Protocolo de Manejo de Javalis PDF
Protocolo de Manejo de Javalis PDF
Protocolo de Manejo de Javalis PDF
em Unidades de Conservação
1 EDIÇÃO
A
PORTO ALEGRE
UFRGS IB CENTRO DE ECOLOGIA
2022
Autores:
Matheus Fragoso Etges – pesquisador Phd, Programa de Pós-graduação em Ecologia,
UFRGS
Andreas Kindel – professor doutor Laboratório de Conservação e Manejo da Vida Silvestre,
Ecologia, UFRGS
Demétrio Luis Guadagnin – professor doutor Núcleo de Ecologia de Rodovias e Ferrovias,
Ecologia, UFRGS
Revisor:
Carlos Henrique Salvador – Project Wild boar Europe-Brazil, Freiburg, Germany
e-ISBN 978-85-63843-29-6
CDU 599.731.1
Esse livro está disponível apenas em versão digital e pode ser adquirido pelo e-mail
matheus.etges@gmail.com e no site do Laboratório de Conservação e Manejo da Vida Silvestre da
UFRGS.
Agradecimentos:
CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
UFRGS – Universidade Federal do Rio Grande do Sul
PPG Ecologia – Programa de Pós-graduação em Ecologia
Sumário
SOBRE ESTE GUIA I
I. INTRODUÇÃO 1
II. ASPECTOS-CHAVE DA BIOLOGIA 3
REPRODUÇÃO E CUIDADO PARENTAL ............................................................................... 3
ALIMENTAÇÃO...................................................................................................... 3
ESTRUTURA SOCIAL ................................................................................................ 4
HABITAT ........................................................................................................... 4
COMPORTAMENTOS................................................................................................. 4
Na primeira parte resumimos a preocupação mundial com relação aos efeitos do javali,
o histórico da introdução das variedades de porcos asselvajados no Brasil e os diferentes
fenótipos e nomenclaturas utilizados para descrever a espécie. A seguir apresentamos
informações básicas importantes sobre a biologia do javali, sobre as dinâmicas populacionais,
os efeitos no ambiente e na biodiversidade e sobre fatores importantes para uma melhor
compreensão dos processos que podem estar ocorrendo nas UCs.
Na terceira parte comentamos as diferentes técnicas de controle dos danos que podem
ser aplicadas, apresentamos recomendações sobre boas práticas no manejo, e breves notas
sobre a legislação pertinente ao tema.
1
sofreu seleção natural encontrada originalmente na natureza antes da domesticação. A
forma selvagem domesticada corresponde ao início da domesticação. As formas
domésticas incluem as raças melhoradas para fins zootécnicos. As formas
assilvestrados, asselvajados, ferais, alçados ou monteiros – compreendem um conjunto
variado de formas oriundas de cruzamentos não intencionais e manejo não orientado ou
derivadas de porcos domésticos que retornaram à vida livre[18,19]. Uma distinção clara
entre variedades e fenótipos é complicada pela grande diversidade genética. A
diferenciação entre porco-monteiro no Pantanal e javali no restante do Brasil está na
legislação vigente para manejo de S. scrofa em território nacional[20]. Entretanto, as
recomendações de manejo das populações selvagens são as mesmas, independentemente
do fenótipo. Neste guia consideramos como javalis todas as populações de Sus scrofa
em vida livre que têm gerado conflito com as atividades humanas e que são de interesse
para a conservação da biodiversidade [21,22].
2
II. Aspectos-chave da Biologia
Além dos aspectos humanos envolvidos nas introduções intencionais, diversos
atributos dos javalis contribuem significativamente para o seu sucesso como espécie
invasora. Trata-se de uma espécie com alta capacidade reprodutiva, longa expectativa de
vida, hábitos generalistas e plásticos e longo histórico de domesticação e introduções
intencionais.
Alimentação
Javalis são onívoros e oportunistas. A dieta inclui frutos, sementes, folhas,
raízes, brotos, bulbos, animais, fungos e carniça. Mesmo havendo registros de que eles
consomem animais, a maior parte de sua dieta é, no entanto, vegetal[27,32,33].
3
Demonstram preferências por certas fontes de alimento e são capazes de migrar para
atender às necessidades nutricionais sazonais[34].
Estrutura Social
As fêmeas normalmente deslocam-se com outras fêmeas e juvenis em grupos
(varas), enquanto que os machos são tipicamente solitários, exceto na época de
acasalamento[35]. Os grupos consistem em até 3 gerações relacionadas. Depois dos
leitões serem desmamados, as fêmeas até um ano de idade tendem a permanecer com
seu grupo familiar[36] ou iniciam o processo de dispersão[36]. O comportamento de ficar
ou dispersar aparentemente é do tipo “todos ou nenhum” [36]. Os filhotes de um grupo ou
dispersarão todos ou permanecerão todos com o grupo familiar, e as fêmeas que se
dispersam geralmente estabelecem com suas irmãs um novo grupo familiar. Os machos
normalmente se dispersam do grupo familiar em torno dos 16 meses de idade[37].
