Fronteiras Da Paisagem
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FRONTEIRAS DA PAISAGEM
Valdemir Paiva Paula Zettel
EDITOR-CHEFE DESIGN DE CAPA
ISBN 978-65-88090-28-2
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PREFÁCIO
Salete Kozel
Maio de 2020
SUMÁRIO
Marcos Torres
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FRONTEIRAS DA PAISAGEM
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SOBRE AS FRONTEIRAS DA PAISAGEM
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FRONTEIRAS DA PAISAGEM
14
SOBRE AS FRONTEIRAS DA PAISAGEM
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FRONTEIRAS DA PAISAGEM
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SOBRE AS FRONTEIRAS DA PAISAGEM
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FRONTEIRAS DA PAISAGEM
Referências
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MANIFESTO PAISAGÍSTICO POR UMA
SOCIEDADE DIFERENTE DA NATUREZA
Introdução
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que se deve, com certa urgência, traçar. Para não cair em rodeios
misteriosos ou confusos, posto que não há intenção de confundir
ou conduzir o leitor a quaisquer pensamentos nublados, desde já
apresentamos a ideia a ser defendida neste manifesto: a sociedade
deveria, finalmente, estabelecer uma clara fronteira com a natureza.
Neste ponto, o leitor deve projetar em seus pensamentos
algum tipo de perplexidade. O que é compreensível, afinal, vivemos
em um mundo cheio de artifícios que parece ser a expressão mais
convincente da realização do meio técnico-científico-informacional
em escala planetária e, quiçá, extraplanetária. A Geografia contempo-
rânea é qualquer coisa como um Édipo diante de uma nova esfinge,
uma nova natureza ou uma nova sociedade que se pretende cada vez
mais híbrida ou mais cyborg (HARAWAY, 2009; SWYNGEDOUW, 2001;
SOUZA, 2011; SOUZA, CATALÃO, 2016).
Nos espaços urbanos e rurais, vivenciamos processos refinados
de automação produtiva, onde a tônica da simples mecanização já se
parece algo ultrapassado. Não são mais as máquinas, enquanto meios
de aceleração da produção, que nos surpreendem por sua capacidade
de transformação das matérias primas em mercadorias. Mas, isto sim,
o aparecimento de outra lógica com base nos sistemas artificialmente
inteligentes e inteligíveis. A ordem mecânica está em derrocada para
autômatos cada vez mais potentes em comunicação. Mas, isso não
se dá pelo abandono das máquinas, pois elas continuam existindo e,
assim, será durante muito tempo. A questão central reside na nova
maneira de conduzir essas máquinas por sistemas de comunicação
que estão, cada vez mais, dispensando o trabalho humano.
Aqui, vale dizer, não se faz referência à simples substituição do
trabalho manual, não especializado/qualificado, pelos mecanismos
mais eficientes. E quando se afirma “simples” é para reforçar o ocaso
do passado econômico, mecânico com o surgimento de um futuro
informacional que se apresenta como horizonte de atrações e be-
nesses. No entanto, esse futuro, já presente, é trágico.
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Considerações finais
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Referências
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ARTE FÍSICA:
MUTAÇÕES GEOGRÁFICAS: FRONTEIRA VERTICAL:
o crescimento poético do Yaripo, por Cildo Meireles
Introdução
1 Nas décadas de 1970 e 1980, Meireles imprimiu notas de Zero dólar e Zero cruzeiro,
numa evidente reflexão sobre o sistema capitalista.
2 A obra integra a série “Inserções em Circuitos Ideológicos” e consiste na colocação
de adesivos que abordam questões colonialistas norte americanas em garrafas de vidro,
abordando questões de produção e distribuição de informação.
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5 O livro parte de conferências proferidas por Kenneth Clark no final da década de 1940,
na Universidade de Oxford.
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6 Muito embora a perspectiva científica raramente possa ser utilizada sem adaptações,
é um modelo que permanece vigente, devido à sua capacidade de comprovação matemática.
7 Clark adota como exemplos as obras de Bosch e Brueguel.
8 Os pintores mencionados por Clark são Atldorfer, Grünewald e El Greco.
9 Artistas representativos dessa abordagem são: Giorgione, Ticiano e Poussin.
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13 City é outra obra do artista que, criada no deserto de Nevada, em um processo que
dura mais de vinte anos, ainda não está finalizada.
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14 A expedição foi liderada por Edouard Fraipont e Miguel Escobar, pois Meireles não
apresentava condições físicas para realizar o projeto pessoalmente.
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15 A ação consiste em atear fogo em dez galinhas vivas amarradas em um poste, para
evidenciar a crueldade da política vigente no período.
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16 De acordo com José Gatti (2011), em 1883, Dom Bosco sonhou com uma nova
civilização no exato local onde foi instalada a capital do Brasil.
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Considerações finais
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Referências
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ARTE FÍSICA: MUTAÇÕES GEOGRÁFICAS: FRONTEIRA VERTICAL
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Daqui. AMARAL et all. São Paulo: Museu de Arte Moderna de São Paulo, 2015,
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FOTOGRÁFICA DE PAISAGENS:
Estudo de caso das produções visuais
de Ponta Grossa por Luiz Bianchi
Patricia Camera
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4 Processo de gravura que utiliza ácidos para corroer o suporte onde é gerada a
imagem. Ver ÁGUA-TINTA. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São
Paulo: Itaú Cultural, 2019.
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Figura 02: Negativo de uma vista que compõe a montagem da figura 01. Primeira
década do século XX.
Fonte: Luiz Bianchi. Fundo Foto Bianchi. Casa da Memória Paraná.
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Figura 05: Imagem positiva do negativo do voo de Cícero Marques em Ponta Grossa.
19 de abril de 1914.
Fonte: Luiz Bianchi. Fundo Foto Bianchi. Casa da Memória Paraná.
