Como É Feita A Narração Na Imprensa Escrita
Como É Feita A Narração Na Imprensa Escrita
Como É Feita A Narração Na Imprensa Escrita
1.1 Contextualização
Nesta dissertação irei de falar sobre como é feita a narração na imprensa escrita.
Início este trabalho tratando brevemente sobre o jornalismo como linguagem e,
consequentemente, discurso cujo funcionamento se dá através de um acordo entre jornalista
e leitor.
1.2 Objectivos
A análise discursiva e o plano lingüístico não são os pontos principais nesse caso,
embora não devam ser totalmente descartados, mas valorizam-se as emoções e os valores
que complementam a razão e a lógica existentes na contradição objetividade e subjetividade
presentes nos homens. Além disso, a análise da narrativa não pretende demonstrar que o
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jornalismo seja literatura, mas perceber como ele utiliza certas características literárias na
produção de notícias.
Para analisar as narrativas presentes nos textos jornalísticos atuais, Gonzaga Motta
afirma que precisamos levar em conta duas vertentes: primeiramente, devemos identificar
as representações, os valores, as imagens, os significados construídos, relacionando-os com
a cultura e a ideologia de um grupo social, percebendo como esses sentidos pertencentes ao
grupo foram tomados pela narrativa. Os jornais populares fazem muito apelo à emoção e
aos sentimentos dos seus leitores, comparando dramas que poderiam ser encontrados na
vida dos seus leitores. Em segundo lugar, precisamos perceber a relação entre os produtos e
os sujeitos, buscando esclarecer como uma determinada construção discursiva em uma
notícia pode influenciar os sujeitos e ao mesmo tempo, ser ativada por eles. Da mesma
forma, os jornais populares constroem uma realidade que equivale a realidade dos seus
leitores, gerando discussões sobre temas e valores que permeiam o cotidiano do seu
público.
Para aplicar essa metodologia narratológica, Luiz Gonzaga Motta, afirma que três
passos são fundamentais para a metodologia da análise narrativa: identificar a organização
da notícia, perceber os recursos objetivos e subjetivos utilizados e observar a escolha dos
temas noticiados e suas repetições no jornal.
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Pelo uso de coloquialismos, sentenças incompletas, perguntas, e de uma variada
tipografia sugerindo variação em ênfase, o texto escrito pode imitar a voz falada,
expressando indignação ou admiração. O leitor deve reconhecer intuitivamente esta voz,
pelo reconhecimento previamente adquirido, e ser capaz de ler os valores que o texto
incorpora (...) Se o leitor (...) julgar que o modo coloquial de discurso lhe é familiar e
confortável, acaba considerando a ideologia que sua estrutura incorpora como um “senso
comum” e a aceita.
A questão fala/escrita será vista aqui menos como uma oposição do que como um
continuum, uma linha imaginária, como concebida na qual práticas diferentes podem se
situar em um ou outro ponto. Assim, teríamos a interação face a face como situada no
extremo da linha, onde estaria a língua oral, e toda uma série de gêneros gradualmente
intermediários, até chegarmos ao outro ponto da linha, onde estaria o discurso jurídico, de
caráter maximamente escrito. No caso do gênero que pretendemos descrever, a reportagem
escrita do telejornal, ela estaria situada mais ao meio desta linha, pois é genuinamente
escrita, mas realizada oralmente. Assim, como era de se supor, o texto escrito do telejornal
estará orientado para o português oficial em Angola, mas admitindo variações lingüísticas e
inserções de falares não característicos do registro padrão, conforme o contexto da notícia.
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experiências e informações. Mesmo que muitas vezes, as escolhas dos homens reforcem as
características fictícias e míticas ou os discursos simbólicos, é impossível negar que a
comunicação tem sido fundamental para que os homens percebessem a sua existência no
mundo e dessa forma, pudessem transformar as suas realidades.
A imprensa foi um dos principais meios encontrados pelos homens para transmitir e
discutir fatos e estórias. Essa possibilidade de adquirir informações e conhecer os
acontecimentos do mundo através do jornalismo, situa os homens e estabelece memória e
valores sociais comuns. O jornalismo funciona como um intermediário entre os
interlocutores, facilitando as trocas de informação e aproximando diferentes realidades.
Considerando os diversos meios de comunicação jornal, rádio, televisão, internet
percebemos que todos eles valorizam a transmissão de informações e a divulgação das
notícias, ou seja, a construção dos fatos relevantes ocorridos no mundo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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COSTA, Gustavo Borges; LIMA, Jorge Augusto; MOTTA, Luiz Gonzaga. Notícia e
Construção de Sentidos: Análise da Narrativa Jornalística. In: Revista Brasileira de
Ciências da Comunicação. São Paulo - Volume XXVII, n.º2, Julho/Dezembro, 2004.
https://pantheon.ufrj.br/bitstream/11422/1393/1/MFERREIRA.pdf
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/35466/35466_4.PDF