Valeria de Melo Santa Cruz Mesquita
Valeria de Melo Santa Cruz Mesquita
Valeria de Melo Santa Cruz Mesquita
PORTO ALEGRE
2023
VALÉRIA DE MELO SANTA CRUZ MESQUITA
Porto Alegre
2023
M582a Mesquita, Valéria de Melo Santa Cruz
A formação de holding como instrumento sucessório,
patrimonial e tributário. / Valéria de Melo Santa Cruz Mesquita --
2022.
101 f. : il. ; color. ; 30cm.
Aprovada em , , .
BANCA EXAMINADORA
The present study deals with the holding company as an alternative for succession
planning, aiming to understand the dynamics and its objectives, especially with regard
to the protection of family assets, adapting estate planning and reducing costs and
expenses, specifying tax savings. This research is justified in tracing a profile of the
need for succession planning and the numerous risks experienced, demonstrating that
business/succession planning, constituting a family holding, brings benefits in the
family, tax and/or administrative areas. The benefits do not stagnate only in families
and their assets; its premise is the economic and social role, guaranteeing the stability
and existence of family businesses, ensuring economic development, applying rules
of corporate law in socio-family relationships. The central question is how can the
creation of a holding company in a family business be an option to solve problems of
a succession nature and ease the tax burden? It is hypothesized that the use of
corporate governance through corporate composition is the means of creating an
organization for companies, thus forming mechanisms to provide transparency and
lawfulness in actions, inferences in management National Tax Code. The general goal
will be the approach of the legal and governance nature of a holding company, the
protection of family assets, through the benefits brought by the adequate practice in
the elaboration of corporate structures to organize, protect and guarantee the control,
administration and continuity of the businesses and assets , in a lawful and non-
defense manner, also bringing, as specific objectives, the emphasis on the challenges
of the constitution of the family holding company; demonstration of the benefits and
risks of business activity; identification of the social and professional aspects of the
prior structuring of a family holding company as a succession planning mechanism;
and preventive assessment of the benefits of succession planning, through
governance mechanisms. Operational controls and governance practices will also be
analysed, as well as the criteria brought by the General Anti-Avoidance Rule, namely,
the holders of the right to negotiate in conjunction with private autonomy and freedom,
in order to achieve tax savings, provided that through lawful acts the absence of
dissimulation of the triggering event and the need for a business purpose in the
operations carried out, with the aim of ensuring that the family holding company
constitutes an effective and safe tax planning mechanism and does not preclude
assessments by the tax authority of the country. The results obtained from this
research were of paramount importance because, through the proper constitution of
family holdings, it will bring benefits in the family, tax and/or administrative areas,
solving problems of a succession nature and easing the tax burden. The applied
methodology was deductive, starting from concepts and categories for the specific
treatment of the research objective. The techniques applied in the research were
bibliographic review, national and foreign, as well as data collection and documents
submitted to theoretical analysis. The research has as its theoretical delivery the
creation of a booklet with the purpose of resolving or minimizing doubts about issues
related to the formation of a holding company as a succession, patrimonial and tax
instrument.
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 12
2 CARACTERIZAÇÃO DA HOLDING ...................................................................... 15
2.1 Conceito ............................................................................................................. 15
2.1.1 Natureza jurídica .............................................................................................. 19
3 PLANEJAMENTO PATRIMONIAL E A HOLDING ............................................... 23
3.1 Aspectos sucessórios ...................................................................................... 26
3.1.1 Aspectos societários......................................................................................... 41
3.1.2 Controle operacional ........................................................................................ 48
3.2 Práticas de governanças corporativas em empresas familiares .................. 51
4 ADEQUAÇÃO DO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO NA SUCESSÃO ................. 58
4.1 Aplicações do direito empresarial no planejamento sucessório .................. 64
4.2 A norma antielisiva do art. 116, § único do CTN ............................................ 70
5 CARTILHA A FORMAÇÃO DE HOLDING COMO INSTRUMENTO SUCESSÓRIO,
PATRIMONIAL E TRIBUTÁRIO ............................................................................... 82
6 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 90
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 94
12
1 INTRODUÇÃO
2 CARACTERIZAÇÃO DA HOLDING
2.1 Conceito
6 CARVALHO, Leandro. Cartéis, trustes e holdings. [S. l.]: História do Mundo, 2022. Disponível em:
https://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/carteis-trustes-e-holdings.htm. Acesso
em: 25 abr. 2022.
7 LODI, Edna Pires; LODI, João Bosco. Holding. 4. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2011.
8 LODI, Edna Pires; LODI, João Bosco. Holding. 4. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2011.
9 LODI, Edna Pires; LODI, João Bosco. Holding. 4. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2011.
10 LODI, Edna Pires; LODI, João Bosco. Holding. 4. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2011.
17
11 LODI, Edna Pires; LODI, João Bosco. Holding. 4. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2011.
12 LODI, Edna Pires; LODI, João Bosco. Holding. 4. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2011.
13 MAMEDE, Gladston; MAMEDE, Eduarda Cotta. Holding familiar e suas vantagens: planejamento
jurídico e econômico do patrimônio e da sucessão familiar. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2019. p. 13-14.
14 COMPARATO, Fabio Konder; SALOMÃO FILHO, Calixto. O poder de controle na sociedade
“Holding, portanto, é uma pessoa jurídica que tem como objetivo atuar como sócia ou
proprietária de outras pessoas jurídicas, de bens e direito em geral.”15
Para Modesto Carvalho, as holdings são: [...] sociedades não operacionais que
têm seu patrimônio composto de ações de outras companhias. São constituídas ou
para o exercício do poder de controle ou para participação relevante direta ou indireta
em outras companhias."16
Holdings, portanto, é uma pessoa jurídica que tem como objetivo atuar como
sócia ou proprietária de outros entes jurídicos, de direitos em geral e de bens.
Para Edna Pires Lodi e João Bosco Lodi, entre a visão das holdings no Brasil e
os conceitos de outros países, são seis os pontos que necessitam ponderação:
15 VALENTIN, Jefferson. Holdings: estudo sobre evasão fiscal no planejamento sucessório. 1. ed. São
Paulo: Letras Jurídicas, 2021.
16 CARVALHO, Modesto. Comentários à lei de sociedades anônimas: arts. 243 a 300. 5. ed. São
17 LODI, Edna Pires; LODI, João Bosco. Holding. 4. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2011.
18 FÉRES, Marcelo Andrade. Sociedade em comum - disciplina jurídica e institutos afins. São
Paulo: Saraiva, 2011. p. 59-60.
19 MIRANDA, Pontes de. Tratado de direito privado. 3. ed. São Paulo: Revistados Tribunais, 1984. p. 366.
20
O tráfego jurídico não só tipifica ou corrige o tipo. Por vezes, suscita tipos novos
(e.g., no direito brasileiro, a duplicata mercantil), ou negócios jurídicos atípicos. A vida
muda. Embora os princípios permaneçam, mudam-se estruturas e conteúdo de
negócios jurídicos. De ordinário, as regras jurídicas só são invocáveis quando faltam
elementos explícitos de vontade.
A tipicidade é fundada em razões de outras naturezas, sobretudo do ponto de
vista econômico e jurídico e da vontade das partes.
Nas palavras de Pontes de Miranda:
20 MIRANDA, Pontes de. Tratado de direito privado. 3. ed. Rio de Janeiro: Borsoi, 1970. p. 54-55.
21 MIRANDA, Pontes de. Tratado de direito privado. 3. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1984. p. 39.
22 BRASIL. Lei nº 4.591, de 16 de dezembro de 1964. Dispõe sobre o condomínio em edificações e
Para Edna Pires Lodi e João Bosco Lodi, podemos classificar diversos tipos de
holding:
26 LODI, Edna Pires; LODI, João Bosco. Holding. 4. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2011.
27 MAMEDE, Gladston; MAMEDE, Eduarda Cotta. Holding familiar e suas vantagens: planejamento
jurídico e econômico do patrimônio e da sucessão familiar. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2019.