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Figura 06: Fotografia do voo de Cícero Marques em Ponta Grossa. 19 de abril de 1914.
Fonte: Luiz Bianchi. Acervo fotográfico. Museu Campos Gerais.
Figura 07: Imagem positiva do negativo do voo de Cícero Marques em Ponta Grossa.
19 de abril de 1914.
Fonte: Luiz Bianchi. Fundo Foto Bianchi. Casa da Memória Paraná.
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8 http://memoria.bn.br/DocReader/docreader.aspx?bib=240818&pasta=ano
%20190&pesq=theatro&pagfis=128
9 Construída entre 1842 e 1845, funcionou durante a Revolução Federalista (1894) como
quartel da Segunda Brigada e, neste local foi assinada a Ata de Capitulação da Lapa (http://
www.turismo.pr.gov.br).
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10 Basta lembrar que, mesmo adiante, a Semana de Arte Moderna de 1922, no Brasil,
desconsiderou a fotografia nesse processo de “atualização” das artes.
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Figura 10: Imagem positiva do negativo do registro fotográfico da divisa entre Paraná
e Santa Catariana.
Fonte: Luiz Bianchi. Fundo Foto Bianchi. Casa da Memória Paraná.
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Figura 11: Imagem positiva do negativo do rio Uruguai e sua ponte de ferro, c. 1913.
Fonte: Luiz Bianchi. Fundo Foto Bianchi. Casa da Memória Paraná.
11 Sobre o médico Francisco Búrzio e o farmacêutico João Von Milasch ver a tese de
doutorado “Manifestações autoritárias. O integralismo nos Campos Gerais (1932-1955)” de
autoria de Carmencita de Holleben Ditzel (2004).
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paisagem fotográfica. Caso contrário, ela poderia ser vista como uma
grande aberração.
A escolha de construir especificamente a paisagem desse
local provavelmente deu-se com base no conhecimento selecionado
da vista documentada por Frederico Lange em 1901 (figura 12). A com-
posição visual dessa panorâmica busca representações simbólicas
da cidade, mostrando a igreja, as casas e as ruas principais. Contudo,
a fotografia feita por Lange mostra uma cidade onde predomina a
ausência de pessoas, transporte, pavimentação e iluminação pública.
Assim sendo, a fotografia de Bianchi seria como uma busca para
traçar a trajetória das mudanças da cidade. Os atributos visuais da
paisagem parecem encaixar-se harmoniosamente nas duas pro-
duções. O espaço da figuração em ambas exibe a perspectiva das
ruas, a igreja ao alto, exibindo uma hierarquia de forças das figuras
natureza, cidade e sujeitos. Tudo parece obedecer ao contorno do
relevo. Ainda, na fotografia feita por Bianchi, o espaço de vivência
indica como são os modos de pertencer a essa cidade. A fotografia
toca o imaginário sobre o andar e descer pelas ruas, o ser visto pelos
vizinhos através das cercas, os modos de viver nas casas de madeira.
Tudo isso ultrapassa a percepção do visível.
Por fim, o que chama atenção, na fotografia que mostra o
processo de construção da vista panorâmica (figura 01), é o espaço
extra-fotográfico, definido como sendo “o que é visto no negativo e
que provavelmente não foi mostrado no produto final (CAMERA; LIMA,
2018). Neste caso, ele é constituído pela parede de madeira e pelas
tachinhas que unem as três fotografias para obter um único espaço
fotográfico. Então, o valor do negativo é surpreendente quando pen-
sando sob a perspectiva de ofertar essas informações, denunciando
explicitamente o processo de montagem.
Nessa análise, é importante considerar o próprio ato fotográfi-
co. A atitude de fazer uma panorâmica coloca em evidência a própria
perspectiva moderna de fazê-la, mas, sobretudo, de difundir essa
imagem. Mesmo que o método não seja tão glamoroso, eficiente ou
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Figura 12: Fotografia panorâmica de Ponta Grossa feita por Frederico Lange em 1901.
Fonte: Acervo Foto Elite. Museu Campos Gerais.
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evento do voo, que aglutinou quase três mil pessoas, os jornais rela-
taram situações que ferem à lógica de uma cidade moderna e ideal.
Na reportagem, consta a ocorrência de algumas atitudes indesejáveis
como a falta de colaboração para distanciar-se do avião na hora do
voo, a presença de pessoas que não tinham ingresso e o caso de um
furto acompanhado pela falta de policiamento no local.
A panorâmica estudada tem sua valorização no sentido de
mostrar que apesar das dificuldades de execução, por falta de uma
tecnologia avançada, o fotógrafo produziu uma imagem dentro dos
moldes de representação que eram desejados na época. Uma paisa-
gem que buscava explorar o relevo e as suas inserções culturais, que,
para este caso, prevaleceu a representação da religiosidade local.
Além do mais, uma vista já explorada por Frederico Langue, propondo,
assim, um documento visual que possibilita verificar as modificações
da cidade.
No caso da produção dos postais, a especificidade em si
de sua reprodutibilidade promove a repetição de sua visualização.
Esse ato fortalece o estatuto da imagem e de seu conteúdo (a ci-
dade como lócus de um evento moderno). Os postais individuais e
em conjunto tornam viável tratar o acontecimento como sendo um
evento histórico que monumentaliza a cidade de Ponta Grossa.
Por fim, esta pesquisa pode ser localizada para dialogar com a
proposta de Cosgrove (2004, p.111) quando escreve:
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Referências
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SWAROWSKY, Luciana Abitante; FONSECA, Darci Raquel. EQUIVALENTES: uma
reflexão sobre a representação fotográfica a partir de Stiegliitz. In: Anais do
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AS ÁGUAS DA MONTANHA
NA PINTURA DE PAISAGEM 1
Introdução
1 Parte deste texto foi apresentada no 28º Encontro Nacional da ANPAP, Goiás, 2019.
2 Neste texto utilizo tanto a primeira pessoa do singular quanto a primeira pessoa do
plural. Isso se deve ao fato do texto conter momentos em que a redação é pessoal, referindo-se
às minhas memórias e ao meu trabalho artístico, e outros em que refere-se à história da arte
em geral.
