Prova Oficial 2

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Respostas - Prova Oficial de Vivência em Veterinária

Nome: Eduarda Guedes Lima Santos


Curso: Medicina Veterinária
Turma: A1

QUESTÃO 1:

a) Procedimento para recepção:


Assim que há a chegada do lote, os pintinhos devem ser devidamente colocados nos círculos de
proteção, que já devem estar na temperatura adequada, disponibilizando água e ração. Após isso, o
procedimento ideal é que seja feita a pesagem de cada pintinho e em seguida iniciar o processo de
reidratação (solução contendo 1L de água e uma colher de sobremesa de açúcar cristal), esse processo
consiste em molhar o bico da ave na solução e deve ser feito durante as primeiras 12h. Outro
procedimento necessário é fornecer milho picado colocado em uma bandeja.
Período de aquecimento:
Para realizar o aquecimento artificial das aves na fase inicial, são utilizadas campânulas, podendo ser a
gás ou elétrica. A frequência de utilização deve ser de acordo com a temperatura, sendo de 1 a 7 dias
se a temperatura estiver abaixo de 33°C, de 8 a 12 dias se a temperatura estiver abaixo de 30°C e de 12
a 15 dias se estiver abaixo de 28°C. O equipamento é importante para manter a temperatura de
conforto das aves de 24,5°C, sabendo que se a criação for iniciada no verão, após o 7° dia de vida do
lote, a campânula deve ser desligada de dia e ligada à noite para evitar quedas repentinas da
temperatura.
Tipo de ração – fase de cria:
Deve ser oferecida a ração inicial para as aves na fase de cria, essa ração normalmente contém milho,
farelo de soja, farelo de trigo, sal, fonte de cálcio e de fósforo, premixes minerais, vitamínicos e óleos.
Tipo de ração – fase de recria:
Deve ser oferecida a ração de crescimento para as aves na fase de recria, essa ração normalmente
apresenta os mesmos componentes da ração inicial, entretanto as porcentagens de nutrientes são
diferentes.
Tipo de comedouro e bebedouro:
Na fase inicial é indicado utilizar comedouros de plástico ou de madeira, tipo bandeja, podendo ser
usados de 1 a 14 dias de vida do lote e sendo na proporção de um comedouro para cada 50 pintos. E
também, de 1 a 14 dias de idade, podem ser utilizados bebedouros de calha, pendulares, nipple ou de
pressão.
Na fase de crescimento é indicado utilizar comedouros do tipo calha, tubulares ou automáticos. Já para
os bebedouros, o ideal é utilizar bebedouros mais resistentes, como por exemplo, bebedouro pendular.
Para aves que estão entre 15 dias e 12 semanas de idade, utiliza-se o comedouro linear, adequando o
tamanho e altura.
Na fase de postura o ideal é utilizar um comedouro extra, com fonte de cálcio e um comedouro
contendo areia no caso de aves que não tem acesso ao parque. Já para os bebedouros, devem ser
resistentes, como por exemplo, os bebedouros pendulares.
Tipo de cama:
O material mais utilizado para a confecção das camas para aves criadas no chão ou não é a maravalha
(raspas de madeira) que possui um bom poder de absorção, entretanto como alternativa, podem ser
utilizadas raspas de mandioca, sabugo de milho picado, rama de mandioca, fibra de bambu, aguapé,
capim (napier ou outros), casca de arroz, casca de café, casca de vagens de feijão, soja e outros, sempre
lembrando que esses materiais devem ser secos para a utilização nos aviários.
Manejo das cortinas:
As cortinas devem ser instaladas nas partes teladas para evitar a entrada de água da chuva, alta
incidência solar, frio e correntes de ar. No inverno, é importante que tenha um ritmo de renovações
mais lento, sendo necessário que as superfícies sejam reduzidas de entrada e saída de ar, abrindo-se
lentamente as cortinas de cima para baixo. Por outro lado, no verão, é importante extrair o calor do
aviário, dessa forma, as cortinas devem estar totalmente abertas, fazendo com que passe um grande
volume de ar externo que se mistura com as condições do ar interno e possibilita a temperatura ideal
para o conforto das aves.
Programa de luz:
No procedimento de programa de luz, segundo o Manual Embrapa 051, deve-se fornecer 24h de luz no
primeiro dia e reduzir 2h de luz por dia até atingir a luz natural, mantendo esse processo até a 10ª
semana de vida do lote. Já entre a 10ª e 18ª semana de vida é importante fornecer luz natural em
fotoperíodo decrescente de janeiro a junho e em fotoperíodo crescente de julho a dezembro com
duração de 13 a 14 horas. E a partir da 18ª semana de vida a luz artificial deve ser constante e
crescente, aumentando 30 minutos de hora/luz por semana até atingir 16h, mantendo-se até o final no
ciclo reprodutivo.
Vacinação:

