milene
milene
milene
SÃO PAULO
MILLENE DE ALMEIDA PIRES
CRUZEIRO-SP
2024
MILLENE DE ALMEIDA PIRES
CRUZEIRO-SP
2024
MILLENE DE ALMEIDA PIRES
Banca Examinadora:
_______________________________________________________
Prof. Esp.
_______________________________________________________
Prof. Esp.
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Prof. Esp.
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Orientadora: Prof.ª Me. Luciene Capucho Rodrigues
CRUZEIRO – SP
2024
A minha família pelo carinho, aos meus
amigos pelo companheirismo e a meus
mestres pela paciência e sabedoria.
AGRADECIMENTOS
The present research has as its theme the toy library as a learning aid in early
childhood education. The general objective of the work is, therefore, to demonstrate
how the toy library, as a playful resource, can be used to remedy the lack of stimulation
of playful activities on the part of teachers, showing a lack of interest in children to
learn, as well as the lack of participation in daily activities, distraction and apathy. It is
intended, therefore, to present the principles that govern early childhood education;
and to investigate how teachers, supported by teaching policies, make use of playful
elements in the classroom. The methodology used is bibliographic research. It is
concluded that understanding the game, its importance becomes fundamental in the
work proposed to early childhood education. If the toy library is effectively a need for
children's organization, at the same time as it is an element of interaction for children
with their colleagues and friends, the school should be the space that facilitates this
learning. With this, it is favoring not only the development of spoken and written
language, but also contributing greatly to the children's body language, manifested in
their spontaneous gestures. In view of these positive aspects, provided in the
relationships effected by the games, activities that privilege the playful aspect should
be given the credit of resources of high educational value.
INTRODUÇÃO.............................................................................................................
2 BRINQUEDOTECA.........................................................................................26
CONCLUSÃO............................................................................................................50
REFERÊNCIAS.........................................................................................................52
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INTRODUÇÃO
culturas as atividades devem ser naturais e espontâneas, mas para sua estimulação,
torna-se necessário que os professores criem espaços e momentos adequados para
poder compartilhá-los.
O objetivo geral do trabalho foi, por conseguinte, demonstrar como a
brinquedoteca, enquanto o recurso lúdico, pode ser utilizada para sanar a pouca
estimulação de atividades lúdicas por parte dos docentes, evidenciando uma falta de
interesse nas crianças para aprender, bem como a pouca participação em atividades
diárias, distração e apatia. Pretendeu-se, para tanto, apresentar os princípios que
regem a educação infantil; e investigar como os professores, respaldados pelas
políticas de ensino, fazem uso dos elementos lúdicos em sala de aula.
A relevância da pesquisa possui tripla dimensão: científica, social e pessoal. No
que concerne à contribuição ao conhecimento científico, qualquer estudo que se
preocupe em abordar as atividades lúdicas e a brinquedoteca, ou que ampliem as
abordagens já existentes, é pertinente, pois oferece possibilidades de expressão de
sentimentos e avaliações que os recursos ditos “normais” não permitem.
Em razão das lacunas ainda existentes, em um amplo processo de
desenvolvimento como o profissional docente para a educação, a presente pesquisa
objetiva contribuir para ao conhecimento social dos alunos, dando margens à sua
imaginação e a capacidade criativa enquanto aprendizes.
Como a pesquisadora se emprega na esfera escolar, a pesquisa contribuirá
com informações úteis à educação da mesma, pois a temática possui grande
efetividade pessoal. Tal convicção deve-se ao fato de a pesquisadora encorajar o
intercâmbio de ideias e a discussão crítica sobre o tema, evoluindo assim, também,
em âmbito profissional.
Como metodologia adotou-se a pesquisa bibliográfica. Foi realizada a leitura
crítica, a redação de resumos e paráfrases e a elaboração de fichamentos das obras
pertinentes ao enfrentamento do tema e à comprovação das hipóteses. Além da leitura
de livros pertinentes ao objeto de pesquisa, foram consultados documentos
disponíveis online, devidamente referenciados, para assim, começar a redação dos
capítulos e a conclusão da pesquisa.
