TCC2 - Jéssica e André - Defesa 16 Junho
TCC2 - Jéssica e André - Defesa 16 Junho
TCC2 - Jéssica e André - Defesa 16 Junho
BRASIL, André 1
FRISANCO, Jéssica2
FILHO, Carlos Roberto da Silva3
OLIVEIRA, Solange Alves Costa Andrade de4
RESUMO
A crescente preocupação com o consumo de energia elétrica somado ao aumento no uso da tecnologia
transformou o gerenciamento de energia elétrica um tema essencial para as empresas, sendo um meio de
controlar gastos e eliminar desperdícios. Tendo em vista essa necessidade, foram criadas normas e leis
para auxiliar as empresas na hora de criar e executar ações com foco na melhoria do consumo energético,
assim como o presente trabalho se apoia nos conceitos da norma NBR ISO 50001:2018 que aborda as
diretrizes para a elaboração e operação de um sistema de gerenciamento de energia, bem como as
Comissões Internas de Conservação de Energia (CICE). Levando isso em consideração, o objetivo deste
trabalho é fazer o estudo de gerenciamento de energia elétrica com foco no consumo eficiente em uma
empresa do ramo automotivo em Joinville. Dentro dos tópicos desenvolvidos, foram obtidos resultados
significativos técnica e financeiramente, contribuindo com a melhoria do desempenho energético e
gerando redução de gastos financeiros da empresa, tornando o presente estudo viável.
ABSTRACT
The growing concern with the consumption of electric energy, added to the increase in the use of
technology, has made the management of electric energy an essential issue for companies, as a means of
controlling expenses and eliminating waste. In view of this need, norms and laws were created to help
companies when creating and executing actions focused on improving energy consumption, as well as this
work is based on the concepts of the NBR ISO 50001:2018 standard, which addresses the guidelines for
the preparation and operation of a management and Internal Energy Conservation Commissions (CICE).
Considering this, the objective of this work is to study electric energy management with a focus on efficient
consumption in an automotive company in Joinville. Within the developed topics, technically and financially
significant results were obtained, contributing to the improvement of energy performance and generating a
reduction in the company's financial expenses, making this study viable.
1. INTRODUÇÃO
Atualmente dentro das indústrias, com o aumento da tecnologia, grande parte dos
processos foram automatizados, gerando um grande consumo de energia elétrica e
consequentemente um aumento na tarifa de energia. A partir desse fato, o
gerenciamento de energia ganhou enorme importância no cenário industrial, sendo que
uma das principais barreiras para otimização da eficiência energética está no
desconhecimento do consumo individual das principais fontes de consumo de energia
elétrica (ANEEL, 2016).
Tendo isso em vista, o primeiro passo de qualquer trabalho em eficiência
energética é o levantamento de dados, que inclui identificar as cargas instaladas como
premissa para poder controlá-las e aplicar medidas de consumo eficiente e economia de
energia.
Para realizar esse processo, que deve ser contínuo e robusto, pode-se contar com o
auxílio da NBR ISO 50001, que é a responsável por fornecer material de apoio sobre a
política do gerenciamento de energia elétrica no Brasil. A norma possui fundamentos
para a prática de ações voltadas para o controle de energia e melhorias na forma de
consumo, possibilitando a criação de planos de ação focados na melhoria contínua
(ABNT, 2011).
Com isso, o objetivo do trabalho é realizar um estudo de viabilidade de diminuição
do valor da fatura de energia elétrica em uma empresa do ramo automotivo de Joinville
o qual buscará propor alternativas para o consumo eficiente de energia, fazendo análise
e proposta de melhoria das principais cargas, gerenciamento das cargas instaladas e
sugestão de melhorias no consumo de energia.
Tendo como objetivos específicos:
a) Levantamento das principais cargas instaladas;
b) Levantamento de proposta de distribuição das cargas instaladas;
c) Levantamento dos principais requisitos para atendimento da NBR ISO 50001;
d) Análise e proposta de melhorias de eficiência energética das principais cargas;
e) Análise e proposta de melhoria em relação a fatura de energia;
f) Sugestão de melhoria de consumo de energia visando eliminar desperdícios;
g) Cálculo do payback do projeto.