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AS ÁGUAS DA MONTANHA NA PINTURA DE PAISAGEM
Figuras 04 a 07: Camilla Carpanezzi, Sem título, Série Água da montanha, 2019/2020.
Óleo sobre madeira, 20 x 20 cm.
Fonte: arquivo pessoal.
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Figura 08: Pintura de paisagem. Ma Yuan, Olhando a lua, Século XIII. Rolo de pendurar,
aguada sobre seda, 149,7 x 78,2 cm.
Fonte: Acervo do National Palace Museum, Taipei.
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Figuras 10 e 11: Desenhos verticais. Camilla Carpanezzi, Sem título, Série Desenho
pictórico, 2018. Mista sobre papel, 300 x 100 cm.
Fonte: acervo pessoal.
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3 https://www.tnm.jp/modules/r_free_page/index.php?id=657&lang=en
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Figura 13: Desenho com influência orien- Figura 14: Desenho com influência orien-
tal. Camilla Carpanezzi, Cachoeira, 2018. tal. Camilla Carpanezzi, Canyon, 2018.
Mista sobre papel, 300 x 100 cm. Mista sobre papel, 300 x 100 cm.
Fonte: acervo pessoal. Fonte: acervo pessoal.
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Figura 15: Caspar David Friedrich. Caminhante sobre o mar de névoa, 1817.
Óleo sobre tela. 94,8 cm x 74,8 cm.
Fonte: Hamburger Kunsthalle4.
4 https://online-sammlung.hamburger-kunsthalle.de/de/objekt/HK-5161/wanderer-
ueber-dem-nebelmeer?term=caspar%20friedrich&start=60&context=default&position=73
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do Deus por meio de uma dedução lógica. Não é nosso objetivo neste
capítulo entrar em discussões acerca de Deus, porém, fica evidente
a sensação de algo grandioso na natureza, que nos ultrapassa. Isso
pode ser estudado pela filosofia do sublime, pode ser chamado de
Deus, ou pode ser visto como o próprio Tao, a harmonia da natureza
como o Caminho. Após essas divagações, necessitamos retornar à
paisagem romântica do século XIX e destacamos, como referência, o
pintor inglês William Turner (1775 - 1851).
Joseph Mallord William Turner foi um pintor romântico, que
viveu na Inglaterra entre 1775 e 1851. Considerado um dos maiores
nomes do Romantismo, foi um grande paisagista, de estilo muito
arrojado para a época. Costumava empreender viagens em busca de
novas paisagens para explorar e pintar.
Uma de suas inspirações iniciais foi o livro Observations on
the River Wye de William Gilpin, do qual copiou as estampas na
juventude (MADERUELO, 2010). O livro foi um sucesso na Inglaterra
do século XVIII, quando eram organizados grupos de pintores ama-
dores ou curiosos com o objetivo de visitar/pintar estas paisagens.
A publicação fez grande sucesso na época e lançou um novo estilo
de turismo até hoje presente na região: a observação de paisagens
pitorescas. Muitos turistas faziam uso de um espelho negro para
observação da paisagem conhecido como Claude Glass, por lembrar
o estilo do pintor Claude Lorrain, com cores escuras.
Gilpin disseminou a teoria pitoresca que, assim como o subli-
me, influenciou os artistas românticos. Podemos definir o pitoresco
como uma categoria situada entre os conceitos de belo e de subli-
me. Enquanto o sublime mostra aspectos grandiosos da paisagem,
o pitoresco observa detalhes da sua simplicidade: motivos rústicos,
texturas ásperas, grupos de árvores retorcidas, ruínas.
Porém, o conceito de sublime discutido anteriormente é o
que melhor se encaixa na obra de Turner que retrata a natureza em
toda a grandiosidade e sua fúria: tempestades, incêndios, nevascas,
abismos. Turner era um exímio aquarelista e, muitas vezes, buscava,
134
AS ÁGUAS DA MONTANHA NA PINTURA DE PAISAGEM
5 http://warburg.chaa-unicamp.com.br/obras/view/1875.
135
FRONTEIRAS DA PAISAGEM
136
AS ÁGUAS DA MONTANHA NA PINTURA DE PAISAGEM
137
FRONTEIRAS DA PAISAGEM
Figura 19: Pôr do sol sobre um lago Figura 20: Paisagem marinha com
William Turner. Óleo sobre tela (1840). tempestade chegando
Tate Modern, Londres, Inglaterra. William Turner. Óleo sobre tela (1840)
Dimensões da obra: 91 x 122 cm6 Tate Modern, Londres, Inglaterra.
Dimensões da obra: 91 x 121 cm7
6 https://www.tate.org.uk/art/artworks/turner-sun-setting-over-a-lake-n04665
7 http://www.tate.org.uk/art/artworks/turner-seascape-with-storm-coming-
on-n04445
138
AS ÁGUAS DA MONTANHA NA PINTURA DE PAISAGEM
Considerações finais
139
FRONTEIRAS DA PAISAGEM
Referências
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CwAAQBAJ&pg=PP2&lpg=PP2&dq=Zhang+Hongtu:+Expanding+Visions+o-
f+a+Shrinking+World . Acesso em 20/05/2019.
140
AS ÁGUAS DA MONTANHA NA PINTURA DE PAISAGEM
141
FRONTEIRAS DA PAISAGEM
142
DESLOCAMENTOS NA PAISAGEM CONTEMPORÂNEA:
a gravura como estratégia de intervenção urbana
Renato Torres
Introdução
1 A pesquisa em arte compreende a pesquisa em que o autor investiga seu próprio processo
de criação em Artes Visuais, considerando questões teóricas, técnicas e poéticas decorrentes
de situações levantadas durante a prática artística e em momentos de instauração da obra.