Fundamentou-se a pesquisa em: Almeida (2013); Antunes (2014); Baquero
(2008); Barreto (2018); Brougére (2017); Cunha (2011, 2018); Freire (2021);
Friedmann (2016); Gardner (2013); Kishimoto (2013, 2014); Leif (2018); Ortega
(2019); Paiva (2014); Piaget (2003, 2016, 2019); Rodrigues (2020); Santos (2015);
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Seidlhofer (2011); Tardif, Lessard e Lahaye (2021); Theodoro (2024); Wajskop (2019);
e Wallon (2019) para a fundamentação do conceito, evolução e princípios básicos
sobre educação, a educação infantil e para a temática lúdica.
Estruturalmente o trabalho encontra-se dividido em três partes. O primeiro
capítulo traz uma apresentação histórica da brinquedoteca, bem como sua
contextualização e o panorama atual no Brasil.
O segundo capítulo discorre sobre a educação infantil, fazendo um compilado
legal envolvendo a Lei de Diretrizes Brasileira e a Constituição Federal, do Referencial
Curricular Nacional para a Educação Infantil I e II e da Base Nacional Comum
Curricular para a Educação Infantil.
O terceiro capítulo trata da brinquedoteca como auxílio na educação infantil.
Por fim, seguem a conclusão e as referências.
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Certas habilidades como dar o primeiro passo, sorrir pela primeira vez e dar
“tchau” são conhecidas como marcos do desenvolvimento. Marcos de
desenvolvimento são aquilo que a maioria das crianças pode fazer em uma certa
idade.
Como as crianças se desenvolvem em seu próprio tempo, essas etapas não
são regras concretas. Não se pode saber exatamente quando uma criança pode
aprender uma nova habilidade.
No entanto, sabe-se que a maioria das crianças aprende habilidades ao longo
de um período de tempo. Por exemplo, a maioria das crianças começa a andar entre
9 e 15 meses (FRIEDMANN, 2018, p. 100).
Esses estágios são úteis para permitir antecipar o desenvolvimento de uma
criança. Com esses marcos, se pode acompanhar como a criança está aprendendo
novas habilidades.
Cada criança é uma pessoa única com seu próprio temperamento, estilo de
aprendizagem, família de origem e padrão de crescimento e tempo. No entanto,
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Atualmente, o brincar livremente vem sendo pouco utilizado nas escolas que
possuem educação infantil e dando lugar ao que já é pronto, seja por falta de interesse
ou de o que deixa o uso do brincar ou das brincadeiras de lado, e até mesmo no
esquecimento.
Para a criança, o brincar dá a ela o poder da imaginação, de tomar decisões,
expressar sentimentos e valores, conhecer a si, aos outros e o mundo, de repetir
ações prazerosas, de partilhar, expressar sua individualidade e identidade por meio
de diferentes linguagens, de usar o corpo, os sentidos, os movimentos, de solucionar
problemas e criar (TEIXEIRA, 2015, p. 99).
Ao fazer isso, a criança experimenta o poder de explorar o mundo dos objetos,
das pessoas, da natureza e da cultura, para compreendê-lo e expressá-lo por meio de
variadas linguagens.
É importante entender sobre o que se trata o brincar:
Percebe-se, então, mudanças culturais cada vez mais fortes nas brincadeiras
infantis, com pouco o interesse das crianças por brincadeiras de faz de conta ou
brincadeiras tradicionais.
Corroborando o acima exposto, os momentos livres das crianças em suas
casas, que geralmente, é onde a criança passa a maior parte do seu dia, tornam
momentos de pouca autonomia, pouca liberdade para brincar, pois, tudo já é
estabelecido pelos personagens das TV ou pelos brinquedos eletrônicos, o que se
agravou ainda mais no momento pandêmico.
O que a escola, enquanto espaço de educação e formação, tiveram que
desempenhar e oferecer às crianças nesse período restrito, foi a possibilidade de viver
plenamente uma infância com brincadeiras criativas.