Habitat
Javalis usam uma grande variedade de ambientes, podendo ou não ter variações
sazonais na ocupação[38]. Os ambientes nativos onde a densidade é maior incluem
florestas e bosques de carvalhos, florestas de coníferas mistas, matagais chaparrais,
além de áreas ribeirinhas e pantanosas, dependendo da região biogeográfica[39]. De
maneira geral, preferem mosaicos de vegetação arbórea pouco densa e áreas abertas
[29,40,41]
.
Comportamentos
Normalmente os animais são mais ativos nos horários crepusculares, mas
quando perturbados tendem a mudar para hábitos noturnos[29,43]. A alimentação e o
deslocamento em geral ocorrem em grupos e consomem de 4 a 8 horas diárias. Javalis
podem correr a velocidades de até 50 km/h e saltar até três metros de altura. Em um
mesmo ecossistema, a área de vida das varas é de 2,3 a 12,5 km², variando com o sexo,
estação do ano, temperatura, precipitação e disponibilidade de alimentos, tendendo ser
maior quando há menos recursos disponíveis[42].
4
que podem ser depressões alagadas do terreno ou criadas pelo chafurdamento[30]. As
piscinas tendem à forma oval e frequentemente ficam ao longo de trilhas, bordas de
riachos e áreas com água parada[47]. Normalmente os banhos ocorrem mais no verão[48]
e depois os indivíduos se esfregam em troncos para remover o excesso de lama e
ectoparasitas ou para marcar o território[30,49]. É frequente esfregarem as presas contra
troncos de árvores para que liberem seiva, usada como repelente de ectoparasitas [50].
Javalis usam oportunisticamente depressões sombreadas ou camas construídas como
áreas de descanso [51,52,53].
5
III. Densidade e Dinâmica Populacional e sua
Relação com o Controle
A densidade pode variar de 1 a 80 ind/Km2, dependendo do ambiente, dos
[8,54,55]
recursos disponíveis, e dos métodos utilizados na estimativas . Na Eurásia
ocidental, a densidade varia de 0,01 a 43 ind/Km2, seguindo um gradiente biogeográfico
leste-oeste e exibindo alta flutuação interanual[56]. Em clima mediterrâneo, a densidade
estimada foi de 10,5 ind/Km2 [57]
. Para os Estados Unidos há diversas medições: para a
parte de baixada (habitat de pântanos e ribeirinhos) a densidades foi de 1,2 a 2,5
ind/Km2, para habitats mistos (áreas montanhosas e de baixada dominadas por
pinheiros) foi de 3,8 a 4,3 ind/Km2, para áreas estritamente montanhosas foi de 1,6 a 2,1
ind/Km2, para habitat montanhoso de pradarias a densidade foi de 1,1 a 1,3 ind/Km2, e
para áreas mistas de campo com floresta de pinheiros a densidade foi de 3,7 a 10
ind/Km2 [58]. Para o Brasil não há muitos estudos que
estimam a densidades. Para o Parque Nacional do “Para o Brasil não
há muitos estudos
Itatiaia e a RPPN Alto Montana foram estimados
que estimam a
respectivamente 8,5 e 15,8 ind./km2 [59]
. Para o Parque
densidade.”
Nacional das Araucárias em Santa Catarina foi estimada
uma densidade média de 0,48 ind/Km2 [59].
6
removidos anualmente para ter uma alta probabilidade de erradicação. Para o Havaí e
para o Tennessee mais de 40% da população precisava ser removida anualmente para
causar um declínio populacional[64,65]. Se acredita que a porcentagem de 40% seja mais
fiel a realidade considerando as diferenças nos métodos para calcular as taxas[58].
Outro estudo feito na Carolina do Sul mostrou que taxas de remoção anuais de
20% podem reduzir uma população à metade da esperada, naquele ambiente, dentro de
5 anos[66]. Este estudo indicou que a remoção deve ser priorizada espacialmente
(dividindo a área em um conjunto de zonas de manejo onde cada zona é
sequencialmente priorizada para eliminação) e temporariamente para que a remoção
seja aditiva em vez de compensatória, ou seja, a mortalidade será maior que a esperada
para a população. Este trabalho revelou que as taxas de remoção anual entre 20-40%
podem levar a reduções populacionais de 40-90% em 5 anos. Na Australia outro estudo
mostra que taxas de remoção de 9–17% poderiam causar uma redução de 25% da
população em 5 anos[67].