Esse método de pesquisa diferencia-se da pesquisa sobre arte que se volta para investigações
teóricas, após a conclusão do trabalho artístico, normalmente desenvolvidos nas linhas de
Teoria, História e Crítica de Arte (REY, 1996).
143
FRONTEIRAS DA PAISAGEM
144
DESLOCAMENTOS NA PAISAGEM CONTEMPORÂNEA:
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FRONTEIRAS DA PAISAGEM
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DESLOCAMENTOS NA PAISAGEM CONTEMPORÂNEA:
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DESLOCAMENTOS NA PAISAGEM CONTEMPORÂNEA:
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FRONTEIRAS DA PAISAGEM
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DESLOCAMENTOS NA PAISAGEM CONTEMPORÂNEA:
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FRONTEIRAS DA PAISAGEM
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DESLOCAMENTOS NA PAISAGEM CONTEMPORÂNEA:
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FRONTEIRAS DA PAISAGEM
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DESLOCAMENTOS NA PAISAGEM CONTEMPORÂNEA:
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FRONTEIRAS DA PAISAGEM
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DESLOCAMENTOS NA PAISAGEM CONTEMPORÂNEA:
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FRONTEIRAS DA PAISAGEM
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DESLOCAMENTOS NA PAISAGEM CONTEMPORÂNEA:
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DESLOCAMENTOS NA PAISAGEM CONTEMPORÂNEA:
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DESLOCAMENTOS NA PAISAGEM CONTEMPORÂNEA:
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FRONTEIRAS DA PAISAGEM
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DESLOCAMENTOS NA PAISAGEM CONTEMPORÂNEA:
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DESLOCAMENTOS NA PAISAGEM CONTEMPORÂNEA:
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DESLOCAMENTOS NA PAISAGEM CONTEMPORÂNEA:
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FRONTEIRAS DA PAISAGEM
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DESLOCAMENTOS NA PAISAGEM CONTEMPORÂNEA:
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FRONTEIRAS DA PAISAGEM
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DESLOCAMENTOS NA PAISAGEM CONTEMPORÂNEA:
Considerações Finais
173
FRONTEIRAS DA PAISAGEM
Referências
174
DESLOCAMENTOS NA PAISAGEM CONTEMPORÂNEA:
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TUAN, Yi-Fu. Espaço e lugar: a perspectiva da experiência. 1930. São Paulo:
DIEFEL, 1983.
175
PERFORMANCES ARTÍSTICAS EM CURITIBA:
Paisagens, territorialidades e os seus
desdobramentos na vida urbana
Thays Ukan
Marcos Alberto Torres
Introdução
177
FRONTEIRAS DA PAISAGEM
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PERFORMANCES ARTÍSTICAS EM CURITIBA
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PERFORMANCES ARTÍSTICAS EM CURITIBA
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Os corpos e as territorialidades
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PERFORMANCES ARTÍSTICAS EM CURITIBA
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PERFORMANCES ARTÍSTICAS EM CURITIBA
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FRONTEIRAS DA PAISAGEM
As paisagens urbanas
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PERFORMANCES ARTÍSTICAS EM CURITIBA
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PERFORMANCES ARTÍSTICAS EM CURITIBA
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FRONTEIRAS DA PAISAGEM
1. Idade;
2. Bairro onde mora;
3. Principal meio de locomoção;
4. Ocupação;
5. No seu dia a dia, você nota a presença de artistas de rua
em Curitiba?
6. Você nota a presença dos artistas de rua em quais locais?
7. Quais horários em que você vê mais artistas de rua em
Curitiba?
8. Para você, existem poucos ou muitos artistas de rua?
9. Quais tipos de performances você nota com mais fre-
quência?
10. Onde você nota a presença dos artistas de rua em Curi-
tiba?
11. Qual sua opinião sobre os artistas de rua e suas perfor-
mances em Curitiba?
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PERFORMANCES ARTÍSTICAS EM CURITIBA
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FRONTEIRAS DA PAISAGEM
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PERFORMANCES ARTÍSTICAS EM CURITIBA
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FRONTEIRAS DA PAISAGEM
Figura 02 – artista na esquina da Rua Brigadeiro Franco com Avenida Sete de Setembro
Fonte: Ukan, 2017
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PERFORMANCES ARTÍSTICAS EM CURITIBA
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FRONTEIRAS DA PAISAGEM
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PERFORMANCES ARTÍSTICAS EM CURITIBA
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FRONTEIRAS DA PAISAGEM
• Sou indiferente.
• Em geral, não aprecio muito.
• Normalmente, não tenho tempo para prestar muita aten-
ção, mas me corta o coração ver crianças se pintando de
estátua ou fazendo malabarismo em sinaleiros. Eu percebi
que presto muito mais atenção nesses artistas quando
estou passeando no final de semana, porque na correria
da rotina confesso que muitas vezes eles parecem invisí-
veis para mim.
198
PERFORMANCES ARTÍSTICAS EM CURITIBA
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FRONTEIRAS DA PAISAGEM
Considerações finais
200
PERFORMANCES ARTÍSTICAS EM CURITIBA
Referências
201
FRONTEIRAS DA PAISAGEM
202
UMA EXPERIÊNCIA PAISAGÍSTICA NA
METRÓPOLE BRASILEIRA 1
SAÍDA
203
FRONTEIRAS DA PAISAGEM
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UMA EXPERIÊNCIA PAISAGÍSTICA NA METRÓPOLE BRASILEIRA
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UMA EXPERIÊNCIA PAISAGÍSTICA NA METRÓPOLE BRASILEIRA
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UMA EXPERIÊNCIA PAISAGÍSTICA NA METRÓPOLE BRASILEIRA
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CHEGADA
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UMA EXPERIÊNCIA PAISAGÍSTICA NA METRÓPOLE BRASILEIRA
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FRONTEIRAS DA PAISAGEM
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UMA EXPERIÊNCIA PAISAGÍSTICA NA METRÓPOLE BRASILEIRA
uma vez que muitos problemas podem surgir na dinâmica urbana que
acabam impedindo um prosseguimento seguro. Realmente, expor-se
à paisagem requer muitos cuidados.