3
2. REFERENCIAL TEÓRICO
índice de fator de potência seja menor que o estipulado pela norma, serão cobradas
multas pela energia reativa excedente de acordo com o plano tarifário vigente (VIANA et
al, 2012).
3. DESENVOLVIMENTO
Para poder realizar qualquer tipo de melhoria com foco em eficiência energética,
é necessário conhecer as cargas instaladas na fábrica. Desse modo, é possível
dimensionar o consumo, calcular a demanda e visualizar os pontos de desperdício de
energia.
Para realização do presente trabalho, foi realizado um levantamento das
principais cargas elétricas da empresa em estudo, utilizando uma metodologia que
incluiu uma visita na fábrica, definindo uma tipologia para elas e considerando a potência
fornecida pelos fabricantes de cada equipamento. Após a coleta de dados, foi possível
elaborar a Tabela 1 abaixo:
Por meio do gráfico acima, é visível que as linhas de solda, tanto manuais quanto
automáticas, são responsáveis por mais da metade da carga instalada na empresa. Além
disso, essas cargas possuem uma característica indutiva, fazendo com que haja uma
energia reativa durante o regime de trabalho. Essa energia reativa quando excedente,
pode acarretar em multas, que por sua vez são consideradas desperdícios, porém essa
energia reativa pode ser corrigida, como será mostrado nos capítulos adiante.
Perante estes resultados uma sugestão mais simples seria remanejar todas as
cargas para um único transformador, fazendo com que os outros três pudessem ser
desligados, gerando uma economia de energia e também na vida útil dos equipamentos.
Porém deixar três transformadores desligados, causa um outro problema, pois quando
estão fora de funcionamento, alguns componentes podem sofrer avarias por estarem
parados, como exemplo, as buchas podem ressecar ou os barramentos podem oxidar,
que são situações que oferecem risco ao equipamento durante uma possível religação.
Portanto, pensando nessas situações, foi elaborado uma sugestão que
abrangesse todos esses aspectos, minimizando os possíveis prejuízos e danos aos
equipamentos. A proposta é remanejar todas as cargas para um único transformador,
aumentando a sua eficiência de uso. Sobre os outros três transformadores, um seria
mantido desligado com a função de reserva, sendo criado um plano de manutenção
preventiva do mesmo, para assegurar sua condição, evitando problemas durante uma
possível utilização emergencial ou quando atingir o tempo estipulado para o
revezamento com o transformador que estará sendo utilizado. Já os outros dois restantes
seriam ofertados para as empresas que estão instaladas no condomínio industrial, de
uma forma que traga benefícios para as duas empresas, tanto a que irá alugar o uso dos
transformadores quanto a que está cedendo os mesmos. Dessa forma pode ajudar
empresas pequenas que não possuem condições de investir em uma subestação
própria, assim como também mantém os equipamentos em funcionamento, colaborando
com a vida útil deles.
A empresa estudada atende ABNT NBR ISO 9001:2015 que especifica requisitos
para um sistema de gestão da qualidade que podem ser usados pelas organizações,
atende a ABNT ISO 45001:2018 que estabelece os requisitos para um sistema de
gestão de saúde e segurança ocupacional e a IATF 16949:2016 que especifica os
requisitos do sistema de qualidade para a concepção/ desenvolvimento, produção,
instalação e manutenção de produtos automotivos. Porém ela não atende a NBR ISO
50001:2018, a qual trata sobre sistemas de gestão de energia e foi criada para auxiliar
as empresas a usar a energia de uma forma mais eficiente.
O atendimento a NBR ISO 50001:2018 é importante não apenas para a obtenção
de certificado, mas também porque traz inúmeros benefícios para a empresa, sempre
focando no objetivo energético, que seria em termos gerais à melhoria do desempenho
energético, o qual é baseado nos resultados mensuráveis relacionados a três conceitos
bases: a eficiência energética, o uso de energia e o consumo de energia.
