sociedades comerciais ( continuação)
sociedades comerciais ( continuação)
sociedades comerciais ( continuação)
Uma parte concebe o acto gerador como contrato e outra parte posiciona-se de modo
diverso.
Nem exclui a concepção de negócio jurídico que se deve atribuir ao acto gerador da
sociedade comercial, face a outras excepções que lhe são criadas no direito societário
português (fonte legislativa inspiradora do legislador angolano.
Quanto ao dto societário português são desde logo os casos dos art.270.º-A e 488.º do
CSC os quais permitem , respectivamente a constituição de sociedades por quotas e
anónimas unipessoais.
Temos, pois, sociedades criadas, não por um contrato, mas por um acto legislativo,
logo cai por terra a exigência estabelecida no art.980.º do CC do acto gerador da
sociedade dever ser um contrato.
E por essa razão não se submete aos contratos sinalagmáticos, por não existir
sinalagma.
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TERMINOLOGIA DO CONTRATO DE SOCIEDADE
O contrato é o documento que resulta da vontade negocial das partes, onde consta o
conteúdo e a partir do qual nasce a sociedade.
As expressões, pacto social e estatuto são sinónimas, são a forma social como as
partes se relacionam.
Os pressupostos são realidades prévias ao próprio negócio jurídico e sem as quais este
não pode existir.
Assumem esta natureza as partes contratantes (art.8.º, n.º2 do CSC), que podem ser
pessoas singulares ou colectivas.
Com efeito, para a constituição a lei exige um número mínimo de partes, e estas têm
de ter legitimidade e capacidade, tal como se exige que objecto social cumpra os
requisitos do art.280.º do CC e a firma tenha de observar determinados requisitos.
AS PARTES CONTRATANTES
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O n.º mínimo de partes contratantes é regulado de maneira diferente no dto
português e no dto angolano.
O n.º mínimo de partes no dto português é de 2, art.7.º do CSC excepto quando a lei
exija um n.º superior ou permita que a sociedade seja constituída por uma só pessoa.
_sociedades coligadas, mais precisamente aos grupos constituídos por domínio total
inicial nos termos do art488.º do CSC;
sociedade unipessoal por quotas, que é uma sociedade por quotas constituída por
uma única pessoa, nos termos doa art.270.º-A CSC
São os caos das sociedades anónimas e das sociedades em comandita por acções que
não podem ser constituídas com menos de 5 pessoas nos termos do 304.º e 215.º da
LSC.
O dto angolano não consagra a excepção para menos prevista no dto português. E não
consagra por duas ordens de razões:
1) em 1.º lugar, porque o legislador angolano não acolheu o regime jurídico previsto
no art.270.º-A do CSC e por isso não acolheu as sociedades unipessoais por quotas;
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2 )em 2.º lugar, porque o legislador não acolheu o regime jurídico previsto no art.488.º
do CSC e por isso não acolheu o domínio total inicial, ou seja, a possibilidade de uma
sociedade anónima constituir por escritura pública por ela outorgada, uma sociedade
anónima de cujas acções ela seja a única titular.
Determina o n.º2 que …nos 12 meses seguintes à ocorrência desse facto, a sociedade
deve deliberar, em alternativa:
Estamos diante de uma sociedade que por ter adquirido todo o capital social de uma
outra sociedade, tomou por completo o domínio dessa mesma sociedade…
Só que em vez de ser logo de início, ou seja, em vez de uma dada sociedade constituir
mediante escritura por ela outorgada, uma sociedade de cujas acções seja ela a única
titular, e por isso dela depende totalmente…,essa mesma sociedade adquiriu à
posteriori a totalidade do capital social da outra sociedade e por essa via passou a ter
o tal domínio sobre ela…
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O art.477.º acabou por acolher a figura do domínio total superveniente com a
pretensão inilidível de querer designar uma figura distinta do domínio total inicial, e
por conseguinte diferente, esquecendo-se que a natureza jurídica é a mesma e que
reconhecimento expresso de uma leva à consagração implícita da outra.
1-CAPACIDADE
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