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IV. Efeitos do Javali no Ambiente e Biodiversidade
Os efeitos dos javalis na biodiversidade são extremamente variados e sua
categorização difere entre autores. É importante realçar a diferença entre danos e
mecanismos/processos, pois estes podem ser erroneamente utilizados e interpretados na
literatura. Mecanismos são comportamentos ou ações que podem causar efeitos no
ecossistema, enquanto danos são aqueles efeitos considerados prejudiciais. Como
exemplo temos a ISSN (Invasive Species Specialist Groups) que relaciona seis
mecanismos a presença do javali: Competição, Predação, Herbivoria,
Chafurdamento/Fuçada, Pisoteamento, e Interação com outras espécies invasoras,
enquanto o uma revisão global listou 27 tipos de danos ambientais, agrupados em seis
categorias principais: danos nas propriedades do solo, danos nas comunidades de
plantas, danos nas comunidades animais, danos nas comunidades de fungos, danos nas
comunidades aquáticas, e danos indiretos68].
• No solo
O chafurdamento reduz a profundidade dos horizontes superiores do solo
[69,70]
, diminui a disponibilidade de variados elementos químicos (Ca, P, Mg, Mn,
Zn, Cu, H e N)[69,71], a capacidade de troca de cátions[69,71], aumenta a
concentração de nitrato e amônia[69,71.72], aumento da liberação de CO2[73], e
altera a microbiota do solo[74,75].
• Na comunidade vegetal
Apesar de a herbivoria impactar na abundância das espécies vegetais,
muitos estudos reportam o chafurdamento como a maior causa de distúrbio [69,54].
Em altas densidades o chafurdamento causa uma redução de 80% a 90% na
cobertura vegetal do sub-bosque[69,76,77]. As consequências dessa atividade
geralmente incluem a diminuição da diversidade de espécies[54,69,74,78],
diminuição da regeneração[71,79,80,81,82,83] podendo levar a extinção local[69,84,85].
Os efeitos costumam ser maiores nas espécies de maior valor energético, com
aquelas com raízes suculentas, tubérculos e rizomas[72,77,86,87]. Outro efeito
relatado é o aumento da abundância de espécies de plantas invasoras, já que o
8
solo perturbado pode ser mais suscetível a invasões e expansão de populações
invasoras já estabelecidas[74,88].
• Na comunidade animal
A predação é o processo de perturbações de comunidades animais mais
relatado[8,89]. Outros processos que podem ser relevantes incluem a destruição de
habitat e de ninhos e a competição difusa por recursos[8,32,81,89,90,91]. Os
invertebrados costumam ser os mais afetados pela predação, podendo haver uma
redução de mais de 50% na macrofauna de solo quando há escassez de recursos
vegetais com relevante valor energético[32,92].
• No ambiente aquático
Ao chafurdar, forragear e pisotear, o javali altera a estrutura e os
processos nas áreas úmidas. As alterações podem ser na composição de espécies
de plantas e animais[93,94], na qualidade da água[69,93,95,96], e na dispersão de
plantas[88], animais e patógenos[94]. A vegetação ciliar também pode sofrer
alterações importantes. No Brasil, a destruição de nascentes tem sido um dos
impactos mais percebidos em propriedades rurais e unidades de
conservação[98,99].
• Efeitos indiretos
Devido às alterações no sub-bosque pela predação e chafurdamento,
alguns efeitos indiretos como alteração da abundância de insetos e aves
nectarívoras já foram relatados[100]. A modificação no ambiente aquático pode
gerar aumento de insetos potencialmente transmissores de doença[101,102].
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Figura 2. Exemplo de área
chafurdada.
Foto de Rafael Caruso.
10
V. Planejamento
Este protocolo propõe abordar o manejo de javalis seguindo a ótica do Manejo
Ecossistêmico Adaptativo (MEA)[103,104,105]. Esta é uma abordagem formal e estruturada
de planejamento e execução de ações de manejo que trata as decisões como hipóteses e
organiza as ações como tratamentos, no sentido científico experimental. O MEA
compreende uma sequência de passos que reproduz o método científico, mas que é
aplicado em uma situação real de manejo. Uma abordagem adaptativa do manejo de
javalis deve envolver os seguintes passos:
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nem sempre significa que ele tenha um efeito significativo sobre alvos de conservação
ou atividades humanas. Embora se espere que a magnitude dos danos aumente com a
densidade de animais, não necessariamente o controle dos danos precisa envolver a
redução da densidade e a redução da densidade não necessariamente significa uma
redução proporcional nos danos. Finalmente, não necessariamente todos os atores
sociais concordam sobre o que é bom ou ruim em termos populacionais, ambientais ou
econômicos e as diferenças de percepção podem ser causa de conflitos.
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• Quais são as evidências e lacunas de informação sobre a origem e a magnitude dos
diferentes problemas?
• Quais são as principais evidências e lacunas de informação sobre a origem e
magnitude dos efeitos dos javalis sobre a biodiversidade?
• A presença de javalis tem algum efeito positivo sobre os alvos conservação e
objetivos de manejo? Quais?
