Gestão Da Tecnologia E Inovação
Gestão Da Tecnologia E Inovação
Gestão Da Tecnologia E Inovação
EDIÇÃO N° 1 - 2014
RODOLFO FRANCISCO
Gestão da Tecnologia e Inovação 2
APRESENTAÇÃO
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Gestão da Tecnologia e Inovação 3
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Gestão da Tecnologia e Inovação 4
SUMÁRIO
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Gestão da Tecnologia e Inovação 5
UNIDADE 1
INOVAÇÃO NA ERA DA INFORMAÇÃO E
CONCEITOS BÁSICOS
Bons estudos!!!
Conteúdo da Unidade
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Gestão da Tecnologia e Inovação 6
"A Era da Informação oferece muito à humanidade, e eu gostaria de pensar que nós
nos elevaremos aos desafios que ela apresenta. Mas é vital lembrar que a informação - no
sentido de dados brutos - não é conhecimento, que conhecimento não é sabedoria, e que
sabedoria não é presciência. Mas a informação é o primeiro passo essencial para tudo isso."
- Arthur C. Clarke
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1 INOVAÇÃO
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quanto está estabelecido foi, noutros tempos, inovação”. Com efeito, a inovação é
indissociável do pensamento humano e, sobretudo, das ideias, sendo algo de
inegável e constante na nossa evolução. Citando Vítor Hugo (escritor e poeta
francês, n. 26/2/1802, f. 22/5/1885), “é possível resistir à invasão de exércitos; já o
não é resistir à invasão de ideias”.
As ideias e, consequentemente, o cérebro, estão na base de toda a inovação.
Mas, como sabemos, os dois lados do cérebro humano são muito diferentes.
Enquanto o lado esquerdo é responsável pelo pensamento analítico, lógico e
estruturado, indispensável para ciências como a matemática ou a engenharia e,
portanto, para as TIC, já o lado direito tem a ver com a intuição, as emoções, a
fantasia, a arte e a criatividade, fundamentais para a inovação. Já Einstein dizia que
a inovação não é produto de pensamento lógico, embora o resultado da inovação
tenha que o ser.
Assim, se pretendemos uma sociedade de pessoas inovadoras e
empreendedoras muito tem que ser alterado, a começar pelas nossas escolas e a
acabar pela atitude de organismos e empresas. Deve evitar-se o ensino demasiado
“formatado”, deve incentivar-se o gosto pela exploração e o espírito crítico dos
alunos, deve cultivar-se a interdisciplinaridade e levar a que alunos de áreas
tecnológicas desenvolvam também atividades na área das humanidades e vice-
versa, por forma a exercitar ambos os hemisférios do cérebro. Por outro lado, nas
entidades e empresas deve-se promover a comunicação (não a restringindo a
canais formais), reduzir a burocracia (seja em papel, ou seja, “desmaterializada”),
fomentar o espírito optimista, recompensar as boas ideias, aceitar os riscos, tolerar
fracassos e saber abandonar ideias que não funcionam (de boas intenções está o
Inferno cheio).
Como disse o escritor e filósofo americano Ralph W. Emerson (n. 25/5/1803,
f. 27/4/1882) “somente os que constroem sobre ideias é que constroem para a
Eternidade”. E se outro “filósofo”, português e futebolista disse, em Junho de 2010,
que os golos são como o ketchup, eu acrescentaria que então as ideias inovadoras
são como os livres diretos: só uma pequena percentagem tem sucesso. Não
podemos, no entanto, deixar de rematar à baliza por medo de não marcar golo.
(BOAVIDA, 2011)
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O ser humano está envolvido com a Educação, seja ela informal, formal ou
não
formal, se faz presente em tudo que realizamos, apresentamos uma definição destas
características, para entender em que momento a Inovação se faz presente na
Educação.
Educação Informal – são as que ocorrem ao longo da vida, que se obtém fora
das escolas, com professores particulares e aulas individuais, ou mesmo pela
experiência da vida e a autodidata.
Educação Não Formal – corresponde a iniciativas organizadas de
aprendizagem que acontecem fora dos sistemas de ensino.
Educação Formal – é aquela que ocorre nos sistemas de ensino tradicionais,
nas escolas oficiais (públicas ou particulares), cujos cursos são reconhecidos pelo
MEC e comprovados através de certificados e diplomas.
Deste modo, tudo que agregamos se torna repertório para a construção de
nosso aprendizado e futura vivência, desde um simples jogo de tabuleiro ou
situações cotidianas, até enfrentar os desafios de um negócio próprio.
Por termos uma fraca tradição de investigação em educação, estamos
habituados a reformar a educação de maneira puramente empírica, sem base
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científica. Tal hábito tem-nos custado caro e os seus efeitos serão hoje
particularmente perniciosos, pois a nossa época exige que decisões da importância
das que incidem sobre a educação tenham uma base o mais rigorosa possível, tanto
empírica como reflexiva.
Diante de tais exigências, se torna necessário algumas respostas inovadoras
para os diferentes e complexos problemas que, se colocam a cada instante em
nossos dias. Cabe, em partícula, à educação um papel fundamental no que diz
respeito à inovação, que se tratem de comportamentos quer de atitudes.
Mudanças acontecem e estão em toda parte de nosso planeta, e de alguma
forma ou de outra, as diferentes culturas e sociedades têm de enfrenta-las, à sua
maneira. Toffler (1984) explica essas mudanças globais, em todos os setores da
sociedade, à escala planetária, por alterosas vagas que se sucedem, modificando o
cenário mundial. Ninguém permanece imune a estas vagas, de profundas e
aceleradas mudanças, e o resultado é o "choque do futuro".
