Capítulo I - Introdução:

O presente projecto faz abordagem do seguinte Tema: “Superlotação de alunos nas

turmas da 3ª classe e seu impacto no processo de ensino e aprendizagem: caso da
escola primária do 1º & 2º Grau de Chiúre – Sede (2020 - 2021)”.

De acordo com Lakatos e Marconi (2007) “ a escolha do tema é o assunto que se deseja
estudar e pesquisar, de acordo com as inclinações, as possibilidades e aptidões de um
trabalho científico, e o que se deseja explorar. (p139)
O assunto escolhido deve ser exequível adequado aos factores externos (tempo,
interesse e utilização).
Já Severino (2002) define o tema como um momento fundamental do projecto que deve
ser problematizado, de onde a ideia deve ser bem clara, para ser resolvido.
Gil (2008) diz que o tema tem relação com a experiência profissional ou académica do
autor, ou vinculação com a área temática do curso do mesmo.

Esta pesquisa foi realizada no distrito de Chiúre. Chiúre é um distrito da província

de Cabo Delgado, em Moçambique, com sede na vila de Chiúre. Tem limite, a Norte
com o distrito de Ancuabe, a Noroeste com o distrito de Montepuez, a Oeste com o
distrito de Namuno, a Sul com os distritos de Eráti e Memba da província de Nampula e
a Nordeste com o distrito de Mecúfi.

1. Objectivos.

Na óptica de Artur (s/d;), “os objectivos são resultados que são precisos serem
alcançados para a construção de toda uma demonstração que podem ser expressos em
gerais ou específicos. Nos objectivos gerais indica – se uma acção muito ampla em que
podem ser especificados nos objectivos específicos”, (p.114). Dai que, constituem
objectivos da presente pesquisa os seguintes:

1.1 Objectivo Geral

Para Lakatos (1992), “O objectivo geral está ligado a uma visão global e abrangente do
tema, relaciona-se com o conteúdo intrínseco, quer dos fenómenos e eventos, quer das
ideias estudadas. Vincula-se directamente à própria significação da tese proposta pelo
projecto” (p.102).
Neste sentido, constata-se que o objectivo geral refere a finalidade geral de uma
determinada acção, e que para o seu alcance necessita de conciliação com os objectivos
específicos. Assim sendo, e tendo em conta a natureza do estudo, temos como objectivo
geral:

 Analisar as causas que fazem com que haja superlotação de alunos nas salas de
aulas da 3ª classe na Escola Primaria do 1 & 2 grau de Chiúre – Sede.

1.1.2. Objectivos específicos

Segundo Marconi e Lakatos (1992), “Os objectivos específicos apresentam carácter

mais concreto com função intermediária e instrumental, permitindo, de um lado, atingir
o objectivo geral, e de outro, aplicar este a situações particulares”, (p.102).

Isto quer dizer que os objectivos específicos são mais operacionais e servem de alicerce
para a complementaridade do objectivo geral. Nesta vertente, e pela complexidade da
pesquisa é verificável que ela irá percorrer várias etapas e em cada uma das etapas com
um propósito, que poderemos deduzir em objectivos específicos. Para se evidenciar este
objectivo geral, colocam – se em acções os seguintes objectivos específicos:

 Identificar os factores que fazem com que os alunos da 3ª classe da Escola

Primaria do 1º & 2º Grau de Chiúre – Sede estão sempre superlotados nas
salas;
 Explicar os contextos mais afectados que justificam a superlotação de alunos
da 3ª classe nas salas de aulas;
 Propor medidas para melhorar a organização dos alunos nas salas de aulas
naquela escola.

1.2. Problematização

Na visão de Alves, Becker, Dacoreggio e Teixeira (2008), “o problema é a mola

propulsora de todo o trabalho de pesquisa. Depois de definido o tema, levanta-se uma
questão para ser respondida através de uma hipótese, que será confirmada ou negada
através do trabalho de pesquisa” (p. 19).
Aliado a essas ideias é notório que o termo problema relaciona-se às dificuldades
vivenciadas por uma pessoa ou um certo grupo e que a sua superação requer que haja
um estudo mediante metodologias adequadas.