23
28 VALENTIN, Jefferson. Holdings: estudo sobre evasão fiscal no planejamento sucessório. 1. ed. São
Paulo: Letras Jurídicas, 2021.
29 MAMEDE, Gladston; MAMEDE, Eduarda Cotta. Holding familiar e suas vantagens: planejamento
jurídico e econômico do patrimônio e da sucessão familiar. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2017. p. 32.
24
No mesmo diapasão, “não há solução que, em tese, seja melhor ou pior. Há
diversas opções que, conforme as condições verificadas em cada organização se
mostraram mais ou menos recomendáveis.”31
Sobre o tema, merece destaque o ensinamento de Flávia Almeida Pita32 sobre
a constituição de uma holding patrimonial – é a pessoa jurídica constituída com o
intuito de ser proprietária de determinado patrimônio. Para tanto, pessoas físicas e
jurídicas conferem seus bens à holding, a qual passa a substituí-las na titularidade
dos bens, preservando, assim, a personalidade jurídica dos sócios. Já os antigos
proprietários, as pessoas físicas ou jurídicas, hoje sócias da holding, passam a
receber participações nessa sociedade.
30 MAMEDE, Gladston; MAMEDE, Eduarda Cotta. Holding familiar e suas vantagens: planejamento
jurídico e econômico do patrimônio e da sucessão familiar. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2017. p. 103-104.
31 MAMEDE, Gladston; MAMEDE, Eduarda Cotta. Holding familiar e suas vantagens: planejamento
jurídico e econômico do patrimônio e da sucessão familiar. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2017. p. 79.
32 PITA, Flávia Almeida. A cobrança do crédito tributário e as holdings patrimoniais. Revista Tributária
jurídico e econômico do patrimônio e da sucessão familiar. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2017.
25
34 MAMEDE, Gladston; MAMEDE, Eduarda Cotta. Holding familiar e suas vantagens: planejamento
jurídico e econômico do patrimônio e da sucessão familiar. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2017. p. 119.
35 FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nelson. Curso de direito civil. São Paulo: Atlas, 2015.
jurídico e econômico do patrimônio e da sucessão familiar. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2017. p. 78.
26
37 MAMEDE, Gladston; MAMEDE, Eduarda Cotta. Holding familiar e suas vantagens: planejamento
jurídico e econômico do patrimônio e da sucessão familiar. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2017. p. 81,
38 MAMEDE, Gladston; MAMEDE, Eduarda Cotta. Holding familiar e suas vantagens: planejamento
jurídico e econômico do patrimônio e da sucessão familiar. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2017. p. 85.
39 MAMEDE, Gladston; MAMEDE, Eduarda Cotta. Holding familiar e suas vantagens: planejamento
jurídico e econômico do patrimônio e da sucessão familiar. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2017. p. 86.
40 BEVILAQUA, Clóvis apud RODRIGUES, Sílvio. Direito civil: direito das sucessões. 21. ed. São
42 BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF:
Presidência da República, 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/Constituicao/
Constituiçao.htm. Acesso em: 15 out. 2022.
28
43 CARVALHO, Luiz Paulo Vieira de. Direito das sucessões. São Paulo: Atlas, 2016. p. 5.
44 AMORIM, Sebastião; OLIVEIRA, Euclides de. Inventário e partilha: teoria e prática. 26. ed. São
Paulo: Saraiva Educação, 2020. p. 266.
45 VALENTIN, Jefferson. Holdings: estudo sobre evasão fiscal no planejamento sucessório. 1. ed. São
46 MAMEDE, Gladston; MAMEDE, Eduarda Cotta. Holding familiar e suas vantagens: planejamento
jurídico e econômico do patrimônio e da sucessão familiar. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2017. p. 104.
30
(continuação)
Estado Alíquota Regulamentação
I. 12% (doze por cento) nas operações interestaduais
relativas à Circulação de Mercadorias e sobre
Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e
Amapá Intermunicipal e de Comunicação, destinadas a Lei Nº 400 de 22/12/1997
Contribuintes do Imposto; (Redação do inciso dada pela
Lei Nº 1947 DE 29/10/2015):
II. 4% (quatro por cento).
I. 2%
A alíquota do imposto é única de 2% (dois por cento). A
base de cálculo do imposto é o valor venal dos bens e Lei Complementar
Amazonas
direitos transmitidos na data da declaração ou da 19/1997
avaliação pela Fazenda Pública Estadual, atualizado
até a data do pagamento.
As alíquotas do ITCMD são as seguintes:
I. 3,5 % (três inteiros e cinco décimos por cento), nas
doações de quaisquer bens ou direitos;
II. nas transmissões causa mortis:
a)4 % (quatro por cento), para espólio de R$100.000,00
Lei Estadual 4.826/1989,
Bahia (cem mil reais) a até R$200.000,00 (duzentos mil reais);
Decreto 2.487/1989
b)6 % (seis por cento), para espólio acima de
R$200.000,00 (duzentos mil reais) a até R$300.000,00
(trezentos mil reais):
c)8 % (oito por cento), para espólio acima de
R$300.000,00 (trezentos mil reais).
I. nas transmissões causa mortis:
a) 2% (dois por cento), até 10.000 (dez mil) Ufirces;
b) 4% (quatro por cento), acima de 10.000 (dez mil) e
até 20.000 (vinte mil) Ufirces;
c) 6% (seis por cento), acima de 20.000 (vinte mil) e até
40.000 (quarenta mil) Ufirces;
d) 8% (oito por cento), acima de 40.000 (quarenta mil)
Ufirces;
II. nas transmissões por doação:
Ceará Lei Estadual 15.812/2015
a) 2% (dois por cento), até 25.000 (vinte e cinco mil)
Ufirces;
b) 4% (quatro por cento), acima de 25.000 (vinte e cinco
mil) e até 150.000 (cento e cinquenta mil) Ufirces;
c) 6% (seis por cento), acima de 150.000 (cento e
cinquenta mil) e até 250.000 (duzentas e cinquenta mil)
Ufirces;
d) 8% (oito por cento), acima de 250.000 (duzentas e
cinquenta mil) Ufirces.
I. 4% (quatro por cento) sobre a parcela da base
de cálculo que não exceda a R$ 1.171.912,08;
II. 5% (cinco por cento) sobre a parcela da base de
Distrito Federal Decreto 34.982/2013
cálculo que exceda R$ 2.343.824,16;
III. 6% (seis por cento) sobre a parcela da base de
cálculo que exceda R$ 2.343.824,16.
Espírito Santo A alíquota do imposto é única de 4% (quatro por cento). Lei Estadual 10.011/2013
A alíquota do imposto é única de 4% (quatro por cento).
Aplica-se a alíquota de 2% (dois por cento) às
Goiás Lei Estadual 11.651/1991
transmissões causa mortis cuja abertura da sucessão
tenha ocorrido em data anterior a 1º de janeiro de 1967.
31
(continuação)
Estado Alíquota Regulamentação
As alíquotas do ITCMD são:
I. 1% (um por cento), caso a soma dos valores venais
não seja superior a R$ 100.000,00, respeitadas as
isenções previstas em lei;
II. 1,5% (um e meio por cento), caso a soma dos
valores venais seja superior a R$ 100.000,00 e se
estenda até R$ 300.000,00;
III. 2% (dois por cento), caso a soma dos valores
venais seja superior a R$ 300.000,00.