• Onde e quando ocorre o problema (tipos de ambientes, abrangência espacial,
épocas)?
• Os principais fatores envolvidos na presença e efeitos dos javalis são econômicos,
sociais ou ambientais?
• Quais são as principais fontes de javalis (por exemplo, reprodução local, dispersão,
fuga de criadores, introdução intencional)?
• Quais métodos de redução de danos têm sido empregados regionalmente e com qual
sucesso?
• Quais métodos de redução de danos podem funcionar no contexto local? Existem
evidências?
• Quais são os principais grupos sociais potencialmente interessados no manejo de
javalis?
• Estes grupos sociais estão interessados em se envolver no manejo dos javalis,
positivamente ou negativamente? Como?
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objetivos. Na Figura 4 apresentamos um exemplo de modelo conceitual pensado para a
ecorregião de florestas com araucária. O propósito de apresentar este modelo é que ele
sirva de exemplo e não que seja generalizado para todas as Unidades de Conservação.
Cabe a cada UC elaborar ou adaptar uma proposta que vá de acordo com a realidade
local.
Figura 4. Exemplo de modelo conceitual dos possíveis efeitos do javali na ecorregião da floresta com araucária em
Unidades de Conservação. Os cinco hexágonos representam os mecanismos (estressores) que podem levar a efeitos
sistêmicos (representados por elipses). Os fatores de confusão que podem influenciar ou mascarar possíveis resultados do
manejo estão identificados pelas linhas pontilhadas.
Cada relacionamento (ligações) entre um fator e um desfecho (caixas) implica
em uma relação causal (uni ou bi direcional, dependendo do sentido das flechas) a ser
avaliada. Estas relações causais podem ser consideradas como conhecidas (já
mensuradas) ou como lacunas a serem preenchidas. O modelo conceitual é a declaração
do conjunto de hipóteses (os relacionamentos conjecturados) sobre as causas dos
problemas (fatores) e os efeitos esperados (desfechos) das ações de manejo. No manejo
adaptativo, cada relação é tratada como uma hipótese a ser testada.
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Ao elaborar o modelo conceitual é importante mantê-lo simples, focado nos
aspectos considerados localmente como mais importantes. Quanto mais complexo o
modelo conceitual e mais fatores se desejar compreender, mais complexo e caro será o
programa de manejo necessário para explorá-lo. Em um programa de manejo
provavelmente não será possível demonstrar todas as relações causais que se gostaria, o
que exigirá um exercício de priorização.
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Cada uma destas opções apresenta suas as vantagens e desafios em diferentes
contextos e um conjunto próprio de técnicas já experimentadas. No capítulo VII
comentaremos resumidamente sobre as principais técnicas descritas na literatura. Neste
subcapítulo, comentaremos os aspectos fundamentais na escolha das técnicas.
Erradicação
A erradicação é improvável em áreas extensas e só foi bem-sucedida em
circunstâncias específicas como ilhas, propriedades cercadas e ou isoladas, ou
populações pequenas e recém estabelecidas[89,107].
“A erradicação é Resumidamente, a possibilidade de erradicação
improvável em áreas está intimamente ligada ao tamanho da população
extensas, e só foi
invasora, à extensão geográfica da disseminação, e
bem-sucedida em
à facilidade de localização e remoção do
circunstâncias
especificas.” invasor[108,109]. Há especificamente seis critérios
que devem ser atendidos para que a erradicação
seja uma opção de manejo viável[110]:
16
O controle da imigração pode ser feito por cercamento, manutenção de faixas de
segurança livres de animais ou hostis à sua presença. A principal técnica inicial para
diminuir drasticamente a abundância é o armadilhamento, podendo ou não ser mesclado
com caça ativa e de espera. Conforme a abundância diminui, a caça ativa e a de espera
devem ser intensificadas para remover os indivíduos que evitam armadilhas e achar
indivíduos isolados. A técnica de Judas (que envolve colocar uma rastreador GPS em
alguns indivíduos a fim de encontrar o restante da vara) também pode ser aplicada para
localizar possíveis áreas de refúgio.
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Controle dos Danos
O controle direto dos habitats, recursos ou dos alvos de conservação é uma
alternativa ao controle direto das populações de javalis. Esta estratégia tende a ser mais
efetiva em áreas pequenas de alto valor para a conservação. Como exemplo de técnicas
temos o cercamento de regiões prioritárias, proibição ou controle de criações de suínos
nas regiões de amortecimento das Unidades de Conservação, cercamento de recursos de
alto valor alimentar, entre outros.
