Plano de Atividades Individual para Bolsa de Treinamento Técnico E Participação em Curso (

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PLANO DE ATIVIDADES INDIVIDUAL PARA BOLSA DE TREINAMENTO TÉCNICO E PARTICIPAÇÃO EM

CURSO (fapesp.br/tt)
Escolha o Nível Pretendido (somente uma opção por formulário)

( ) TT-1 ( ) TT-2 ( X ) TT-3 ( ) TT-4 ( ) TT-4A ( ) TT-5

( ) PC-2 ( ) PC-3 ( ) PC-4

Duração da Bolsa (somente TT): 7 (meses) Dedicação (somente TT): 40 (horas/semana)

1 ) Dados do Projeto a que se vincula a Bolsa:


Título: Produção nacional de suínos geneticamente modificados voltados para o xenotransplante de órgãos em
humanos.

No. Processo: 2018/14275-5

Pesquisador Responsável: Prof. Dr. Silvano Mario Attilio Raia

Instituição/Empresa: Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – FMUSP

2 ) TÍTULO DO PLANO DE PESQUISA e/ou DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO a ser desenvolvido pelo(a)


bolsista:
Caracterização imunofenotípica e purificação de linhagens suínas geneticamente modificadas por FACS.

3 ) RESUMO do trabalho a ser desenvolvido:


A citometria de fluxo é uma técnica utilizada para contar, examinar e classificar células suspensas marcadas
com moléculas fluorescentes (fluoróforos e anticorpos conjugados a fluoróforos) em um fluxo em um tubo capilar,
ao que se chama de efeito de focalização hidrodinâmica. As células passam enfileiradas no capilar onde essas são
excitadas por um laser, onde os transdutores fotoelétricos coletam informações sobre elas, incluindo tamanho (FSC,
forward scattering), granulosidade/complexidade (SSC, side scattering), e fluorescência de marcadores específicos
(FITC, APC, PI, etc). Com a citometria de fluxo podemos identificar subpopulações de células que apresentam a
expressão de proteínas específicas, identificar subpopulações de células vivas e mortas, caracterizar o tipo de morte
celular induzida por um tratamento específico, verificar alterações no tamanho e complexidade celular.
Complementar a essa técnica existe a possibilidade de selecionar as subpopulações para cultivo, o que é dito fazer
um “sorting” de células, e feito por um equipamento de cell sorter (FACS sorting). Isso nos permite cultivar células
com a presença ou ausência de alvos específicos, fornecendo agilidade e precisão de isolamento de subpopulações
de células. Portanto, tal técnica será de grande utilidade para caracterização imunofetípica das linhagens celulares
selvagens e das editadas geneticamente.

4) OBJETIVOS pretendidos:
 Caracterizar e purificar linhagens suínas geneticamente modificadas por FACS;
 Estabelecer banco de células suínas geneticamente modificadas.

5) PLANO DE TRABALHO (inclua os procedimentos e métodos, ferramentas e técnicas, além das atividades a
serem desempenhadas pelo bolsista e a Tabela com Cronograma de Execução das atividades).
O bolsista será responsável pelo cultivo celular, organização do biobanco de células e
monitorar/prevenir contaminações por micoplasma.

Medodologia:

Cultivo celular – Serão utilizados protocolos já estabelecidos em nosso laboratório para o cultivo das
diferentes linhagens utilizadas no projeto.

FACS: As células serão incubadas com o anticorpo por pelo menos 30 min no escuro à temperatura
ambiente ou 4°C. Em seguida lavadas 3 x por centrifugação a 400 g por 5 min e ressuspendidas em 500 µl a
1 mL de solução de bloqueio. Depois serão analisadas no citômetro de fluxo. A análise dos dados de citometria
de fluxo serão executadas no software FlowJo.

FACS sorting: Para a purificação das linhagens editadas as células serão incubadas com os
anticorpos de interesse conforme as instruções acima, em seguida serão separadas conforme a expressão dos
marcadores alvo utilizando o equipamento FACS Aria. Despois serão cultivadas para expansão e
criopreservação, além disso as células serão analisadas novamente por citometria de fluxo para verificar se a
purificação foi efetiva. Caso necessário serão submetidas novamente ao sorting.

Ensaio de detecção de micoplasma: O teste de detecção de micoplasma será realizado por meio do
kit MycoAlert™ PLUS (lonza). Serão transferidos 2 ml de sobrenadante de cultura em um tubo e centrifugado
a 200 x g por 5 minutos. Em seguida será tranferido100 µl de amostra para um tubo ou placa (compatível com
o luminômetro a ser utilizado). Após será adicionado 100 µl de Reagente MycoAlert™ PLUS a cada amostra e
aguardado 5 minutos. Depois o tubo/placa no luminômetro para leitura e iniciado o programa (Leitura A) e
anotado o valor resultante. Em seguida será adicione 100 µl de substrato MycoAlert™ PLUS a cada amostra e
aguardado 10 minutos. E na sequência o tubo/placa será colocado no luminômetro e iniciado o programa
(Leitura B) e anotado o valor resultante. O resultado da reação será calculado da seguinte forma: Leitura
B/Leitura A. A interpretação dos resultados será conforme as instruções do fabricante.

6) Justifique a escolha do Nível para a Bolsa (TT 1, 2, 3, 4, 4A, 5 / PC 2, 3, 4).


Consideramos que a contratação do bolsista na modalidade de treinamento técnico Nível 3 é a melhor
opção para a realização de funções especializadas que não têm caráter primário de pesquisa (ainda que produções
acadêmicas possam resultar destas atividades). O bolsista será treinado para desempenhar as atividades técnicas
especializadas no presente projeto, bem como para apoiar os projetos de pesquisa de pós-doutorado.

7) Justifique o Plano de Atividades em termos dos objetivos do Programa de Bolsas de Capacitação Técnica
(apoio técnico ao projeto de pesquisa e treinamento técnico do bolsista).
O presente plano de atividades capacitará o bolsista, atendendo à finalidade do Programa de Capacitação
de Recursos Humanos da FAPESP. O bolsista TT3 egresso terá formação técnica nos seguintes temas:

 Cultivo celular e controle de biobanco;


 Análises de células por citometria de fluxo;
 Ensaios para detecção de micoplasma;
 Boas práticas de laboratório.

8) Informações adicionais
8.1) Os níveis de Bolsas TT estão descritos em www.fapesp.br/3098 e os de Bolsas PC em www.fapesp.br/1354.
8.2) As bolsas TT-4, TT-4A e TT-5 se destinam a profissionais com formação altamente especializada, para desenvolver
atividades técnicas complexas (p. ex.: atividades de TI, tais como desenvolvimento de software, integração de
sistemas de software, modelagem e implementação de bancos de dados complexos, projeto e implementação de
sistemas embarcados e microcontrolados, apoio a operações/processos de alta complexidade, apoio na utilização
de equipamentos de alta complexidade, apoio no uso de software científico, apoio em análises estatísticas etc.)
junto ao projeto de pesquisa. As atividades devem estar precisamente descritas. O tempo de experiência do
candidato é contado após a conclusão da graduação.
8.3) Caso sejam solicitadas mais de uma Bolsa TT, os planos devem ser individuais, sem sobreposição de tarefas. Neste
caso, deve ser incluído um documento de apresentação descrevendo sucintamente como as Bolsas se inter-
relacionam e se complementam de forma a ficar clara a sua necessidade para a execução da pesquisa.

FAPESP, abril de 2022

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