Quando reflectimos acerca do termo dificuldades, sugere – nos que se trata de

“obstáculos, barreiras ou impedimentos com que alguém se depara ao tentar realizar
algo que deseja” (Rebelo, 1993, p.70)

1.2.1. Descrição do problema

Um dos maiores problemas que as escolas e professores enfrentam hoje é a

superlotação. Uma combinação de uma população crescente e um declínio no
financiamento fez com que o tamanho das turmas da 3ª classe disparasse. Em um
mundo ideal, o tamanho das turmas seria limitado a 50 – 60 alunos. Infelizmente,
muitas salas de aula agora ultrapassam regularmente 100 alunos, e não é incomum haver
mais de 100 alunos em uma única sala.
A superlotação das salas de aula infelizmente se tornou o novo normal. É improvável
que o problema desapareça tão cedo, então escolas e Os professores devem criar
soluções viáveis para tirar o máximo proveito de uma situação ruim.
Problemas criados por salas de aulas lotadas
Ensinar em uma sala de aula com muitos alunos pode ser frustrante, opressor e
estressante. Uma sala de aula lotada apresenta desafios que podem parecer quase
impossíveis de superar, mesmo para os professores mais eficazes. O aumento do
tamanho das turmas é um sacrifício que muitas escolas precisam fazer para manter as
portas abertas em uma época em que as escolas não têm recursos suficientes.

Salas de aula apertadas criam uma série de problemas para os sistemas escolares
modernos, incluindo:

 Não há professor suficiente para todos

 Aumentam os problemas de disciplina
 Alunos difíceis ficam para trás e não progridem como deveriam
 Estatísticas escolares parecem ressentidas
 O nível geral de ruído aumenta
 O estresse do professor geralmente aumenta, levando a um esgotamento extremo
 A superlotação leva a menos acesso a equipamentos e tecnologia
Possíveis soluções
Se você tem que ensinar em uma sala de aula lotada é importante que você tenha
algumas soluções em mente para poder superar o dia a dia com sucesso. Quando nada
funciona, as escolas podem ser forçadas a promulgar o que é conhecido como uma
redução da força, em que professores e funcionários são demitidos por motivos
orçamentários e o tamanho das turmas subsequentemente aumenta. Mesmo com
orçamentos apertados, áreas podem tomar certas medidas para aliviar os problemas de
aglomeração:
 Aproveite a combinação de habilidades. O tamanho das turmas deve ser mantido
relativamente pequeno para aqueles que estão tendo um desempenho ruim. Os
alunos que são academicamente fortes têm menos a perder em uma sala de aula
lotada.
 Dê aos professores um ajudante. Fornecer um ajudante a um professor pode
ajudar a diminuir a carga sobre o professor. Os assistentes recebem um salário
mais baixo, portanto colocá-los em salas de aula lotadas melhoraria a proporção
aluno / professor e manteria os custos mais baixos.
 Solicite doações. As escolas particulares podem manter suas portas abertas
devido às mensalidades e, em grande parte, solicitando doações. Em tempos de
crise financeira, os administradores de escolas públicas também não devem ter
medo de solicitar doações.
 Candidate-se a bolsas. Existem muitas oportunidades de bolsas disponíveis para
as escolas todos os anos. As bolsas estão disponíveis para quase tudo, incluindo
tecnologia, suprimentos, desenvolvimento profissional e até mesmo para os
próprios professores.
Soluções para professores
Os professores em salas de aula lotadas precisam se organizar e estar bem preparados
a cada dia. Eles terão que desenvolver um sistema de fluido por tentativa e erro para
maximizar o tempo que têm com seus alunos. Os professores podem gerar soluções
para salas de aula lotadas, considerando o seguinte:
 Crie aulas envolventes para os alunos aumentarem o interesse
 Tenha aulas de reforço individualizadas para alunos com dificuldades que
precisam de mais tempo de estudo depois da escola ou explicações adicionais
 Atribua assentos rotativos sempre que necessário para poder fazer com que
todos os alunos fechem em um ponto ou outro durante o curso
 Entenda que a dinâmica da sala de aula lotada é diferente e que as diferenças
serão significativas
Os professores devem entender que não poderão passar tempo com todos os alunos
todos os dias. Eles devem entender que não conhecerão cada aluno em um nível pessoal.
Essa é simplesmente a realidade em uma sala de aula lotada. Além disso, a estrutura é
muito importante em qualquer sala de aula.
1.2.2. Questão Norteadora
Para a presente pesquisa, o problema que se coloca é o seguinte:
Que causas fazem com que os alunos da 3ª Classe da Escola Primaria do 1º & 2º Grau
de Chiúre – Sede, estejam superlotados nas salas de aulas?

1.3. Relevância do estudo

Isto me motivou a escolher este tema, foi que é um tema de grande importância e
interesse, preocupando abrangentemente todas as instâncias e entidades envolvidas no
Processo de Ensino Aprendizagem (PEA) e que eu quero contribuir com ideias e acções
na tentativa de querer ultrapassar essa situação que aquela escola enfrenta na
actualidade.

Sabe – se de antemão que o tema em pesquisa é socialmente útil, que o seu sucesso
pode contribuir bastante na solução de vários problemas encontrados no seio dos alunos,
que obtêm mau aproveitamento pedagógico no final da época de estudos planificada
pelos órgãos de educação do país.
É uma pesquisa que se enquadra na procura de uma boa metodologia que sirva como
instrumento dos docentes na busca de soluções para organização das salas de aulas. É
importante investigar tema deste género, porque pode ajudar aos professores a melhorar
o PEA.