Definir Metas
Identificados os objetivos e a estratégia de manejo, a definição de metas é
fundamental para poder acompanhar o andamento do manejo e avaliar se as ações estão
sendo efetivas, afinal, é atingindo as metas que se define o sucesso do programa. Para
isso, é fundamental que as metas sejam precisas,
“É fundamental a mensuráveis e alcançáveis.
criação de metas
precisas e realizáveis Existem diversas técnicas que auxiliam na
O plano de ação deve especificar onde será executada cada ação, por quanto
tempo, com que periodicidade, com quais técnicas, por quais atores e com quais fontes
de recursos. No manejo adaptativo, a execução destas ações deve seguir princípios de
delineamento estatístico. Um plano de ação adaptativo é um experimento em escala real
de manejo. Planejado desta forma, será possível sistematizar a coleta de informações de
forma a testar os pressupostos do modelo conceitual, avaliar a efetividade das ações e
gerar aprendizado, resolvendo as lacunas de informação mais importantes.
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Figura 5. Representação de uma situação hipotética de divisão de uma UC. Quatro áreas foram separadas:
duas para realização de manejo de danos provocados por javalis, duas como controle estatístico. As áreas
foram pareadas para representarem a variedade de ambientes, havendo uma área com e sem intervenção
apenas com ambiente de floresta e as outras duas com um gradiente de ambientes. Tendo sucesso no
controle nas áreas escolhidas, demonstrado pelo monitoramento, pode ser redesenhando o monitoramento
para ter mais áreas com intervenção.
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Na elaboração do plano de ação também é fundamental inventariar a experiência
local no controle dos danos, que pode apresentar ideias novas e promissoras. O sucesso
do controle é uma combinação de técnica e arte. O sucesso de uma ação depende em
grande parte da experiência local no emprego das técnicas. A melhor técnica muitas
vezes é aquela cujos atores dominam com maior competência, ainda que outras opções
sejam, em tese, também efetivas. Esta reflexão pode ajudar a escolher entre opções
como por exemplo a caça com cães, de espera em jiraus ou através de busca ativa
noturna. Um aspecto fundamental nesta análise é não cometer nenhum dos dois erros
mais comuns: ignorar o conhecimento local ou considerar a priori o conhecimento
local como de qualidade superior e eficiente. O conhecimento local oferece um
excelente conjunto de hipóteses sobre opções de manejo, cuja efetividade precisa ser
testada como parte do programa de manejo adaptativo.
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De forma mais aprofundada, o monitoramento tem três funções, correspondendo
a três níveis:
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• Parâmetros de estrutura e funcionamento dos ecossistemas;
• Parâmetros relacionados aos desfechos nos alvos de conservação;
• Parâmetros relacionados às intervenções.
Os modelos conceituais são estruturados hierarquicamente. Isso significa que
algumas variáveis serão apenas causas (fatores, ou variáveis independentes), os
desfechos serão apenas efeitos (consequências, variáveis dependentes), mas outras serão
simultaneamente causas e efeitos conforme sua posição relativa na hierarquia do
modelo. Por exemplo, no modelo exemplificado nesse guia a “diminuição da
abundância de mamíferos nativos” é considerado um desfecho pois é afetada
diretamente pelos javalis e um efeito pois influencia na regeneração da araucária.
22
Parâmetros relacionados a fatores confundidores
Cada desfecho no modelo conceitual provavelmente não é influenciado apenas
pelos javalis, mas também por outros fatores que, portanto, também precisam ser
medidos. Exemplos de fatores que podem influenciar a conservação da biodiversidade
local, a abundância de javalis ou fatores relacionados, são as atividades furtivas (caça,
coleta etc.), a disponibilidade de recursos alimentares alternativos (lixo, carcaças,
descartes, criações domésticas); distúrbios (queimadas, presença de veículos etc.) e
mudanças na paisagem, como investimentos em infraestrutura. No nosso exemplo (Fig.
4) temos a presença de coleta ilegal e de gado como possíveis fatores de confusão.
23
populacional. A presença de predadores de grande porte, capazes de predar
principalmente filhotes, pode influenciar o sucesso reprodutivo.
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Avaliar o plano de ação e decidir sobre ajustes
A análise e interpretação conjunta dos dados sobre a implementação e os
alcances do programa permite revisar os objetivos, modelos, delineamento ou técnicas.
Por isso o manejo é adaptativo. A avaliação do sucesso do programa de manejo se
baseia na análise de dados através de métodos estatísticos coerentes com o delineamento
adotado, ponderando eventuais mudanças de rumo nos objetivos impostas por situações
inesperadas. É interessante manter também um registro da satisfação dos atores
envolvidos, associado ao retorno sobre os avanços do programa de manejo.
25
VI. Técnicas de Controle – Um Resumo
Existe vasta literatura sobre técnicas de controle e guias específicos para cada
técnica. Neste guia, enfatizamos a indicação de referências sobre o tema e comentários
sobre vantagens e limitações que podem auxiliar no delineamento do programa de
manejo.
Além das técnicas a serem aplicadas, deve se pensar em uma escala temporal
maior. Será realizada apenas uma ação (por exemplo, erguer cercas)? Será usado um
controle sustentável (por exemplo, ações iniciais intensas seguidas por um período de
manutenção para impedir a recuperação)? Ou será um controle direcionado (por
exemplo, controle apenas em momentos críticos quando o dano é maior)?