A criança, na interação com parceiros diversos, busca construir sua identidade
dentro de um clima de segurança, exploração e autonomia. “Não é mera receptora de
imagens elaboradas pela sociedade do consumo, mas alguém que se pergunta sobre
o mundo, alimentando sua autoestima (PEREIRA, 2022, p. 1).
Diante disso, a proposta pedagógica na educação infantil deve priorizar os
aspectos que proporcionem a descoberta e a exploração, considerando o
desenvolvimento social e emocional do aluno.
Deverão ser revistas as relações que a escola estabelece para que seu tempo
seja pleno de sentido desafiador e as relações sejam simultaneamente significativas
e prazerosas, criativas, críticas e inovadoras
Em suma, o espaço reflete cultura das pessoas que nele vivem de muitas
formas e, em um exame cuidadoso, revela até mesmo as camadas distintas dessa
influência cultural.
O Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil, 1998, vol 1, pag. 21-
22), já dizia que: “as crianças constroem conhecimento a partir das interações que
estabelece com outras pessoas e com o meio em que vivem. As interações que
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Outrossim, do ponto de vista das crianças, não importa que a escola seja um
direito, importa que seja agradável, interessante, instigante, que seja um lugar para
onde elas desejem retornar sempre”.
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(1998), a organização do espaço deve ser feita em cooperação com a criança que
brinca, pois na organização dos brinquedos e espaços a criança já está imprimindo a
sua personalidade, seus desejos e sonhos, mas também reconstruindo em pequena
escala sua representação de mundo.
O brincar se faz importante, tanto em casa como no ambiente escolar.
As instituições de Educação Infantil devem oferecer espaços adequados de
atividades lúdicas:
2 BRINQUEDOTECA
Sobre a formação dos profissionais que atuam nesses espaços, a autora afirma
que em 1981, na cidade de Indianópolis, localizada no estado de São Paulo, foi
inaugurada uma brinquedoteca que historicamente tornou-se uma referência nacional
quando se trata de formação de brinquedistas (PETERS, 2009, p. 27).
De acordo com a diretora e pedagoga Cunha, essa instituição “vem trabalhando
em prol da divulgação do brincar, bem como formando brinquedistas e auxiliando na
montagem de brinquedotecas em todo o país” (2014, p. 33).
“Nos países de língua inglesa estes espaços são chamados de ‘Toy-Library’
(biblioteca de brinquedo), nos países de língua francesa ‘Ludothèque’, ‘Lekoteks’ na
Suécia e no Brasil Brinquedoteca ou Ludoteca” (RAMALHO, 2000, p. 90).
É importante ressaltar que nem todas as brincadeiras necessitam de
acompanhamento do adulto, ainda que seja fundamental o olhar do professor no
brincar das crianças. No que diz respeito à formação de brinquedistas, é importante
que o profissional que acompanhe as crianças em suas brincadeiras, saiba aproveitar
esse espaço para criar situações em que as crianças brinquem livremente e que
permita que elas sejam elas mesmas.
No Brasil, a partir da década de 1980, outras brinquedotecas começam a surgir
no país. Ramalho (2000, p. 92) destaca, em sua pesquisa, que, em 1982, surgiu a
primeira brinquedoteca do estado do Rio Grande do Norte, na cidade de Natal. Esse
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Para finalizar, percebe-se que, com o passar dos anos, houve aumento
significativo na totalidade de brinquedotecas no país. Isso significa que elas estão
sendo cada vez mais reconhecidas pela sociedade. Além de ser um espaço de grande
importância para o desenvolvimento e crescimento das crianças, a brinquedoteca,
muitas vezes, é um dos únicos locais que a criança terá momentos para brincar de
forma livre e espontânea, compartilhando brinquedos e brincadeiras com seus pares.