Em um mundo globalizado, industrializados, estamos em constante contato
com crise em diversos setores da sociedade e podemos entender que ela
generaliza-se e a educação fica neste meio, sofrendo uma pressão referente a
mudanças, tanto profundas como permanente. Por estar em um lugar importante e
de influência, a escola deve refletir em seu papel, como um lugar de importantes
contradições dialéticas, e o educador, naturalmente está no centro destas
contradições.
A inovação torna-se uma das exigências prioritárias do presente se
atendermos à necessária participação do homem na construção das sociedades
contemporânea. Sua necessidade e pertinência são, hoje, largamente aceitas e no
entanto, o termo inovação nem sempre é utilizada na sua concepção mais correta. É
frequentemente utilizado como sinônimo de mudança, ou de renovação ou de
reforma.
Cardoso (1997) aponta que a inovação não é uma mudança qualquer. Ela
tem um carácter intencional, afastando do seu campo as mudanças produzidas pela
evolução "natural" do sistema. A inovação é, pois, uma mudança deliberada e
conscientemente assumida, visando uma melhoria da acção educativa.
A inovação não é uma simples renovação, pois implica uma ruptura com a
situação vigente, mesmo que seja temporária e parcial. Inovar faz supor trazer à
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realidade educativa algo efectivamente "novo", ao invés de renovar que implica fazer
aparecer algo sob um aspecto novo, não modificando o essencial.
A inovação não é sinónimo de reforma, na medida em que esta poderá ser
apenas assimilável ao conceito de "inovação instituída", quer dizer, uma inovação
que resulta do exercício de um poder instituído de que dispõe o planificador e o
legislador, elementos que, em geral, são exteriores à escola onde está deve ser
aplicada. Como se depreende facilmente, o conceito de inovação ultrapassa
largamente o conceito de reforma.
O conceito de inovação é, pois, bastante mais rico e abrangente do que os
conceitos de mudança, renovação ou de reforma, atrás mencionados. De uma forma
sintética podemos enumerar alguns dos seus atributos essenciais sem pretendermos
ser exaustivos relativamente à problemática da definição deste conceito. A inovação
pedagógica traz algo de "novo", ou seja, algo ainda não estreado; é uma mudança,
mas intencional e bem evidente; exige um esforço deliberado e conscientemente
assumido; requer uma acção persistente; tenciona melhorar a prática educativa; o
seu processo deve poder ser avaliado; e para se poder constituir e desenvolver,
requer componentes integrados de pensamento e de acção.
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1.4 CIÊNCIA
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Quem criou o Universo, foi as Leis da Física. E quem criou as Leis da Física?
Adorar a Ciência sobre todas as coisas. Observai e vigiai, amemos uns aos
outros, Instrui-vos uns aos outros...este é o mandamento principal de quem criou
a Ciência. Não é na ciência que está a felicidade, mas na aquisição da ciência.
(Allan Kardec).
https://www.youtube.com/watch?v=BkcDr0fkY0E
Diante do que foi apresentado acima e conforme suas reflexões sobe Ciência,
o que entendemos, o que sabemos sobre Ciência? Podemos começar a refletir
sobre o assunto, dizendo que a Ciência vem transformando nosso mundo moderno
de uma maneira muito contundente, profunda e espetacular. Mexendo com nossas
vidas, sendo que é impossível fugir às suas garras, para o bem ou para o mal.
Para a ciência, tudo pode começar com: “Eu quero saber”? Mais o saber,
pode ser tão natural e direto que sua definição pode parecer estranha, porém, na
verdade explicá-la acaba tornando-se complexo, sendo que este conceito pode ter
muitos significados. Buscando no dicionário, encontramos diversos sinônimos para a
palavra “saber”, que pode significar conhecer, compreender, ler, sentir, avaliar,
reconhecer, considerar, analisar, praticas ou dominar.
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a. Observação rigorosa
Observar significa seguir os seguintes passos:
• Observar cuidadosamente os fatos.
• Deixar de lado opiniões pessoais.
• Abandonar especulações e conhecimentos prévios.
• Abandonar crenças, preconceitos, expectativas e paixões.
• Abandonar expressões de autoridade.
• Formular perguntas lógicas.
• Propor hipóteses.
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c. Explicação cuidadosa
Quando os cientistas explicam, eles têm que:
• Discutir observações prévias contraditórias, se houver.
• Demonstrar relações entre as novas observações e as observações prévias.
• Explicar por que certa causa tem determinado efeito.
• Certificar-se de que não há falhas em seu argumento.
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Nesta mesma cartilha existe uma referência ao mundo dos negócios, onde
aponta que “as necessidades das pessoas mudam, mudam os produtos, mudam os
processos e as tecnologias. Mudam as organizações e seus métodos de trabalho.
Como as empresas estão expostas à concorrência cada vez maior, inovar é a forma
mais eficaz de manter-se competitivo.”
Pois então, conseguimos fazer uma relação da evolução do homem ao seu
meio ambiente com o desenvolvimento do mundo dos negócios. Só não devemos
colocar que nos princípios o homem utilizava o negócio para seu benefício próprio, e
sim para uma questão de sobrevivência.
Neste contexto devemos ressaltar que a Ciência não pode se encaixar como
Inovação, e sim como um conjunto organizado dos conhecimentos relativos ao
universo objetivo, onde envolve seus fenômenos naturais, ambientais e
comportamentais. A Tecnologia é um conjunto ordenado de todos os conhecimentos
científicos, empíricos e intuitivos, necessários à produção e comercialização de bens
e serviços.
Algumas ressalvas que a cartilha faz a respeito de:
Descoberta é uma ação que conduz ao surgimento de uma nova
teoria, uma nova lei, um novo conceito ou um novo processo,
que poderá reestruturar o pensamento das pessoas em um
determinado campo do conhecimento.