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disso, cercas elétricas exigem o controle da vegetação que cresce debaixo da cerca para
evitar curto-circuito. Deve-se levar em consideração que o cercamento também pode
impedir a passagem de animais silvestres.
Dispositivos de aversão
Dispositivos de afugentamento são ineficazes e não há repelentes químicos
comprovados para manejo de javalis, embora muitos pesquisadores estejam tentando
desenvolver essas opções. Luzes piscando, alarmes sonoros ou objetos com movimento,
como bandeirolas batendo ao vento, podem ter efeito auxiliar na evitação de cercas,
especialmente as elétricas, mas não são eficientes quando usadas sozinhas, dado o
aprendizado. São técnicas baratas, não específicas, que podem ser coadjuvantes em um
plano.
Cães de guarda
Os animais de guarda geralmente não são práticos para o uso contra javalis em
situações de grandes áreas de pasto ou áreas plantadas[123], e não existem antecedentes
documentados do seu uso para proteção de áreas silvestres. É recomendado em áreas
restritas e de grande valor, ou na pecuária.
Métodos diretos
Armadilhamento
O armadilhamento é particularmente adequado para áreas com populações
grandes estabelecidas. O sucesso do armadilhamento varia dependendo da experiência
do operador da armadilha, da abundância local de alimentos, e do tamanho e
distribuição da população de javalis[124,125,126]. Um fator importante é o número e a
distribuição de armadilhas em relação à área de vida ou aos movimentos dos javalis. É
preciso dispor de armadilhas suficientes para distribuir em toda área, para que os
indivíduos tenham uma alta probabilidade de encontrar uma armadilha. Números
insuficientes de armadilhas, ou áreas onde armadilhas não podem ser colocadas,
assegurarão que uma proporção da população não esteja sujeita ao manejo.
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principais trilhas que geralmente levam a áreas de refúgio e alimentação. De
preferência, o local deve estar em uma área sombreada com a maior cobertura de
vegetação possível.
Muitos materiais podem ser usados como isca, contudo se o material utilizado
for muito diferente dos encontrados no meio ou de baixo valor nutritivo, pode demorar
para ser reconhecido como alimento. Os javalis têm a tendência de manter uma única
fonte abundante de alimento até que ela se esgote. Paciência e prealimentação são
necessárias nesta situação. Pode ser necessário experimentar algumas iscas diferentes
antes de encontrar uma que produza bons resultados, e a isca deve ter custo baixo e ser
facilmente adquirida, pois grandes quantidades serão necessárias. Se disponível,
bananas ou outros frutos, especialmente mangas, podem produzir bons resultados, assim
como grãos e melaços fermentados. Milho cru e fermentado tem sido utilizado no Rio
Grande do Sul com sucesso.
• Colocar iscas fora da porta ou colocar uma trilha de isca até a armadilha.
• Perturbar o chão dentro da armadilha com uma enxada pode ser útil.
• Usar atrativos aromáticos, como essência de baunilha, anis, creosoto ou óleo de
peixe.
Uma vez que as armadilhas são colocadas, elas precisam ser inspecionadas
diariamente (de preferência pela manhã). Libere espécies não-alvo e abata os javalis
presos o mais rápido e humanamente possível. Mantenha a atividade humana ao mínimo
e evite usar cães em locais de captura. Também é aconselhável continuar a
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prealimentação em outros locais para que, quando o primeiro local estiver esgotado, a
armadilha possa ser movida para outro local e continue a capturar indivíduos.
Abate
As técnicas de abate são variadas, podendo incluir: perseguição (com e sem
cães), tiro em espera com ceva, tiro sem ceva, tiro aéreo, entre outros. Como método de
controle, a caça é adequada somente em áreas relativamente pequenas e de fácil acesso.
Ela é geralmente considerada como uma ação de eliminação dos indivíduos residuais
após outras técnicas terem sido empregadas. A caça com cães tem apresentados
resultados melhores que a sem cães quando as populações estão em baixas densidades e
os esforços fazem parte de um programa formal de erradicação com múltiplas técnicas
de controle[127]. A caça recreativa tende a não ser efetiva como estratégia de controle.
Estima-se que os caçadores recreativos consigam matar apenas 15 a 20% da população
de javalis anualmente, em áreas acessíveis[128], A perturbação regular por estimular a
dispersão. Existe o risco do estímulo à cultura da caça estimular novas introduções e um
manejo mais desportivo que de controle.
Envenenamento
É um método custo-efetivo amplamente utilizado em alguns países[129]. No
Brasil não existem produtos autorizados para esta finalidade e seu uso não está
regulamentado. Os venenos tendem a causar uma morte relativamente lenta. As drogas
mais empregadas no controle de javalis são fluroacetato de sódio (1080) e para amino
propiofenona (PAPP), indisponíveis no país. A especificidade do emprego de drogas
depende da forma de apresentação, contudo há muitas preocupações com relação à
contaminação de espécies não alvo.
