El - Textos PDF
El - Textos PDF
El - Textos PDF
Género A Economia
Género B Género C
1
em inventar metáforas que os resumem da maneira mais esclarecedora
possível.
o A explosão de uma tendência é sempre precedida por um período de
gestação que pode ser detetado com um pouco de bom senso, muita
intuição, muita curiosidade, uma grande disponibilidade de espírito e
sobretudo um contínuo trabalho de equipa.
o Com o tempo, apercebemo-nos que há apenas um número reduzido de
grandes atitudes de consumo. Para prevê-las basta conseguir prever qual
a ordem hierárquica pela qual se vão manifestar e por que ângulo os
criadores irão abordá-las.
➢ Identificar os leitores com consumidores…
o Tenho o maior respeito pelo consumidor, que é tudo menos um inculto a
quem se pode fazer engolir qualquer coisa.
o Quanto mais o marketing, incluindo o marketing literário, tenta armar-
lhe ciladas, mais ele se apercebe de longe das armadilhas e vai procurar
noutro lado a emoção que os produtos «clonados» já não lhe
proporcionam.
o Mas sim, as pessoas consomem literatura. Como consomem cinema.
o Porque será assim tão grave dizê-lo? Um livro não é algo sagrado, é algo
vivo. É um amigo que nos acompanha. Também pode ser, porque não,
um elemento do look, uma coisa que se compra porque se pensa que nos
vai tornar interessantes aos olhos dos outros.
Aristóteles - poética
➢ A função do poeta não é contar o que aconteceu, mas aquilo que poderia
acontecer, o que é possível, de acordo com o princípio da verosimilhança e da
necessidade.
➢ O historiador e o poeta não diferem um do outro
o Um escreve em prosa e o outro em verso
➢ O historiador e o poeta diferem um do outro
o Porque um relata o que aconteceu, e o outro o que poderia acontecer
2
➢ A poesia
o É mais filosófica
o Tem um caráter mais elevado do que a história
o Expressa o universal, a história o particular
▪ O universal é aquilo que certa pessoa dirá ou fará, de acordo com
a verosimilhança ou a necessidade, e é isso que a poesia procura
representar, atribuindo, depois, nomes às personagens.
➢ Na comédia isto torna-se logo evidente:
o Os poetas estruturam o enredo atendendo ao princípio da verosimilhança
e só depois atribuem, ao acaso, os nomes, e não escrevem, como os
poetas iâmbicos, sobre determinadas pessoas
➢ Na tragédia
o Os poetas prendem-se a nomes reais e a razão disso é que o possível é
fácil de acreditar
➢ O ser humano não acredita em coisas que ainda não aconteceram sejam
possíveis
o Ao contrário, pelo facto de terem acontecido, torna-se evidente que eram
possíveis, pois não teriam ocorrido se fossem impossíveis.
➢ No entanto, em algumas tragédias, apenas 1 a 2 nomes são conhecidos, o resto
dos nomes são inventados. Em algumas tragédias os nomes são todos
inventados, tal como em Anteu de Ágaton
o Nesta peça, os factos e os nomes são inventados e não deixa de agradar
a menos por isso.
➢ Portanto, não é necessário que se cinja a histórias tradicionais sobre que versam,
geralmente as tragédias.´
3
Teoria da Literatura – Aguiar & Silva (1982) – DRIVE
4
Evolução da literatura:
5
Designação de literatura:
6
Significado de literatura em cada país:
7
A partir do seculo XVIII o significado literatura começou a significar uma
arte partículas, uma especifica categoria da criação artística e um conjunto
de textos resultantes desta atividade criadora.
E como é que essas transformações se deram?
A ciência adquiriu então um significado mais estrito, em consequência do
desencolhimento da ciência indutiva e experimental, tornou-se cada vez
menos aceitável incluir nas belas artes os escritos de caracter cientifico.
Com isso ocorreu uma progressiva valorização técnica, difundindo-se a
consciência de que também as obras de conteúdo técnico não cabiam
dentro do âmbito das belas artes.
