Monografia Pedagogia
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SÃO LUIZ/MA
2016
Jacicréia Ribeiro da Cruz
SÃO LUIZ/MA
2016
Jacicréia Ribeiro da Cruz
Aprovado em ____/____/_____
SÃO LUIZ/MA
2016
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus em primeiro lugar por essa conquista. A meu esposo Augusto
Cesar por participar intensamente nesse processo de vitória. Ao meu filho Marcus
Guilherme, de 5 anos, que em muitos finais de semana teve que ficar longe de mim.
A minha mãe Maria Antônia por estar sempre me incentivando nesses momentos.
Ao meu Pai José Inácio por ser um grande ombro amigo nos momentos difíceis. E
aos meus irmãos pelo incentivo a minha vitória.
Mestre não é quem sempre ensina, mas
quem de repente aprende.
(Guimarães Rosa)
RESUMO
The play is part of childhood, and through this enables a repertoire of developments,
whether in the cognitive sphere, and in the social, biological, motor and affective. In
addition to finding pleasure and satisfaction, throwing the child to socialize and learn,
and you can play your reality through the imagination, thus expressing his troubles,
difficulties, through the words would be difficult. The aim of this study is to discuss
the importance of the play in the children's teaching-learning process seeking to
understand the importance of games and activities as effective subsidies in the
construction of children's knowledge through stimulations necessary in the production
of their learning. The content that stood out in this research were the thoughts of the
great theoreticians of history, that at some point in their life have been dedicated to
understanding the use of play in child development, which were Wallon, Vygotsky,
Huizinga, Piaget, Kishimoto and Friedmann. part of a creative and design
documentation. Such research involves the survey of bibliographies of data already
published about the study. The playfulness is a great laboratory for the development
of children, it deserves attention of parents and educators, it is through play that
children discover yourself and the other as well as being a significant and
indispensable element for the child can learn with pleasure, functioning as useful and
necessary for life exercises.
1. INTRODUÇÃO........................................................................................ 8
3. A IMPORTÂNCIA DO ESPAÇO............................................................. 14
4. A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR............................................................ 17
4.1. O Brincar e a Escola................................................................................ 18
4.2. O Brincar entre Pais e Filhos................................................................... 23
6. CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA................................................................. 28
6.1. O Brincar e a Criança.............................................................................. 29
6.2. O Brincar no Contexto da Escola............................................................ 29
CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................... 35
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................... 37
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1. INTRODUÇÃO
ele não segura por tanto tempo, portanto, nenhum problema ocorre com essas
brincadeiras.
De acordo com que Machado (2003) diz a mãe também brinca com seu bebê
mesmo antes de ele nascer, pois fica imaginando como será ser mãe, e associa as
lembranças de quando brincava com sua boneca. Assim, quando o bebê nasce, já
há uma relação criada da mãe para com o bebê e do bebê para com a mãe, pois
esse já reconhece sua voz. No princípio, a relação acontece como se o bebê fosse o
brinquedo de sua mãe e ao interagir com ele diariamente, a criança vai aprendendo
a linguagem do brincar e se apropriando dela.
Nessa relação contínua, o bebê vai se diferenciando de sua mãe e começa a
criar outros parceiros, que são os outros adultos com quem ela irá interagir. Esses
parceiros precisam lhe propiciar um ambiente que permita a criança ser criança e
desenvolver-se utilizando o corpo e os seus sentidos, sentindo-se livre para criar o
seu brincar.
Dessa forma, a criança se desenvolve através das interações que estabelece
com os adultos desde muito cedo. A sua experiência sócio histórica inicia-se nessa
interação entre ela, os adultos e o mundo criado por eles, e quando os pais
estimulam seus filhos durante a brincadeira, se tornam mediadores do processo de
construção do conhecimento, fazendo com que seus filhos passem de um estágio de
desenvolvimento para outro.
Para Winnicott (1975, p. 139), “o lugar em que a experiência cultural se
localiza está no espaço potencial existente entre o indivíduo e o meio ambiente
(originalmente, o objeto)”. Dessa mesma forma ocorre o brincar, pois para o autor a
experiência criativa começa quando se pratica essa criatividade e isso se manifesta
primeiro através da brincadeira.
No entanto, para esse autor é importante que o adulto não interfira nesse
momento, pois as descobertas e o amadurecimento que o bebê desenvolverá nesse
processo serão fundamentais para o começo de sua atividade cultural. Mas,
paradoxalmente, Winnicott (1975), afirma que, será necessário que o adulto esteja
sempre disponível e atento ao bebê, pois a autonomia e a capacidade criadora são
desenvolvidas em longo prazo, e para isso o adulto deverá estar presente sempre
que solicitado, mas não de forma retaliativa nem invasiva.