Invenção é a ação que conduz ao desenvolvimento de um novo
dispositivo, um novo método ou uma nova máquina, que poderá
mudar a maneira pela qual as coisas são feitas.
Pesquisa é o conjunto de atividades realizadas de forma
intencional e sistemática para produzir novos conhecimentos.
Criatividade é processo de se tornar sensível a problemas,
deficiências e lacunas no conhecimento; identificar a dificuldade,
buscar soluções, formulando hipóteses; testar e retestar estas
hipóteses; e, finalmente, comunicar os resultados. GESTÃO DA
INOVAÇÃO (2010).
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ANUAL DE FRASCATI
http://www.uesc.br/nucleos/nit/manualfrascati.pdf
MANUAL DE OSLO
http://www.uesc.br/nucleos/nit/manualoslo.pdf
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6. Trabalho de equipe eficaz: experiências indicam que grupos têm mais a oferecer
do que indivíduos em termos de fluência de geração de ideias e de flexibilidade de
desenvolvimento de soluções. Além disso, a combinação de pessoas com
conhecimentos multifuncionais tem contribuído bastante para melhorias de maior
qualidade e impacto.
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MANUAL DE FRASCATI
http://www.uesc.br/nucleos/nit/manualfrascati.pdf
MANUAL DE OSLO
http://www.uesc.br/nucleos/nit/manualoslo.pdf
Segundo Mestriner (2010), Inovação não pode ser confundida com invenção:
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Inovação ou Invenção?
Invenção ou Inovação?
DICA DE LEITURA
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Quando surge alguma coisa anormal (…), ele não recua diante da
surpresa. Quer entender e determinar se constitui um erro trivial, um
acaso raro ou uma importante, mas até agora desconhecida, verdade.
Ele é confiante e resoluto. Há uma razão para que tantos criadores
famosos odeiem ou larguem a escola – eles não gostam de marchar na
cadência dos outros… (GARDNER, Howard. A Mente Criativa. Revista
Época Negócios, no2, Abril de 2007)
Wouk (2006) diz que a criatividade é a tradução dos talentos humanos para
uma realidade exterior que seja nova e útil, dentro de um contexto individual, social e
cultural. É, portanto, uma habilidade que irá gerar novidade e, com isso, ideias e
soluções úteis para resolver os problemas e desafios do dia-a-dia.
O que é Criatividade?
A criatividade pode receber várias definições a partir do ponto de vista com
que é questionada. Sob o ponto de vista humano, a criatividade é uma qualidade
adquirida e iniciada na infância que busca em idéias a fonte para criar novas coisas.
Durante essa fase é que o potencial criativo é ou não ativado. Esse, que é a
capacidade de produzir e transformar o ambiente segundo as necessidades, se
desenvolve graças aos estímulos e elogios que a criança recebe de outras pessoas.
A criatividade é uma qualidade adquirida por pessoas curiosas que buscam
inspiração em informações e têm a sensibilidade de percebê-las de forma diferente.
Pessoas criativas possuem comportamentos diferentes: são curiosas ao extremo,
são persistentes, são bem humoradas, são independentes em seus atos e
responsáveis por tais, possui rápida desenvoltura em atividades, fácil percepção,
habilidade no aprendizado e ainda são grandes visionárias, já que conseguem
prever as consequências possíveis de ocorrer em suas criações por erros ou
imprevistos.
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EXERCICIOS PROPOSTOS
UNIDADE 2
CLASSIFICAÇÃO DA INOVAÇÃO, MODELOS
DE INOVAÇÃO E CONDICIONANTES DA
INOVAÇÃO
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Bons estudos!!!
Conteúdo da Unidade
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O QUE É INOVAÇÃO?
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INOVAÇÃO TECNOLOGICA
Tipos de Inovação
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Inovação de Produto:
Uma inovação de produto é a introdução de um bem ou serviço que é novo ou
foi significativamente melhorado no que diz respeito às suas características ou usos
destinados. Isto inclui melhorias significativas nas especificações técnicas,
componentes e materiais, software incorporado, facilidade de utilização ou outras
características funcionais.
Exemplos de inovação de produto: o primeiro MP3 portátil; introdução da
travagem ABS, sistemas de navegação GPS (Sistema de Posicionamento Global) ou
outras melhorias de subsistemas em carros.
Inovação de Processo:
Uma inovação de processo é a implementação de um método de produção ou
de entrega novo ou significativamente melhorado. Isto inclui mudanças significativas
nas técnicas, tecnologia, equipamento e/ou software.
Exemplos de novos métodos de produção: são a implementação de um
novo equipamento automático numa linha de produção ou a implementação de
desenho assistido por computador para o desenvolvimento do produto. Um exemplo
de um novo método de entrega é a introdução de um novo sistema de controlo de
bens de código de barras ou RFID (Identificação por radiofrequência).
Inovação de Marketing:
Uma inovação de marketing consiste na implementação de um novo método
de marketing que envolva alterações significativas no desenho ou embalagem do
produto, posicionamento do produto, promoção do produto ou preço.
A inovação de marketing tem como objetivo melhorar a forma como o produto
vai ao encontro das necessidades do cliente, abrindo novos mercados, ou recém-
posicionando um produto da empresa no mercado com o objetivo de aumentar as
vendas da empresa. A inovação de marketing é a implementação de um método de
marketing que ainda não fora utilizado anteriormente pela empresa, como parte de
um novo conceito ou de uma nova estratégia de marketing que representa um
afastamento significativo em relação aos métodos existentes. Os novos métodos de
marketing podem ser implementados tanto para produtos novos como para produtos
já existentes.
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Inovação organizacional:
Uma inovação organizacional é a implementação de um novo método
organizacional na prática de negócios da firma, no local de trabalho, na organização
ou nas relações externas.