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A palavra lúdica se origina do latim ludus que significa brincar. Ramalho (2000,
p. 54) traz o seguinte conceito: Feito através de jogos, brincadeiras, atividades
criativas. Que faz referência a jogos ou brinquedos: brincadeiras lúdicas. Divertido;
que tem o divertimento acima de qualquer outro propósito. Que faz alguma coisa
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seus interesses, necessidades e desejos, por ser o meio de levar a realidade mais
próxima da criança. Todos os professores devem proporcionar às crianças, os maiores
números de materiais diversificados, para que possam expressar, ordenar,
desorganizar e reconstruir. Isso é possível através do lúdico, momento em que as
crianças são envolvidas nas atividades e conseguem trabalhar, refletir o mundo que
as cerca.
Os jogos são atividades lúdicas, os quais são utilizados como recursos
didáticos, e que muitas das vezes são usados com técnicas inovadoras, as quais são
eficazes para atingir a aprendizagem. Para atender as crianças da educação infantil é
necessário separar por faixa etária, para que o professor consiga identificar quais as
dificuldades, e qual o objetivo que se quer alcançar com tal atividade.
A educação infantil brasileira passou por várias fases de reorganização, com
ajuda da Constituição Federal e da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, o
compromisso e o respeito com a necessidade educacional da criança, fizeram com
que houvesse um aprimoramento nas formas pedagógicas, e surgissem novas
exigências em relação ao processo de ensino e aprendizagem, visando à formação
pessoal e social, além do conhecimento de mundo (REZENDE, 2012, p. 48).
Com esse novo olhar, surgiram outros recursos didáticos, fazendo com que
aulas se tornassem mais pedagógicas.
Dessa maneira, a educação infantil inclui os jogos como uma brincadeira, mas
uma brincadeira séria, pois com o brincar, os jogos, juntamente à ludicidade,
consistem na pedagogia elaborada, voltada para o construtivismo e o
desenvolvimento criativo e cognitivo da criança (MAGALHÃES; PONTES, 2002, p.
116).
Logo, a estimulação, a variedade, o interesse, a concentração e a motivação
são igualmente proporcionadas pela situação lúdica.
Para Ramalho (2000, p. 54) “no jogo há uma imitação da vida, uma cinética
mimética, a enganar a própria vida. No jogo, ainda que se trate de um jogo de cartas,
é o homem inteiro que jogo, é sua vida que ele vive”.
O mesmo acontececom as crianças quando desenvolve as atividades lúdicas,
quando a criança apresenta algumas dificuldades no dia a dia e não consegue
concluir.
Dessa forma,a criança vai tentando, aperfeiçoando e incluindo em sua rotina,
de repente em um outro momento, com planejamento feito pelo professor, através de
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outra atividade lúdica, ele acaba conseguindo realizar sem perceber a dificuldade,
após estas experiências em toque de mágica, a criança consegue reorganizar as
ideias que antes não conseguia, e o resultado é a aprendizagem.
É na educação infantil que acontece o desenvolvimento e a organização da
aprendizagem e suas potencialidades. E o jogo contribui para que a criança tenha
maior interesse pelas atividades e desejo de explorar o novo. Dessa maneira, ela vai
adicionando outras habilidades e diminuindo as dificuldades, as crianças vão
descobrindo e aprendendo no meio em que conviveu, observando as semelhanças e
fazendo comparações e apropriando o conhecimento.
Os jogos têm como finalidades mostrar a sua importância pedagógica, pois eles
promovem a aprendizagem.
Ramalho (2000, p. 54) ressalta que “O jogo seria ainda, simultaneamente, uma
fonte de descoberta das leis essenciais e o meio prático de permitir a criança ir em
direção a exteriorização das verdades profundas que possui intuitivamente”, por isso
o desenvolvimento se dá com o tempo, pois a criança vai construindo os seus
conhecimentos aos poucos e assim percebendo o mundo ao seu redor.
Já que a infância e a fase da brincadeira, os jogos podem possibilitar um
ambiente descontraído, motivador, que auxilia na socialização, na construção do
conhecimento moral, já que trabalham o respeito e as regras. Além desses recursos
apresentados anteriormente, pode-se confeccionar os jogos com as crianças, é um
excelente momento para explorar a criatividade e o ganhar e perder, as questões de
consciência ambiental com a utilização dos recicláveis.