Esterilização
Não existem evidências de que técnicas anticoncepcionais sejam eficazes em
programas contínuos de controle. Os maiores problemas do uso de contraceptivos são os
custos elevados, a não especificidade dos produtos e dificuldade em alcançar
esterilizações suficientes.
29
VII. Aspectos Complementares
Presença de porcos-do-mato
A presença de cateto (Tayassu pecari) e queixada (Pecari tajacu) pode trazer
dificuldades na aplicação de certas técnicas de estimativa populacional e de controle de
danos. Quando a presença dessas espécies nativas é confirmada, é importante reforçar as
medidas de educação ambiental focando nas diferenças com o javali. Os protocolos de
vistoria das técnicas que envolvem armadilhamento devem levar em consideração a
captura indesejada das espécies nativas.
Boas práticas
Seja qual for a estratégia, é importante adotar sempre as melhores práticas,
aplicadas por profissionais treinados. Privilegie equipes multidisciplinares, que serão
mais capazes de cobrir as múltiplas facetas de um programa de controle. Os principais
aspectos a serem observados incluem[130]:
Não é recomenda o consumo dos javalis, nem mesmo por animais, como os
cachorros, devido ao risco de contágio de doenças[131,132,133,134]. São proibidas a
distribuição e a comercialização de quaisquer produtos e subprodutos obtidos por meio
do manejo de javalis que vivem em liberdade.
30
No caso do enterramento no local de origem das carcaças o Manual de Boas
Práticas para o Controle de Javali[130] traz: a) a área aberta não deve ser em local de
grande circulação de pessoas nem de animais; b) a área não deve ser próxima de corpos
d’águas; c) deve estar localizada, no mínimo, a 100 m das áreas de proteção ambiental;
d) deve ser em local com declividade menor que 20%; e) as valas devem ter, no
mínimo, 2,5 metros de profundidade por 2,5 metros de largura (dimensões para até
quatro javalis); f) os animais devem ser posicionados lado a lado; g) a camada de
cobertura de terra deve ser de, no mínimo, 60 cm.
31
VIII. Bibliografia Complementar
V. Planejamento
Manejo Adaptativo: primeiras experiências na Restauração de Ecossistemas (Livro de
exemplos) – https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/institutoflorestal/wp-
content/uploads/sites/234/2014/01/Manejo_Adaptativo_Primeiras_Experiencias_na_Re
stauracao_de_Ecossistemas.pdf
Padrões Abertos para a Prática da Conservação (Guia sobre uma adaptação da
abordagem MEA) – HTTPS://CMP-OPENSTANDARDS.ORG/WP-
CONTENT/UPLOADS/2020/07/CMP-OPEN-STANDARDS-FOR-THE-PRACTICE-OF-
CONSERVATION-V4.0.PDF
Manual de Planejamento para a Conservação de Áreas, PCA Ecossistemas (Livro
aprofundando alguns passos do MEA) –
HTTPS://WWW.CONSERVATIONGATEWAY.ORG/DOCUMENTS/PCA_TNC_PORT.PDF
Plano de Manejo Adaptativo para a Reserva Natural Salto Morato (Website contendo o
documento completo para download) –
HTTPS://SITES.GOOGLE.COM/SITE/MANEJOADAPTATIVO/RELATORIO-FINAL-DOS-
WORKSHOPS-SALTO-MORATO
Conceptualizing and Planning Conservation Projects and Programs (Guia em inglês
sobre MEA) – HTTPS://FOSONLINE.ORG/WP-
CONTENT/UPLOADS/2011/11/CONCEPTUALIZING-AND-PLANNING-CONSERVATION-
PROJECTS-AND-PROGRAMS-DRAFT_2019.PDF
Ecosystem management: adaptive, community-based conservation (Livro em inglês
base sobre o MEA) –
https://books.google.com.br/books?id=APiKqPBkStcC&pg=PR3&lpg=PP1&focus=vie
wport&hl=pt-BR#v=onepage&q&f=false
Detectar e Estimar a População de Javalis
Estimativa e Monitoramento das Populações de Javalis: Protocolo de amostragem para
coleta de dados (Guia em português com técnicas de monitoramento) –
https://www.researchgate.net/publication/336197324_ESTIMATIVA_E_MONITORA
MENTO_DAS_POPULACOES_DE_JAVALIS_Protocolo_de_amostragem_para_colet
a_de_dados
Manual de Boas Práticas para o Controle de Javali (Para informações sobre
amostragem e monitoramento ver páginas 27-31) –
http://ibama.gov.br/phocadownload/javali/2020/2020-12-17-
Manual_do_Javali_Digital.pdf
Cartilha: O javali asselvajado - Norma e medidas de controle (Cartilha com
informações básicas sobre o Javali) – https://www.gov.br/ibama/pt-
br/assuntos/notas/2020/manejo-e-controle-de-javalis/20201029_Folder_Javali__A4.pdf