É por isso que não se deve pensar que a criança é apenas aprendiz,
reprodutora de cultura e conhecimento, um ser frágil e vulnerável, mas, na verdade,
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ela é tão sujeito quanto o adulto, ela é co-construtora. De acordo com o que Perrotti
(1990) diz, podemos dizer que, conceituá-la como ser passivo é, infelizmente,
normal, pois nunca se considerou que a criança possui cultura própria. Assim, para o
autor, a sociedade nega que a criança possua um lugar ativo nessa cultura, sendo
essa afirmativa, uma imposição do sistema que visa classificar os indivíduos
segundo o nível quantitativo de produção que eles mantenham.
Segundo Perrotti (1990, p.18):
3. A IMPORTÂNCIA DO ESPAÇO
... assim, além das crianças, dos adolescentes e dos jovens atualmente não
possuírem o espaço da rua para desenvolver a socialização, também não
possuem um rol de convivência familiar que lhes permita estabelecer
maiores relações com o diferente (em idade, gênero, classe social, étnica,
geracional e outros).
4. A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR
O brincar vai desde a sua prática livre até uma atividade dirigida, com regras
e normas. Os jogos são ótimos para desenvolver o raciocínio lógico, e também para
o desenvolvimento físico, motor, social e cognitivo, e atualmente a aplicação desta
nova maneira de transmissão de conhecimento é até mais fácil pelos recursos e
metodologias disponíveis para o professor.
Apesar da visão renovada das possibilidades de utilização dos jogos na
escola, o jogo ainda está muito distante de ser integrado realmente como recurso e
metodologia.
Em geral, o uso dos jogos no cotidiano escolar se restringe a atividades
extremamente dirigidas, que contribuem muito pouco para o desenvolvimento da
autonomia, da criatividade e da produção de cultura.
Segundo Carneiro e Dodge (2007, p.91):
Então, podemos dizer que isso é uma difícil tarefa a ser resolvida, porque
nem sempre a instituição de ensino atribui o devido valor ao brincar, o que acontece
no máximo é integrar a brincadeira fazendo uma atividade dirigida, e também
depende do profissional de educação estar preparado para mudanças e usar isso no
seu cotidiano.
Em outros idiomas é usado um único termo, que é o jogar, como por exemplo,
em inglês (play) e em alemão (spielen).
A palavra brincar, no entanto, só existe na nossa língua. Segundo o site
www.dicionárioportugues.com.br (02/06/09): Brincar significa divertir-se, folgar/
zombar, escarnecer/ proceder levianamente.
Para a palavra brincadeira temos: ação de brincar, divertimento/ gracejo,
zombaria/ qualquer coisa que se faz por imprudência ou leviandade e que custa
mais do que se esperava.
Para recreação temos: interrupção do trabalho para descanso e higiene
mental.
Para recrear temos: proporcionar recreio a, divertir, distrair.
Para jogo temos: ação de jogar, folguedo, brinco/ o que serve para jogar/
exercício ou divertimento sujeito a certas regras/ passatempo em eu se arrisca
dinheiro/divertimento publico composto de exercícios esportivos/ maneiras de jogar.
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se torna o mais importante, mas o ato de brincar. O momento que família dedica ao
filho, abrindo mão de formalidades, sentando no chão, mudando a voz, fazendo
personagens, inventando brincadeiras, trocando de papéis.
As famílias modernas acabaram deixando a brincadeira de lado. Não há
tempo.
Os pais saem de casa para o trabalho antes de seus filhos acordarem e
quando voltam, eles já estão dormindo. A mãe saiu para o mercado de trabalho,
sobrou pouco tempo para brincar com suas crianças.
Assim, para preencher o espaço deixado por eles, os DVDs, os jogos
eletrônicos, até os cursos de idiomas, esportes, etc. são usados para isso.
Os pais deveriam no mínimo conhecer e reconhecer os benefícios que o ato
de brincar proporciona às crianças. Assim, além de mudarem suas posturas,
valorizariam mais o brincar dessas crianças na escola.
No entanto, é importante ressaltar que apesar dos grandes benefícios que o
brincar na escola proporciona nada pode substituir a brincadeira entre pais e filhos,
pois os benefícios da troca entre os progenitores e seus descendentes geram
confiança e estabilidade para que essas crianças se sintam preparadas para
interagir com novas comunidades, a escola, por exemplo.
Em relação aos benefícios do brincar, podemos dizer que estão ligados ao
desenvolvimento infantil. Tanto o brincar pelo brincar, quanto o brincar dirigido
(jogos), faz bem à criança e ao seu desenvolvimento em todos os aspectos.