Para auxiliar no desenvolvimento dos três tópicos bases, a empresa deve criar
um sistema de gestão de energia, o qual possui políticas energéticas que englobem
ações que irão preencher os requisitos para que as demandas de cada item sejam
cumpridas.
Em relação ao conceito de eficiência energética, que tem como principal objetivo
utilizar a menor quantidade de energia possível para executar um trabalho, a empresa
mesmo não atendendo de forma oficial a normativa, ela possui algumas ações que
buscam melhorar o índice de eficiência energética da empresa. Um exemplo de ação é
a correção de fator de potência, que ajuda a melhorar a qualidade da energia utilizada,
de forma também em economizar na tarifa de energia elétrica. Outro exemplo praticado
pela empresa estudada é a utilização de inversores de frequência de última geração para
a realização do processo de solda ponto por resistência, fazendo com que os picos de
corrente sejam diminuídos durante o processo, causando menos impactos à rede
elétrica.
Sobre o conceito de uso de energia, que se trata de qualificar a forma como a
energia está sendo usada, ou seja, onde ela está sendo usada, pode-se afirmar que a
empresa também possui essa informação, sendo que pode ser conferida no primeiro
item do desenvolvimento deste trabalho, onde foi realizado um levantamento das cargas
instaladas, expondo as fontes consumidoras de energia presentes na empresa e
quantificando as suas potências, de forma a identificar seus consumos de forma
individual.
12
Como foi analisado no primeiro capítulo, a maioria das cargas são provenientes
das linhas de solda, as quais possuem uma característica de carga indutiva, pelo fato de
serem constituídas basicamente de inversores de frequência e transformadores.
Quando se trata de cargas indutivas, deve-se atentar sobre o fator de potência,
pois existem limites aceitáveis estipulados pela concessionária, que nos dias de hoje é
de 0,92, ou seja, é permitido apenas 8% de energia reativa, que no caso é considerada
como perda de energia, pois não realizam trabalho. Geralmente a energia reativa indutiva
é necessária para criar campo eletromagnético, o qual é responsável pelo funcionamento
dos equipamentos que utilizam o princípio da indução, como exemplo os motores
elétricos de indução e transformadores.
Durante o início do ano de 2020, foram monitorados algumas grandezas em
relação ao consumo de energia elétrica da empresa e foi constatado um padrão de
comportamento das cargas, tendo em vista que elas não se alteram e que seu período
de trabalho também é mensalmente constante, exceto nos meses de abril e maio, que
nosso país passou pela pandemia do Covid-19, que trouxe como consequência uma
parada na produção de aproximadamente o mês de abril e alguns dias do mês de maio.
Essas paradas causaram uma diferença no consumo de energia elétrica, que pode ser
vista na Tabela 4 abaixo.
14
Foi optado pela unidade capacitiva do fabricante WEG, modelo UCWT20V40, que
possui 20 kVAR de potência e trabalha na tensão de 380 V. Conforme mostrado na
Figura 6 abaixo.
Figura 6 - Capacitor para correção do fator de potência
A unidade capacitiva foi encontrada por R$ 412,00. Para ser instalada, foi
solicitado auxílio do eletricista da empresa, portanto, não obteve custos adicionais com
mão de obra. Foram coletados nas faturas do ano de 2020, os valores correspondentes
às multas relacionadas ao excedente de energia reativa na ponta e fora de ponta. Esses
valores estão expostos na Tabela 8, abaixo.
Foi averiguado que a empresa participa do mercado livre de energia e paga para
a concessionária apenas a distribuição. A empresa está enquadrada no grupo A4 na
tarifa horossazonal verde, o qual é importante destacar que a empresa trabalha apenas
com o primeiro turno que começa às 06h20 e termina às 16h08 e com o horário comercial
das 07h00 às 16h48. Para verificar se a empresa está enquadrada na tarifa correta foi
feito uma análise da curva de carga da empresa. A empresa Administre através do site
Iseven disponibiliza para a empresa essa informação, como mostrado na Tabela 5
abaixo.