A realização da pesquisa naquela escola, deveu-se ao facto do pesquisador ter feito as

suas Práticas Pedagógicas I naquela instituição educacional e no percurso das suas
actividades docente ter verificado que os alunos apresentavam estavam superlotados em
cada sala de aula da 3ª classe.

1.4. Hipóteses

Para melhor responder a questão colocada nesta pesquisa, o autor propôs algumas
hipóteses. Contudo, “a hipótese é uma resposta antecipada à comprovação de uma
realidade existencial.” Ela pode ser básica ou secundaria e é uma espécie de
pressuposição que antecede a constatação dos factos. Facto que leva a se dizer que as
hipóteses do trabalho são formulações que se procuram conhecer e em consequência são
supostas respostas para o problema ou o assunto da pesquisa. (Marconi & Lakatos,
2009; p137).

Como tal, neste trabalho são colocadas as seguintes hipóteses:

1.4.1. Hipótese Básica:

 A superlotação de alunos nas salas de aulas da 3ª classe da escola primária do 1º

& 2º Grau de Chiúre – Sede (2020 – 2021) resultam do fraco empenho dos
professores, caracterizado pela falta de prática constante, na sala de aula.

1.4.2. Hipóteses secundárias

 A falta de organização e motivação individual por parte dos dirigentes da própria

instituição faz com que haja s desorganização das turmas por isso as salas estão
muito superlotadas.
 O reduzido número de professores bem formados e maduros em conhecimentos
científico – didácticos faz com que os alunos fiquem desorganizados nas turmas.
 A fraca orientação dos programas de ensino pode estar na origem das
dificuldades enfrentadas pelos alunos da escola primária do 1º & 2º Grau de
Chiúre – sede (2020-2021).
Capítulo II – Revisão de literatura

Neste capítulo, faz – se o desenvolvimento e o enquadramento teórico do tema proposto

com base nos pensamentos de vários autores que deram o seu contributo na abordagem
das principais ideias relacionadas com o estudo deste tema. Os tais encontram – se bem
citados no texto e na própria bibliografia, como o caso de Mubango, INDE, MINED,
Marconi & Lacatos e outros, só para citar alguns exemplos.

Para abordar o tema de Superlotação de alunos nas turmas da 3ª classe e seu impacto no
processo de ensino e aprendizagem: caso da escola primária do 1 & 2 Grau de Chiúre – Sede
(2020 - 2021) é importante rever antes de mais nada, alguns conceitos sobre a leitura elaborados
por certos autores.

2.1. Superlotação – é uma multidão, é a abundância de pessoas ou de coisas. Por

exemplo: “Tentei entrar no estádio, mas a multidão empurrou-me e acabei por ficar
ferido”, “Uma multidão reuniu-se em frente à casa do cantor para lhe cantar os
parabéns”.

A ideia de plebe surgiu na época romana para fazer alusão àqueles que não eram
patrícios. Os plebeus, por conseguinte, faziam parte dos sectores menos privilegiados da
sociedade.

Conhece-se como massa o conjunto de pessoas que se comporta de forma gregária

(“Uma massa furiosa destruiu as instalações da junta de freguesia”), ao passo que o
povo é o total de pessoas de uma nação ou de um país (“O povo exprimiu-se nas Cada
um destes termos (multidão, multitude, plebe, massa, povo) tem significados diferentes,
pelo que são aplicados segundo o contexto. Há determinadas circunstâncias, contudo,
onde o uso de um ou de outro conceito é quase indistinto.

“Uma multidão foi ao aeroporto para receber a equipa vencedora” ou “Uma multitude
foi ao aeroporto para receber a equipa vencedora” são frases de sentido similar e que
podem utilizar-se para descrever uma mesma situação. (OLIVEIRA, 1995, p.68).
Capítulo III – Aspectos metodológicos

No ponto de vista de Oliveira (2011;

‘‘A Metodologia literalmente refere-se ao estudo sistemático e lógico dos métodos

empregados nas ciências, seus fundamentos, sua validade e sua relação com as teorias
científicas. Embora procedimentos variem de uma área da ciência para outra, por
exemplo, da área de exactas para a área de humanas – diferenciadas por seus distintos
objectos de estudo, consegue-se determinar alguns elementos que diferenciam o método
científico de outros métodos’’, (p.7).

Nesta visão de ideias é notório que metodologia refere-se ao conjunto de caminhos ou

vias que poderão ser usadas para se alcançar um determinado objectivo ou fim
almejado.

