Evolucao Do Pensamento Geografico - 112315 PDF
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Evolução das ciências geográficas desde a antiguidade (época romana) até a época
contemporânea.
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Índice 0.5
Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura organizacio Discussão 0.5
nais
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização (Indicação
2.0
clara do problema)
Metodologia adequada ao
2.0
objecto do trabalho
Articulação e domínio do
Conteúdo discurso académico (expressão
3.0
escrita cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
discussão Revisão bibliográfica nacional e
internacional relevante na área 2.0
de estudo
Exploração dos dados 2.5
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Índice
1. Introdução ................................................................................................................................... 3
2.2. Evolução das ciências geográficas desde a antiguidade, época romana até a época ............... 5
2.2.1.3.Humboldt ............................................................................................................................ 7
3. Conclusão.................................................................................................................................. 13
1. Introdução
1.1. Objectivos
Geral:
Específicos:
Conceituar a geografia;
Descrever as características das épocas e o seu período de vigência;
Descrever os seus percursores e os respectivos contributos para a ciência geográfica.
1.2. Metodologia
2. Enquadramento Teórico
Geografia é o estudo da superfície da Terra. Sua denominação procede dos vocábulos gregos geo
("Terra") e graphein ("escrever").
Durant (1956) indaga dizendo que a Geografia significa, etimologicamente, «descrição da terra»,
e foi tal como tal que este ramo de conhecimento humano se apresentou entre os viajantes
gregos, seus primeiros cultores, mas, desde o início, com duas orientações diferentes. Uns
geógrafos, educados na disciplina rigorosa da medida, preocuparam-se, sobre tudo, com a
situação exacta dos lugares e a sua e a sua representação nos mapas e emitiram os primeiros
juízes de conjunto sobre o globo terrestre (p. 24).
2.2. Evolução das ciências geográficas desde a antiguidade, época romana até a época
contemporânea.
A Terra é o palco onde se desenrola a actividades dos homens. O seu aspecto actual é apenas
uma simples fotografia instantânea em relação `as constantes modificações que apresentar”
(Sues, s/d).
A Geografia é uma ciência com um longo passado. Bem antes dos gregos ou dos grandes
descobrimentos marítimos do século XV, já as primeiras comunidades humanas exploravam a
superfície do globo.
Na visão de Grimal (1954), as principais fases desta expansão foram as colonizações fenícia,
cartaginesa, grega, a expedição de Alexandre e a conquista romana.
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O périplo de Hannon, que descrevia a costa africana até ao Senegal e o périplo de Himilcão, que
explorava a costa ocidental da Europa até à Bretanha. Procurava-se, então, o tamanho e o ouro.
As necessidades da navegação e do comércio exigia o estabelecimento de itinerários entre os
principais mercados. Os périplos descreviam pormenorizadamente esses trajectos tal como o
fizeram na idade média os portulanos (mapas que os marinheiros italianos e portugueses
desenhavam dos pedaços de costas e portos que iam percorrendo).
Anaximandro de Mileto, 611-547 a. C., considerou a terra como um corpo celeste isolado no
espaço, de forma cilíndrica e habitada só na parte superior. Introduziu o gnómon, que permitia
determinar os movimentos do sol atribui-se-lhe o primeiro mapa da terra.
O mundo conhecido era constituído por dois continentes (Europa e a Ásia) separados pelo mar
mediterrâneo, pelo mar negro (Euxino) e pelo mar Cáspio
Eratóstenes traçou uma rede constituída por sete meridianos e sete paralelos irregularmente
espaçados, de acordo com as informações disponíveis. As latitudes dos pontos característicos são
exactas no seu conjunto, mas as longitudes estão bastante erradas.
Hiparco, 190-125 a. C., foi o maior astrónomo da Antiguidade. Determinou a distância da Terra
ao Sol e à Lua e as dimensões destes dois astros; inventou os primeiros elementos da geometria
da esfera, dividindo pela primeira vez o círculo terrestre em 360º; concebeu uma rede de
paralelos e meridianos, com intervalos iguais, para determinar a latitude e a longitude; elaborou
um mapa do mundo e dividiu-o em 11 paralelos igualmente espaçados, cuja localização
descreveu detalhadamente.
Para Crates de Malo, quatro massas de terra, duas no hemisfério norte e duas no hemisfério sul,
são separadas por duas massas oceânicas perpendiculares, uma envolvendo o globo de este para
oeste ao longo do equador e a outra rodeando-o de Norte a Sul.
