Parte Do Trabalho de Direito - Ultima Versao
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Natureza Do Ato Constitutivo Da Sociedade Contratual
contrato social é uma espécie muito peculiar de contrato. As normas gerais de direito civil,
pertinentes aos contratos, não podem, pura e simplesmente, ser aplicadas à disciplina do
contrato social, em razão mesmo de suas particularidades. Das regras atinentes à formação,
inexecução ou extinção dos contratos em geral, nem tudo se aproveita no desate de
questões societárias.
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REQUISITOS DE VALIDADE DO CONTRATO SOCIAL
Quanto aos sujeitos, a dissolução pode decorrer da vontade dos particulares (sócios ou
seus sucessores) ou de decisão judicial, ao passo que a invalidação decorre, sempre e
apenas, de acto do Poder Judiciário.
Quanto aos motivos, a dissolução se baseia em outros factores, como previsto nos termos
dos artigos (CC, art. 1.034) e (CC, art. 1.077).
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d) Ser designado para os órgãos de administração e também de fiscalização, se
houver.
2. Nenhum sócio pode receber juros ou outra importância certa em retribuição do seu
capital ou indústria.
Cabe fazer menção, ainda, aos pressupostos fáticos da existência de qualquer sociedade
empresária, que são dois: a affectio societatis e a pluralidade de sócios.
O primeiro diz respeito à disposição, que toda pessoa manifesta ao ingressar em uma
sociedade empresária, de lucrar ou suportar prejuízo em decorrência do negócio comum.
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CLAUSULAS CONTRATUAIS
Segundo (Coelho, 2011) O contrato social deverá prever as normas que regulam a vida
social, isto é, qualquer assunto que diz respeito aos sócios e a sociedade constitui objecto de
acordo de vontade entre os membros da pessoa jurídica empresária. De salientar que nem
tudo poderá ser previsto e exaustivamente regulado, mas desde que não contemple soluções
ilegais, punidas pela lei, o contrato social poderá dispor sobre qualquer tema de interesse
para os sócios.
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todas as sociedades podem ser representadas por pessoas estranhas ao quadro
associativo, mas a limitada pode ser representada por não socio, nomeado no
contrato social ou em acto separado.
Além das cláusulas essenciais, o contrato social deve atender a mais uma formalidade, para
fins de obtenção do registo na junta comercial. Trata-se do visto de um advogado, exigido
atualmente pelo art.1° e 2° do EOAB, para poder se validar todos os actos e contratos
constitutivos de pessoas jurídicas.
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FORMA DO CONTRATO SOCIAL
Segundo (Coelho, 2011) O contrato social pode ser escrito, mas excecionalmente o direito
admite a forma oral. É possível a prova da existência da sociedade entre certas pessoas
(sócios “de fato”) por qualquer modo, inclusive testemunhas, cartas, perícia em contas
bancárias. Nestes casos, provada a existência de negócios em comum, a sociedade terá sido
oralmente contratada entre os sócios. Claro que uma sociedade contratada pela forma oral
será, inevitavelmente, irregular, pois o registro de seu ato constitutivo não é possível.
O contrato social poderá ser, feito por instrumento público, lavrado por notário, ou
instrumento particular. O contrato social pode adotar a forma privada.
No primeiro caso, o instrumento público é dispensável se o sócio que não sabe ou não
pode assinar outorgar, por instrumento público, procuração com poderes especiais a um
mandatário; este, então, firmará o contrato social feito em instrumento particular, em nome
daquele sócio.
A forma das alterações contratuais não está vinculada à adotada pelo ato constitutivo (lRE,
art. 53). Feito este por escritura pública, poderá ser alterado por instrumento particular e
vice-versa.
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5. Alteração Do Contrato Social
Princípios gerais
Segundo (Coelho, 2011), o contrato social de uma sociedade pode ser alterado por
iniciativa dos sócios ou por imposição judicial, sem esquecer de observar os requisitos de
validade.
O artigo 176 (Conselho de Ministros, 2005) prevê que os sócios podem ajustar o contrato
de sociedade mediante o acréscimo ou remoção de algumas clausulas, desde que este acto
não contradiga a lei. Se da altercao contratual originar o aumento da prestação impostas
pelo estatuto, este efeito recai apenas aos sócios que deliberaram a favor da alteração. A
deliberação deve ser redigida e assinada por todos sócios presentes que concordem.
A regra é a de que as deliberações sociais, que implicam alteração contratual, são tomadas
por maioria de votos.
Quando as deliberações dos sócios importam alterações contratuais, exige-se que seja em
nome coletivo e em comandita simples, a unanimidade para mudança de cláusula essencial,
se um dos sócios não estiver satisfeito, independentemente da participação societária dele, o
contrato social permanece inalterado.
Se a sociedade é limitada, a alteração contratual pode ser aprovada por sócios que
representem três quartos do capital social. Os minoritários da sociedade limitada com até
25% do capital social devem se submeter à alteração aprovada pela maioria ou exercer o
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direito de retirada, sendo, neste último caso, reembolsados pelo valor patrimonial de suas
quotas.
O capital de uma sociedade pode ser aumentado por recurso a novas entradas ou por
incorporação de reservas disponíveis. Não pode ser deliberado o aumento de capital
enquanto não se mostrar integralmente realizado o capital social inicial ou proveniente de
aumento anterior.
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5.2 Redução do capital
A deliberação que determine a redução do capital deve explicar a finalidade desta e bem
assim a respectiva modalidade, mencionando se é reduzido o valor nominal ou se há
extinção de participações e, neste caso, quais as partes atingidas pela redução.
A redução não motivada por perdas só pode ser deliberada se a situação líquida da
sociedade ficar a exceder a soma do capital, da reserva legal e das reservas estatutárias
obrigatórias em, pelo menos, vinte por cento, comprovada por meio de relatório a elaborar
por auditor ou sociedade de auditores de contas, que será apensada à deliberação.
A deliberação que aprovar a redução do capital social deve ser registada e publicada O
capital social fica reduzido com o respectivo registo definitivo na Conservatória do registo
das Entidades Legais competente ou com a outorga da respectiva escritura pública nos
casos em que entrem bens imóveis.
Aos credores cujos créditos se tenham constituído antes de ter sido publicada a deliberação
de redução e não possam exigir o pagamento, deve ser prestada garantia, se a exigirem, no
prazo de trinta dias a contar da publicação, não sendo aplicavel para os credores cujos
créditos já se encontrem garantidos. Os pagamentos aos sócios com base na redução do
capital não podem ser efectuados antes de decorridos sessenta dias sobre a data de
publicação da deliberação de redução e só depois de ter sido dada satisfação ou garantia aos
credores que a tenham exigido.
Se a redução for motivada por perdas ou tiver por finalidade a constituição ou reforço da
reserva legal, os beneficios dispostos a cima não se aplicam e os sócios não ficam
exonerados das suas obrigações de liberação do capital.
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5.3 Redução e aumento de capital simultâneos
O disposto quanto ao capital mínimo de cada tipo de sociedade não obsta a que a
deliberação de redução seja válida se, simultaneamente, for deliberada a transformação da
sociedade para um tipo que possa legalmente ter um capital do montante reduzido.
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REFERÊNCIAS
Coelho, F. U. (2011). Manual de direito comercial : direito de empresa. São Paulo: Saraiva.
Conselho de Ministros. (27 de Dezembro de 2005). Decreto nº2/2005. Aprova o Código Comercial.
Imprensa Nacional de Moçambique.
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