Assim, quanto a abordagem para a realização deste projecto, foi evidenciada uma
pesquisa qualitativa e descritiva pois os dados foram bem observados e analisados, pois
Silva (2001) considera que:

Na pesquisa qualitativa há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é,
um vínculo indissociável entre o mundo objectivo e a subjectividade do sujeito que não
pode ser traduzido em números. A interpretação dos fenómenos e a atribuição de
significados são básicas no processo de pesquisa qualitativa. Não requer o uso de
métodos e técnicas estatísticas, (135).

Portanto o autor baseou-se nas sensibilidades dos demais inquéritos sobre o fenómeno
em alusão na pesquisa. Este não só de forma subjectiva e através das suas ideias, foi
trazendo aquilo que acha sobre a aplicação de organização nas salas de aulas, Pois assim
o autor foi colectando as opiniões que serviram de dados e objectos de análise no
sentido de atingir os objectivos propostos para esta problemática.
Tipo de pesquisa

Quanto à abordagem A pesquisa quanto à abordagem baseou – se basear na pesquisa

qualitativa, porque os dados que foram observados, analisados foram necessariamente
mensuráveis, dispensando os métodos e técnicas estatísticas. Silva (2001; p21)
considera que na pesquisa qualitativa há uma relação dinâmica entre o mundo real e o
sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objectivo e a subjectividade do
sujeito que não pode ser traduzido em números. A interpretação dos fenómenos e a
atribuição de significados são básicas no processo de pesquisa qualitativa. Não requer o
uso de métodos e técnicas estatísticas.
Portanto o autor baseou – se nas sensibilidades dos demais inquéritos sobre o fenómeno
em alusão na pesquisa. Este não só de forma subjectiva e através das suas ideias, trouxe
aquilo que acha sobre o uso de material concretizador na sala de aulas, pois assim o
autor colectou as opiniões que serviram de dados e objectos de análise no sentido de
atingir os objectivos propostos para esta pesquisa.

Quanto aos objectivos

Segundo Gil (2002;) defende que a pesquisa descritiva “tem como objectivo primordial
a descrição das características de determinada população ou fenómeno ou
estabelecimento de relações entre variáveis”. (p. 42).

A escolha da pesquisa descritiva deveu – se ao objectivo que se pretende atingir, que

necessariamente requer fazer uma descrição sobre a lotação dos alunos nas turmas da 3ª
classe e o seu impacto no processo de ensino e aprendizagem caso: Escola Primaria do
1º & 2º Grau de Chiúre – Sede. Vai-se também procurar descrever os mecanismos a
usar como facilitadores da inclusão dos meios como concretizador que são usados no
tratamento do tema em alusão.

A pesquisa que se pretende realizar é de natureza descritiva abordando de forma

qualitativa na medida em que a sua preocupação focal centra-se no estudo comparativo.

É naturalmente qualitativo ao procurar avaliar a dificuldade dos métodos usados no

ensino e aprendizagem na leitura em Língua Portuguesa.

Esta abordagem permitirá identificar e entender com base na descrição dos métodos,
princípios e meios didácticos usados pelos professores no PEA e as dificuldades na
apreensão dos conteúdos.

Quanto aos objectivos a pesquisa é do campo na medida em que focaliza uma

comunidade, que não é necessariamente geográfica, e a localização é Escola Primária do
1º & 2º Grau de Chiúre – Sede já que pode ser uma comunidade do trabalho de estudo,
de laser ou voltado por meio de observação das actividades humanas. Basicamente a
pesquisa será desenvolvida por meio de observação das actividades do grupo estudado e
de entrevista com informantes para captar suas experiências e interpretações do que
ocorre no grupo.
O questionário será importante nesta pesquisa na medida em que abrange muitas
pessoas em pouco tempo. Neste caso, será aplicado aos alunos visto que esses são
muitos em relação aos outros envolvidos na pesquisa, segundo indica a amostra.

Local e contexto da realização da pesquisa

A pesquisa do problema destacado neste trabalho foi efectuado na Escola Primaria do 1º

& 2º Grau de Chiúre – Sede, localizada no bairro Cimento da vila Sede de Chiúre.

A pesquisa foi efectuada num contexto de diálogo – entrevista do grupo alvo

(Professores e alunos) e na comunidade (pais e ou encarregados de educação).

Universo ou população

Marconi e Lakatos (2003;) Conceituam, universo ou população como “o conjunto de

seres animados ou inanimados que apresentam pelo menos uma característica em
comum”. (p. 223)
Portanto, o pesquisador preocupou – se com o tamanho e a qualidade da população e da
amostra. Assim, o presente projecto decorreu na escola Primaria do 1º & 2º Grau de
Chiúre – Sede, envolvendo alunos, professores, membros de direcção da escola e alguns
pais e encarregados de educação dos alunos, num total de 65 elementos, sendo 3
professores, 50 alunos da 3ª Classe, 10 pais e/ou encarregados de educação e 2
membros da direcção da escola.