A geografia é uma ciência com um «longo passado» que remonta ao século VI a. C. e com uma
«breve historia», posterior ao século XIX. No «longo passado» de vinte e cinco séculos, a
geografia permaneceu ligada a outras ciências como a astronomia, a matemática e a historia. A
«breve história» refere-se ao curto período de pouco mais de um século em que a geografia
aparece com um conjunto de métodos e de conhecimentos coerentes e rigorosos, dentro do
contexto da ciência contemporânea.
O saber escolástico foi substituído pelo saber experimental. Em todas as ciências se desenvolvia
a preocupação da busca de relação de causa e efeito. Era o advento do espírito científico, ligado
ao desenvolvimento da sociedade industrial.
2.2.1.3.Humboldt
O alemão Alexandre von Humboldt, 1769-1859, foi, por educação e por gosto, um homem de
ciência, sobretudo um naturalista e um grande viajante. Possuía uma formação diversificada:
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Conforme cita Andrade (2008) méritos de Humboldt foram altíssimos. Fundou os métodos de
observação de quase todos os sectores da geografia física. Generalizou o emprego do barómetro
para determinar as altitudes, dos cortes topográficos e dos cálculos de altitude media para
caracterizar o relevo. Traçou o primeiro mapa de isotérmicas e mostrou o contraste entre as
costas orientais e ocidentais dos continentes. Pode considera-se o fundador da geografia
botânica, baseada na fisionomia das plantas e das suas relações com o solo e o china.
Humboldt não foi apenas um naturalista e um viajante, foi também um geógrafo de grande
visão. Comparou as culturas nativas asiática e americana e escreveu tratados regionais sobre
cuba e México.
A sua obra mais conhecida, «O Cosmos», revelou, por um lado, o elemento quantitativo colhido
directamente nas viagens e, por outro, o elemento qualitativo, a teorização. O elemento
quantitativo era riquíssimo, pois Humboldt foi um observador rigoroso e um meticuloso
anotador, procedendo sempre com rigor científica. Abrangia informações relacionadas com a
temperatura atmosférica e do solo, pressão, ventos, latitude e longitude, mares, variações
magnéticas, natureza das rochas, animais, tipos de plantas e suas relações com o meio. Humboldt
preocupou-se também com as explicações dos fenómenos descritos, estabelecendo as relações
entre eles (Andrade, 2008)
Pertenceu-lhe o mérito de, em primeiro lugar, ter formulado e aplicados os dois princípios
essenciais que fizeram da geografia uma ciência original, que Emmanuel de Martonne designou
por princípio da causalidade (ou interdependência) e princípio da geografia geral (ou
comparada).
como estes mesmos dependiam uns dos outros. Era a unidade do mundo físico com todo os
fenómenos interdependentes (principio da causalidade).
Quando fixava a sua atenção num problema geológico, biológico ou humano não observava
apenas o facto local, voltava o seu interesse para as outras regiões onde ocorriam factos
análogos. Era sempre a lei geral, válida para todas as circunstâncias semelhantes, que ele
procurava formar. Nenhum ponto lhe parecia independente do conhecimento do conjunto do
globo (princípio da geografia geral).
2.2.1.4. Ritter
Segundo Claval (2010), Karl Ritter, 1779-1859, foi um historiador e filósofo alemão, viajou
muito menos que Humboldt. Foi professor de geografia na Universidade de Berlim e as suas
publicações resultaram da investigação e do ensino. Nele, as preocupações pedagógicas estavam
sempre presentes.
denominava «Geografia pura», e recusava um lugar ao homem. O seu principal objectivo era
explicar as relações existentes entre o meio físico e a actividade humana. São estas relações
mútuas da natureza e do homem, e a terra como o teatro, da actividade humana que lhe
interessavam fundamentalmente.
No seu livro «Europa» afirmou: «Aterra e os seus habitantes mantêm-se na mais estreita
reciprocidade, não podendo um ser apresentado em todos os seus aspectos sem o outro. A
geografia e a história devem ser, pois, inseparáveis. A terra tem influência sobre os habitantes e
estes últimos sobre a terra».
Segundo a concepção Ritteriana, a terra era considerada como um organismo com todas partes
solidárias. A combinação das quatro formas ou elementos fundamentais (ar, água, fogo e terra)
constituem o «Todo» terrestre e Ritter estudou os essencialmente nas formas existentes na
superfície do globo e na sua disposição e interacção recíprocas.