Entretanto, a vivência na paisagem é plena de descobertas
prazerosas, em virtude da generosidade das pessoas, da beleza dos
ambientes construídos e dos lugares construídos por essa relação.
Muitas vezes, a curiosidade move a mente e as pernas! Por outro lado,
já que as dificuldades de uma sociedade espelham-se claramente na
paisagem e, consequentemente, aos olhos treinados, isso pode ser
desgastante de se defrontar indefinidamente. Existe, portanto, uma
sabedoria em saber parar. Compartilhando esse pequeno apanhado
de vivências, de modo um pouco mais ameno daquilo que os manuais
trazem como discussão metodológica, pretendeu-se relatar uma ex-
periência paisagística a partir da caminhada pelos espaços públicos
brasileiros. Compreende-se como singela contribuição, com a pre-
tensão de inspirar maiores cuidados para melhores pesquisas, pois
para juntar-se, fazer e captar a paisagem é necessária uma forma
disciplinada de olhar.
Referências
217
FRONTEIRAS DA PAISAGEM
218
UMA EXPERIÊNCIA PAISAGÍSTICA NA METRÓPOLE BRASILEIRA
LYNCH, Kevin. A imagem da cidade. São Paulo: Martins Fontes, 1997 (1960).
NOGUÉ, Joan. La construcción social del paisaje. Madrid: Editorial Biblioteca
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Las Vegas: O simbolismo (esquecido) da forma arquitetônica. São Paulo: Co-
sac & Naif, 2003 (1972).
219
TEMOS O DIREITO DE IMAGINAR NA GEOGRAFIA?
Sobre imaginações, emoções e paisagens
culturais a partir de uma perspectiva simbólica1
Introdução
1 O título desta reflexão foi inspirado na análise poética sobre a Geografia realizada
por Lúcia Helena Gratão em “O direito de sonhar em geografia - projeção bachelardiana”
(2016). Assim como sonhar, é preciso imaginar na Geografia. Agradeço à autora (e amiga) por
conceder a possibilidade de pensar um título em aproximação com suas aspirações e desejos
geográficos, os quais compartilho significativamente.
221
FRONTEIRAS DA PAISAGEM
222
TEMOS O DIREITO DE IMAGINAR NA GEOGRAFIA?
2 A tese intitulada “O eu, o outro e o(s) nós: Geografia das Emoções à luz da filosofia
das formas simbólicas de Ernst Cassirer (1876-1945) e das narrativas de pioneiros da Igreja
Messiânica Mundial”, defendida no Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade
Federal do Paraná (2019), teve como objetivo pensar a Geografia das Emoções a partir da
reflexão teórica da filosofia das formas simbólicas de Ernst Cassirer e de narrativas de histórias
de vida de pessoas idosas que fazem parte da comunidade messiânica em Curitiba e Ponta
Grossa – PR.
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FRONTEIRAS DA PAISAGEM
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TEMOS O DIREITO DE IMAGINAR NA GEOGRAFIA?
Figura 02: Pedra do Sal, reduto do samba carioca. Passado e presente convergem numa
paisagem cultural marcada por símbolos e signos que nos motivam a imaginar seus
significados. O corpo negro marca essa paisagem cultural, que é uma remanescente
quilombola.
Fonte: a autora (2020)
243
FRONTEIRAS DA PAISAGEM
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TEMOS O DIREITO DE IMAGINAR NA GEOGRAFIA?
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FRONTEIRAS DA PAISAGEM
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FRONTEIRAS DA PAISAGEM
Referências
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TEMOS O DIREITO DE IMAGINAR NA GEOGRAFIA?
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FRONTEIRAS DA PAISAGEM
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256
O MUNDO NA PONTA DOS DEDOS:
Epigramas de Cecília Meireles
e Carlos Alberto Assis
Cantos poéticos
257
FRONTEIRAS DA PAISAGEM
258
O MUNDO NA PONTA DOS DEDOS
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O MUNDO NA PONTA DOS DEDOS
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FRONTEIRAS DA PAISAGEM
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O MUNDO NA PONTA DOS DEDOS
A poeta e o compositor
1 O termo soundscape (paisagem sonora) foi criado pelo compositor canadense Robert
Murray Schafer (2001), cujo projeto acústico idealizado na década de 1970 destacou-se como
uma iniciativa de arquivo sonoro com uma abordagem acústica, ecológica, simbólica, estética e
musical, compreendendo a paisagem sonora como todos os sons de um ambiente. Preocupado
com a crescente poluição sonora e percebendo o mundo como uma grande composição
musical que se desdobra à nossa volta, o autor propôs a reconstrução de ambientes acústicos
através de uma reeducação da escuta para o desenvolvimento de um ouvinte que respeita o
silêncio, condição primordial para escutar e pensar o seu entorno sonoro.
263
FRONTEIRAS DA PAISAGEM
Epigrama n.1
264
O MUNDO NA PONTA DOS DEDOS
Epigrama n.13
2 Verificam-se edições de Cecília Meireles que publicam Viagem e Vaga Música como
livros distintos e edições que trazem as duas coletâneas de poemas no mesmo livro, como a
utilizada nesta pesquisa.
3 Cecília Meireles dedicou o livro Viagem aos seus amigos portugueses e é interessante
observar que Cardoso é um sobrenome português que significa “habitante de local onde os
265
FRONTEIRAS DA PAISAGEM
Criança
cardos são abundantes”. Segundo estudiosos da onomástica, sua origem decorre por volta
do ano 1100 e seria topográfica, ou seja, as primeiras pessoas a receberem esse sobrenome
habitavam um local onde havia muitas dessas plantas. Portanto, Cardoso é considerado um
sobrenome toponímico.