Amostra

Segundo Marconi e Lakatos (2003) “A amostra é uma parcela convenientemente

seleccionada do universo (população); é um subconjunto do universo”.
Quanto a essa teoria, a amostra, foi probabilística, fazendo uma escolha aleatória
simples e envolvendo 50 alunos da 3ª classe, 3 professores da escola, director da escola,
director adjunto 2 e 10 pais e/ou encarregados de educação. Estes foram encontrados na
escola e nos bairros circunvizinhos da própria escola. Sendo assim, temos como amostra
um efectivo de 65 elementos dos quais se descriminam (p.223):
Tabela 1. Distribuição da amostra

Elementos da amostra Quantidade Técnica a usar

Alunos 50 Questionário
Direcção da escola 02 Entrevista
Professores 03 Entrevista
Pais ou Encarregados de educação 10 Entrevista
Fonte: Autor

Técnicas de Colecta de dados

Segundo Artur (2014; P. 103), técnicas de colecta de dados “são os meios pelos quais se
obtêm informações necessárias para análise de fenómeno que se pretende estudar”.

Pela complexidade do caso, o autor do trabalho optou para recolha de dado usando as
seguintes técnicas: Entrevista que proporcionou um ambiente de interacção
directamente com os inquéritos e também o questionário.

Na óptica de Artur (2014; p103), diz que a entrevista visa a obtenção de respostas a
partir da palavra e a interacção com a população alvo verbal ou não e o entrevistador.

Segundo Marconi e Lakatos (2003; P.201), “questionário é um instrumento de colecta

de dados, constituído por uma série ordenada de perguntas, que devem ser respondidas
por escrito e sem a presença do entrevistador”.

Portanto o questionário para a presente monografia foi misto para além das respostas
dadas, o inquerido tiveram a possibilidade de apresentar as suas ideias sobre os
conteúdos das respostas fixadas e, por ser um meio muito rápido de colher informações
em pouco tempo num número maior dos inqueridos, este questionário foi dirigido aos
alunos onde estes puderam expressar o seu sentimento e suas veracidades, portanto
deixaram os alunos a vontade em fornecer os seus dados de forma anónima. Após a
colecta, os dados foram cuidadosamente analisados, pois;
Segundo Marconi e Lakatos (1996, citados por Oliveira 2011; p. 46), “análise dos dados
é uma das fases mais importantes da pesquisa, pois, a partir dela, é que são apresentados
os resultados e a conclusão da problemática, conclusão esta, que pode ser final ou
apenas parcial, deixando margem para pesquisas posteriores”.
Capitulo IV. Análise e interpretação de dados

Neste capítulo são apresentados e interpretados os dados recolhidos em função as

hipóteses, através dos factos encontrados no campo. Baseando – se no enfoque da

pesquisa descritiva o autor usou dados quantitativos e qualitativos para servir como base

para melhor fundamentação de algumas das suas afirmações. Os dados foram analisados

e apresentados em tabelas e gráficos para esclarecimento dos factos através dos

programas informáticos Microsoft Office Word e Excel.

4.1 Entrevista dirigida aos membros de direcção da escola

Para perceber, junto da direcção da escola, sobre o decorrer do processo de ensino e

aprendizagem concretamente foi feita uma entrevista que se baseou nas questões abaixo
desenvolvidas.

Pergunta Nº 1. A escola tem mostrado preocupação com a superlotação dos alunos nas
turmas?

A formulação desta questão foi com objectivo de identificar a aplicabilidade de

preocupação do caso com os alunos desta escola. Dos dois (2) membros entrevistados,
todos responderam que esta questão está sendo observada por todos os professores da
escola. De acordo com eles, estão tendo um resultado considero 74% de realização
positiva.

Pergunta Nº 2. A escola tem pedido apoio a MINED para a construção de mais salas de
aulas para tentar minimizar o caso de superlotação de alunos nas turmas da 3ª classe?

Foi colocada esta pergunta para melhor saber se a escola tem feito planos que ajude os
alunos a ter mais salas de aulas para ver se este caso possa estar num ponto norma. Os
entrevistados afirmaram que a escola tem feito muito esforço para que os alunos tenham
mais salas de aulas. Nesta questão a realização positiva é de 80%.

Com esta questão procura-se saber se os professores evidenciam várias estratégias de

leccionação para melhor fazer compreender a matéria nos seus alunos.
Nesta pergunta 1 inqueridos correspondentes a 50% respondendo esta questão
afirmaram que varias técnicas e materiais são usadas na transmissão dos conteúdos tanto
em sala de aula ou através da observação directa na área por onde se verifica uma
situação quase idêntica daquela que – se aborda. 1 Dele, correspondente a 50% afirmam
que o método mais usado em sala é a exposição em detrimento de outros e as
metodologias as vezes não chegam a clarificar as informações abordadas nestes devido
a limitação dos alunos na sua visão. A capacidade de interpretar as inter – relações dos
factos e fenómenos ficam bloqueadas, pois os tais professores que usam a exposição
como meio eficaz não dão tempo para que o aluno apresente a sua dúvida ou visão
científica.