Em quaisquer outras hipóteses, bem como na
transmissão causa mortis, as alíquotas do imposto,
são:
Maranhão I. 3% (três por cento), caso a soma dos valores venais Lei Estadual 7.799/2002
se estenda até R$ 300.000,00;
II. 4% (quatro por cento), caso a soma dos valores
venais seja superior a R$ 300.000,00 e se estenda
até R$ 600.000,00;
III. 5% (cinco por cento), caso a soma dos valores
venais seja superior a R$ 600.000,00 e se estenda
até R$ 900.000,00;
IV. 6% (seis por cento), caso a soma dos valores
venais seja superior a R$ 900.000,00 e se estenda até
R$ 1.200.000,00;
V. 7% (sete por cento), caso a soma dos valores
venais exceda a R$ 1.200.000,00.
1. As alíquotas do imposto são as fixadas de acordo com
as diferentes faixas de escalonamento da base de
cálculo:
2. I.nas transmissões causa mortis:
3. Até 1.500 (mil e quinhentas) UPF/MT Isento
4. Acima de 1.500 (mil e quinhentas) e até 4.000 (quatro
mil) UPF/MT 2% (dois por cento)
5. Acima de 4.000 (quatro mil) e até 8.000 (oito mil)
UPF/MT 4% (quatro por cento)
Lei Estadual 7.850/2002,
6. Acima de 8.000 (oito mil) e até 16.000 (dezesseis mil)
Decreto 2.125/2003
UPF/MT 6% (seis por cento)
Mato Grosso
7. Acima de 16.000 (dezesseis mil) UPF/MT 8% (oito por
cento)
8. II. Nas doações:
9. Até 500 (quinhentas) UPF/MT Isento
10. Acima de 500 (quinhentas) e até 1.000 (mil) UPF/MT
2% (dois por cento)
11. Acima de 1.000 (mil) e até 4.000 (quatro mil) UPF/MT
4% (quatro por cento)
12. Acima de 4.000 (quatro mil) e até 10.000 (dez mil)
UPF/MT 6% (seis por cento)
Acima de 10.000 (dez mil) UPF/MT 8% (oito por cento)
I. 6% (seis por cento), na transmissão causa mortis;
Mato Grosso
II. 3% (três por cento), nas hipóteses de doação de Lei Estadual 1.810/1997
do Sul
quaisquer bens ou direitos.
A alíquota única é de 5% (cinco por cento) sobre o Lei Estadual
Minas Gerais valor de mercado dos bens ou direitos recebidos em 14.941/2003, Decreto
virtude da ocorrência de óbito ou de doação. 43.981/2005
32
(continuação)
Estado Alíquota Regulamentação
I. na transmissão causa mortis:
a) 2% (dois por cento) quando a base de cálculo for
até 15.000 (quinze mil) UPF-PA;
b) 3% (três por cento) quando a base de
cálculo for acima de 15.000 (quinze mil) até
50.000 (cinquenta mil) UPF-PA;
c) 4% (quatro por cento) quando a base de cálculo
for acima de 50.000 (cinquenta mil) até 150.000
(cento e cinquenta mil) UPF-PA;
d) 5% (cinco por cento) quando a base de cálculo for
acima de 150.000 (cento e cinquenta mil) até
Pará 350.000 (trezentos e cinquenta mil) UPF-PA; Lei Estadual 5.529/1989
e) 6% (seis por cento) quando a base de cálculo for
acima de 350.000 (trezentos e cinquenta mil) UPF- PA.
II.na transmissão por meio de doações com ou sem
encargos, a qualquer título, de bens ou de direitos:
a) 2% (dois por cento) quando a base de cálculo for
até 60.000 (sessenta mil) UPF-PA;
b) 3% (três por cento) quando a base de cálculo
for acima de 60.000 (sessenta mil) até 120.000
(cento e vinte mil) UPF-PA;
c) 4% (quatro por cento) quando a base de cálculo for
acima de 120.000 (cento e vinte mil) UPF-PA.
I. nas transmissões por causa mortis:
a) com valor até R$ 75.000,00 (setenta e cinco mil
reais), 2% (dois por cento);
b) com valor acima de R$ 75.000,00 (setenta e cinco
mil reais) e até R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil
reais), 4% (quatro por cento);
c) com valor acima de R$ 150.000,00 (cento e
cinquenta mil reais) e até R$ 290.000,00 (duzentos
e noventa mil reais), 6% (seis por cento);
d) com valor acima de R$ 290.000,00 (duzentos e
Lei Estadual 10.507/2015
noventa mil reais), 8% (oito por cento);
Lei Estadual 10.136/2013
Paraíba II.nas transmissões por doações:
Lei Estadual 9.455/2011,
a) com valor até R$ 75.000,00 (setenta e cinco mil
Lei Estadual 5.123/1989
reais), 2% (dois por cento);
b) com valor acima de R$ 75.000,00 (setenta e
cinco mil reais) e até R$ 590.000,00 (quinhentos e
noventa mil reais), 4% (quatro por cento);
c) com valor acima de R$ 590.000,00 (quinhentos
e noventa mil reais) e até R$ 1.180.000,00 (um
milhão, cento e oitenta mil reais), 6% (seis por
cento);
d) com valor acima de R$ 1.180.000,00 (um milhão,
cento e oitenta mil reais), 8% (oito por cento).
Lei Estadual 5.464/1966,
A alíquota única é de 4% (quatro por cento) para
Paraná Lei Estadual 8.927/1988,
qualquer transmissão.
Lei Estadual 18.573/2015
Alíquotas a partir de 1º de janeiro de 2016, para valor
do quinhão ou doação:
I. 1% (um por cento), na hipótese de a totalidade dos
Lei Complementar Nº
bens ou direitos transmitidos, por sujeito passivo
Pernambuco 465, de 20 de dezembro
destinatário, apresentar valor até R$ 246.552,00
de 2021
(duzentos e quarenta e seis mil, quinhentos e cinquenta
e dois reais) e desde que a solicitação do lançamento
seja realizada até 30 de junho de 2022; e
33
(continuação)
Estado Alíquota Regulamentação
II.na hipótese de a totalidade dos bens ou direitos
transmitidos, por sujeito passivo destinatário,
apresentar valor superior a R$ 246.552,00 (duzentos e
quarenta e seis mil, quinhentos e cinquenta e dois
reais):
a) 2% (dois por cento), desde que a solicitação do
lançamento seja realizada até 31 de março de 2022; e
b) 3% (três por cento), desde que a solicitação do
lançamento seja realizada de 1º de abril a 30 de junho Lei Complementar Nº
Pernambuco de 2022. 465, de 20 de dezembro
Art. 5º O benefício de redução da alíquota de que trata de 2021
o art. 4º fica condicionado:
I.à solicitação do lançamento à Secretaria da Fazenda
- SEFAZ nos prazos ali estabelecidos,
independentemente do prazo regular de 60 (sessenta)
dias previsto no § 3º do art. 9º da Lei nº 13.974, de 2009,
ficando vedado o direito ao pedido de revisão de
reavaliação de bens, de que trata o art. 55 da Lei nº
10.654, de 1991;
Para fatos geradores a partir de 22 de dezembro de
2015, as alíquotas do Imposto sobre Transmissão
Causa Mortis são de:
I. 2% (dois por cento) até 20.000 UFR-PI;
Piauí Lei Estadual 4.261/1989
II. 4% (quatro por cento) acima de 20.000 e até 500.000
UFR-PI;
III. 6% (seis por cento) acima de 500.000 UFR-PI.
Já nas transmissões por doação a alíquota é de 4%.