DATA IDADE MAREK BOUBA GUMBORO NEWCASTLE

1° dia no
01/04/20 X X X
incubatório

11º dia na
11/04/2020 X
propriedade

21° dia na
21/04/2020 X
propriedade

35° dia na
05/05/2020 X
propriedade

20/05/2020 X
7ª a 8ª semana
à na propriedade
03/06/2020

29/07/2020 X
17ª semana
à na propriedade
05/08/2020
02/12/2020
35ª semana
à
na propriedade
X
09/12/2020
31/03/2021
52ª semana
à
na propriedade
X
07/02/2021

b) Segunda semana:
MÉDIA D.P C.V +10% -10%

118.15 5.65 4.78 129,96 106,33

De acordo com o Manual Embrapa 051, a média de peso para aves poedeiras na segunda semana de
vida deve ser pelo menos 135g e a partir da tabela acima, é possível observar que a média (118,15g) do
lote está abaixo do esperado pelo que é estipulado como padrão na tabela 3 do guia de manejo da
poedeira Embrapa 051. Além disso, a partir dos dados de +10% e -10% é possível estipular as
poedeiras de maior peso e as de menor peso, ou seja, os pesos acima de 129,96g são de aves mais
pesadas e as que estão abaixo de 106,33g são as aves mais leves.

Para o programa de luz, segundo o guia de manejo da poedeira Embrapa 051, é indicado que
permaneça a redução de 2h/luz para cada dia, até que atinja a luz natural, mantendo esse procedimento
apenas até que o lote alcance a décima semana de idade. Por conseguinte, a única prática de manejo
diferente é que como as aves estão abaixo da média do peso padrão, é necessário que seja ofertado
mais alimento, mas na fase de cria a comida é a vontade então é preciso que seja feito o reajuste do
programa de luz para garantir o desenvolvimento do lote. Sendo assim, a partir da segunda semana à
terceira semana o correto é reduzir a luminosidade de meia em meia hora até atingir a estabilidade do
peso das pintainhas e assim, aumentar o tempo de escuro do lote.

c) Quarta semana:

MÉDIA D.P C.V +10% -10%

234 13.53 5.78 257,4 210,6

De acordo com o Manual Embrapa 051, a média de peso para aves poedeiras na quarta semana de vida
deve ser pelo menos 260g e a partir da tabela acima, é possível observar que a média (234g) do lote
está abaixo do esperado pelo que é estipulado como padrão na tabela 3 do guia de manejo da poedeira
Embrapa 051. Além disso, a partir dos dados de +10% e -10% é possível estipular as poedeiras de
maior peso e as de menor peso, ou seja, os pesos acima de 257,4g são de aves mais pesadas e as que
estão abaixo de 210,6g são as aves mais leves.

Sendo assim, para que as aves atinjam o peso ideal, é importante aumentar a quantidade de consumo
diário (g) de ração, que de acordo com a tabela do Manual Embrapa 051 o indicado para a 4ª semana é
28g, entretanto como as aves estão abaixo do peso, é preciso aumentar para 32g de consumo diário de
ração e também aumentar o período de oferta de alimento.

d) Sétima semana:
MÉDIA D.P C.V +10% -10%

501.95 13.91 2.77 552,14 451,75

De acordo com o Manual Embrapa 051, a média de peso para aves poedeiras na sétima semana de vida
deve ser pelo menos 510g e a partir da tabela acima, é possível observar que a média (501,95g) do lote
está um pouco abaixo do esperado pelo que é estipulado como padrão na tabela 3 do guia de manejo da
poedeira Embrapa 051. Além disso, a partir dos dados de +10% e -10% é possível estipular as
poedeiras de maior peso e as de menor peso, ou seja, os pesos acima de 552,14g são de aves mais
pesadas e as que estão abaixo de 451,75g são as aves mais leves.