Nº Perguntas Respostas

Positivas em % Negativas em 0%

1 A escola tem mostrado preocupação

com a superlotação dos alunos nas 74
turmas?

2 A escola tem pedido apoio a MINED

para a construção de mais salas de 80
aulas para tentar minimizar o caso de
superlotação de alunos nas turmas da
3ª classe?

Tabela 2: Entrevista dirigida aos membros da Direcção da Escola.

4.2. Entrevista efectuada aos professores

Assim, estabeleceu – se também um diálogo com os três professores através do

questionário que a baixo se segue:

Pergunta n 1. Senhor professor, como se sente dando aulas numa sala com superlotação

de alunos?

Respondendo esta questão dois dos nossos entrevistados salientaram que ensinar em
uma sala de aula com muitos alunos pode ser frustrante, é estressante. Uma sala de aula
lotada apresenta desafios que podem parecer quase impossíveis de superar. Nesta
questão a realização positiva é de 49%.

Pergunta nº 2. O governo está impulsionar o PEA sob uma aprendizagem inclusiva e

integral mesmo com essa situação. Como tem feito a cobertura deste apelo do governo?

Com esta pergunta pretende – se saber as formas de monitoria na leccionação das aulas
pelos professores. Os nossos entrevistados responderam calorosamente que as
estratégias de leccionação são várias e cabe ao professor saber qual deles pode ser
viável para monitorar o ensino a fim de fazer compreender os seus alunos a matéria a
transmitir. Nesta questão a realização positiva é de 80%.

Pergunta nº 3. O governo tem alocado todo o material do ensino antes da abertura do

ano lectivo?

Com esta pergunta pretende – se saber se o ano lectivo pode arrancar bem. Os
entrevistados responderam com carinho dizendo que o governo tem trabalho bastante e
o material chega no tempo certo. Nesta questão a realização positiva é de 100%.
Tabela 3. Entrevista efectuada aos professores

Nº Perguntas Respostas

Positivas em % Negativas em %

1 Senhor professor, como se sente dando

aulas numa sala com superlotação de 49
alunos?

2 O governo está impulsionar o PEA sob

uma aprendizagem inclusiva e integral
mesmo com essa situação. Como tem 80
feito a cobertura deste apelo do
governo?

3 Pergunta nº 3. O governo tem alocado

todo o material do ensino antes da 100
abertura do ano lectivo?

4.3.Entrevista dirigida aos pais e encarregados de educação.

Esta parte de pesquisa espelha as respostas obtidas a partir do questionário dirigido aos
pais e encarregados de educação que aborda o ambiente vivido pelos alunos após as
aulas.

Pergunta nº 1. O senhor é pai e encarregado de educação de alguns alunos. Os seus

educandos demonstram uma maturidade que se distingue dos outros que não estudam?

Esta questão foi colocada para três pais/EE correspondente a 100% dos inquiridos com
intuito de conhecer as mudanças operadas pelas pessoas após a escolaridade avançada.
Os entrevistados afirmaram que toda pessoa após escolarização, mesmo doente que seja
apresenta uma distinção em relação a um que na sua vida não se fez presente numa sala
de aula. Assim, segundo eles nem todas as crianças após terminar o ensino básico, no
ensino secundário, apresentam tendências claras de visão particular ou global do que
circunda a sua volta. No ensino secundário a pessoa tem de quebrar as suas dúvidas e
curiosidades procurando formas de concretizar tudo quanto aprendeu na sua caminhada
estudantil demonstrando aos parentes e vizinhos todas suas sugestões em relação aos
fenómenos que evidenciaram curiosidade em conhece – los. Nesta questão a realização
positiva é de 30%.

Pergunta nº 2. Os seus educandos têm contribuído em acções ou informações para a

correcção das dificuldades de leitura e escrita?

Diante desta pergunta precisa - se conhecer o envolvimento dos alunos no alargamento

da informação em relação às situações sobre as dificuldades que estão enfrentando. Em
resposta sobre esta questão alguns dos inqueridos correspondentes a 40% afirmaram que
existe um pequeno contributo dos alunos pois tudo que se informa tanto na escola é de
que os alunos não mostram tanto interesse na escrita e na leitura. Nesta questão a
realização positiva é de 40%

Pergunta nº 3. Os seus educandos preparam as lições no tempo em que estão livres

(lendo e escrevendo)?

Com esta pergunta pretende - se saber se os alunos têm preparado as lições nos tempos
livres. Dentre os entrevistados, dizem que os seus educandos preparam muito pouco por
isso o fracasso de leitura e escrita é maior. Nesta questão a realização negativa é de
30%.