I. 4% (quatro por cento), para valores até 70.000 UFIR-
RJ;
II. 4,5% (quatro e meio por cento), para valores acima
de 70.000 UFIR-RJ e até 100.000 UFIR-RJ;
Lei Estadual 7.174/2015,
III. 5% (cinco por cento), para valores acima de
Lei Estadual 7.786/2017,
Rio de Janeiro 100.000 UFIR-RJ e até 200.000 UFIR-RJ;
Resolução SEFAZ
IV. 6% (seis por cento), para valores acima de 200.000
82/2017
UFIR-RJ até 300.000 UFIR-RJ;
V. 7% (sete por cento), para valores acima de 300.000
UFIR-RJ e até 400.000 UFIR-RJ; VI - 8% (oito por
cento) para valores acima de 400.000 UFIR-RJ
Rio Grande do Para fatos geradores posteriores a 29/09/2007, a Lei Estadual 5.887/1989
Norte alíquota é única de 3% (três por cento). Decreto 22.063/2010
I. 2.000 0% Lei Estadual 8.821/1989
II. 2.000 a 10.000 3%
Rio Grande do
III. 10.000 a 30.000 4%
Sul
IV. 30.000 a 50.000 5%
V acima de 50.000 6%
Novo ITDC – Fato Gerador Doação
Faixa Valor Doado (UPF-RS) Alíquota
I. até 10.000 3%
II.acima de 10.000 4%
I. 2% (dois por cento), quando a base de cálculo Lei Estadual 959/2000,
for igual ou inferior a 1.250 (mil, duzentas e Decreto 5.474/2010
cinquenta) UPF/RO;
II. 3% (três por cento), quando a base de cálculo for
Rondônia superior a 1.250 (mil, duzentas e cinquenta) e inferior
a 6.170 (seis mil, cento e setenta) UPF/RO;
III. 4% (quatro por cento), quando a base de cálculo for
igual ou superior a 6.170 (seis mil, cento e setenta)
UPF/RO
34
(conclusão)
Estado Alíquota Regulamentação
A alíquota única do imposto é de 4% (quatro por cento),
Roraima Lei Estadual 59/1993
independentemente da natureza do ato.
I. 1% x a parcela da base de cálculo até R$20 mil
II. 3% x a parcela da base de cálculo acima de R$20 mil
até R$50 mil
Santa Catarina III. 5% x a parcela da base de cálculo acima de R$50 Lei Estadual 13.136/2004
mil até R$150 mil
IV. 7% x a parcela da base de cálculo acima de R$150
mil
A alíquota única é de 4% (quatro por cento) sobre o
São Paulo Lei Estadual 10.705/2000
valor da base de cálculo.
I. 3%: acima de 200 até 2.417 UFP/SE;
Lei 7.724/ 2013, Lei
Sergipe II. 6%: acima de 2.417 até 12.086 UFP/SE;
8.729/2020
III. 8%: acima de 12.086 UFP/SE.
I. 2%, quando a base de cálculo for
superior a R$ 25.000,00 e até R$
100.000,00;
II. 4%, quando a base de cálculo for
Tocantins superior a R$ 100.000,00 e até R$ Lei 1.287/2001
500.000,00;
III. 6%, quando a base de cálculo for superior a R$
500.000,00 e até R$ 2.000.000,00; IV – 8%, quando a
base de cálculo for superior a R$ 2.000.000,00.
Fonte: LEGISWEB.47
47 LEGISWEB. São Paulo, 2022. Disponível em: https://www.legisweb.com.br. Acesso em: 15 out. 2022.
48 RIBEIRO, Maria de Fátima; BASSOLI, Marlene Kempfer. Planejamento tributário e o valor jurídico da
solidariedade. In: PEIXOTO, Marcelo Magalhães; ANDRADE, José Maria Arruda de (coord.).
Planejamento tributário. São Paulo: Editora MP, 2007. p. 133-153.
35
forma menos onerosa e lícita, encontrasse atos, normas e negócios jurídicos, sem que
haja promoção de evasão fiscal, fraude e/ou simulação de tais atos.
São assegurados como direito constitucional, a administração e o
gerenciamento dos negócios, desde que assim o faça de forma lícita e não defesa.
A Constituição Federal do Brasil (1988) tem expressamente destacado, em seu
texto, os princípios que garantem esses direitos:
Tal situação por óbvio é uma ação de maneira preventiva e adequada, visando
às possibilidades acertadas para o menor desembolso.
Este tipo de gestão do pagamento de tributos de uma empresa é também o
estudo de maneiras de reduzir legalmente a carga que incide sobre ela sendo uma
ferramenta contábil que o auxilia a pagar impostos e encontrar maneiras para otimizar
a carga de tributos, aplicando medidas legais e possibilidades negociais, sendo
coibida a prática de atos de fraude, simulação e evasão fiscal.
Gladston Mamede e Eduarda Cotta Mamede 50 apresentam que a constituição
de uma holding familiar viabiliza a antecipação do processo inventarial, permitindo que
seja conduzido pelo próprio empresário em vida. Ela permite acomodar todos os
herdeiros em uma mesma sociedade, todos em iguais condições, deixando as funções
de administração para aqueles que realmente revelarem capacidade e vocação.
Assim, com a constituição de uma holding, fica facilitada a sucessão familiar
dentro dos negócios e, caso alguém venha a falecer, as atividades da empresa não
serão prejudicadas.
Maria Berenice Dias transcreve Clovis Bevilaqua:
50 MAMEDE, Gladston. MAMEDE, Eduarda Cotta. Holding familiar e suas vantagens: planejamento
jurídico e econômico do patrimônio e da sucessão familiar. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2019.
51 DIAS, Maria Berenice. Manual das sucessões. 6. ed. Salvador: JusPodivm, 2019. p. 49.
52 BORGES, Humberto Bonavides. Gerência de impostos. São Paulo, Atlas, 2006. p. 64. Disponível
em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4242893/mod_resource/content/0/Livro%2005%20%28
BORGES%29.pdf. Acesso em: 15 fev. 2020.
37
tem a carga tributária reduzida e, com isso, o lucro se torna maior e os dividendos
distribuídos entre os sócios estão isentos de imposto de renda.
Os regimes de tributação podem ser de Lucro Presumido, Real ou Arbitrado,
sendo sujeitos à incidência das contribuições PIS/PASEP e COFINS sobre a
totalidade das receitas auferidas, sendo o gerenciamento tributário visando a que os
resultados positivos das participações societárias possam ser excluídos da receita
bruta. Com exceção da holding pura, não haverá base de cálculo para PIS/PASEP e
COFINS.
A utilização das atividades da governança corporativa, através da composição
societária, é a forma de criar uma organização para as empresas, trazendo
mecanismos para dar transparência e licitude às ações.
Quanto a esses possíveis benefícios tributários, Juliana Paola Avilla Petrin e
Ricardo Pereira Rios53 explicam que:
E ainda:
53 PETRIN, Juliana Paola Avilla; RIOS, Ricardo Pereira. A holding e o processo da sucessão familiar:
um estudo de caso em uma empresa familiar. Revista Eletrônica Gestão e Negócios, São Roque,
v. 5, n. 1, 2014. Disponível em: http://docs.uninove.br/ arte/fac/publicacoes_pdf/administracao/
v5_n1_2014/Juliana.pdf. Acesso em: 04 nov. 2022.
54 PETRIN, Juliana Paola Avilla; RIOS, Ricardo Pereira. A holding e o processo da sucessão familiar:
um estudo de caso em uma empresa familiar. Revista Eletrônica Gestão e Negócios, São Roque,
v. 5, n. 1, p. 9, 2014. Disponível em: http://docs.uninove.br/ arte/fac/publicacoes_pdf/administracao/
v5_n1_2014/Juliana.pdf. Acesso em: 04 nov. 2022.
38
55 DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro: direito das sucessões. 18 ed. São Paulo:
Saraiva, 2004. p. 50.
56 DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro: direito das sucessões. 18 ed. São Paulo:
E ainda:
59 PACHECO, José da S. Inventários e partilhas: na sucessão legítima e testamentária. 20. ed. São
Paulo: Grupo GEN, 2018. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/
.
9788530977436/. Acesso em: 03 maio 2022.