A inovação organizacional pode ter a intenção de aumentar o desempenho da
empresa reduzindo custos administrativos ou custos transacionais, melhorando a
satisfação no local de trabalho (e assim, a produtividade laboral), ganhando acesso
a bens não comercializáveis (tais como informação externa não codificada) ou
reduzindo os custos dos materiais.
A característica distintiva de uma inovação organizacional comparada com
outras alterações organizacionais numa firma é a implementação de um método
organizacional que ainda não foi utilizado na empresa.
Exemplos: da implementação pela primeira vez de práticas para o
desenvolvimento dos funcionários e melhorar a retenção do trabalhador, tais como
sistemas de educação e formação; a introdução pela primeira vez de sistemas de
gestão para a produção geral ou operações de materiais, tais como sistemas de
gestão de materiais em cadeia, reestruturação do negócio, manufatura enxuta e
sistemas de gestão da qualidade. (NETCOACH, 2013)
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Inovação Radical:
A inovação radical envolve a introdução de novos produtos ou serviços que se
desenvolvem em negócios novos maiores ou geram novas indústrias, ou que
causam uma mudança significativa numa indústria inteira e têm tendência para criar
novos valores.
Exemplo de inovação radical: a banca passou pelo menos por uma suave
metamorfose – máquinas multibanco, fundos disponíveis em praticamente qualquer
lugar do mundo com o cartão de plástico apropriado.
Inovação Revolucionária ou Disruptiva:
As descobertas são acontecimentos raros, que surgem do conhecimento
científico ou de engenharia. As descobertas criam algo novo ou satisfazem uma
necessidade anteriormente desconhecida. As grandes descobertas muitas vezes
têm utilizações e efeitos que superam aquilo que os seus inventores tinham em
mente. As descobertas podem lançar novas indústrias ou transformar as já
existentes. As descobertas também são chamadas inovação disruptiva.
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Inovação incremental:
A inovação incremental inclui a modificação, refinação, simplificação,
consolidação e melhoria dos produtos, processos, serviços e atividades de produção
e distribuição existentes. A maioria das inovações enquadra-se nesta categoria.
Alguns exemplos de inovação incremental:
Muitas das versões do Walkman da Sony não eram como o original, eram
modelos que se seguiram e foram construídos numa plataforma comum.
A maioria dos automóveis teve ligeiras melhorias anuais que, ao longo dos
anos, trouxeram grandes benefícios para a segurança, eficiência e conforto dos
utilizadores. (NETCOACH, 2013)
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Gestão da Tecnologia e Inovação 48
inovação têm sido relatados na literatura, entre eles o modelo de inovação aberta
(Open Innovation) e o de inovação distribuída (Distributed Innovation).
A busca de fontes externas de ideias remete à chamada “Open Innovation” ou
inovação aberta. Chesbrough (2006) define o conceito de inovação aberta como o
uso intencional dos fluxos internos e externos de conhecimento para acelerar a
inovação interna e a expansão de mercado para uso externo das inovações.
O entendimento da inovação aberta segundo Chesbrough (2006, p. 1), “é a
antítese do tradicional modelo de integração vertical”, e uma abordagem que se
baseia em caminhos e interações internas e externas para acelerar o processo de
inovação. Segundo o autor, a inovação aberta propõe que os resultados sejam
alcançados em atividades como a prospecção, análise e exposição de
oportunidades de inovação, usando tanto ideias externas como ideias internas e
caminhos internos e externos para alcançar o mercado.
Nesse conceito, outras empresas capazes de internalizar as tecnologias
desenvolvidas, podem licenciá-las, criando uma situação em que todos saem
ganhando. Da mesma forma, a empresa pode licenciar tecnologias desenvolvidas
por outras empresas ou laboratórios de pesquisa. Lopes e Teixeira (2009) destacam
que na inovação aberta as ideias/projetos e tecnologias deixam de ficar sem
utilização na empresa, uma vez que existe uma interação crescente com fontes
externas e com o mercado, potencializando a comercialização e a exploração
econômica das mesmas.
Dentre os benefícios da inovação aberta, Chesbrough (2006) destaca a
expansão do alcance e capacidade para gerar novas ideias e tecnologias; a
capacidade de realizar pesquisas estratégicas com baixo nível de risco e poucos
recursos; a possibilidade de extensão e/ou diversificação do negócio, criando-se
novas alavancas para crescimento e a potencialização do retorno sobre os
investimentos em P&D.
De acordo com Moreira et al.(2008), nesse modelo as organizações podem
comercializar tecnologias internas ou externas e utilizam recursos internos ou
externos na execução de projetos. Os projetos podem ser iniciados pela própria
empresa ou por outros atores externos, podendo ser transferidos para outras
empresas em qualquer etapa de desenvolvimento.
A inovação distribuída é realizada em torno de um bem comum, com a
participação de muitas pessoas, e por muitas vezes de forma voluntária. Para Lohr
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reside principalmente na periferia, como cita Cordeiro (2007 p.3), ela encontra-se
“funcionalmente dispersa. A inovação é incentivada e emerge ao nível da periferia;
ela entra na rede de forma independente e acaba por se incorporar em sistemas
mais complexos quando e se contribui para melhorar a performance do todo”.
(TRENTINI, 2012)
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Gestão da Tecnologia e Inovação 51
às mudanças externas. Daí uma importante lição: quanto maior a participação social,
melhor será para a adoção de práticas criativas e inovadoras. Autoritarismo e
instabilidade política vão em direção contrária ao esforço inovativo
Por sua vez, um sucesso inovador passa por um aprendizado que envolve
tentativa e erro, certa tolerância para experimentação e um grau de aceitação das
falhas. Alcançar essa realidade não é algo trivial no setor público, pois abarca uma
mudança de cultura, tanto interna quanto externa à organização, que compreenda
esse tipo de tensão.