Tabela 5 - Curva de carga da empresa estudada
Com base nessa tabela foi feita a comparação entre a tarifa horossazonal verde
e tarifa horossazonal azul, onde todas as fórmulas e valores foram retirados do site da
Celesc com base no mês de maio. As fórmulas dos cálculos que serão apresentados
abaixo foram retiradas do site da Celesc com referência às alíquotas do mês de maio de
2021. A fórmula abaixo demostra o cálculo para a tarifa final paga pelo consumidor.
19
A fórmula abaixo mostra o valor pago pelo consumidor da demanda fora de ponta.
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑇𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎 𝐹𝑜𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑃𝑜𝑛𝑡𝑎 = 𝐷𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 𝐹𝑜𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑃𝑜𝑛𝑡𝑎 ∗ 𝑇𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎 𝐹𝑜𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑃𝑜𝑛𝑡𝑎 ..(3)
A fórmula abaixo mostra o valor pago pelo consumir do consumo de energia fora
de ponta.
𝑇𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎 ℎ𝑜𝑚𝑜𝑙𝑜𝑔𝑎𝑑𝑎
𝑇𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑒𝑚 𝑅$ =
[100 − (𝑎𝑙í𝑞𝑢𝑜𝑡𝑎 𝑃𝐼𝑆 + 𝑎𝑙í𝑞𝑢𝑜𝑡𝑎 𝐶𝑂𝐹𝐼𝑁𝑆 + 𝑎𝑙í𝑞𝑢𝑜𝑡𝑎 𝐼𝐶𝑀𝑆)]/100
0,49562
𝑇𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑃𝑜𝑛𝑡𝑎 𝐴𝑧𝑢𝑙 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑒𝑚 𝑅$ =
[100 − (1,11 + 5,10 + 25)]/100
0,49562
𝑇𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑃𝑜𝑛𝑡𝑎 𝐴𝑧𝑢𝑙 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑒𝑚 𝑅$ =
0,6879
𝑇𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑃𝑜𝑛𝑡𝑎 𝐴𝑧𝑢𝑙 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑒𝑚 𝑅$ = 0,7205
𝑇𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎 ℎ𝑜𝑚𝑜𝑙𝑜𝑔𝑎𝑑𝑎
𝑇𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑒𝑚 𝑅$ =
[100 − (𝑎𝑙í𝑞𝑢𝑜𝑡𝑎 𝑃𝐼𝑆 + 𝑎𝑙í𝑞𝑢𝑜𝑡𝑎 𝐶𝑂𝐹𝐼𝑁𝑆 + 𝑎𝑙í𝑞𝑢𝑜𝑡𝑎 𝐼𝐶𝑀𝑆)]/100
20
32,41
𝑇𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎 𝐷𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 𝑃𝑜𝑛𝑡𝑎 𝐴𝑧𝑢𝑙 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑒𝑚 𝑅$ =
[100 − (1,11 + 5,10 + 25)]/100
32,41
𝑇𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎 𝐷𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 𝑃𝑜𝑛𝑡𝑎 𝐴𝑧𝑢𝑙 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑒𝑚 𝑅$ =
0,6879
𝑇𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎 𝐷𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 𝑃𝑜𝑛𝑡𝑎 𝐴𝑧𝑢𝑙 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑒𝑚 𝑅$ = 47,11
𝑇𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎 ℎ𝑜𝑚𝑜𝑙𝑜𝑔𝑎𝑑𝑎
𝑇𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑒𝑚 𝑅$ =
[100 − (𝑎𝑙í𝑞𝑢𝑜𝑡𝑎 𝑃𝐼𝑆 + 𝑎𝑙í𝑞𝑢𝑜𝑡𝑎 𝐶𝑂𝐹𝐼𝑁𝑆 + 𝑎𝑙í𝑞𝑢𝑜𝑡𝑎 𝐼𝐶𝑀𝑆)]/100
0,33355
𝑇𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝐹𝑜𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑃𝑜𝑛𝑡𝑎 𝐴𝑧𝑢𝑙 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑒𝑚 𝑅$ =
[100 − (1,11 + 5,10 + 25)]/100
0,33355
𝑇𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝐹𝑜𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑃𝑜𝑛𝑡𝑎 𝐴𝑧𝑢𝑙 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑒𝑚 𝑅$ =
0,6879
𝑇𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝐹𝑜𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑃𝑜𝑛𝑡𝑎 𝐴𝑧𝑢𝑙 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑒𝑚 𝑅$ = 0,4849
Após o cálculo da tarifa de energia no fora de ponta foi calculado o valor de tarifa
de demanda na fora de ponta na tarifa azul, como mostrado abaixo.