60 PACHECO, José da S. Inventários e partilhas: na sucessão legítima e testamentária. 20. ed. São
jurídico e econômico do patrimônio e da sucessão familiar. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2019.
40
Vistos esses aspectos, a holding familiar pode ser uma opção crível a esses
problemas, pois como tem papel centralizado, organizando todas as sociedades
cooperadas, utilizando postura salutar, visando às melhores práticas tributárias,
permite que erros sejam minorados e até mesmo preventivamente evitados, pois
assim todas as sociedades terão que seguir suas recomendações, e não ficam à
mercê ideológica do administrador das cooperadas, evitando-se o pagamento de
tributos indevidos e consequentes prejuízos, de modo que com a organização e
controle operacional pela holding familiar, possíveis benefícios tributários poderão ser
aproveitados.68
67 MAMEDE, Gladston; MAMEDE, Eduarda Cotta. Holding familiar e suas vantagens: planejamento
jurídico e econômico do patrimônio e da sucessão familiar. 11 ed. São Paulo: Atlas, 2019.
68 MAMEDE, Gladston; MAMEDE, Eduarda Cotta. Holding familiar e suas vantagens: planejamento
jurídico e econômico do patrimônio e da sucessão familiar. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2017. p. 104.
42
69 BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Brasília, DF: Presidência
da República, 2002. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm.
Acesso em: 25 abr. 2022.
70 LODI, Edna Pires; LODI, João Bosco. Holding. 4. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2011.
71 CARVALHO, Modesto. Comentários à lei de sociedades anônimas: arts. 243 a 300. 5. ed. São
tipificações: (i) sociedade simples, (ii) sociedade em nome coletivo, (iii) sociedade em
comandita simples, (iv) sociedade limitada e (v) sociedade cooperativa.
Pertinente se faz em ressaltar que não há qualquer limitação ou determinação
sobre a natureza jurídica de uma holding. Desta maneira, essas sociedades podem
possuir a natureza simples ou empresária e, dependendo do tipo societário que
melhor convir aos participantes, poderão ser registradas perante a Junta Comercial
ou perante o Cartório de Pessoas Jurídicas.
Quanto ao local de registro, o Código Civil assim define em seu art. 1.15073:
72 ARAUJO, Elaine Cristina de; Rocha JUNIOR, Arlindo Luiz. Holding visão societária, contábil e
tributária. 2 ed. São Paulo: Freitas Bastos, 2021.
73 BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Brasília, DF: Presidência
da República, 2002. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406
compilada.htm. Acesso em: 25 abr. 2022.
44
ou no estatuto. O valor disposto por cada sócio para compor o capital social deve ser
expresso em moeda corrente do local onde será registrado o contrato social ou o
estatuto, atendendo-se aos princípios da: realidade (ou subscrição integral), da
intangibilidade, da fixidez (ou variabilidade condicionada) e da publicidade.74
Visto isso, deve-se estar atento ao instituto da subscrição, que é o ônus que
cada sócio se comprometeu a investir na sociedade e, assim, integralizar o capital
social. O sócio pode assumir um ou mais títulos (quotas ou ações). Como esses títulos
correspondem a uma parcela do capital social, se não forem transferidos à sociedade
no ato da assinatura do contrato ou estatuto social, isto deve ocorrer posteriormente
na forma e no prazo estipulado pelo contrato ou estatuto.75
A integralização do capital social não precisa ocorrer apenas por dinheiro, mas
por qualquer tipo de bem ou expressão econômica a que possa ser atribuído um valor
proveniente da moeda em curso no país. Em certos casos, como na sociedade em
nome coletivo, sociedade simples e sociedade em comandita simples, permite-se que
a integralização ocorra por meio de prestação de serviço.
Gladston Mamede e Eduarda Cotta Mamede falando sobre o tema da
subscrição e integralização de capital definem:
74 MAMEDE, Gladston; MAMEDE, Eduarda Cotta. Holding familiar e suas vantagens: planejamento
jurídico e econômico do patrimônio e da sucessão familiar.11. ed. São Paulo: Atlas, 2019. p. 111.
75 MAMEDE, Gladston; MAMEDE, Eduarda Cotta. Holding familiar e suas vantagens: planejamento
jurídico e econômico do patrimônio e da sucessão familiar.11. ed. São Paulo: Atlas, 2019. p. 111.
76 MAMEDE, Gladston; MAMEDE, Eduarda Cotta. Holding familiar e suas vantagens: planejamento
jurídico e econômico do patrimônio e da sucessão familiar.11. ed. São Paulo: Atlas, 2019. p. 121.
45
77 MAMEDE, Gladston; MAMEDE, Eduarda Cotta. Holding familiar e suas vantagens: planejamento
jurídico e econômico do patrimônio e da sucessão familiar. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2017. p. 119.
78 MAMEDE, Gladston; MAMEDE, Eduarda Cotta. Holding familiar e suas vantagens: planejamento
jurídico e econômico do patrimônio e da sucessão familiar. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2017. p. 121.
79 MAMEDE, Gladston; MAMEDE, Eduarda Cotta. Holding familiar e suas vantagens: planejamento
jurídico e econômico do patrimônio e da sucessão familiar. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2017. p. 122.
46
De acordo com Elaine Cristina de Araújo e Arlindo Luiz Rocha Junior, os grupos
societários são:
De acordo com Elaine Cristina de Araújo e Arlindo Luiz Rocha Junior, não há
impedimento para que a holding constitua um grupo de sociedades desde que
formalizadas:
80 ARAÚJO, Elaine Cristina de; ROCHA JUNIOR, Arlindo Luiz. Holding visão societária, contábil e
tributária. 2. ed. São Paulo: Freitas Bastos, 2021.p. 29.
81 CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE (CFC). Resolução do Conselho Federal de
Contabilidade - CFC nº 1.282 de 28 de maio 2010. Brasília, DF: CFC, 2010. Disponível em:
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/respcaocfc1282_2010.htm. Acesso em: 25 abr. 2022.
82 COELHO, Fábio Ulhoa. Manual de direito comercial direito de empresa. 28. ed., São Paulo:
Saraiva. 2016. Disponível em: http://solicitacao.com.br/files/conteudo/30/manual-de-direito-
comercial-direito-de-empresa-28-ed.-2016-fabio-ulhoa-coelho.pdf. Acesso em: 25 abr. 2022.
47
83 ARAÚJO, Elaine Cristina de; ROCHA JUNIOR, Arlindo Luiz. Holding visão societária, contábil e
tributária. 2. ed. São Paulo: Freitas Bastos, 2021. p.29-30.
48
Daniele Chaves (coord.). Arquitetura do planejamento sucessório. 2. ed. Belo Horizonte: Fórum,
2019. 303 p.
86 WARD, John. Seis desafios de qualquer empresa familiar. São Paulo: HSM Experience, 2014.
50
87 MARQUES, Marcus. Pontos positivos e negativos de uma empresa familiar. [S. l.], dez. 1996.
Disponível em: http://marcusmarques.com.br/empreendedorismo/pontos-positivos-negativos-
empresa-familiar/. Acesso em: 13 ago. 2022.
88 MAMEDE, Gladston; MAMEDE, Eduarda Cotta. Empresas familiares: o papel do advogado na
administração, sucessão e prevenção de conflitos entre sócios. 2. ed. São Paulo: Grupo GEN, 2014.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books /9788522487080/. Acesso em: 19
ago. 2022.
89 PRADO, Roberta Nioac; PEIXOTO, Daniel Monteiro; SANTI, Eurico Marcos Diniz de. Estratégias
societárias, planejamento tributário e sucessório. São Paulo: Saraiva, 2011. p. 268.
51
96 AZEVEDO, Helder D. Empresa de família: uma abordagem prática e humana para a conquista da
longevidade. São Paulo: Saint Paul, 2020. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br
/#/books/9786586407136/. Acesso em: 16 set. 2022.