4 Entre os prêmios concedidos à obra de Carlos Alberto Assis destacam-se o 2º lugar
no I Prêmio de Composição Guerra Peixe da Escola de Música Villa-Lobos, no Rio de Janeiro,
em 1998, e o 3º lugar no III Prêmio de Composição Guerra Peixe, da mesma escola, no ano 2000.
Integrou o corpo docente de diversos Festivais e Oficinas de Música de Curitiba, Londrina,
Maringá, Cascavel, entre outros, tendo participado como pianista correpetidor da montagem
de diversas óperas no Brasil, Uruguai, Paraguai, Argentina e República Tcheca. Entre os anos de
1986 a 1997, aproximadamente, trabalhou em todas as óperas apresentadas no Teatro Guaíra,
em Curitiba, e, de 1999 a 2010, atuou como pianista nas aulas da cantora Neyde Thomas,
professora que se notabilizou pela formação de uma geração de cantores líricos. Assis também
se destaca como pianista solista e, em 2018, realizou o concerto de encerramento do Encontro
Geografias Culturais da Música em Braga, Portugal, promovido pelo Museu Nogueira da Silva e
Universidade do Minho.
266
O MUNDO NA PONTA DOS DEDOS
267
FRONTEIRAS DA PAISAGEM
Poéticas Musicais
268
O MUNDO NA PONTA DOS DEDOS
6 Classificações vocais masculinas: Tenor (mais aguda), Barítono e Baixo (mais grave).
Classificações vocais femininas: Soprano (mais aguda), Mezzo-soprano e Contralto (mais
grave).
7 O Simbolismo foi um movimento literário da poesia e de outras artes que surgiu na
França, no final do século XIX, como oposição ao Realismo, ao Naturalismo e ao Positivismo da
época. Movido pelos ideais românticos, fundamentou-se principalmente na subjetividade, no
irracional e no inconsciente, no imaginário e na fantasia. A musicalidade é uma das principais
características da estética simbolista, buscava-se a aproximação entre a poesia e a música. Para
interpretar a realidade, os simbolistas valiam-se da intuição e não da razão, com preferência
pelo vago, pelo indefinido ou impreciso.
269
FRONTEIRAS DA PAISAGEM
Epigrama n. 9
O vento voa,
a noite toda se atordoa,
a folha cai.
Epigrama n. 5
270
O MUNDO NA PONTA DOS DEDOS
271
FRONTEIRAS DA PAISAGEM
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O MUNDO NA PONTA DOS DEDOS
Epigrama n. 4
273
FRONTEIRAS DA PAISAGEM
Mundos imaginários
274
O MUNDO NA PONTA DOS DEDOS
Epigrama n. 11
A ventania misteriosa
passou na árvore cor-de-rosa,
e sacudiu-a como um véu,
um largo véu, na sua mão.
275
FRONTEIRAS DA PAISAGEM
276
O MUNDO NA PONTA DOS DEDOS
277
FRONTEIRAS DA PAISAGEM
Referências
278
O MUNDO NA PONTA DOS DEDOS
279
FRONTEIRAS DA PAISAGEM
280
Sobre as autoras e os autores
281
ÉVERTON DE MORAES KOZENIESKI
Professor Adjunto da Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus Ere-
chim. Possui Doutorado, Mestrado e Bacharelado em Geografia pela Univer-
sidade Federal do Rio Grande do Sul. Tem experiência na área de Geografia
Social, atuando principalmente nos seguintes temas: Produção do Espaço
Rural, Modernização da Agricultura e Campesinato, Relação Cidade-Campo,
Geografia e Cultura, Geografia e Economia. Membro do Núcleo de Estudos
e Pesquisas sobre Território, Ambiente e Paisagem (NETAP). E-mail: everton.
kozenieski@uffs.edu.br
282
res em Artes Plásticas (ANPAP). Participa dos seguintes grupos de pesquisa:
Eikos: imagem e experiência estética; Educação, Trabalho e Sociedade; IN-
TERART - Interação entre arte, ciência e educação. Desenvolve pesquisa em
Adaptação cinematográfica, Poéticas Artísticas e Arte-Educação. E-mail:
mariacristinamendes1@gmail.com
PATRICIA CAMERA
Professora do Departamento de Artes da Universidade Estadual de Ponta
Grossa e do Programa de Pós-Graduação stricto sensu em História. Atua
como diretora de ação educativa do Museu Campos Gerais e executa
projetos de pesquisa e de extensão na área curatorial (Acervo Foto Elite e
Fundo Foto Bianchi). Colabora como pesquisadora e revisora de periódicos
científicos e desenvolve sua poética no coletivo “Grimpa”. Possui Bacharela-
do em Gravura pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná, Mestrado em
Tecnologia e Sociedade pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná,
Doutorado em História pela Pontifícia Universidade Católica PUC-RS, com
Pós-doutorado no Museu Paulista da Universidade de São Paulo. Em 2019,
recebeu prêmio da prefeitura de Ponta Grossa pelos projetos junto ao Fundo
Foto Bianchi. E-mail: patriciacamera@uepg.br
283
de Filosofia da Universidade de Lisboa. Coordena o projeto “Paisagem e
Fronteira: geografias da raia internacional sul-rio-grandense”. Tem interes-
ses de investigação voltados para a conceituação da paisagem, suas bases
epistemológicas e aplicabilidades no ensino e pesquisa sobre temáticas
ambientais. A relação entre paisagem e fronteira como potencialidade de
integração geográfica e superação de conflitos entre os territórios. A paisa-
gem como experiência ética-estética no mundo e como conteúdo político
da natureza. Atua nas disciplinas de Epistemologia da Geografia, História do
Pensamento Geográfico, Geografia do Brasil e Produção da Socionatureza.