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Técnicos
Econômicos
Institucionais
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Econômico
Social
Ambiental
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Legislação
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Lei do Bem
A Lei n° 11.196, de 21 de novembro de 2005, conhecida como Lei do Bem,
em seu Capítulo III, artigos 17 a 26, regulamentado pelo Decreto n° 5.798, de 7 de
junho de 2006, consolida os incentivos fiscais que as pessoas jurídicas podem
usufruir de forma automática desde que realizem pesquisa tecnológica e
desenvolvam inovação tecnológica.
O Capítulo III foi editado por determinação da Lei n° 10.973/2004 – Lei da
Inovação – com o intuito de fortalecer o novo marco legal para apoio ao
desenvolvimento tecnológico e à inovação das empresas brasileiras.
Os benefícios gerados por esse capítulo da Lei do Bem são baseados em
incentivos fiscais, tais como:
- deduções de Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Lí-
quido (CSLL) de dispêndios efetuados em atividades de P&D;
- redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na compra de
máquinas e equipamentos para P&D;
- depreciação acelerada desses bens;
- amortização acelerada de bens intangíveis;
- redução do Imposto de Renda retido na fonte incidente sobre remessa ao
exterior resultante de contratos de transferência de tecnologia (revogado pela MP
497, de 27 de julho de 2010);
- isenção do Imposto de Renda retido na fonte nas remessas efetuadas para
o exterior destinadas ao registro e à manutenção de marcas, patentes e cultivares;
- subvenções econômicas, incorporadas à linha de financiamento Finep Inova
Brasil – regulamentada pela Portaria MCT n° 557–, concedidas em virtude de
contratações de pesquisadores, titulados como mestres ou doutores, empregados
em empresas para realizar atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação
tecnológica. (MINISTÉRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA, 2014).
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AS: Como o incentivo é maior para empresas do lucro real, e como depende
de certo know-how para se aproveitar da Lei, as maiores beneficiadas são as
grandes empresas, que se concentram no Estado de São Paulo. Para saber os
valores e percentuais exatos, seria preciso fazer um levantamento junto ao MCT e
Receita Federal.
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http://www.portalinovacao.mct.gov.br/pi/#/pi
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EXERCICIOS PROPOSTOS
2 – O que você entende por Inovação? Faça uma reflexão com base nos conceitos
dos autores apontados nesta unidade:
5 LINHAS
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UNIDADE 3
TECNOLOGIA, TIPOS DE TECNOLOGIAS E
CLASSIFICAÇÕES
Bons estudos!!!
Conteúdos da Unidade
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3 TECNOLOGIA
“1. Tratado das artes em geral. 2. Conjunto dos processos especiais relativos
a uma determinada arte ou indústria. 3. Linguagem peculiar a (um ramo
determinado do conhecimento, teórico ou prático. 4. Aplicação dos
conhecimentos científicos à produção em geral: Nossa era é a da grande
tecnologia. T. de montagem de superfície, Inform: método de fabricação de
placas de circuito, no qual os componentes eletrônicos são soldados
diretamente sobre a superfície da placa, e não inseridos em orifícios e
soldados no local. T. social, Sociol: conjunto de artes e técnicas sociais
aplicadas para fundamentar o trabalho social, a planificação e a engenharia,
como formas de controle. De alta tecnologia, Eletrôn e Inform:
tecnologicamente avançado: Vendemos computadores e vídeos de alta
tecnologia. Sin: high-tech.”
Além desta definição, vale citar que a palavra tecnologia tem sua origem do
grego "tekhne" que significa "técnica, arte, ofício" em conjunto com o sufixo "logos",
que também é de origem grega, e que significa "estudo".
Sendo assim, Tecnologia é o estudo da arte, o estudo da técnica, o estudo do
ofício de se fazer algo bem feito.
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No século XXI, temos uma presença cada vez maior de empresas japonesas,
chinesas, indianas e coreanas, assim como contribuições significativas da Europa
em biotecnologia e telecomunicações.
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informação. Isso aconteceu ao mesmo tempo em que alguns estudiosos, bem como
a própria evolução dos idiomas, começaram a tratar a tecnologia de forma um pouco
diferente.
Assim, podemos identificar que a relação entre ciência e tecnologia vai aos
poucos modificando o indivíduo e as sociedades; esta mudança ocorre
independente da utilização que se faça da tecnologia. Atualmente não conseguimos
separar ciência e tecnologia por sua dependência e interdependência. Sancho
(1988, p.30) comenta que toda e qualquer tecnologia vai aos poucos e
gradativamente criando um ambiente humano totalmente novo.
A absorção da tecnologia pela cultura ocorre a partir de valores pré-
estabelecidos pelas sociedades. Segundo (SANCHO, 1998, p.33-34), a tecnologia
constitui um novo tipo de sistema cultural que reestrutura o mundo social e ao
escolhermos as nossas tecnologias nos tornamos o que somos e desta forma
fazemos uma configuração do nosso futuro. Existe, historicamente, um vínculo entre
tecnologia e o sonho de progresso que por sua vez está associado a alguns valores
judaico-cristãos nas sociedades ocidentais, o argumento da evolução na produção
de máquinas que gera uma desculpa para o seu uso a partir de problemas gerados
pelas necessidades ou ainda pela decisão de uso.
Atualmente, afirmar que a tecnologia é um processo de desenvolvimento,
uma forma de vida, um habitat humano, vincula a tecnologia ao acervo cultural de
um povo, estando condicionada às relações sociais, políticas e econômicas que se
constituem em um espaço e num tempo determinados (SENAC, 2001, p.56). Este
raciocínio nos remete ao conceito de cultura:
“É um processo contínuo de criação coletiva, um fenômeno plural e multiforme que não se
manifesta apenas como produção intelectual e artística e mesmo científica; ela está
presente nas ações cotidianas, na forma de comer, de vestir, de relacionar-se com o vizinho,
de produzir e utilizar as tecnologias. As realizações humanas constituem manifestações
culturais e são consideradas, portanto, produções tecnológicas”. (SENAC, 2001, p.56).