𝑇𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎 ℎ𝑜𝑚𝑜𝑙𝑜𝑔𝑎𝑑𝑎
𝑇𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑒𝑚 𝑅$ =
[100 − (𝑎𝑙í𝑞𝑢𝑜𝑡𝑎 𝑃𝐼𝑆 + 𝑎𝑙í𝑞𝑢𝑜𝑡𝑎 𝐶𝑂𝐹𝐼𝑁𝑆 + 𝑎𝑙í𝑞𝑢𝑜𝑡𝑎 𝐼𝐶𝑀𝑆)]/100
14,69
𝑇𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎 𝐷𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 𝐹𝑜𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑃𝑜𝑛𝑡𝑎 𝐴𝑧𝑢𝑙 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑒𝑚 𝑅$ =
[100 − (1,11 + 5,10 + 25)]/100
14,69
𝑇𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎 𝐷𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 𝐹𝑜𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑃𝑜𝑛𝑡𝑎 𝐴𝑧𝑢𝑙 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑒𝑚 𝑅$ =
0,6879
𝑇𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎 𝐷𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 𝐹𝑜𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑃𝑜𝑛𝑡𝑎 𝐴𝑧𝑢𝑙 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑒𝑚 𝑅$ = 21,36
Com o cálculo das tarifas na ponta e fora de ponta na tarifa horária azul,
calculamos também as tarifas na ponta e fora de ponta na tarifa horária verde.
Começamos com o cálculo do valor da tarifa de consumo de energia na ponta, como
mostra o cálculo abaixo.
𝑇𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎 ℎ𝑜𝑚𝑜𝑙𝑜𝑔𝑎𝑑𝑎
𝑇𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑒𝑚 𝑅$ =
[100 − (𝑎𝑙í𝑞𝑢𝑜𝑡𝑎 𝑃𝐼𝑆 + 𝑎𝑙í𝑞𝑢𝑜𝑡𝑎 𝐶𝑂𝐹𝐼𝑁𝑆 + 𝑎𝑙í𝑞𝑢𝑜𝑡𝑎 𝐼𝐶𝑀𝑆)]/100
1,28388
𝑇𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑃𝑜𝑛𝑡𝑎 𝑉𝑒𝑟𝑑𝑒 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑒𝑚 𝑅$ =
[100 − (1,11 + 5,10 + 25)]/100
21
1,28388
𝑇𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑃𝑜𝑛𝑡𝑎 𝑉𝑒𝑟𝑑𝑒 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑒𝑚 𝑅$ =
0,6879
𝑇𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑃𝑜𝑛𝑡𝑎 𝑉𝑒𝑟𝑑𝑒 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑒𝑚 𝑅$ = 1,86638
𝑇𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎 ℎ𝑜𝑚𝑜𝑙𝑜𝑔𝑎𝑑𝑎
𝑇𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑒𝑚 𝑅$ =
[100 − (𝑎𝑙í𝑞𝑢𝑜𝑡𝑎 𝑃𝐼𝑆 + 𝑎𝑙í𝑞𝑢𝑜𝑡𝑎 𝐶𝑂𝐹𝐼𝑁𝑆 + 𝑎𝑙í𝑞𝑢𝑜𝑡𝑎 𝐼𝐶𝑀𝑆)]/100
14,69
𝑇𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎 𝐷𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 𝑃𝑜𝑛𝑡𝑎 𝑉𝑒𝑟𝑑𝑒 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑒𝑚 𝑅$ =
[100 − (1,11 + 5,10 + 25)]/100
14,69
𝑇𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎 𝐷𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 𝑃𝑜𝑛𝑡𝑎 𝑉𝑒𝑟𝑑𝑒 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑒𝑚 𝑅$ =
0,6879
𝑇𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎 𝐷𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 𝑃𝑜𝑛𝑡𝑎 𝑉𝑒𝑟𝑑𝑒𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑒𝑚 𝑅$ = 21,35