97 SILVA, Edson Cordeiro da. Governança corporativa nas empresas: guia prático de orientação para
98 VIEIRA, James Batista; BARRETO, Rodrigo Tavares de Souza. Governança, gestão de riscos e
integridade. Brasília, DF: Enap, 2019. Disponível em: https://repositorio.enap.gov.br/bitstream/1/
4281/1/5_Livro_Governan%C3%A7a%20Gest%C3%A3o%20de%20Riscos%20e%20Integridade.p
df. Acesso em: 23 set. 2022.
99 RICCA, Domingos. Da empresa familiar à empresa profissional. São Paulo: Editora CL. 1998.
100 LODI, João Bosco. A empresa familiar. 5. ed. São Paulo: Pioneira, 1998.
101 DRUCKER, Peter Ferdinand. O melhor de Peter Drucker: a administração. Tradução de Arlete
103 MANZI, Vanessa A. Compliance no Brasil: consolidação e perspectivas. São Paulo: Saint Paul,
2008.
104 MANZI, Vanessa A. Compliance no Brasil: consolidação e perspectivas. São Paulo: Saint Paul,
2008.
105 RICCA, Domingos. Da empresa familiar à empresa profissional. São Paulo: Editora CL, 1998.
106 LODI, João Bosco. A empresa familiar. São Paulo: Livraria Pioneira, 1978.
56
107 LODI, João Bosco. A empresa familiar. São Paulo: Livraria Pioneira, 1978.
108 MILLER, Danny; LE BRETON-MILLER, Isabelle. Managingfor thelongrun: lessons in competitive
advantage from great family business. Boston: Harvard Business School Press, 2005. Disponível em:
https://www.google.com.br/books/edition/Handbook_of_Research_on_Entrepreneurial/RfyRDw AAQ
BAJ?hl=pt-BR&gbpv=1&dq=Managing+for+thelongrun:+lessons+in+competitive+advantage+from+
great+family+business&pg=PA511&printsec=frontcover. Acesso em: 12 out. 2022.
57
A estruturação de regras, visando a impedir a conduta conflitiva que mais podem lesar
a sociedade, como sendo a formulação clara do planejamento tributário, tendo assim a
solução de conflito de interesses na abertura de uma eventual sucessão.
Conrado Paulino da Rosa transcreve Daniela Chaves Teixeira 116. Aponta duas
dificuldades principais para a efetivação do planejamento sucessório no Brasil:
113 ANDRADE FILHO, Edmar Oliveira. Imposto de renda das empresas. São Paulo: Atlas, 2007.
114 GRECO, Marco Aurélio. Planejamento fiscal e interpretação da lei tributária. São Paulo:
Dialética, 1998. p. 121.
115 MAMEDE, Gladston; MAMEDE, Eduarda Cotta. Holding familiar e suas vantagens: planejamento
jurídico e econômico do patrimônio e da sucessão familiar. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2019. p. 123.
116 ROSA, Conrado Paulino da. Planejamento sucessório: teoria e prática. Salvador: JusPodivm,
2022. p.36-37.
59
119 DUTRA, Joel S.; DUTRA, Tatiana A. Gestão do processo sucessório: preservando o negócio e a
estratégia. São Paulo: Grupo GEN, 2016. E-book. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.
com.br/#/books /9788597007572/. Acesso em: 19 ago. 2022.
120 MAMEDE, Gladston; MAMEDE, Eduarda Cotta. Holding familiar e suas vantagens: planejamento
jurídico e econômico do patrimônio e da sucessão familiar. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2017.
121 GRECO, Marco Aurélio. Planejamento tributário. São Paulo: Dialética, 2008. p. 117.
122 BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília,
123 TEIXEIRA, João Alberto Borges. Holding familiar. Tipo societário e seu regime de tributação. Revista
Tributária e de Finanças Públicas, São Paulo, v. 85, p. 242, mar./abr. 2009.
62
124 YOUNG, Lúcia Helena Briski. Planejamento tributário. 4. ed. Curitiba: Juruá, 2008. p. 123.
125 MAMEDE, Gladston; MAMEDE, Eduarda Cotta. Holding familiar e suas vantagens: planejamento
jurídico e econômico do patrimônio e da sucessão familiar. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2017. p. 103.
126 VALENTIN, Jefferson. Holdings: estudo sobre evasão fiscal no planejamento sucessório. 1. ed. São
Onde:
A = Aviamento
LM = Lucro Médio
i = Taxa de Risco= período considerado para a Perspectiva de Lucro
Futuro
Parágrafo único. O aviamento não será acrescido ao Patrimônio
Líquido Ajustado quando:
I - for sociedade simples ou empresário individual sem natureza de
estabelecimento empresarial;
II - adiantamento para futuro aumento de capital;
III - empréstimo do passivo não-circulante, em que o contribuinte seja
credor para com a sociedade empresária;
64
127 GOIÁS. Secretaria da Fazenda. Instrução normativa GSF nº 1.191, de 02/10/2014. Estabelece
procedimentos de apuração, fiscalização e arrecadação do Imposto sobre a Transmissão Causa
Mortis e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos - ITCD e dispõe sobre a Declaração do ITCD causa
mortis e doação. Disponível em https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=275534#:~:text=
Estabelece%20procedimentos%20de%20apura%C3%A7%C3%A3o%2C%20fiscaliza%C3%A7%
C3%A3o,ITCD%20causa%20mortis%20e%20doa%C3%A7%C3%A3o, Acesso em:11out. 2022
128 FLORIANI, Oldoni Pedro; RODRIGUES, Leonel Cezar. Sucessão empresarial: processo sucessório
em empresas familiares. Anais do I. IGEPE, [S. l.], p. 307-308, out. 2000. Disponível em:
https://www.igepe.org.mz/. Acesso em: 11 out. 2022.
65
129 VENTURA, Luciano Carvalho. A empresa e a sucessão. In: Patrimônio e sucessão. Como garantir
os herdeiros e os negócios. São Paulo: Maltese, 1993, p. 121.
130 COLLI, Nicolli A. Gestão patrimonial: aspectos tributários. Lisboa: Grupo Almedina, 2021. Disponível
Dito isso, cabe destacar que, nos termos preceituados na Lei nº 9.249/1995133,
em que elucida que é permitido às pessoas físicas transferir à pessoa jurídica bens e
direitos que poderão ser avaliados, tomando-se por base o valor constante da
Declaração de Bens ou pelo valor de mercado, no tocante à integralização do capital
social de uma sociedade empresarial.
A formação de uma sociedade objetivando a redução da carga tributária e como
lucro, os rendimentos resultantes do capital investido, constituição de benefício fiscal
quando na opção da constituição de uma holding para gestão do patrimônio familiar
no que se repercute ao retorno de capital de seus sócios sob a forma de lucros e
dividendos, os quais não têm tributação pelo Imposto de Renda, consoante disposto
na Lei nº 9.249/1995134.
Alguns tributos incidentes no processo de inventário ou testamento, por meio
da constituição da holding, podem ser evitados ou amenizados. Entre esses tributos,
estão o Imposto sobre a Transmissão de Bens e Imóveis (ITBI), já que a transmissão
é feita mediante a integralização de capital e bens e direitos e ainda há outros
benefícios, como a ausência de incidência das taxas judiciárias, em virtude da
jurídicas, bem como da contribuição social sobre o lucro líquido, e dá outras providências. Brasília,
DF: Presidência da República, 1995. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/
l9249.htm. Acesso em: 09 out. 2022.
134 BRASIL. Lei nº 9.249, de dezembro de 1995. Altera a legislação do imposto de renda de pessoas
jurídicas, bem como da contribuição social sobre o lucro líquido, e dá outras providências. Brasília,
DF: Presidência da República, 1995. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/
l9249.htm. Acesso em: 09 out. 2022.