E ainda:
“O homem enche de cultura os espaços geográficos e históricos. Cultura é tudo que
é criado pelo homem” (FREIRE, 2003, p. 30).
Quando trazemos este componente cultural para compor a visão de
tecnologia, estamos falando não só de tecnologias instrumentais, mas também de
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CIBERCULTURA
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tantos atributos são delegados ao universo virtual, assim como os problemas que
dela fazem parte, como isolamento e sobrecarga cognitiva, informações duvidosas,
dependência e infoexclusão de milhares de pessoas que também querem fazer
parte dessa cultura global, mas que, por algum motivo, geralmente de cunho
econômico, estão longe de se tornar ciberculturais e integrantes de alguma geração
digital.
O conceito de cibercultura
A ausência de significado explícito na literatura nos condiciona ao étimo da
palavra “cibercultura”. Assim, em sentido estrito, temos o prefixo “ciber” (de
cibernética) + “cultura” (sistema de ideias, conhecimentos, técnicas e artefatos, de
padrões de comportamento e atitudes que caracteriza uma determinada sociedade).
No entanto, o ambíguo conceito sofre variações a partir do referencial etimológico,
pois cada autor exprime uma conotação ideológica e descritiva própria que nem
sempre é compartilhada por seus pares. Desse modo, optei por aqueles que se
dedicam ao estudo das práticas tecnossociais da cultura contemporânea e de suas
novas formas de sociabilidade, comutadas do mundo físico para o universo virtual
(Teixeira, 2012a).
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A adaptação, porém, requer uma estratégia bem definida, com base em uma
clara compreensão da nova cultura emergente, dos valores explícitos e objetivos
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NOTA
1. O autor agradece à Fundação para a Ciência e a Tecnologia de Portugal (FCT), ao Programa
Operacional Potencial Humano de Portugal e ao Fundo Social Europeu.
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Convém ter em conta que a ideia de tecnologia de ponta se refere àquilo que
há de mais avançado numa determinada época. À medida que o tempo passa, os
produtos deixam de ser inovadores, tornam-se obsoletos e acabam por ser
substituídos por outros. Estes novos produtos são aqueles que terão, por algum
tempo, a denominação de tecnologia de ponta.
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Tablet 3 D do Brasil
Isso pode ocorrer por várias razões, tais como: porque a lei não permite
patentear aquela determinada tecnologia (como é o caso das técnicas e métodos
operatórios ou cirúrgicos e os métodos de negócios), ou porque a tecnologia já foi
divulgada de alguma maneira (publicação em revista técnica, exposição em feira,
etc.), não preenchendo mais o requisito da novidade, ainda que essa divulgação
tenha se dado de forma que não permita a plena absorção do conhecimento. Nestes
casos, a solução para proteger a tecnologia é implantando medidas para que o
seu know how não se torne totalmente acessível às pessoas que venham ter acesso
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Gestão da Tecnologia e Inovação 84
a ela. Essa regra também se aplica quando a tecnologia, mesmo que patenteável,
não o for por uma opção estratégica do inventor, como ocorreu com a fórmula da
Coca-Cola.
Sob o ponto de vista legal, o que se deve ter em mente é que aquilo que é
confidencial deve ser tratado como tal. Caso contrário, será difícil convencer um juiz
que aquele que teve acesso à tecnologia agiu de forma fraudulenta. Apesar do
segredo de negócio ou de indústria não ter o status de um direito de propriedade,
como acontece com as patentes, a sua proteção é possível com base nas normas
que reprimem os atos de concorrência desleal. A nossa legislação considera como
tal a divulgação, exploração ou utilização de conhecimentos, informações ou dados
confidenciais a que alguém teve acesso em função de uma relação empregatícia ou
contratual que mantinha com o detentor desses conhecimentos, informações ou
dados. Também é considerado como ato de concorrência desleal a divulgação,
exploração ou utilização dessas informações por parte daquele que a obteve de
forma ilícita, como é o caso, por exemplo, de quem alicia empregado de concorrente
mediante pagamento, oferta de trabalho ou qualquer outro meio, para obter
informações privilegiadas.
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Se patentear não for possível (ou desejável), então vamos fazer o possível
para proteger as nossas tecnologias. (JUCÁ, 2013)
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Por que é importante obter a certificação ISSO e o que vem a ser esta
certificação?
ISO é uma norma com diretrizes básicas para o desenvolvimento de um
sistema de gestão, sua sigla corresponde International Organization for
Standardization em português é Organização Internacional de Padronização, é uma
organização não governamental e foi fundada em 1947 em Genebra. Sua função
principal é instaurar a normatização de produtos e serviços, fazendo uso de
determinadas normas, sempre buscando a melhora na qualidade de produtos e
serviços.
No Brasil a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) é quem
regulamenta a ISO, viabilizando suas normas e especificações de produtos em
diversos segmentos. A importância de se obter a certificação ISO é que as empresas
se comprometem com suas práticas sustentáveis, na busca de aceitação de seus
produtos e serviços junto a seus clientes e abrindo suas operações para o mercado
externo.
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Gestão da Tecnologia e Inovação 90
Ter este Sistema Gerencial voltado para a qualidade envolve diversos fatores,
como o envolvimento das pessoas, que são a essência da organização, que devem
manter um ambiente interno de trabalho que permita interação fazendo-os atingir os
objetivos organizacionais; compreendendo qual a sua contribuição, de forma a
potencializar o seu comprometimento e engajamento na realização das atividades
que lhes são atribuídas. No que tange aos resultados, estabelece-se que este é
atingido de forma mais eficiente quando as atividades e os recursos associados são
gerenciados pela abordagem por processos, ou seja, uma análise e modelagem
para a implementação dos melhores processos de negócios, normalmente mudando
a estrutura da organização.