𝑇𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎 ℎ𝑜𝑚𝑜𝑙𝑜𝑔𝑎𝑑𝑎
𝑇𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑒𝑚 𝑅$ =
[100 − (𝑎𝑙í𝑞𝑢𝑜𝑡𝑎 𝑃𝐼𝑆 + 𝑎𝑙í𝑞𝑢𝑜𝑡𝑎 𝐶𝑂𝐹𝐼𝑁𝑆 + 𝑎𝑙í𝑞𝑢𝑜𝑡𝑎 𝐼𝐶𝑀𝑆)]/100
0,33355
𝑇𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝐹𝑜𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑃𝑜𝑛𝑡𝑎 𝑉𝑒𝑟𝑑𝑒 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑒𝑚 𝑅$ =
[100 − (1,11 + 5,10 + 25)]/100
0,33355
𝑇𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝐹𝑜𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑃𝑜𝑛𝑡𝑎 𝑉𝑒𝑟𝑑𝑒 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑒𝑚 𝑅$ =
0,6879
𝑇𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝐹𝑜𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑃𝑜𝑛𝑡𝑎 𝑉𝑒𝑟𝑑𝑒 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑒𝑚 𝑅$ = 0,4849
𝑇𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎 ℎ𝑜𝑚𝑜𝑙𝑜𝑔𝑎𝑑𝑎
𝑇𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑒𝑚 𝑅$ =
[100 − (𝑎𝑙í𝑞𝑢𝑜𝑡𝑎 𝑃𝐼𝑆 + 𝑎𝑙í𝑞𝑢𝑜𝑡𝑎 𝐶𝑂𝐹𝐼𝑁𝑆 + 𝑎𝑙í𝑞𝑢𝑜𝑡𝑎 𝐼𝐶𝑀𝑆)]/100
14,69
𝑇𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎 𝐷𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 𝐹𝑜𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑃𝑜𝑛𝑡𝑎 𝑉𝑒𝑟𝑑𝑒 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑒𝑚 𝑅$ =
[100 − (1,11 + 5,10 + 25)]/100
14,69
𝑇𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎 𝐷𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 𝐹𝑜𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑃𝑜𝑛𝑡𝑎 𝑉𝑒𝑟𝑑𝑒 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑒𝑚 𝑅$ =
0,6879
𝑇𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎 𝐷𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 𝐹𝑜𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑃𝑜𝑛𝑡𝑎 𝑉𝑒𝑟𝑑𝑒 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑒𝑚 𝑅$ = 21,35
22
O horário de ponta definido pela Celesc é das 18h00 às 21h00 e com base nisso
conseguimos definir os nossos seguintes indicadores. Analisando a Tabela 5 a demanda
máxima na ponta é 175,06 kW e a demanda máxima na fora de ponta é 457,97 kW.
Como visto nos capítulos anteriores a carga instalada na empresa é de 1.914,20 kWh.
Com a tabela da curva de carga apresentada também conseguimos retirar alguns
dados como o consumo diário de energia que é 6.070,18 kWh, o consumo na ponta
635,72 kWh e o consumo na fora de ponta 5.434,46 kWh. Com os dados retirados da
Tabela 5 e os cálculos feitos com base nas tarifas da Celesc é possível calcular qual a
melhor tarifa para a empresa estudada. Começamos calculando o valor da tarifa
horossazonal verde de demanda no horário de ponta, como apresentados os cálculos a
seguir.
