Contra o Liberalismo - Mao Tsetung
Contra o Liberalismo - Mao Tsetung
Contra o Liberalismo - Mao Tsetung
Contra o Liberalismo
Mao Tsetung
7 de Setembro de 1937
Tradução: A presente tradução está conforme à nova edição das Obras Escolhidas de Mao Tsetung, Tomo II
(Edições do Povo, Pequim, Agosto de 1952). Nas notas introduziram-se alterações, para atender as
necessidades de edição em línguas estrangeiras.
Fonte: Obras Escolhidas de Mao Tsetung, Pequim, 1975, tomo II, pág: 27-31
Transcrição e HTML: Fernando A. S. Araújo
Nós somos pela luta ideológica activa porque é uma arma para
se alcançar a unidade interna do Partido e das demais organizações
revolucionárias, em benefício do nosso combate. Cada membro do
Partido Comunista, todo o revolucionário, deve empunhar essa arma.
Não obedecemos a ordens, colocamos as nossas opiniões pessoais acima de tudo. Não
esperamos senão atenções por parte da organização e repelimos a disciplina desta. Eis uma
quarta forma de liberalismo.
Em vez de refutar e combater as opiniões erradas, no interesse da união, do progresso e
da boa realização do trabalho, entregamo-nos a ataques pessoais, buscamos questões,
desafogamos o nosso ressentimento e procuramos vingar-nos. Eis uma quinta forma de
liberalismo.
Escutamos opiniões erradas sem elevarmos uma objecção e deixamos até passar, sem
informar sobre elas, expressões contra-revolucionárias, ouvindo-as passivamente, como se
de nada se tratasse. É uma sexta forma de liberalismo.
Quando nos encontramos entre as massas, não fazemos propaganda nem agitação, não
usamos da palavra, não investigamos, não fazemos perguntas, não tomamos a peito a sorte
do povo e ficamos indiferentes, esquecendo-nos de que somos comunistas e comportando-
nos como um cidadão qualquer. É uma sétima forma de liberalismo.
Vemos que alguém comete actos prejudiciais aos interesses das massas e não nos
indignamos, não o aconselhamos nem obstamos à sua acção, não tentamos esclarecê-lo
sobre o que faz e deixamo-lo seguir. Essa é uma oitava forma de liberalismo.
Não trabalhamos seriamente, mas apenas para cumprir formalidades, sem plano e sem
orientação determinada, vegetamos — "enquanto for sacristão, contentar-me-ei com tocar os
sinos". Essa é uma nona forma de liberalismo.
Cometemos erros, damo-nos conta deles mas não queremos corrigi-los, dando assim
uma prova de liberalismo com relação a nós próprios. Eis a décima primeira forma de
liberalismo.
Poderiam citar-se outros exemplos mais, mas os onze acima indicados são os
principais.
Todos os comunistas fiéis, abertos, activos e honestos, devem unir-se para lutar contra
as tendências liberais de certos indivíduos entre nós, e conseguir chamá-los ao bom
caminho. Essa é uma das nossas tarefas na frente ideológica.
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Inclusão 31/10/2010