Dentre os muitos benefícios trazidos pela adequação a ISO 9001, podemos
dividi-los em:
Qualitativos:
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2 - A uniformização da produção;
Quantitativos:
5 - Aumento de produtividade;
6 - Melhoria da qualidade;
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
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5 LINHAS
2 – O que é Cibercultura?
5 LINHAS
4 – Com suas palavras, responda: Por que é importante proteger sua Tecnologia?
5 LINHAS
UNIDADE 4
GESTÃO DA INOVAÇÃO TECNOLÓGICA
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Gestão da Tecnologia e Inovação 93
Bons estudos!!!
Conteúdo da Unidade
Para não ficarmos em apenas uma definição sobre o tema que é abrangente
e amplo, vamos ver como define o Centro de Caraterização e Desenvolvimento de
Materiais (CCDM):
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Importante destacar que China e Índia são exemplos de países com sua
economia emergente, estes países têm intensificado seus investimentos em
tecnologia pois a tecnologia é um fator primordial para seu desenvolvimento. Países
que investem em tecnologia e em parcerias tecnológicas conseguem criar e
transferir tecnologia mais facilmente. A tecnologia e o conhecimento são elementos
determinantes do desenvolvimento econômico e social das nações. Os países que
investem em tecnologia e possuem parceiros tecnológicos, conseguem criar e
transferir tecnologia mais facilmente. Essas ações contribuem para o crescimento e
desenvolvimento econômico dessas nações.
Nos Estados Unidos, por exemplo, este caminho começou a ser percorrido
ainda no início do século XX. Hoje, universidades com notoriedade em produção
científica reconhecem a “geração de riquezas para a sociedade” como parte formal
de sua missão. A riqueza em questão materializa-se, na maioria dos casos, através
da transferência tecnológica a empresas já constituídas ou, como é bastante
frequente, para novas empresas criadas por empreendedores-cientistas
especificamente para receber as tecnologias desenvolvidas nos laboratórios
universitários (Santos, 2006).
Ainda hoje, quando muitas empresas multinacionais de países emergentes já
possuem condições de competir em mercados globais, é aconselhável que elas
escolham países onde possam ter melhores condições de sucesso. Tais empresas
têm custos menores, se adaptam aos mercados emergentes, e se expandem
globalmente fabricando os mesmos produtos que lhes deram a liderança doméstica.
É necessário experimentar novos instrumentos e políticas de gestão –
colaborações, alianças com empresas tradicionais e contratação de pessoas chave
que conheçam os mercados onde elas querem se instalar. E se preparar para a
perda das vantagens de custos, construindo capacitação para competir em níveis
superiores da cadeia de produção e usando sua liderança em operações domésticas
para adquirir negócios em decadência.
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http://www.cgti.org.br/cgti/
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Análise SWOT
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Monitoramento tecnológico
Benchmarking
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http://www.youtube.com/watch?v=G-EAuntO_L4
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Mapeamento de competências
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Gestão do conhecimento
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inovação para a sua inserção no mercado. Não obstante, para que essa ferramenta
seja efetivamente aproveitada, ela precisa ser gerenciada, de maneira que se alinhe
às prioridades estratégicas da empresa. A abordagem Funil de Inovação
desenvolvida por Clark e Wheelwright (1993), é muito empregada nas indústrias de
bens de consumo, nas quais o volume de ideias para novos produtos tende a ser
muito maior.
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Gestão da Tecnologia e Inovação 111
Ø Auditoria de
inovação
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ambientais
Ø Contabilidade
total dos custos
Ø Relatórios
ambientais
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Ø Posição
tecnológica
competitiva x
maturidade
industrial
Ø Orçamento anual
x impacto
competitivo da
tecnologia
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Ø Diagramas de
fluxo
Ø Planilhas de
verificação
Ø Desmembrament
o de política
3- Vigilância Tecnológica
4- Marketing de Inovação
7- Benchmarking
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8- Avaliação de Tecnologias
9- Clinicas Tecnológicas
licenciamento
Desenvolvimento de novos 11- Gestão de Projetos
Produtos e
12- Desenvolvimento e Design de Produtos
Serviços
13- Re-engenharia de Processos de Negócios
MRP
Fonte: INNOREGIO. Development & Difusion of innovation and Technologies. Disponível em:
<http://innoregio.urenio.org/index.asp>. Acesso em: 07 nov. 2006.
116
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Pois então, partimos desta citação para compreender melhor, ou através dela
produzir uma nova visão sobre aspectos organizacionais, importante saber que
alguns estudiosos da Administração, abordam este assunto com distanciamentos.
Schein (2009), que conceitua cultura organizacional como um modelo que um grupo
inventou, descobriu ou desenvolveu no processo de aprendizagem para lidar com
problemas de adaptação e integração.
Horta e Cabral (2008), já apontam para uma cultura organizacional, com seus
elementos, tais como valores e pressupostos, preponderantes na conduta das
organizações se traduzem em formas culturais que orientam e influenciam diversos
comportamentos, inclusive aqueles voltados para a inovação. Porém nem todas as
empresas possuem valores e pressupostos característicos de uma cultura
organizacional voltada para a inovação. Cultura organizacional e Inovação podem
apresentar- se como temas opostos, mas estão reunidos em sua essência.
118
Gestão da Tecnologia e Inovação 119
crenças, por que se isto não ocorrer, causará ruídos e conflitos de interesses, sendo
prejudicial para a empresa.
Será que nós estamos ou as organizações estão prontas para entender que cultura
organizacional é uma das principais funções da liderança de uma organização? Que
o aprendizado é realizado por todos os componentes desta organização?