Este conceito de literatura progrediu, mas especialmente na altura do
romantismo, alargou-se quer como sistema de valores opostos à ciência, À
técnica e À civilização burguesa.
8
9
DE LITERATURA A LITERARIEDADE
10
Objeções a uma definição referencial da literatura
11
Por Fim ele dá uma pequena noção de literatura
12
Diz-nos ainda que estamos a trabalhar numa coisa que não se pode definir,
e que não é possível definir a literatura, até PQ se tentamos definir, como o
caso da eletricidade não a vamos conseguir compreender
Isto vai implicar que o que se entende por Literatura, seja o que for que se
considere o literário, não pode ser caraterizado por diferenças específicas
que constituem uma certa entidade, ou um objeto, ou sequer, um campo
com propriedades únicas, exclusivamente distintas, apesar de tentativas de
defesa de uma poeticidade, como “la universalidade de signo
antropológico-imaginário”.
A autora refere ainda que a literatura da idade média em nada tem a ver
com a literatura de hoje, e por termos evoluído de tal maneira e termos
evoluído a literatura a autora questiona se realmente ainda é impossível
definir a literatura, mesmo com essas todas evoluções
13
"A este não ter nome da antiguidade clássica não corresponderá, no
entender dos nossos dias, uma identidade não definível?"
Refere ainda que o facto de não conseguirmos definir a literatura é a
definição da mesma.
Acreditava-se que a definição da literatura fosse criada e dado sentido
apenas depois do romantismo, pois na altura do romantismo é que se
começou a levantar as questões do que é isto da literatura.
Autora refere ainda que Aristóteles e Horácio referem questões importantes
e dizem ainda que a literatura é a imitação, em que se o poeta quer ser bom
tem que imitar o que os outros fizeram, a literatura nesse tempo era fazer
grandes obras, grandes autores, já nós dias de hoje a literatura destina-se a
estudar os poetas não a ser um grande autor, ou fazer uma grande obra.
O termo literariedade foi cunhado por Roman Jakobson, num ensaio sobre
“a nova poesia russa”:
14
Ele vem dizer que o objeto das ciências literatura não é a literatura mas
sim a literariedade, aquilo que faz uma dada obra ser uma obra literária.
Para Jakobson poesia e literatura tem uma proximidade. " A poesia não é
senão a literatura reduzida ao essencial do seu principio ativo".
Neste texto o autor fala-nos sobre o facto de muitos autores confundirem
a literatura.
15
Diz-nos ainda que os textos escritos têm um grande nível de autonomia,
visto que têm um estilo próprio adequado à sociedade ( linguagem
adequada a uma determinada sociedade)
16
17
Com a proposta de Jakobson continua a ser impossível identificar um
texto literário e um texto não literário, contudo é possível diferenciar o
literário e não literário.
Ainda assim, para alem de Jakobson outros autores tentam dar uma
definição de literatura e dizem que essa está ligada à linguagem usada.
Teodoro destaca dois tópicos fundamentais das definições estruturais da
literatura: a dimensão ficcional, que podemos fazer a partir do conceito
mimesis e a dimensão sistémica que indicaria o caracter altamente
organizado, autotélico ou autoconcetrado na evidenciação de si como
linguagem, do texto literário. J.Culler destaca também outros dois critérios
de litariedade, diz que se define em ermos de uma relação, com a
realidade oposta.
S.Schmidt vem também dar um critério de literariedade vem dizer que
essa caracteriza-se pelo modo de ser da comunicação literária e é
designada pela ficcionalidade( esta relacionado com as consequências
semânticas e pragmáticas). O segundo determina o carater especifico do
objeto da comunicação em que consiste na polifuncionalidade da sua
organização textual.
18
Explicação aprofundada de cada critério:
19
20
As definições de literariedade são importantes não como critérios para
identificar o que é a literatura mas sim como instrumentos de orientação
teórica e metodológica dos estudos literários.
O autor refere ainda que são os leitores, enquanto membros de uma
comunidade interpretativa, que, partilhando certos objetivos, valores,
estratégias e procedimentos interpretativos, constroem tais textos
enquanto literários.