Defende-se que o jogo, em seu sentido integral, é o mais eficiente meio
estimulador das inteligências e importantes ferramentas de compreensão de relações
entre significantes (palavras, fotos, desenhos, cores etc.,) e significação (objetos)
(BENEDET, 2017, p. 159).
É importante que os jogos sejam utilizados como instrumentos de apoio para
que as crianças possam construir elementos úteis para reforçar os conteúdos ou fazer
com que a criança chegue ao conhecimento através dos jogos. O lúdico deve estar
presente na sala de aula com a função educativa oportunizando aaprendizagem.
Quando a aprendizagem é construída por meio do lúdico, reflete de maneira
diferente na realidade da criança, pois a criança aprende de uma forma prazerosa e
divertida, sendo estimulada com criatividade, autoconfiança, autonomia e com
curiosidade. Este é o objetivo de provocar através do lúdico e do brincar, uma
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Massinha
A massinha de modelar é um recurso simples, mas que as crianças gostam de
brincar, é importante que o professor ofereça, para que ela seja explorada na
educação infantil, sendo mediado pelo educador, tem como objetivo desenvolver a
coordenação motora fina, a criatividade, concentração, oralidade, estimular o
aprendizado da matemática, apresentar e descobrir novas formas, cores, novas
texturas, sensações e movimentos, desenvolvendo também a socialização. Há duas
opções para a massinha, tem a opção pronta, e a outra, quando se prepara junto
com as crianças. Ao confeccionar a massinha que irá usar, a criança demonstra
alegria, pois é um momento de autonomia, desenvolvimento e diversão.
Contação de histórias
As histórias na educação infantil são fundamentais na formação educacional da
criança. Para esta atividade deve haver um planejamento minucioso e diversificado,
fazer uso de recursos e materiais, para entrar no universo das histórias, pensar que
elas devem ser realizadas num ambiente diferenciado, pois se trata de um momento
agradável e mágico, em que a criança vai vivenciar muitas situações, e muitas
vezes, ela vai se identificar com algum personagem. Por ser uma atividade tão
importante na educação infantil, os professores precisam estar atentos para
propiciar a motivação à leitura, a curiosidade, e terem uma certa atenção ao que
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irão contar, pois são pontos relevantes, que vão ajudar no desenvolvimento
contínuo da linguagem.
Circuito
As brincadeiras no circuito são elaboradas em diferentes estruturas, e
desenvolvidas de acordo com a faixa etária. Esta atividade é uma ótima estratégia
para o desenvolvimento motor, principalmente a atividade muscular, a habilidade, a
agilidade e a mobilidade no processo de locomoção. Ao brincar, a criança constrói
sua identidade, conquista autonomia, aprende a enfrentar os seus medos e suas
limitações e experimenta novos desafios. Este é um momento que melhora o
convívio social e promove a socialização.
Amarelinha
A Amarelinha é uma das brincadeiras antigas e bem conhecida ainda hoje, que pode
ser considerada um jogo, e composta por algumas regras. Ao pularamarelinha, as
crianças aprendem a competir, a colaborar, a combinar, o que pode e o que não
pode durante a partida. Esta é um tipo de brincadeira importante na educação
infantil, para que a criança seja estimulada a desenvolver suas habilidades
intelectuais, o desenvolvimento emocional e motor. Esta é uma atividade que deve
ser adaptada caso as crianças não estejam com a coordenação motora e o equilíbrio
bem desenvolvidos, quanto ao quadro, este deverá ser em tamanho menor, para
facilitar o caminho e fazer com que a atividade não se torne muito difícil, pois pode
causar a desistência da criança e consequentemente a falta de estímulos para
brincar novamente. O importante é que ao brincar, além, do treinamento motor, a
socialização aconteça, é interessante que as crianças trabalhem de maneira
integrada, interagindo umas com as outras.