Schein (2009) aponta que existem várias culturas diferentes em uma mesma
organização e aprofundando um pouco mais sobre a cultura organizacional, o
mesmo autor demonstra que existem três níveis que devem se manifestar dentro da
cultura organizacional:
a) Artefatos: nível mais superficial, ou seja, a forma como as pessoas vestem
e falam, o ambiente físico de trabalho, a estrutura hierárquica;
b) Valores e Crenças: referem-se às justificativas dadas pelas pessoas
devido a seu comportamento, funcionam como regras de comportamento;
c) Pressupostos/Suposições Básicos: são crenças profundas e
inquestionáveis, compartilhadas pelas pessoas da empresa e uma forma
para identificá-los seria uma análise da discrepância entre discurso e
prática.
Schein (2009) detalha ainda que os artefatos têm a ver com os produtos
visíveis do grupo, a exemplo do seu ambiente físico, linguagem, tecnologia, criações
artísticas, estilo das vestimentas, maneiras de se comunicar, manifestações
emocionais, mitos e histórias contadas sobre a organização, listas de valores,
cerimônias observáveis, propósitos organizacionais, procedimentos, ou seja, todos
os fenômenos que se vê, ouve e sente quando encontra um novo grupo com uma
cultura não familiar. São fáceis de observar, mas difíceis de decifrar.
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http://www.youtube.com/watch?v=CgS5dj27zcs
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Gestão da Tecnologia e Inovação 123
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http://www.progep.org.br/MelhoresEmpresas/InfoDocs/Forms/DispForm.aspx?ID=57
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http://www.youtube.com/watch?v=M6iB53V6dJI
Qual é a relação das perguntas feitas no início com estes autores do século
passado? Podemos iniciar dizendo que fatores psicológicos e sociais são
influenciadores na produtividade, deve-se valorizar as relações humanas no
trabalho, onde constata-se que nestas relações seus estados em expressões
individuais e grupais, afetam profundamente a produtividade. Destacando também
que as organizações são sistemas abertos e que devem encontrar uma relação
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Marcos Assi
(consultor da MASSI Consultoria – Prêmio Excelência e Qualidade Brasil 2013, professor de MBA na
FIA, Saint Paul Escola de Negócios, UBS, Centro Paula Souza, USCS, Trevisan Escola de Negócios,
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Gestão da Tecnologia e Inovação 130
entre outras, autor dos livros “Controles Internos e Cultura Organizacional – como consolidar a
confiança na gestão dos negócios” e “Gestão de Riscos com Controles Internos – Ferramentas,
certificações e métodos para garantir a eficiência dos negócios”)
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Gestão da Tecnologia e Inovação 131
“Nada é mais difícil de realizar, mais perigoso de conduzir, ou mais incerto quanto ao
êxito, do que uma nova ordem das coisas, porque a inovação tem como inimigos
todos os que prosperaram sob as condições antigas e, como tímidos aliados, os que
podem se dar bem nas novas condições.”
E atualmente vivemos uma nova ordem das coisas, mudança de paradigmas,
posturas, culturas e buscar alinhar o negócio com a inovação e sempre que possível
sermos conservadores, mas sem travar os processos e a busca pelos resultados.
Em um treinamento fui questionado sobre como era há 20 anos atrás sem normas e
procedimentos de controles internos, compliance, segurança da informação e riscos,
e simplesmente respondi que:
“Há anos atrás tínhamos um MNI (Manual de Normas Internas) e não possuíamos
um leque de informações, sistemas (tecnologias) e empresas do porte atual, o
mundo mudou e necessitamos nos adaptar as mudanças, pois não são somente
hardwares e softwares que ficam obsoletos, as pessoas também, e quem não
acompanhar será reconhecido como “dinossauro”, portanto as mudanças estão aí e
os desafios são nossos, já pensou nisso?”.
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EXERCÍCIOS PROPOSTOS
5 LINHAS
5 LINHAS
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Gestão da Tecnologia e Inovação 137
__________ FREIRE, Paulo. Educação e mudança. 27ª edição, Rio de Janeiro: Paz
e Terra, 2003.
137
Gestão da Tecnologia e Inovação 138
GAMA, Cerqueira Apud. Requião, Rubens. Curso de Direito Comercial. São Paulo,
Saraiva, 19 a ed, 1 o vol., 1989, p.223.
138
Gestão da Tecnologia e Inovação 139
HAMEL, Gary. Competindo pelo futuro: estratégias inovadoras para obter o controle
do seu setor e criar os mercados de amanhã. Campus, 2005.
JUCÁ, Fernando. Como proteger sua Tecnologia sem usar Patentes. Disponível em:
<http://www.endeavor.org.br/artigos/operacoes/aspectos-juridicos-propriedade-
intelectual/como-proteger-sua-tecnologia>.
Acesso em: 15/12/2013.
139
Gestão da Tecnologia e Inovação 140
http://fipase.com.br/pt/images/stories/Publicacoes/cartilha_gestao_inovacao_cni.pdf.
Acesso em: 15/12/2013.
NETO, Ivan Rocha. Tecnologias Sociais: conceitos & perspectivas. Revista Diálogos,
v. 2, 2009. Disponível em: http://www.rts.org.br/bibliotecarts/estudos-e-
pesquisas/ts_conceitos_perspectivas_ivan_rocha_neto.pdf. Acesso em 28/11/2013.
PARANHOS, Felipe. Para que serve o ISSO 9001? Disponível em: <
http://www.oficinadanet.com.br/post/11745-para-que-serve-iso-9001>. Acesso em:
08/12/2013.
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/schumpeter-capitalismo,%20socialismo%20e%20democracia.pdf. Acesso em
07/12/2013.
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