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑇𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎 𝐹𝑜𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑃𝑜𝑛𝑡𝑎 = 𝐷𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 𝐹𝑜𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑃𝑜𝑛𝑡𝑎 ∗ 𝑇𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎 𝐹𝑜𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑃𝑜𝑛𝑡𝑎
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑇𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎 𝐷𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 𝐹𝑜𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑃𝑜𝑛𝑡𝑎 𝑉𝑒𝑟𝑑𝑒 = 457,97 𝑘𝑊 ∗ 0,4849
23
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑇𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎 𝐹𝑜𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑃𝑜𝑛𝑡𝑎 = 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝐹𝑜𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑃𝑜𝑛𝑡𝑎 ∗ 𝑇𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎 𝐹𝑜𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑃𝑜𝑛𝑡𝑎
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑇𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝐹𝑜𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑃𝑜𝑛𝑡𝑎 𝑉𝑒𝑟𝑑𝑒 = 5.434,4 𝑘𝑊ℎ ∗ 21,35
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑇𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝐹𝑜𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑃𝑜𝑛𝑡𝑎 𝑉𝑒𝑟𝑑𝑒 = 𝑅$ 116.025,72
Tendo o valor total da tarifa na fora de ponta e o valor total da tarifa na ponta,
conseguimos calcular o valor total final na tarifa horossazonal verde que é R$
130.146,77. Agora é necessário calcular o valor total final na tarifa horossazonal azul, o
qual iremos começar calculando o valor da demanda no horário de ponta, como mostra
o cálculo a seguir.
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑇𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎 𝐹𝑜𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑃𝑜𝑛𝑡𝑎 = 𝐷𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 𝐹𝑜𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑃𝑜𝑛𝑡𝑎 ∗ 𝑇𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎 𝐹𝑜𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑃𝑜𝑛𝑡𝑎
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑇𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎 𝐹𝑜𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑃𝑜𝑛𝑡𝑎 = 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝐹𝑜𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑃𝑜𝑛𝑡𝑎 ∗ 𝑇𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎 𝐹𝑜𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑃𝑜𝑛𝑡𝑎
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑇𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝐹𝑜𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑃𝑜𝑛𝑡𝑎 𝐴𝑧𝑢𝑙 = 5.434,46 𝑘𝑊ℎ ∗ 21,36
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑇𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝐹𝑜𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑃𝑜𝑛𝑡𝑎 𝐴𝑧𝑢𝑙 = 𝑅$ 116.070,24
Tendo o valor total da tarifa na fora de ponta e o valor total da tarifa na ponta,
conseguimos calcular o valor total final na tarifa horossazonal azul que é R$ 146.367,21.
Comparando os dois valores finais da tarifa horossazonal azul e tarifa horossazonal
verde, chega-se à conclusão que a tarifa mais adequada para a empresa é a verde, na
qual a mesma já está enquadrada.
25
Figura 4 – Compressores de 75 CV
4. RESULTADOS E CONCLUSÕES
Após analisar os conceitos que foram descritos nos tópicos do trabalho, foram
obtidos resultados que permitiram o desenvolvimento de ações para melhoria de vários
pontos dentro da empresa.
29
5. CONCLUSÃO
O presente trabalho teve seu foco voltado para o consumo eficiente de energia
elétrica, utilizando diversas ferramentas para desenvolver ações direcionadas ao
30
aumento do desempenho energético da empresa. Com a ajuda dos gestores, foi possível
unir a teoria com a prática, comprovando de forma real, que as teorias e hipóteses
levantadas durante o trabalho eram verdadeiras, contribuindo para a veracidade de todo
o conteúdo aprendido durante o período acadêmico.
Pode-se afirmar que o projeto foi executado com êxito, pois trouxe resultados
financeiros significativos para a empresa, utilizando análises de engenharia para
elaborar as correções necessárias em vários setores da empresa.
O desenvolvimento do trabalho também teve um grande ganho acadêmico para
os autores, pois proporcionou a oportunidade de atuar em uma área carente de
profissionais qualificados, gerando uma abertura profissional e despertando uma visão
otimista para esse mercado de trabalho, além de incentivar a qualificação profissional.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FOSSA, Alberto J.; SGARBI, Felipe de A. Guia para aplicação da norma ABNT NBR
ISO 50001 - Gestão de Energia. 2017. Disponível em:
<http://www.abrinstal.org.br/docs/guia_gestao_de_energia.pdf>. Acesso em: 20 de
outubro de 2020.