67
135 PETRIN, Juliana Paola Avilla; RIOS, Ricardo Pereira. A holding e o processo da sucessão familiar:
um estudo de caso em uma empresa familiar. Revista Eletrônica Gestão e Negócios, São Roque,
v. 5, n. 1, p. 10 2014. Disponível em: http://docs.uninove.br/arte/fac/publicacoes_pdf/administracao/
v5_n1_2014/Juliana.pdf. Acesso em: 04 nov. 2022.
136 LAURINDO, Deise Saccaro. Munidade tributária do ITBI e os reflexos do tema 796 de repercussão
geral. RDT, Revista Direito Tributário Atual, São Paulo, n. 47, 2021. Disponível em:
https://ibdt.org.br/RDTA/imunidade-tributaria-do-itbi-e-os-reflexos-do-tema-796-de-repercussao-
geral/. Acesso em: 07 nov. 2022.
137 BRASIL. Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966. Dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional e
institui normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, Estados e Municípios. Brasília, DF:
Presidência da República, 1966. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/
l5172compilado.htm. Acesso em: 04 nov. 2022.
138 BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília,
Nesse mesmo interim, a nossa Carta Magna descreve, em seu artigo156, § 2°,
inciso I139, os motivos para a não incidência do imposto de transmissão devido.
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:
Ademais, ainda o artigo 36, inciso III do Código Tributário Nacional, esclarece
que não existe a incidência do referido imposto no caso de incorporação de patrimônio
em que o dono do imóvel seja sócio ou dono da empresa ora constituída, como
podemos certificar abaixo:
139 BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF:
Presidência da República, 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/Constituicao/
Constituiçao.htm. Acesso em: 07 nov. 2022.
140 BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF:
institui normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, Estados e Municípios. Brasília, DF:
Presidência da República, 1966. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5172
compilado.htm. Acesso em: 04 nov. 2022.
69
Entendendo assim que este valor que integralizaria o capital social da empresa
equipara-se, conforme o Direito Contábil, ao valor adicional, então sendo assim, seria
encarado como reserva de capital, o que está previsto no artigo 182, § 1°, alínea "a”,
da Lei 6.404/76, especificamente no patrimônio líquido.
Com este entendimento dado pelo STF em seu julgamento, que não há
qualquer exceção que permita a não incidência do ITBI sobre o valor excedente do
bem incorporado, ainda que a única ressalva feita no artigo 156, § 2, I, da Constituição
Federal, refira-se exclusivamente aos casos de fusão, incorporação, cisão e extinção,
ou seja, a única ressalva feita não se aplica aos casos de operações societárias
envolvendo a incorporação de bens ao patrimônio da pessoa jurídica em realização
de capital.
Nesse diapasão, como esclarecem Paula S. O. Braga, Rafael A. de Oliveira e
Fredie Didier Jr., “as razões de decidir do precedente é que operam a vinculação:
142 BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Recurso extraordinário 796.376 Santa Catarina. Recorrente:
Lusframa Participações Societárias Ltda. Recorrido: Município de São João Batista. Intimados:
Associação Brasileira das Secretarias de Finanças das Capitais Brasileiras – ABRASF. Relator: Min.
Marco Aurélio. Redator do Acórdão: Min. Alexandre de Moraes. 05 ago. 2020. Disponível em: https://
redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=753582490. Acesso em: 06 nov. 2022.
70
extrai-se da ratio decidendi, por indução, uma regra geral que pode ser aplicada a
outras situações semelhantes.143
Ante todo o exposto, extrai-se da legislação que realmente a integralização de
capital à empresa está imune até o limite de sua integralização, não sendo extensiva
sobre o valor que seja superior a este.
143 BRAGA, Paula Sarno; OLIVEIRA, Rafael Alexandria de; DIDIER JR., Fredie. Curso de direito
processual civil: teoria da prova, direito probatório, ações probatórias, decisão, precedente, coisa
julgada e antecipação dos efeitos da tutela. 11. ed. Salvador: JusPodivm, 2016. v. 2, p. 460.
Disponível em: https://ibdt.org.br/RDTA/imunidade-tributaria-do-itbi-e-os-reflexos-do-tema-796-de-
repercussao-geral/. Acesso em: 07 nov. 2022.
144 HUGO, Maicon Guedes. Norma geral antielisiva e sua regulamentação. [S. l.], jun. 2006.
146 BRASIL. Lei complementar nº 104, de 10 de janeiro de 2001. Altera dispositivos da Lei nº 5.172,
de 25 de outubro de 1966 - Código Tributário Nacional. Brasília, DF: Presidência da República, 2001.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br /ccivil_03/leis/lcp/lcp104.htm. Acesso em: 14 out. 2022.
147 GRECO, Marco Aurélio. Planejamento fiscal e interpretação da lei tributária. São Paulo:
148 MELO, José Eduardo Soares de. Curso de direito tributário. 10. ed. São Paulo: Dialética,2012. p. 47.
149 PAULSEN, Leandro. Direito tributário: constituição e código tributário à luz da doutrina e da
jurisprudência. 12. ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2010. p. 914-915.
150 MALAQUIAS, Claudemir Rodrigues. Legitimidade do planejamento tributário: critérios. In: MALAQUIAS,
151 FURLAN, Anderson. Planejamento fiscal no direito brasileiro. São Paulo: Grupo GEN, 2011.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-309-4211-3/. Acesso em:
24 ago. 2022.
152 LOPES, Mariana. A inaplicabilidade do parágrafo único do artigo 116 do código tributário
nacional como norma geral antielisiva. [S. l.], 2013. Disponível em: http://www3.pucrs.br/
pucrs/files/uni/poa/direito/graduacao/tcc/tcc2/trabalhos2013_1/mariana_lopes.pdf. Acesso em: 15
jul. 2022.
74
Em relação à Evasão, que também não deixa de ser uma forma de economia
de tributos, com o contraponto de que essa economia se dá às margens da lei, de
forma fugitiva, com a violação à lei, Jeberton Dalmora153 assim preceitua:
153 DALMORA, Jeberton. A norma antielisiva do parágrafo único do artigo 116 do código tributário
nacional como norma antievasão. Âmbito Jurídico, Rio Grande, ano 18, n. 135, 2015. Disponível
em: http://ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_ id=15946. Acesso em:
18 ago. 2022.
154 FURLAN, Anderson. Planejamento fiscal no direito brasileiro. São Paulo: Grupo GEN, 2011.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-309-4211-3/. Acesso em:
24 ago. 2022.
75
155 FURLAN, Anderson. Planejamento fiscal no direito brasileiro. São Paulo: Grupo GEN, 2011.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-309-4211-3/. Acesso em:
24 ago. 2022.
156 CAMPOS, C. A. A. et al. Interpretação do sistema constitucional tributário. In: QUEIROZ, Luís Cesar
Souza de; ABRAHAM, Marcus; CAMPOS, Carlos Alexandre de Azevedo (org.). Estado fiscal e
tributação. 1. ed. Rio de Janeiro: Editora GZ, 2015.
76
o brocardo nullum crimen, nulla poena sine lege tem o seu equivalente
no Direito Tributário: nullum tributum sine lege. Da mesma forma, pois,
que no Direito Penal o princípio da tipicidade surgiu corno uma técnica
de proteção dos cidadãos contra os poderes decisórios do juiz, ele
revelou-se no Direito Tributário como instrumento de defesa dos
particulares em face do arbítrio da Administração. O princípio da
tipicidade não é, ao contrário do que já uns sustentaram, um princípio
autônomo do da legalidade: antes é a expressão mesma deste
princípio quando se manifesta na forma de uma reserva absoluta de
lei, ou seja, sempre que se encontra construído por estritas
considerações de segurança jurídica.