Nº Perguntas Respostas
 Positivas em % Negativas em 0%

1 Pergunta nº 1. O senhor é pai e

encarregado de educação de alguns
alunos. Os seus educandos
demonstram uma maturidade que se 30 70
distingue dos outros que não estudam?

2 Pergunta nº 2. Os seus educandos têm

contribuído em acções ou informações
para a correcção das dificuldades de 40
leitura e escrita? 60

3 Pergunta nº 3. Os seus educandos

preparam as lições no tempo em que 30
70
estão livres (lendo e escrevendo)?

Tabela 4. Entrevista dirigida aos pais e encarregados de educação.

4.4. Questionário dirigido aos alunos da escola.

Esta parte de pesquisa o docente da língua portuguesa leva aos alunos a fazerem alguns
exercícios de leitura e escrita.

Pergunta nº 1. Manda 50 alunos para fazerem a leitura de um texto do livro da 8ª Classe.

Dos alunos seleccionados para fazerem a leitura, 10 deles tiveram poucas dificuldades
de leitura que correspondem a 30 % e dos 24 mostraram muita dificuldade na leitura
70%.

Pergunta nº 2. Manda 50 alunos para fazerem escrita dum texto ditado pelo docente da
língua portuguesa.
Dos 50 alunos que fizeram a escrita do texto ditado pelo docente, foram apenas 6 alunos
que conseguiram apresentar uma boa escrita que corresponde a 35% e dos 44 alunos
fracassaram no ditado que corresponde a 65%.

Pergunta nº 3. O docente de português consegue dar exemplos dos conteúdos usando os

meios próximos ou locais?

A formulação desta questão foi com objectivo de identificar a aplicabilidade da

planificação e da utilização dos meios locais na leccionação dos conteúdos na escola.
Dos 50 alunos entrevistados, todos responderam que esta questão está sendo bem
observada por todos os professores da escola. De acordo com o resultado obtido,
considera-se 100% de realização positiva.

Nº Perguntas Respostas

Positivas em % Negativas em 0%

1 Pergunta nº 1. Manda 50 alunos para

fazerem a leitura de um texto do livro 30
70
da 8ª Classe.

2 Pergunta nº 2. Manda 50 alunos para

fazerem escrita dum texto ditado pelo 35
65
docente da língua portuguesa.

3 Pergunta nº 3. O docente de português

consegue dar exemplos dos conteúdos 100
usando os meios próximos ou locais?

Tabela 5. Questões dos alunos da 3ª Classe na Escola Primaria do 1º & 2º Grau de

Chiúre – Sede.

Capitulo V. Discussão dos resultados

Este capítulo se destina a discutir os dados apresentados no capítulo anterior. Todos os
resultados apresentados anteriormente visam esclarecer este assunto. Nesse contexto, os
resultados da pesquisa ditam que do estudo feito e analisado com muita atenção, os
resultados encontrados no terreno, no âmbito da pesquisa em causa, mostra-nos que o
problema de dificuldades de leitura e escrita provém dos próprios alunos porque, são
eles que não se esforçam tanto mesmo que os docentes tenham que se esforçar o
máximo.

A Escola Primaria do 1º & 2º Grau de Chiúre – Sede está enfrentando graves problemas
com os seus alunos por causa de superlotação nas turmas da 3ª classe mas, depois de
algum esforço feito pelos professores junto com a direcção da escola, já esta a
apresentar resultados um pouco positivos e a direcção da escola ganhou força e vontade
de continuar a trabalhar pelos resultados obtidos depois do esforço feito.

Para perceber, junto da direcção da escola, sobre o decorrer do processo de ensino e

aprendizagem, concretamente sobre a evolução dos alunos nos domínios da leitura e da
escrita, foi feita uma entrevista que se baseou nas questões que anteriormente foram
discutidas.

A formulação desta questão foi com objectivo de identificar a aplicabilidade de

preocupação do caso com os alunos desta escola.

Dos dois (2) membros entrevistados, todos responderam que esta questão está sendo
observada por todos os professores da escola. De acordo com eles, estão tendo um
resultado

Estabeleceu – se também um diálogo com os três professores através de uma discussão

onde em resposta a esta questão dois dos nossos entrevistados salientaram que ensinar
em uma sala de aula com muitos alunos pode ser frustrante, é estressante. Uma sala de
aula lotada apresenta desafios que podem parecer quase impossíveis de superar.

Quanto às respostas obtidas a partir do questionário dirigido aos pais e encarregados de

educação que aborda o ambiente vivido pelos alunos após as aulas, os entrevistados
afirmaram que toda a pessoa após escolarização, mesmo doente que seja, apresenta uma
distinção em relação a um que na sua vida não se fez presente numa sala de aula.
Em resposta sobre esta questão todos os inquiridos correspondentes a 60% afirmaram
que existe um pequeno contributo dos alunos.

