Conflitos
Conflitos
Conflitos
Discentes: Códigos:
Édio Celina Amone 202008p24
Lidia Alfredo Uqueio 202108p18
Zaida Feliciano Mutombene 202108p12
O conceito de conflito tem sido alvo de múltiplas definições no seio das Ciências
Organizacionais, as quais convergem na forma como o concetualizam (Dimas,
Lourenço & Miguez, 2005).
De acordo com Ferreira (1996), conflito vem do latim conflictu, embate dos que
lutam; discussão acompanhada de injúrias e ameaças; desavença; guerra, combate,
colisão, choque; o elemento básico determinante da ação dramática, a qual se
desenvolve em função da oposição e luta entre diferentes forças.
Segundo Beck (2009), As discordâncias e os conflitos existem desde o início da
humanidade, pois fazem parte do processo de vida dos seres humanos, e são
necessários para que haja desenvolvimento e evolução familiar, social, político e
organizacional. Em todos estes grupos, cada pessoa é única, com histórias de vida
diferentes e personalidades distintas. Porem, com a convivência encontra-se em algum
ponto discordância de ideias entre os membros do grupo.
O conflito é um fenómeno social, multi-dimensional, parte integrante da existência
humana, essencial para o processo evolutivo da humanidade e para a transformação
social. O autor McIntyre (2007) salienta que “não existe uma
definição simples de conflito”.
1.1. Objecticos
1.1.1. Geral:
1.1.2. Específicos:
Ø Concetualizar Conflitos
Ø Conhecer os tipos de conflitos Laborais
Ø Descrever as vantagens e desvantagens de conflitos
2. Revisão Bibliográfica
Como já foi referido o conflito numa organização pode ser benéfico e construtivo
originando criatividade e mudança, ou prejudicial e destrutivo originando situações
negativas. Estas vantagens ou desvantagens dos conflitos variam consoante o conflito
é bem ou mal gerido. Deste modo, um conflito bem gerido acarreta consequências
positivas e um conflito mal gerido acarreta consequências negativas.
Baron (1986) afirma que, A consequência do conflito é uma moeda de dois lados,
sendo o lado negativo composto de efeitos como bloqueio da comunicação, redução
da coordenação, potencialização dos estereótipos negativos, mudança na direção de
uma liderança autocrática e redução da habilidade de buscar outras perspetivas, e o
lado positivo é composto de ideias com mais consideração e cuidado com as novas
ideias, atenção redobrada nos problemas chave, maior probabilidade de inovação e
melhoria do acompanhamento da performance.
Caetano & Vala (2007), definem o conflito como um processo no qual um esforço é
propositadamente desenvolvido por A no sentido de eliminar os esforços de B para
alcançaram determinado objectivo, através de alguma forma de bloqueio que resulta
na frustração de B.
Caetano & Vala (2007), referem que o conflito é uma luta entre indivíduos por um
resultado favorável individual, que sendo atingido impossibilita os restantes de terem
êxito, originando hostilidades.
Schlenker (1973), definem o conflito laboral como um processo interactivo em
contextos organizacionais, no qual os objectivos de um actor são, em certo grau,
incompatíveis com os comportamentos e objectivos de outro ou outros actores. Os
autores salientam que o conflito requer interdependência, percepção de oposição e de
incompatibilidade de objectivos e alguma forma de interacção entre as partes.
O conflito laboral existe sempre que surgem actividades incompatíveis. Duas acções
são incompatíveis quando a presença de uma acção inibe, obstruí, interfere ou de
algum modo torna a outra acção menos eficaz. Caetano (2007), consideram que o
conflito laboral é uma divergência de interesses percebida entre colaboradores ou
entre colaboradores e a empregadora, ou uma crença de que as aspirações actuais das
partes não podem ser alcançadas em simultâneo.
