IBqM Projeto Fronteiras 2021 v2
IBqM Projeto Fronteiras 2021 v2
IBqM Projeto Fronteiras 2021 v2
O IBqM já tem expertise nas áreas temáticas acima e com produção científica
expressiva nas áreas e contribuições em inovação tecnológica. A seguir descrevemos estas
vocações e os efeitos da integração através do projeto Fronteiras.
Os recursos ora propostos serão utilizados para a conclusão e inauguração do prédio, cuja
construção foi iniciada em 2010 e interrompida pela crise econômica no Brasil nos anos
pregressos. A destinação de recursos de emenda parlamentar para finalização e entrega do
prédio trará resultados positivos em diferentes aspectos caros à sociedade fluminense e
brasileira:
1) Em tempos de crise sanitária ocasionada pela pandemia do COVID-19, o IBqM vem
realizando, em parcerias com outras instituições, pesquisas fundamentais sobre a
estrutura do vírus SARS-Cov2, alterações bioquímicas decorrentes da infecção por
SARS-Cov2 e, de forma importante, consequências neurológicas persistentes da
COVID-19, bem como o desenvolvimento e teste de soro hiperimune para manejo do
quadro clínico de pacientes da COVID-19. A inauguração do novo espaço físico seria
essencial para ampliação e otimização das pesquisas realizadas.
2) Uma importante missão do IBqM é a realização de pesquisas translacionais que
busquem mecanismos centrais de doenças que possam ser utilizados para o
desenvolvimento de diagnósticos e terapias mais eficientes. Cabe ressaltar que
pesquisas oriundas do IBqM têm oferecido importantes avanços na compreensão e
manejo de doenças como dengue, Zika, COVID-19, câncer, doença de Alzheimer,
neurodegeneração priônica, doença de Chagas, dentre outras. A ampliação e
modernização de seu espaço laboratorial resultaria, sem dúvida, em um aumento da
capacidade cientifica do nosso Instituto, com repercussões essenciais para o Estado do
Rio de Janeiro e para o Brasil.
3) O IBqM constitui um espaço único para treinamento em alto nível de pessoal
qualificado para pesquisa em biomedicina e saúde. Em nossos espaços, são treinados
alunos de graduação e iniciação científica, pós-graduação, pesquisadores de pós-
doutorado e bolsistas de treinamento técnico. Os egressos do IBqM têm se destacado,
sejam pesquisadores de sucesso no Brasil e no exterior, como atuando em áreas
técnicas de saúde e educação nos setores público e privado. A conclusão da
infraestrutura física do Fronteiras fortalecerá a formação de pessoal especializado que
poderá atuar nas áreas de pesquisa em saúde e no atendimento primário das redes
públicas e particulares de saúde.
4) Por inspiração de seu idealizador, Prof. Leopoldo de Meis, o IBqM conta com
importantes linha de pesquisa em educação e difusão de ciências. Este é um
importante programa que aumenta o diálogo com a sociedade, prioriza a ciência como
parâmetro essencial da educação e forma profissionais habilitados com formação
crítica em educação em ciências. O IBqM também estimula a curiosidade e o despertar
de interesse pela vocação cientifica a partir de cursos de férias realizados para
estudantes de ensino médio da rede pública, visitas de estudantes a seus laboratórios,
visitas dos cientistas a escolas da rede pública e programas de inserção dos melhores
alunos na iniciação cientifica em suas linhas de pesquisa. O prédio novo do Fronteiras
será essencial em estender essa interface social do IBqM no contexto da população
fluminense.
Infraestrutura
A infraestrutura física para construção de espaços temáticos laboratoriais de 6.879 m2,
fazendo parte de uma política de desenvolvimento institucional do Centro de Ciências da
Saúde da UFRJ, com a implantação de instalações que serão utilizadas para atividades de
pesquisa, desenvolvimento tecnológico, ensino de graduação e pós–graduação e extensão,
ligadas as áreas de atuação do IBqM. Os espaços criados terão referências internacionais e
certificações necessárias para segurança e atuação científica, tecnológica e de inovação.
O projeto buscou um compromisso radical com a conservação do meio ambiente,
tratando-se de um prédio público comprometido com a economia de recursos públicos,
integrando diversas áreas de pesquisa em diagnóstico e das terapias das doenças prevalentes
no século XXI. Deste projeto, como já é tradição no IBqM, surgirão pesquisas de ponta, com
alcance internacional e, com o caráter integrativo. Pretendemos dar um passo adiante, com a
criação de ambiente propício para inovação e surgimentos de startups e integração com o
setor privado em saúde, visando parcerias público-privadas de sucesso.
Os exemplos de redes formadas entre os laboratórios do IBqM mostram que já existe a
necessidade de um novo patamar de organização que ora se manifesta na necessidade de uma
área física destinada a congregar pesquisadores que atuarão de forma concertada e integrativa
no desenvolvimento das áreas estratégicas da saúde. As justificativas para a escolha de sete
áreas são: Doenças Emergentes, como paradigma de destaque atual entre doenças
infectocontagiosas, como COVID-19, Zika, Chikungunya e Dengue; Descoberta e
Desenvolvimento de Novos Fármacos, como opção estratégica de fortalecimento da indústria
farmacêutica nacional; Doenças Neurodegenerativas e Oncobiologia, pela crescente
prevalência das doenças degenerativas do sistema nervoso e do câncer numa população que
ganha proporções cada vez maiores de idosos; Terapias Celulares, pelo significado promissor e
pela posição de vanguarda que os proponentes exibem neste cenário científico; e, por fim,
Educação para a Ciência, que se pretende constituir – com base nas múltiplas iniciativas já em
desenvolvimento pelos proponentes – no estuário de reverberação da ciência cultivada e dos
resultados obtidos para o grande público.
A Unidade proponente sedia três Institutos Nacionais de C&T, além de vários membros
dos Institutos proponentes que participam de vários INCTs. Destacamos o INCT de Biologia
Estrutural e Bioimagem, coordenado pelo Prof. Jerson L. Silva (IBqM), que alberga o Centro
Nacional de RMN de Macromoléculas e o Centro Nacional de Bioimagem (localizados nas
cercanias do prédio do CCS); o INCT de Entomologia Molecular, coordenado pelo Prof. Pedro L
de Oliveira (IBqM); o INCT de Neurociência Translacional, que tem o Prof. Sergio T. Ferreira
como vice-coordenador.