Dos 50 educandos que fizeram a escrita do texto ditado pelo docente, foram apenas 6
alunos que conseguiram apresentar uma boa escrita que corresponde a 65% e os 44
alunos fracassaram no ditado que corresponde a 35%, confirmando a dificuldade que
nós constatámos e que relatamos anteriormente.

As entrevistas realizadas demonstram que a dificuldade que os alunos enfrentam na

leitura e na escrita não tem qualquer relacionamento com o modo como os docentes da
disciplina de língua portuguesa administram as aulas nem tão pouco com a falta de
envolvimento dos pais e encarregados de educação dos alunos, o problema esta na
superlotação e assim, torna muito difícil controlar e dar lição em todos eles conforme os
resultados constantes das tabelas apresentadas no capítulo anterior. Nestes termos,
validamos a 1ª hipótese secundária, segundo a qual as dificuldades que os alunos estão
enfrentando é na fraca orientação dos programas de ensino pode estar na origem das
dificuldades enfrentadas pelos alunos da escola primária do 1º & 2º Grau de Chiúre –
sede.

Esta situação poderia se minimizar com a resolução dos obstáculos mencionados

anteriormente, tarefa que não está ao alcance do professor, requerendo a intervenção de
outras instâncias do estado.
Capítulo VI – Conclusões e sugestões
Este capítulo é destinado às conclusões onde igualmente o autor sugere algumas
medidas com mera intenção de ver superado o problema em destaque.

Conclusão:

A pesquisa apresentada foi realizada com a intenção de procurar as causas da s uperlotação de

alunos nas turmas da 3ª classe e seu impacto no processo de ensino e aprendizagem:
caso da escola primária do 1º & 2º Grau de Chiúre – Sede (2020 - 2021) para propor
medidas de superação. O embasamento teórico especificou e afirmou toda a importância de
haver rápidas maneiras de resolução do caso para que haja uma boa educação e formação dos
alunos. Para tal considerou – se que a evolução da escrita sempre busca significação, economia
e agilidade na representação. É sempre marcada por necessidades historicamente determinadas.

A grande inquietação é como apropriar espaços não somente espaços físicos que caibam
materiais ou equipamentos que utilizamos no dia-a-dia, mas sim, o mais importante,
garantir um espaço que favoreça a proposta educacional, que possa fornecer à criança
condições de autonomia, criatividade, segurança e interacção com as demais crianças
situadas no mesmo espaço. Creio que este seja ainda um grande repto para o sector
público, contudo, com o auxílio da população, por meio de trabalho colectivo, haverá a
possibilidade dessas mudanças tão esperadas.
Pensando na qualidade de ensino, nos estímulos necessários na primeira infância, bem
como, no auxílio e bem estar destas crianças, o ambiente escolar carece de atenção
especial.
O cuidar e o educar na educação infantil, estão agregados, portanto, os profissionais
devem preocupar – se com as aprendizagens das crianças, transformando e reflectindo
sobre suas acções e lutando, juntamente com a comunidade, a fim de se adquirir
progressos e modificações necessários para se conquistar e alçar a qualidade da
educação.
Utilizámos o enfoque qualitativo e o método descritivo na realização desta pesquisa,
onde a recolha de dados fizemos utilizando a técnica de inquérito (questionário e
entrevista). Inquirimos uma amostra de 65 elementos que nos permitiu entender por um
lado, a forma como decorre o processo de ensino e aprendizagem, por outro lado.
Para contornar as causas da dificuldade que foram constatadas, de modo a permitir que
os alunos da 3ª classe daquela escola possam aprender sem sobressaltos, sugerimos as
propostas que a seguir passamos a mencionar. (MELLO, 2006, p. 183).

Sugestões

No desenvolvimento desta pesquisa, percebe se que são muitos os desafios relacionados

com as dificuldades de superlotação das turmas da 3ª classe na Escola Primária do 1º &
2º Grau de Chiúre – Sede. Mas também se reconhece que se torna difícil até impossível
resolver todas as acções num curto espaço de tempo, pois a consciencialização dos
alunos e das pessoas em geral, requer muito esforço e dedicação pessoal dos próprios
alunos. Por isso, neste trabalho procuramos apresentar as seguintes sugestões:

 Que as entidades governamentais do ramo da educação façam

abrangência e mecanismos necessários para que haja mais salas de aulas;
 Que se promova medidas de consciencialização sobre as vantagens da
educação das crianças pelos professores, mas também pelas estruturas
de direito do estado moçambicano;
 Que os professores durante as aulas intensifiquem muito as práticas de
leitura e escrita e marquem diariamente trabalhos para casa que
conduzam os alunos a ler e escrever, afim de ganharem hábito por este
domínios de saber.
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