2.4. Teorias
Segundo Chalvin, & Eyssette (1989), no final dos anos 40 do século XX devido às
consequências geradas pela Revolução Industrial, que se manifestou no crescimento
acelerado das organizações e na necessidade de aumentar a eficiência e competência
das organizações surgiu uma nova ideia de conflito. A emergência de conflitos é
natural e inevitável. No entanto, a sua presença continua a não ser desejada e a sua
ausência prova que a organização está a ser bem gerida.
Investigadores da Escola das Relações Humanas, como Elton Mayo (1880-1949),
procuravam as condições necessárias para a eliminação do conflito e
consequentemente para a sua regulação de forma pacífica e consensual, tendo em
vista o aumento da eficácia organizacional (Chiavenato, 2009).
A visão interacionista não propõe que todos os conflitos sejam positivos. Aliás,
existem conflitos positivos e negativos. Os conflitos positivos são denominados de
funcionais e os negativos de disfuncionais. Os conflitos funcionais actuam de forma
construtiva, apoiando-se nos objectivos do grupo e melhorando o seu desempenho. Já
os disfuncionais atrapalham o desempenho do grupo, podendo até destruir a
organização.
2.6.1.1. Estágio I
A comunicação pode ser fonte de compreensão errônea, causadora de discussões e
desentendimentos. Pode ser ocasionada por diferentes treinamentos, percepções
seletivas ou até mesmo pela falta de informações sobre seus pares. Isso interfere
diretamente na estrutura, uma vez que atribuições podem ser causadoras de problemas
de comunicação, sendo assim, grande causadora de conflitos internos, principalmente
no que tange a atribuições. Além disso, também existem as variáveis pessoais, onde a
própria empatia gera discórdia e pré-julgamentos. Cada indivíduo possui
uma personalidade diferente e este já é motivo o suficiente para geração de um
conflito:
2.6.1.2. Estágio II
Sentimento. Esta é a palavra que define este estágio. O conflito entre duas partes não
interfere no sentimento que uma sente pela outra. A maneira como o conflito é
definido vai acabar determinando as consequências que ele pode acarretar. Os
sentimentos positivos fazem com que se tenha uma visão mais ampla da situação
criando assim uma solução mais inovadora e precisa para os conflitos
2.6.1.4. Estágio IV
É um dos principais pontos no Processo do Conflito, pois é ele quem determina o
quão intenso é o conflito entre as pessoas, podendo ser disfuncional ou funcional, ou
seja, um patamar mais alto ou mais baixo de discussões em grupo ou entre duas
pessoas. O termômetro para medir o nível de Conflito segue no quadro de Continuum
abaixo:
É ele quem determina o grau de interação e ação entre as partes numa discussão ou
questionamentos, e é o que determina o início de uma guerra, por exemplo. Quanto
maior o grau Continuum, mais intenso é o grau de conflito, da mesma forma que
quanto mais baixo, ocorre a inexistência de conflitos que poderão ser guiados
pela Administração de conflitos.
2.6.1.5. Estágio V
As consequências de um conflito podem ser positivas, voltada para o crescimento e
amadurecimento de um grupo, mas ao mesmo tempo poderá contribuir
prejudicialmente um grupo. Um termômetro para medir o grau de complexidade do
conflito em um grupo, como citado, pode ser funcional ou disfuncional.
Fim do trabalho concluímos que os conflitos laborais podem ser considerados como
sendo uma luta baseada em valores e pretensões aos escassos poder e recursos, onde o
objectivo do oponente é neutralizar, magoar ou eliminar os seus rivais. As estratégias
de gestão de conflitos têm como objectivo manter níveis razoáveis de conflito, de
forma a estimular os processos organizacionais como a criatividade e a aprendizagem
organizacional. Traduz-se no reconhecimento da existência de aspectos construtivos e
de aspectos destrutivos e na capacidade de ganhar os primeiros reduzindo os
segundos. No entanto, não existe um tipo definido que seja amplamente eficaz, pois
numa situação uma estratégia pode ser eficaz e na outra pouco apropriada.
4. Referencias Bibliográficas