157 CAMPOS, C. A. A. et al. Interpretação do sistema constitucional tributário. In: QUEIROZ, Luís Cesar
Souza de; ABRAHAM, Marcus; CAMPOS, Carlos Alexandre de Azevedo (org.). Estado fiscal e
tributação. 1. ed. Rio de Janeiro: Editora GZ, 2015.
158 BRASIL. Lei complementar nº 104, de 10 de janeiro de 2001. Altera dispositivos da Lei nº 5.172,
Nacional, incluído pela LC nº 104/01 em 1º de abril de 2022. Consultor Jurídico, [S. l.], 1 abr. 2022.
Disponível em https://www.conjur.com.br/dl/adi-2446-voto-dias-toffoli.pdf. Acesso em 13 out. 2022.
160 XAVIER, Alberto. Os princípios da legalidade e da tipicidade da tributação. São Paulo: Revista
161 MACHADO, Hugo de Brito. Curso de direito tributário. 11. ed. São Paulo: Malheiros, 1996. p. 89-90.
78
162 VOTO Vista Ministro Dias Toffoli. Referente ao parágrafo único ao Art. 116 do Código Tributário
Nacional, incluído pela LC nº 104/01 em 1º de abril de 2022. Consultor Jurídico, [S. l.], 1 abr. 2022.
Disponível em https://www.conjur.com.br/dl/adi-2446-voto-dias-toffoli.pdf. Acesso em 13 out. 2022.
163 GRECO, Marco Aurélio. O planejamento tributário e a lei complementar 104. São Paulo:
Dialética, 2001. p. 183-204.
79
164 VOTO Vista Ministro Dias Toffoli. Referente ao parágrafo único ao Art. 116 do Código Tributário
Nacional, incluído pela LC nº 104/01 em 1º de abril de 2022. Consultor Jurídico, [S. l.], 1 abr. 2022.
Disponível em https://www.conjur.com.br/dl/adi-2446-voto-dias-toffoli.pdf. Acesso em 13 out. 2022.
165 TORRES, Ricardo Lobo. Planejamento tributário: elisão abusiva e evasão fiscal. Rio de Janeiro,
Nacional, incluído pela LC nº 104/01 em 1º de abril de 2022. Consultor Jurídico, [S. l.], 1 abr. 2022.
Disponível em https://www.conjur.com.br/dl/adi-2446-voto-dias-toffoli.pdf. Acesso em 13 out. 2022.
167VOTO Vista Ministro Dias Toffoli. Referente ao parágrafo único ao Art. 116 do Código Tributário
Nacional, incluído pela LC nº 104/01 em 1º de abril de 2022. Consultor Jurídico, [S. l.], 1 abr. 2022.
Disponível em https://www.conjur.com.br/dl/adi-2446-voto-dias-toffoli.pdf. Acesso em 13 out. 2022.
80
168 SZINWELSKI, Fábio João. Norma geral antielisiva: conceito, características, constitucionalidade,
regulamentação e aplicação no direito brasileiro. Jus, [S. l.], 22 nov. 2010. Disponível em:
https://jus.com.br/artigos/17876/norma - geral - antielisiva - conceito - características -
constitucionalidade-regulamentacao-e-aplicacao-no-direito-brasileiro/3. Acesso em: 07 nov. 2022.
169 BRASIL. Lei nº 7.450, de 23 de dezembro de 1985. Altera a legislação tributária federal e dá outras
outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 1988. Disponível em: http://www.
planalto.gov.br/CCivil_03/leis/L7713.htm. Acesso em: 07 nov. 2022.
81
Qualquer que seja a posição que se adote, tem-se de admitir que uma
norma geral antielisão nada mais é do que um reforço aos poderes da
Administração Pública. Se colocada em texto de lei complementar
pode ter sua constitucionalidade contestada, pois colide com o
princípio da legalidade que tem com um de seus desdobramentos
essenciais a tipicidade, vale dizer, a exigência de definição, em lei, da
situação específica cuja concretização faz nascer o dever de pagar
tributo.171
171 MACHADO, Hugo de Brito. A norma antielisão e o princípio da legalidade - análise crítica do
parágrafo único do art. 116 do CTN. In: ROCHA, Valdir de Oliveira. (org.). O planejamento
tributário e a lei complementar 104. São Paulo: Dialética, 2002. p. 111. Disponível em:
http://www.fiscosoft.com.br/main_online_frame.php?home=federal&secao=2&secao=2&
amp;page=index.php?PID=147685. Acesso em: 09 nov. 2022.
172 MAMEDE, Gladston; MAMEDE, Eduarda Cotta. Holding familiar e suas vantagens: planejamento
jurídico e econômico do patrimônio e da sucessão familiar. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2017. p. 104.
82
6 CONCLUSÃO
desgastes entre entes familiares que possam ocorrer com a abertura da sucessão,
bem como o planejamento tributário, especialmente quanto à incidência do ITBI,
ITCMD e IR, apresentando a tabela de incidência do ITCMD por estados da federação
e assim partindo da premissa de que a utilização de controle operacional com a
flexibilização e utilização da governança corporativa como instrumento jurídico para
estruturar o planejamento sucessório e também organização familiar assume práticas
administrativas mais racionais, modernas e menos personalizadas; a adoção de
determinado a substituição de métodos intuitivos por métodos racionais.
Permitiu verificar que a constituição de holding em empresa familiar pode se
mostrar como opção para solucionar problemas de cunho sucessório e amenizar a
carga tributária e, assim, no terceiro capítulo, o presente estudo assegura que o
planejamento tributário através de alternativas válidas, de situações fáticas ou jurídicas
traz a redução ou eliminação do ônus tributário, respeitados os limites da ordem jurídica,
com qualidade e eficiência efetuando-se a realização de um planejamento
patrimonial/tributário lícito e não defeso, evitando a alegação da Autoridade Fiscal do
uso indevido e/ou fraudulento da holding familiar. Será analisada a Norma Geral
Antielisiva, introduzida em nosso ordenamento jurídico pela Lei Complementar nº
104/2001 que acrescentou o parágrafo único ao artigo 116 do Código Tributário
Nacional.
É demonstrada, através desta pesquisa, a importância da utilização adequada
do planejamento patrimonial, que poderá dinamizar a redução de custos e despesas,
especificando a economia tributária.
Permitiu verificar que a utilização de prática de governança corporativa no
processo sucessório, por meio de decisões esclarecidas e participativas, elide riscos
e conflitos que poderiam existir no futuro, assim realizando a transmissão do
patrimônio de forma tranquila, segura e lÍcita. O objetivo deste estudo foi frutífero ao
estabelecer quais os critérios jurídicos e administrativos que se fazem necessários
para se aferir a legitimidade dos esquemas de planejamento patrimonial sucessório a
fim de criar uma análise objetiva, com a verificação do seu propósito negocial, ou seja,
na verificação da correspondência entre a finalidade econômico-social e a declaração
de vontade. Assim, o presente estudo aferiu a legitimidade de um planejamento
sucessório, a criação de sociedade empresarial, com a constituição de uma holding,
analisando o negócio jurídico nos planos de existência e validade trazendo economia
no processo sucessório, patrimonial e tributário.
92
holding familiar, traz benefícios seja na área familiar, tributária e/ou administrativa. Os
benefícios não se estagnam somente nas famílias e seus patrimônios; possui como
premissa o papel econômico e social, garantindo a estabilidade e a existência das
empresas familiares, assegurando o desenvolvimento econômico, aplicando regras
do direito societário nas relações sociofamiliares, inclusive tendo como entrega a
elaboração de uma cartilha didática com o propósito de solucionar ou minimizar
dúvidas sobre questões relacionadas à formação de holding como instrumento
sucessório, patrimonial e tributário .
94
REFERÊNCIAS
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decisão, precedente, coisa julgada e antecipação dos efeitos da tutela. 11. ed.
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