Visto que as aves estão apenas um pouco abaixo do peso, é importante manter o indicado pelo Manual
Embrapa, ou seja, 41g de consumo diário de ração juntamente com reduzir 2h/luz por dia até que se
atinja a luz natural, sendo esse procedimento feito até a 10ª semana. E também, observando que as
aves estão na 7ª semana de vida deve ser aplicada a vacina Bouba na membrana da asa, evitando
complicações futuras.

e) Nona semana:

MÉDIA D.P C.V +10% -10%

759,35 44,34 5,83 835,28 683,41

De acordo com o Manual Embrapa 051, a média de peso para aves poedeiras na nona semana de vida
deve ser pelo menos 735g e a partir da tabela acima, é possível observar que a média (759,35g) do lote
está acima do esperado pelo que é estipulado como padrão na tabela 3 do guia de manejo da poedeira
Embrapa 051. Além disso, a partir dos dados de +10% e -10% é possível estipular as poedeiras de
maior peso e as de menor peso, ou seja, os pesos acima de 835,28g são de aves mais pesadas e as que
estão abaixo de 683,41g são as aves mais leves. Visto que as aves estão acima do peso ideal, é
importante diminuir a quantidade de consumo diário, sendo ofertado 46g de ração para o lote até que a
média do peso seja estabilizada.

f) Décima primeira semana:

MÉDIA D.P C.V +10% -10%

874.2 100.03 11.44 961,62 786,78

De acordo com o Manual Embrapa 051, a média de peso para aves poedeiras na décima semana de
vida deve ser pelo menos 960g e a partir da tabela acima, é possível observar que a média (874,2g) do
lote está um abaixo do esperado pelo que é estipulado como padrão na tabela 3 do guia de manejo da
poedeira Embrapa 051. Além disso, a partir dos dados de +10% e -10% é possível estipular as
poedeiras de maior peso e as de menor peso, ou seja, os pesos acima de 961,62g são de aves mais
pesadas e as que estão abaixo de 786,78g são as aves mais leves.

Visto que as aves estão bem abaixo do peso, é importante isolar as aves mais leves do restante do lote e
ofertar o consumo diário de 65g de ração, visando aumentar o peso dessas aves. Já para o restante do
lote, oferecer o consumo diário recomendado pelo Manual, ou seja, 61g de consumo diário. Esse
procedimento servirá para aumentar o peso das aves muito leves (-10%) e não aumentar o número de
aves com sobrepeso (+10%), deixando o lote mais estável.

g) Décima sétima semana:

MÉDIA D.P C.V +10% -10%

1606.15 44.34 2.76 1766,76 1445,53

De acordo com o Manual Embrapa 051, a média de peso para aves poedeiras na décima sétima semana
de vida deve ser pelo menos 1457g e a partir da tabela acima, é possível observar que a média
(1606,15g) do lote está muito acima do esperado pelo que é estipulado como padrão na tabela 3 do
guia de manejo da poedeira Embrapa 051. Além disso, a partir dos dados de +10% e -10% é possível
estipular as poedeiras de maior peso e as de menor peso, ou seja, os pesos acima de 1766,76g são de
aves mais pesadas e as que estão abaixo de 1445,53g são as aves mais leves.

Visto que as aves estão bem acima do peso, é importante isolar as aves mais pesadas do restante do
lote e ofertar o consumo diário de 83g de ração, visando estabilizar o peso dessas aves. Já para o
restante do lote, oferecer o consumo diário recomendado pelo Manual, ou seja, 87g de consumo diário,
mantendo esse processo apenas até a próxima pesagem. Esse procedimento servirá para diminuir o
peso das aves muito pesadas (+10%) e não diminuir o número de aves que estão abaixo do peso,
deixando o lote mais estável. E observado que as aves estão na 17ª semana na propriedade, deve
aplicada a vacina de Newcastle na região nasal da ave, para que não ocorra dizimação do lote, sendo
necessário continuar as pesagens para que se mantenha o controle do desenvolvimento dos animais e
para que atinja a maturidade do tamanho corporal do lote.

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