíveis. Paralelamente ao tratamento das causas reversíveis
e das comorbidades associadas, é igualmente importante identificar fatores de
descompensação em pacientes com IC estável. Dentre as causas mais comuns de
descompensação estão dieta inadequada e má adesão terapêutica.
1.8.17. MEDICAMENTOS
Aldactone;
Aminofilina;
Ancoron;
Aradois;
Atenolol;
Amiodarona;
Apresolina;
40
Atorvastatina Cálcica;
Besilato de Anlodipino;
Captopril;
Carvedilol;
Clexane;
Concor;
Cardcor;
Clortalidona;
Diamox;
Digoxina;
Diovan;
Diurix;
Dobutamina;
Enalapril;
Espironolactona;
Hidroclorotiazida
Higroton;
Isordil;
Isossorbida;
Lipito;
Lisinopril;
Losartana Potássica;
Monocordil (Gomes B, 2013).
1.9. CUIDADOS DE ENFERMAGEM
42
Observar sintomas de toxidade digital: arritmia, anorexia, náuseas, vômito,
diarréia, bradicardia, cefaléia, mal-estar e alterações comportamentais.
É importante que o enfermeiro esteja atento a respeito das questões relacionadas aos
hábitos de seus pacientes com o objectivo de orientá-los de forma mais clara no decorrer do
tratamento, bem como esclarecê-los a respeito das mudanças fisiológicas e responder a todas
as suas expectativas e dúvidas , pois a ausência desse diálogo, aberto e claro, pode trazer
inúmeros problemas na vida do paciente.
Uma pesquisa realizada com hipertensos sobre a adesão ao tratamento revela que a
enfermagem desempenha um papel fundamental em favorecer o aumento dos índeces de
adesão. O prfissional de enfermagem deve atuar diretamente na promoção e prevenção da
saúde contribuindo com o diagnóstico precoce da doença, que na insuficiência cardíaca pode se
relacionar com o diagnóstco prévio dos sinais e sintomas de descompensação. E quando já instalada
a doença, a atuação se intensificará em orientar sobre osbenefícios que traz o tratamento
medicamentoso e não medicamentoso, além do manejo da doença e suas complicações, bem
como a adesão a estilos de vida saudáveis no intuito de prevenir a doença. Destaca-se ainda
aqui o autocuidado que deve ser estimulado por parte do paciente (P & Voors AA, 2016).
43
O conhecimento sobre a doença é fruto das experiências vivenciadas e de senso
comum e não produto da aprendizagem significativa. A atuação educativa deve considerar a
complexidade do paciente com inuficiência cardíaca congestiva (ICC), cabendo ao
enfermeiro implementar e garantir estratégias educacionais voltadas as necessidades
específicas desse grupo.
44
Qualquer que seja o tratamento proposto, deve-se estar sempre atento à adesão
do paciente às medidas com ele combinadas. A falta de adesão a um tratamento proposto é
causa muito comum de descompensações. O problema da polimedicação pode complicar a
adesão, especialmente em idosos, pessoas com múltiplas comorbidades e deprimidos. Caixas
dispensadoras de medicação, rotuladas “manhã” e “noite” e a supervisão atenta de um
cuidador podem ajudar na adesão (DATASUS, 2008).
A pessoa com IC deve ser estimulada a trazer, em cada consulta, as medicações
em uso para conferência.
O médico deve lembrar que a maioria das pessoas com IC é de idosos, muitas
vezes com problemas de visão, com baixa instrução e até analfabetos. Portanto, a prescrição
médica deve ser escrita com letras grandes e legíveis, além de ter o apoio de desenhos
facilitadores da hora das tomadas (como desenhar o sol, a lua, etc.).
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