E-mail: reginaldo.souza@uffs.edu.br
RENATO TORRES
Professor do Curso de Licenciatura em Artes Visuais da Universidade Es-
tadual do Paraná, Campus Curitiba I - Escola de Música e Belas Artes do
Paraná. Doutor em Educação pela Universidade Federal do Paraná. Mestre
em Educação pela Universidade Tuiuti do Paraná. Graduado em Gravura e
Licenciatura em Desenho pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná.
Pesquisa na linha de História e Historiografia da Educação, com foco no
Ensino de Artes Visuais e sobre a relação entre processos de criação e
ensino de Artes Visuais. Desenvolve trabalho artístico em Gravura. E-mail:
torresrenato@yahoo.com.br
THAYS UKAN
Bacharela em Artes Visuais e em Geografia pela Universidade Federal do
Paraná. Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Geografia da UFPR.
Vinculada ao Laboratório Território, Cultura e Representação (Latecre/
UFPR). Desenvolve pesquisas nas áreas de Artes Visuais, intervenções no
espaço, geografia cultural, geografia social e educação. E-mail: thaysukan@
gmail.com
284
Índice Remissivo
A
arquitetura 24, 162, 208
Arquitetura 5, 106, 218, 281
arte 7, 14, 15, 16, 40, 41, 43, 44, 45, 46, 47, 49, 50, 51, 52, 53, 54, 55, 56, 57, 58,
63, 64, 65, 66, 67, 72, 89, 90, 103, 104, 105, 107, 108, 115, 123, 124, 139,
140, 143, 144, 145, 147, 148, 149, 150, 151, 152, 153, 156, 157, 159, 160, 161,
163, 174, 175, 177, 179, 198, 199, 208, 223, 226, 232, 235, 240, 241, 242,
243, 244, 245, 247, 249, 250, 251, 257, 264, 265, 267, 271, 273, 276, 277,
278, 283
Arte 5, 15, 40, 41, 46, 47, 51, 55, 56, 58, 59, 61, 63, 64, 66, 67, 69, 71, 73, 76, 77,
90, 103, 104, 106, 143, 147, 152, 174, 175, 179, 201, 202, 282, 283
ARTE 9, 39, 66, 67, 175
artes visuais 8, 14, 18, 223
Artes Visuais 16, 49, 64, 143, 156, 171, 175, 196, 249, 281, 282, 284
C
corpo 7, 47, 56, 58, 64, 115, 178, 179, 180, 181, 182, 183, 186, 191, 196, 200, 202,
205, 215, 224, 240, 243, 260, 266
E
emoções 6, 7, 17, 18, 66, 173, 180, 221, 223, 230, 231, 235, 238, 240, 241, 242,
244, 245, 246, 251, 252, 253, 254, 258, 260, 261, 262, 263, 272, 275, 277,
280
Emoções 17, 223, 245, 256
espacialidades 7, 222, 223, 224, 230, 231, 238, 245, 246, 247, 252, 280
Espacialidades 282
espaço 6, 7, 8, 12, 13, 14, 17, 18, 19, 23, 31, 36, 37, 38, 39, 41, 45, 49, 57, 58, 59,
69, 71, 75, 76, 77, 79, 90, 95, 97, 98, 100, 108, 110, 112, 121, 122, 123, 138,
145, 146, 147, 152, 160, 163, 168, 171, 172, 173, 174, 177, 178, 180, 181, 182, 183,
184, 185, 186, 188, 191, 195, 196, 199, 200, 201, 202, 204, 205, 209, 210,
211, 212, 213, 215, 218, 219, 223, 224, 228, 230, 231, 232, 236, 242, 245,
247, 248, 252, 253, 254, 258, 259, 272, 273, 276, 278, 280, 284
espaço público 17, 163, 173, 174, 199, 204, 209, 210, 211, 212, 213, 215, 218, 219,
286
Espaço Público 212, 281
285
estética 6, 14, 17, 18, 19, 31, 36, 56, 58, 62, 64, 137, 154, 163, 173, 177, 217, 228,
243, 244, 247, 248, 261, 263, 269, 283, 284
Estética 37, 67, 103
experiência 7, 12, 17, 18, 30, 45, 58, 62, 66, 97, 102, 107, 124, 130, 131, 139, 149,
152, 159, 163, 168, 173, 175, 178, 182, 191, 195, 201, 204, 205, 208, 213, 215,
216, 217, 218, 221, 222, 223, 224, 229, 230, 231, 232, 235, 237, 238, 239,
243, 244, 245, 246, 247, 248, 250, 251, 252, 253, 254, 259, 260, 261,
263, 274, 280, 282, 283, 284
F
filosofia 11, 16, 17, 25, 84, 89, 111, 112, 114, 134, 222, 223, 226, 234, 235, 236, 237,
238, 240, 245, 255, 267, 278
Filosofia 5, 18, 37, 45, 48, 67, 104, 184, 222, 256, 257, 282, 284
fotografia 6, 8, 15, 30, 46, 63, 69, 71, 72, 73, 74, 76, 77, 78, 84, 86, 88, 89, 90,
92, 96, 97, 98, 99, 101, 103, 104, 105, 108, 116, 140, 159, 161, 164, 165, 173
Fotografia 76, 81, 82, 83, 99, 104, 105, 106, 135
fronteira 6, 11, 15, 20, 21, 29, 33, 34, 35, 36, 40, 47, 51, 55, 59, 63, 64, 66, 112,
179, 223, 241, 274, 284
Fronteira 41, 57, 279, 282, 283, 284
G
geografia 7, 12, 17, 25, 39, 58, 104, 179, 186, 221, 228, 229, 232, 246, 252, 255,