Mas cabe uma observação, é extremamente importante divulgar entre os
pais, responsáveis, profissionais da educação, os benefícios que o brincar traz para
o desenvolvimento das crianças. Quando as crianças são estimuladas, o
reconhecimento dos benefícios tem um valor muito maior. E conforme já foi citado
anteriormente, os pais podem exercer um papel importantíssimo no brincar de seus
filhos.
Como já mencionamos anteriormente são inúmeros os benefícios causados
pelo brincar, sendo eles alguns aqui citados, deixa as crianças mais felizes e
alegres, bem como as diverte, desenvolve habilidades físicas, ensina a respeitar as
regras, ajuda na socialização, no aprendizado, na criatividade, na relação com o
próximo.
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Referindo-se a faixa etária dos sete anos, Wallon (1979) demonstra seu
interesse pelas relações sociais infantis nos momentos de jogo:
"A criança concebe o grupo em função das tarefas que o grupo pode
realizar, dos jogos a que pode entregar-se com seus camaradas de grupo, e
também das contestações, dos conflitos que podem surgir nos jogos onde
existem duas equipes antagônicas”. (Wallon p.210)
6. CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA
A criança é um sujeito social e histórico que têm direitos e que faz parte de
uma organização familiar que está inserida numa sociedade, com uma
determinada cultura, em um determinado momento histórico. A infância é
uma fase aonde as crianças aprendem valores que servirão para a vida
toda, para que isso ocorra devemos valorizar suas particularidades.
(BRASIL, 1998)
Conceber a criança como o ser social que ela é significa considerar que ela
tem uma história; que pertence a uma classe social determinada; que
estabelece relações definidas segundo seu contexto de origens; que
apresenta uma linguagem decorrente dessas relações sociais e culturais
estabelecidas. (KRAMER 1996 apud BATISTA 2009)
É importante que tenhamos claro que quanto mais a criança brinca, mais é
levada a organizar e a reorganizar os seus processos de pensamento, ao
mesmo tempo em que conquista as mudanças qualitativas mais
significativas em sua personalidade. (PASCHOAL E MACHADO, 2008,
p.55).
O trabalho direto com crianças pequenas exige que o professor tenha uma
competência polivalente. Ser polivalente significa que ao professor cabe
trabalhar com conteúdos de naturezas diversas que abrangem desde
cuidados básicos essenciais até conhecimento específico provenientes das
diversas áreas do conhecimento.
O profissional que executa esta função deve ter uma competência simultânea
em relação à aplicação dos conteúdos. Esta formação deverá ser ampla e continua,
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pois tem que abranger diversas áreas de conhecimento no que se refere à educação
infantil.
Ressaltado que o profissional deve estar preparado para adquirir novos
conhecimentos, pois assim, ele estará em constante aprendizado. Atualmente
muitos conflitos têm surgido na prática do ensino em que diz respeito às simpatias
que alguns profissionais desenvolvem em relação a algumas crianças, destacando
suas preferências e afinidade.
No entanto o perfil do profissional é de manter uma ralação ampla em que
todos devem ser tratados da mesma forma, como por exemplo, ele não poderá
elogiar somente uma criança, tem que levar em conta as demais, para não despertar
o sentimento de rejeição.
Autor relata que o professor precisa conhecer os seus alunos para verifica o
grau de raciocínio da turma para depois, então, sugerir as atividades que deverá ser
aplicado, para que ele não venha a interferir no desenvolvimento intelectual da
criança.
Para Machado:
O lugar dos jogos livres em relação aos jogos dirigidos varia muito de uma
creche a outra. Os membros do estabelecimento organizam atividades
dirigidas, trabalhos manuais, por exemplo, em função de seus interesses e
competências. (1998, p. 184).
O autor menciona sobre os jogos livres em relação com jogos os dirigidos, ele
diz que ambiente é escolhido de acordo com a instituição, não é uma regra definida,
mas que deve ser realizado em relação aos interesses da mesma.
Outro ponto importante na educação é sobre a valorização da comunicação
entre os alunos, levando para o sentido de está ajudando os seus colegas a busca o
seu próprio conhecimento através do diálogo entre eles. É claro que o professor
dever intervir em alguns momentos, para que a atividade não venha toma outro
curso além do esperado. Sem acelerar o desenvolvimento da criança ou apressá-lo
de um estágio para o outro. No entanto o professor dever a assegurar que o
desenvolvimento dentro de cada estágio seja respeitado integralmente e completo.
Para Kishimoto:
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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