Tal como Humboldt, Ritter preocupava-se em estabelecer leis gerais através do método
comparativo. «Só com o contributo de leis gerais da superfície terrestre, inerte e animada, pode
apreender se a harmonia do mundo dos fenómenos» afirmou.
Das formas terrestres e das suas relações extraiu Ritter muitas consequências a cerca dos destinos
dos povos e da humanidade. A ele se atribuiu a interpretação das características sociais e da
variabilidade histórica a partir da acção do meio físico, tentando assim explicar as desigualdades
entre os povos. Da sua pretensão de explicar os feitos humanos em função dos factos físicos
resultou a sua atitude determinista. O seu objectivo era contribuir para a compreensão do papel
da natureza no desenvolvimento dos homens, dos povos e dos estados, (Claval, 2010)
A principal dificuldade que o geógrafo actual enfrenta é analisar, de forma cartesiana, esses
processos de transformações espaciais, determinadas pela inter-relação sociedade/natureza, uma
vez que não são processos estáticos; são extremamente dinâmicos e complexos. Muitos
geógrafos consideram que aí reside a dificuldade de se estabelecer, de forma precisa, qual vem a
ser a definição e o objecto da Geografia como ciência. Daí a existência de tantas divergências
entre seus profissionais quanto a esse objecto e a essa definição. Considerando tal momento, é
necessária a existência de alguns pressupostos, que possibilitem a compreensão do quadro actual
da humanidade, esboçado ao estudioso, ao se discutir, por exemplo, a internacionalização da
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[...] essas etapas são apenas cronológicas, pois as instituições e as relações existentes no passado
permanecem e atuam no presente e se projectam no futuro. Assim, a um só tempo, a sociedade e a
natureza vivem no presente também o passado, através dos resquícios outrora dominantes, e as
projecções no futuro. (Andrade, 2002, p. 21).
[...] deve-se levar em conta que o geógrafo não é apenas um profissional, mas, sobretudo
um cidadão, e como tal deve, dentro de seus padrões sociais e morais, procurar empregar
o seu saber primordialmente na procura de soluções para a sociedade e, secundariamente,
na obtenção de seus interesses. Não achamos que a geografia deva ser primordialmente
ideológica, mas seria utópico querer retirar dela toda a participação ideológica que foi
inculcada na formação do cientista. E a actividade como cientista não retira do geógrafo
as idéias e preconceitos que ele adquiriu em sua vida e em sua formação. (Andrade, 2002,
p. 21).
Nessa discussão, acrescento que “o movimento ecológico tem grande importância, pois tem se
preocupado com a destruição do planeta em consequência do uso indiscriminado de tecnologias
predatórias que não só dilapidam os recursos como destroem recursos naturais indispensáveis”
(Andrade, 2002, p. 22)
Para Tavares (1990), a observação da natureza leva à necessidade de explicar por que o espaço
está organizado de uma forma e não de outra. A compreensão de uma organização que está em
constante processo de reorganização das formas que se apresentam e de seu conteúdo cultural,
leva o geógrafo e a Geografia a recorrerem ao conhecimento histórico, não apenas cronológico,
mas sobretudo, de suas implicações sociais e económicas. Daí a necessidade de uma maior
aproximação entre a Geografia e a História, porque para se explicar a organização actual do
espaço, externada em grande parte na paisagem, é necessário que se encare, de forma dinâmica,
duas grandes categorias espaço e tempo.
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3. Conclusão
Como podemos verificar nesta aula, a história da Geografia não se inicia na instituição desta
como ciência. A história da Geografia começa quando as primeiras sociedades surgem no planeta
e nele tecem relações que permitem a sua sobrevivência. Pudemos entender que a nossa ciência,
mesmo mantendo o mesmo objecto de estudo, pode evoluir e mudar de paradigmas ao longo de
sua história. Ficou claro que para se compreender os atuais paradigmas da Geografia é preciso ter
um bom conhecimento da história da nossa ciência.
Apesar dos esforços de Humboldt e Ritter, a geografia contemporânea não estava ainda
definitivamente fundada. As novas ideias semeadas por estes dois pioneiros não encontraram
terreno adequado. Nem Humboldt nem Ritter tiveram discípulos que completassem e
desenvolvessem as suas obras.
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4. Referências Bibliográficas
Claval, P. (2010). Terra dos homens: a geografia. São Paulo: Brasil, Ed. Contexto.
Editores, Portugal.