257, 258, 259, 260, 261, 274, 279, 284
Geografia 4, 5, 7, 16, 17, 18, 21, 30, 102, 104, 178, 180, 186, 187, 196, 201, 202, 218,
221, 222, 223, 224, 225, 226, 227, 228, 229, 230, 234, 245, 246, 253,
254, 255, 256, 259, 275, 278, 279, 280, 281, 282, 283, 284
gravura 16, 70, 71, 143, 144, 150, 154, 156, 157, 158, 159, 160, 161, 162, 163, 166,
168, 169, 170, 171, 172, 173, 175
Gravura 174, 175, 283, 284
I
imagens 7, 30, 45, 46, 48, 51, 65, 72, 73, 77, 79, 84, 86, 89, 91, 110, 114, 116, 121,
136, 137, 145, 146, 153, 156, 160, 162, 164, 165, 166, 173, 206, 227, 246, 248,
251, 252, 259, 270, 273, 279, 280
Imagens 67, 104, 166
imaginário 6, 7, 15, 79, 98, 222, 225, 226, 227, 228, 231, 232, 234, 236, 246,
248, 249, 251, 253, 254, 255, 256, 258, 269, 274
286
L
lugar 6, 11, 12, 13, 15, 20, 37, 43, 49, 51, 57, 60, 65, 66, 75, 93, 133, 144, 145, 147,
148, 150, 151, 152, 153, 154, 168, 170, 171, 172, 173, 174, 175, 180, 185, 186, 189,
215, 216, 228, 231, 232, 254, 256, 266, 277, 279
Lugar 280
M
memória 12, 18, 42, 54, 72, 75, 104, 145, 146, 153, 237, 248, 249, 251
Memória 80, 81, 82, 83, 85, 87, 92, 94, 100, 103, 106
música 7, 8, 17, 258, 264, 265, 266, 269, 270, 272, 273, 274, 275, 276, 277, 278,
279
Música 257, 264, 265, 266, 278, 279, 281, 282, 283, 284
N
natureza 6, 14, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 26, 27, 28, 29, 30, 31, 32, 33, 34, 35, 36,
37, 38, 40, 41, 42, 43, 44, 45, 48, 52, 53, 54, 56, 60, 61, 62, 64, 65, 67, 73,
76, 89, 92, 97, 98, 111, 112, 113, 114, 121, 128, 130, 131, 132, 134, 135, 139, 146,
148, 149, 159, 174, 175, 186, 187, 205, 224, 228, 242, 249, 250, 255, 260,
268, 275, 276, 279, 284
Natureza 6, 37, 146, 217
P
paisagem 4, 5, 6, 7, 8, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 26, 29, 30, 31, 32, 33, 36, 37,
40, 41, 42, 43, 44, 47, 51, 52, 53, 54, 55, 56, 60, 63, 64, 76, 78, 79, 80, 84,
86, 87, 90, 91, 92, 96, 97, 98, 99, 100, 101, 102, 103, 107, 108, 110, 111, 112,
113, 114, 115, 118, 119, 120, 121, 123, 124, 127, 128, 134, 139, 140, 141, 143, 144,
145, 146, 148, 149, 151, 153, 154, 161, 162, 163, 164, 167, 172, 174, 175, 178, 180,
181, 182, 186, 187, 188, 192, 197, 200, 203, 204, 205, 206, 207, 208, 209,
210, 212, 213, 215, 216, 217, 218, 232, 243, 244, 245, 247, 248, 249, 250,
251, 254, 258, 259, 261, 262, 263, 274, 275, 278, 280, 281, 284
Paisagem 4, 5, 12, 15, 16, 18, 37, 38, 43, 44, 66, 138, 141, 174, 175, 202, 203, 212,
217, 218, 279, 282, 284
paisagens culturais 7, 17, 178, 187, 221, 222, 223, 224, 233, 240, 245, 247, 248,
249, 252, 262
percepções 6, 12, 18, 41, 46, 51, 54, 65, 85, 172, 182, 188, 260
performance 179, 182, 189, 191, 192, 193, 196
Performance 202
pintura 6, 8, 12, 13, 15, 16, 32, 40, 43, 44, 45, 48, 51, 63, 70, 71, 77, 78, 107, 108,
110, 111, 112, 113, 114, 115, 118, 120, 121, 123, 124, 125, 127, 128, 137, 139, 140, 141,
144, 145, 146, 156, 159, 174, 175, 267, 281
287
Pintura 15, 119, 120, 123, 281, 282
poética 7, 8, 15, 40, 41, 42, 44, 48, 50, 51, 54, 63, 65, 153, 221, 240, 251, 258,
263, 265, 269, 270, 272, 273, 278, 279, 283
Poética 50, 66, 268, 280
R
representações 7, 13, 73, 97, 98, 99, 101, 127, 128, 175, 179, 230, 231, 249, 258,
275
Representações 226, 282
S
sensações 6, 43, 191, 201, 259, 260
sentimentos 6, 16, 17, 44, 229, 235, 241, 242, 244, 251, 259, 260, 261, 262,
263, 270, 272, 274, 275, 276, 277, 280
simbólico 17, 44, 45, 65, 214, 222, 223, 226, 234, 235, 236, 237, 238, 240, 244,
252, 274
símbolo 84, 101, 122, 223, 232, 236, 237
sociedade 6, 14, 19, 20, 21, 22, 24, 25, 27, 28, 29, 31, 37, 38, 97, 102, 160, 161,
180, 191, 205, 212, 217, 218
Sociedade 92, 105, 282, 283
T
territorialidade 178, 181, 185, 192, 202
U
urbano 16, 17, 37, 69, 71, 76, 79, 94, 143, 147, 151, 177, 180, 183, 192, 196, 198, 199,
205, 206, 208, 213, 216, 232
288
1ª edição MAIO 2022
formato do livro 16X23CM
tipografia DM SANS
papel de miolo PÓLEN SOFT 80G/M 2
papel de capa CARTÃO SUPREMO 250G/M 2
@EDITORIALCASA