21
Assim conclui se que:
22
Literary-Theory-A-Very-Short-Introduction (Jonathan Culler)
23
A Produção da Crença - contribuição para uma econ dos bens simb
A denegação da economia
Pierre Bourdieu fala-nos de que forma quem esta no campo do poder tem
o prestigio de consagrar quem acham que devem consagrar, como tem o
poder para tornar o desinteressante em interessante.
24
O facto de sermos consagrados podemos ganhar até lucros com isso tanto
no valor simbólico como no valor real e temos como exemplo camões.
No fundo quem esta no campo do poder é que tem a possibilidade de
consagrar grandes autores, sem eles os indivíduos encontram-se numa
posição baixa e não conseguem ser consagrados. Precisam dessas tais
pessoas que estão no campo do poder.
Os pequeno autores ou os indivíduos que estão em posição baixa no
campo cultural ficam impossibilitados de serem uns grandes autores.
No que toca a ganho simbólico os autores apenas são reconhecidos,
adquirem um nome e são reconhecidos.
O preço de uma obra não é feito pela adição dos elementos do custo de
produção, trabalho do pintor, é porque define mal a unidade de produção
ou, que dá no mesmo, o processo da produção.
Portanto, podemos formular a questão na forma concreta: Quem será o
verdadeiro produtor do valor da obra: o pintor ou o marchand, o escritor
ou o editor ou o diretor de teatro?
25
E podemos ver de que forma um bom editor pode influenciar o percurso
de autor, o editor no fundo é alguém que vem promover o nome e a obra
desse autor.
26
O circulo da crença:
27
Esta autoridade é um credito junto a um conjunto de agentes que
constituem relações tanto mais preciosas quanto maior for o credito de
que eles próprios se beneficiam.
28
Onde se vende os livros também pode ser considerado um local de
consagração pois se forem vendidos muitos livros por vezes o autor ganha
mais reconhecido, mas claro que também pode acontecer o contrario ele
até pode vender muito no seu primeiro livro e depois quando lança o 2 já
não tem tantas vender.
E por fim outro meio de consagração pode ser as pessoas da sociedade/
comunidade, são as pessoas que vão dar o valor ao livro.
Em suma:
FÉ e Má -Fé :
29
O valor da obra e a crença que lhe serve de fundamento se engendram
nas incessantes e inumeráveis lutas travadas com a finalidade de
fundamentar o valor desta ou daquela obra particular, ou seja, não só na
concorrência entre agentes – autores, atores, escritores – cujos interesses
estão associados a bens culturais diferentes – teatro burgues ou teatro
intelectual, pintura estabelecida e pintura vanguarda, literatura académica
e literatura avançadas – mas também nos conflitos entre agentes que
ocupam posições diferentes na produção dos produtos da mesma espécie
– pintores e marchands, autores e editores, escritores e críticos – com tais
lutas que, apesar de nunca estabelecerem uma oposição clara entre “o
comercial” e o “não-comercial”, o desinteresse e o cinismo, empenham
quase sempre o reconhecimento dos valores últimos de desinteresse
através da denúncia dos comprometimentos mercantis ou das manobras
calculistas do adversário, é a denegação da economia que é colocada no
seu próprio âmago do campo, na própria origem do seu funcionamento e
mudança.
30
31
Um mecanismo semelhante acaba transformando o artista desconhecido,
desprovido de crédito e credibilidade, em um artista conhecido e
reconhecido: a luta pela imposição de um estilo, encarnado por um
produtor particular ou um grupo de produtores, faz da obra de arte um
valor, transformando-a em uma aposta, no âmago do campo da produção
e fora dele. Cada um poderá recusar a pretensão dos seus adversários de
estabelecerem uma distinção entre o que é a arte e o que não o é, sem
nunca questionarem essa pretensão originária: em nome da convicção de
que existe boa ou má pintura é que os concorrentes se excluem
mutuamente do campo da pintura, prodigalizando-lhe assim a aposta e o
motor sem o qual ele não poderia funcionar.
O irreconhecimento coletivo
A eficácia quase mágica da assinatura é o poder, reconhecido a alguns, de
mobilizar a energia simbólica produzida pelo funcionamento de todo o
campo, ou seja, a fé no jogo e lances produzidos pelo próprio jogo.