Bolinhas de sabão
É uma brincadeira que as crianças se divertem muito, são trabalhados os sentidos,
e com o sopro forte ou suave para fazer com que a bolinha solte e flutueno ar,
além de aprender a manusear a base e o líquido utilizado, a criança brinca de
maneira autônoma, e faz com que ela consiga alcançar através da brincadeira
algumas outras competências, a motricidade fina, a coordenação, o equilíbrio e a
criatividade em criar a sua arte.
Brincar de casinha:
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Esta brincadeira pode ser feita de maneira mais ampla como um projeto, com a
construção de brinquedos e utensílios para compor os móveis, e pode englobar
também as profissões dos membros dessa casa. O faz de conta está presente nesta
atividade, que é extremamente importante para o desenvolvimento da criança.
Pode-se dizer que entre o desenvolvimento do intelecto, a criança consegue a
resolução de problemas, negociações, organizações, criatividades e os
planejamentos. É o momento para transmissão e a retenção de tradições e
costumes familiares e culturais. Já no desenvolvimento físico temos a coordenação
motora e acoordenação espacial. Deve-se ressalta o social, onde se ampliam o
conhecimentoe a visão do seu lugar dentro da família, a cooperação, a partilha, e
como enfrentar os conflitos, enfim, a criança vai conseguir entender os papéis
sociais. Já campo emocional acontece o desenvolvimento da segurança, proteção,
independência e o reconhecimento dos seus sentimentos, a autoestima entre
outros. Esta atividade faz com que as crianças imitam as pessoas pelas quais elas
têm afeto, e utilizam como referência, elas acabam incorporando alguns
personagens na execução dessa brincadeira.
As brincadeiras de roda
Nas brincadeiras de rodas há grandes variedades de músicas, com influências e
tradições diferentes, que são muito bem aceitas pelas crianças. Cada conjunto ou
grupo desenvolve a forma de organizar os movimentos no espaço, numa
situação de integração. A brincadeira proporciona momentos em que são
elaboradas as coreografias, e as cantigas logo são memorizadas durante a
atividade.
Quadro 3: Algumas brincadeiras
Fonte: Rezende (2012, p. 65)
material e o mundo ao seu redor. Esses recursos e materiais devem ser utilizados em
diversos momentos nas brincadeiras, pois ambos favorecem o desenvolvimento das
crianças.
Através da exploração as crianças acabam expressando a sua imaginação e
os seus sentimentos, presentes naquele momento, deve-se ressaltar, quantos sonhos
e ideias surgem no ato de brincar. Quantas oportunidades e possibilidades são
oferecidas nos contextos das brincadeiras, e suas diversidades, que são reconhecidas
e exploradas. No entanto, deve-se organizar e planejar atividades para trabalhar a
identidade, mas respeitando o ritmo de cada criança.
nível educacional que atende a uma faixa etária na qual o indivíduo está em processo
de formação psicossocial e se espelha nas atitudes dos adultos. Sendo assim, devem
priorizar qualidade no brincar, favorecendo um ambiente receptivo e afetuoso, que
valorize as atividades, fazendo prevalecer o bem-estar físico, social e psicológico da
criança (NEZ; MOREIRA, 2013, p. 444).
A brinquedoteca passou por algumas dificuldades até ser considerada como
espaço útil e de valor no contexto educacional. Atualmente, ainda é encarada como
espaço apenas de recreação e diversão, mas essa concepção vem diminuindo cada
vez mais por conta da colaboração de pesquisadores, professores e profissionais da
educação que passaram a valorizar e perceber a brinquedoteca como espaço muito
além do brincar.
Esse caloroso e afetivo espaço conta, geralmente, com o apoio de professores
e diretores. É integrado com toda a escola e, em alguns casos, com a comunidade. A
brinquedoteca pode ser importante recurso para os professores organizarem suas
práticas, com vistas ao desenvolvimento e acompanhamento das crianças.
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CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
WENNER, M. Brincar é coisa séria. Mente Cérebre. São Paulo: EDIOURO DUETO
EDITORIAL Ltda. Ano XVIII, n° 216, jan/2011.