Javalis, Javaporcos e Suiformes Nativos (Cartilha com informações sobre diferenças
entre javali e espécies nativas) –
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/96883/1/final7340.pdf
Javali: Uma ameaça ao agronegócio paranaense (Cartilha informativa com aspectos
básicos e diferenças entre ele e espécies nativas) – https://sistemafaep.org.br/wp-
32
content/uploads/2020/08/Javali_Uma-amea%C3%A7a-ao-Agroneg%C3%B3cio-
Paranaense_web.pdf
Custos e Benefícios
Custo-efetividade e padrões ambientais: implicações para tratamento de esgotos no
Brasil (Dissertação) – https://repositorio.unb.br/handle/10482/2482
Custo-efetividade ecológica da compensação de reserva legal entre propriedades no
estado de São Paulo (Dissertação) –
http://repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/286184
A análise custo-efetividade: sua aplicação como auxílio para a definição de políticas de
regulamentação do uso de agrotóxicos (Dissertação) –
https://repositorio.unb.br/handle/10482/7092
Custo efetividade na conservação dos serviços ecossistêmicos: estudo de caso no
Sistema Produtor de Água Cantareira (Dissertação) –
http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/286544
Delinear o Plano de Manejo
Statistical Methods for Adaptive Management Studies (Livro em inglês explicando os
as analises estatísticas) - https://wrrb.ca/sites/default/files/public_registry/17.Sit
Adaptive management statisitcs BC 1998.pdf
Adaptive management of natural resources—framework and issues (Artigo em inglês
que apresenta um framework de tomada de decisão) -
https://doi.org/10.1016/j.jenvman.2010.10.041
Passive and active adaptive management: Approaches and an example (Artigo em
inglês que apresenta exemplos) - https://doi.org/10.1016/j.jenvman.2010.10.039
Experimental or precautionary? Adaptive management over a range of time horizons
(Artigo em inglês que apresenta diferentes estratégias de controle) -
https://doi.org/10.1111/j.1365-2664.2007.01395.x
VI. Técnicas de Controle
Plano Nacional de Prevenção, Controle e Monitoramento do Javali (Sus scrofa) no
Brasil (Tabela com as técnicas de controle ver páginas 44 a 46) –
http://ibama.gov.br/phocadownload/javali/2017/2017-PlanoJavali-2017.2022.pdf
Cercamento
Wild Boar Fencing (Guia em inglês contendo inf. sobre diferentes tipos de cercas) –
https://www.wild-boar.org.uk/pdf/WildBoar_fencing.pdf
Cartilha Proteção às Nascentes contra o Javali (Cartilha com inf. sobre como proteger
nascentes usando cercas) – https://www.briead.com.br/javali
Armadilhamento
Guia para produtor rural: Construção de Jaula Curral Modelo Pampa (Guia completo
para montagem da armadilha tipo curral) –
https://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/comunicacao/publicacoes/publicacoes-
diversas/guia_para_produtor_rural_controle_javalis_jaula_curral_modelo_pampa.pdf
33
Manual de Boas Práticas para o Controle de Javali (Para informações sobre
armadilhas ver páginas 23-26) –
http://ibama.gov.br/phocadownload/javali/2020/2020-12-17-
Manual_do_Javali_Digital.pdf
Abate
Manual de Boas Práticas para o Controle de Javali (Para inf. sobre perseguição e tiro
ver páginas 26 e 27) – http://ibama.gov.br/phocadownload/javali/2020/2020-12-17-
Manual_do_Javali_Digital.pdf
VII. Aspectos Complementares
Presença de porcos-do-mato
Cartilha: O javali asselvajado - Norma e medidas de controle (Cartilha com
informações básicas sobre o Javali) – https://www.gov.br/ibama/pt-
br/assuntos/notas/2020/manejo-e-controle-de-javalis/20201029_Folder_Javali__A4.pdf
Javalis, Javaporcos e Suiformes Nativos (Cartilha com informações sobre diferenças
entre javali e espécies nativas) –
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/96883/1/final7340.pdf
Javali: Uma ameaça ao agronegócio paranaense (Cartilha informativa com aspectos
básicos e diferenças entre ele e espécies nativas) – https://sistemafaep.org.br/wp-
content/uploads/2020/08/Javali_Uma-amea%C3%A7a-ao-Agroneg%C3%B3cio-
Paranaense_web.pdf
Destinação das carcaças
Manual de Boas Práticas para o Controle de Javali (Para inf. sobre destinação ver
página 32) – http://ibama.gov.br/phocadownload/javali/2020/2020-12-17-
Manual_do_Javali_Digital.pdf
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