É o poder que vai conseguir consagrar quem é um bom autor e quem não
é.
O valor marcantil da obra de arte não tem qualquer relação com o custo
de produção: verdadeiro, se levarmos em consideração somente a
fabricação do objeto material, da qual o único responsável é o artista,
mas, se entendermos a produção da obra de arte como objeto sagrado e
consagrado, produto de um imenso empreendimento de alquimia social
na qual colabora com a mesma convicção e com benefícios bastante
desiguais, o conjunto dos agentes envolvidos no campo da produção, ou
seja, tanto os artistas e os escritores quanto os mestres consagrados.
32
Dominantes e pretendentes:
Os autores quando publicam um livro também tem consequências, logo
temos que ter em atenção as instancias, se publicamos para um
determinado publico esse livro só vai ser comprado por esse determinado
publico.
33
OPOSIÇÃO ENTRE O COMERCIAL E O NÃO COMERCIAL
34
forças que se opõem e se agregam, em sua estrutura específica, em um
lugar e momento dados no tempo.
Mas o que vem a ser esse campo do poder que permeia todos os outros
campos? Não é o poder político! Temos que nos remeter ao conceito de
"campo" para depois compreender o que é esse poder do qual não há
possibilidade de escapar.
A teoria dos campos diz respeito à pluralidade dos aspectos que constitui
a realidade do mundo social, a pluralidade dos mundos, pluralidade das
lógicas que correspondem aos diferentes mundos, aos diferentes campos
como lugares onde se constroem sentidos comuns. Diz Bourdieu:
35
Um campo faz parte do espaço social - e, portanto, toma dele as suas
características - conceito que Bourdieu descreve como espaço de posições
dos agentes e das instituições que nele estão situados, que, a depender do
peso e do volume global dos capitais que possuem, são distribuídas em
posições dominadas e dominantes. Os mais importantes em nossa cultura:
o capital econômico, o capital simbólico e o capital cultural.
36
Perpetuar ou subverter as regras do jogo, através das estratégias dos
agentes, é uma tendência que passa pela mediação de seus habitus.
Habitus é uma noção primordial na sociologia de Bourdieu, que diz
respeito aos sistemas de percepção, de apreciação, de gosto, ou como
princípios de classificação incorporados pelos agentes a partir das
estruturas sociais presentes em um momento dado, em um lugar dado,
que vão orientá-los em suas ações.
37
Tem os seus dominantes e os seu dominados e isso vai influenciar muito
esse campo, pois os dominantes estão sempre sujeitos ou tem menos
vantagens que os dominados. A facilidade de ser consagrado ou ser um
bom autor é muita quando pertencemos a classe dominantes.
O campo cultural consiste nas lutas anteriores e que podem ai sim dar a
consagração, no entanto se for um novato o processo será mais difícil
visto que ele esta ainda no polo negativo comparado aos autores que
estão no polo positivo.
38
O autor é um criador.
41
Não é de estranhar, pois, que a História Literária tivesse nascido com
carácter nacional, que incluísse apenas os autores cuja vida e obra fossem
consideradas excecionais, originais, ou patrióticas e que estivesse
recheada de apreciações valorativas.
José Maria da costa silva vem dizer que os autores que escolheu, foi
porque gosto foi apenas por gosto pessoa e que temos que aceitar que
cada um tem a sua opinião, e que isto tudo não passa de um tribunal onde
aqueles que a exercem, têm o papel de juízes.
Muitos historiadores pouco se afastaram dessa opinião de costa e Silva,
muitos dos critérios era mesmo esse, o sentimento do povo, o espirito
nacionalista, originalidade a exigência, quem não cumprisse não cabia na
grelha da nacionalidade.
42
A historia da literária passou a existir, passou para a escola onde
aprendemos as figuras mais importantes para o nosso pais, onde
percebemos o que é isto do nacionalismo, é dada obras de grandes
autores, autores esses que estão no cânone.
43
A Periodização Literária
44
Variações sobre o cânone literário
45
46